Buscar

Petição alterada word - interdição com anotações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA DE FAMILIA E SUCESSOES DA COMARCA DE PORTO ALEGRE. 
 
 
 
JANICE SANTO DA CUNHA, brasileira, solteira, desempregada, portadora da Carteira de Identidade n° 9030985247 SSP/RS e do CPF n° 418.724.100-06, residente e domiciliada na Rua Dona Luiza nº 79, Bairro Nonoai, CEP. 90.830-570, Porto Alegre-RS, sem endereço eletrônico[footnoteRef:1], pelo núcleo de Relações Familiares- SAJUIR e por suas advogadas devidamente constituída, conforme documento anexo, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente [1: Tratando-se a Autora economicamente hipossuficiente e juridicamente vulnerável, não possui endereço eletrônico, nos termos do art. 319, II do CPC. Não obstante, de acordo com o desposto nos § 2 § 3 e do art. 319 do CPC. Tais informações não podem ensejar a emenda, tampouco o indeferimento da inicial, sob pena de se restar configurado intransponível óbice à justiça] 
AÇÃO DE INTERDIÇÃO
com pedido de curatela provisória
em face de JAYNNE DA CUNHA SOARES, brasileira, soleira, portadora da carteira de identidade nº 6109030913 SSP/RS e do CPF nº 835.470.700-82, residente e domiciliada no mesmo endereço da autora, requerendo a procedência da demanda pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
DA JUSTIÇA GRATUITA 
A Autora não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa
Desse modo, sob égide no Novo Código de Processo Civil, art. 98 e seguintes e pelo artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal, a autora faz jus à concessão da gratuidade de Justiça. 
DOS FATOS 
 
A Interditanda tem 19 anos, não possui o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil, sendo incapaz de reger sua pessoa e seus bens, porquanto portadora de doença de CID XXX (colocar o nome da doença), conforme cópia de (laudo e/ou atestado e/ou perícia) médica em anexo. 
A Autora é mãe da Interditanda, conforme comprovam os documentos acostados nos autos e, portanto, tem legitimidade para interpor esta demanda.
Devido às grandes necessidades da Interditanda, a Autora dedica-se integralmente aos cuidados dela, o que impede o exercício de atividade laboral, visto que o genitor da Interditanda em nada participa, pois mora em outro Estado (colocar o nome do Estado) e não contribui com os cuidados necessários para com a filha.
Observa ainda que além da falta de discernimento e consequente incapacidade para exercer os atos da vida civil, a interditada é solteira e não possui filhos, tampouco bens. 
Diante todo o exposto, buscando a proteção da Interditanda, a Autora propõe e presente demanda para que esse Juízo determine a interdição da Interditanda para a prática dos atos da vida civil que não tiver condições de realizar.
 
DO DIREITO
 
O artigo 1º do Código Civil estatui que “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. Assim, liga-se à pessoa a ideia de personalidade, que é consagrado nos direitos constitucionais de vida, liberdade e igualdade. 
Entende-se que a personalidade tem a sua medida na capacidade de fato ou de exercício, é aptidão de exercer por si os atos da vida civil, dependendo, portanto, do discernimento, que é critério, prudência, juízo, tino, inteligência, e, sob o prisma jurídico, da aptidão que tem a pessoa de distinguir o lícito do ilícito, o conveniente do prejudicial.¨ Maria Helena Diniz ; 	Comment by Rodrigo Paixão: Ou colocar a referência bibliográfica da Maria Helena ou retirar esse parágrafo.O parágrafo pode ser retirado sem problemas.
Todavia essa capacidade pode sofrer restrições legais quanto ao seu exercício, visando a proteger os que são portadores de uma deficiência que possa impedir o exercício dos atos da vida civil.
Assim, segundo Maria Helena Diniz, a incapacidade é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil. Os artigos 3º e 4º do Código Civil graduam a forma de proteção, a qual assume a feição de representação para os absolutamente incapazes e a de assistência para os relativamente incapazes. 	Comment by Rodrigo Paixão: Mesma coisa... ou coloca a referência ou retira essa parte destacada.
A incapacidade cessa quando a pessoa atinge a maioridade, tornando-se, por conseguinte, plenamente capaz para os atos da vida civil. 
O artigo 1.767, I do Código Civil estabelece que 
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
Ao seu turno o artigo os artigo 747, II do CPC e artigo 1175, §1º prevê a possibilidade dos genitores proporem ação de interdição e serem nomeados curadores 
Art. 747. A interdição pode ser promovida:
II - pelos parentes ou tutores;
Art. 1.775. O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de direito, curador do outro, quando interdito.
§1 o Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai ou a mãe; na falta destes, o descendente que se demonstrar mais apto.
Com base nesses dispositivos de lei e da prova a respeito da incapacidade real e efetiva de exercer os atos da vida civil, necessária a decretação da interdição da Interditanda com a nomeação da Autora como sua curadora, a fim de que esta possa assisti-la no exercício dos atos da vida civil, de acordo com os limites da curatela prudentemente fixados na sentença de interdição a partir das condições da Interditanda que deverão ser referidas pela perícia.
DA CURATELA PROVISÓRIA EM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
 
Os fatos referidos e prova anexada ao processo comprovam o preenchimento dos requisitos do art. 300 do CPC, sendo necessária a concessão da tutela provisória de urgência, determinando a interdição provisória da Interditanda e nomeando a Autora sua curadora, visto que aquela, comprovadamente, não detém o elementar discernimento para a prática dos atos da vida civil, sendo essa a pessoa legalmente apta a ser nomeada curadora.
 
DO PEDIDO 
 
Diante do acima exposto, requer: 
 
1) a concessão dos benefícios da gratuidade de Justiça;
2) a concessão da tutela provisória de urgência, com a nomeação da Autora como curadora provisória da Interditanda, a fim de que aquela possa representá-la nos atos da vida civil, sobretudo na adequada gestão dos recursos fundamentais à sua manutenção. 
3) A participação do Ministério Público;
4) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a documental, testemunhal, pericial e o depoimento pessoal da Interditanda;
5) seja julgado procedente o pedido, confirmando-se a antecipação da tutela, para nomear em definitivo a autora como curadora ao interditando, que deverá representá-la ou assisti-la em todos os atos de sua vida civil, de acordo com os limites da curatela prudentemente fixados na sentença. 
Por inestimável, atribui-se à causa o valor de alçada (R$ 9.542,50) 
Termos em que pede, deferimento. 
Porto Alegre, 07 de outubro de 2019. 
 
____________________________________________________ 
 Advogada Fernanda Feijó 
 OAB/RS 	Comment by Rodrigo Paixão: Colocar o número da OAB

Continue navegando