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1 IMPORTANTE: Figuras e equações retiradas de: [ATKINS 1998] ATKINS, P. Physical Chemistry, 6th ed.; Freeman: NewYork, 1998; [CASTELLAN 1996] CASTELLAN, G., “Fundamentos de Físico- Química”, 1a ed., Livros Técnicos e Científicos, 1986, 5ª reimpressão 1995. [McQuarrie 1997] MCQUARRIE, D. A. and Simon, J. D., Physical Chemistry: A Molecular Approach, 1997, University Science Books; Prof. Robson Valentim Pereira 2 TRABALHO, CALOR, ENERGIA INTERNA e ENTALPIA; TERMOQUÍMICA PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA: 3 4 ❑ Termodinâmica: foi desenvolvida no século XIX; ❖ Depois da aceitação da teoria atômica moderna, mas antes das ideias da mecânica quântica (universo microscópico de átomos e elétrons) 5 ❑ Termodinâmica: foi desenvolvida no século XIX; ❖ Estudo da transferência de energia durante os processos químicos, físicos e biológicos. 6 São regras macroscópicas Leis da Termodinâmica ❑Começar a entender as regras segundo as quais a ENERGIA se comporta. 7 A Termodinâmica é frequentemente definida como a ciência da energia. O conceito de energia não é, por sua vez, de fácil definição; A propriedade termodinâmica Energia é bem definida, no contexto da 1ª. Lei da Termodinâmica PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA: 8 9 Energia Interna, Calor e Trabalho 10 Energia de um sistema (definida por Lord Kelvin) “Capacidade de produzir trabalho” Existe várias formas de energia: potencial, elétrica, cinética, ... A energia total de um sistema é chamado de energia interna (U) 11 É composta de energia de diferentes fontes, como: ❑ química; eletrônica; nuclear e cinética..... A U(total e absoluta) : não pode ser medida completamente, pois não podemos medir todos os tipos de energia Energia interna (U) 12 Calor (q): Energia transferida em virtude de uma diferença de temperatura entre o sistema e suas vizinhanças (desequilíbrio térmico) calor 13 É a energia em movimento, por causa de um gradiente de temperatura. Unidade: Joule (J) Calor 14 O calor flui espontaneamente de um objeto que se encontra a uma temperatura mais alta para outro que se encontra a uma temperatura mais baixa. Calor 15 Portanto, quando a energia interna de um sistema se altera por transferência de energia na forma de calor, temos dU = q Calor 16 Um corpo não possui calor, estar com calor é uma expressão corriqueira, mas desprovida de significado físico químico. Calor ❖ se transferido para dentro do sistema q tem sinal positivo ❖ se transferido para fora do sistema q tem sinal negativo transferência de energia que faz uso do movimento térmico caótico das partículas nas vizinhanças do sistema 17 18 Q = C.T Capacidade calorífica é uma grandeza extensiva que determina a variação térmica de um corpo ao elevar a temperatura em 1K Calor J/mol.K 19 - calorímetro q = C T 20 Q = m.c.T Calor específico é uma grandeza intensiva que define a variação térmica de determinada substância ao receber determinada quantidade de calor Calor 21 Q = m.c.T ✓ quantidade de energia necessária para aumentar a temperatura de um grama de uma substância em 1ºC ou 1 K. Calor específico ou capacidade específica de calor