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DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES Challenges to the Implementation of Knowledg Management and its Contribution to the Organizational Sustainability Rosa Amélia Pizzol Mestre em Gestão de Sistemas - Responsabilidade Social e Sustentabilidade Universidade Federal Fluminense (UFF) – Niterói – RJ rosameliap@bol.com.br Tayane Mattera Mestre em Ciência da Informação Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Salvador – BA tayane.martire@gmail.com Resumo: O atual cenário de mercado vem exigindo das organizações rápidas e contínuas mudanças, a fim de se adaptarem, crescerem e sobreviverem. Uma das respostas a esse desafio é gerir de modo eficiente seus ativos de conhecimento, como forma de obter vantagens competitivas e se manterem sustentáveis. Assim, este artigo busca compreender os desafios da implementação da gestão do conhecimento e como este processo pode agregar para a sustentabilidade das organizações. Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se como metodologia a pesquisa qualitative, exploratória e bibliográfica. Como resultado, evidenciou-se contribuição da gestão do conhecimento para a sustentabilidade das organizações. Entretanto, muitos desafios precisam ser superados para que o potencial oferecido pela gestão do conhecimento possa ser efetivamente aproveitado. Dentre os principais pontos a serem explorados destacam-se: a necessidade de maior interação entre a teoria e a prática efetiva nas empresas; a inovação e a flexibilização em aspectos estruturais e culturais arraigados nas organizações, a exemplo da resistência das pessoas em compartilhar seus conhecimentos; o desenvolvimento de sistemas e ferramentas que integrem iniciativas de gestão do conhecimento com outros processos organizacionais; e indicadores que possam demonstrar os impactos positivos da gestão do conhecimento nos resultados do negócio. Palavras-Chave: Gestão. Gestão do Conhecimento. Sustentabilidade organizacional. Estratégia. Abstract: The current market background has been requiring fast and continuous changes companies in order to adapt, grow and survive. An answer to this challenge is to manage efficiently their knowledge assets in order to obtain sustainable and competitive advantages. Thus, the main purpose of this paper is to understand the challenges of implementing knowledge management, and how this process can add to the sustainability of organizations. To achieve this goal, we adopted as methodology the exploratory, qualitative and bibliographic research, from which it was possible to make clear the contribution of knowledge management as a strategy for the organizational sustainability. It was further observed that many challenges must be overcome so that the potential offered by knowledge management can be effectively exploited. The main points to be explored, that prove fertile ground for deepening in other studies, include: the necessity for greater interaction between theory and actual practice in companies, innovation and flexibility in structural and cultural aspects entrenched in organizations, such as the resistance of people to share their knowledge, the development of systems and tools to integrate knowledge management initiatives with other organizational processes, and indicators that can demonstrate the positive impact of knowledge management on business results. Keywords: Management. Knowledge Management. Organizacional Sustainability. Strategy. 1 INTRODUÇÃO Podemos considerar que, de alguma forma, a gestão do conhecimento sempre esteve presente no mundo acadêmico e dos negócios, ainda que não fosse assim nominada ou que não ocorresse de forma tão estruturada. Entretanto, nas últimas décadas o tema vem ganhando destaque, tanto no ambiente acadêmico quanto organizacional, inspirando investigações e motivando investimentos cada vez mais significativos por parte das empresas, que vêm reconhecendo a sua crescente importância como estratégia para a sustentabilidade dos seus negócios. Conforme Boff (2001), o tema conhecimento já era abordado por Platão, Aristóteles e outros pensadores na Antiguidade e ao longo da História. Assim também vem ocorrendo nas empresas, que há muito tempo têm valorizado a experiência e o conhecimento dos trabalhadores, mas nem sempre os reconhecendo como importante fonte de vantagem competitiva e de sobrevivência e sustentabilidade das empresas. Destacam Davenport e Prusak (1998) que o conhecimento não é algo novo, pois dentro das organizações as pessoas sempre o procuraram, usaram e valorizaram, pelo menos implicitamente. O que há de novo é que recentemente as empresas passaram a reconhecê-lo como um ativo corporativo importante e a entender a necessidade de geri-lo e de dedicar-lhe o mesmo cuidado dispensado a outros ativos mais tangíveis. Percebemos, então, que a gestão do conhecimento é um sistema de gerenciamento corporativo, a aplicação na prática de um conceito gerencial que permite às empresas ganharem poder de competição ante a concorrência, conciliando tecnologias da informação, processos de comunicação e o desenvolvimento constante do aprendizado organizacional, considerando, nesse processo, as experiências de sucesso e o aprendizado adquirido, tanto com os erros quanto com os acertos. Há décadas, Drucker (1999) já preconizava que o trabalho se tornaria cada vez mais baseado no conhecimento e que nas mãos das empresas estaria a chave para transformar o conhecimento do trabalhador em desempenho, proporcionando