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Apg 13- Membros Inferiores Objetivos: 1- Compreender a anatomia dos ossos, músculos e articulações dos membros inferiores; 2- Entender a histologia do tecido cartilaginoso Ossos - Membros inferiores Função: sustentação do peso do corpo (ereto), suportam forças quando saltamos ou corremos. Ossos robustos e mais fortes. Os três segmentos do membro inferior são coxa, perna e pé. Coxa: Único osso é o fêmur. É o maior, mais longo e mais forte osso do corpo. O fêmur posiciona -se cada vez mais medialmente, à medida que inclina -se em direção ao joelho o que coloca as articulações do joelho mais próximas ao centro de gravidade do corpo na linha mediana, proporcionando assim um melhor equilíbrio. Esse trajeto do fêmur, de lateral para medial, é mais pronunciado nas mulheres por causa de sua pelve mais larga. Assim, há um ângulo grande na articulação entre o fêmur e a tíbia (um dos ossos da perna), que é vertical. Colo é facilmente fraturado. Patela: A patela (“frigideira pequena”) é um osso sesamoide triangular que mantém o tendão dos músculos do quadríceps femoral anteriormente à tíbia. Ela protege a articulação do joelho anteriormente e melhora a alavancagem do músculo quadríceps, ao agir no joelho. Perna Parte do membro inferior entre o joelho e o tornozelo. Dois ossos paralelos, a tíbia e a fíbula, formam o esqueleto da perna. A tíbia, localizada medialmente, é mais maciça do que a fíbula e articulam entre si, tanto superior como inferiormente. As articulações tibiofibulares não permitem quase nenhum movimento. Uma membrana interóssea conecta a tíbia e a fíbula ao longo de todo o seu comprimento. A tíbia articula-se com o fêmur para formar a articulação do joelho e com o osso tálus do pé (tarso) na articulação do tornozelo. A fíbula não contribui para a articulação do joelho e somente ajuda a estabilizar a articulação do tornozelo. Tíbia A tíbia (“canela”) recebe o peso do corpo a partir do fêmur e o transmite para o pé. É o segundo maior osso (depois do fêmur) em tamanho e resistência. Fíbula A fíbula, localizada lateralmente à tíbia, é um osso delgado e longo com duas extremidades expandidas. Pé O esqueleto do pé compreende os ossos tarsais, os ossos metatarsais e as falanges, ou ossos do dedo do pé. O pé tem duas funções importantes: ele suporta o peso do corpo e atua como uma alavanca para impulsionar o corpo para a frente durante uma caminhada ou corrida. Um único osso poderia servir a ambos os propósitos, mas teria um desempenho pobre em um terreno irregular. Sua estrutura multicomponente torna o pé flexível, evitando esse problema. Tarso - corresponde à metade posterior do pé e contém em seu conjunto sete ossos chamados tarsais. Os ossos tarsais são sete e formam a parte proximal do pé; o tálus articula -se com os ossos da perna na articulação do tornozelo; o calcâneo, o maior desses ossos, forma o calcanhar. Metatarso do pé - corresponde ao metacarpo da mão, consiste de cinco ossos pequenos e alongados chamados metatarsais, em seu conjunto, que são numerados de I a V começando do lado medial do pé. Falanges dos dedos dos pés - As 14 falanges dos dedos dos pés são menores do que aquelas dos dedos das mãos e, por isso, são menos hábeis. Existem três falanges em cada dedo, exceto para o I dedo (o hálux), que tem apenas duas falanges. Assim como na mão, esses ossos são nomeados falanges proximal, média e distal. Arcos do pé Uma estrutura composta de múltiplos componentes só pode suportar peso se for arqueada. O pé tem três arcos: arco longitudinal medial, arco longitudinal lateral e arco transverso. Esses arcos são mantidos pelo formato de intertravamento dos ossos do pé, por ligamentos fortes e pela tração de alguns tendões durante a atividade muscular (os ligamentos e tendões também proporcionam resiliência). Como resultado, os arcos “cedem” quando é aplicado peso sobre o pé, depois retornam a sua posição original quando o peso é removido. Se você examinar suas pegadas em areia molhada, vai ver que a margem medial do pé, do calcanhar à ponta distal do primeiro metatarso, não deixa impressão. Isso acontece porque o arco longitudinal medial faz a curva bem acima do chão. O tálus, perto da articulação talonavicular, é a “pedra -chave” desse arco, que se origina no calcâneo, sobe até o tálus e depois desce aos três metatarsais mais mediais . O arco longitudinal lateral é muito baixo, pois eleva a margem lateral do pé apenas o suficiente para redistribuir parte do peso do corpo para o calcâneo e parte para a cabeça do quinto metatarsal (isto é, para as duas extremidades do arco). O osso cuboide é a pedra -chave desse arco lateral. Os dois arcos longitudinais servem como pilares para o arco transverso, que corre obliquamente de um lado ao outro do pé, seguindo a linha das articulações tarsome-tatarsais. Juntos, os três arcos formam uma meia cúpula, que distribui para os ossos do calcanhar aproximadamente metade do peso de uma pessoa, em pé e caminhando, e a outra metade para as cabeças dos metatarsais. Como mencionado anteriormente, vários tendões correm abaixo dos ossos do pé e ajudam a apoiar os arcos do pé. Os músculos associados a esses tendões são menos ativos quando a pessoa está em pé do que caminhando. Portanto, pessoas que ficam o dia todo em pé em seu trabalho podem desenvolver arcos caídos, ou “pés chatos”. Correr em superfícies duras também pode causar esse efeito de arcos caídos, a menos que a pessoa use sapatos que deem sustentação adequada aos arcos. Articulações Articulação do quadril: Articulação do Joelho: Articulação do tornozelo Músculos: Tecido Cartilaginoso: A cartilagem é um tipo de tecido conjuntivo composto de células denominadas condrócitos e de matriz extracelular altamente especializada. A cartilagem é um tecido avascular formado por condrócitos e por matriz extracelular abundante. Mais de 95% do volume da cartilagem consiste em matriz extracelular, que constitui o elemento funcional desse tecido. Embora sejam esparsos, os condrócitos atuam como participantes essenciais na produção e na manutenção da matriz. A matriz extracelular da cartilagem é sólida e firme, mas também ligeiramente maleável, o que explica a sua elasticidade. Como não existe nenhuma rede vascular na cartilagem, a composição da matriz extracelular é de importância crucial para a sobrevivência dos condróctios. A elevada razão entre glicosaminoglicanos (GAG) e as fibras colágenas do tipo II na matriz cartilaginosa possibilita a difusão de substâncias entre os vasos sanguíneos do tecido conjuntivo circundante e os condrócitos dispersos dentro da matriz cartilaginosa, mantendo, dessa maneira, a viabilidade do tecido. São observadas interações estreitas de duas classes de moléculas estruturais que apresentam características biofísicas contrastantes: a trama de fibrilas colágenas resistentes à tensão e a grande quantidade de agregados de proteoglicanos altamente hidratados. Estes últimos, extremamente sensíveis às forças de cisalhamento, tornam a cartilagem bem adaptada para a sustentação de peso, particularmente nos pontos de movimento, como as articulações sinoviais. Tipos de cartilagem: