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Apostila-Inteligencia-Emocional

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CURSO DE FÉRIAS 
 
 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFESSOR: AGNALDO LOUVERA DE CASTRO 
 
CONTATO: E-MAIL aglouver88@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
JAN/ 2008 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conhecer os outros é conhecer a si próprio, nenhum perigo em 100 batalhas. Não 
conhecer o outro e conhecer a si próprio, uma vitória para cada derrota. Não conhecer o 
outro e não conhecer a si próprio derrota certa em todas as batalhas. 
Sun Tzu, A Arte da Guerra. 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
1. INTRODUÇÃO 
 
Imaginemos nosso mundo hoje, sem energia elétrica, sem telefones fixos 
ou celulares, sem carros velozes, sem computadores e, portanto, sem Internet... 
Eis, ai, um exercício de imaginação cada dia mais difícil de se realizar. Se 
imaginar tal situação já é difícil, como pensar um mundo sem máquinas e sem 
tecnologias? A crescente maquinização e o advento das novas tecnologias que 
evoluem a cada instante fazem com que um simples aparelho eletrônico, por 
exemplo, já chegue às lojas para comercialização, como a penúltima versão mais 
atualizada de sua categoria. 
Na hora da propaganda, tudo funciona direito, porém, na prática, a máquina 
é um desastre, dando a entender que, felizmente, há coisas que somente as 
pessoas podem fazer. Que a felicidade que almejamos não está em possuir esses 
bens de consumo. 
Já em 1939, Charles Chaplin nos alertava para o crescente processo de 
maquinização que tira o emprego do homem e toma o seu lugar prenunciando a 
invasão das máquinas e a formação de um mundo virtual, onde o homem não 
passa de mero coadjuvante de seres robóticos. Chega o século XXI: o mundo real, 
da maneira como era concebido em 1939, não existe mais a não ser em uma 
realidade virtual. Os seres humanos são todos condicionados a pensar que as 
coisas não mudaram e estão todos vivendo uma alucinação forçada. Existem duas 
realidades: uma é a do mundo real, da qual todos fazem parte, mas não tomam 
conhecimento e a outra é a realidade virtual, ordenada pela tecnologia, realidade 
essa que as pessoas acreditam viver. 
A vida, da forma como era, não existe mais. Só o que existe é Matrix. Em 
Matrix, as máquinas são o Estado, dominaram o mundo. Todo o mal é causado 
por elas, mas tem sua origem na ganância humana, que construiu as máquinas. 
Entre “Tempos Modernos” de Chaplin e Matrix da atualidade, além das máquinas 
serem o tema comum, identificamos o alerta que continua a nos chamar para a 
reflexão, para a mudança no sentido de desenvolvermos as tecnologias do 
coração. 
A inteligência emocional surge como uma ferramenta a nos ajudar a 
enfrentar essa situação real de robotização a que nos permitimos submeter. Ela 
caracteriza a maneira como as pessoas lidam com suas emoções e com as das 
pessoas ao nosso redor, constituindo-se numa maneira alternativa de ser 
eficiente, não em termos apenas cognitivos, mas em termos de qualidades 
humanas do coração. 
 
 
 
 
 4 
Na verdade, o intelecto não pode dar o melhor de si sem a inteligência 
emocional – ambos são parceiros integrais na vida mental. Quando esses 
parceiros interagem bem, a inteligência emocional aumenta – e também a 
capacidade intelectual. 
 
2. OS CONCEITOS DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. 
 
A inteligência emocional caracteriza a maneira como as pessoas lidam com 
suas emoções e com as das pessoas ao seu redor. Isto implica autoconsciência, 
motivação, persistência, empatia e entendimento e características sociais como 
persuasão, cooperação, negociações e liderança. Esta é uma maneira alternativa 
de ser esperto, não em termos de QI, mas em termos de qualidades humanas do 
coração. 
Inteligência emocional não é genética: estas habilidades são aprendidas 
mais do que inseridas. De certa forma, podemos dizer que possuímos duas 
mentes, conseqüentemente, dois tipos diferentes de inteligência: racional e 
emocional. Nossa performance na vida é determinada não apenas pelo QI, mas 
principalmente pela inteligência emocional. Na verdade, o intelecto não pode dar o 
melhor de si sem a inteligência emocional – ambos são parceiros integrais na vida 
mental. Quando esses parceiros interagem bem, a inteligência emocional aumenta 
– e também a capacidade intelectual. Isso derruba o mito de que devemos 
sobrepor a razão à emoção, mas ao contrário, devemos buscar um equilíbrio entre 
ambas. 
Conseguir esse equilíbrio implica, primeiro, entender com exatidão o que 
significa usar inteligentemente a emoção. A formação acadêmica não oferece 
praticamente nenhum preparo para as tempestades ou oportunidades que a vida 
impõe. Apesar de um alto QI não ser garantia de prosperidade, prestígio ou 
felicidade, nossas escolas e cultura concentram-se na capacidade acadêmica, 
ignorando o desenvolvimento da inteligência emocional. As emoções são um 
campo com o qual podemos lidar, da mesma forma como matemática ou física, 
com maior ou menor talento, e exige seu conjunto exclusivo de aptidões. Essas 
aptidões são decisivas para a compreensão do porquê um indivíduo prospera na 
vida, enquanto outro, de igual capacidade intelectual, não passa da estaca zero. 
A inteligência emocional pode ser alcançada por meio de treino e esforço, 
mas isso requer persistência. As pessoas têm de identificar exatamente o que 
querem alcançar – sendo um melhor ouvinte ou controlando seu temperamento 
nervoso. Então deve se tornar diligente a ponto de identificar mais situações nas 
quais costuma cair em velhos hábitos e associá-las a uma reação produtiva. Ao 
realizar esse tipo de exercício analítico firmemente por algumas semanas ou 
 
 
 
 
 5 
meses, a pessoa poderá substituir os hábitos que deseja eliminar por outros que 
acabam se tornando automáticos. 
 
3. MELHORANDO SUA PERFORMANCE PESSOAL E PROFISSIONAL 
 
Para performances profissionais, a competência da inteligência emocional 
deve ser utilizada desde o início da carreira. Muitos indícios atestam que as 
pessoas emocionalmente competentes – que conhecem e lidam bem com os 
próprios sentimentos e com o de outras pessoas – levam vantagem em qualquer 
campo da vida, assimilando as regras tácitas que governam o sucesso na política 
organizacional. As pessoas com prática emocional bem desenvolvida têm mais 
probabilidade de sentirem-se satisfeitas e serem eficientes, dominando os hábitos 
mentais que fomentam sua produtividade. As que não conseguem exercer 
controle sobre a vida emocional travam batalhas internas que sabotam sua 
capacidade de se concentrar no trabalho e pensar com clareza. 
 
4. INICIATIVA E LIDERANÇA 
 
O sucesso de uma empresa não está somente no seu produto de venda, 
mas sim em seus funcionários, no grupo de pessoas que fazem a empresa 
funcionar. Somente os integrantes destas empresas poderão produzir com melhor 
qualidade, interagir adequadamente com o seu público e se adaptar às constantes 
mudanças que observamos no mercado de hoje. Neste cenário, o líder tem a 
fundamental importância de propiciar um ambiente onde funcionários possam 
trabalhar de maneira mais eficaz e criativa, em um ritmo de constante produção e 
inovação. 
Podemos definir liderança como: capacidade de influenciar as pessoas, por 
proporcionar propósito, direção, e motivação, enquanto realiza a missão e melhora 
a organização. 
O líder de uma equipe tem exatamente a função de estar constantemente 
influenciando as pessoas para trabalharem a favor de uma tarefa que beneficie a 
empresa. É o líder que cria planos de ação que irão melhorar a empresa e colocar 
toda a sua equipe voltada para esta tarefa. E talvez o mais importante, é somente 
o líder que irá unificar a equipe em momentos de crise para que haja uma 
continuidade e criatividade na produção. 
 