um ambiente favorável ao desenvolvimento, à transformação e à inovação. Vários autores são unânimes em afirmar que o contexto econômico e social caracterizado pelo incremento da competição, o acréscimo da dinâmica dos mercados, os ciclos mais curtos de desenvolvimento de produtos e o aumento das exigências dos consumidores são os principais fatores que vêm contribuindo para impulsionar as empresas a dispensarem mais atenção ao conhecimento, portanto, gerenciá-lo de forma eficiente (BOFF, 2001; VALENZUELA, 2008; CASTILLO e CAZARINI, 2009). A gestão eficiente desse recurso, leva à inovação que, por sua vez, contribui para a sustentabilidade organizacional. Destaca Terra (2000) que a gestão do conhecimento tem um caráter universal, podendo ser adotada por empresas de todos os portes e nacionalidades, mas sua efetividade requer a criação de novos modelos organizacionais, novos entendimentos quanto ao papel da capacidade intelectual de cada trabalhador e uma liderança disposta a enfrentar, efetivamente, as barreiras que impactam o processo de transformação e inovação. No Brasil, verifica-se que o recurso conhecimento vem aumentando aceleradamente sua importância para o desempenho empresarial e que os desafios impostos pela relativa e recente abertura econômica tornam a questão da gestão do conhecimento ainda mais fundamental para as empresas brasileiras. Acreditamos que sem estratégias empresariais, setoriais e nacional, muito bem concatenadas e rapidamente implementadas, fica muito difícil imaginar que as empresas brasileiras conseguirão se tornar competitivas e, mesmo, sobreviver aos desafios impostos (TERRA, 2000, p. 1). Desta forma, ao se dedicar atenção à gestão do conhecimento, as instituições estarão agregando valor ao seu negócio, ampliando sua capacidade inovadora e eficiência, garantindo, assim, sua sustentabilidade. Assim, este artigo busca compreender os desafios da implementação da gestão do conhecimento e como este processo pode agregar para a sustentabilidade das organizações. 2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES 2.1 SUSTENTABILIDADE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELE SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 2.1.1 Sustentabilidade Etimologicamente, a palavra sustentável tem origem no latim sustentare, que significa sustentar, apoiar e conservar. Assim, Sustentabilidade está normalmente relacionada com uma mentalidade, atitude ou estratégia que é ecologicamente correta, viável economicamente e socialmente justa (GARCIA, 2009). Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e as atividades humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a que a se possa manter e usufruir dessa mesma capacidade no futuro. Para Fialho e outros (2008, p. 63): a expressão sustentável associa-se ao novo paradigma tecnocientífico do desenvolvimento e expressa a ideia daquilo que tem continuidade ao longo do tempo. Sustentabilidade implica a noção de perenidade, algo que não se esgota, na concepção de que aquilo que atualmente existe possa garantir-se no futuro. Meadows, Meadows e Randers (1992) definem a Sustentabilidade como: uma estratégia de desenvolvimento que resulta na melhoria da qualidade da vida humana e na minimização simultânea dos impactos ambientais negativos. Embora a Sustentabilidade seja um tema que vem sendo bastante difundido na mídia e no campo acadêmico, desde a década de 80, seu conceito está em constante formulação e reformulação, tendo derivado ou se relaciona com vários outros conceitos, tais como:Sustentabilidade Ambiental, Sustentabilidade Ecológica, Sustentabilidade Social, Responsabilidade Social, Crescimento Sustentado, Gestão Sustentável, Sustentabilidade Organizacional, dentre outros. Para melhor compreensão e tendo em vista o alcance dos objetivos deste trabalho, detalharemos um pouco mais Desenvolvimento Sustentável e Sustentabilidade Organizacional. 2.1.2 Desenvolvimento Sustentável O termo desenvolvimento sustentável começou a ser delineado durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, Suécia, em 1972, tornando-se um princípio, segundo o qual o uso sustentável dos recursos naturais deve suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade de as gerações futuras suprirem as suas (BRUNDTLAND, 1987). Para Munck, Munck e Souza (2001), o Desenvolvimento Sustentável constitui um fenômeno sistêmico dependente das várias sustentabilidades, dentre as quais a Sustentabilidade Organizacional. Esta representa o equilíbrio de todo um sistema, o qual é amparado por processos relacionados ao desenvolvimento sustentável organizacional, que se responsabiliza pelo equilíbrio de cada subsistema organizacional e suas respectivas interações. Ao longo das últimas décadas tem havido uma série de esforços internacionais da sociedade e dos governos para alcançar os ideais da Sustentabilidade e do Desenvolvimento Sustentável. Estes temas cada vez mais vêm sendo discutidos e chamando a atenção do mundo acadêmico e das organizações, que demonstram preocupação cada vez mais com que algo seja feito em prol da preservação do meio ambiente, da geração de riqueza econômica e desenvolvimento social com foco no presente, mas planejando e agindo para que a prosperidade também se mantenha no futuro. 