J/g.K 22 Quando se adiciona energia a um sistema e não há variação na energia cinética ou potencial do sistema, então geralmente a temperatura do sistema aumenta. Se o sistema consiste de uma amostra de uma substância, a quantidade de energia necessária para aumentar a sua temperatura depende do tipo de material. Calor específico 23 Para aumentar a temperatura de 1 kg de água (cH2O= 4186 J/kg. oC), por exemplo, com uma variação de apenas um grau, nós precisamos gastar uma energia equivalente a 4186 J, mas para obter o mesmo efeito em uma amostra de cobre nós precisamos de apenas 387 J. Ou seja, a quantidade de energia necessária para aquecer os materiais depende de quais são estes materiais. 24 Calor específico ❑Materiais com baixo calor específico: METAIS necessitam de pouco calor para uma variação de temperatura grande; ❑ unidade: J/g.K 25 Exemplo: Se temos 250 chá quente que queremos esfriar antes de beber. A temperatura do chá atualmente é de 370 K e gostaríamos de esfriá-lo a 350 K. Quanta energia térmica precisa ser transferida do chá para o ambiente para que o chá esfrie? Dado: A capacidade específica de calor da água é 4,18 J/g.K, e a densidade da água é 1,00mLg1, 26 Qual propriedade precisamos calcular?? 1) Precisamos calcular a massa chá/água usando o volume e a densidade da água: Q = m.c.T m=250mL×1,00mLg=250g ΔT=Tfinal−Tinicial =350K−370K =−20K 2)Calcular a mudança de temperatura, ΔT 27 Q = m.c.T ΔT=Tfinal−Tinicial =350K−370K =−20K 2)Calcular a mudança de temperatura, ΔT Como a temperatura do chá está diminuindo e ΔT é negativo, espera-se que, q, também seja negativo, pois nosso sistema está PERDENDO energia térmica. 28 Q = m.c.T 3) Encontrar o valor de Q Assim, encontramos que o chá vai transferir 21000J, de energia para o ambiente quando ele esfriar de 370K para 350K. Q =m×C×ΔT Q=250g×4,18g⋅KJ×(−20K) Q =−21000J TRABALHO (w): Propriedade fundamental da termodinâmica transferência de energia para um sistema por um processo equivalente ao aumento ou abaixamento de um peso 29 30 Existem dois tipos de energia que podem ser transferidas de um sistema para outro: trabalho (w) e calor (q). Há trabalho quando um corpo é deslocado contra uma força que se opõe ao deslocamento. 31 Na Figura a, o objeto não está se movendo, então a quantidade de trabalho é zero (independentemente da quantidade de força que está sendo exercida). (Fonte figura: Ball, 2005). 32 Na Figura (b), um objeto foi movido, então foi realizado trabalho (Fonte figura: Ball, 2005). 33 A unidade do trabalho é o joule (J), isto é a mesma unidade de energia. Isso tem uma razão: trabalho é uma forma de transferir energia. A energia é definida como a capacidade de realizar trabalho, portanto, faz sentido que a energia e trabalho sejam descritos com as mesmas unidades. Um sistema pode realizar dois tipos de trabalho. ❑ Trabalho de expansão contra uma forca externa; ❑ Trabalho de não-expansão, isto e, um trabalho que não envolve variação de volume. 