 
 
 
 6 
Dentre as muitas características e habilidades desejáveis em um líder desatacmos 
as que se seguem incluindo a iniciativa: 
Conhecimento: corresponde à familiaridade que você possui através de 
experiência ou estudo.Nada vai fazê-lo ganhar o respeito e a confiança de sua 
equipe mais rápido, quando você demonstrar o seu conhecimento. Estude e leia 
tudo que pode estar relacionado tanto ao seu trabalho quanto ao seu dia-a-dia. 
Uma excelente maneira de ganhar conhecimento é conversando com pessoas 
com muita experiência. 
 Coragem: é o controle mental e físico do medo. Coragem é uma qualidade 
mental que lhe dá controle pessoal, capacitando-o a aceitar responsabilidade e 
agir numa situação desafiadora. Você demonstra coragem pessoal quando impõe 
decisões corretas, mesmo perante opiniões contrárias. Priorize o seu dever sobre 
os seus sentimentos; procure e aceite responsabilidades; fale num tom de voz 
tranqüilo; sempre organize claramente os seus pensamentos. 
 Poder de Decisão: é a capacidade de pesar todos os fatos de uma situação, 
analisá-los, e, então, chegar a uma decisão oportuna. Mas antes de você tomar 
uma decisão, deve estar seguro que tem todos os fatos disponíveis. Para 
desenvolver esta característica você deve: formar o hábito de considerar vários 
pontos de vista para cada problema e aprender com os erros de outros. 
 Interdependência: um líder tem que ser uma pessoa em quem se pode confiar 
em cumprir uma tarefa. O líder não aceita fracasso ao enfrentar obstáculos; ao 
contrário ele procura caminhos por volta dos obstáculos. Para que as pessoas 
possam depender de você realize as tarefas designadas, indiferente aos seus 
obstáculos e tenha cuidado ao fazer promessas para a sua equipe, mas quando 
fizer cumpra o que foi dito. 
 Iniciativa: é simplesmente fazer o que tem que ser feito sem que alguém lhe 
avise. Como um líder, você tem que desenvolver iniciativa em você e para seus 
funcionários. Para desenvolver iniciativa em seus funcionários, distribua tarefas de 
acordo com as habilidades e a experiência de cada um. Mas depois que uma 
tarefa é distribuída, não diga a seus funcionários como fazê-la, a menos que ele(a) 
peça sugestões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
5. COMPETÊNCIAS DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. 
 
Daniel Goleman, em seu livro, mapeia a Inteligência Emocional em cinco 
áreas de habilidades: 
1. Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele 
ocorre. 
2. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, 
adequando-os para a situação. 
3. Auto-Motivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial 
para manter-se caminhando sempre em busca. 
4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas. 
5. Habilidade em relacionamentos interpessoais. 
 As três primeiras acima referem-se à Inteligência Intra-Pessoal. As duas 
últimas, a Inteligência Inter-Pessoal. 
Inteligência Inter-Pessoal: é a habilidade de entender outras pessoas: o que 
as motiva, como trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas. 
 1. Organização de Grupos: é a habilidade essencial da liderança, que 
envolve iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, habilidade de obter do 
grupo o reconhecimento da liderança, a cooperação espontânea 
2. Negociação de Soluções: o papel do mediador, prevenindo e resolvendo 
conflitos. 
3. Empatia - Sintonia Pessoal: é a capacidade de, identificando e 
entendendo os desejos e sentimentos das pessoas, responder (reagir) de forma 
apropriada de forma a canalizá-los ao interesse comum. 
4. Sensibilidade Social: é a capacidade de detectar e identificar sentimentos 
e motivos das pessoas. 
Inteligência Intrapessoal: é a mesma habilidade, só que voltada para si 
mesmo. É a capacidade de formar um modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e 
usá-lo de forma efetiva e construtiva. 
 
 
 
 
 8 
 
6. QUALIDADES ESSENCIAIS PARA OS LÍDERES. 
 
A chave para a liderança está nos domínios da QE, não do QI. Liderança requer 
habilidades para persuadir e inspirar, enfatizar e articular sentimentos. 
Componentes básicos, segundo Daniel Goleman e baseados em estudos de 
especialistas norte-americanos: 
• Assertividade: declarar suas preocupações e sentimentos sem ira nem 
passividade. 
• Auto-aceitação: sentir orgulho e ver-se numa luz positiva; reconhecer suas 
forças e fraquezas; ser capaz de rir de si mesmo. 
• Autoconsciência: observar-se e reconhecer os próprios sentimentos; 
formar um vocabulário para os sentimentos; saber a relação entre 
pensamentos, sentimentos e reações. 
• Auto-revelação: valorizar a franqueza e construir confiança num 
relacionamento; saber quando é seguro arriscar-se a falar de seus 
sentimentos. 
• Comunicações: falar efetivamente de sentimentos; tornar-se um bom 
ouvinte e perguntador; distinguir entre o que alguém faz ou diz e suas 
próprias reações ou julgamento a respeito; enviar mensagens do "Eu" em 
vez de culpar. 
• Dinâmica de grupo: cooperação; saber quando e como conduzir e ser 
conduzido. 
• Empatia: compreender os sentimentos e preocupações dos outros e adotar 
a perspectiva deles; reconhecer as diferenças no modo como as pessoas 
se sentem em relação a fatos e comportamentos. 
• Intuição: identificar padrões em sua vida e reações emocionais; reconhecer 
padrões semelhantes nos outros. 
• Lidar com sentimentos: monitorar a "conversa consigo mesmo" para 
surpreender mensagens negativas como repreensões internas; 
compreender o que está por trás de um sentimento; encontrar meios de 
lidar com medos e ansiedades, ira e tristeza. 
• Lidar com tensão: aprender o valor de exercícios e métodos de 
relaxamento. 
• Responsabilidade pessoal: assumir responsabilidade; reconhecer as 
conseqüências de suas decisões e ações; aceitar seus sentimentos e 
estados de espírito; ir até o fim nos compromissos. 
• Solução de conflitos: saber lutar limpo com outras pessoas; adotar o 
modelo vencer/vencer para negociar acordos. 
 
 
 
 
 9 
• Tomada de decisão pessoal: examinar suas ações e conhecer as 
conseqüências delas; saber se uma decisão está sendo governada por 
pensamento ou sentimento. 
 
CÉREBROS: INSTINTIVO, EMOCIONAL E RACIONAL. 
 
� Cérebro Animal ou Instintivo (hipotálamo) 
Reações instintivas, automáticas do ser humano. 
� Cérebro Intelectual ou Racional (córtex) 
Operações lógico-racionais, potencialidades racionais do ser humano: 
podemos denominá-lo de cérebro pensante, pois, é a sede da razão. 
� Cérebro Emocional (sistema límbico) 
Reações emocionais, sentimentais e espirituais. 
� Os três Cérebros seriam independentes entre si, contudo trabalhariam 
simultaneamente e de forma complementar. Mas quando os mecanismos 
estão em funcionamento, uma das partes sempre se sobressai em relação 
às outras. 
 
7. HEMISFÉRIOS DIREITO E ESQUERDO. 
 
O cérebro é composto por dois hemisférios: o direito e o esquerdo, unidos 
por vários feixes de fibras de comunicação, sendo o maior de todos denominado 
de corpo caloso. Em virtude de uma peculiaridade anatômica (as fibras de saída e 
de entrada de um hemisfério cruzam a linha mediana na altura do tronco cerebral), 
o hemisfério direito comanda o lado esquerdo do corpo e o hemisfério esquerdo 
comanda a o lado direito do corpo. 
Ao longo das últimas décadas, muitas pesquisas científicas comprovaram 
um fato que já era conhecido há muito tempo, ou seja, que o predomínio de um 
lado do corpo sobre o outro, como ocorre na dexteridade (mão e membros que 
usamos mais) não somente tem uma base neurofisiológica e neuroanatômica, 
mas também se generaliza para outras áreas das funções cerebrais. 
 
