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Gestão De Conhecimento (63)

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DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO DO 
CONHECIMENTO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A 
SUSTENTABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES 
 
 
DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 
E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES 
Challenges to the Implementation of Knowledg Management and its 
Contribution to the Organizational Sustainability 
 
Rosa Amélia Pizzol 
Mestre em Gestão de Sistemas - Responsabilidade Social e Sustentabilidade 
Universidade Federal Fluminense (UFF) – Niterói – RJ 
rosameliap@bol.com.br 
Tayane Mattera 
Mestre em Ciência da Informação 
Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Salvador – BA 
tayane.martire@gmail.com 
Resumo: O atual cenário de mercado vem exigindo das organizações rápidas e contínuas mudanças, 
a fim de se adaptarem, crescerem e sobreviverem. Uma das respostas a esse desafio é gerir de 
modo eficiente seus ativos de conhecimento, como forma de obter vantagens competitivas e se 
manterem sustentáveis. Assim, este artigo busca compreender os desafios da implementação da 
gestão do conhecimento e como este processo pode agregar para a sustentabilidade das 
organizações. Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se como metodologia a pesquisa 
qualitative, exploratória e bibliográfica. Como resultado, evidenciou-se contribuição da gestão do 
conhecimento para a sustentabilidade das organizações. Entretanto, muitos desafios precisam ser 
superados para que o potencial oferecido pela gestão do conhecimento possa ser efetivamente 
aproveitado. Dentre os principais pontos a serem explorados destacam-se: a necessidade de maior 
interação entre a teoria e a prática efetiva nas empresas; a inovação e a flexibilização em aspectos 
estruturais e culturais arraigados nas organizações, a exemplo da resistência das pessoas em 
compartilhar seus conhecimentos; o desenvolvimento de sistemas e ferramentas que integrem 
iniciativas de gestão do conhecimento com outros processos organizacionais; e indicadores que 
possam demonstrar os impactos positivos da gestão do conhecimento nos resultados do negócio. 
Palavras-Chave: Gestão. Gestão do Conhecimento. Sustentabilidade organizacional. Estratégia. 
Abstract: The current market background has been requiring fast and continuous changes companies 
in order to adapt, grow and survive. An answer to this challenge is to manage efficiently their 
knowledge assets in order to obtain sustainable and competitive advantages. Thus, the main purpose 
of this paper is to understand the challenges of implementing knowledge management, and how this 
process can add to the sustainability of organizations. To achieve this goal, we adopted as 
methodology the exploratory, qualitative and bibliographic research, from which it was possible to 
make clear the contribution of knowledge management as a strategy for the organizational 
sustainability. It was further observed that many challenges must be overcome so that the potential 
offered by knowledge management can be effectively exploited. The main points to be explored, that 
prove fertile ground for deepening in other studies, include: the necessity for greater interaction 
between theory and actual practice in companies, innovation and flexibility in structural and cultural 
aspects entrenched in organizations, such as the resistance of people to share their knowledge, the 
development of systems and tools to integrate knowledge management initiatives with other 
organizational processes, and indicators that can demonstrate the positive impact of knowledge 
management on business results. 
Keywords: Management. Knowledge Management. Organizacional Sustainability. Strategy. 
1 INTRODUÇÃO 
 
Podemos considerar que, de alguma forma, a gestão do conhecimento 
sempre esteve presente no mundo acadêmico e dos negócios, ainda que não fosse 
assim nominada ou que não ocorresse de forma tão estruturada. Entretanto, nas 
últimas décadas o tema vem ganhando destaque, tanto no ambiente acadêmico 
quanto organizacional, inspirando investigações e motivando investimentos cada vez 
mais significativos por parte das empresas, que vêm reconhecendo a sua crescente 
importância como estratégia para a sustentabilidade dos seus negócios. 
Conforme Boff (2001), o tema conhecimento já era abordado por Platão, 
Aristóteles e outros pensadores na Antiguidade e ao longo da História. Assim 
também vem ocorrendo nas empresas, que há muito tempo têm valorizado a 
experiência e o conhecimento dos trabalhadores, mas nem sempre os 
reconhecendo como importante fonte de vantagem competitiva e de sobrevivência e 
sustentabilidade das empresas. 
Destacam Davenport e Prusak (1998) que o conhecimento não é algo novo, 
pois dentro das organizações as pessoas sempre o procuraram, usaram e 
valorizaram, pelo menos implicitamente. O que há de novo é que recentemente as 
empresas passaram a reconhecê-lo como um ativo corporativo importante e a 
entender a necessidade de geri-lo e de dedicar-lhe o mesmo cuidado dispensado a 
outros ativos mais tangíveis. 
Percebemos, então, que a gestão do conhecimento é um sistema de 
gerenciamento corporativo, a aplicação na prática de um conceito gerencial que 
permite às empresas ganharem poder de competição ante a concorrência, 
conciliando tecnologias da informação, processos de comunicação e o 
desenvolvimento constante do aprendizado organizacional, considerando, nesse 
processo, as experiências de sucesso e o aprendizado adquirido, tanto com os erros 
quanto com os acertos. 
Há décadas, Drucker (1999) já preconizava que o trabalho se tornaria cada 
vez mais baseado no conhecimento e que nas mãos das empresas estaria a chave 
para transformar o conhecimento do trabalhador em desempenho, proporcionando 
um ambiente favorável ao desenvolvimento, à transformação e à inovação. 
Vários autores são unânimes em afirmar que o contexto econômico e social 
caracterizado pelo incremento da competição, o acréscimo da dinâmica dos 
mercados, os ciclos mais curtos de desenvolvimento de produtos e o aumento das 
exigências dos consumidores são os principais fatores que vêm contribuindo para 
impulsionar as empresas a dispensarem mais atenção ao conhecimento, portanto, 
gerenciá-lo de forma eficiente (BOFF, 2001; VALENZUELA, 2008; CASTILLO e 
CAZARINI, 2009). 
A gestão eficiente desse recurso, leva à inovação que, por sua vez, contribui 
para a sustentabilidade organizacional. 
Destaca Terra (2000) que a gestão do conhecimento tem um caráter 
universal, podendo ser adotada por empresas de todos os portes e nacionalidades, 
mas sua efetividade requer a criação de novos modelos organizacionais, novos 
entendimentos quanto ao papel da capacidade intelectual de cada trabalhador e 
uma liderança disposta a enfrentar, efetivamente, as barreiras que impactam o 
processo de transformação e inovação. 
No Brasil, verifica-se que o recurso conhecimento vem aumentando 
aceleradamente sua importância para o desempenho empresarial e que os 
desafios impostos pela relativa e recente abertura econômica tornam a 
questão da gestão do conhecimento ainda mais fundamental para as 
empresas brasileiras. Acreditamos que sem estratégias empresariais, 
setoriais e nacional, muito bem concatenadas e rapidamente 
implementadas, fica muito difícil imaginar que as empresas brasileiras 
conseguirão se tornar competitivas e, mesmo, sobreviver aos desafios 
impostos (TERRA, 2000, p. 1). 
Desta forma, ao se dedicar atenção à gestão do conhecimento, as 
instituições estarão agregando valor ao seu negócio, ampliando sua capacidade 
inovadora e eficiência, garantindo, assim, sua sustentabilidade. 
Assim, este artigo busca compreender os desafios da implementação da 
gestão do conhecimento e como este processo pode agregar para a 
sustentabilidade das organizações. 
 