34 Trabalho 35 Em termodinâmica, a capacidade total de um sistema de realizar trabalho → é chamada de ENERGIA INTERNA (U) A energia interna de um sistema pode ser alterada pela realização de trabalho: dU = w. 36 Trabalho A B A: Um gás em um cilindro com um pistão preso B:O pistão e liberado e o gás se expande contra a pressão (Pext) “Um sistema realiza trabalho quando se expande contra uma pressão externa” Trabalho de expansão: O sistema realiza trabalho SOBRE a vizinhança 37 Trabalho O SISTEMA está perdendo energia na forma de trabalho Trabalho de compressão: A vizinhança realiza trabalho SOBRE o sistema 38 Trabalho O SISTEMA está ganhando energia na forma de trabalho 39 A nível molecular, o trabalho é : “transferência de energia que faz uso do movimento ordenado das moléculas da vizinhança. 40 Trabalho de expansão 1º CASO “ expansão livre” (Pext =0) w =0 ❑ Nenhum trabalho é realizado quando um sistema expande livremente; ❑ Tipo de expansão que ocorre no vácuo 41 2º CASO “Expansão contra Pext constante” Trabalho de expansão 𝒘 = −𝑷𝒆𝒙𝒕.∆𝑽 𝒘 = −𝑷𝒆𝒙𝒕. (𝑽𝟐 − 𝑽𝟏) O trabalho produzido é representado graficamente pela área rachurada no diagrama 𝑝 − 𝑉 Caso onde o gás que se expande contra uma pressão variável. 42 ❑ CAMINHO: é a sequência de estados intermediários pelos quais o sistema passa para ir de um estado inicial para um estado final. 43 Descrevemos uma mudança de estado ou transformação termodinâmica como um evento físico ou químico que modifica o estado de um sistema (termodinâmico) de sua condição inicial descrita pelas variáveis de estado (pi,Vi,Ti,ni,...) para umestado final especificado pelas variáveis de estado (pf,Vf,Ti,nf,...). 44 Um estado de um sistema termodinâmico é descrito por um conjunto de variáveis termodinâmicas suficientes para especificá- lo de forma única e inequívoca. Uma variável de estado (termodinâmico) é alguma propriedade física mensurável de um sistema investigado como a pressão, temperatura, volume, quantidade de matéria, estado físico, número de fase, etc. 45 A sucessão de valores que o conjunto de variáveis de estado assume ao ser levado do seu estado inicial i até o estado final f é denominado de caminho de uma transformação termodinâmica. 46 Caminhos alternativos que levam uma transformação de um sistema termodinâmico do estado inicial (pi,Vi,Ti,ni, ...) para o estado final (pf,Vf,Tf,nf, ...). Para cada caminho seguido, valores diferentes de trabalho w e calor q, são obtidos 47 ❑ PROCESSO: é o modo pelo qual ocorre a mudança de estado, e estabelece, além do caminho e dos estados inicial e final, as características da fronteira e efeitos na vizinhança. “é importância conhecer o processo pelo qual o sistema vai de um estado a outro” Há duas categorias de processos: REVERSÍVEL e IRREVERSÍVEL 48 Transformações reversíveis ❑ Em termodinâmica, uma expansão reversível é a que pode ser modificada (invertida) pela mudança infinitesimal de uma variável; O sistema é pode ser restaurado à sua condição inicial ❑ Sistema está em EQUILÍBRIO com a vizinhança 49 ❑ Para que haja a expansão a Pext deve ser um pouco menor que a pressão do gás as cada instante da expansão; ❑ Se a Pext aumentar de um infinitésimo, o gás contrai infinitesimalmente Transformações reversíveis 50 A expansão contra uma pressão externa que difere da pressão do sistema por um valor finito (mensurável). Transformações irreversíveis 51 Assumir que: 3º