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SUMÁRIO 2ª E T A P A HABILIDADES/ESTAÇÕES CLÍNICAS........................................................................03 Objetivos e estratégias educacionais Expandir a compreensão, organizar informações e propor cuidados Objetivos específicos Cognitivas Psicomotoras Atitudinais Avaliações Cronograma EC/HM Habilidades médicas - estações clínicas Simulação - estações clínicas PRÁTICAS MÉDICAS NO SUS...................................................................................19 SITUAÇÕES PROBLEMAS E ROTEIROS.....................................................................24 Complexo temático I – funções biológicas............................................................................25 Árvore temática 01 Agenda para tbl Complexo temático II – mecanismos de agressão e defesa..............................................81 Árvore temática 02 Agenda para tbl Complexo temático III – integração processos fisiológicos e ambiente......................128 Árvore temática 03 Agenda para tbl 3 HABILIDADES/ ESTAÇÕES CLÍNICAS 2ª E T A P A 4 OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS HABILIDADES/ESTAÇÕES CLÍNICAS 5 As atividades de Estações Clínicas (EC) fazem parte da unidade curricu- lar Habilidades Médicas (HM), junto com Saúde Baseada em Evidências (SBE), da 1ª a 8ª etapa, divididas nos dois primeiros ciclos e abordam os elementos de comunicação em consulta, exame físico, raciocínio clínico e relacionamento médico+paciente, através de oficinas práti- cas, sala de aula invertida, simulações com pacientes padronizados, discussões em pequenos grupos (sínteses provisórias e novas sínte- ses). As ECs trabalham as competências cognitivas (compreender os ele- mentos da consulta e como utilizá-los na proposta de cuidado), psi- comotoras (realizar os exames físicos apropriados) e atitudinais (reco- nhecer a pessoa entrevistada, valorar o que lhe foi dito e compor estes valores na experiência terapêutica). Neste momento em que os estudantes estão se sentindo mais acostu- mados com a atividade curricular, os desafios serão ampliados, inclu- sive com o primeiro aprendizado sobre ações em situações de emer- gência. Agora, os estudantes acompanharão a mesma personagem nos dois módulos, todos idosos (cerca de 60-65 anos) afetados por doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão, diabetes, doença obstrutiva crônica) já diagnosticados previamente, mas com adesão precária aos cuidados, relação frágil com o serviço de saúde, e problemas de cunho psicossocial (solidão e luto mal resolvido) além de consumo de tabaco ou álcool. Objetivos e Estratégias Educacionais EXPANDIR A COMPREENSÃO, ORGANIZAR INFORMAÇÕES E PROPOR CUIDADOS 6 Estas situações permitirão diálogo não só com PMSUS e NCS, mas tam- bém com as antropologia. Nestes dois módulos, os estudantes entra- rão em contato com as formas de estruturar uma história clínica (con- vencional e centrada na pessoa), com os exames qualitativos gerais, de linfonodos, oroscopia e exames cardiopulmonares. Eles iniciarão com as pessoas sem alterações perceptíveis, para treina- rem sua percepção dos estados normais e conseguirem comparar com os estados alterados nos cenários de prática em PMSUS. Por fim, ao final do segundo módulo, realizamos a oficina de Reanima- ção Cardiopulmonar (RCP) e desobstrução de vias aéreas por corpos estranhos, com uso de manequins de simulação realística. Esta oficina se propõe a ser o primeiro contato dos estudantes com situações de emergências e não se encerra nesta etapa, sendo repetida e aprimo- rada nos quatro anos e, por isso, não tem como finalidade formar so- corristas. As habilidades relacionadas à RCP serão avaliadas apenas a partir da sétima etapa. 7 COMPETÊNCIAS ESPERADAS Ao final desta etapa, espera-se que os estudantes sejam capazes de demonstrar as seguintes competências, descritas aqui através da ta- xonomia de Bloom. COGNITIVAS 1. Aplicar de forma mais segura o Método Clínico Centrado na Pessoa, sendo capaz de reconhecer os elementos do SIFE (Sentimentos, Ideias, Funcionamento e Expectativa). 2. Registrar esses dados no formato de história clínica, seja no modelo tradicional, seja no modelo SOAP, que permita discutir os elementos da entrevista em pequeno grupo. 3. Identificar a maioria dos problemas da pessoa entrevistada, e trazer ofertas – ainda que pouco complexas – de cuidados relacionados. Objetivos Específicos PSICOMOTORAS 1. Realizar a aferição de peso, altura e circunferência abdominal em uma pessoa adulta. 2. Calcular o Índice de Massa Corpórea (IMC), a partir dos dados ante- riores. 3. Aferir a pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura, mesmo que de forma mecanizada. 8 4. Aplicar alguma escala de dor para pessoas que tragam essa queixa. 5. Realizar o exame físico quantitativo, mesmo com dificuldade, com base nos elementos trabalhados na oficina prática. 6. Realizar exame de linfonodos, mesmo com dificuldade. 7. Realizar exame de orocospia, mesmo com dificuldade. 8. Realizar exame cardíaco, mesmo com dificuldade. 9. Realizar exame pulmonar, mesmo com dificuldade. 10. Ao final, consegue explicar à pessoa o significado desses achados. ATITUDINAIS 1. Reconhecer a pessoa entrevistada, iniciar e manter um diálogo com a mesma. 2. Acolher as informações obtidas sem juízo de valor. 3. Demonstrar respeitar o sigilo da entrevista. 4. Ser capaz de explicar, depois da entrevista, quem foi essa pessoa, sua vida e seus problemas. 9 AVALIAÇÕES HABILIDADES/ESTAÇÕES CLÍNICAS 10 Avaliações A avaliação durante o curso é critério-referenciada, somativa e for- mativa. Como principal momento formativo, temos a observação e o feedback durante as simulações práticas, que é realizado com o uso do instrumento MINI-CEX (Quadro 1), aqui apresentado. Essa avalia- ção é feita com base na observação do desempenho do estudante du- rante as simulações, dialogando com as competências esperadas para a série (Quadro 2). Na segunda etapa, as competências em destaque são relacionadas a esfera atitudinal, comunicação, estabelecimento de vínculos e interesse genuíno pela pessoa entrevistada: conhecer a história de vida e reconhecer necessidades de saúde nos campos bio- lógico, psíquico e social em diferentes indivíduos, em diferentes fases do ciclo da vida, com e sem doenças crônicas. Fazem parte da ava- liação formativa os encontros de portfólio, que ocorrem pelo menos duas vezes por semestre, e sempre que aluno e/ou facilitador sentirem necessidade. Os critérios e termos de referência para o portfólio são institucionais e apresentados no Caderno do Curso. 11 MINI-CEX INSATISFATÓRIO SATISFATÓRIO EXCELENTE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Anamnese Usa efetivamente questões apropriadas para obter informações adequadas e acuradas. Obtém informações fluentemente. Consulta bem estruturada. Explora ideias, preocupações e expectativas do paciente. Habilidades de comunicação Estabelece vínculo. Responde apropriadamente a informações verbais e não verbais. Escuta e explora a perspectiva do paciente. Comunicação clara e efetiva (olha, escuta, interage). Exame Clínico Realiza o exame físico de forma eficiente e em uma sequência lógica. Identifica os sinais clínicos corretamente. Utiliza instrumentos diagnósticos de forma adequada. Demonstra sensibilidade às necessidades do paciente. Lava as mãos e utiliza medidas de Precauções Básicas. Raciocínio cínico Procura informação relevante e específica para constru- ção do diagnóstico diferencial. Gera hipóteses diagnósticas apropriadas ou identifica o problema. Procura por sinais físicos específicos que auxiliam na confirmação ou não da hipótese diagnóstica aventada. Explica as razões do pedido de exames e dos tratamentos e considera o risco e benefício das ações diagnósticas. Profissionalismo e qualidades humanísticas Demonstra respeito e empatia. Estabelece uma relação de confiança, buscando atender as necessidades do paciente (conforto, confidencialidade,etc). Orientações e Plano terapêutico (Habilidades de aconselhar paciente) Obtém consentimento do paciente, quando necessário para realizar exames ou procedimentos. Educa o paciente e orienta-se sobre medidas preventi- vas, promoção à saúde e plano terapêutico sempre que indicado. Explica sobre a história natural da doença e prognóstico quando indicado. Interpreta os resultados da investigação clínica e produz uma síntese coerente com a história e exame físico. Demonstra uma abordagem bem organizada para obter e oferecer informações Utiliza bem o tempo. Organização e priorização das ações durante o atendi- mento. Demonstra eficiência durante o atendimento. Avaliação Geral da Competência Clínica Considere o atendimento observado como um todo e faça sua avaliação. Aqui o que desejamos é o conceito global sobre o desempenho do estudante. Quadro 1 - Mini-Cex, instrumento adaptado e utilizado nas atividades de Estações Clínicas. 