2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
2.1 SUSTENTABILIDADE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELE 
SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 
2.1.1 Sustentabilidade 
Etimologicamente, a palavra sustentável tem origem no latim sustentare, 
que significa sustentar, apoiar e conservar. Assim, Sustentabilidade está 
normalmente relacionada com uma mentalidade, atitude ou estratégia que é 
ecologicamente correta, viável economicamente e socialmente justa (GARCIA, 
2009). 
Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade 
dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. 
Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e as atividades humanas, de tal 
forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher 
as suas necessidades e expressar o seu potencial no presente, e ao mesmo tempo 
preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de 
forma a que a se possa manter e usufruir dessa mesma capacidade no futuro. 
Para Fialho e outros (2008, p. 63): 
a expressão sustentável associa-se ao novo paradigma tecnocientífico do 
desenvolvimento e expressa a ideia daquilo que tem continuidade ao longo 
do tempo. Sustentabilidade implica a noção de perenidade, algo que não se 
esgota, na concepção de que aquilo que atualmente existe possa garantir-se 
no futuro. 
 
Meadows, Meadows e Randers (1992) definem a Sustentabilidade como: 
uma estratégia de desenvolvimento que resulta na melhoria da qualidade da 
vida humana e na minimização simultânea dos impactos ambientais 
negativos. 
 
Embora a Sustentabilidade seja um tema que vem sendo bastante difundido na 
mídia e no campo acadêmico, desde a década de 80, seu conceito está em 
constante formulação e reformulação, tendo derivado ou se relaciona com vários 
outros conceitos, tais como:Sustentabilidade Ambiental, Sustentabilidade Ecológica, 
Sustentabilidade Social, Responsabilidade Social, Crescimento Sustentado, Gestão 
Sustentável, Sustentabilidade Organizacional, dentre outros. 
Para melhor compreensão e tendo em vista o alcance dos objetivos deste 
trabalho, detalharemos um pouco mais Desenvolvimento Sustentável e 
Sustentabilidade Organizacional. 
 
2.1.2 Desenvolvimento Sustentável 
 
O termo desenvolvimento sustentável começou a ser delineado durante a 
Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano, realizada em 
Estocolmo, Suécia, em 1972, tornando-se um princípio, segundo o qual o uso 
sustentável dos recursos naturais deve suprir as necessidades da geração presente 
sem afetar a possibilidade de as gerações futuras suprirem as suas 
(BRUNDTLAND, 1987). 
Para Munck, Munck e Souza (2001), o Desenvolvimento Sustentável 
constitui um fenômeno sistêmico dependente das várias sustentabilidades, dentre 
as quais a Sustentabilidade Organizacional. Esta representa o equilíbrio de todo um 
sistema, o qual é amparado por processos relacionados ao desenvolvimento 
sustentável organizacional, que se responsabiliza pelo equilíbrio de cada 
subsistema organizacional e suas respectivas interações. 
Ao longo das últimas décadas tem havido uma série de esforços 
internacionais da sociedade e dos governos para alcançar os ideais da 
Sustentabilidade e do Desenvolvimento Sustentável. 
Estes temas cada vez mais vêm sendo discutidos e chamando a atenção do 
mundo acadêmico e das organizações, que demonstram preocupação cada vez 
mais com que algo seja feito em prol da preservação do meio ambiente, da geração 
de riqueza econômica e desenvolvimento social com foco no presente, mas 
planejando e agindo para que a prosperidade também se mantenha no futuro. 
 
