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Unidade 2 Conceitos de Bioética e Biossegurança Paulo Heraldo Costa do Valle Bioética e Biossegurança Bioética e Biossegurança Paulo Heraldo Costa do Valle Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autor PAULO HERALDO COSTA DO VALLE Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS O AUTOR PAULO HERALDO COSTA DO VALLE Olá. Meu nome é Paulo Heraldo Costa do Valle. Sou formado em fisioterapia, com mestrado e doutorado em fisiologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com uma experiência técnico, profissional e acadêmica na área de saúde a mais de 25 anos. Trabalhei em várias como a Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI), Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), Universidade Gama Filho (UGF), Universidade Ibirapuera (UNIb), Universidade Nove de Julho (UNINOVE) e Kroton Educacional. Já trabalhei como consultor AD HOC do MEC para autorização, reconhecimento e renovação de cursos de graduação durante 10 anos e fui membro da Comissão Assessora do Curso de Fisioterapia do Exame Nacional de Desempenho do Estudante – ENADE. Fui membro da Comissão de Qualificação de Cursos e da Comissão de Educação do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO e membro da Comissão de Sindicância do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - CREFITO. Fui Vice Presidente da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia e Presidente da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia. Além da Telesapiens já produzi conteúdos para a Kroton Educacional, Editora Guanabara Koogam, 5G Educacional, Uninter, Delínea, Must, Campanha Nacional de Escolas da Comunidade e DPContent. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso trabalho junto com a Editora Telesapiens compondo o seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo sempre. Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: ICONOGRÁFICOS INTRODUÇÃO: para o início do desen- volvimento de uma nova competência; DEFINIÇÃO: houver necessida- de de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações es- critas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e inda- gações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamento do seu conhecimento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma ativi- dade de autoaprendi- zagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Bioética: Introdução, histórico e conceitos .....................11 Introdução a bioética .........................................................11 Princípios da bioética ........................................................12 Beneficência ..........................................................12 Não-maleficência ...................................................12 Autonomia .............................................................13 Justiça ou equidade ................................................14 Ética ao profissional de saúde .........................................15 Objetivo de criação dos conselhos profissionais .................15 Funções dos conselhos da área da saúde ............................16 Situação atual dos conselhos de classe ...............................17 Profissões da área da saúde regulamentadas .......................19 Código de Ética profissional ..............................................19 Organização Mundial da Saúde .........................................20 Organização Pan-Americana da Saúde ..............................20 Biossegurança: histórico, conceito e legislação ................21 Histórico da biossegurança ................................................21 Conceito sobre a biossegurança .........................................22 Legislação sobre biossegurança .........................................22 Comissão Técnica Nacional de Biossegurança ...................24 Principais classes de riscos ocupacionais ...........................24 Biossegurança em laboratórios .......................................25 Normas de Biossegurança para os laboratórios ..................26 Programa de Segurança .....................................................28 Avaliação e Representação de Riscos Ambientais ..............28 Mapa de riscos ..................................................................29 Serviço especializado de engenharia de segurança e em medicina do trabalho .........................................................30 Etapas para a elaboração do Mmpa de riscos .......................31 Bioética e Biossegurança8 UNIDADE 02 CONCEITOS DE BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA Bioética e Biossegurança 9 INTRODUÇÃO Olá estudante! Gostaria de convidar você neste momento para continuar este processo de conhecimento e aprendizagem, tenho certeza que será muito enriquecedor, repleto de desafios e estímulos para o seu o crescimento. Você é o nosso convidado especial para continuar esta viagem através do conhecimento, durante esta trajetória você irá se deparar com trilhas muito interessantes e desafiadoras em todo este percurso. Podemos continuar? O tema desta segunda unidade é “Bioética e biossegurança”, o qual está dividido nos seguintes conteúdos: Bioética: Introdução, histórico e conceitos; Ética ao profissional de saúde; Biossegurança: histórico, conceito e legislação e Biossegurança em laboratórios. Bioética e Biossegurança10 OBJETIVOS Olá. Seja muito bem vindo a nossa Unidade 2, e o nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Compreender a bioética: Introdução, histórico e conceitos; 2. Estudar a ética aplicada ao profissional de saúde; 3. Pesquisar sobre a biossegurança: histórico, conceito e legislação; 4. Analisar a biossegurança em laboratórios. Então? Preparado para adquirir conhecimento sobre um assunto fascinante e inovador como esse? Vamos lá!. Bioética e Biossegurança 11 Bioética: Introdução, histórico e conceitos INTRODUÇÃO Ao longo deste item você será capaz de compreender vários conteúdos fundamentais com relação à introdução, histórico e os conceitos muito importantes que estão relacionados com a bioética. Introdução a bioética No ano de 1927 Fritz Jahr publicou um artigo científico em um periódico alemão onde foi utilizado pela primeira vez o termo bioética. Para ele este termo estava relacionado com o reconhecimento de obrigações éticas, não apenas em relação ao ser humano, mas também para com todos os seres vivos. Quanto à sua criação na língua inglesa foi atribuído a André Hellergers, no ano de 1971, como uma forma para estabelecer uma área de atuação, relacionado com a reprodução humana, foi criado o Instituto Kennedy de Ética. A bioética é uma palavra de origem grega onde “bios” significa vida e “ethos” significa ética. DEFINIÇÃO A bioética é definida como o estudo transdisciplinar das ciências biológicas, ciências da saúde, daética e do direito tendo como principal finalidade investigar todas as situações onde estão envolvidas a vida humana, animal ou vegetal. A ampliação da bioética no mundo não ocorreu de forma homogênea, sendo observada inicialmente nos Estados Unidos e na Europa, enquanto que no Brasil foi apenas na década de 90 por meio da proposta que reuniu as várias áreas do conhecimento em volta da ética em saúde. Atualmente tanto a América Latina e principalmente o Brasil têm apresentado uma grande contribuição para a composição do Bioética e Biossegurança12 pensamento bioético mundial, no qual observado um grande número de publicações nessa área. A bioética está envolvida especificamente com a abordagem dos conflitos morais e éticos na saúde, o Relatório Belmont publicado no ano de 1978 foi editado por meio da Comissão Nacional para Proteção de Pessoas Humanas na pesquisa biomédica e comportamental, sendo conceituado como o primeiro a organizar a utilização sistemática de princípios. Princípios da bioética Os princípios da bioética são divididos atualmente em quatro itens, e estão relacionados com as discussões, decisões, procedimentos e ações: • beneficência, não-maleficência, - autonomia e justiça ou equidade, conforme veremos cada um a seguir. Beneficência O princípio da beneficiência apresenta uma relação quanto a busca de uma excelência profissional, você pode observar essa busca, por exemplo, por meio do juramento de Hipócrates: “Usarei o tratamento para ajudar os doentes, de acordo com minha habilidade e julgamento e nunca o utilizarei para prejudicá-los”. O juramento de Hipócrates abrange todas as profissões da área da saúde, ou seja, é obrigação de todo profissional da saúde sempre fazer o bem para todos os pacientes, utilizando de todos os seus conhecimentos e habilidades, bem como devendo sempre maximizar os benefícios e minimizar os riscos, procurando alcançar o melhor tratamento e a prevenção para todas as doenças, por meio de um equilíbrio físico e emocional. Não-maleficência Este princípio é considerado como o mais controverso dos quatro princípios, tendo como pressuposto