CASO “ Expansão reversível” Trabalho de expansão Trabalho total realizado é a soma das contribuições infinitesimais quando o volume muda do valor inicial ate o estado final 52 4º CASO “Expansão isotérmica reversível” Para um gás ideal durante uma expansão de Vi para Vf Em cada estágio da expansão 𝑃 = 𝑛𝑅𝑇 𝑉 𝒘 = − 𝒏𝑹𝑻𝒍𝒏 𝑽𝒇 𝑽𝒊 53 EXEMPLO Calcule o trabalho realizado quando 50g de ferro reage com HCl nas seguintes condições: a) recipiente fechado com volume fixo; b) béquer aberto a 25oC. a) Se o volume não muda w = 0 b) O gás produzido vai para a atmosfera e portanto 𝒘 = - pex V 𝑤 = - pex V = - 𝑝𝑒𝑥 x 𝑛𝑅𝑇 𝑝 𝑒𝑥 𝑤 = - nRT 𝑤 = - 50𝑔 55,85𝑔.𝑚𝑜𝑙 𝑥 8,314𝐽𝐾𝑚𝑜𝑙 𝑥298,15𝐾 = -2,2KJ 54 5º CASO “Expansão isotérmica reversível” Para um gás real durante uma expansão de Vi para Vf 𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 𝑉 − 𝑏 − 𝑎 𝑉2 𝒘 = − 𝑹𝑻𝒍𝒏 𝑽𝒇 𝑽𝒊 + 𝒃𝑹𝑻 − 𝒂 𝟏 𝑽𝒇 − 𝟏 𝑽𝒊 55 U é a mudança na energia interna quando o sistema muda de um estado inicial i com energia interna Ui para o estado final Uf : U = Ui - Uf FUNÇÃO DE ESTADO Não pode ser medida em escala absoluta Funções de Estado ❑ Função de estado: é uma propriedade do sistema que depende apenas de qual estado ele se encontra ❑ Propriedade matemática: uma função de estado pode ser integrada da maneira usual; 56 57 - Função de estado 58 ✓ uma função de estado tem uma diferencial exata; ✓não interessa o caminho percorrido pelo sistema entre os estados inicial e final, o valor da função de estado será o mesmo 𝑑𝑈 = 𝑈2 2 2 − 𝑈1 = ∆𝑈 O Trabalho (w) não é uma função de estado ❑ O valor do trabalho de compressão ou expansão de um gás varia de acordo com a PRESSÃO externa utilizada 59 ❖ trabalho depende do caminho: não tem uma diferencial exata 60 É errado escrever W = W2-W1 ❑ O trabalho para levar o sistema de um estado inicial para um estado final depende de como isto é feito 61 Desta forma, se queremos calcular o trabalho w, que é intrinsicamente uma quantidade associada ao processo, que depende do caminho, devemos escrever: 62 Matematicamente, usaremos w para significar uma quantidade diferencial inexata, ou seja, não adianta procurar uma função cuja diferença calculada entre dois pontos seja o valor procurado න 1 2 𝛿𝑤 = 𝑤2 −𝑤1 = ∆𝑤 O Calor (q) não é uma função de estado ❑ Podemos levar um sistema de um estado (1) a um outro estado (2) realizando diferentes quantidade de trabalho e transferindo diferentes quantidades de calor 63 ❑ q também depende do caminho; ❑ ou seja, q não é uma função de estado ❑ por isso, q não tem uma diferencial exata ❑ está errado escrever: q = q2-q1 64 65 Transformação cíclica O trabalho produzido numa transformação cíclica é a SOMA das pequenas quantidades de trabalho w produzidas em cada estágio do ciclo. 66 1º Lei da Termodinâmica Uma forma de enunciar a 1º lei da Termodinâmica: A energia é uma propriedade de estado termodinâmica extensiva, cuja variação durante uma mudança de estado é igual à soma do calor e do trabalho envolvidos nessa mudança de estado, e sua variação é nula para toda mudança de estado cíclica. 