12 Área de competência: Atenção à Saúde – cuidado às necessidades de saúde individuais Atenção médica à saúde das pessoas Id en ti fi ca n ec es si da de s in di vi du ai s de s aú de Realiza história clínica Estabelece uma relação profissional ética no contato com pacientes, familiares e/ ou responsáveis. Orienta o atendimento às necessidades de saúde do paciente. Usa linguagem compreensível ao paciente, estimulando seu relato espontâneo e cuidando de sua privacidade e conforto. Favorece a construção de vínculo, va- lorizando as preocupações, expectativas, crenças e os valores relacionados aos problemas trazidos pelo paciente e responsáveis. Identifica motivos e/ou quei- xas, evitando a explicitação de julgamentos, e considera o contexto de vida e os elementos biológicos, psicológicos e socioeconômico-culturais relacionados ao processo saúde-doença. Investiga sintomas e sinais, repercussões da situação, hábitos, fatores de risco, condições de vulnerabilidade, condições correlatas e antecedentes pessoais e familiares. Realiza exame clínico Esclarece os procedimentos do exame clínico e obtém consentimento do paciente ou responsável. Cuida da biossegurança, privacidade e conforto do paciente, ao máximo possível. Mostra postura ética e técnica adequada na execução de dados antropométricos de adultos e crianças e sinais vitais, exame clínico geral qualitativo e quantitativo. Como exame clínico especí- fico, realiza exame dos linfonodos periféricos, exame cervical, oroscopia e otoscopia. Formula e prioriza problemas Formula e prioriza os problemas do paciente, considerando os contextos pessoal, familiar, do trabalho, epidemiológico, ambiental e outros pertinen- tes. Informa e explica os problemas percebidos de forma ética e humanizada, considerando dúvidas e questionamentos do paciente, familiares e respon- sáveis. Co ns tr ói e a va li a pl an os d e cu id ad os Elabora planos de cuidados Pactua as ações de cuidado com outros profissionais. Elabora planos tera- pêuticos de modo contextualizado, contemplando as dimensões de autocui- dado das pessoas e a promoção e prevenção de doenças ou agravos. Busca a adesão dos pacientes aos planos de melhoria da saúde. Acompanha e avalia planos de cuidados Explica e orienta os procedimentos do plano de cuidados, verificando a compreensão do paciente ou responsáveis. Registra informações e o acom- panhamento do plano no prontuário, buscando torná-lo um instrumento orientado ao cuidado integral do paciente. Área de competência: Gestão do trabalho em saúde Organiza o trabalho em saúde Mostra abertura para ouvir opiniões diferentes da sua e respeita a diver- sidade de valores, de papéis e de responsabilidades no cuidado à saúde. Trabalha de modo colaborativo com equipes de saúde, respeitando nor- mas institucionais dos ambientes de trabalho e agindo com compromisso ético-profissional. Promove a integralidade da atenção à saúde individual e coletiva, considerando a articulação de ações, profissionais e serviços. Avalia o trabalho em saúde Faz e recebe críticas de modo respeitoso. Estimula o compromisso com a transformação das práticas, no sentido da defesa da cidadania e do direito à saúde. Área de competência: Educação na saúde Identifica necessidades de aprendizagem Identifica necessidades de aprendizagem próprias, dos pacientes/responsá- veis, dos cuidadores, familiares, da equipe multiprofissional de trabalho, de grupos sociais e/ou da comunidade, a partir de uma situação significativa e respeitando o conhecimento prévio e o contexto sociocultural de cada um. Promove a construção e socialização de conhecimento Orienta e compartilha conhecimentos com pacientes/responsáveis, familia- res, grupos e outros profissionais, respeitando o desejo e o interesse desses, no sentido de construir novos significados para o cuidado à saúde. Quadro 2 - Competências a serem desenvolvidas na 2ª etapa 13 1. Como têm sido a construção de capacidades do(a) estudante nas atividades de simulação da prática médica? Justifique. 2. Como têm sido a construção de capacidades do(a) estudante relacionadas ao processo de aprender nas atividades de reflexão e teorização sobre as simulações da prática médica? Justi- fique. 3. Como tem sido o cumprimento dos pactos de trabalho? Justifique. 4. Como tem sido a construção do e-portfólio e sua evolução? Justifique. 5. Recomendações dirigidas ao estudante. 6. Conceito (avaliação somativa ou formativa: Satisfatório/Precisa Melhorar/ Insatisfatório. 7. Comentários do estudante. Quadro 3 - Avaliação do Processo de Aprendizagem – APA 14 1. Como têm sido a construção de capacidades do(a) estudante nas atividades de simu- lação da prática médica? Justifique. A) Aspectos Atitudinais Satisfatório de excelência Satisfatório padrão Satisfatório limítrofe Precisa melhorar Ação com empatia, aco- lhimento e cordialidade. Comunicação efetiva com o paciente. Informa suas ações e impressões. Pactua ações de cuidado de manei- ra adequada. Ação com empatia, aco- lhimento e cordialidade. Comunicação efetiva com o paciente. Não informa todas as ações e impres- sões. Pactuação de ações de cuidado poderia ser mais efetiva. Ação na maioria das vezes com empatia, acolhimento e cordialidade. Comunica- ção parcialmente efeti- va com o paciente. Não informa todas as ações e impressões. Pactuação de ações de cuidado poderia ser mais efetiva. Ação com pouca empatia, acolhimento e cordialida- de. Comunicação defi- ciente. Não explicita suas ações ou impressões. Pactuação deficiente das ações de cuidado. B) Aspectos Cognitivos Satisfatório de excelência Satisfatório padrão Satisfatório limítrofe Precisa melhorar Realiza anamnese completa, proporcional ao período em que se encontra; identifica necessidades nos âmbitos biológico, social e psíqui- co, formulando plano de cuidados viável e que seja abrangente às necessidades identificadas. Demonstra raciocínio clínico compatí- vel com período em que se encontra, tendo incorporado os temas de novas sínteses e simulações anteriores em suas orientações Realiza anamnese comple- ta, proporcional ao período em que se encontra; iden- tifica necessidades nos âmbitos biológico, social e psíquico, formulando plano de cuidados viável e que seja abrangente às ne- cessidades identificadas. Demonstra dificuldades em concluir o raciocínio clínico compatível com período em que se encon- tra. Não incorpora todos os temas de novas sínteses e simulações anteriores em suas orientações. Realiza anamnese comple- ta, proporcional ao período em que se encontra; iden- tifica necessidades nos âmbitos biológico, social e psíquico, formulando pla- no de cuidados viavel mas que não abrange todas as necessidades identifica- das. Demonstra dificulda- des em concluir o raciocí- nio clínico compatível com período em que se encon- tra. Não incorpora todos os temas de novas sínteses e simulações anteriores em suas orientações. Realiza anamnese incom- pleta; deixa de identifi-car as necessidades nos âmbitos biológico, social e psíquico, ou formula plano de cuidados que não é viável ou que não seja abrangente às ne- cessidades identificadas. Grandes dificuldades na associação de informa- ções para construção do raciocínio clínico. Não agrega temas das oficinas e discussões prévias em suas práticas. C) Aspectos Psicomotores Satisfatório de excelência Satisfatório padrão Satisfatório limítrofe Precisa melhorar Realiza exame clínico de forma completa e correta, proporcional ao período em que se encontra. Realiza todas as etapas que foram discutidas durante o ano de maneira correta Realiza exame clínico com lacunas não significativas, proporcional ao perío- do em que se encontra. Agrega parcialmente as informações das oficinas em suas práticas. Realiza exame clínico com lacunas não significativas, proporcional ao perío- do em que se encontra. Agrega parcialmente as informações das oficinas em suas práticas. Realiza exame clínico com lacunas significati- vas. Quadro 3.1 - Rubricas para Avaliação APA 1515 2. Como têm sido a construção de capacidades do(a) estudante relacionadas ao proces- so de aprender nas atividades de reflexão e teorização sobre as simulações da prática médica? Justifique A) Capacidade de extrapolação das informações Satisfatório de excelência Satisfatório Padrão Satisfatório limítrofe Precisa melhorar Extrapola situação viven- ciada e faz relações com outras vivências e saberes. Utiliza conhecimentos de outras discussões e oficinas com segurança. Nas atividades de refle- xão, demonstra raciocínio coerente e com base em conhecimentos de fisiopa- tologia adequado para o semestre. Tem dificuldade em extra- polar situação vivenciada e estabelecer relações com outras vivências e saberes. Utiliza conhecimentos de outras discussões e oficinas. Nas atividades de reflexão, demonstra raciocínio coerente e com base em conhecimentos de fisiopatologia adequa- do para o semestre. Tem dificuldade em extra- polar situação vivenciada estabelecer relações com outras vivências e sabe- res algumas vezes. Utiliza conhecimentos de outras discussões e oficinas na maior parte dos encontros. Nas atividades de refle- xão, demonstra raciocínio coerente e com base em conhecimentos de fisiopa- tologia adequado para o semestre. Não extrapola situação vivenciada e tem muita dificuldade em estabele- cer relações com outras vivências e saberes. Nas atividades de reflexão, não demonstra raciocínio coerente e com base em conhecimentos de fisiopa- tologia adequado para o semestre. B) Buscas na literatura Satisfatório de excelência Satisfatório Padrão Satisfatório limítrofe Precisa melhorar Realiza buscas apropria- das, em fontes adequadas e com base em evidências e as apresenta de forma sintética, reflexiva e con- textualizada. Realiza buscas apropria- das, com base em fontes adequadas e evidências e as apresenta de forma pouco reflexiva e pouco contextualizada. Realiza buscas apropria- das, com base em fontes adequadas e evidências, mas as apresenta de forma pouco reflexiva e pouco contextualizada, por exem- plo, lê as buscas trazidas, sem movimento de síntese ou de diálogo com as falas dos demais colegas Não realiza buscas adequa- das: fontes não confiáveis, sem base em evidências, não faz reflexão do mate- rial apresentado, descon- textualiza o tema. 1616 3. Como tem sido o cumprimento dos pactos de trabalho? Justifique. A) Assiduidade Satisfatório de excelência Satisfatório padrão Satisfatório limítrofe Precisa melhorar Teve presença em todas as atividades do período. Teve faltas justificadas no período e compareceu a todas as simulações suas e do colega como obser- vador. Teve faltas injustificadas no período, mas compare- ceu às simulações suas e do colega como observa- dor. Teve faltas injustifica- das no período, que comprometeram as atividades em grupo e o desenvolvimento pessoal. Exemplos: falta a uma das simu- lações no ciclo (seja como entrevistador ou como observador). Serão considerados insatisfatórios, tam- bém, aqueles alunos que, no semestre, não concluíram nenhum ciclo completo de si- mulação-observação- -presença