 
 
 
 10 
Em 1836, o médico Marc Dax, do interior da França, foi quem primeiro 
sugeriu que os hemisférios cerebrais teriam funções diferentes. 
Posteriormente esses fatos foram confirmados pelo famoso cientista 
francês Pierre Broca, que descobriu que o centro motor de comando da linguagem 
falada encontra-se apenas no hemisfério esquerdo (a chamada área de Broca). 
Uma lesão dessa área torna a pessoa total ou parcialmente afásica (perda da 
capacidade de enunciar a voz), sem, entretanto alterar outras funções 
relacionadas à linguagem. Posteriormente descobriu-se também que outrasáreas 
relacionadas à percepção da fala, escrita, etc., também são lateralizadas. Por este 
motivo, muitos filósofos e cientistas acham que o hemisfério esquerdo é mais 
relacionado ao raciocínio lógico e à linguagem (logos = palavra), e que este seria 
o hemisfério dominante ou principal. Já o hemisfério direito, na época com as suas 
funções desconhecidas, foi chamado de hemisfério subordinado ou secundário. 
Em meados do século 20, no Instituto de Tecnologia da Califórnia, Roger 
W. Sperry e seus alunos, pesquisando o cérebro, perceberam que o corpo caloso 
tem, como uma das principais funções, permitir a comunicação entre os dois 
hemisférios, transmitindo a memória e o aprendizado. 
Muitas pesquisas foram e continuam sendo feitas, com descobertas 
surpreendentes, descortinando um novo horizonte do fascinante enigma do 
cérebro e da mente, para a compreensão do ser humano, abrindo caminhos para 
a solução de problemas até então difíceis de serem resolvidos. 
Com o grande interesse provocado pelos estudos de Pierre Broca, outros 
médicos e cientistas, desde o início do século XX, prosseguiram estudando o 
cérebro humano. Notaram que pacientes com derrame no hemisfério esquerdo 
perdiam a fala, mas conseguiam cantar. Outros que tiveram derrame no 
hemisfério direito perdiam a orientação espacial, não conseguindo acertar, por 
exemplo, onde ficava a porta de suas próprias casas, ou compreender relações de 
distância e profundidade entre os objetos, assim como dificuldade para reconhecer 
rostos familiares e identificar pessoas num grupo. 
Esses estudos culminaram com as pesquisas do Dr. Roger Sperry e sua 
equipe, que foi brindado com o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1981. 
Até agora ficou esclarecido que a linguagem, o raciocínio lógico, determinados 
tipos de memória, o cálculo, a análise são próprios do hemisfério esquerdo. 
Enquanto que o direito não usa palavras, é intuitivo, usa a imaginação, o 
sentimento e a síntese. 
O lobo esquerdo do cérebro interpreta literalmente as frases ditas, já o lobo 
direito percebe a intenção oculta de quem fala. O esquerdo entende pelo aspecto 
lógico, racional e seqüencial e o direito compreende aos saltos, tem insight e visão 
holística. 
 
 
 
 
 11 
O lado esquerdo do cérebro sabe situar-se dentro do tempo e procura 
situações seguras, já o lado direito abstrai-se do tempo e gosta de se arriscar. 
Para o hemisfério direito não existe a expressão "perder tempo". O esquerdo 
costuma imitar, representar, fingir; o direito é criativo e autêntico. É o que é. Por 
ser racional e crítico, o lado esquerdo do cérebro não se aventura a criar, inventar, 
sonhar. Prefere a segurança do conhecido, do lógico, do aceito pela sociedade 
em que vive. Já o lado direito solta a imaginação, viaja pelas asas do sonho, cria, 
inventa, recria e assume ser livre. O esquerdo é linear, objetivo, usa o 
conhecimento de forma dirigida, seqüencial, analítica, convergente; o direito é 
não-linear, subjetivo, utiliza o conhecimento de maneira livre, múltipla, holística e 
divergente. 
O hemisfério esquerdo conta, dá nome às coisas, separa por categoria e 
funções; o hemisfério direito não consegue realizar essa tarefa, pois vê as coisas 
como um todo e cada objeto ou estímulo é visto como se apresenta no instante 
presente. Por exemplo, o desenho de duas circunferências. Para o esquerdo 
pode representar dois olhos, já para o direito não passam de duas simples 
circunferências. 
O lado esquerdo do cérebro reconhece letras e palavras, enquanto o lado 
direito reconhece faces e padrões geométricos. O nosso alfabeto, por ser silábico, 
estimula o lobo esquerdo; os ideogramas dos orientais, utilizando símbolos, 
desenvolvem o lobo direito. No idioma japonês, por exemplo, que são usados 
símbolos e sílabas, os dois hemisférios são estimulados no ato da leitura. 
O hemisfério esquerdo percebe sons relacionados com a linguagem verbal 
e o hemisfério direito percebe músicas e os sons emitidos pelos animais. 
Enquanto o lado esquerdo tem o domínio da fala, da leitura, da escrita e da 
aritmética o direito tem aptidões geométricas e desenvolvimento do sentido de 
direção. O que não se consegue exprimir por palavras, usa-se o recurso do gesto 
comunicativo que é domínio do hemisfério direito. O lado esquerdo é abstrato, pois 
toma de uma pequena parte das informações e utiliza-a para representar o todo. 
Observando numa vasilha várias peças de tonalidades alaranjadas diferentes e 
com traços que as distinguem e modificam suas cores, ele afirma que viu na 
vasilha peças iguais cor-de-laranja. O lado direito diria da infinidade de variações 
de texturas e tonalidades vistas no vasilhame. 
O hemisfério direito é espacial, entende metáforas, percebe configurações 
e estruturas globais, tem facilidade para visualizar o que já foi visto e fixar na 
mente imagens reais ou criadas por ele. O exercício do desenho, assim como da 
música, do tricô, da meditação e outros que deixam a mente mais livre, 
desenvolvem as características próprias do hemisfério direito. 
No final do século XX, passou a ocorrer um significativo movimento que 
procurava o auto-aprimoramento, através da correção de hábitos e da aquisição 
de novas virtudes, desenvolvendo potencialidades que jazem adormecidas, 
 
 
 
 
 12 
aguardando oportunidades para se manifestarem. Esse movimento, variavelmente 
denominado de Auto-Ajuda, ou ainda New Age. Algumas dessas correntes foram 
influenciadas por filosofias orientais, porém outras procuraram suas fontes nas 
pesquisas neurocognitivas cada vez mais abundantes sobre as funções 
lateralizadas do cérebro humano. 
Assim, surgiu uma poderosa tendência de "desenvolvimento das funções 
do hemisfério direito", que tinham como intenção manifesta desenvolver nas 
pessoas o seu lado mais "criativo" e "intuitivo". Assim, surgiram vários cursos que 
se baseiam nessas pesquisas para formar uma metodologia aplicada à área das 
artes plásticas, da música, além de livros com exercícios de visualização e 
relaxamento e aparelhos diversos criados para esse fim. 
No ano de 1991 tomamos contato com esses estudos sobre o cérebro e o 
método desenvolvido pela artista plástica da Califórnia, Betty Edwards, doutora em 
Artes e professora de desenho na Univesrsidade Estadual da Califórnia. Através 
dos seus estudos sobre as pesquisas de Roger Sperry e equipe, ela desenvolveu 
um método onde procura distrair o hemisfério esquerdo com exercícios que ele 
não gosta nem se sente habilitado para fazer, deixando livre o hemisfério direito 
para se manifestar e demonstrar sua eficiência. 
Muitos de nós desenhávamos algumas coisas até por volta dos dez anos, 
quando as críticas dos outros inibiram nossa vontade de desenhar e criar. O 
método de Betty desbloqueia a nossa "veia artística" e abre um campo de amplas 
possibilidades, por trabalhar o hemisfério direito, relegado ao esquecimento na 
maioria das pessoas. Aplicando o método desenvolvido por ela, utilizando músicas 
apropriadas para diminuir o ritmo cerebral e auxiliar o acesso ao hemisfério direito, 
ficamos gratificada com os resultados obtidos. 
O mais bonito é ver nos olhos de cada aluno o brilho de alegria ao saber-se 
capaz de realizar coisas que até então julgavam impossível, criando composições 
bonitas, desenhando de observação flores, frutos, objetos, com relativa facilidade; 
descobrindo que podem enxergar mais coisas do que antes; percebendo as 
reações do seu próprio corpo, de sua mente; penetrando no seu mundo íntimo e, 
ao mesmo tempo, atento ao mundo que o cerca. Sentindo a intuição presente 
com mais freqüência e a memória trazendo à mente as informações necessárias 
na hora que se precisa. Vendo o mundo de forma global e a si mesmos como um 
ser inteiro, com amplas possibilidades de crescimento. 
 É o nosso desejo que essa alegria se estenda por muitas pessoas e que 
esses cursos se multipliquem, atendendo a necessidade de todos aqueles que 
buscam um horizonte mais amplo.13 
8. EMOÇÕES BÁSICAS. 
 
Segundo Eric Berne são cinco as emoções básicas do ser humano: 
• RAIVA, 
• MEDO, 
• TRISTEZA, 
• ALEGRIA, 
• AFETO. 
Diante de um estímulo, o nosso corpo reage de acordo com a circunstância 
e intensidade, desencadeando uma das cinco emoções básicas. Desde a 
detonação da carga emocional até seu efeito corporal, podemos identificar três 
tempos da emoção: 
• O SENTIR, 
• O EXPRESSAR VERBAL, 
• O ATUAR CORPORAL. 
 