2.1.2 Sustentabilidade organizacional 
No senso comum, o termo Sustentabilidade Organizacional costuma estar 
ligado com Responsabilidade Social e até mesmo pode ser confundido com esta. 
Nesta visão, a empresa que se preocupa com a Sustentabilidade é aquela que 
cuida do planeta, se preocupa com a comunidade, com o meio ambiente, 
desenvolve produtos ecológicos e investe em programas ou projetos sociais. Por 
isso, na maioria das vezes tem boa reputação aos olhos do público. Está também 
ligada à Sustentabilidade Econômica, que pode ser alcançada por meio de um 
modelo de Gestão Sustentável, um modo de fazer que adota e incentiva processos 
que considerem e equilibrem o capital financeiro, humano e natural da empresa. 
Em linha com o conceito de Sustentabilidade, a Sustentabilidade 
Organizacional é entendida como a capacidade de as organizações se manterem ao 
longo do tempo, criando valor econômico, preservando o meio ambiente e 
contribuindo de forma ativa para o engrandecimento dos seus públicos e da 
sociedade como um todo. A Sustentabilidade Organizacional traduz para o seu 
ambiente a ideia contida na Sustentabilidade, de conciliar as esferas econômica, 
ambiental e social, atuando na geração de um cenário compatível com a 
continuidade e a expansão das suas atividades, tanto no presente quanto no futuro. 
A Sustentabilidade Organizacional, de acordo com Lélé (1991), Jiménez-
Herrero (2000) e Osório, Lobato e Castillo (2005), é apenas uma das 
sustentabilidades que potencializam o alcance de um Desenvolvimento Sustentável 
de forma sistêmica. A sustentabilidade, quando buscada pelas diversas formas de 
organizações existentes, constitui-se em objetivos que primam pela busca de um 
equilíbrio macro de diversos sistemas sociais. A soma desses intentos e seus 
consequentes alcances é o que concede os alicerces institucionais, sociais, culturais 
e econômicos para a viabilização de um Desenvolvimento Sustentável sistêmico 
(MUNCK, MUNCK e SOUZA, 2001). 
Afirma Razal (2011) que a sustentabilidade nas organizações se constrói 
levando-se em conta perspectivas de continuidade no longo prazo, gerenciamento 
dos riscos que isso pode causar em seus negócios e a criação de valor para ideias 
sustentáveis. 
Hart e Milstein (2004) complementam que a empresa não somente deve ter 
um desempenho eficiente nos negócios atuais, mas também estar constantemente 
preocupada com a criação de produtos e serviços do futuro. Isso significa 
desenvolver e adquirir as habilidades, competências e tecnologias que posicionam a 
empresa para o crescimento futuro. 
A aproximação das empresas dos princípios da Sustentabilidade ganha 
relevância na academia e no mercado em escala global, principalmente com a 
globalização, que vem elevando a complexidade do mundo dos negócios de forma 
exponencial e ininterruptamente. É por ela que demandas antes não existentes 
começam a surgir e a cobrar, por parte das empresas, o desenvolvimento de 
mecanismos que comprovem um elevado nível de transparência em seus 
respectivos processos de negociação (AZAPAGIC e PERDAN, 2000; DYLLICK e 
HOCKERTS, 2002; AZAPAGIC, 2003; VAN MARREWIJK , 2003; JAMALI, 2006). 
Organizações são compelidas a se envolverem ativamente no debate sobre 
sua sustentabilidade e a identificar maneiras pelas quais elas possam desenvolver 
novas formas de gestão que permitam aprimorar suas práticas em todos os pilares 
da sustentabilidade: ambiental, social e econômico, contribuindo de maneira mais 
coerente com o desenvolvimento sustentável sistêmico (AZAPAGIC, 2003). 
Isso exige um novo raciocínio de gestão que seja capaz de equilibrar e 
integrar esses conceitos e orientações no cotidiano das organizações (ELKINGTON, 
1999; DYLLICK e HOCKERTS, 2002; JABAREEN, 2006; MCDONOUGH & 
BRAUNGART, 2002). 
Do mesmo modo como estudiosos apontam que a Sustentabilidade pode 
ser alcançada pelo equilíbrio eficaz dos objetivos sociais, ambientais e econômicos 
(MEADOWS e outros, 1992), vários autores consideram que os pilares que 
alicerçam a sustentabilidade das organizações são fenômenos vinculados uns os 
outros, coexistentes, cíclicos e dinâmicos, que, por meio de seus inter-
relacionamentos, possibilitam o desenvolvimento de mecanismos que viabilizam a 
sustentabilidade de uma organização(PASSET, 1996; ELKINGTON, 1999), 
DYLLICK e HOCKERTS, 2002; MCDONOUGH e BRAUNGART, 2002 e 
O'CONNOR, 2006. 
Dessa forma, fundamentadas nos conceitos supracitados e conforme os 
autores referenciados, entendemos que a Sustentabilidade Organizacional é 
viabilizadora da Sustentabilidade e do Desenvolvimento Sustentável. 
2.2 CONHECIMENTO 
Para se compreender a gestão do conhecimento, consideramos oportuno 
conceituar conhecimento. Existem diversas conceituações para o termo 
conhecimento. Sveiby (1998) cita como significados de conhecimento: informação, 
conscientização, saber, cognição, sapiência, habilidade prática e aprendizado. 
Segundo o autor, o significado depende do contexto em que o termo é utilizado. 
Davenport e Prusak (1998, p.6) conceituam conhecimento como: 
uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação 
contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para 
a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Ele tem 
origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele 
costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas 
também em rotinas, processos, práticas e normas organizacionais. 
Conforme Alvarenga Neto (2008), o conhecimento pode ser apenas 
promovido ou estimulado, e o que se gerencia são as condições favoráveis à 
emergência do novo - inovação, criatividade, aprendizagem e compartilhamento de 
informações e conhecimentos relevantes. Mas, adverte que a palavra gestão, 
quando associada à palavra conhecimento, deve ser apreendida como promoção do 
conhecimento ou estímulo ao conhecimento, sendo que a gestão do conhecimento 
assume o significado de uma gestão de e para o conhecimento. 
Nonaka e Takeuchi (1997) veem o conhecimento como uma crença 
verdadeira e justificada, que acontece em um processo dinâmico. Os autores 
apresentam uma distinção do conhecimento em dois tipos, tácito e explícito. O 
conhecimento tácito é aquele privado, difícil de ser formalizado e compartilhado, 
sendo composto por meio do know-how subjetivo, emoções, insight, valores e ideias 
dos indivíduos. Já o conhecimento explícito pode ser entendido como aquele mais 
simples de ser comunicado, em função da sua facilidade de expressão por meio de 
números, textos, gráficos, dados brutos, fórmulas científicas, procedimentos 
codificados ou princípios universais (BESSANT e TIDD, 2009; CHOO, 2006; 
NONAKA E TAKEUCHI, 1997). 
2.3 GESTÃO DO CONHECIMENTO 
Assim como não existe uma definição exata para conhecimento, também 
não o há para gestão do conhecimento. Por isso, serão apresentadas algumas 
definições comumente citadas na literatura: 
� Processo sistemático, articulado e intencional de identificação, criação, 
compartilhamento e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos para 
as empresas (WIGG, 1996); 
� Ações para criar, identificar e recuperar o conhecimento que está 
presente nas pessoas e proporcionar condições adequadas de criação, 
compartilhamento e utilização desses conhecimentos (LIEBOWITZ e 
BECKMAN, 1998); 
� Conjunto de estratégias para criar, adquirir, compartilhar e utilizar 
ativos de conhecimento; estabelecer fluxos que garantam a informação 
necessária no tempo e formato adequados, a fim de auxiliar na geração de 
ideias, solução de problemas e tomada de decisão (BOFF, 2001); 
� Uma mistura fluída de experiência condensada, valores, informação 
contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a 
avaliação e incorporação de novas experiências e informações 
(DAVENPORT E PRUZAK, 2003); 
� Gestão sistemática e intencional do conhecimento, que, associada a 