67 1º Lei da Termodinâmica Se um sistema é sujeito a qualquer transformação cíclica, o w produzido nas vizinhanças é igual ao q extraído das vizinhanças ∆𝑼 ≡ 𝒒 +𝒘 68 U simboliza a variação da energia do sistema ocorrida durante uma mudança de estado. Essa equação não permite saber qual é o valor da energia do sistema no seu estado final, Uf, e no seu estado inicial, Ui. ∆𝑼 ≡ 𝒒 +𝒘 69 A primeira lei da termodinâmica pode ser escrita na sua forma diferencial. Uma diferencial é uma representação matemática para variações infinitesimais de um termo matemático ou de uma quantidade física. Assim uma forma mais fundamental da equação do primeiro princípio é: 𝒅𝑼 ≡ 𝒅𝒒 + 𝒅𝒘 70 A letra “d” nas diferenciais envolvidas tem 2 significados: ✓ Para a energia, uma propriedade de estado, o “d” significa uma variação infinitesimal. ✓ Para o calor e para o trabalho, entretanto, “d” significa uma quantidade infinitesimal, e não uma variação infinitesimal. 71 ✓ Essa diferença de significado vem do fato que a energia é uma propriedade de estado, cujos valores são fixados pelas propriedades de estado (como temperatura, pressão, volume, quantidade de matéria, etc.) inicial e final do sistema; 72 ✓ Enquanto calor e trabalho não são propriedades de estado de um sistema: ✓ calor e trabalho não existem em um sistema termodinâmico como uma quantidade absoluta; ✓ calor e trabalho são quantidades físicas trocadas entre sistema e suas vizinhanças durante uma mudança de estado termodinâmica 73 1º Lei da Termodinâmica 𝒅𝑼 ≡ 𝜹𝒒 + 𝜹𝒘 Diferencial inexata Pode ser caracterizad a durante o processo Diferencial exata Propriedade de estado na qual caracteriza o sistema Quando pequenas quantidades de calor e trabalho, aparecem na fronteira, a energia do sistema sofre uma variação 𝒅𝑼 A primeira lei diz que a energia não pode ser criada nem destruída, mas apenas transformada de uma modalidade em outra (o princípio da conservação da energia) 74 1º Lei da Termodinâmica 75 A primeira lei da termodinâmica não impõe nenhuma restrição na conversão de energia de uma forma para outra, ela simplesmente requer que a quantidade total de energia seja a mesma antes e depois da conversão. 1º Lei da Termodinâmica 76 VARIAÇÕES NA ENERGIA CORRELACIONADAS COM AS VARIAÇÕES NAS PROPRIEDADES DO SISTEMA 77 Usando o primeiro princípio na forma U = Q+W 𝑑𝑈 = 𝜕𝑈 𝜕𝑇 𝑉 dT + 𝜕𝑈 𝜕𝑉 𝑇 dV Aumento da energia resultante apenas do aumento da temperatura a V = cte Aumento da energia resultante apenas do aumento da volume a T = cte U = U (T, V) 78 𝜕𝑈 𝜕𝑇 𝑉 dT 𝜕𝑈 𝜕𝑉 𝑇 dV Essas derivadas dão a taxa de variação da energia com a temperatura a volume constante ou com o volume a temperatura constante. Derivadas Parciais 79 𝑞 = 𝜕𝑈𝜕𝑇 𝑉 𝑑𝑇 𝑞 − 𝑝𝑑𝑉 = 𝜕𝑈 𝜕𝑇 𝑉 𝑑𝑇+ dV 𝜕𝑈 𝜕𝑉 𝑇 𝑑𝑈 = 𝜕𝑈 𝜕𝑇 𝑉 dT + 𝜕𝑈 𝜕𝑉 𝑇 dV 80 81 𝑞 = 𝜕𝑈 𝜕𝑇 𝑉 𝑑𝑇 𝑞 𝑑𝑇 = 𝜕𝑈 𝜕𝑇 𝑉 𝑪𝒗 ≡ 𝑞 𝑑𝑇 = 𝜕𝑈 𝜕𝑇 𝑉 𝑪𝒗 = 𝜕𝑈 𝜕𝑇 𝑉 82 𝑪𝒗 = 𝜕𝑈 𝜕𝑇 𝑉 𝒅𝑼 = 𝑪𝒗𝒅𝑻 (Variação infinitesimal) න 𝑼𝟏 𝑼𝟐 𝒅𝑼 = 𝑪𝒗න 𝑻𝟏 𝑻𝟐 𝒅𝑻 𝒐𝒖 𝒊𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒎𝒐𝒔 83 න 𝑼𝟏 𝑼𝟐 𝒅𝑼 = 𝑪𝒗න 𝑻𝟏 𝑻𝟐 𝒅𝑻 𝒐𝒖 𝒊𝒏𝒕𝒆𝒈𝒓𝒂𝒎𝒐𝒔 ∆𝑼 = 𝑪𝒗න 𝑻𝟏 𝑻𝟐 𝒅𝑻 ∆𝑼 = 𝒒𝒗 84 ∆𝑼 = 𝒒𝒗 se o calor escoa a partir das vizinhanças, qv > 0 e também U > 0; a energia do sistema aumenta se o calor escoa para as vizinhanças, qv 0 e também U 0; a energia do sistema diminui 85 é sempre positivo 𝒅𝑼 = 𝑪𝒗𝒅𝑻 𝒅𝑻 > 0 a energia do sistema aumenta; 𝒅𝑻 0 a energia do sistema