 
Estímulo (Causa) Efeito 
(Emoção) 
Conseqüência (Conduta) 
Obstáculo RAIVA Agressão/Superação/Defesa 
Perigo MEDO Fuga ou Luta 
Perda TRISTEZA Paralisação/Recuperação 
Conquista ALEGRIA Aproximação 
Contato AFETO Conjugação 
 
 
 
 
 
 
 14 
EMOÇÃO DA RAIVA: 
Induz movimentos violentos de ataque ou de defesa, aumentando a força 
corporal, gera força e energia para superar obstáculos, todas as vezes que houver 
ameaça á sua vida, ou condição de vida a raiva se apresenta como defesa natural, 
uma espécie de força vital. Como não existe uma emoção chamada coragem, a 
raiva funciona como antídoto natural contra o medo. 
 
Facetas da Raiva: 
Agressivo, Crítico, Irado, Histérico, Invejoso, Rabugento, Decepcionado, 
Chocado, Exasperado, Frustrado, Arrogante, Ciumento, Agoniado, Hostil, 
Vingativo, Colérico, Sentido, Indignado, Chateado, Revoltado. 
 
EMOÇÃO DO MEDO: 
O medo é um impulso, geralmente desqualificado pelos seres humanos. É 
muito comum nos referirmos ao medo como um impulso negativo, ou até mesmo 
como uma falha grave ou defeito nas pessoas. O medo nos ensina o respeito ao 
limite, precisa ser eliminado ou superado, quando ele é ou se torna patológico 
Facetas do Medo: 
Tímido, Apavorado, Medroso, Horrorizado, Desconfiado, Incrédulo, 
Envergonhado, Embaraçado, Afeito, Surpreso, Culpado, Ansioso, Prudente, 
Indeciso, Constrangido, Modesto. 
 
EMOÇÃO DA TRISTEZA: 
Leva a cessão dos movimentos. O medo e a tristeza levam a baixa estima, 
a tristeza é a negação da alegria. A alegria foi frustrada aparece uma raiva 
impotente e logo dará lugar a uma tristeza: tristeza por perda real ou condição de 
vida. O positivo é expressar a tristeza por palavras e gestos, entre em contato com 
o sentimento e permita-se chorar e ou recolher-se. Você precisa de um tempo 
para recuperar a energia e avaliar a extensão da perda e se redirecionar para 
outras emoções: passar a contatar como uma emoção autêntica subjacente e ir 
fundo nela. Longo período de tristeza leva a depressão, como já dissemos, baixa 
estima, baixa nos níveis de anticorpos, predispondo o ser a infecção com maior 
facilidade, é uma das mais perigosas a saúde quando muito prolongada. As 
 
 
 
 
 15 
modificações corporais provocadas pela tristeza são menos evidentes do que as 
das demais emoções. 
Facetas da Tristeza: 
Triste, Desesperado, Desgostoso, Depressivo, Entediado, Solitário, Ferido, 
Desolado, Meditativo, Estafado, Retraído, Apiedado, Concentrado, Deprimido, 
Melancólico, Nostálgico. 
EMOÇÃO DA ALEGRIA: 
É a emoção mais boicotada, a alegria expande o ego e contagia. A alegria 
é salutar, é desfrutar a vida com prazer e compartilhar com os amigos, parentes, 
entes queridos. Ter alegrias por suas vitórias, seus feitos e suas realizações é 
auto-estima. Os efeitos da alegria são impulsos fortalecedores da energia geral. 
Sendo a alegria uma emoção contagiante há tendência a aproximação física, 
toques, abraços afagos. 
Facetas da Alegria: 
Alegre, Contente, Confiante, Feliz, Satisfeito, Animado, Interessado, 
Deslumbrado, Otimista, Aliviado, Eufórico, Embriagado, Espirituoso, Numa Boa. 
EMOÇÃO DO AFETO: 
Emoção presente nos estados de amor, em seus diversos rótulos, amor 
maternal, paternal, filial, fraternal e romântico. O afeto expande a alma 
engrandecendo-a, correlaciona-se ao prazer, sexo e ao amor, induzindo-nos a 
uma aproximação física tão grande que permite ou traz proteção e reprodução. 
 
Facetas do Afeto: 
Amoroso, Apaixonado, Solidário, Malicioso, Deslumbrado, Vidrado, 
Saudoso, Encabulado, Indiferente, Curioso, Enternecido, Comovido, Esperançoso. 
 
9. TÉCNICAS DE RELAXAMENTO. 
 
Existem muitas técnicas para se relaxar. Deixaremos aqui a técnica do 
Relaxamento Muscular Progressivo (RMP), uma técnica clássica e de amplo 
emprego no tratamento de ansiedade generalizada, fobias, insônia, dores de 
 
 
 
 
 16 
cabeça, dores na nuca e nas costas, dores menstruais,câimbra de escritor e ate 
depressão agitada leve. 
Procure fechar os olhos, tomar uma posição que lhe seja o mais confortável 
possível, seja sentado ou reclinado em uma poltrona. Mentalmente percorra as 
partes do seu corpo contraindo-as e relaxando-as da forma que se segue: 
01-Mãos - os punhos são fechados, relaxados. Os dedos são estendidos, 
relaxados. 
02-Bíceps e tríceps - Os músculos do bíceps são contraídos, relaxados. Os 
músculos do tríceps são contraídos, relaxados. 
03- Ombros - Levados para trás, relaxados. Levados para frente, relaxados. 
04- Pescoço - A cabeça gira em círculos, três ou quatro vezes em uma 
direção e depois na outra. 
05- Boca - Abra a boca o quanto possível, a língua é estendida o máximo 
possível, relaxa. Os lábios contraídos, relaxa. 
06- Olho - olhar para um ponto imaginário em cima da cabeça. 
07 - Testa - franzir, relaxar. 
08- Respiração - inspirar o mais profundo possível, tentar inspirar ainda 
mais profundo, relaxar. Expirar até ficar sem nenhum ar e depois permanecer 
alguns segundos sem ar. 
09- Costas - contrair, relaxar. 
10- Quadris - Levantar levemente pela contração das nádegas, relaxar. 
11- Coxas - Pernas estendidas e erguidas cerca de 15cm, relaxar. 
12-Abdomem - Os músculos do abdomem são contraídos para dentro, o 
máximo, relaxar. O abdomem é distendido o máximo, relaxar. 
13- “Barriga” da perna e pés - pernas apoiadas os pés são arqueados de 
modo que os dedos apontem em direção à cabeça; relaxar. Com as pernas 
apoiadas, os pés são encurvados na direção oposta, relaxar. 
14- Dedos dos pés - Com as pernas apoiadas e pés relaxados, os dedos 
do pé são forçados para a sola do sapato, relaxar. Com as pernas apoiadas e os 
pés relaxados, os dedos são forçados na direção oposta até que toquem a ponta 
do sapato, relaxar. 
 
 
 
 
 17 
15- Observe agora sua respiração. Cada vez que você expira, diga a 
palavra Calma ou Relaxe ou ainda solte-se... 
Lembre-se que somente a prática constante da técnica lhe trará os 
benefícios almejados de forma mais rápida e eficaz. 
 
10. AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS. 
 
O psicólogo Howard Gardner da Universidade de Harward, nos Estados 
Unidos, propõe “uma visão pluralista da mente” ampliando o conceito de 
inteligência única para o de um feixe de capacidades. Para ele, inteligência é a 
capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos valorizados em um 
ambiente cultural ou comunitário. Assim, ele propõe uma nova visão da 
inteligência, dividindo-a em 7 diferentes competências que se interpenetram, pois 
sempre envolvemos mais de uma habilidade na solução de problemas. 
Embora existam predominâncias, as inteligências se integram: 
• Inteligência Verbal ou Lingüística: habilidade para lidar criativamente com 
as palavras. 
• Inteligência Lógico-Matemática: capacidade para solucionar problemas 
envolvendo números e demais elementos matemáticos; habilidades para 
raciocínio dedutivo. 
• Inteligência Cinestésica Corporal: capacidade de usar o próprio corpo de 
maneiras diferentes e hábeis. 
• Inteligência Espacial: noção de espaço e direção. 
• Inteligência Musical: capacidade de organizar sons de maneira criativa. 
• Inteligência Interpessoal: habilidade de compreender os outros; a maneira 
de como aceitar e conviver com o outro. 
• Inteligência Intrapessoal: capacidade de relacionamento consigo mesmo, 
autoconhecimento. Habilidade de administrar seus sentimentos e emoções a favor 
de seus projetos. É a inteligência da auto-estima. 
 Segundo Gardner, todos nascem com o potencial das várias inteligências. 
A partir das relaçõescom o ambiente, aspectos culturais, algumas são mais 
desenvolvidas ao passo que deixamos de aprimorar outras 
 
 
 
 
 18 
Nos anos 90, Daniel Goleman, também psicólogo da Universidade de 
Harward, afirma que ninguém tem menos que 9 inteligências. Além das 7 citadas 
por Gardner, Goleman acrescenta mais duas: 
 • Inteligência Pictográfica: habilidade que a pessoa tem de transmitir uma 
mensagem pelo desenho que faz. 
• Inteligência Naturalista: capacidade de uma pessoa em sentir-se um 
componente natural. 
 
11. APRENDIZAGEM AUTODIRIGIDA. 
 
A aprendizagem autodirigida tornou-se uma importante área de 
investigação dentro do campo da educação de adultos (Garrison, 1992; Candy, 
1991). Este tipo de aprendizagem tem sido apontado muitas vezes como a 
resposta às constantes mudanças do mundo contemporâneo, permitindo ao 
indivíduo ser capaz de efetuar "o desenvolvimento das capacidades de evoluir e 
agir num ambiente complexo, de ‘aprender a aprender’ ao longo da vida, de 
reconstruir permanentemente conhecimentos e saberes" (Couceiro, 1995, p.7) 
No sentido amplo, aprendizagem autodirigida descreve o processo no qual 
os indivíduos tomam a iniciativa de, com ou sem a ajuda de outros, diagnosticar as 
suas necessidades de aprendizagem, formular objetivos de aprendizagem, 
identificar os recursos humanos e materiais para aprender, escolher e implementar 
as estratégias apropriadas, e avaliar os resultados obtidos na aprendizagem. 
(1975, p.18). 
A investigação inicial sobre a aprendizagem autodirigida afirma que os 
aprendizes conduzem os seus projetos de aprendizagem de uma forma linear, 
seguindo várias etapas. Tough (1967, 1971) aponta a importância dos projetos de 
aprendizagem conduzidos por adultos, fora do sistema educativo formal. 
A partir da idéia de Inteligência Emocional, é possível trilhar um caminho 
para a Aprendizagem Emocional. Essa expressão foi considerada mais adequada 
do que "Inteligência Emocional", pois o conceito de inteligência refere-se 
primordialmente a recursos disponíveis na consciência, enquanto o aprendizado a 
que nos referimos ocorre, principalmente, no nível não consciente. 
 
 
 
 
 
 
 19 
 
12. PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. 
 
Para o desenvolvimento das competências da inteligência emocional é 
evidente que não se trata de seguir uma receita, pois cada um de nós tem um 
modo próprio de agir e de estar no mundo, mas é bom que se observe algumas 
sugestões que possibilitem um desenvolvimento eficaz. 
A Inteligência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a 
si mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando 
emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar 
pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu 
engajamento a objetivos de interesses comuns. (Gilberto Vitor). 
Daniel Goleman, em seu livro, mapeia a Inteligência Emocional em cinco 
áreas de habilidades: 
1.Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele 
ocorre. 
2.Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, 
adequando-os para a situação. 
3.Auto-Motivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial 
para manter-se caminhando sempre em busca. 
4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas. 
5. Habilidade em relacionamentos interpessoais. 
Considerando ainda os aspectos intrapessoal e interpessoal da inteligência, 
temos a considerar também as habilidades como organização de Grupos 
negociação de soluções, empatia e sensibilidade social. 
Segundo ainda o mesmo autor, a melhor maneira de tornar as pessoas 
mais inteligentes emocionalmente é começar a educá-las quando ainda são 
crianças. Afirma que para um adulto melhorar sua própria inteligência emocional, a 
primeira tarefa é desaprender e reaprender, devido ao fato que seus hábitos 
emocionais foram aprendidos na infância. 
Isso nos remete a necessidade de nos observarmos na exteriorização de 
nossos comportamentos e de nos ligarmos nos feedback que recebemos das 
 
 
 
 
 20 
pessoas com as quais interagimos visando à aproximação real da nossa auto 
imagem com a imagem que os outros têm de nos. 
Educar os filhos emocionalmente, ou seja, prepará-los para enfrentar os 
desafios impostos pela vida com inteligência. Ensiná-los, como reagir nas diversas 
ocorrências que podem vir a acontecer, se constitui numa das grandes 
preocupações dos pais hoje. 
A inteligência emocional surge em grande medida dos neurotransmissores 
do sistema límbico do cérebro, que governam os sentimentos, impulsos e 
tendências. As pesquisas indicam que o sistema límbico aprende melhor por meio 
da motivação, da prática contínua e da retroalimentação. 
Assim nossos esforços na participação ativa da educação emocional de 
nossos filhos e alunos podem nos servir como agentes motivadores para a nossa 
melhora intima, já que para tanto basta que apenas se veja o que a criança 
precisa, e estar lá para ela. 
Para aqueles pais que ainda não são preparadores emocionais, Gottman, 
propõe cinco passos para que se tornem: 
1. Perceber as emoções das crianças e as suas próprias; 
2. Reconhecer a emoção como uma oportunidade de intimidade e 
orientação 
3. Ouvir com empatia e legitimar os sentimentos da criança; 
4. Ajudar as crianças a verbalizar as emoções; 
5.Impor limites e ajudar a criança a encontrar soluções para seus 
problemas 
Goleman também indica que o sistema límbico leva muito mais tempo para 
ser reprogramado (isto é, para aprender novos comportamentos) do que o 
neocórtex. Somente após meses de repetição e prática podem-se criar "novos 
caminhos neurais" que se tornam opções padrão do cérebro" para o cérebro 
emocional. 
A partir dai vemos como se precisa assumir o compromisso de mudar de 
comportamento. 
As pessoas que geneticamente estão instrumentadas com EI superior 
precisam de pouca alimentação para aumentar o que a natureza lhes deu. Outras 
podem exigir tempo, esforço e prática repetida para alcançar o nível de EI em que 
suas competências e versatilidade lhes dêem a flexibilidade de manejar situações 
 
 
 
 
 21 
sempre cambiantes. Desenvolver EI parece estar ao alcance de qualquer um. 
Cultivar EI mais forte pode aperfeiçoar nossa captação dos estilos de liderança — 
especialmente se a pessoa desenvolve a flexibilidade para usar o estilo correto em 
cada situação. 
De tudo o que foi estudado sobre IE não podemos deixar passar 
despercebido que os líderes precisam compreender e administrar sua própria 
construção emocional antes de tentarem compreender e administrar outras 
pessoas. 
Dessa forma a empatia se destaca previamente de todas as habilidades 
que se busca desenvolver, ou seja, qualquer plano de desenvolvimento emocional 
deveria, necessariamente, passar pelo desenvolvimento dessa habilidade, o que 
em alguns casos já levaria um bom tempo de dedicação. 
Segundo a Leadership Advantage, uma firma de consultoria em 
desenvolvimento organizacional, a empatia desempenha um papel crítico em 
aperfeiçoar IE. A firma sugere diversos passos que os líderes podem dar para 
desenvolver a empatia: 
• Mantenha um registro das oportunidades perdidas para demonstrar 
empatia. 
• Esteja consciente de que os subordinados talvez não manifestem 
explicitamente as preocupações subjacentes. 
• Jamais imagine saber o que os outros estão sentindo. 
• Formule questões de resposta aberta, em vez daquelas que exigem uma 
simples resposta do tipo "sim" ou "não". 
• Habitue-se a ouvir sem interromper. 
• Evite ser defensivo. 
• Dê aos outros tempo para exprimir idéias criativas sem julgá-las. 
• Trabalhe para alcançar um equilíbrio eficaz de concentração, orientação 
de meta e de audição empática. 
Esta relação representa algumas das coisas práticas que os líderes ou os 
candidatos a melhora de sua IE podem fazer por si próprios e orientar os outros a 
fazerem, à medida que procuram aperfeiçoar seu equipamento de EI. 
O líderemocionalmente inteligente desenvolve-se para tornar-se alguém 
com a capacidade de mover-se tranqüilamente de um tratamento ou estilo para 
 
 
 
 
 22 
outro, deixando que as exigências da situação e os recursos disponíveis ditem o 
que ele precisa fazer. O equipamento de estilos de liderança pode servir como 
instrumento vital para todos os supervisores, especialmente supervisores de 
outros supervisores. 
 