processos e ferramentas, tem o objetivo de potencializar tomadas de 
decisão, resolver problemas, facilitar a inovação e a criatividade e obter 
vantagens competitivas em diversos níveis (KEBEDE, 2010). 
Também não se pode atribuir uma origem única à gestão do conhecimento, 
uma vez que a literatura dá conta de uma série de trabalhos e autores que 
contribuíram para a formação de seus pilares ao longo do tempo. 
Moreira (2005) cita que os principais antecedentes que levaram à noção de 
gestão do conhecimento foram: a concepção de organizações aprendizes, de Peter 
Senge, e os trabalhos de Peter Drucker, tendo ambos demonstrado a sua 
importância e direcionado as ações das organizações para o conhecimento. 
É relativamente recente sua adoção como temática de discussões 
acadêmicas e mesmo como disciplina. 
De modo geral, trata-se da administração dos ativos de conhecimento das 
organizações, a fim de maximizar a sua eficiência e garantir a sustentabilidade dos 
seus negócios. Esta vantagem competitiva se manifesta notadamente de duas 
formas: a relação do conhecimento com a capacidade de inovar da empresa e a 
preparação e flexibilidade que esta possui para aprender rápido, reagindo 
favoravelmente às mudanças cada vez mais frequentes no ambiente de mercado 
em que atua (SILVA, 2002). 
O conceito de gestão do conhecimento varia, conforme as características 
das áreas nas quais é estudado, fato que leva muitos autores a referenciar a 
existência de diversas ênfases ou domínios nos estudos sobre gestão do 
conhecimento. Sveiby (2001) visualiza a gestão do conhecimento sob duas ênfases: 
a) nas novas tecnologias da informação e da comunicação e b) nas pessoas. 
Davenport e Cronin (2000), por sua vez, observam que a gestão do conhecimento 
situa-se em três domínios distintos: biblioteconomia e ciência da informação (KM1), 
engenharia de processos (KM2) e teoria organizacional (KM3). 
A existência dessas diferentes ênfases e domínios pode ser explicada pela 
própria diversidade relativa à formação da base conceitual da gestão do 
conhecimento, vista como práticas gerenciais sustentadas pelo embasamento de 
três disciplinas: a ciência administrativa, a tecnologia da informação e a ciência da 
informação (BARBOSA E PAIM, 2003). 
Apesar das diferenças de abordagem, as noções de gestão do 
conhecimento prevalecentes têm um elemento comum: o conhecimento é visto 
como know-how, o saber envolvido na solução de problemas. O conhecimento 
organizacional é visto como o know-how coletivo da organização, a sua expertise, 
uma competência expressa no conhecimento que essa organização coletivamente 
acumulou e nos problemas que ela efetivamente consegue resolver 
(VASCONCELOS, 2001). 
Como explica Alvarenga Neto (2005), a gestão do conhecimento consolidou-
se como uma área “guarda-chuva” que incorpora várias abordagens que dialogam 
entre si. E é esta inter-relação e permeabilidade entre os vários temas que 
possibilita e delimita a formação do seu referencial teórico. Sendo abrangente, 
permite suportar as diversas atividades organizacionais, mas, ao mesmo tempo gera 
múltiplas interpretações por parte das empresas e da comunidade científica 
(DALKIR, 2011; BASKERVILLE e DULIPOVICI, 2006). 
Neste sentido, Castillo e Cazarini (2009) destacam que algumas 
investigações sobre o assunto possuem bases firmes para sua argumentação e o 
desenvolvimento de teorias, mas ainda há carência de fundamentos conceituais que 
suportem suas propostas. 
 Embora o conceito seja amplo, ele demonstra a noção de integração dentro 
de um processo contínuo de geração, compartilhamento e uso de conhecimento, 
que pode ser mais bem compreendido num ciclo permanente de várias ações, que 
cria na empresa um ambiente de conhecimento que passa a fazer parte da própria 
empresa (BOFF, 2001). Assim, o objetivo de implementar a gestão do conhecimento 
nas empresas é manter o foco no negócio principal, desenvolvendo-se ações para 
tornar o trabalho mais eficiente, melhorar a aprendizagem organizacional, 
intensificar a inovação, diminuir o tempo de resposta ao mercado e, 
consequentemente, sustentar-se ao longo do tempo. 
 Por isso, a gestão do conhecimento deve ser entendida e aplicadacomo 
um processo contínuo, que transcenda os comportamentos individuais e tem por 
objetivo a transformação da organização em um ambiente favorável às novas ideias, 
ao aprendizado e à ação vinculada aos objetivos estratégicos e sistêmicos da 
empresa. 
Barroso e Gomes (1999) consideram que quanto mais se aprofunda sobre 
gestão do conhecimento e suas aplicações, mais se verifica suas ligações com 
outros assuntos, práticas e estratégias administrativas tradicionalmente conhecidas. 
A linha comum entre estas e outras recentes técnicas de negócio é o 
reconhecimento de que o conhecimento é um ativo corporativo relevante e que são 
necessárias estratégias, políticas, ferramentas e modelos para administrar tal ativo 
de modo eficiente. 
Nesta visão coesa e integrada da gestão do conhecimento com os processos 
empresariais da organização as tradicionais áreas e departamentos funcionais 
continuam existindo, mas com novos desafios e propósitos. Cada vez mais, deixam 
de ter uma postura isolada e procuram contribuir efetivamente para a formação de 
linguagens comuns com outros departamentos, em especial aqueles processos nos 
quais atuam conjuntamente (SILVA, 2004). Neste sentido, o autor sinaliza 
mudanças influenciadas pela gestão do conhecimento em outras áreas funcionais 
das organizações (Tabela 1). 
�
 Tabela 1 - Influência da gestão do conhecimento em outras áreas da organização 
Finanças Enfrenta o desafio de contabilizar ou medir também os 
recursos intangíveis (conhecimentos) presentes nos 
processos de negócios empresariais 
Recursos 
Humanos 
Trabalha com a influência da gestão do conhecimento em 
fatores como: liderança, cultura corporativa, relações 
interfuncionais e gestão por competências 
Qualidade Foca os processos empresariais, do fornecedor até a 
entrega ao cliente, e também buscará o conhecimento 
externo à empresa pelo aprimoramento dos 
procedimentos de benchmarking e de melhores práticas 
Tecnologia 
da 
Informação 
Implementa as novas ferramentas de Tl nos processos de 
negócios para que seja feita a gestão do conhecimento, 
levando-se em consideração a visão estratégica que a 
empresa emprega nestes temas e os aspectos humanos e 
comportamentais ligados ao uso destas ferramentas 
Engenharia Atua com a visão do desenvolvimento de produtos como 
um processo coordenado pelo uso da engenharia 
simultânea, que, por meio do envolvimento de pessoas de 
diferentes áreas funcionais, do envolvimento de clientes 
no projeto e da realização de experimentações, contribuirá 
com as atividades ligadas à formação de competências 
centrais da empresa, para a criação de novos 
conhecimentos e inovações 
Manufatura 
ou 
fabricação 
Contribui com mais espaços de conversão de 
conhecimentos tácito/explícito, mediante oportunidade 
dada por recursos como a produção enxuta, que incentiva 
o agrupamento de visões diferentes para a análise e 
solução de problemas da produção 
Marketing Trabalha de forma mais abrangente com as fontes de 
conhecimentos externos à empresa, por meio da mudança 
de foco que incorpora, além dos retratos da realidade atual 
(pesquisas de mercado convencionais), o desenvolvimento 
de sofisticados mecanismos de construção de cenários 
para analisar tendências futuras 
Vendas e 
serviços 
Cria diversos espaços de incorporação de conhecimentos 
externos à empresa, com a acumulação de dados e 
informações sobre os clientes em tempo real, que depois 
podem ser trabalhados por ferramentas de Tl voltadas à 
construção de conhecimentos mediante análises 
estatísticas e cruzamentos destes dados e informações. 
 Fonte: ������������	��
������Silva (2004) 
 