2.1.2 Sustentabilidade organizacional No senso comum, o termo Sustentabilidade Organizacional costuma estar ligado com Responsabilidade Social e até mesmo pode ser confundido com esta. Nesta visão, a empresa que se preocupa com a Sustentabilidade é aquela que cuida do planeta, se preocupa com a comunidade, com o meio ambiente, desenvolve produtos ecológicos e investe em programas ou projetos sociais. Por isso, na maioria das vezes tem boa reputação aos olhos do público. Está também ligada à Sustentabilidade Econômica, que pode ser alcançada por meio de um modelo de Gestão Sustentável, um modo de fazer que adota e incentiva processos que considerem e equilibrem o capital financeiro, humano e natural da empresa. Em linha com o conceito de Sustentabilidade, a Sustentabilidade Organizacional é entendida como a capacidade de as organizações se manterem ao longo do tempo, criando valor econômico, preservando o meio ambiente e contribuindo de forma ativa para o engrandecimento dos seus públicos e da sociedade como um todo. A Sustentabilidade Organizacional traduz para o seu ambiente a ideia contida na Sustentabilidade, de conciliar as esferas econômica, ambiental e social, atuando na geração de um cenário compatível com a continuidade e a expansão das suas atividades, tanto no presente quanto no futuro. A Sustentabilidade Organizacional, de acordo com Lélé (1991), Jiménez- Herrero (2000) e Osório, Lobato e Castillo (2005), é apenas uma das sustentabilidades que potencializam o alcance de um Desenvolvimento Sustentável de forma sistêmica. A sustentabilidade, quando buscada pelas diversas formas de organizações existentes, constitui-se em objetivos que primam pela busca de um equilíbrio macro de diversos sistemas sociais. A soma desses intentos e seus consequentes alcances é o que concede os alicerces institucionais, sociais, culturais e econômicos para a viabilização de um Desenvolvimento Sustentável sistêmico (MUNCK, MUNCK e SOUZA, 2001). Afirma Razal (2011) que a sustentabilidade nas organizações se constrói levando-se em conta perspectivas de continuidade no longo prazo, gerenciamento dos riscos que isso pode causar em seus negócios e a criação de valor para ideias sustentáveis. Hart e Milstein (2004) complementam que a empresa não somente deve ter um desempenho eficiente nos negócios atuais, mas também estar constantemente preocupada com a criação de produtos e serviços do futuro. Isso significa desenvolver e adquirir as habilidades, competências e tecnologias que posicionam a empresa para o crescimento futuro. A aproximação das empresas dos princípios da Sustentabilidade ganha relevância na academia e no mercado em escala global, principalmente com a globalização, que vem elevando a complexidade do mundo dos negócios de forma exponencial e ininterruptamente. É por ela que demandas antes não existentes começam a surgir e a cobrar, por parte das empresas, o desenvolvimento de mecanismos que comprovem um elevado nível de transparência em seus respectivos processos de negociação (AZAPAGIC e PERDAN, 2000; DYLLICK e HOCKERTS, 2002; AZAPAGIC, 2003; VAN MARREWIJK , 2003; JAMALI, 2006). Organizações são compelidas a se envolverem ativamente no debate sobre sua sustentabilidade e a identificar maneiras pelas quais elas possam desenvolver novas formas de gestão que permitam aprimorar suas práticas em todos os pilares da sustentabilidade: ambiental, social e econômico, contribuindo de maneira mais coerente com o desenvolvimento sustentável sistêmico (AZAPAGIC, 2003). Isso exige um novo raciocínio de gestão que seja capaz de equilibrar e integrar esses conceitos e orientações no cotidiano das organizações (ELKINGTON, 1999; DYLLICK e HOCKERTS, 2002; JABAREEN, 2006; MCDONOUGH & BRAUNGART, 2002). Do mesmo modo como estudiosos apontam que a Sustentabilidade pode ser alcançada pelo equilíbrio eficaz dos objetivos sociais, ambientais e econômicos (MEADOWS e outros, 1992), vários autores consideram que os pilares que alicerçam a sustentabilidade das organizações são fenômenos vinculados uns os outros, coexistentes, cíclicos e dinâmicos, que, por meio de seus inter- relacionamentos, possibilitam o desenvolvimento de mecanismos que viabilizam a sustentabilidade de uma organização(PASSET, 1996; ELKINGTON, 1999), DYLLICK e HOCKERTS, 2002; MCDONOUGH e BRAUNGART, 2002 e O'CONNOR, 2006. Dessa forma, fundamentadas nos conceitos supracitados e conforme os autores referenciados, entendemos que a Sustentabilidade Organizacional é viabilizadora da Sustentabilidade e do Desenvolvimento Sustentável. 2.2 CONHECIMENTO Para se compreender a gestão do conhecimento, consideramos oportuno conceituar conhecimento. Existem diversas conceituações para o termo conhecimento. Sveiby (1998) cita como significados de conhecimento: informação, conscientização, saber, cognição, sapiência, habilidade prática e aprendizado. Segundo o autor, o significado depende do contexto em que o termo é utilizado. Davenport e Prusak (1998, p.6) conceituam conhecimento como: uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas organizacionais. Conforme Alvarenga Neto (2008), o conhecimento pode ser apenas promovido ou estimulado, e o que se gerencia são as condições favoráveis à emergência do novo - inovação, criatividade, aprendizagem e compartilhamento de informações e conhecimentos relevantes. Mas, adverte que a palavra gestão, quando associada à palavra conhecimento, deve ser apreendida como promoção do conhecimento ou estímulo ao conhecimento, sendo que a gestão do conhecimento assume o significado de uma gestão de e para o conhecimento. Nonaka e Takeuchi (1997) veem o conhecimento como uma crença verdadeira e justificada, que acontece em um processo dinâmico. Os autores apresentam uma distinção do conhecimento em dois tipos, tácito e explícito. O conhecimento tácito é aquele privado, difícil de ser formalizado e compartilhado, sendo composto por meio do know-how subjetivo, emoções, insight, valores e ideias dos indivíduos. Já o conhecimento explícito pode ser entendido como aquele mais simples de ser comunicado, em função da sua facilidade de expressão por meio de números, textos, gráficos, dados brutos, fórmulas científicas, procedimentos codificados ou princípios universais (BESSANT e TIDD, 2009; CHOO, 2006; NONAKA E TAKEUCHI, 1997). 