13. CONCLUSÃO 
 
O campo emergente de estudos conhecido como inteligência emocional 
tem elevada importância para as organizações sensíveis à liderança. Sendo um 
aglomerado de habilidades e competências de grande efeito para a eficácia do 
líder, a EI pode ser aprendida, desenvolvida e aperfeiçoada. Embora os 
pesquisadores continuem a refinar este campo, os dois domínios fundamentais — 
interpessoal e intrapessoal — permanecem sem alteração. A hipótese que está 
por trás dos estudos de IE sustenta que os líderes precisam compreender e 
administrar sua própria construção emocional antes de tentarem compreender e 
administrar outras pessoas. 
"O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-
nos dele. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as 
muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os 
morticínios. Criamos a época da produção veloz, mas nos sentimos enclausurados 
dentro dela. A máquina, que produz em grande escala, tem provocado a 
escassez. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, 
empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do 
que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, 
precisamos de afeição e doçura! Sem essas virtudes, a vida será de violência e 
tudo estará perdido." 
(Charles Chaplin, em discurso proferido no final do filme O grande ditador.) 
 
14. BIBLIOGRAFIA 
- FRITZEN, Silvino José, Exercícios práticos de dinâmica de grupo. 32 ed. 
Petrópolis. Vozes, 2001 
 
- GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional. 40. ed. Rio de Janeiro: 
Objetiva, 1995 
 
 
 
 
 23 
- STEVENS, John O., Tornar-se presente. 2 ed. São Paulo, Summus, 1977. 
- Sites: 
www.possibilidades.com.br/intelig_emocional/indice_intelig_emocional.asp 
www.abrae.com.br/entrevistas/entr_gol.htm 
www.guiarh.com.br/z84.htm 
www.din.uem.br/ia/emocional/ 
www.airpower.maxwell.af.mil/apjinternational/apjp/2003/2tri03/latour.html#la
tour#latour 
 
15. ANEXOS 
 
ANEXO A - CARACTERÍSTICAS DO LÍDER DO TERCEIRO MILÊNIO. 
ANEXO B - TESTE DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. 
ANEXO C - TESTE DE INTELIGÊNCIAS MÙLTIPLAS. 
ANEXO D - RELAÇOES HUMANAS. 
ANEXO E - CHECKLIST DOS PAIS 
ANEXO F - O CÍRCULO DO ÓDIO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
 
ANEXO A 
Características do Líder do Terceiro Milênio: 
Responsabilidade: assumir integralmente suas ações e responder por elas frente 
ao seu juízo e ao da sociedade. 
Caminho para a individuação: "aceitação e expressão do núcleo interno ou EU, 
isto é, realização das capacidades latentes, potencialidade, pleno funcionamento, 
acessibilidade da essência humana e pessoal e presença mínima de má saúde e 
de diminuição das capacidades humanas" (A. Maslow). 
Flexibilidade: não ter receitas mágicas / não querer enquadrar o outro num 
esquema rígido e por isso, doentio. 
Humildade: saber-se falho, finito / buscar a impecabilidade interior e não a 
concordância nos olhos dos outros. 
Atualização: manter-se informado em tudo aquilo que leve a uma compreensão 
maior do homem como ecossistema. 
Intuição: buscar desenvolvê-la, mas saber que ao interpretá-la podem ocorrer 
falhas e graves erros. 
 Senso ético e pleno respeito à individualidade do outro: não invadir o outro. 
Criatividade. 
Capacidade de Doação. 
Transcendência: não só no sentido de ultrapassar o presente no futuro próximo, 
mas perceber-se vinculado ao Cosmos/Deus. 
Espiritualidade frente à Vida: buscar ver o Sagrado no homem. 
Atenção integral a cada membro do time. 
Senso estético. 
Crença em si mesmo e no outro como possíveis de auto-realização. 
Empatia e tolerância. 
Reflexão. 
 
 
 
 
 25 
 
Clarificação periódica de seus valores e significados. 
Autenticidade: coerência entre o pensar, sentir, falar e agir. 
Uso de técnicas adequadas ao cliente: de acordo com o momento. 
Percepção de possibilidades de crescimento no sofrer e ate mesmo na 
neurose. 
Visão do outro como TU: não reduzir o outro a um aspecto ou a "Isso". 
Coragem e autocontrole. 
Perspicácia para separar o essencial do acidental. 
Compaixão: aceitação da condição humana, com suas misérias e grandezas. 
Visão do liderado como um presente que a Vida nos oferece. 
Paciência: reconhecer que o tempo interior do outro é diferente do meu e buscar 
a harmonia do andar juntos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
 
ANEXO B 
Autodiagnóstico: Teste Sua Inteligência Emocional 
Denize Dutra - Consultora do Instituto MVC. 
 
Sou uma pessoa... 
 
1)...que persiste quando está frente a um novo desafio, não desistindo nas 
primeiras dificuldades ... 
( ) Sempre 
( ) Quase sempre 
( ) Às vezes 
( ) Raramente 
( ) Jamais 
 
2) ...que procura se colocar no lugar do outro, sendo compreensiva em 
relação aos momentos difíceis de outra pessoa... 
( ) Sempre 
( ) Quase sempre 
( ) Às vezes 
( ) Raramente 
( ) Jamais 
 
3) ...que consegue manifestar suas emoções de acordo com as pessoas, 
situações e o momento oportuno... 
( ) Sempre 
( ) Quase sempre 
( ) Às vezes 
( ) Raramente 
( ) Jamais 
 
4) ...que consegue controlar suas emoções, mantendo a calma nos 
momentos difíceis... 
( ) Sempre 
( ) Quase sempre 
( ) Às vezes 
( ) Raramente 
( ) Jamais 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
5) ... que tem uma visão realista de si mesmo, com adequada percepção de 
suas potencialidades e limitações... 
( ) Sempre 
( ) Quase sempre 
( ) Às vezes 
( ) Raramente 
( ) Jamais. 
6) ...que consegue superar seus sentimentos de frustração quando alguma 
coisa não dá certo, procurando aprender com as experiências negativas... 
( ) Sempre 
( ) Quase sempre 
( ) Às vezes 
( ) Raramente 
( ) Jamais 
 
7) ...que quando tem alguma dificuldade com outra pessoa, procura 
conversar diretamente com ela, evitando fofocas e mal entendido ... 
( ) Sempre 
( ) Quase sempre 
( ) Às vezes 
( ) Raramente 
( ) Jamais 
 
8) ... que é muito difícil perder a paciência com as pessoas de que gosto. Se 
perco, logo recupero e me arrependo de ter perdido… 
( ) Sempre 
( ) Quase sempre 
( ) Às vezes 
( ) Raramente 
( ) Jamais 
 
9)... que consegue expressar suas opiniões de forma clara e percebe que é 
ouvida com atenção ... 
( ) Sempre 
( ) Quase sempre 
( ) Às vezes 
( ) Raramente 
( ) Jamais 
 
10) ... que se sente segura diante das outras pessoas... 
( ) Sempre 
( ) Quase sempre 
( ) Às vezes 
( ) Raramente 
( ) Jamais 
 
 
 
 
 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AVALIAÇÃO DO RESULTADO: 
 
 
 
 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS 
Jamais Raramente Às vezes Quase sempre Sempre 
1 2 3 4 5 
41 a 50 pontos = Sua INTELIGÊNCIA EMOCIONAL é bastante alta. 
Você não deve ter dificuldades para fazer amigos, e nem de relacionar-se 
com os outros de forma bem harmoniosa e produtiva. 
 
31 a 40 pontos = Sua INTELIGÊNCIA EMOCIONAL é bastante 
desenvolvida , mas se você aprender a observar atentamente as pessoas 
poderá desenvolvê-la ainda mais. 
 
21 a 30 pontos = Sua INTELIGÊNCIA EMOCIONAL precisa 
"deslanchar" . Converse um pouco mais consigo mesmo, ouça o que os 
outros dizem com sinceridade de você. Treine seus sentimentos de empatia 
e aprenda a observar com mais respeito os defeitos de outras pessoas. 
 