É a ação integrada de todas essas áreas e atividades com as estratégias de 
gestão do conhecimento que vai impulsionar a inovação, melhorar a sinergia, reduzir 
retrabalhos, tempo e recurso, e, consequentemente , gerar vantagem competitiva e 
contribuir para a sustentabilidade das organizações. 
 
 3 OBETIVOS E METODOLOGIA 
Dada a importância do conhecimento e a complexidade dos desafios que se 
impõem para as empresas em como gerenciá-lo eficazmente, busca-se com esse 
trabalho evidenciar qual é a sua contribuição para a sustentabilidade organizacional. 
Para alcançar o objetivo desse trabalho, adotou-se como procedimento 
metodológico a pesquisa exploratória. A análise de caráter exploratório, segundo 
Richardson (1999, p. 17) visa a descobrir as semelhanças entre fenômenos, “os 
pressupostos teóricos não estão claros ou são difíceis de encontrar”. Nessa 
situação, faz-se uma pesquisa não apenas para conhecer o tipo de relação 
existente, mas, sobretudo, para determinar a existência de relação. Segundo Santos 
(1999), a pesquisa exploratória é o contato inicial do pesquisador com o tema a ser 
analisado, com os sujeitos a serem investigados e com as fontes secundárias 
disponíveis, sendo necessário que o pesquisador tenha uma atitude de 
receptividade às informações e dados da realidade, além de uma postura flexível e 
não formalizada. Conforme Sampieri e outros (1991, p. 6), os estudos exploratórios 
servem para aumentar o grau de familiaridade com os fenômenos, obter 
informações sobre a possibilidade de levar adiante uma investigação mais completa 
sobre um contexto particular da vida real e estabelecer prioridades para 
investigações posteriores, entre outras utilizações. “Eles se caracterizam por serem 
mais flexíveis, amplos e dispersos em sua metodologia, em comparação com os 
estudos descritivos ou explicativos”. 
Na maioria dos casos, as pesquisas exploratórias, embora tenham um 
planejamento flexível, envolvem pesquisa bibliográfica e análise de exemplos que 
estimulem a compreensão do fenômeno em estudo (GIL, 2008). Assim, quando aos 
procedimentos técnicos optou-se pela pesquisa bibliográfica, com o levantamento 
de dados e informações em fontes secundárias. Procurou-se na revisão da literatura 
abranger diversos níveis e perspectivas de análise para a compreensão do tema. 
Para isso, buscou-se suporte teórico inclusive multilíngue, em livros, artigos, 
dissertações e teses, além de outros textos em meios eletrônicos, já que a 
atualidade é uma forte característica da internet. 
A abordagem é qualitativa, pois não se utiliza de métodos estatísticos. De 
acordo com Soares (2003, p. 19), a abordagem qualitativa permite “um maior grau 
de aprofundamento, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou 
atitudes dos indivíduos”. 
Ainda, não se tem a pretensão de esgotar o tema, mas deixar indicativos 
para futuros estudos. 
4 DESAFIOS PRA A IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 
 
