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Prova Online Disciplina: 100726 - HISTÓRIA DO BRASIL: DOS TEMPOS DO ILUMINISMO À INDEPENDÊNCIA Abaixo estão as questões e as alternativas que você selecionou: Parte superior do formulário QUESTÃO 1 Percebemos, assim, uma elite local contrariada em seus interesses, a qual se organiza para tentar modificar a situação. Em 1684, cerca de oitenta homens, sob o comando dos irmãos Manuel e Tomás Beckman, invadiram os armazéns da Companhia de Comércio. Entre as reivindicações do grupo, destacam-se: a deposição do Capitão-mor; a deposição do Governador; a abolição do monopólio; a extinção da Companhia; e a expulsão dos Jesuítas. (Fragmento do texto do capítulo 3) Neste fragmento do texto observamos as reivindicações dos participantes da Revolta de Beckman. Podemos concluir sobre elas que: a ) Apoiavam o Mercantilismo, pois acreditavam que o controle sobre o comércio é fundamental para a riqueza do Estado. b ) Apoiavam a fragmentação política, pois os interesses dos senhores regionais deveria superar os interesses do rei. c ) Os revoltosos lutavam pela independência do Brasil. d ) A revolta tinha como principal causa o imperialismo inglês. e ) Não tinha caráter independentista, apenas reivindicavam, junto ao rei, melhorias regionais. QUESTÃO 2 As elites políticas brasileiras no período que antecedeu a Independência apresentavam algumas divergências sobre como deveria se dar o processo de construção dessa nova nação. Por outro lado em alguns momentos foram capazes de agir de forma unitária para preservar interesses. Sobre esses momentos é CORRETO afirmar que: a ) Um momento claro de unidade foi na atuação para convencer o príncipe regente Pedro I a permanecer no Brasil quando foi convocado a retornar a Portugal. b ) As elites locais sempre tiveram acordo sobre adotar a monarquia como forma de governo. c ) Embora as divergências, estavam todos esses grupos convictos sobre a relevância de manter uma posição clara sobre a adoção da república. d ) É totalmente perceptível quando o assunto era romper ou não romper com Portugal imediatamente. e ) Era consenso entre essas elites a importância de retomar a relação de colonização com Portugal como forma de ganhar mais poder econômico. QUESTÃO 3 Um dos sentidos da liberdade imaginada pelos Inconfidentes insinua-se num brinde, ocorrido em São José Del Rei, hoje Tiradentes, no dia 08 de outubro de 1788, quando várias pessoas se reuniram para o batizado de dois filhos de Inácio José de Alvarenga Peixoto e de Bárbara Heliodora. Nessa ocasião, houve manifestações de descontentamento contra o governo, tendo um dos presentes brindado à saúde de "Silvério dos Reis, dizendo-lhe que 'cedo se havia de ver livre da Fazenda Real". Liberdade, pode-se depreender desse brinde, consiste em escapar do fisco régio; liberdade imbrica, ao mesmo tempo, a economia e a política, a ânsia pela riqueza e a contestação velada da ordem política instituída. VILLALTA, Luiz Carlos. Liberdades imaginárias. In: NOVAES, Adauto (Org.). O avesso da liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 319-341, pág. 322. Segundo explica Villalta, a concepção de liberdade dos inconfidentes mineiros foi de ordem? a ) Luta pela liberdade, no seu conceito Iluminista. b ) Nacionalistas. c ) Claramente republicanas. d ) Mercantilista e monarquista. e ) Socioeconômica. QUESTÃO 4 Com a presença de Dom João VI e a elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, uma série de transformações ocorreram no país, em especial no Rio de Janeiro. O cotidiano da cidade passaria por grandes mudanças que gerariam um impacto significativo por toda sua história. Porém é necessário frisar que: a ) A vida da camada mais pobre da cidade e dos escravos continuava praticamente da mesma forma, já que sofriam os mesmos efeitos da desigualdade e da repressão. b ) Os hábitos culturais típicos das camadas populares, incluindo as práticas de cultura africana, tinham espaço garantido no Rio de Janeiro neste momento posterior à instalação da corte. c ) As mudanças no Rio de Janeiro promoveram uma completa europeização da cultura local. d ) As manifestações culturais dos setores subalternos foram aos poucos sendo eliminados em decorrência do processo de repressão e violência. e ) As transformações sociais foram profundas e garantiram patamares de bem-estar significativo para todas as camadas da sociedade. QUESTÃO 5 "Permitiu assim a integração do Brasil ao mercado mundial e consequente invasão de produtos estrangeiros, rompendo a base sobre a qual se assentava o domínio metropolitano: o monopólio comercial. De acordo com Pinto (2007), essa medida era prova de uma contradição inevitável na política econômica adotada pela Corte, que queria imprimir os princípios do liberalismo econômico em pleno território colonial". CARVALHO, Amanda Lima dos Santos. O Rio de Janeiro a partir da chegada da Corte Portuguesa: Planos, Intenções e Intervenções no século XIX. In: PEIXOTO, Elane Ribeiro; DERNTL, Maria Fernanda; PALAZZO, Pedro Paulo; TREVISAN, Ricardo (Orgs.) Tempos e escalas da cidade e do urbanismo: Anais do XIII Seminário de História da Cidade e do Urbanismo. Brasília, DF: Universidade Brasília- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2014. Disponível em: <http://www.shcu2014.com.br/content/rio-janeiro-partir-da-chegada-da-corte-portuguesa-planos-intencoes-e-intervencoes-no-seculo>. O trecho trata de uma das medidas fundamentais de Dom João VI quando transferiu a corte para o Brasil. Tal medida é: a ) A ascensão de Dom João VI ao trono em definitivo. b ) A abertura dos portos às nações amigas. c ) O bloqueio Continental. d ) A recolonização do território brasileiro. e ) A decisão de Dom João VI de passar o trono para seu filho Dom Pedro I. QUESTÃO 6 Portugal mantinha com a Inglaterra o Tratado de Methuen, conhecido como o "Tratado dos Panos e Vinhos", firmado em 1703, por meio do qual se estabelecia um recíproco monopólio. Portugal só adquiriria tecidos da Inglaterra, e a Inglaterra só adquiriria vinhos de Portugal, além de reforçar acordos militares. Numa certa tradição historiográfica, muito marcante na história escolar, reproduzida em livros didáticos para a Educação Básica, este tratado foi responsável pelo atraso no processo de industrialização de Portugal, e pela pilhagem do ouro brasileiro. Por outro lado, outra linha historiográfica aponta falhas nesta análise, pois não levaria em conta dois fatores, que seriam: a ) Que a Inglaterra já havia feito sua revolução e dinamizado sua industrialização, por isso estava bem mais a frente que Portugal, e, o Brasil era uma colônia de Portugal, sendo assim as riquezas da colônia deveriam obedecer à lógica de acumulação na metrópole. b ) A total incompetência naval da Inglaterra em fazer valer este tratado. Outro fator foi que o ouro extraído nas minas era taxado pela elite local, que se apropriava, portanto desta riqueza, e não a coroa portuguesa. c ) No século XVIII a industrialização era um fato no Brasil, e depois da decadência do ouro, o Tratado de Methuen foi revogado a pedido dos ingleses. d ) É fato que este tratado nunca foi posto em prática, contando a Portugal com total autonomia para realizar sua industrialização com o ouro retirado do Brasil. e ) Ao estabelecer a cobrança do "quinto", Portugal pretendia recolher tributos a fim de impulsionar sua industrialização, portanto a Inglaterra suspendeu a compra de vinhos portugueses e criou empecilhos para a saída do ouro dos portos brasileiros. QUESTÃO 7 No Benim o controle comercial era do rei que comprava e vendia sal, peixe seco, noz de cola, couros, tecidos e cobre. Cientes de que o monopólio sobre o comércio garantia ao rei do Benim uma considerável força política, os portugueses tentaram convertê-lo ao catolicismo. Era uma forma de aproximar aquele reino africano do lusitano. Mas, ao rei do Benim não interessava ter compromissos exclusivamente com Portugal, já que outros europeus também cobiçavam integrar-se ao esquema comercial do lugar. ALBUQUERQUE,W. R. de; FRAGA FILHO, W. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006, pág. 27. Assinale a alternativa que corresponde as afirmações corretas. I - O texto retrata o início da participação europeia no comércio com a África Atlântica, e a ação das lideranças africanas neste processo. II - O texto mostra o interesse europeu em terminar com as práticas mercantilistas do rei do Benim, e liberalizar o comércio na região. III - O texto mostra o atraso africano em relação à Europa, visto que o reino do Benim era mercantilista e a Europa era liberal. IV - O texto mostra que era possível comparar o mercantilismo europeu com as práticas comerciais dos reinos africanos. a ) III e IV b ) II e IV c ) I e IV d ) I e II e ) II e III QUESTÃO 8 Pombal dava concretude às sugestões que lhe haviam sido feitas por parte da geração de estrangeirados com quem conviveu. O ponto de partida da reforma do curso de medicina era o seguinte: "a autoridade, comparada com a experiência e com a demonstração racional, de nada vale". BOTO, Carlota. A dimensão iluminista da reforma pombalina dos estudos: das primeiras letras à universidade. Rev. Bras. Educ.: Rio de Janeiro, v. 15, n. 44, p. 282-299, Aug. 2010, p. 295. A afirmação feita pelo Marquês de Pombal pode ser entendida como uma manifestação a favor do pensamento ilustrado pois: a ) Pombal não acreditava no pensamento racional e na necessidade das experiências científicas, via nisso crendice e superstição. b ) Pombal faz uma crítica à existência do curso de medicina, que só tratava dos nobres e dos membros do clero. c ) Pois acredita que a experiência da vida dos santos deve servir de base para a construção do novo curso de medicina. d ) Nesta afirmação percebemos a primazia do pensamento da autoridade sobre o pensamento baseado na simples força do argumento, na retórica. e ) Pois afirma ser o pensamento racional e científico a base do conhecimento, e não a força da autoridade de um argumento. QUESTÃO 9 Nessa imagem vê-se um negro contribuindo com dinheiro a um padre (e uma mão, da janela da casa, também), enquanto diversos escravos que exerciam profissões remuneradas para rendimento de seus senhores são retratos como plano de fundo (da esquerda para a direita): um vendedor ambulante, um acendedor de lampião e um entregador de água. DEBRET, Jean-Baptiste. Coleta de esmolas para irmandades. Aquarela sobre papel, 18,7 x 24,2 cm. Museu Castro Maya, Rio de Janeiro. Jean-Baptiste Debret (Rio de Janeiro, cerca de 1820). Sobre a imagem e o texto explicativo podemos assinalar que é correto: a ) As profissões exercidas por escravizados garantiam um bom rendimento econômico a estes, tanto que podiam contribuir com as irmandades religiosas. b ) No Brasil a escravidão ficou restrita ao meio rural e a atividade agrícola. c ) A Igreja católica não permitia qualquer ligação do clero com os escravizados, por considerarem sua presença indigna. d ) Nas cidades os escravizados poderiam exercer uma variedade de atividades, sendo marcante sua presença nas ruas e casas comerciais. e ) No Brasil havia uma prática de não permitir aos escravizados que exercessem atividades comerciais. QUESTÃO 10 "Elemento poderoso de unificação ideológica da elite imperial foi a educação superior. E isto por três razoes. Em primeiro lugar, porque quase toda a elite possuía estudos superiores, O que acontecia com pouca gente fora dela: a elite era urna ilha de letrados num mar de analfabetos. Em segundo lugar, porque a educação superior se concentrava na formação jurídica e fornecia, em consequência, um núcleo homogêneo de conhecimentos e habilidades." CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem. A Elite Política Imperial. Rio de Janeiro: Campus, 1980, p. 65. O trecho da obra de José Murilo de Carvalho aborda a relevância da educação superior para a formação da elite brasileira. Sobre essa temática, é CORRETO afirmar que: a ) A formação da elite brasileira dependeu exclusivamente do poderio econômico consolidado através da cafeicultura, dispensando outros elementos de coesão. b ) Embora tenham recebido uma formação coesa em Coimbra é possível afirmarmos que não tiveram acesso a nenhum tipo de ideário influenciado pelo Iluminismo tendo em vista o perfil curricular daquela universidade. c ) A formação universitária em Coimbra foi peça fundamental na formação de uma elite coesa e articulada, pronta para atuar no processo de Independência e na formação da nação brasileira. d ) Embora tivessem tido acesso a uma formação universitária similar, esses jovens não constituíram nenhum grau de unidade devido as diferenças regionais. e ) A dificuldade de formar uma elite coesa no Brasil dava-se pela dispersão dos estudantes na Europa, divididos em muitas diferentes universidades. Parte inferior do formulário