11 a 29 pontos = Seu grau de empatia e relacionamentos não é bom. 
Procure ouvir mais e falar menos. Saiba gostar até mesmo de 
particularidades que outras pessoas apresentam e que você critica. 
 
10 pontos ou menos = Sua INTELIGÊNCIA EMOCIONAL é bastante 
baixa. Procure compartilhar mais seus sentimentos e idéias Acredite que 
melhorar seus relacionamentos não é difícil, mas exigetrabalho 
persistente, e muita disponibilidade para o outro. Procure aprender com 
todas as experiências , mesmo que sejam negativas, evitando repetir 
situações que promovam frustrações. 
Analise com atenção e veja exatamente quais são os 
pontos que você pode aprimorar! 
Pense de que forma estes aspectos podem estar causando 
impactos positivos ou negativos 
no seu desempenho profissional e suas relações com o MUNDO ! 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
 
ANEXO C 
Teste de Inteligências Multiplas 
by Howard Gardner 
Faça um X nas descrições com as quais você se identifica. 
 
( ) 1º-Você lembra-se facilmente das frases, citações ou pensamentos de pessoas 
famosas e aplica-as em suas conversas. 
( ) 2º-Você percebe rapidamente quando alguém que está com você, está 
preocupado com algo. 
( ) 3º-Você é fascinado por questões filosóficas ou científicas do tipo:-"Quando o 
Tempo começou?" 
( ) 4º-Você consegue se localizar rapidamente em regiões ou vizinhanças 
estranhas. 
( ) 5º-As pessoas acham que você tem movimentos corporais elegantes, ou tem 
um bom ritmo ao dançar. 
( ) 6º-Você consegue cantar com facilidade, lembrando-se das musicas e das 
letras. 
( ) 7º-Você lê com regularidade nos jornais ou revistas artigos sobre ciência e 
tecnologia. 
( ) 8º-Você percebe rapidamente erros gramaticais ou de palavras das pessoas 
que falam com você. 
( ) 9º-Você geralmente consegue descobrir como as coisas funcionam ou como 
consertar rapidamente o que está quebrado, sem pedir ajuda. 
( ) 10º-Você consegue imaginar rapidamente como outras pessoas agem com seu 
filtro profissional ou familiar, e consegue se imaginar agindo com estes filtros. 
( ) 11º-Você consegue lembrar-se com detalhes, das paisagens e das 
características dos lugares que visitou em suas férias. 
( ) 12º-Você curte música e os seus compositores(as) e cantores(as) favoritos. 
( ) 13º-Você gosta de desenhar. 
( ) 14º-Você gosta de praticar esportes. 
( ) 15º-Você organiza bem as coisas do seu escritório, cozinha, banheiro, de 
acordo com padrões e categorias. 
( ) 16º-Você tem confiança de interpretar o que as outras pessoas fazem em 
função do que elas sentem. 
( ) 17º-Você gosta de contar histórias e é considerado um bom contador de 
histórias. 
( ) 18º-Você às vezes gosta de sons diferentes no seu ambiente. 
( ) 19º-Quando você conhece pessoas novas, você geralmente estabelece 
associações entre suas características com as das pessoas que você conhece. 
( ) 20º-Você tem consciência do que você consegue e do que não consegue fazer. 
 
 
 
 
 
 
 30 
 
PERGUNTAS Nºs : 
 
1, 8 e 17 = Intel. Lingüística 
6, 12 e 18 = Intel. Musical 
3, 7 e 15 = Intel. Lógico-Matemática 
4, 11 e 13 = Intel. Espacial 
5, 9 e 14 = Intel. Cinestésico-Corporal 
10, 16 e 20 = Intel. Intrapessoal 
2, 10 e 19 = Intel. Interpessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
 
ANEXO D 
 
 
Os Dez Mandamentos das Relações Humanas 
 
1. FALE com as pessoas. Nada há tão agradável e animado quanto 
uma palavra de saudação, particularmente hoje em dia quando precisamos mais 
de “sorrisos amáveis”. 
2. SORRIA para as pessoas. Lembre-se que acionamos 72 músculos 
para franzir a testa e somente 14 para sorrir. 
 3. CHAME as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos 
ainda é ouvir o seu próprio nome. 
 4. SEJA amigo e prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo. 
 5. SEJA cordial. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, 
faça-o com todo o prazer. 
6. INTERESSE-SE sinceramente pelos outros. Lembre-se que você 
sabe o que sabe, porém você não sabe o que outros sabem. Seja sinceramente 
Interessado pelos outros. 
7. SEJA generoso em elogiar e cauteloso em criticar. Os líderes 
elogiam. Sabem encorajar, dar confiança, e elevar os outros. 
8. SAIBA considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados 
numa controvérsia: o seu, o do outro, e o lado de quem está certo. 
9. PREOCUPE-SE com a opinião dos outros. Três comportamentos de 
um verdadeiro líder: ouça, aprenda e saiba elogiar. . 
10. PROCURE apresentar um excelente serviço. O que realmente vale 
em nossa vida é aquilo que fazemos para os outros. 
 
 
 
RELAÇÕES HUMANAS 
 
1. As seis palavras mais importantes: 
ADMITO QUE O ERRO FOI MEU. 
 
2. As cinco palavras mais importantes: 
VOCÊ FEZ UM BOM TRABALHO. 
 
3. As quatro palavras mais importantes: 
QUAL A SUA OPINIAO? 
 
4. As três palavras mais importantes: 
FAÇA O FAVOR. 
 
5. As duas palavras mais importantes: 
MUITO OBRIGADO. 
 
 
 
 
 32 
 
6. A palavra mais importante: 
NÓS. 
 
7. A palavra menos importante: 
EU. 
 
(De o Telhadinho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
ANEXO E 
 
 
Checklist dos Pais 
 
Você esconde problemas sérios de seu filho? 
 
Sim Não 
 
Não. 
 
A maioria dos psicólogos acredita que os pais não devem esconder os problemas 
sérios nem mesmo dos filhos menores. As crianças são muito mais resistentes do 
que muitos imaginam e beneficiam-se de explicações realistas dos problemas. 
 
Você discute suas próprias faltas abertamente? 
 
Sim Não 
 
Sim 
. 
Para se tornarem realistas em seu modo de pensar e em suas expectativas, as 
crianças precisam aprender a aceitar as qualidades bem como os defeitos dos 
pais. 
 
Seu filho assiste mais de 12 horas de TV por semana? 
 
Sim Não 
 
Não. 
 
A média das crianças, na verdade, assiste 24 horas semanais de TV. Esta 
atividade passiva faz muito pouco no sentido de promover as habilidades do QE. 
Séries de TV violentas são particularmente problemáticas para crianças com 
dificuldades em controlar sua raiva 
 
Você tem computador em casa? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
Antigamente os psicólogos e sociólogos acreditavam que o computador e os jogos 
pelo computador teriam uma influência negativa no desenvolvimento social de 
uma criança, mas o oposto parece ser verdadeiro. As crianças (e os adultos) estão 
 
 
 
 
 34 
encontrando novas formas de usar o computador e serviços on-line que, na 
verdade, aumentam as habilidades de QE. 
 
Você se considera uma pessoa otimista? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
Estudos demonstraram que as pessoas otimistas são mais felizes, melhor 
sucedidas na escola e, na verdade, mais saudáveis. Seu filho desenvolve uma 
atitude otimista ou pessimista principalmente observando-o e ouvindo-o. 
 
Você ajuda seu filho a cultivar amigos? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
Os pesquisadores sobre desenvolvimento infantil acreditam que ter um "melhor 
amigo”, sobretudo entre as idades de 9 e 12 anos, é um marco muito importante 
em seu desenvolvimento de aprender a cultivar relacionamentos íntimos. O ensino 
da capacidade de cultivar amizades deve iniciar quando seu filho começa a dar os 
primeiros passos. 
 
Você monitora o conteúdo violento dos programas de televisão ou 
videogames de seu filho? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
Apesar de não existirem provas inequívocas de que assistir programas de 
televisão violentos ou utilizar jogos de computador com conteúdo violento conduza 
à agressividade nas crianças, isso com certeza os torna menos sensíveis aos 
sentimentos e preocupações dos outros. 
 