 Um dos grandes desafios que se apresentam para a gestão do 
conhecimento, requerendo esforços conjuntos da comunidade científica e das 
organizações, é integrar a teoria a uma aplicação efetiva e consistente nas 
empresas, de forma a que a gestão do conhecimento não se resuma a práticas 
isoladas de registros e compartilhamento de conhecimentos, mas que esta esteja no 
cerne da estratégia organizacional, perpassando todos os seus processos, gerando 
valor para o negócio e contribuindo para a sustentabilidade das organizações e para 
o desenvolvimento da sociedade. 
 
Muitos são os fatores que levam as iniciativas de gestão do conhecimento ao 
êxito e, consequentemente, as empresas ao sucesso, conforme ressaltam 
Davenport & Prusak (1998): uma cultura orientada para o conhecimento; estruturas 
de trabalho mais flexíveis que permitam o surgimento de ideias inovadoras e a 
existência de infraestrutura tecnológica adequada que suporte a sua viabilização. 
 
 A cultura organizacional pode ser entendida como “o conjunto das crenças e 
conhecimentos compartilhados pelos membros da organização" (NONAKA e 
TAKEUCHI, 1997, p. 49). Davenport e Prusak (1998, p. 6) explicam que os valores e 
ascrenças integram o conhecimento, sendo, portanto um ponto importante a ser 
considerado ao se gerir esse recurso nas organizações, “uma vez que determinam, 
em grande parte, o que o conhecedor vê, absorve e conclui a partir das suas 
observações”. Como adverte Fleury e Fisher (1998), o processo de mudança 
cultural não é fácil, nem rápido. É longo e problemático, mas necessário. 
 