2.3 GESTÃO DO CONHECIMENTO Assim como não existe uma definição exata para conhecimento, também não o há para gestão do conhecimento. Por isso, serão apresentadas algumas definições comumente citadas na literatura: � Processo sistemático, articulado e intencional de identificação, criação, compartilhamento e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos para as empresas (WIGG, 1996); � Ações para criar, identificar e recuperar o conhecimento que está presente nas pessoas e proporcionar condições adequadas de criação, compartilhamento e utilização desses conhecimentos (LIEBOWITZ e BECKMAN, 1998); � Conjunto de estratégias para criar, adquirir, compartilhar e utilizar ativos de conhecimento; estabelecer fluxos que garantam a informação necessária no tempo e formato adequados, a fim de auxiliar na geração de ideias, solução de problemas e tomada de decisão (BOFF, 2001); � Uma mistura fluída de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações (DAVENPORT E PRUZAK, 2003); � Gestão sistemática e intencional do conhecimento, que, associada a processos e ferramentas, tem o objetivo de potencializar tomadas de decisão, resolver problemas, facilitar a inovação e a criatividade e obter vantagens competitivas em diversos níveis (KEBEDE, 2010). Também não se pode atribuir uma origem única à gestão do conhecimento, uma vez que a literatura dá conta de uma série de trabalhos e autores que contribuíram para a formação de seus pilares ao longo do tempo. Moreira (2005) cita que os principais antecedentes que levaram à noção de gestão do conhecimento foram: a concepção de organizações aprendizes, de Peter Senge, e os trabalhos de Peter Drucker, tendo ambos demonstrado a sua importância e direcionado as ações das organizações para o conhecimento. É relativamente recente sua adoção como temática de discussões acadêmicas e mesmo como disciplina. De modo geral, trata-se da administração dos ativos de conhecimento das organizações, a fim de maximizar a sua eficiência e garantir a sustentabilidade dos seus negócios. Esta vantagem competitiva se manifesta notadamente de duas formas: a relação do conhecimento com a capacidade de inovar da empresa e a preparação e flexibilidade que esta possui para aprender rápido, reagindo favoravelmente às mudanças cada vez mais frequentes no ambiente de mercado em que atua (SILVA, 2002). O conceito de gestão do conhecimento varia, conforme as características das áreas nas quais é estudado, fato que leva muitos autores a referenciar a existência de diversas ênfases ou domínios nos estudos sobre gestão do conhecimento. Sveiby (2001) visualiza a gestão do conhecimento sob duas ênfases: a) nas novas tecnologias da informação e da comunicação e b) nas pessoas. Davenport e Cronin (2000), por sua vez, observam que a gestão do conhecimento situa-se em três domínios distintos: biblioteconomia e ciência da informação (KM1), engenharia de processos (KM2) e teoria organizacional (KM3). A existência dessas diferentes ênfases e domínios pode ser explicada pela própria diversidade relativa à formação da base conceitual da gestão do conhecimento, vista como práticas gerenciais sustentadas pelo embasamento de três disciplinas: a ciência administrativa, a tecnologia da informação e a ciência da informação (BARBOSA E PAIM, 2003). Apesar das diferenças de abordagem, as noções de gestão do conhecimento prevalecentes têm um elemento comum: o conhecimento é visto como know-how, o saber envolvido na solução de problemas. O conhecimento organizacional é visto como o know-how coletivo da organização, a sua expertise, uma competência expressa no conhecimento que essa organização coletivamente acumulou e nos problemas que ela efetivamente consegue resolver (VASCONCELOS, 2001). Como explica Alvarenga Neto (2005), a gestão do conhecimento consolidou- se como uma área “guarda-chuva” que incorpora várias abordagens que dialogam entre si. E é esta inter-relação e permeabilidade entre os vários temas que possibilita e delimita a formação do seu referencial teórico. Sendo abrangente, permite suportar as diversas atividades organizacionais, mas, ao mesmo tempo gera múltiplas interpretações por parte das empresas e da comunidade científica (DALKIR, 2011; BASKERVILLE e DULIPOVICI, 2006). Neste sentido, Castillo e Cazarini (2009) destacam que algumas investigações sobre o assunto possuem bases firmes para sua argumentação e o desenvolvimento de teorias, mas ainda há carência de fundamentos conceituais que suportem suas propostas. Embora o conceito seja amplo, ele demonstra a noção de integração dentro de um processo contínuo de geração, compartilhamento e uso de conhecimento, que pode ser mais bem compreendido num ciclo permanente de várias ações, que cria na empresa um ambiente de conhecimento que passa a fazer parte da própria empresa (BOFF, 2001). Assim, o objetivo de implementar a gestão do conhecimento nas empresas é manter o foco no negócio principal, desenvolvendo-se ações para tornar o trabalho mais eficiente, melhorar