diminui Para um sistema mantido a volume constante, a temperatura é um reflexo direto da energia do sistema 86 Se a capacidade calorífica de um sistema é constante no intervalo de temperaturas de interesse, então a Equação reduz-se à forma especial U = CV T 87 𝜹𝒒𝒗 𝒅𝑻 ≡ 𝑪𝑽 = 𝝏𝑼 𝝏𝑻 𝑽 Propriedade que indica a habilidade do material absorver calor das vizinhanças 88 𝑑𝑈 = 𝜕𝑈 𝜕𝑇 𝑉 dT + 𝜕𝑈 𝜕𝑉 𝑇 dV 𝑑𝑈 = 𝐶𝑣dT + 𝜕𝑈 𝜕𝑉 𝑇 dV EXPERIÊNCIA DE JOULE: gases 89 EXPERIÊNCIA DE JOULE: observações 90 Joule não observou mudanças na temperatura da água antes e depois da abertura da torneira T = 0 EXPERIÊNCIA DE JOULE: interpretação 91 ❑ T=0 U=0 ✓ Gases ideais: Não há interação entre as moléculas; ✓ A energia depende somente da energia cinética, que é constante; ✓ PORTANTO a energia interna também é constante EXPERIÊNCIA DE JOULE: interpretação 92 ❑ A expansão foi contra uma pressão oposta nula (Pext =0) e portanto: w = 0 ❑ q=0 Consequências 93 𝑑𝑈 = 𝜕𝑈 𝜕𝑉 𝑇 𝑑v = 0 𝝏𝑼 𝝏𝑽 𝑻 = 𝟎 𝑑v 0 energia do gás é função apenas da temperatura 94 95 2) 96 𝑯 ≡ U+pV Entalpia num processo a pressão constante, o calor extraído das vizinhanças é igual ao aumento de entalpia do sistema ∆𝑯 = 𝒒𝒑 97 ENTALPIA É uma função de estado de um sistema que reflete a capacidade de troca de calor do sistema com a vizinhança, durante mudança de estado a pressão constante. 98 ∆𝑯 = 𝒒𝒑 Fluxo de calor entre o sistema e as vizinhanças durante mudança de estado a pressão constante. Implica que: ∆H > 0; QP > 0: Calor absorvido pelo sistema e resfriamento das massas nas vizinhanças. ∆H < 0; QP < 0: Calor é liberado pelo sistema e aquecimento nas vizinhanças. 99 - Relacionando H e U EXEMPLO A mudança na energia interna quando 1 mol de CaCO3 na forma de calcita se converte em aragonita é +0,21 KJ. Calcule a diferença entre a mudança de entalpia e energia interna quando a pressão é 1 bar dado que as densidades dos sólidos são 2,71 g/cm3 e 2,93 g/cm3, respectivamente. - Para um gás perfeito: H= U + pV H = U + nRT H = U + ngRT 2H2(g) + O2(g) → 2H2O(l) H - U = (-3)RT 7,5KJ RESOLUÇÃO 101 𝑑𝐻 = 𝜕𝐻 𝜕𝑇 𝑝 dT + 𝜕𝐻 𝜕𝑝 𝑇 dP Aumento da energia resultante apenas do aumento da temperatura a P = cte Aumento da energia resultante apenas do aumento da pressão a T = cte 𝐻 = (T, P) 102 𝑑𝐻 = 𝜕𝐻 𝜕𝑇 𝑝 dT + 𝜕𝐻 𝜕𝑝 𝑇 dP Para uma transformação a P = cte 𝑑𝐻 = 𝜕𝐻 𝜕𝑇 𝑝 dT 𝑞𝑝 = 𝑑𝐻 = 𝜕𝐻 𝜕𝑇 𝑝 dT 𝑞𝑝 = 𝜕𝐻 𝜕𝑇 𝑝 dT 103 𝑞𝑝 = 𝜕𝐻 𝜕𝑇 𝑝 dT 𝑪𝒑 ≡ 𝑞 𝑑𝑇 = 𝜕𝐻 𝜕𝑇 𝑝 𝑪𝒗 = 𝜕𝐻 𝜕𝑇 𝑝 104 𝜕𝐻 𝜕𝑇 𝑃 = 𝐶𝑝 ❑ Mudanças de estado a pressão constante 𝑑𝐻 = 𝑐𝑝𝑑𝑇 ∆𝐻 = න 𝐶𝑝 𝑑𝑇 𝑇2 𝑇1 105 EXEMPLO Qual a mudança na entalpia molar de nitrogênio quando é aquecido de 25 para 100oC. Use a equação para capacidade calorífica: Cp,m = a + bT 2 + c/T2 H = cp T (p cte) න 𝐻(𝑇 1 ) 𝐻(𝑇 2 ) 𝑑𝐻 = න 𝑇 1 𝑇 2 𝑎 + 𝑏𝑇 + 𝑐 𝑇2 𝑑𝑇 න𝑑𝑥 = 𝑥 න𝑥𝑑𝑥 = 1 2 𝑥2 න 𝑑𝑥 𝑥2 = − 1 𝑥 H(T2)-H(T1) = a(T2-T1)+0,5b(t2 2 -T1 2)-c (1/T2-1/T1) H(373) = H(298) + 2,20KJ/mol Considerando, Cp = 29,14 J/K.mol, a diferença encontrada entre as entalpias seria 2,19 KJ/mol. a= 28,58 b= 3,77/10-3k-1 c=-0,50/105k2 106 107 Relação entre CV e Cp 𝐶𝑝 − 𝐶𝑣 = 𝑛𝑅 𝐶𝑝 = 𝐶𝑣 + 𝑛𝑅 𝐶𝑝 > 𝐶𝑉 𝐶𝑣 = 3 2 𝑅 108 Mudanças de estado adiabáticas Não há escoamento de calor durante uma mudança de estado q = 0 109 Mudanças de estado adiabáticas 