Para Merlo (2005) uma cultura de mudança deve fazer parte das 
organizações, a fim de harmonizar indivíduos e grupos, valorizar interesses comuns 
e objetivos organizacionais, de forma a que esses transpareçam impregnados na 
prática da organização. A empresa deve abrir os canais de comunicação, criando 
um ambiente propício para as pessoas experimentarem novidades, se sentirem 
estimuladas a correr riscos, demonstrarem maior tolerância aos erros como forma 
de aprendizado, participarem de programas de manifestação da criatividade, enfim, 
envolverem-se em todos os aspectos da mudança. 
Também um adequado sistema tecnológico é de extrema importância para 
viabilizar a gestão do conhecimento nas organizações. A tecnologia tem um papel 
importante nesse processo, fazendo com que o armazenamento e a disseminação 
sistemática de conhecimentos se tornem uma proposta viável e eficaz (WAH, 2000). 
Conforme esclarecem Davenport & Prusak (1998, p.149): "a gestão do 
conhecimento é muito mais que tecnologia, mas a tecnologia certamente faz parte 
da gestão do conhecimento". 
Cabe observar que tais tecnologias são ferramentas facilitadoras, mas elas 
não devem ser consideradas o foco central do processo, devendo haver uma 
mescla entre tecnologia e os relacionamentos face a face. Não se trata de um 
substituir o outro, mas de um aprimorar o outro (DIXON, 2000). Assim, a tecnologia 
deve ser tratada de maneira integrada, orientada para o ser humano e suas 
necessidades, com o objetivo de criar um ambiente de conhecimento dinâmico. 
Vê-se, então, que o sucesso da gestão orientada ao conhecimento depende 
de saber integrar cultura e processos, utilizando a tecnologia como ferramenta, mas 
mantendo especial atenção ao principal capital que as empresas possuem: as 
pessoas (GONÇALVES e RODRIGUEZ, 2008). 
Outro ponto que merece atenção refere-se ao aperfeiçoamento de 
metodologias para mensuração dos impactos da gestão do conhecimento, de forma 
contínua e sistemática, a fim de se verificar o retorno dos investimentos realizados, 
os benefícios e ganhos que as iniciativas proporcionam à empresa tanto do ponto 
de vista interno quanto externo. 
Conforme salienta Longo (2014), a gestão do conhecimento faz sentido para 
o mundo corporativo se os principais executivos das organizações conseguirem 
tangibilizar o seu valor, o que também funciona como incentivo ao desenvolvimento 
e à continuidade de uma cultura de valorização do conhecimento. 
Embora esse seja um aspecto reconhecido como importante, ainda é 
carente de ser aprimorado, não se observando na literatura uma fórmula satisfatória 
para mensurar a contribuição dos ativos intangíveis na composição do capital total 
das empresas. As empresas ainda encontram dificuldades em fazer avaliação de 
desempenho e mensuração de seus ativos intangíveis, pela escassez de um padrão 
formal e genericamente aceito (SVEIBY, 1998). Além disso, é difícil identificar os 
ativos intangíveis que agregam valor à atividade produtiva, já que eles não são 
facilmente reconhecidos na estrutura organizacional. 
No entendimento de Norton (2001), há uma incompatibilidade em se medir 
conhecimentos pelos métodos tradicionais, por estes possuírem um valor indireto, 
sendo que o seu significado na composição dos valores quantificáveis (tais como 
lucro ou prejuízo) é sempre relativo e influenciável por outros fatores. 
Acresce-se que parte da gestão do conhecimento tem valor estratégico para 
a organização, parte tem valor tático e outra parte influi diretamente no 
comportamento de cada empregado, que pode contribuir ou não para a eficácia do 
trabalho desenvolvido. 
Destaca-se, ainda, a necessidade de correlacionar os valores relativos à 
gestão do conhecimento com outros valores e práticas nas atividades correntes da 
empresa. Isso não impede que os ganhos possam ser indiretamente inferidos, 
sempre que ocorrem saltos de competitividade em decorrência das inovações 
tecnológicas e organizacionais, podendo-se avaliar os conhecimentos, ainda, pelas 
decisões que propiciam e respectivas ações que desencadeiam. 
5 GESTÃO DO CONHECIMENTO: UMA OPÇÃO SUSTENTÁVEL 
O caso dos violinos Stradivarius ilustra bem o que é possível acontecer 
quando uma empresa não gere de forma apropriada seus conhecimentos. Esses 
instrumentos se tornaram valiosos porque seu fabricante, Antônio Stradivari, que 
viveu entre os séculos XVII e XVIII, era um talentoso artesão e sabia como ninguém 
escolher a melhor madeira, confeccionar e aplicar o verniz e fabricar o produto, de 
tal forma que até hoje eles são apreciados mundialmente por duas características: 
som potente e ampla gama de tons graves e agudos. Atualmente, existem no 
mundo apenas cerca de 60 exemplares, e os fabricantes, mesmo com o 
desenvolvimento científico e tecnológico avançado, não conseguem produzir 
instrumentos como os confeccionados por Stradivari, uma vez que sua técnica não 
foi devidamente compartilhada e registrada de forma a que fosse preservada para 
as futuras gerações, culminando na perda deste valoroso conhecimento (GOUCH, 
2000; PICKRELL, 2004; BATISTA, 2005). 
Outros exemplos similares podem ser encontrados na Literatura, como o 
caso da National Aeronautics and Space Administration (Nasa), cujos altos 
investimentos e anos de trabalho culminaram na ida da Apollo 11 à lua em 1969. 
Outras missões provaram que a Nasa realmente tinha expertise para isso, mas a 
empresa ficou décadas sem voltar lá. Temos que considerar que a empresa pode 
ter priorizado outras oportunidades de negócios, mas o fato é que quando a Nasa 
tentou retomar o projeto percebeu que o conhecimento aprendido naquela época 
não estava mais na empresa. Motivados por um plano de incentivo, muitos dos seus 
antigos profissionais se aposentaram, levando com eles anos de experiência 
acumulada na construção do foguete Saturn, que fez com que a Apollo chegasse ao 
solo lunar (DELONG, 2004; CRESTANA, [2014?]). 
Os casos supracitados são lições aprendidas para se entender o quanto o 
risco da perda do conhecimento é latente, podendo, sem dúvida, gerar impactos 
negativos para o desempenho de uma empresa, mostrando que a gestão adequada 
dos ativos intangíveis é uma estratégia acertada e necessária para a 
sustentabilidade das organizações. Isso porque ela permite que as organizações 
alcancem vantagem competitiva de forma sustentável. Conforme explicam 
Davenport e Prusak (1998) este fato vem como consequência da visualização de um 
quadro amplo da organização que permite explicitar o que ela coletivamente sabe, 
bem como da eficiência com que usa o que sabe para adquirir, utilizar e disseminar 
os novos conhecimentos, alcançando, com isso, benefícios. 
A inter-relação entre gestão do conhecimento e sustentabilidade e a 
contribuindo daquela para o crescimento das organizações de forma sustentável, foi 
apontada por Mello (2010). Como também apontam Teece (1998) e Wiig (1997): a 
sustentabilidade de uma organização está relacionada à forma como são 
gerenciados seus ativos de conhecimento, assim como à capacidade dos processos 
de gestão do conhecimento em acumular, articular, codificar e utilizar o 
conhecimento para criar valor e alavancar a sustentabilidade de uma organização. 
Junges e outros (2010) também evidenciaram que a GC tem influência 
positiva na sustentabilidade e no desenvolvimento da organização e que a 
articulação de seus processos deve considerar o desenvolvimento de quatro 
dimensões: tecnologia, cultura,estrutura e pessoas, e que ações relacionadas a 
cada um dessas dimensões devem ser desenvolvidas, assim como o 
estabelecimento de indicadores que sejam capazes de acompanhar o 
desenvolvimento destas ações. 
Varios outros autores assinalam que uma boa gestão do conhecimento 
constitui um diferencial competitivo sustentável para as empresas, pois estabelece 
uma melhor integração entre as várias atividades exercidas, o que se reflete tanto 
em agilidade para atender às demandas do mercado quanto em ganho de escala, 
além de inovação e aprimoramento contínuo, destacando-se como principais 
motivadores e ganhos: redução de custos e tempo para produção e 
desenvolvimento de produtos; rápida comercialização de novos produtos; 
maximização dos ativos intelectuais; melhoria dos processos internos e maior fluidez 
nas operações; melhor gestão de efetivo; desenvolvimento de pessoas; 
aprendizagem organizacional; retenção de talentos; processos de tomada de 
decisões mais eficientes e melhores resultados; melhoria na coordenação de 
esforços entre unidades de negócios, na qualidade e na agilidade da prestação de 
serviços ao cliente (BARCLAY e MURRAY, 1997; SVEIBY, 1998; SKYRME, 1998; 
NASSERI, 1998; DAVENPORT e PRUSAK, 1998; DRUKER, 1999; CAVALCANTI e 
GOMES, 2000; BOFF, 2001; LOPES, 2002; RODRIGUEZ, 2002; SILVA, 2002; 
MELO, 2003; HART e MILSTEIN, 2004; SANTIAGO JR., 2004; VALENZUELA e 
OUTROS, 2008; CASTILLO e CAZARINI, 2009; RAZAL, 2011. 
Acrescenta Carvalho (2013), que a gestão do conhecimento é um 
importante elemento integrador no que tange à sustentabilidade das organizações, 
não só pelos aspectos citados, mas por possibilitar a manutenção de uma relação 
mais transparente com seus diversos públicos, o que influi positivamente na sua 
imagem, identidade e reputação, e, consequentemente, na valorização das suas 
ações. 
A gestão do conhecimento fomenta, estimula e cria a base necessária para 
que as empresas tenham componentes internos e externos sendo tratados 
ao longo do processo gestão empresarial, de forma que seja absorvido em 
sua cultura organizacional. Assim, afeta não só as suas relações de 
reputação e credibilidade, mas invariavelmente sua relação com as partes 
interessadas e os diversos públicos de relacionamento (CARVALHO, 2010, 
p.78). 
 