que é dever de todo o profissioinal Bioética e Biossegurança 13 da saúde não fazer qualquer mal a outro indivíduo, não causando danos ou colocando-o em risco. O fato de não se pensar em fazer o mal, por si só, já é um ato de bondade para o outro. Você está convidado para refletir neste momento uma vez que muitas das intervenções tanto diagnósticas como terapêuticas que estão presentes na saúde, em muitos casos, acabam apresentando um certo risco. A maior justificativa em todos estes casos está relacionada com os casos onde existe uma certa expectativa quanto ao benefício esperado em função desta avaliação ou exame é maior que a possibilidade de risco, justificando portanto a sua ação. Autonomia Neste princípio está envolvido o poder de decisão que o indivíduo tem com relação a si mesmo, e que cada ser humano deve ter a sua liberdade resguardada e garantida. Em função deste princípio o ser humano que é adulto e possui plena consciência, vai ter sempre o direito de decidir do que pode ser realizado ou não no seu próprio corpo. Existem duas condições que podem ser consideradas como fundamentais para que o indivíduo possa exercer sua autonomia: ter sempre a capacidade de agir de forma intencional, compreendendo e tendo as condições necessárias para decidir entre todas as alternativas apresentadas, como também, a liberdade de decisão para todo e qualquer procedimento. Este princípio na prática obriga que todo profissional da saúde deva apresentar para todos os seus pacientes, as informações necessárias para que eles consigam entender todos os seus problemas, garantindo que em função dessas informações, tenham condições para tomar as suas decisões. Na área da saúde existe um documento que é denominado de consentimento informado, que significa a representação dessa interação entre o profissional e o paciente, que após a leitura, como também a explicação completa sobre os procedimentos, deve assinar confirmando o seu consentimento, o que significa a sua decisão voluntária, quanto a sua submissão para todos os procedimentos que forem necessários. Bioética e Biossegurança14 Figura 1: Poder de decisão do paciente Fonte: ©Freepik. Justiça ou equidade Neste princípio está envolvido a organização de todos os deveres e benefícios sociais de uma forma coerente e apropriada para todos os indivíduos que fazem parte de uma determinada sociedade, devendo ser garantindo para cada um o seu direito. É fundamental evidenciar que é a equidade é diferente da igualdade. Igualdade é aplicado quando queremos nos referir a situações iguais, idênticas ou equivalentes para todos os indivíduos e para todas as situações. Equidade está diretamente ligada ao julgamento imparcial, com retidão e justiça. A bioética ao ser aplicada para o setor público deve proteger a vida e a integridade de todos os indivíduos, evitando portanto qualquer forma de discriminação, marginalização ou a segregação social, o que significa que todos os indivíduos devem ter os mesmos direitos, porém infelizmente no dia a dia das pessoas este princípio muitas vezes não é respeitado, sendo observado por exemplo pacientes que ficam meses em uma fila de espera para serem atendidos em uma consulta ou ainda para uma intervenção cirúrgica. Bioética e Biossegurança 15 SAIBA MAIS Para aprofundar um pouco mais sobre a origem da bioética, a bioética e a ética, a bioética e a humildade, a bioética e a responsabilidade e a bioética e a competência interdisciplinar leia o artigo do professor Doutor em Ciências Médicas José Roberto Goldim, “Bioética: Origens e Complexidade”, disponível em: https://bityli.com/k3RYE Ética ao profissional de saúde Objetivo: Neste item ao longo deste item você será capaz de conhecer a criação dos conselhos profissionais da saúde, funções dos conselhos da área da saúde, situação atual dos conselhos de classe, profissões da área da saúde regulamentadas, código de de ética profissional, Organização Mundial da Saúde e por último a Organização Pan-Americana da Saúde. Objetivo de criação dos conselhos profissionais O propósito da criação de todos os conselhos profissionais da saúde foi regularizar, regulamentar e fiscalizar todos os profissionais que trabalham na área da saúde, além da representação política das classes, operando junto com o poder Legislativo, Ministérios, Secretarias e Conselhos de Saúde somado ao empenho de todas as instâncias. https://bityli.com/k3RYE Bioética e Biossegurança16 Figura 2: Conselhos da área da saúde Fonte: ©Freepik. Funções dos conselhos da área da saúde Está a cargo dos Conselhos Profissionais a fiscalização do exercício profissional, sendo destinado às instituições de natureza jurídica e federativa, que possuem independência administrativa e financeira, sustentadas pelas colaborações de cada profissional inscrito, com relação a habilitação para o exercício profissional. Os conselhos devem fiscalizar o exercício profissional, desempenhando, em juízo e fora dele, os interesses gerais e individuais dos profissionais, garantindo uma boa execução de todos os serviços prestados à sociedade. Nos regimes democráticos no mundo os conselhos profissionais devem contribuir para o desenvolvimento dos mecanismos de controle social e para a democratização das políticas públicas, precisando estar em concordância com o projeto ético-político profissional a um projeto social maior; devendo ser um agente fundamental na construção e consolidação de uma sociedade mais democrática. Bioética e Biossegurança 17 A partir da década de 1980 os conselhos estão mais relacionados nas diferentes lutas da sociedade, com uma grande atuação na construção coletiva dos espaços democráticos de defesa das políticas públicas, colaborandopara a institucionalização de princípios democráticos da Constituição Federal de 1988. Os conselhos profissionais da saúde têm dado preferência para as suas ações que estão envolvidas quanto a qualificação de profissionais e trabalhadores, procurando atingir melhores condições de trabalho, democratização dos vínculos profissionais, atuação nos espaços de controle social, universalização das políticas sociais, confirmação do direito ao atendimento humanizado nos serviços públicos e incentivo à participação popular, em união com os diversos segmentos da sociedade. Situação atual dos conselhos de classe Os conselhos de classe atualmente têm um papel primordial com relação à constituição de um pacto baseado na ética e nos direitos humanos, procurando atingir a justiça social e a democracia. Qualquer sociedade só pode evoluir por meio de sua habilidade de rediscutir todas as suas regras, valores e códigos de conduta de maneira plural e estruturada, permitindo as verificações entre o presente e o passado com o objetivo de planejar o futuro. Todas as profissões da saúde possuem um decreto lei, presentes em todas as suas especificidades, sendo válidos para todo o território Nacional, específico para os portadores de diplomas expedidos por curso superior reconhecido pelo Ministério da Educação. Todos os decretos possuem várias resoluções, que tem o papel de explicar regulamentar e determinar os padrões e conceitos quanto a atuação, técnicas e proibições para cada área além das leis que são as responsáveis pela regulamentação de todas as profissões. A seguir será abordado a regulamentação por meio da lei e do decreto de todas as profissões da área da saúde de nível superior, com os seus respectivos documentos. Bioética e Biossegurança18 Tabela 1: Profissões da área da saúde PROFISSÃO LEI/DECRETOS CRIAÇÃO/REGULAMENTAÇÃO Biologia e biomedicina Lei nº 6.684/1979 Criação dos conselhos federais e os conselhos regionais de biologia e biomedicina Educação Física Lei nº 9.696/1998 Regulamentação da profissão de educação física Enfermagem Lei nº 2.604/1955 Regulamentação do exercício profissional da enfermagem Farmácia Decreto nº 20.931/1932 Regulamentação do exercício profissional do farmacêutico Fisioterapia e Terapia Ocupacional Decreto nº 938/1975 Criação do conselho federal e os conselhos regionais de fisioterapia Fonoaudiologia Lei nº 6.965/1981 Regulamentação do exercício profissional da fonoaudiologia Medicina Decreto nº 7.995/1945 regulamentação do exercício profissional da medicina Medicina Veterinária Decreto nº 20.931/1932 regulamentação do exercício profissional da medicina veterinária Nutrição Lei nº 6.583/1978 Criação dos conselhos federal e regionais Fonte: Elaborada pelo autor (2019) Bioética e Biossegurança 19 Profissões da área da saúde regulamentadas No Brasil atualmente existem mais de vinte profissões da área da saúde que são regularizadas, sendo algumas de formação de nível técnico, por exemplo, técnico em radiologia, enfermagem, auxiliar de enfermagem, análises clínicas, prótese dentária, saúde bucal, auxiliar de saúde bucal entre outras. Código de Ética profissional O Código de ética profissional é um documento que apresenta várias diretrizes tendo o obejetivo de auxiliar todos os indivíduos quanto