𝑑𝑈 = 𝑤 𝑑𝑈 = −𝑃𝑒𝑥𝑡𝑑𝑉 𝑤𝑎𝑑 = 𝐶𝑣𝑑𝑇 Expansão Adiabática de um gás ideal 110 Mudanças de estado adiabáticas 𝑑𝑈 = −𝑃𝑒𝑥𝑡𝑑𝑉 Expansão Adiabática de um gás ideal O Trabalho é produzido as custas de uma diminuição de energia A diminuição de energia é evidenciada pela diminuição da Temperatura 111 PORTANTO: Se o trabalho é produzido em uma mudança de estado adiabática, a T do sistema cai 112 Mudanças de estado adiabáticas 𝑑𝑈 = −𝑃𝑒𝑥𝑡𝑑𝑉 Expansão Adiabática de um gás ideal 𝐶𝑣𝑑𝑇 = −𝑃𝑒𝑥𝑡𝑑𝑉 𝑃𝑒𝑥𝑡=𝑃𝑔á𝑠 (𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟𝑠í𝑣𝑒𝑙) 𝐶𝑣𝑑𝑇 = −𝑃𝑔á𝑠𝑑𝑉 113 Mudanças de estado adiabáticas Expansão Adiabática reversível de um gás ideal 𝐶𝑣𝑑𝑇 = −𝑃𝑔á𝑠𝑑𝑉 A queda de T é proporcional a Pext e para um dado aumento de volume. Teremos um valor máximo quando a Pext for máxima 114 𝐶𝑣𝑑𝑇 = −𝑃𝑔á𝑠𝑑𝑉 𝐶𝑣𝑑𝑇 = − 𝑛𝑅𝑇 𝑉 𝑑𝑉 𝐶𝑣𝑑𝑇 = −𝑛𝑅𝑇 𝑑𝑉 𝑉 𝐶𝑣,𝑚 𝑑𝑇 𝑇 = −𝑅 𝑑𝑉 𝑉 Integrando, nos limites T1,V1 e V2, T2 115 𝐶𝑣,𝑚 න 𝑇 1 𝑇2 𝑑𝑇 𝑇 = −𝑅න 𝑉 1 𝑉 2𝑑𝑉 𝑉 Como: 1 2 𝑑𝑥 𝑥 = 𝑙𝑛 𝑥2 𝑥1 Podemos reescrever: 𝐶𝑣,𝑚 𝑅 = 𝑐 𝐶𝑣,𝑚 𝑅 𝑙𝑛 𝑇2 𝑇1 = −𝑙𝑛 𝑉2 𝑉1 116 𝑐 𝑙𝑛 𝑇2 𝑇1 = −𝑙𝑛 𝑉2 𝑉1 Utilizando as propriedades: 𝒌𝒍𝒏𝒙 = 𝒍𝒏𝒙𝒌 𝒍𝒏𝒂 = 𝒍𝒏𝐛, 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝒂 = 𝒃 117 𝑙𝑛 𝑇2 𝑇1 𝑐 = −𝑙𝑛 𝑉2 𝑉1 𝑇2 𝑇1 𝑐 = − 𝑉2 𝑉1 𝑇2 𝑇1 𝑐 = 𝑉1 𝑉2 𝑻𝟐 𝑻𝟏 = 𝑽𝟏 𝑽𝟐 𝟏 𝒄 𝑪𝒗,𝒎 𝑹 = 𝒄 𝟏 𝒄 = 𝑹 𝒄𝒗,𝒎 118 EXEMPLO Considere uma expansão reversível adiabática de 0,020mol de Ar, inicialmente a 25oC, de 0,50L para 1L. A capacidade calorífica molar do argônio a volume constante é 12,48J/K.mol, e então c = 1,501. 𝑇𝑓 = 𝑇𝑖 𝑉𝑖 𝑉𝑓 1/𝑐 𝑇𝑓 = 298𝐾 0,5𝐿 1𝐿 1/1,501 𝑻𝒇 = 𝟏𝟖𝟖𝑲 𝐰 = 𝐂𝐕 𝐓 w=-27 J 119 Razão entre as capacidades caloríficas em processos adiabáticos = Cp,m / CV,m = (CV,m + R) / CV,m Para um gás monoatômico CV,m = 3/2R → = 5/3 Para um gás poliatômico CV,m = 3R → = 4/3 𝑝𝑖𝑉𝑖 = 𝑝𝑓𝑉𝑓 𝑝𝑓 = 𝑝𝑖 𝑉 𝑖 𝑉 𝑓 120 EXEMPLO Quando uma amostra de argônio a 100KPa expande reversivelmente e adiabaticamente para o dobro de seu volume inicial, a pressão final será: 𝒑𝒇 = 𝒑𝒊 𝑽 𝒊 𝑽 𝒇 𝒑𝒇 = 𝟏𝟎𝟎𝑲𝑷𝒂 𝟏 𝟐 5/3 𝒑𝒇 = 𝟑𝟏, 𝟓𝑲𝑷𝒂 - Para um processo isotérmico o aumento do volume em 2 vezes levaria a pressão para 50KPa 121 Mudanças de estado adiabáticas Uma expansão adiabática reversível produzirá uma MAIOR queda de temperatura APLICAÇÕES DA 1º LEI DA TERMODINAMICA Vamos considerar uma reação química em um becker como um sistema 122 ❑ A temperatura do sistema imediatamente depois da reação é geralmente da temperatura imediatamente antes; O que é necessário para restaurar o SISTEMA á sua temperatura inicial?? Escoamento de calor APLICAÇÕES DA 1º LEI DA TERMODINAMICA ❑ Se o sistema estiver mais quente depois da reação do que antes? Transferência de calor PARA as vizinhanças 123 EXOTÉRMICA (liberação de calor) q= - CALOR DA REAÇÃO APLICAÇÕES DA 1º LEI DA TERMODINAMICA ❑ Se o sistema estiver mais frio depois da reação do que antes? Transferência de calor PARA o sistema 124 ENDOTÉRMICA (absorção de calor) q= + CALOR DA REAÇÃO CALOR DA REAÇÃO ❑ É o calor extraído da vizinhança em uma transformação de reagentes (T,P) produtos (T,P) ❑ Calor de reação (qp) = H125 CALOR DA REAÇÃO Portanto um processo: ❑ Exotérmico: H0 Decréscimo da entalpia do sistema 126 CALOR DA REAÇÃO Portantoum processo: ❑ Endotérmico: H0 Aumento da entalpia do