Vemos, então, que a gestão do conhecimento atua tanto no ambiente 
interno quanto externo e considera o conhecimento interno e externo à organização, 
uma vez que permite mapear redes de especialistas, identificar saberes e 
oportunidades estratégicos para a construção de novas ideias, a inovação, o seu 
crescimento sustentável. 
Com base nos conceitos e definições estudados e corroborando com a 
visão dos autores acima referenciados, considera-se que a gestão do conhecimento 
pode atuar como impulsionadora para o desenvolvimento das organizações e para 
que estas possam estabelecer a sustentabilidade de seus negócios. 
 
CONCLUSÃO 
Nesse estudo, observa-se a existência de um novo paradigma, reforçado 
pelas tendências do mundo de hoje, que vem provocando mudanças profundas na 
maneira de pensar e agir das organizações. As discussões sobre o tema gestão do 
conhecimento vêm atraindo a atenção tanto da academia quanto das empresas, 
podendo-se observar nas bases de pesquisa uma variedade de estudos e que as 
empresas vêm investindo cada vez mais na sua adoção. 
 Assim, no cenário competitivo, em que os consumidores se apresentam 
cada vez mais críticos e exigentes, gerir conhecimentos parece não se tratar mais 
de uma escolha, e sim uma necessidade. 
Mas para que a gestão do conhecimento possa cumprir seu papel com 
eficácia, vários desafios necessitam ser superados. É imperativo que haja gestores 
dispostos a liderar um processo de transformação e inovação em suas empresas, 
promovendo mudanças nas estruturas e na cultura das organizações e em sua 
lógica de funcionamento, visando tornarem-se mais flexíveis, horizontais e 
humanizadas, a fim de favorecerem uma cultura de construção coletiva, trocas, 
melhorias constantes e inovações. 
Além disso, para que possa produzir efeitos práticos, as iniciativas de 
gestão do conhecimento devem estar alinhadas ao planejamento estratégico da 
empresa, articulada com outros processos da organização, e que haja envolvimento 
de todos os colaboradores nos diversos níveis organizacionais. Dessa forma, 
poderá contribuir para o crescimento e a sustentação da empresa ao longo do 
tempo, gerando resultados para a empresa e benefícios para os investidores, 
colaboradores, clientes, fornecedores e para a sociedade como um todo. 
Evidenciou-se, a partir da análise da literatura técnica, 
a importância da gestão do conhecimento para a sustentabilidade das 
organizações, podendo estas obter com esta uma série de vantagens, tanto no 
ambiente interno quanto externo, tais como: aumento da capacidade de inovar da 
empresa e de sua capacidade de aprender rápido, reagindo favoravelmente às 
mudanças e antecipando-se em relação à concorrência; redução dos riscos, de 
custos, de tempo de produção e de retrabalhos, maximização dos ativos 
intelectuais; integração dos processos internos, proporcionando maior fluidez e mais 
agilidade nas operações; retenção de talentos; aumento da satisfação e 
produtividade do trabalhador; tomada de decisões mais eficientes; melhores 
resultados; melhoria na coordenação de esforços entre unidades de negócios; mais 
agilidade e qualidade nos serviços prestados aos clientes, mais transparência para 
com seus públicos, propiciando ganhos na imagem, identidade e consequente, no 
valor de suas ações. 
Assim, constata-se que a empresa que investe em gestão do conhecimento 
está mais propicia a fazer a diferença, obtendo vantagem competitiva sustentável. 
Quanto à forma de fazer a gestão do conhecimento, ainda há um campo 
fértil a ser explorado. Na literatura disponível sobre o assunto não se encontra uma 
receita ou fórmula ideal. Há diversos modelos e práticas disponíveis, que são 
adotados conforme a especificidade de cada empresa, uma vez que cada qual 
possui uma cultura e um modo próprio de agir e trabalhar com o conhecimento. 
Assim assinala-se a existência de oportunidades para o estabelecimento de 
parcerias entre a academia e as organizações, a fim de construir formas e meios de 
realizar a gestão do conhecimento de forma mais eficaz e promover a 
sustentabilidade institucional. 
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