Você passa 15 minutos ou mais por dia com seu filho participando de 
brincadeiras ou outras atividades? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
Infelizmente, os pais de hoje passam cada vez menos tempo com os filhos. O fato 
de passar algum tempo brincando com as crianças pequenas ou participando de 
 
 
 
 
 35 
atividades com as mais velhas faz bem para auto-imagem e autoconfiança deles. 
 
Você tem formas claras e coerentes de disciplinar seu filho e realçar as 
regras? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
Um número significativo de problemas que as crianças experimentam hoje poderia 
ser evitado ao agir, como pais, com autoridade. A paternidade com autoridade 
combina proteção com disciplina coerente e apropriada. Muitos especialistas em 
paternidade acreditam que pais excessivamente liberais são a causa de um 
número crescente de problemas infantis, incluindo comportamento rebelde e anti-social. 
 
Você participa regularmente de atividades de prestação de serviços 
comunitários com as crianças? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
As crianças aprendem a se preocupar com os outros participando dessas 
atividades, não apenas falando sobre elas. As atividades de prestação de serviços 
comunitários também ensinam às crianças muitas habilidades sociais e também a 
se manterem longe de problemas. 
 
Você é verdadeiro e honesto com seus filhos, mesmo a respeito de temas 
dolorosos como doenças ou perda de emprego? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
Muitos pais tentam proteger os filhos do estresse paro preservar sua inocência 
infantil, mas na realidade isto faz mais mal que bem. As crianças que não 
aprendem a lidar de modo eficaz com o estresse se tornam vulneráveis a 
problemas mais sérios quando crescem, sobretudo em seus relacionamentos. 
 
Você ensina seu filho a relaxar fisicamente como forma de lidar com o 
estresse, a dor ou a ansiedade? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
 
 
 
 
 36 
Você pode ensinar as crianças a relaxar a partir dos quatro ou cinco anos de 
idade. Isto não apenas as ajuda a lidar com problemas imediatos, mas pode 
ajudá-las a viver vidas mais longas e mais saudáveis. 
 
Você intervém quando seu filho está tendo dificuldade para resolver um 
problema? 
 
Sim Não 
 
Não. 
 
Pesquisas sugerem que a criança pode resolver problemas muito antes do que se 
imaginava. Quando as crianças aprendem a resolver seus próprios problemas, 
elas ganham autoconfiança e aprendem importantes habilidades sociais. 
 
Você promove encontros familiares com regularidade? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
Ter um modelo é a forma mais simples e importante de a criança aprender 
habilidades emocionais e sociais. Encontros familiares são ideais paro ensinar a 
criança a resolver problemas e a se portar em grupo 
 
 Você insiste em que seu filho sempre mostre bons modos com os outros? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
Bons modos são fáceis de ensinar e extremamente importantes na escola e para 
obter-se sucesso social. 
 
Você se dá ao trabalho de ensinar seus filhos a ver o lado cômico da vida 
diária, até mesmo em seus problemas? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
Um número crescente de estudos demonstra que o senso de humor não apenas é 
uma habilidade social importante, mas um fator significativo para a saúde física e 
mental da criança. 
 
 
 
 
 
 
 37 
Você é flexível com os hábitos de estudo e a necessidade de aprender 
capacidades organizacionais de seu filho? 
 
Sim Não 
 
Não. 
 
Ha muitas coisas com as quais você precisa ser flexível, mas os hábitos de estudo 
e a capacidade de realizar trabalho não estão entre elas. Para ser bem-sucedido 
na escola e mais tarde na vida profissional, seu filho precisa aprender 
autodisciplina, organização do tempo e capacidades organizacionais. 
 
Você induz seu filho a continuar tentando mesmo quando ele reclama que é 
muito difícil ou quando ele fracassa? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
Um dos ingredientes mais importantes para se alcançar êxito é a capacidade de 
superar a frustração e esforçar-se com persistência em face do fracasso. Em 
geral, os pais não exigem suficiente esforço de seus filhos. 
 
Você insiste em que seu filho mantenha uma dieta saudável e exercícios 
diários? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
Além dos evidentes benefícios físicos de uma dieta adequada e da prática de 
exercícios, um estilo de vida saudável desempenha papel importante na 
bioquímica do desenvolvimento do cérebro de seu filho. 
 
Você confronta seus filhos se souber que não estão falando a verdade, 
mesmo que seja em assunto de menor importância? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
A compreensão das crianças sobre honestidade muda à medida que crescem, 
mas a verdade sempre deve ser ressaltada no seio familiar. 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
Você respeita a privacidade de seus filhos, mesmo se suspeitar que estão 
fazendo algo perigoso para eles ou para os outros? 
 
Sim Não 
 
Não. 
 
Na criação dos filhos, a privacidade e a verdade andam de mãos dadas. Em todas 
as idades as crianças devem compreender a diferença entre o que podem manter 
privado e o que você deve saber. 
 
Você deixa o professor de seus filhos lidar com problemas motivacionais na 
escola sem se envolver neles? 
 
Sim Não 
 
Não. 
 
A motivação para as crianças atingirem metas começa em casa. Estudos de 
outras culturas sugerem que quanto mais os pais se envolvem na educação dos 
filhos, mais provavelmente eles serão bem-sucedidos. 
 
Você acredita que deveria ser mais tolerante com os problemas de seus 
filhos porque tem os mesmos (ou semelhantes) problemas? 
 
Sim Não 
 
Não. 
 
Não é surpreendente que as crianças muitas vezes tenham os mesmos problemas 
que os pais. Se você está enfrentando questões sérias como depressão ou um 
temperamento difícil, deveria buscar formas de mudar seu próprio comportamento 
e também o de seus filhos. 
 
Você deixa seu filho sozinho quando não quer falar sobre alguma coisa que 
o está deixando aborrecido ou triste? 
 
Sim Não 
 
Não. 
 
Muito poucas crianças gostam de falar do que as está aborrecendo, mas da 
perspectiva da inteligência emocional, você deveria incentivar enfaticamente seus 
filhos a falarem sobre seus sentimentos. Falar sobre os problemas e atribuir 
palavras aos sentimentos pode mudar a forma como uma criança desenvolve seu 
cérebro, formando laços entre as partes emocional e racional de seu cérebro. 
 
 
 
 
 39 
 
Você acredita que todos os problemas têm solução? 
 
Sim Não 
 
Sim. 
 
Crianças e também adolescentes e adultos podem ser ensinados a buscar 
soluções em vez de conviverem com problemas. Esta forma positiva de ver o 
mundo aumenta a autoconfiança de seu filho bem como ajuda em seus 
relacionamentos. 
 
(Extraído do livro: Inteligência Emocional – Uma vida para seu filho, de Lawrence 
E. Shapiro, Ph.D. Editora Campus.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
 
ANEXO F 
 
O Círculo do Ódio 
 
O diretor de uma empresa gritou com seu gerente porque estava 
irritadíssimo. 
O gerente, chegando em casa, gritou com a esposa, acusando-a de 
gastar demais. 
A esposa, nervosa, gritou com a empregada, que acabou deixando um 
prato cair no chão. 
A empregada chutou o cachorrinho no qual tropeçara enquanto limpava os 
cacos de vidro. 
O cachorrinho saiu correndo de casa e mordeu uma senhora que passava 
na rua. 
Essa senhora foi à farmácia para fazer um curativo e tomar uma vacina. 
Ela gritou com o farmacêutico porque a vacina doeu ao ser aplicada. 
O farmacêutico, ao chegar em casa, gritou com a esposa porque o jantar 
não estava do seu agrado. 
Sua esposa afagou seus cabelos e o beijou, dizendo: “Querido! Prometo 
que amanhã farei seu prato favorito. Você trabalha muito”. 
“Está cansado e precisa de uma boa noite de sono. Vou trocar os lençóis 
da nossa cama por outros limpos e cheirosos para que durma tranqüilo. Amanhã 
você vai se sentir melhor”. 
Retirou-se e deixou-o sozinho com seus pensamentos. 
Neste momento rompeu-se o Círculo do Ódio! 
Esbarrou na tolerância, na doçura, no perdão e no amor. 
Se você está no Círculo do ódio, lembre-se de que ele pode ser quebrado. 
“Não mude sua natureza. Se alguém lhe faz algum mal, apenas tome 
precauções. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam”. 
“Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação, 
porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros 
pensam de você”. 
“E o que os outros pensam, é problema deles."

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