Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Governança Corporativa Prof. Esp. Alessandro Arraes Rodrigues Princípios norteadores da Governança Corporativa 2 As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade de gestão da organização, sua longevidade e o bem comum. Tais princípios permeiam, em maior ou menor grau, todas as práticas do código, e sua adequada adoção resulta em um clima de confiança, tanto internamente como nas relações com terceiros (BLOK, 2017). 3 4 Figura 1 – Princípios da Governança Corporativa. Fonte: Elaboração do autor. Responsabilidade corporativa (compliance) Transparência (disclousure) Equidade (equality): Prestação de Conta (accountability): “Pode-se dizer, que não existe uma completa harmonia no que se refere a utilização das práticas de governança, más é possível se afirmar que todos são pautados nos princípios da independência, transparência, e na prestação de contas (accountability), como estratégia para alavancar os seus negócios no país, atraindo novos investidores (Silva, 2012)”. 55 Princípios norteadores da Governança Corporativa da OCDE 6 Um grande marco histórico neste processo evolutivo da governança corporativa, ocorreu no ano de 1998, ano que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 2004), em conjunto com os setores público e privado, e outras organizações internacionais, baseados na expertise do membros da comissão, procederam a elaboração de um importante conjunto de princípios alinhados a boa prática da governança corporativa. Más foi somente no ano de 1999 que a OCDE realizou a publicação dos Princípios da Governança Corporativa, documento elaborado em duas partes, onde a primeira abordou as mais importantes conclusões que resultaram em cinco princípios, já a segunda focou as orientações relacionadas a cada um destes princípios. 7 Vejamos os Princípios (OCDE, 2004): Direito dos acionistas; Tratamento equitativo dos acionistas; O papel das partes interessadas (stakeholders) na governança corporativa; Divulgação e transparência (Disclosure); As responsabilidades do conselho. 8 Cabe ressaltar que, tal documento deve ser encarado apenas como um referencial, sendo pertinente o seu estudo e adaptações em função de peculiaridades socioeconômicas, culturais e jurídicas de cada nação envolvida, e por sua característica evolutiva, foram publicadas e revisadas outras edições com o passar dos anos, pós sua publicação inicial (IBCG, 2009; OCDE, 2004). 9 Governança Corporativa e a Globalização 10 A conexão entre o estudo do empreendedorismo e dos riscos a ele associados passou a ser visto como a maneira eficaz de se combater as situações práticas que vivenciavam – e diga-se de passagem, ainda vivenciam – os mercados nacionais totalmente conectados; nesse momento, o espaço territorial foi ultrapassado, como consequência da globalização e da integração das economias, algo que no cenário financeiro, nunca havia sido contemplado com tamanha repercussão (SILVA, 2011). Nesta direção, emergem a atenção ao conteúdo normativo, bem como as codificações voluntárias, ambos como uma manifestação direta da governança corporativa, a qual traz em sua proposta de desenvolvimento sustentável da atividade empreendedora. 11 “Aflora o desejo por mais controle e segurança interna por parte das companhias, um bloqueio as eventuais fraudes e abuso de poder por parte dos gestores e componentes da alta administração. Tendo sido este o ponto focal dos debates ocorridos no decorrer das décadas de 1970-1990 (ERSE, 2008)”. 1212 Nesse contexto, por conta das tecnologias da informação que vem na mesma trilha, diversas empresas, buscando uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes, passaram a adotar práticas e padrões de metodologias internacionais, sendo a Governança Corporativa um excelente exemplo disso (JENSEN e MECKLING, 1976). 13 Referências 14 ▰ INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA - IBGC. Os Princípios da OCDE sobre o Governo das Sociedades. Atual. Rev. 2004. Disponível em: . Acesso em: 18 Ago. 2020. ▰ JENSEN, M. C.; MECKLING, William H. Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journalof Financial Economics.V. 3, nº 4, 1976. ▰ CADBURY Committee. Report of The Commitee on The Financial Aspect of Corporate Governance. London: Cadbury Committee, 1992. Disponível em: <http://www.ecgi.org/codes/documents/cadbury.pdf>. Acesso em: 19 Ago. 2020. ▰ ______. The Sarbanes-Oxley Act of 2002: strategies for meeting new internal control reporting challenges: a white paper, 2002. Referências 15 ▰ DAMODARAN, Aswath. Risk management: a corporate governance manual. New York University – Stern School of Business, 23 set. 2010. Disponível em: <http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1681017>. Acesso em: 16 Ago. 2020. ▰ INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (IBGC). Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. Disponível em: <http:// www.ibgc.org.br>. Acesso em: 17 Ago. 2020. ▰ Rossetti, J. P., & Andrade, A. (2011). Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências (5a ed.). São Paulo: Atlas. ▰ SILVA, Edson Cordeiro da. Governança Corporativa nas empresas. São Paulo: Atlas, 2006. Referências 16 ▰ OECD/Working Party on Economic and Environmental Policy Integration. Economic instruments for pollution control and natural resources management in OECD countries: a survey, OECD, Paris, 1999. Disponível em: http://www.olis.oecd.org/olis/1998doc.nsf/LinkTo/ENV-EPOC-GEEI(98)35-REV1- FINAL. Acesso em: 17 . Ago. 2020. ▰ IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Código das melhores práticas de governança corporativa. 4. versão, 2009. Disponível em: <http://www.ibgc.org.br>. Acesso em: 18 Ago. 2020. ▰ SILVEIRA, Alexandre Di Miceli da. Governança Corporativa no Brasil e no Mundo: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. http://www.olis.oecd.org/olis/1998doc.nsf/LinkTo/ENV-EPOC-GEEI(98)35-REV1-FINAL http://www.olis.oecd.org/olis/1998doc.nsf/LinkTo/ENV-EPOC-GEEI(98)35-REV1-FINAL http://www.olis.oecd.org/olis/1998doc.nsf/LinkTo/ENV-EPOC-GEEI(98)35-REV1-FINAL http://www.olis.oecd.org/olis/1998doc.nsf/LinkTo/ENV-EPOC-GEEI(98)35-REV1-FINAL http://www.olis.oecd.org/olis/1998doc.nsf/LinkTo/ENV-EPOC-GEEI(98)35-REV1-FINAL Referências 17 ▰ Phillips, R.A. (2003). Stakeholder theory and organizational ethics. San Francisco, BerrettKoehler Publishers. ▰ Giacomelli, Giancarlo…[et al]. Governança Corporativa [Recurso eletrônico]; [revisão técnica: Gisele Lozada]. Porto Alegre: SAGAH, 2017. ▰ MARTIN, Nilton Cano; SANTOS, Lílian Regina e FILHO, José Maria Dias. In: Revista Contabilidade & Finanças. São Paulo. v. 34, n. 1, p. 7-22, janeiro/abril de 2004. ▰ IBGC. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Guia de Orientação para Gerenciamento de Riscos Corporativos / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Eduarda La Rocque (coord). São Paulo, IBGC, 2007 (Série de Cadernos de Governança Corporativa, 3). Disponível em: <http://www.ibgc.org.br>. Acesso em 16/08/2020. Referências 18 ▰ SILVA, Edson Cordeiro da. Governança corporativa nas empresas: guia prático de orientação para acionistas, investidores, conselheiros de administração e fiscal, auditores, executivos, gestores, analistas de mercado e pesquisadores. São Paulo: Atlas, 2012. ▰ Candeloro, A. P. P., Benevides M. M. (2013). Os 9 passos essenciais para fortalecer o compliance e a governança corporativa nas empresas. Havard Business Review, Abr., 20-40. ▰ MCBARNET, Doreen. Corporate social responsibility: beyond law, through law, for law. University of Edinburgh Working Paper, n. 2009/03. Disponível em: <http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1369305>.Acesso em: 18 Ago. 2020. Referências 19 ▰ SILVA, Andreia Alexandra de Oliveira Braga da. Risco de compliance: função, consolidação e desafios do mercado global. Dissertação (mestrado em gestão de recursos humanos e análise organizacional) – Faculdade de Ciências da Economia e da Empresa – Universidade Lusíada de Lisboa. Lisboa, 2011. Disponível em: http://repositorio.ulusiada.pt/bitstream/11067/292/1/mgrhao_andreia_silv a_dissertacao.pdf>. Acesso em: 17 Ago. 2020. ▰ ERSE, Cristiano Starling. Códigos de governança corporativa: regulação voluntária. In: Revista da Faculdade de Direito Padre Arnaldo Janssen, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 24-51, jan./dez. 2008 Referências 20 ▰ GODOI, Alexandre Franco de. Governança Corporativa e Compliance. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2020. ▰ BLOK, Marcella. Compliance e governança corporativa. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2017. 21 Obrigado! Alessandro Arraes Rodrigues Contatos: alessandro.arraes@fatecie.edu.br
Compartilhar