a aprendizagem organizacional, intensificar a inovação, diminuir o tempo de resposta ao mercado e, consequentemente, sustentar-se ao longo do tempo. Por isso, a gestão do conhecimento deve ser entendida e aplicadacomo um processo contínuo, que transcenda os comportamentos individuais e tem por objetivo a transformação da organização em um ambiente favorável às novas ideias, ao aprendizado e à ação vinculada aos objetivos estratégicos e sistêmicos da empresa. Barroso e Gomes (1999) consideram que quanto mais se aprofunda sobre gestão do conhecimento e suas aplicações, mais se verifica suas ligações com outros assuntos, práticas e estratégias administrativas tradicionalmente conhecidas. A linha comum entre estas e outras recentes técnicas de negócio é o reconhecimento de que o conhecimento é um ativo corporativo relevante e que são necessárias estratégias, políticas, ferramentas e modelos para administrar tal ativo de modo eficiente. Nesta visão coesa e integrada da gestão do conhecimento com os processos empresariais da organização as tradicionais áreas e departamentos funcionais continuam existindo, mas com novos desafios e propósitos. Cada vez mais, deixam de ter uma postura isolada e procuram contribuir efetivamente para a formação de linguagens comuns com outros departamentos, em especial aqueles processos nos quais atuam conjuntamente (SILVA, 2004). Neste sentido, o autor sinaliza mudanças influenciadas pela gestão do conhecimento em outras áreas funcionais das organizações (Tabela 1). � Tabela 1 - Influência da gestão do conhecimento em outras áreas da organização Finanças Enfrenta o desafio de contabilizar ou medir também os recursos intangíveis (conhecimentos) presentes nos processos de negócios empresariais Recursos Humanos Trabalha com a influência da gestão do conhecimento em fatores como: liderança, cultura corporativa, relações interfuncionais e gestão por competências Qualidade Foca os processos empresariais, do fornecedor até a entrega ao cliente, e também buscará o conhecimento externo à empresa pelo aprimoramento dos procedimentos de benchmarking e de melhores práticas Tecnologia da Informação Implementa as novas ferramentas de Tl nos processos de negócios para que seja feita a gestão do conhecimento, levando-se em consideração a visão estratégica que a empresa emprega nestes temas e os aspectos humanos e comportamentais ligados ao uso destas ferramentas Engenharia Atua com a visão do desenvolvimento de produtos como um processo coordenado pelo uso da engenharia simultânea, que, por meio do envolvimento de pessoas de diferentes áreas funcionais, do envolvimento de clientes no projeto e da realização de experimentações, contribuirá com as atividades ligadas à formação de competências centrais da empresa, para a criação de novos conhecimentos e inovações Manufatura ou fabricação Contribui com mais espaços de conversão de conhecimentos tácito/explícito, mediante oportunidade dada por recursos como a produção enxuta, que incentiva o agrupamento de visões diferentes para a análise e solução de problemas da produção Marketing Trabalha de forma mais abrangente com as fontes de conhecimentos externos à empresa, por meio da mudança de foco que incorpora, além dos retratos da realidade atual (pesquisas de mercado convencionais), o desenvolvimento de sofisticados mecanismos de construção de cenários para analisar tendências futuras Vendas e serviços Cria diversos espaços de incorporação de conhecimentos externos à empresa, com a acumulação de dados e informações sobre os clientes em tempo real, que depois podem ser trabalhados por ferramentas de Tl voltadas à construção de conhecimentos mediante análises estatísticas e cruzamentos destes dados e informações. Fonte: ������������ �� ������Silva (2004) É a ação integrada de todas essas áreas e atividades com as estratégias de gestão do conhecimento que vai impulsionar a inovação, melhorar a sinergia, reduzir retrabalhos, tempo e recurso, e, consequentemente , gerar vantagem competitiva e contribuir para a sustentabilidade das organizações. 3 OBETIVOS E METODOLOGIA Dada a importância do conhecimento e a complexidade dos desafios que se impõem para as empresas em como gerenciá-lo eficazmente, busca-se com esse trabalho evidenciar qual é a sua contribuição para a sustentabilidade organizacional. Para alcançar o objetivo desse trabalho, adotou-se como procedimento metodológico a pesquisa exploratória. A análise de caráter exploratório, segundo Richardson (1999, p. 17) visa a descobrir as semelhanças entre fenômenos, “os pressupostos teóricos não estão claros ou são difíceis de encontrar”. Nessa situação, faz-se uma pesquisa não apenas para conhecer o tipo de relação existente, mas, sobretudo, para determinar a existência de relação. Segundo Santos (1999), a pesquisa exploratória é o contato inicial do pesquisador com o tema a ser analisado, com os sujeitos a serem investigados e com as fontes secundárias disponíveis, sendo necessário que o pesquisador tenha uma atitude de receptividade às informações e dados da realidade, além de uma postura flexível e não formalizada. Conforme Sampieri e outros (1991, p. 6), os estudos exploratórios servem para aumentar o grau de familiaridade com os fenômenos, obter informações sobre a possibilidade de levar adiante uma investigação mais completa sobre um contexto particular da vida real e estabelecer prioridades para investigações posteriores, entre outras utilizações. “Eles se caracterizam por serem mais flexíveis, amplos e dispersos em