sistema 127 Entalpia da reação ∆Reação = Hprodu-Hreag 128 Fe2O3(s,T,p) + 3H2(g,T,p) 2Fe(s,T,p) + 3H2O(l,T,p) Entalpia padrão 129 As entalpias devem ser medidas com o sistema num estado bem determinado. Entalpia 130 A entalpia é uma função de estado, desta forma a variação depende apenas dos estados inicial e final Entalpia padrão 131 Mudanças na entalpia são normalmente reportadas para condições padrão Seus estados iniciais e finais estão em estados padrão Entalpia padrão (H) 132 “ O estado padrão de uma substância a uma temperatura específica é a forma pura à 1 bar” Forma mais estável Todos a 1 bar A maioria dos elementos simples são mais estáveis a 1 bar e 298,15 K 133 ❑ O estado padrão do etanol a 298 K é o etanol líquido e puro a 298 K a uma pressão de 1 bar; ❑ O estado padrão do ferro a 500 K é o ferro puro e sólido a 500 K a uma pressão de 1 bar O estado padrão DEPENDE da temperatura em que é definido CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(l) ∆H 0 (298 K) = − 890 kJ ∆H0 é a mudança na entalpia quando reagentes em seus estados padrão transformam-se nos produtos em seus estados padrão: reagentes puros, não misturados, em seus estados padrão produtos puros, não misturados, em seus estados padrão 134 Ex: Reação de combustão do metano O que significa esta equação??? 890 kJ são liberados quando 1 mol de CH4 puro, na forma gasosa a 1 bar de pressão, reage com 2 mol de oxigênio gasoso, puro, a 1 bar de pressão, produzindo 1 mol de dióxido de carbono gasoso, puro, e 2 mol de água líquida, pura, ambos a 1 bar de pressão. O valor da entalpia padrão reportado refere-se à temperatura de 298 K CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(l) ∆H 0 (298 K) = − 890 kJ 135 Entalpia padrão de vaporização ✓ A diferença de entalpia molar entre os estados líquido e vapor de uma substância e chamada de entalpia de vaporização ∆vapH = H(m, vapor) H(m, líquido) Em 25°C. Para vaporizar 1,00 mol de H2O(l), que corresponde a 18,02 g de água, em 25°C, devemos fornecer 44,0 kJ de energia na forma de calor. 136 H2O(l) → H2O(g) vaporização=+40,66 kJ A variação de entalpia molar que acompanha a fusão ∆fusão = H(m, líquido) - H(m, sólido) Para fundir 1 mol H2O(s) (18 g de gelo), em 0°C, é necessário fornecer 6,01 kJ de calor. 137 H2O(s) → H2O(l) fusãoH=6,01 kJ (0ºC) Entalpia padrão de fusão A variação de entalpia molar que acompanha a sublimação ∆sublimaçãoH = H(m, vapor) - H(m, sólido) ∆sublimaçãoH = ∆fusãoH + ∆vaporizaçãoH 138 Entalpia padrão de sublimação LEI DE HESS 139 A lei de Hess diz que: “a mudança de entalpia de uma reação é a mesma, independente dela ocorrer em uma ou mais etapas”.... Ou seja, entalpia é uma função de estado 140 A entalpia padrão da reação total é a soma das entalpias padrões nas quais a reação global pode ser dividida LEI DE HESS 141 ❑ Entalpia padrão de formação (∆fH 0) ❖A entalpia padrão de formação (∆fH 0) é muito importante porque nos dá a entalpia padrão de reação para a formação de um mol de uma substância a partir dos elementos químicos que a constituem, em seus estados de referência. 142 143 ∆fH 0 depende do estado físico da substância 144
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