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SEPSE o Aboliu-se o conceito de sepse grave (Sepsis-3) o Agora, as novas definições são: - Sepse: disfunção de órgãos potencialmente fatal, decorrente da desregulação da resposta a uma infecção; - Disfunção de órgãos: escore sequential organ failure assessment (SOFA) > ou = 2; - Choque séptico: subgrupo dos pacientes com spse que apresentam hipotensão e necessitam de vasopressores para manter a PA Média > 65 mmHg e lactato > 2 mmol/L (18 mg/dL), apesar de ressuscitação volêmica adequada. o À beira do leito, em pacientes críticos, pode-se utilizar o quickSOFA, cujo escore varia em 0-3: - alteração do nível de consciência; - PA sistólica < 100 mmHg - FR > 22 - 2 pontos à escore para sepse. o QUADRO CLÍNICO - Depende do sitio primário de infecção e dos sintomas sinais/sintomas sistêmicos secundários ao quadro de sepse propriamente dito: hipotensão, oliguria, alteração do estado mental, etc. # ANAMNESE: - Perguntar ativamente sobre sintomas localizatórios do sitio primário de infecção e sua duração: cefaleia, tosse ou expectoração, dispneia, náuseas e vômitos, dor abdominal, disúria, dor lombar, alterações cutâneas e articulares. - Excluir outros diagnósticos diferenciais - Atbs usados nos últimos 3 meses - Culturas prévias devem ser checadas # EXAME CLÍNICO - Sinais vitais - TEC - Valorizar achados como: icterícia, hipotensão postual, sinais de irritação meníngea, alterações sutis no nível do consciência, otorreia, úlceras de decúbito. #EXAMES COMPLEMENTARES - ureia, creatinina, eletrolitos, hemograma, albumina, TGO, TGP, bilirrubinas totais e fracoes, FA, GGT, gasometria arterial com lactato, gasometria de cateter venoso central, PCR, coagulograma, troponina, CKMB, ECG, RX, Urina, hemocultura e urocultura. #TRATAMENTO o “Golden hours”à 3 e 6 primeiras horas à reduzem mortalidade o PRIMEIRAS 3 HORAS: - Realizar avaliação inicial e instituir suporte respiratório - Medir níveis de lactato e coletar exames gerais - Obter culturas antes da administração de ATB - Administrar antimicrobianos de amplo espectro na 1º hora - Administrar 30 ml/kg de cristaloides, se houver hipotensão ou lactato igual ou > 36 mg/dl o PRIMEIRAS 6 HORAS: - Instituir monitorização hemodinâmica (cateter venoso central, PA invasiva, AVD) - Iniciar terapia precoce guiada por metas: é uma estratégia de ressuscitação hemodinâmica que busca atingir objetivos hemodinâmicos com a readequação da oferta de oxigênio aos tecidos, antes que a disfunção de múltiplos órgãos se desenvolva à indicada nos pacientes com choque séptico - Pressão venosa central: 8-12 mmHg - PAM: > ou igual a 65 mmHg - Débito urinário > ou igual 0,5 mL/Kg/h - Saturação venosa central de oxigênio (SvcO2): > ou igual a 70% Ana Luiza Cardoso #RECOMENDAÇÕES GERAIS: o ANTIMICROBIANOS - Administrar na primeira hora do reconhecimento de sepse ou choque séptico - Escolher cobertura empírica ampla, baseada no sitio da infecção - Considerar terapia empírica combinada em pacientes neutropenicos ou com infecções por presumíveis patógenos multirresistentes (pex. Pseudomonas spp) - Manter terapia por 7-10 dias o FLUIDOTERAPIA - Considerar albumina em pacientes que requeiram grande quantidade de cristaloides (são o expansor de escolha). - Evitar soluções de hidroxietilamido (coloide artificial). - Expandir, no mínimo, com 30 mL/kg de cristaloides (ou equivalente de albumina) o VASOPRESSORES - Norepinefrina 1ª escolha - Epinefrina e vasopressina podem ser adicionados à norepinefrina, com intuito de atingir a PAM desejada - Considerar dompamina como vasopressor alternativo à norepinefrina, apenas em pcts com baixo risco de taquiarritmias ou bradicardia o INOTRÓPICOS - Administrar dobutamina até a dose de 20 mcg/kg/min em pacientes com disfunção miocárdica ou sinais de hipoperfusao a despeito da adequada ressuscitação volêmica e PAM no alvo o CORTICOSTEROIDES - Adm hidrocortisona 50 mg ev 6/6h em pacientes adequadamente ressuscitados e que não atingem estabilidade hemodinâmica, mesmo no uso de vasopressores (ou seja, pct em choque séptico) o TERAPIA ADJUVANTE - Realizar transfusão se HB <7, a fim de atingir um alvo de 7-9 g/dl - Transfundir profilaticamente plaquetas se < 10.000 na ausência de sangramentos ou < 20.000 nos pct com risco de sangramento ou febre. Manter plaquetas > 50.000 /mm3 - Estabelecer protocolo de insulina no caso de 2 dosagens consecutivas de glicemia sérica > 180 mg/dL - Considerar o fato de que terapias de substituição renal contínua ou intermitente são equivalentes em pacientes sépticos com injúria renal aguda - Instituir profilaxias de úlcera de estresse, TVP, realizar precocemente nutrição enteral, se tolerada Ana Luiza Cardoso Ana Luiza Cardoso
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