sua metodologia, em comparação com os estudos descritivos ou explicativos”. Na maioria dos casos, as pesquisas exploratórias, embora tenham um planejamento flexível, envolvem pesquisa bibliográfica e análise de exemplos que estimulem a compreensão do fenômeno em estudo (GIL, 2008). Assim, quando aos procedimentos técnicos optou-se pela pesquisa bibliográfica, com o levantamento de dados e informações em fontes secundárias. Procurou-se na revisão da literatura abranger diversos níveis e perspectivas de análise para a compreensão do tema. Para isso, buscou-se suporte teórico inclusive multilíngue, em livros, artigos, dissertações e teses, além de outros textos em meios eletrônicos, já que a atualidade é uma forte característica da internet. A abordagem é qualitativa, pois não se utiliza de métodos estatísticos. De acordo com Soares (2003, p. 19), a abordagem qualitativa permite “um maior grau de aprofundamento, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos”. Ainda, não se tem a pretensão de esgotar o tema, mas deixar indicativos para futuros estudos. 4 DESAFIOS PRA A IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO Um dos grandes desafios que se apresentam para a gestão do conhecimento, requerendo esforços conjuntos da comunidade científica e das organizações, é integrar a teoria a uma aplicação efetiva e consistente nas empresas, de forma a que a gestão do conhecimento não se resuma a práticas isoladas de registros e compartilhamento de conhecimentos, mas que esta esteja no cerne da estratégia organizacional, perpassando todos os seus processos, gerando valor para o negócio e contribuindo para a sustentabilidade das organizações e para o desenvolvimento da sociedade. Muitos são os fatores que levam as iniciativas de gestão do conhecimento ao êxito e, consequentemente, as empresas ao sucesso, conforme ressaltam Davenport & Prusak (1998): uma cultura orientada para o conhecimento; estruturas de trabalho mais flexíveis que permitam o surgimento de ideias inovadoras e a existência de infraestrutura tecnológica adequada que suporte a sua viabilização. A cultura organizacional pode ser entendida como “o conjunto das crenças e conhecimentos compartilhados pelos membros da organização" (NONAKA e TAKEUCHI, 1997, p. 49). Davenport e Prusak (1998, p. 6) explicam que os valores e ascrenças integram o conhecimento, sendo, portanto um ponto importante a ser considerado ao se gerir esse recurso nas organizações, “uma vez que determinam, em grande parte, o que o conhecedor vê, absorve e conclui a partir das suas observações”. Como adverte Fleury e Fisher (1998), o processo de mudança cultural não é fácil, nem rápido. É longo e problemático, mas necessário. Para Merlo (2005) uma cultura de mudança deve fazer parte das organizações, a fim de harmonizar indivíduos e grupos, valorizar interesses comuns e objetivos organizacionais, de forma a que esses transpareçam impregnados na prática da organização. A empresa deve abrir os canais de comunicação, criando um ambiente propício para as pessoas experimentarem novidades, se sentirem estimuladas a correr riscos, demonstrarem maior tolerância aos erros como forma de aprendizado, participarem de programas de manifestação da criatividade, enfim, envolverem-se em todos os aspectos da mudança. Também um adequado sistema tecnológico é de extrema importância para viabilizar a gestão do conhecimento nas organizações. A tecnologia tem um papel importante nesse processo, fazendo com que o armazenamento e a disseminação sistemática de conhecimentos se tornem uma proposta viável e eficaz (WAH, 2000). Conforme esclarecem Davenport & Prusak (1998, p.149): "a gestão do conhecimento é muito mais que tecnologia, mas a tecnologia certamente faz parte da gestão do conhecimento". Cabe observar que tais tecnologias são ferramentas facilitadoras, mas elas não devem ser consideradas o foco central do processo, devendo haver uma mescla entre tecnologia e os relacionamentos face a face. Não se trata de um substituir o outro, mas de um aprimorar o outro (DIXON, 2000). Assim, a tecnologia deve ser tratada de maneira integrada, orientada para o ser humano e suas necessidades, com o objetivo de criar um ambiente de conhecimento dinâmico. Vê-se, então, que o sucesso da gestão orientada ao conhecimento depende de saber integrar cultura e processos, utilizando a tecnologia como ferramenta, mas mantendo especial atenção ao principal capital que as empresas possuem: as pessoas (GONÇALVES e RODRIGUEZ, 2008). Outro ponto que merece atenção refere-se ao aperfeiçoamento de metodologias para mensuração dos impactos da gestão do conhecimento, de forma contínua e sistemática, a fim de se verificar o retorno dos investimentos realizados, os benefícios e ganhos que as iniciativas proporcionam à empresa tanto do ponto de vista interno quanto externo. Conforme salienta Longo (2014), a gestão do conhecimento faz sentido para o mundo corporativo se os principais executivos das organizações conseguirem tangibilizar o seu valor, o que também funciona como incentivo ao desenvolvimento e à continuidade de uma cultura de valorização do conhecimento. Embora esse seja um aspecto reconhecido como importante, ainda é carente de ser aprimorado, não se observando na literatura uma fórmula satisfatória para mensurar a contribuição dos ativos intangíveis na composição do capital total das empresas. As empresas ainda encontram dificuldades em fazer avaliação de desempenho e mensuração de seus ativos intangíveis, pela escassez de um padrão