na síntese provisória e na nova síntese. B) Participação e desempenho nas atividades de grupo Satisfatório de excelência Satisfatório padrão Satisfatório limítrofe Precisa melhorar Participa de maneira colabo- rativa em todas as etapas de reflexão e teorização, auxilian- do os colegas em seus desafios, realiza escuta ativa e acolhe- dora. Traz buscas de fontes diversificadas e as compartilha com clareza. Participa de maneira colaborativa em todas as etapas de reflexão e teorização, mas não auxilia os colegas em seus desa- fios ou tem problemas em realizar escuta ou fazer circular a palavra. Traz buscas de fontes diversi- ficadas e as compartilha com clareza. Participa de maneira colaborativa em todas as etapas de reflexão e teo- rização, mas suas buscas poderiam ser mais comple- tas para algumas questões. Não participa de maneira colaborativa, seja por não se colocar ou por querer dominar a palavra. Não com- partilha buscas que enriqueçam o grupo. C) Desempenho individual Satisfatório de excelência Satisfatório padrão Satisfatório limítrofe Precisa melhorar Faz autorreflexão coerente e crítica, procurando desloca- mento no sentido de suprir suas dificuldades e procuran- do melhorar seu processo de aprendizagem. Faz críticas construtivas sobre o trabalho em grupo e acolhe as dificulda- des dos demais integrantes do grupo. Tem clareza de suas forta- lezas e dificuldades, pro- cura realizar críticas para o fortalecimento do grupo. Apresenta necessidade de melhoria em relação à comunicação com o grupo, liderança, objetividade. Contribui pouco para o crescimento cole- tivo, necessidade de melhoria em relação a comunicação, lideran- ça e objetividade. ESTAÇÃO TEMA DATA (a ser definida pela coordenação) 1 Introdução do semestre, cronograma, conteúdos e avaliações 1 Reunir as novas turmas 2 Exame físico geral, oroscopia, pulsos e linfonodos 3 1ª simulação 4 2ª simulação 5 3ª simulação 6 Atenção ao idoso 7 Atenção ao idoso 8 APA meio semestre 8 Reteste 9 Ausculta cardio respiratória básica 10 4ª simulação 11 5ª simulação 12 6ª simulação 13 Atenção ao idoso 14 Atenção ao idoso 15 Suporte Básico de Vida Cronograma EC/HM 16 Avaliação prática 17 Avaliação prática 18 APA de final de semestre 19 PRÁTICAS MÉDICAS NO SUS 2ªE T A P A 20 PMSUS O QUE É E COMO FUNCIONA A Unidade Curricular de Prática Médica no SUS – PMS visa promover o desenvolvimento de capacidades nas três áreas de competência do perfil, com uma abordagem crescente e orientada à terminalidade em relação ao perfil de competência, em cenários reais do trabalho em saúde, no contexto do SUS. Nesses cenários, o erro deve ser evitado em função de potenciais riscos ou danos às pessoas. Assim, a vivên- cia dos estudantes é acompanhada por docentes da USCS Bela Vista e apoiada por preceptores e pela equipe de saúde do serviço no qual os estudantes são inseridos. Conteúdos curriculares (i) necessidades de saúde biológicas, subjetivas e sociais de pa- cientes reais atendidos nas unidades de saúde da prática (saúde da família e comunidade); aplicação de critérios para identifica- ção de necessidades de saúde de pessoas atendidas: nutrição, respiração, proteção/ segurança, autonomia, interação social, auto percepção, perfil de saúde-doença, atenção à saúde; desen- volvimento da racionalidade científica e do raciocínio epidemio- lógico; compromisso social com a cidadania e com a saúde coleti- va no contexto da unidade de saúde da prática; (ii) história de vida, história clínica e exame físico (semiologia médica) de pessoas atendidas e vinculadas à unidade de saúde de prática; (iii) planos de cuidado individuais e coletivos, segundo necessi- dades identificadas, com foco na promoção da saúdee preven- INTENCIONALIDADE EDUCACIONAL 21 ção de doenças de pessoas atendidas na unidade de saúde de prática; aplicação de critérios para a elaboração dos planos de cuidado: singularização; contextualização; evidência científica; negociação e pactuação; monitoramento e avaliação; (iv) atenção à saúde na unidade de saúde de prática – macro- gestão: Sistema Único de Saúde e o modelo de atenção à saúde, desenvolvido na unidade de saúde da prática; estratégia saúde da família e comunidade - política nacional e organização dessa atenção na unidade de prática; territorialização e distritos sani- tários; modelo de gestão da atenção à saúde, desenvolvido na unidade de saúde da prática; atenção primária e atenção integral à saúde; rede escola de atenção à saúde; pensamento estratégico situacional; (v) atenção à saúde na unidade de saúde de prática – micro ges- tão: trabalho da equipe de saúde da família: trabalho multipro- fissional e relações de estudantes e docentes com a equipe de saúde da unidade de prática; identificação de obstáculos e opor- tunidades de melhoria no trabalho em saúde na ESF na unidade de saúde de prática; reuniões de equipe; apoio matricial; educa- ção permanente; (vi) estudos epidemiológicos: caracterização das dez famílias acompanhadas pelos estudantes; distribuição de variáveis rela- cionadas ao perfil demográfico; consolidação dos dados das fa- mílias do pequeno grupo de estudantes inseridos na unidade de saúde; epidemiologia descritiva; acesso a bancos de dados – sis- temas de informação em saúde; (vii) processos educacionais na saúde: estratégias de aprendiza- gem e metacognição; formulação de hipóteses, de questões de aprendizagem e propostas de transformação da realidade; racio- cínio crítico reflexivo e do trabalho colaborativo e ético, por meio da problematização. TEMA ATIVIDADE DATA (a ser definida pelo coordenador) 1 Acolhimento dos estudantes e Conferência: Sistema Único de Saúde 2 Seminário: "Política Nacional de Atenção Básica/PNAB 2011 e 2017 e Mudança da Política de Financiamento 2019: Perspectiva e Desafios" 2 Oficina de Trabalho 1 - Atributos da Atenção básica no Brasil: o que muda com o novo financiamento da AB 2019 2 Nova Síntese 1 3 Oficina de Trabalho 2 - O Trabalho da Atenção Básica na Rede de Atenção à Saúde: Novos Desafios 3 Nova Síntese 2 4 Mesa Redonda: A Atenção Básica no Brasil: Velhos Problemas e Novos Desafios" D1 /AF 1 Avaliação Cognitiva e Processual 5 Oficina de trabalho 3 - Vigilância em Saúde no SUS D1 /AF 1 Devolutiva da Avaliação Cognitiva e Processual 5 Nova Síntese 3 5 Nova Síntese 4 6 Oficina de trabalho 4 - Política Nacional de Imunização/PNI 6 Nova Síntese 5 6 Nova Síntese 6 7 Mesa Redonda: "Vigilância em Saúde e Política Nacional de Imunização no Brasil" Cronograma PMSUS D2 /AF 2 Avaliação Cognitiva e Processual D2 /AF 2 Devolutiva da Avaliação Cognitiva e Processual 24 SITUAÇÕES PROBLEMAS E ROTEIROS 2ª E T A P A 25 FUNÇÕES BIOLÓGICAS COMPLEXO TEMÁTICO I 26 “Observando se os fenômenos que ocorrem na Na- tureza, pode se por analogia estendê-los à fisiologia do corpo humano, pois nele se reproduzem os mes- mos fenômenos naturais. Nessa visão global de inte- gração Natureza - Ser Humano, todas as ciências são coerentes e concordantes entre si, dos os ramos do conhecimento humano partem ou confluem para o saber básico.” (Ysao Yamamura, 2004) 27 ÁRVORE TEMÁTICA 01 28 AGENDA PARA TBL TBL TEMA (a ser definido pela coordenação) 1 2 3 4 5 29 INTENCIONALIDADE EDUCACIONAL Reconhecer os órgãos do sistema nervoso central e a cadeia de gân- glios autonômicos. Correlacionar hipotálamo e hipófise com o contro- le neuroendócrino. Laboratório de Práticas Morfofuncional SP 01 - E agora? OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1) Descrever os objetivos de aprendizagem utilizando a Taxonomia adequada 2) Descrever a organização básica do sistema nervoso autônomo, identificando os gânglios autônomos simpáticos, parassimpáticos e o nervo vago 3) Descrever a organização e formação do tudo e crista neural. 4) Descrever a organização e formação das vesículas primárias e se- cundárias formadas a partir do tubo neural. 5) Compreender a divisão anatômica do Sistema Nervoso. 6) Discriminar os elementos que compõe o Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico 30 7) Identificar e descrever função dos seguintes componentes do SNP: a) Medula Espinhal • i) Correlacionar seus níveis • ii) H. Medular • iii) Descrever Cornos Medulares: Anterior, Posterior e Lateral • iv) Compreender a função do Canal Medular b) Encéfalo • i) Tronco encefálico e seus componentes: Bulbo, Ponte e Mesen- céfalo • ii) Cerebelo • iii) Diencéfalo e seus componentes: Tálamo e Hipotálamo • iv) Cérebro e seus Hemisférios (Lobos) 31 ROTEIRO DE ESTUDO PARA ALUNO Embriologia do SN: • Formação do tubo e crista neural. • Formação das vesículas primárias (prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo) secundárias (telencéfalo, diencéfalo, mesencéfa- lo, metencéfalo e mielencéfalo). • Divisão anatômica do sistema nervoso. • Sistema nervoso central de sistema nervoso periférico. Para esta aula é importante que você consiga reconhecer e descrever: Medula espinhal: • Níveis; • H medular: • Cornos: • Anterior, posterior e lateral. • Canal central da medula Para esta aula é importante que você consiga descrever, apontar a lo- calização e compreender o funcionamento normal das seguintes es- truturas: 32 Encéfalo: • Cérebro • Telencéfalo e diencéfalo • Diencéfalo: • Tálamo e hipotálamo. • Tronco encefálico: • Bulbo • Ponte • Mesencéfalo • Cerebelo Além disto é importante que você seja capaz de: Descrever e caracterizar a formação do nervo espinal Identificar o Nervo vago; Cadeia de gânglios simpáticos Tronco simpático Gânglios para e pré-vertebrais Ramos comunicantes branco e cinzento Nervos esplâncnicos 33 BIBLIOGRAFIA MOORE, Keith L; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, Mark G. Embriologia bási- ca. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2013. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 13. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2017. MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 3 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2014. 