formal e genericamente aceito (SVEIBY, 1998). Além disso, é difícil identificar os ativos intangíveis que agregam valor à atividade produtiva, já que eles não são facilmente reconhecidos na estrutura organizacional. No entendimento de Norton (2001), há uma incompatibilidade em se medir conhecimentos pelos métodos tradicionais, por estes possuírem um valor indireto, sendo que o seu significado na composição dos valores quantificáveis (tais como lucro ou prejuízo) é sempre relativo e influenciável por outros fatores. Acresce-se que parte da gestão do conhecimento tem valor estratégico para a organização, parte tem valor tático e outra parte influi diretamente no comportamento de cada empregado, que pode contribuir ou não para a eficácia do trabalho desenvolvido. Destaca-se, ainda, a necessidade de correlacionar os valores relativos à gestão do conhecimento com outros valores e práticas nas atividades correntes da empresa. Isso não impede que os ganhos possam ser indiretamente inferidos, sempre que ocorrem saltos de competitividade em decorrência das inovações tecnológicas e organizacionais, podendo-se avaliar os conhecimentos, ainda, pelas decisões que propiciam e respectivas ações que desencadeiam. 5 GESTÃO DO CONHECIMENTO: UMA OPÇÃO SUSTENTÁVEL O caso dos violinos Stradivarius ilustra bem o que é possível acontecer quando uma empresa não gere de forma apropriada seus conhecimentos. Esses instrumentos se tornaram valiosos porque seu fabricante, Antônio Stradivari, que viveu entre os séculos XVII e XVIII, era um talentoso artesão e sabia como ninguém escolher a melhor madeira, confeccionar e aplicar o verniz e fabricar o produto, de tal forma que até hoje eles são apreciados mundialmente por duas características: som potente e ampla gama de tons graves e agudos. Atualmente, existem no mundo apenas cerca de 60 exemplares, e os fabricantes, mesmo com o desenvolvimento científico e tecnológico avançado, não conseguem produzir instrumentos como os confeccionados por Stradivari, uma vez que sua técnica não foi devidamente compartilhada e registrada de forma a que fosse preservada para as futuras gerações, culminando na perda deste valoroso conhecimento (GOUCH, 2000; PICKRELL, 2004; BATISTA, 2005). Outros exemplos similares podem ser encontrados na Literatura, como o caso da National Aeronautics and Space Administration (Nasa), cujos altos investimentos e anos de trabalho culminaram na ida da Apollo 11 à lua em 1969. Outras missões provaram que a Nasa realmente tinha expertise para isso, mas a empresa ficou décadas sem voltar lá. Temos que considerar que a empresa pode ter priorizado outras oportunidades de negócios, mas o fato é que quando a Nasa tentou retomar o projeto percebeu que o conhecimento aprendido naquela época não estava mais na empresa. Motivados por um plano de incentivo, muitos dos seus antigos profissionais se aposentaram, levando com eles anos de experiência acumulada na construção do foguete Saturn, que fez com que a Apollo chegasse ao solo lunar (DELONG, 2004; CRESTANA, [2014?]). Os casos supracitados são lições aprendidas para se entender o quanto o risco da perda do conhecimento é latente, podendo, sem dúvida, gerar impactos negativos para o desempenho de uma empresa, mostrando que a gestão adequada dos ativos intangíveis é uma estratégia acertada e necessária para a sustentabilidade das organizações. Isso porque ela permite que as organizações alcancem vantagem competitiva de forma sustentável. Conforme explicam Davenport e Prusak (1998) este fato vem como consequência da visualização de um quadro amplo da organização que permite explicitar o que ela coletivamente sabe, bem como da eficiência com que usa o que sabe para adquirir, utilizar e disseminar os novos conhecimentos, alcançando, com isso, benefícios. A inter-relação entre gestão do conhecimento e sustentabilidade e a contribuindo daquela para o crescimento das organizações de forma sustentável, foi apontada por Mello (2010). Como também apontam Teece (1998) e Wiig (1997): a sustentabilidade de uma organização está relacionada à forma como são gerenciados seus ativos de conhecimento, assim como à capacidade dos processos de gestão do conhecimento em acumular, articular, codificar e utilizar o conhecimento para criar valor e alavancar a sustentabilidade de uma organização. Junges e outros (2010) também evidenciaram que a GC tem influência positiva na sustentabilidade e no desenvolvimento da organização e que a articulação de seus processos deve considerar o desenvolvimento de quatro dimensões: tecnologia, cultura,estrutura e pessoas, e que ações relacionadas a cada um dessas dimensões devem ser desenvolvidas, assim como o estabelecimento de indicadores que sejam capazes de acompanhar o desenvolvimento destas ações. Varios outros autores assinalam que uma boa gestão do conhecimento constitui um diferencial competitivo sustentável para as empresas, pois estabelece uma melhor integração entre as várias atividades exercidas, o que se reflete tanto em agilidade para atender às demandas do mercado quanto em ganho de escala, além de inovação e aprimoramento contínuo, destacando-se como principais motivadores e ganhos: redução de custos e tempo para produção e desenvolvimento de produtos; rápida comercialização de novos produtos; maximização dos ativos intelectuais; melhoria dos processos internos e maior fluidez nas operações; melhor gestão de efetivo; desenvolvimento de pessoas; aprendizagem organizacional; retenção de talentos; processos de tomada de decisões mais eficientes e melhores resultados; melhoria na coordenação de esforços entre unidades de negócios, na qualidade e na agilidade da prestação de serviços ao cliente (BARCLAY e MURRAY, 1997; SVEIBY, 1998; SKYRME, 1998; NASSERI, 1998; DAVENPORT e PRUSAK, 1998; DRUKER, 1999; CAVALCANTI e GOMES, 2000; BOFF, 2001; LOPES, 2002; RODRIGUEZ, 2002; SILVA, 2002; MELO, 2003; HART e MILSTEIN, 2004; SANTIAGO JR., 2004; VALENZUELA e OUTROS, 2008; CASTILLO e CAZARINI, 2009; RAZAL, 2011. Acrescenta Carvalho (2013), que a gestão do conhecimento é um importante elemento integrador no que tange à sustentabilidade das organizações, não só pelos aspectos citados, mas por possibilitar a manutenção de uma relação mais transparente com seus diversos públicos, o que influi positivamente na sua imagem, identidade e reputação, e, consequentemente, na valorização das suas ações. A gestão do conhecimento fomenta, estimula e cria a base necessária para que as empresas tenham componentes internos e externos sendo tratados ao longo do processo gestão empresarial, de forma que seja absorvido em sua cultura organizacional. Assim, afeta não só as suas relações de reputação e credibilidade, mas invariavelmente sua relação com as partes interessadas e os diversos públicos de relacionamento (CARVALHO, 2010, p.78). Vemos, então, que a gestão do conhecimento atua tanto no ambiente interno quanto externo e considera o conhecimento interno e externo à organização, uma vez que permite mapear redes de especialistas, identificar saberes e oportunidades estratégicos para a construção de novas ideias, a inovação, o seu crescimento sustentável. Com base nos conceitos e definições estudados e corroborando com a visão dos autores acima referenciados, considera-se que a gestão do conhecimento pode atuar como impulsionadora para o desenvolvimento das organizações e para que estas possam estabelecer a sustentabilidade de seus negócios. CONCLUSÃO Nesse estudo, observa-se a existência de um novo paradigma, reforçado pelas tendências do mundo de hoje, que vem provocando mudanças profundas na maneira de pensar e agir das organizações. As discussões sobre o tema gestão do conhecimento vêm atraindo a atenção tanto da academia quanto das empresas, podendo-se observar nas bases de pesquisa uma variedade de estudos e que as empresas vêm investindo cada vez mais na sua adoção. Assim, no cenário competitivo, em que os consumidores se apresentam cada vez mais críticos e exigentes, gerir conhecimentos parece não se tratar mais de uma escolha, e sim uma necessidade. Mas para que a gestão do conhecimento possa cumprir seu papel com eficácia, vários desafios necessitam ser superados. É imperativo que haja gestores dispostos a liderar um processo de transformação e inovação em suas empresas, promovendo mudanças nas estruturas e na cultura das organizações e em sua lógica de funcionamento, visando tornarem-se mais flexíveis, horizontais e humanizadas, a fim de favorecerem uma cultura de construção coletiva, trocas, melhorias constantes e inovações. Além disso, para que possa produzir efeitos práticos, as iniciativas de gestão do conhecimento devem estar alinhadas ao planejamento estratégico da empresa, articulada com outros processos da organização, e que haja envolvimento de todos os colaboradores nos diversos níveis organizacionais. Dessa forma, poderá contribuir para o crescimento e a sustentação da empresa ao longo do tempo, gerando resultados para a empresa e benefícios para os investidores, colaboradores, clientes, fornecedores e para a sociedade como um todo. Evidenciou-se, a partir da análise da literatura técnica, a importância da gestão do conhecimento para a sustentabilidade das organizações, podendo estas obter com esta uma série de vantagens, tanto no ambiente interno quanto externo, tais como: aumento da capacidade de inovar da empresa e de sua capacidade de aprender rápido, reagindo favoravelmente às mudanças e antecipando-se em relação à concorrência; redução dos riscos, de custos, de tempo de produção e de retrabalhos, maximização dos ativos intelectuais; integração dos processos internos, proporcionando maior fluidez e mais agilidade nas operações; retenção de talentos; aumento da satisfação e produtividade do trabalhador; tomada de decisões mais eficientes; melhores resultados; melhoria na coordenação de esforços entre unidades de negócios; mais agilidade e qualidade nos serviços prestados aos clientes, mais transparência para com seus públicos, propiciando ganhos na imagem, identidade e consequente, no valor de suas ações. Assim, constata-se que a empresa que investe em gestão do conhecimento está mais propicia a fazer a diferença, obtendo vantagem competitiva sustentável. Quanto à forma de fazer a gestão do conhecimento, ainda há um campo fértil a ser explorado. Na literatura disponível sobre o assunto não se encontra uma receita ou fórmula ideal. Há diversos modelos e práticas disponíveis, que são adotados conforme a especificidade de cada empresa, uma vez que cada qual possui uma cultura e um modo próprio de agir e trabalhar com o conhecimento. Assim assinala-se a existência de oportunidades para o estabelecimento de parcerias entre a academia e as organizações, a fim de construir formas e meios de realizar a gestão do conhecimento de forma mais eficaz e promover a sustentabilidade institucional. REFERÊNCIAS ALVARENGA NETO, R. C. D. Gestão do conhecimento em organizações: proposta de mapeamento conceitual integrativo. 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