34 Transporte através de membranas e osmose A prática laboratorial “Transporte através de membranas e osmose” propicia ao estudante compreender a importância do equilíbrio di- nâmico entre o meio ambiente interno e externo celular. Permite a compreensão de questões relativas à composição da membrana ce- lular frente à presença de canais iônicos, proteínas transmembrana e receptores celulares. Discute-se também a importância dos diversos transportes através da membrana na manutenção da homeostase ce- lular e equilíbrio dinâmico entre os líquidos intra e extracelular. Assim é necessário destacar também a influência de soluções de diferentes tonicidades (meio isotônico, hipertônico e hipotônico) em relação ao comportamento celular (hemácias) podendo acarretar turgidez ou cre- nação. Medicina Laboratorial INTENCIONALIDADE Objetivos de Aprendizagem 1. Caracterizar os componentes da Membrana Plasmática: canais iôni- cos, proteínas transportadoras e receptores celulares. 2. Caracterizar os principais mecanismos de transporte através das membranas: transporte passivo (difusão simples e facilitada e suas propriedades), transporte ativo e osmose. 3. Identificar os diferentes tipos de soluções quanto a sua tonicidade. 4. Analisar a distribuição dos solutos nos diferentes compartimentos de fluidos biológicos (intra e extracelular). 35 PROCEDIMENTO: Preparar três soluções de NaCl nas concentrações de 0,2%, 0,9% e 2,0%. A. OBSERVAÇÃO MACROSCÓPICA: Colocar em um tubo de ensaio 2mL de água destilada e em três outros tubos 2 mL de cada uma das soluções de NaCl preparadas anterior- mente; Coletar sangue do um dos dedos (2-3 gotas), a partir da perfuração feita com lanceta; Adicione em cada um dos tubos 2gotas de sangue e agite vagarosa- mente; Anote o resultado observado na tabela abaixo: Roteiro da Atividade em Laboratório para os alunos 36 TUBO OBSERVAÇÃO Água destilada NaCl 0,2% NaCl 0,9% NaCl 2% B. OBSERVAÇÃO MICROSCÓPICA: Separe quatro lâminas de microscopia limpas e desengorduradas e co- loque respectivamente uma gota de: água destilada, NaCl 0,2%, NaCl 0.9% e NaCl 2%. Adicione em cada gota das lâminas preparadas uma gota de sangue e misture vagarosamente. Cubra a preparação com uma lamínula e observe rapidamente em mi- croscópio. Compare o tamanho das células e seu formato. Anote o resultado observado na tabela abaixo: LÂMINA OBSERVAÇÃO Água destilada NaCl 0,2% NaCl 0,9% NaCl 2% 37 C. A PARTIR DOS RESULTADOS OBTIDOS PEDE-SE: Correlacionar os resultados obtidos nos itens 1A e 1B e explique os resultados. Classificar as soluções quanto à tonicidade. Explicar como são regulados o volume e a concentração dos líquidos corporais. 38 BIBLIOGRAFIA AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 4a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. GUYTON, Arthur C; HALL, John E. GUYTON & HALL: Tratado de fisiologia médica. 13a Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 39 INTENCIONALIDADE EDUCACIONAL Diferenciar o Sistema Nervoso Somático e Sistema Nervoso Visceral. Diferenciar a fibra pós-ganglionar do sistema nervoso simpático e pa- rassimpático quanto à localização. Correlacionar os componentes do Sistema Entérico com as camadas teciduais do trato gastrointestinal e suas funções. Laboratório de Práticas Morfofuncional SP 02 - Voltando das férias... OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Compreender e explicar a morfologia dos intestinos; Identificar e explicar as diferenças anatômicas, farmacológicas e fisio- lógicas entre os sistemas simpático e parassimpático; Identificar e descrever os Gânglios simpáticos sua localização e função; Identificar e descrever o nervo vago sua formação trajeto e função 40 ROTEIRO DE ESTUDO PARA ALUNO Túnica Mucosa; Túnica Submucosa (identificar os corpos dos neurônios do plexo submucoso); Túnica Muscular (identificar os corpos dos neurônios do plexo mioentérico); Túnica Serosa. Para esta aula é importante que você consiga reconhecer e descrever a Microscopia Intestino Delgado e Intestino Grosso, especificamente os seguintes elementos: 41 BIBLIOGRAFIA MOORE, Keith L; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, Mark G. Embriologia bási- ca. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2013. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 13. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2017. MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 3 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2014. 42 Fatores que influenciam a atividade enzimática A prática laboratorial “Fatores que influenciam a atividade enzimá- tica” propicia ao estudante compreender a importância das enzimas como catalisadores biológicos de alta especificidade no processo de digestão e regulação do metabolismo e consequentemente necessá- rias na manutenção da homeostase. Discute-se a estrutura proteica das enzimas, sua produção e localização em cada segmento do siste- ma digestório assim como a necessidade de um ambiente favorável ao seu funcionamento (pH e temperaturas ideais). Permite a compreen- são de como estes fatores influenciam a atividade enzimática, além de outros aspectos associados à concentração do substrato e concentra- ção da enzima, podendo alterar a velocidade da reação e até mesmo a hidrólise completa do substrato. Medicina Laboratorial INTENCIONALIDADE 1. Descrever a ação das principais enzimas digestivas no sistema di- gestório e identificar quais fatores pode interferir em suas atividades (correlacionar com o ambiente onde a enzima é produzida e onde é ativa). 2. Representar graficamente a velocidade da ação enzimática da ami- lase salivar em função da concentração de substrato, concentração da enzima e pH e temperatura e comparar seus resultados com a pepsina e amilase pancreática. Objetivos de aprendizagem 43 ROTEIRO DE ATIVIDADE EM LABORATÓRIO PARA ALUNO PROCEDIMENTO: EXPERIMENTO 1 – FATORES QUE INFLUENCIAM A ATIVIDADE DA AMILA- SE SALIVAR Coleta e preparo da saliva por grupo: Recolher 4 ml de saliva em um béquer de vidro de 50ml. Adicionar 10 ml de água destilada. Filtrar a solução em gaze utilizando funil de vidro e erlenmeyer. Homogeneizar (está pronta para o uso). Preparar cada um dos tubos conforme as tabelas abaixo. 44 A. INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA: TUBOS 1 2 3 Sol. tampão pH 7,0 1 mL 1 mL 1 mL Amido a 2% 1 mL 1 mL 1 mL 10’ em Banho Maria 0º C 37º C 100º C Saliva 1 mL 1 mL 1 mL 10’ em Banho Maria 0º C 37º C 100º C Lugol 2 gotas 2 gotas 2 gotas Agitar e anotar a cor B. INFLUÊNCIA DO PH: TUBOS 1 2 3 1 m l de sol. tampão pH 2,0 pH 7,0 pH 13,0 Amido a 2% 1 mL 1 mL 1 mL Saliva 1 mL 1 mL 1 mL Banho Maria 37º C 10’ 10’ 10’ Lugol 2 gotas 2 gotas 2 gotas Agitar e anotar a cor 45 C. INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DE ENZIMA: TUBOS 1 2 3 4 S. tampão pH 7,0 1 mL 1 mL 1 mL 1 mL Amido a 2% 1 mL 1 mL 1 mL 1 mL Saliva 0 mL 0,5 mL 1 mL 2 mL Banho Maria 37º C 10’ 10’ 10’ 10’ Lugol 2 gotas 2 gotas 2 gotas 2 gotas Agitar e anotar a cor EXPERIMENTO 2 – HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO AMIDO Enumerar 16 tubos de ensaio e adicionar em cada um 2 gotas de lugol (solução de iodo). Em béquer de 250ml, colocar 100 ml de solução de amido a 2%. Adicionar 2 ml da solução em um tubo (1). Agitar e anotar a coloração; Acrescentar 10 ml de saliva à solução de amido; Retirar alíquotas da solução de amido de 30” em 30” (segundos). Agitar e anotar a coloração em repouso. Interpretar os resultados obtidos. 46 BIBLIOGRAFIA AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 4a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. GUYTON, Arthur C; HALL, John E. GUYTON & HALL: Tratado de fisiologia médica. 13a Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 47 INTENCIONALIDADE EDUCACIONAL Reconhecer os aspectos macroscópicos e microscópico do sistema cir- culatório. Laboratório de Práticas Morfofuncional SP 03 - Quietinha demais OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1- Descrever os aspectos anatômicos externos e internos do coração. 2- Definir automatismo cardíaco, nó sinoatrial, nó átrioventricular, fei- xe de His e fibras de Purkinje. 48 ROTEIRO DE ESTUDO PARA ALUNO Base do coração Ápice do coração Face esternocostal Face pulmonar Face diafragmática Margem direita Sulco coronário (atrioventricular) Sulco interventricular anterior Sulco interventricular posterior MORFOLOGIA EXTERNA Para esta aula é importante que você consiga compreender o funcio- namento macroscópicos do coração e seus componentes: 49 Parede do átrio direito Aurícula direita Parede do átrio esquerdo Aurícula esquerda Parede do ventrículo direito Parede do ventrículo esquerdo Seio coronário Vasos da base • Veia cava superior • Veia cava inferior • Tronco pulmonar: Artéria pulmonar direita e Artéria pul- monar esquerda • Veias pulmonares direitas • Veias pulmonares esquerdas • Parte ascendente da aorta • Pericárdio • Pericárdio fibroso • Pericárdio seroso: Lâmina parietal e Lâmina visceral (= epi- cárdio) Septo interatrial (fossa oval) Septo interventricular Átrio direito • Músculos pectíneos • Crista terminal • Fossa oval MORFOLOGIA INTERNA 50 Ventrículo direito • Valva atrioventricular direita (tricúspide) • Cordas tendíneas • Músculos papilares • Trabécula septomarginal • Trabéculas cárneas • Cone arterial • Valva do tronco pulmonar • Crista supraventricular Átrio esquerdo • Músculos pectíneos (interior da aurícula esquerda) • Válvula do forame oval Ventrículo esquerdo • Valva atrioventricular esquerda (mitral ou bicúspide) • Cordas tendíneas • Músculos papilares • Trabéculas cárneas • Valva da aorta Aspectos microscópicos: • Paredes do coração: • Pericárdio: constituição; • Miocárdio: constituição (discos intercalares); • Endocárdio: constituição. • Descrever os componentes e as características do nó si- noatrial. 51 BIBLIOGRAFIA MOORE, KeithL; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, Mark G. Embriologia bási- ca. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2013. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 13. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2017. GUYTON, A.C.; HALL, J.E., Tratado de Fisiologia Médica. 11ª. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2006. VAN DE GRAAFF, K.M. Anatomia Humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003. 52 Fatores que influenciam na resistência vascular periférica. A prática laboratorial “Fatores que influenciam na resistência vascular periférica” propicia ao estudante compreender a importância do Sis- tema Cardiovascular na manutenção da homeostasia, enfatizando os parâmetros associados débito cardíaco, ao fluxo sanguíneo, resistên- cia vascular periférica e pressão arterial. A prática tem como objetivo simular vasos sanguíneos com diferentes propriedades (comprimento e calibre) e sangue com diferentes viscosidades (água e iogurte) e as- sim observar como estes parâmetros influenciam em relação à resis- tência e consequentemente na pressão. A equação de Poiseuille deve ser discutida para validar estes parâmetros. Medicina Laboratorial INTENCIONALIDADE 1. Identificar os fatores que interferem na resistência periférica total. 2. Demonstrar como é calculada a pressão arterial média a partir do débito cardíaco e da resistência vascular periférica total. 3. Demonstrar a importância da Lei de Poiseuille sobre o comporta- mento do fluxo sanguíneo no sistema circulatório. 4. Caracterizar morfofuncionalmente os diferentes vasos constituin- tes do sistema circulatório e o fluxo sanguíneo e contextualizar com resistência vascular e pressão arterial. Objetivos de aprendizagem 53 ROTEIRO DE ATIVIDADE EM LABORATÓRIO PARA ALUNO Procedimento O objetivo da atividade é comprovar quais fatores interferem na re- sistência periférica total e consequentemente na pressão arterial uti- lizando um sistema de mangueiras de borracha com diferentes com- primentos e diâmetros e soluções de diferentes viscosidades (água e iogurte). Encher uma proveta de vidro com 100mL de água e outra com 100mL de iogurte. Aspirar durante 3 segundos o seu conteúdo utilizando mangueiras de borracha com diferentes comprimentos e diâmetros e soluções de diferentes viscosidades conforme a tabela abaixo: Mangueiras de mesmo comprimento Mangueiras de mesmo calibre Menor Calibre Maior Calibre Menor Comprimen- to Maior Compri- mento --- --- --- Água --- --- 0,25 mL Iogurte 0,25 mL --- Determinar a quantidade de líquido aspirado em cada uma das situa- ções apresentadas na tabela. Repetir o procedimento duas vezes e re- alizar uma média dos resultados. Discutir os resultados apresentados e relacionar como estes fatores podem influenciar na resistência perifé- rica e consequentemente na pressão arterial nos sistemas biológicos. 54 BIBLIOGRAFIA AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 4a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. GUYTON, Arthur C; HALL, John E. GUYTON & HALL: Tratado de fisiologia médica. 13a Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 55 INTENCIONALIDADE EDUCACIONAL Reconhecer os aspectos microscópicos e macroscópicos do sistema respiratório para compreender o processo de fisiologia respiratória. Laboratório de Práticas Morfofuncional SP 04 - Como lidar? OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1- Descrever os aspectos anatômicos do sistema respiratório. 2- Descrever os aspectos histológicos das vias aéreas; 3 - Descrever os aspectos histológicos dos pulmões. 56 ROTEIRO DE ESTUDO PARA ALUNO Ossos nasais Maxilas Septo nasal: parte óssea, parte cartilagínea Lâmina perpendicular do etmoide Vômer Cartilagem do septo nasal Narinas Vestíbulo do nariz Concha nasal superior Meato nasal superior Concha nasal média Meato nasal médio Concha nasal inferior Meato nasal inferior Cóanos Para esta aula é importante que você consiga compreender o funcio- namento macroscópicos do Sistema Respiratório e seus componentes: NARIZ 57 Seio frontal Seio maxilar Seio esfenoidal Células etmoidais PARTE NASAL DA FARINGE Toro tubário Prega salpingofaríngea Prega salpingopalatina Óstio faríngeo da tuba auditiva Tonsila faríngea CARTILAGENS DA LARINGE Cartilagem tireóidea: Proeminência laríngea, Lâminas direita e esquerda, Incisura tireóidea superior, Cornos superior e inferior Cartilagem cricóidea: Arco da cartilagem cricóidea e Lâmina da cartilagem cricóidea Cartilagem aritenóidea: Base da cartilagem aritenóidea e Ápice da cartilagem aritenóidea Cartilagem epiglótica (epiglote) ARTICULAÇÕES DA LARINGE Articulação cricotireóidea Articulação cricoaritenóidea SEIOS PARANASAIS FARINGE LARINGE 58 MEMBRANAS E LIGAMENTOS DA LARINGE Membrana tíreo-hióidea Ligamento cricotireóideo mediano Ligamento cricotraqueal MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LARINGE M. cricotireóideo M. cricoaritenóideo posterior M. aritenóideo oblíquo M. aritenóideo transverso CAVIDADE DA LARINGE Ádito da laringe Prega ariepiglótica Vestíbulo da laringe Prega vestibular Ventrículo da laringe Prega vocal Cavidade infraglótica Parte cervical Parte torácica Cartilagens traqueais Ligamentos anulares Parede membranácea Carina da traqueia TRAQUEIA 59 Brônquio principal direito Brônquio lobar superior Brônquio lobar médio Brônquio lobar inferior Brônquios segmentares Brônquio principal esquerdo Brônquio lobar superior Brônquio lobar inferior Brônquios segmentares Base do pulmão Ápice do pulmão Face costal Face mediastinal Impressão cardíaca (pulmão esquerdo) Face diafragmática Face interlobar Hilo do pulmão Raiz do pulmão Pulmão direito: Lobo superior, Lobo médio, Lobo inferior, Fissura oblíqua e Fissura horizontal Pulmão esquerdo: Língula, Lobo superior, Lobo inferior e Fissura oblíqua Pleura visceral Pleura parietal ÁRVORE BRONQUIAL PULMÃO PLEURA 60 Parte costal Parte mediastinal Parte diafragmática Cavidade pleural Recesso costodiafragmático Recesso costomediastinal Microscopia: Traqueia: epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado secretor de muco e células caliciformes. Pulmão: epitélio pavimentosos simples alveolar (células alveola- res) 61 BIBLIOGRAFIA MOORE, Keith L; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, Mark G. Embriologia bási- ca. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2013. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 13. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2017. GUYTON, A.C.; HALL, J.E., Tratado de Fisiologia Médica. 11ª. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2006. VAN DE GRAAFF, K.M. Anatomia Humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003. 62 Determinação dos volumes e capacidades pulmonares pela espirometria A prática laboratorial “Determinação dos volumes e capacidades pul- monares pela espirometria” propicia ao estudante compreender a importância do Sistema Respiratório na manutenção da homeostase, enfatizando os parâmetros associados à mecânica ventilatória. Con- siderando que o comportamento mecânico do pulmão é baseado em suas propriedades elásticas e em seu volume, a mensuração dos volu- mes e capacidades pulmonares oferece informações que podem ser essenciais para a caracterização do estado fisiopatológico decorrente das anormalidades dos processos pulmonar-ventilatórios. A determi- nação completa dos volumes e capacidades pulmonares constitui-se numa das etapas da avaliação funcional pulmonar, seguindo-se usual- mente à espirometria. Portanto, torna-se necessária a prática labora- torial para uma melhor compreensão em relação à funcionalidade do sistema respiratório e manutenção da hemostasia. Medicina Laboratorial INTENCIONALIDADE 1. Caracterizar a mecânica ventilatória. 2. Caracterizar os volumes e capacidades respiratórias e seus valores de referência. 3. Descrever o princípio de funcionamento de um espirômetro. 4. Justificar quando o exame deve ser solicitado e quando deve ser contraindicado. 5. Contextualizar as alterações observadas para os volumes e capaci- dades pulmonares com asprincipais doenças obstrutivas e restritivas. Objetivos de aprendizagem 63 ROTEIRO DE ATIVIDADE EM LABORATÓRIO PARA ALUNO Avaliar os volumes e capacidades dos estudantes a partir da tabela abaixo: Volume Corrente Volume de Reserva Inspirató- ria Volume de Reserva Expirató- ria Volume Residual Capacida- de Pulmonar Total Capacida- de Vital Capacida- de Residual Funcional Capacida- de Inspirató- ria 1 2 3 4 Para dar início à avaliação em espirômetro coloque o registrado na po- sição zero e inicie o procedimento. Repita cada operação três vezes e anote o resultado. Determine também a FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA a partir do número de ciclos respiratórios a cada minuto em repouso. Determine o VOLUME MINUTO RESPIRATÓRIO (aprox. 6.000 ml/min) a partir do volume corrente multiplicado pela frequência respiratória. 64 BIBLIOGRAFIA AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 4a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. GUYTON, Arthur C; HALL, John E. GUYTON & HALL: Tratado de fisiologia médica. 13a Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 65 INTENCIONALIDADE EDUCACIONAL Reconhecer os aspectos microscópicos e macroscópicos do sistema urinário para compreender o processo de formação, condução, arma- zenamento e eliminação da urina. Laboratório de Práticas Morfofuncional SP 05 - Várias pedras no caminho OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1- Descrever os aspectos anatômicos do sistema urinário; 2- Descrever os aspectos histológicos do sistema urinário; 3- Compreender o processo de processo formação, condução, armaze- namento e eliminação da urina. 66 ROTEIRO DE ESTUDO PARA ALUNO Para esta aula é importante que você consiga compreender o funcio- namento macro e microscópico do Sistema Renal e seus componentes: Margem lateral Margem medial Hilo renal Seio renal Face anterior Face posterior Polo superior Polo inferior Cápsula fibrosa Loja renal: gordura perirrenal (cápsula adiposa) e gor- dura pararrenal RIM 67 PARÊNQUIMA RENAL: Córtex renal Colunas renais Medula renal Pirâmides renais Base da pirâmide Papila renal (ápice) Artéria renal Veia renal Pelve renal Cálices renais maiores Cálices renais menores Parte abdominal Parte pélvica BEXIGA URINÁRIA Ápice da bexiga Ligamento umbilical mediano URETER 68 Corpo da bexiga Trígono da bexiga Prega interuretérica Óstio do ureter Óstio interno da uretra Parte prostática Parte membranácea Parte esponjosa (“peniana”) Óstio externo da uretra URETRA MASCULINA Óstio externo da uretra Glândulas suprarrenais: • Posição; • Córtex; • Medula. Aspectos microscópicos: Zona medular: URETRA FEMININA 69 Corpúsculo renal Zona cortical: Túbulo proximal; Alça de Henle; Túbulo distal Túbulo e ducto coletor. 70 BIBLIOGRAFIA MOORE, Keith L; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, Mark G. Embriologia bási- ca. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2013. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 13. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2017. GUYTON, A.C.; HALL, J.E., Tratado de Fisiologia Médica. 11ª. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2006. VAN DE GRAAFF, K.M. Anatomia Humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003. 71 Urinálise A prática laboratorial “Urinálise” propicia ao estudante compreender a importância do Sistema Renal na manutenção da homeostase, en- fatizando os parâmetros associados aos processos de filtração, secre- ção e reabsorção do ultrafiltrado e consequente produção da urina. A urinálise é um teste laboratorial simples, não invasivo e de baixo custo que pode rapidamente fornecer valiosas informações a respeito do sistema renal e urinário e de outros sistemas corporais. Uma avalia- ção urinária completa (incluindo análise de tiras reagentes, densidade específica e exame do sedimento urinário) deve ser realizada, mesmo que um dos componentes não mostre anormalidades. A avaliação do sedimento pode alertar aos clínicos importantes problemas quando o paciente ainda se encontra assintomático. Além disso, a precoce de- tecção de algumas doenças pode conduzir a uma melhor sobrevida. Combinando a urinálise com a avaliação bioquímica, histórico e exame físico do paciente, várias patologias podem ser incluídas ou excluídas do diagnóstico diferencial. Portanto, torna-se necessária a prática la- boratorial para uma melhor compreensão em relação à funcionalidade do sistema renal e manutenção da hemostasia. Medicina Laboratorial INTENCIONALIDADE 1. Descrever a formação da urina. 2. Relatar o procedimento envolvendo a coleta da urina. 3. Identificar os componentes fisiológicos encontrados na urina. 4. Identificar os parâmetros utilizados na avaliação físico-química e de sedimento da urina e correlacioná-los com possível diagnóstico. Citar seus valores de referência. Objetivos de aprendizagem 72 ROTEIRO DE ATIVIDADE EM LABORATÓRIO PARA ALUNO 1. COLETA DO MATERIAL Recipiente: Frasco limpo e seco com tampa (coletor universal) Amostra: Preferencialmente a primeira urina da manhã (mais concentrada). Tempo para início da realização da análise: 2 horas após a colhei- ta do material, caso contrário submeter o material à refrigeração. Temperatura para análise do material: 15-25°C 2. URINÁLISE A urinálise pode ser subdividida em três etapas: Exame Físico, Exame Químico e Análise do sedimento urinário. 2.1. EXAME FÍSICO DA AMOSTRA: Neste exame deve-se observar: a) Cor: Para observação da cor, deve-se utilizar boa fonte de luz, olhan- do-se através do recipiente transparente contra um fundo branco. Normal: amarelo-citrino a amarelo âmbar claro. Colorações alteradas comuns: Incolor, castanho, avermelhada, enegrecida, azulada, esverde- ada, branco leitoso. 73 b) Odor: O cheiro característico da urina (sui generis) é atribuído aos ácidos orgânicos voláteis que a amostra contém. Com o envelhecimen- to da amostra o odor torna-se amoniacal. O odor da urina pode apre- sentar-se alterado pela influência de medicamentos. c) Aspecto: (Transparência): Normalmente a urina normal e recente apresenta um aspecto límpido. Vários fatores podem alterar o aspecto da urina tornando-a ligeiramente turva ou turva. As causas mais co- muns de turvação são: leucócitos, hemácias, células epiteliais, bacté- rias, leveduras. d) Densidade ou Densidade Relativa (DR): O valor da DR correlaciona- -se de maneira aproximada à osmolaridade que varia conforme a in- gestão de água e solutos, o estado das células tubulares e a influência do ADH. Métodos para avaliação da DR (*): Urodensimetro: Dispositivo flutuador que possui escala de densidade graduada de 1,000 a 1,400 g/L calibrado para uma temperatura de 20°C. - Filtrar a amostra de urina em uma proveta de dimensões adequadas; - Submergir o urodensímetro na urina e, promover movimento circular para impedir que o mesmo entre em contato com as paredes da pro- veta; - Leitura: Realizar a leitura ao nível da parte inferior do menisco. - Correção da temperatura: Para cada 3°C acima ou abaixo de 20°C so- mar 0,0001 ou subtrair 0,001, respectivamente. DR da urina: 1,018 +/- 0,003 74 Refratômetro Dispositivo que avalia a densidade da urina mediante o índice de refra- ção da amostra que por sua vez varia conforme a densidade da amos- tra. (*) Atualmente algumas fitas reagentes avaliam quanto imersas na amostra de urina a DR. 2.2. EXAME QUÍMICO DA AMOSTRA As tiras reagentes são a técnica mais amplamente usada na detecção de substâncias químicas na urina. Os testes são realizados mergulhan- do rapidamente as tiras em uma amostra de urina recente, homogenei- zada. As mudanças de cor das almofadas de reagentes devem ser com- paradas visualmente com a cor da escala fornecida junto com as tiras. As tiras reagentes na maioria dos casos avaliam: pH, proteínas, Glico- se, Cetonas, Bilirrubinas, Sangue (Hb), Urobilinogênio, Nitrito. Algumas fitas apresentam testes adicionais como: Leucócitos, DR e ácido ascór- bico. 2.3. ANÁLISE DO SEDIMENTO URINÁRIO O sedimento da urina refere-se aossólidos depositados (sedimenta- dos) no fundo do tubo contendo amostra de urina após centrifugação. Dentre os componentes do sedimento urinário estão: Células sanguí- neas: Hemácias e leucócitos; Células epiteliais descamativas (CED);• Microrganismos: Bactérias, leveduras ou protozoários; Espermatozoi- des; Cilindros: Hialinos, granulosos, leucocitários, hemáticos ou epite- liais; Cristais: Uratos, ácido úrico, oxalato de cálcio em urina ácida e Fosfatos amorfos, fosfato triplo, carbonato de cálcio em urinas alcali- nas, e ainda cristais em urina anormal tais como: cistina, tirosina, leuci- na, colesterol e sulfonamidas; Muco; Artefatos diversos. 75 Método: As condições ideais que a amostra de urina deve apresentar para a aná- lise do sedimento são: Coleta recente; urina concentrada; pH ácido. Transferir 12 mL de urina para um tubo de centrífuga cônico; Centrifugar durante 5 minutos a 1800 rpm; Desprezar o sobrenadante (pipeta Pasteur) deixando aproximadamen- te 1mL de urina e sedimento no tubo de centrifugação; Agitar o tubo para ressuspender completamente sedimento na urina remanescente; Observação do sedimento a fresco: Retirar uma amostra do sedimento ressuspendido com pipeta Pasteur; Colocar uma gota da amostra do sedimento em uma lâmina limpa e desengordurada; Cobrir com lamínula (22mm x 22mm); Examinar a amostra em 10 campos com aumentos de 100 e 400 vezes. Obs: Aumento de 100 vezes: para verificar homogeneidade da amostra (distribuição dos elementos); Aumento de 400 vezes: Identificação e contagem dos elementos pre- sentes no sedimento. 76 Hemácias – aparecem em diversas situa- ções, tais como: • lesões no parênquima renal; • lesões de trato urinário; • alterações hematológicas; e • outras causas Leucócitos – aparecem em infeções do trato urinário e em processos inflamatórios. Cilindros - formam-se no interior do túbu- lo contorcido distal e ducto coletor e têm matriz primariamente composta de muco- proteínas, sendo sua aparência influenciada pelos elementos presentes no filtrado du- rante a sua formação. Cilindros Celulares - hemáticos, leucocitá- rios, epiteliais; Cilindros Acelulares - hialinos, granulosos, céreos, lipoídico; Cilindros pigmentares - hemoglobínicos e bilirrubínicos. 77 Cristais - São frequentemente achados na análise do sedimento urinário, têm ligação direta com tipo de dieta e raramente pos- suem significado clínico. Eles são formados pela precipitação dos sais da urina submeti- dos a alterações de pH, temperatura e con- centração. Cristais Não Patológicos: Urina ácida - ácido úrico, oxalato de cálcio, urato amorfo; Urina alcalina - fosfato triplo, fosfato amor- fo, carbonato de cálcio e fosfato de cálcio Cristais Patológicos: Tirosina, Cistina, Co- lesterol, Bilirrubina, Hemossiderina Células Epiteliais – Podemos encontrar células epiteliais na urina, já que são partes do revestimento do sistema urogenital. Células pavimentosas: frequentes tanto em homens quanto em mulheres, provenientes de células da vagina e das porções inferio- res da uretra. Células de transição: originárias da bexiga e porção superior da uretra Células do túbulo renal: sua presença indi- ca lesão tubular 78 Microrganismos – bactérias, fungos e pa- rasitas. Outros elementos - muco, contaminantes e espematozóides. Estes últimos podem ou não ser relatados na dependência da padro- nização de cada laboratório 79 BIBLIOGRAFIA AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 4a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. GUYTON, Arthur C; HALL, John E. GUYTON & HALL: Tratado de fisiologia médica. 13a Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 80 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA Básica AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 4a Ed. Rio de Janeiro: Guanaba- ra-Koogan, 2013 GUYTON, Arthur C; HALL, John E. GUYTON & HALL: Tratado de fisiologia médica. 13a Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017 TORTORA, Gerard J; DERRICKSON, Bryan. Princípios de anatomia e fi- siologia. 14a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Complementar COSTANZO, Linda S. Fisiologia. 6a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo- gan, 2016 GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Cecil: Tratado de medicina inter- na. 24a Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 2v JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Histologia básica: tex- to e atlas. 12a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017 KASPER, Dennis L; HAUSER, Stephen L; JAMESON, J Larry; FAUCI, An- thony S; LONGO, Dan L; LOSCALZO, Joseph. Medicina interna de Harri- son. 19a Ed. Porto Alegre: Mc Graw-Hill, 2017. 2v SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 23a Ed. Rio de Janei- ro: Guanabara Koogan, 2012. 3v 81 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA COMPLEXO TEMÁTICO II 82 “O sistema imune humano evoluiu durante milhões de anos, a partir dos organismos invertebrados, para desen- volver mecanismo de defesa sofisticados com o objetivo de proteger o hospedeiro contra microrganismos e seus fato- res de virulência. O sistema imune normal tem três proprie- dades fundamentais: um repertório altamente diverso de receptores de antígenos que proporciona o reconhecimen- to de uma variedade quase infinita de patógenos, memória imune para reativar respostas imunes rápidas e tolerância imune para evitar danos aos próprios tecidos normais.” (Haynes, Soderberg, Fauci, 2013) ÁRVORE TEMÁTICA 02 84 AGENDA PARA TBL TBL TEMA (a ser definido pela coordenação) 1 2 3 4 5 85 INTENCIONALIDADE EDUCACIONAL Reconhecer morfológica e funcionalmente o sistema linfático, vasos linfáticos e linfonodos. Laboratório de Práticas Morfofuncional SP 01 - Ficou bom, mas queimou... OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1- Descrever os aspectos anatômicos do sistema linfático. 2- Caracterizar linfa e vasos linfáticos; 3- Descrever os aspectos histológicos dos linfonodos. 86 ROTEIRO DE ESTUDO PARA ALUNO Capilares linfáticos; Vasos linfáticos; Ducto linfáticos: • Torácico; • Linfático direito direito. Linfonodos: • Córtex; • Medula. SISTEMA LINFÁTICO Identificar e caracterizar histologicamente: 87 BIBLIOGRAFIA JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 13. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2017. GUYTON, A.C.; HALL, J.E., Tratado de Fisiologia Médica. 11ª. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2006. VAN DE GRAAFF, K.M. Anatomia Humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003. 88 Confecção e coloração de lâminas de extensão sanguínea A prática laboratorial “Confecção e coloração de lâminas de extensão sanguínea” propicia ao estudante compreender a importância da téc- nica de extensão sanguínea como etapa significativa em um hemogra- ma, possibilitando não só a identificação dos elementos figurados do sangue, mas também uma estimativa do número e avaliação morfo- lógica dos mesmos. A partir da realização desta prática o estudante verifica os possíveis erros cometidos durante o procedimento e avalia os padrões interpretativos de leitura e diagnóstico diferencial de do- enças hematológicas, imunológicas e parasitárias. Medicina Laboratorial INTENCIONALIDADE 1. Caracterizar os principais componentes do sistema hematopoiético. 2. Caracterizar os principais erros cometidos durante a confecção de lâminas de extensão sanguínea. 3. Caracterizar a importância da técnica de extensão sanguínea no diagnóstico de doenças hematológicas, imunológicas e parasitárias. Objetivos de aprendizagem 89 ROTEIRO DE ATIVIDADE EM LABORATÓRIO PARA ALUNO Preparo e coloração da extensão sanguínea: 1. Pressionar um dos dedos da mão, da base para a ponta, de modo que o fluxo sanguíneo se concentre na extremidade; 2. Desinfetar a ponta do dedo com álcool 70% e perfurá-la com uma lanceta estéril; 3. Colocar uma gota pequena de sangue a aproximadamente 1 cm da extremidade de uma lâmina bem limpa; 4. Pegar uma outra lâmina limpa (lâmina extensora – bordas arredon- dadas) e colocá-la sobre a outra, formando um ângulo de 45° sobre a lâmina com o sangue (veja desenho abaixo); 5. Encostar a lâmina superior na gota de sangue,permitindo que o san- gue se espalhe ao longo de toda a borda da lâmina; 6. Deslizar a lâmina superior sobre a lâmina com a gota, de forma que esta se espalhe uniformemente em uma camada delgada sobre a lâmi- na; 90 7. Secar o esfregaço ao ar; 8. Submergir a lâmina na Solução 1, por meio de movimentos contínu- os para cima e para baixo durante 5 segundos (5 imersões de 1 segun- do cada uma); Deixar escorrer bem; 9. Submergir a lâmina na Solução 2, por meio de movimentos contí- nuos para cima e para baixo durante 8-9 segundos (8-9 imersões de 1 segundo cada uma); Deixar escorrer bem; 10. Submergir a lâmina na Solução 3, por meio de movimentos con- tínuos para cima e para baixo durante 2 segundos (2 imersões de 1 segundo cada uma); Deixar escorrer bem; 11. Lavar em água destilada, secar ao ar em posição vertical e com o final da extensão voltada para cima. 91 BIBLIOGRAFIA ABBAS, Abul K; LICHTMAN, Andrew H; PILLAI, Shiv. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. ROITT, Ivan Maurice et al. Fundamentos de imunologia. 12a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 92 INTENCIONALIDADE EDUCACIONAL Compreender morfológica e funcionalmente o timo e relacionar com o processo de seleção dos linfócitos T e provável surgimento de doenças autoimunes. Caracterizar morfologicamente uma articulação sinovial, focar em articulações sinoviais da mão por serem sítios de acometi- mento de algumas doenças autoimunes. Laboratório de Práticas Morfofuncional SP 02 - Mãos de costureira OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1- Descrever os aspectos anatômicos e histológicos do timo. 2- Caracterizar articulação sinovial e suas classificações; 3- Descrever os aspectos morfológicos dos ossos e das articula- ções sinoviais da mão. 93 ROTEIRO DE ESTUDO PARA ALUNO Aspectos macroscópicos: Lobos: • Direito e esquerdo. • Lóbulos. Aspectos microscópicos: • Zona cortical; • Zona medular; • Corpúsculo de Hassal; • Células reticulares epiteliais. Ossos e articulações da mão: Macroscopicamente: Ossos do punho e da mão: TIMO 94 Ossos carpais Fileira proximal: • Escafoide • Semilunar • Piramidal • Pisiforme Fileira distal: • Trapézio • Trapezoide • Capitato • Hamato • Hâmulo do hamato Ossos metacarpais (I-V) • Base • Corpo • Cabeça Falanges • Falange proximal • Falange Média • Falange Distal • Cabeça • Corpo Articulações da mão • Articulação radiulnar distal (sinovial trocóidea) • Articulação radiocarpal (sinovial elipsóidea) • Articulações intercarpais (sinoviais planas) • Articulação carpometacarpal do polegar (sinovial se- lar) OSSOS DA MÃO 95 • Articulações carpometacarpais (2ª à 5ª sinoviais planas) • Articulações intermetacarpais: entre as bases dos meta- carpais (2º ao 5º sinoviais planas) • Articulações metacarpofalângicas (sinoviais elipsóideas) • Articulações interfalângicas da mão (sinoviais gínglimo) 96 BIBLIOGRAFIA JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 13. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2017. GUYTON, A.C.; HALL, J.E., Tratado de Fisiologia Médica. 11ª. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2006. VAN DE GRAAFF, K.M. Anatomia Humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003. 97 Extensão sanguínea e diferenciação celular A prática laboratorial “Extensão sanguínea e diferenciação celular” propicia ao estudante compreender a importância da leitura e inter- pretação da lâmina de extensão sanguínea no diagnóstico de doenças hematológicas, imunológicas e parasitárias. O estudante tem a possi- bilidade de observar e identificar microscopicamente os elementos fi- gurados do sangue com ênfase nas células que participam da resposta imune e suas respectivas características morfológicas. Medicina Laboratorial INTENCIONALIDADE 1. Caracterizar a morfologia das principais células constituintes do sis- tema hematopoiético; 2. Analisar a distribuição das células constituintes do sistema hemato- poiético. 3. Caracterizar a importância da interpretação correta da lâmina de ex- tensão sanguínea no diagnóstico de doenças hematológicas, imunoló- gicas e parasitárias. Objetivos de aprendizagem 98 ROTEIRO DE ATIVIDADE EM LABORATÓRIO PARA ALUNO 1 Levar as lâminas coradas ao M.O.C. e observar a extensão sanguínea inicialmente em menor aumento. Realizar a observação da região me- diana da lâmina. 2. Deve-se percorrer a lâmina em zigue-zague. 3. Localizar os tipos celulares sanguíneos em aumento de 100X e es- quematize-os a partir do aumento de 400X e 1000X em imersão. 4. Realizar a contagem geral para determinar a porcentagem de cada tipo de célula encontrada (neutrófilos, linfócitos, monócitos, basófilos, eosinófilos, hemácias e plaquetas). 99 OBSERVAÇÃO DE SANGUE PERIFÉRICO EM LÂMINAS DE EXTENSÃO SANGUÍNEA HEMÁCIAS A quantidade de hemácias é muito maior que a de leucócitos e pla- quetas, daí a predominância das mesmas no campo microscópico. As hemácias que são células anucleadas quando adultas e que se coram em róseo-amarelado pela eosina. 2. LEUCÓCITOS Os leucócitos estão subdivididos em granulócitos e agranulócitos. Os granulócitos apresentam granulações específicas sempre com a mes- ma forma, tamanho e ultraestrutura. Os agranulócitos não apresentam granulações específicas. Os núcleos de todos os leucócitos se coram em púrpura pelo azul de metileno. 100 LINFÓCITOS Os linfócitos podem ser classificados em pequenos, médios e grandes. O seu núcleo ocupa quase toda célula e o citoplasma azulado fica mais na periferia. MONÓCITOS Os monócitos que geralmente apresentam o núcleo em forma de fei- jão ou de rim são células grandes e com o citoplasma bem azulado. Presença de hemácias, 2 neutrófilos e monócito bem característico. 101 EOSINÓFILO Os eosinófilos geralmente apresentam o núcleo bilobulado com uma ponte cromatínica. Os grânulos são maiores que os dos neutrófilos e se coram em vermelho pela eosina. BASÓFILOS Os basófilos apresentam-se com núcleo que pode ter uma forma de “S”. Os grânulos do basófilo ficam bem escuros e podem mascarar o núcleo, no entanto, também estão presentes no citoplasma; e o seu nome já indica a sua afinidade. 102 NEUTRÓFILOS Os neutrófilos podem apresentar-se com núcleos em forma de bastão ou segmentados. Quanto maior o número de segmentos, mais velha é a célula. Os grânulos dos neutrófilos se coram em salmão por uma mistura de componentes. PLAQUETAS As plaquetas são fragmentos de megacariócitos e se coram em verme- lho. Apresentam-se relativamente menores em relação às hemácias. As plaquetas estão ligadas à coagulação do sangue podem apresentar- -se isoladas ou agrupadas sendo róseo-avermelhadas. 103 BIBLIOGRAFIA ABBAS, Abul K; LICHTMAN, Andrew H; PILLAI, Shiv. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. ROITT, Ivan Maurice et al. Fundamentos de imunologia. 12a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 104 INTENCIONALIDADE EDUCACIONAL Compreender os aspectos anatômicos e histológicos do baço a fim de relacionar com os mecanismo de defesa do sistema imune. Laboratório de Práticas Morfofuncional SP 03 - A dengue veio para ficar? OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1- Descrever os aspectos anatômicos do baço. 2- Descrever os aspectos histológicos do baço. 105 ROTEIRO DE ESTUDO PARA ALUNO Localização; Face visceral; Superfície diafragmática; Margens: • Inferior e superior. Extremidades: • Posterior e anterior. Faces: • Renal, gástrica, cólica. Ligamentos: • Gastroesplênciso; • Esplenorrenal (lienorrenal) Hilo: • Artéria esplênica; • Veia esplênica. Aspectos microscópicos: • Cápsula do baço; • Polpa branca; • Polpa vermelha; • Artéria folicular. Aspectos macroscópicos: 106 BIBLIOGRAFIA JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 13. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2017. GUYTON, A.C.; HALL, J.E., Tratado de Fisiologia Médica. 11ª. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2006. VAN DE GRAAFF, K.M. Anatomia Humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003.107 Técnicas de coleta e semeadura A prática laboratorial “Técnicas de coleta e semeadura” propicia ao es- tudante compreender a importância da realização da coleta e semea- dura de espécimes bacterianos como um procedimento utilizado na identificação e diagnóstico de infecções bacterianas. Permite ao aluno ainda elaborar e viabilizar normas para colheita, conservação e trans- porte de material de interesse clínico e estabelecer e executar rotinas microbiológicas, dentro dos padrões técnico-científicos vigentes, que permitam o isolamento e identificação dos principais agentes infec- ciosos de importância clínica, por gênero e, se possível, por espécie. Medicina Laboratorial INTENCIONALIDADE 1. Caracterizar os principais meios de cultura necessários para o cresci- mento bacteriano (Principais substâncias nutritivas utilizadas em cada meio e sua consistência). 2. Caracterizar as condições favoráveis ao desenvolvimento das bacté- rias em meios de cultura. 3. Determinar as principais formas de identificação das bactérias além das suas características morfológicas (bioquímicas, sorológicas, pato- genicidade). Objetivos de aprendizagem 108 Os alunos receberão as placas prontas contendo meio sólido para cul- tivo de microrganismos assim como tubos contendo meio líquido para o mesmo propósito. 1. Dividir o fundo da parte externa da placa como auxílio de uma cane- ta de retroprojetor, escrevendo de cada lado da placa o local onde foi obtido o material a ser cultivado. ROTEIRO DE ATIVIDADE EM LABORATÓRIO PARA ALUNO 109 2. Molhar o cotonete estéril (swab) em solução fisiológica e esfregá-lo na área de interesse para cultivo posterior. 3. Semear com este cotonete a metade da placa referente ao local onde foi obtido o material. Outro local deve ser investigado e seguir o mesmo procedimento anterior. 4. Levar a placa identificada para ser incubada na estufa a 37ºC. Estas placas serão mantidas até a próxima semana para realização de colora- ção específica (Coloração de Gram). 5. Fazer leitura da placa após incubação e verificar a formação de colô- nias crescidas dos dois lados da placa, descrevendo o observado. 110 BIBLIOGRAFIA ABBAS, Abul K; LICHTMAN, Andrew H; PILLAI, Shiv. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. ROITT, Ivan Maurice et al. Fundamentos de imunologia. 12a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 111 INTENCIONALIDADE EDUCACIONAL Descrever a morfologia do sistema respiratório e compreender como esta, funciona como mecanismo de defesa de nosso organismo contra a entrada de agentes infecciosos. Laboratório de Práticas Morfofuncional SP 04 - Sufoco OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1. Caracterizar “Anel Linfático de Waldeyer”, citando as localiza- ções e funções de seus componentes. 2. Descrever a morfologia do epitélio respiratório. 3. Descrever a anatomia da árvore traqueobrônquica. 4. Caracterizar tecido linfóide associado aos brônquios. 5. Conceituar impactação inercial, sedimentação gravitacional e movimento browniano. 6. Descreva a localização e função dos macrófagos alveolares. 7. Correlacionar os seis tópicos acima, tendo como objetivo com- preender os aspectos morfofuncionais como mecanismo de de- fesa do nosso organismo, contra a entrada de agentes infecciosos pelas vias respiratórias. 112 ROTEIRO DE ESTUDO PARA ALUNO Morfologia: • Parte nasal da faringe • Toro tubário • Tonsilas tubárias • Prega salpingofaríngea • Prega salpingopalatina • Óstio faríngeo da tuba auditiva • Tonsila faríngea FARINGE 113 Morfologia: • Cartilagens da laringe • Cartilagem tireóidea • Proeminência laríngea • Lâminas direita e esquerda • Incisura tireóidea superior • Cartilagem cricóidea • Cartilagem aritenóidea • Cartilagem epiglótica (epiglote) • Cavidade da laringe • Vestíbulo da laringe • Prega vestibular • Ventrículo da laringe • Prega vocal • Cavidade infraglótica. LARINGE Morfologia: • Parte cervical • Parte torácica • Cartilagens traqueais • Ligamentos anulares • Parede membranácea • Carina da traqueia TRAQUEIA 114 Morfologia: • Brônquio principal direito • Brônquio lobar superior • Brônquio lobar médio • Brônquio lobar inferior • Brônquios segmentares • Brônquio principal esquerdo • Brônquio lobar superior • Brônquio lobar inferior • Brônquios segmentares Pulmão Morfologia: • Base do pulmão • Ápice do pulmão • Face costal • Face mediastinal • Face diafragmática • Hilo do pulmão • Raiz do pulmão • Pulmão direito • Lobo superior • Lobo médio • Lobo inferior • Fissura oblíqua • Fissura horizontal • Pulmão esquerdo • Língula • Lobo superior • Lobo inferior • Fissura oblíqua ÁRVORE BRONQUIAL 115 Reconhecer o epitélio respiratório com ênfase na sua participação para a filtração do ar identificando os tipos celulares que o compõem bem como o tecido conjuntivo onde repousa. Microscopia Reconhecer e diferenciar o epitélio que reveste os bronquíolos, os duc- tos e os alvéolos pulmonares, bem como o tecido conjuntivo em que repousam com ênfase para os mecanismos de defesa contra possíveis patógenos. 116 BIBLIOGRAFIA JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 13. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2017. GUYTON, A.C.; HALL, J.E., Tratado de Fisiologia Médica. 11ª. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2006. VAN DE GRAAFF, K.M. Anatomia Humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003. 117 Somestesia e sensibilidade geral A prática laboratorial “Técnica de coloração de GRAM” propicia ao es- tudante compreender o a importância desta técnica na identificação bacteriológica, possibilitando o diagnóstico preliminar, principalmen- te em casos de infecções graves quando o médico necessita introduzir uma terapêutica, antes mesmo da identificação do microrganismo cau- sador da infecção assim como estabelecer uma terapia antimicrobia- na efetiva. Vale ressaltar ainda que a partir desta prática o estudante contextualiza as características estruturais da parede celular ao tipo de coloração apresentada pelas bactérias (GRAM positiva e GRAM ne- gativa) e virulência. Medicina Laboratorial INTENCIONALIDADE 1. Caracterizar a técnica da coloração de GRAM (Importância de cada um dos elementos utilizados na coloração e identificação das bacté- rias). 2. Caracterizar as bactérias quanto a sua forma, tamanho, reprodução, componentes estruturais de membrana e patogenecidade. 3. Definir uma Unidade Formadora de Colônia. 4. Relacionar a técnica de coloração de GRAM à estrutura de membrana das bactérias. 5. Relacionar a técnica de GRAM ao possível diagnóstico e terapia an- timicrobiana. Objetivos de aprendizagem 118 ROTEIRO DE ATIVIDADE EM LABORATÓRIO PARA ALUNO 1. Acender o bico de Bunsen e deixá-lo ligado por 5 minutos. Deixar a placa de cultura perto do fogo. 2. Separar 2 lâminas de microscopia previamente limpas e desengorduradas. Flambar rapidamente as lâminas 3 vezes sobre o fogo do Bico de Bunsen. 3. Segurar a alça de platina com a mão direita, flambar primeiro na chama azul, depois na amarela. Esperar esfriar (a alça é flambada na posição verti- cal e deverá ficar atrás da chama para proteção do operador). 4. Retirar a tampa da placa de cultura que contém o microrganismo próximo ao fogo e passar levemente e superficialmente a alça de platina previamen- te esterilizada sobre a Unidade Formadora de Colônia (UFC). 5. O material coletado deve ser semeado em lâmina de microscopia fazendo pequenos círculos na região mediana da lâmina. Para isso pingue antes uma pequena gota de água destilada na região central da lâmina. 6. Esperar secar e siga o procedimento a seguir para coloração de Gram. 7. Cobrir o esfregaço já fixado com solução de Cristal Violeta por um (1) mi- nuto. 8. Escorrer o cristal violeta, lavar em fio d’água e cobrir o esfregaço com Lu- gol por um (1) minuto. 9. Escorrer o lugol, lavar em fio d’água. 10. Descorar rapidamente com Álcool Etílico (20 segundos). 11. Interromper o processo de descoramento lavando o esfregaço com
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