às suas atitudes e condutas, aspectos morais aceitos pela sociedade. Cada uma das profissões da área da saúde tem o seu próprio código de ética com o objetivo de auxiliar quanto a execuação de cada uma das profissões. O código de ética é escrito em decorrência das lutas, interesses e ambições da sociedade beneficiada para todos os serviços oferecidos pelos profissionais. Os conceitos de éticas deontológicos determinados pelos conselhos, estão diretamente envolvidos com as leis e as normas legais do país, portanto mesmo que o profissional seja absolvido pelo próprio conselho, pode ser caracterizado como uma forma de ferir a lei, em função de não estar apenas realizando um descumprimento ético, mas também em função do dano causado as vítimas envolvidas com essas atitudes não éticas. A maior parte dos profissionais da área da saúde devem estar voltados para a promoção, reabilitação da saúde, prevenção, recuperação e autonomia de acordo com todos os preceitos éticos e legais existentes. Os profissionais são componentes da equipe de saúde, e devem ter como objetivo a satisfação quanto as demandas de saúde da sociedade e dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que permitam a universalidade de acesso a todos os serviços de saúde. Bioética e Biossegurança20 Figura 3: Código de ética Fonte: ©Freepik. Organização Mundial da Saúde Na Cidade de Nova Iorque, no dia 07 de abril de 1948, foi criada a Organização Mundial da Saúde que é subordinada a Organização das Nações Unidas, com sede em Genebra na Suíça. O objetivo fundamental da organização é desenvolver ao máximo possível a saúde em todos os povos. A saúde é caracterizada como um estado de completo bem-estar físico, mental e social não compreendendo somente da ausência de uma doença ou enfermidade. Organização Pan-Americana da Saúde No ano de 1902 foi criado Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que é uma organização internacional especializada em saúde considerada como a agência internacional de saúde mais antiga em todo o mundo. O trabalho dessa agência é melhorar condições de saúde dos países que fazem parte das Américas. A Organização Pan-Americana da Saúde faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU) e, existem atualmente escritórios em mais de 27 países e oito centros científicos. Bioética e Biossegurança 21 Biossegurança: histórico, conceito e legislação INTRODUÇÃO Ao longo deste item você será capaz de compreender o histórico da biossegurança, conceito sobre a biossegurança, legislação sobre biossegurança, comissão técnica nacional de biossegurança e principais classes de riscos ocupacionais. Histórico da biossegurança No período de 1940 a 1950 vários cientistas estavam realizando pesquisas com infecções humanas através de vírus e bactérias que eram obtidos nos locais de trabalho por meio da exposição direta ou indireta de um agente infeccioso. Figura 4: Biossegurança Fonte: ©Freepik. Na década de 1940 nos Estados Unidos o governo americano começou um programa no Forte Detrick, cujo objetivo era Bioética e Biossegurança22 organizar para uma possível guerra biológica, eles estavam bastante preocupados com a possibilidade da Alemanha Nazista utilizar foguetes como um veículo para uma guerra biológica durante a Segunda Guerra Mundial (HIRATA, et al, 2012). Por este motivo, foi construído no Forte Detrick o primeiro local para o estabelecimento de um espaço de segurança destinado ao trabalho com os agentes biológicos. Conceito sobre a biossegurança A biossegurança é definida como a execução de várias ações que estão voltadas para a prevenção e proteção dos indivíduos, devido aos riscos gerados em função dos agentes químicos e físicos, redução dos riscos envolvidos com as atividades de pesquisa, ensino, desenvolvimento tecnológico e realização dos serviços, tendo em vista a saúde do homem, dos animais e a preservação do meio ambiente, e a qualidade dos resultados. Uma das principais funções da biossegurança é a geração de um ambiente biológico seguro, para os indivíduos e os profissionais que estão envolvidos com uma determinada situação (HIRATA, et al, 2012). Este é um tema fundamental já que os profissionais da saúde em alguma situação podem estar expostos a esses agentes biológicos, por isso, é imprescindível que o ambiente de trabalho seja seguro e com a devida proteção, para que esses profissionais não adquiram vários tipos de enfermidades (contaminação física, química ou biológica), assim como também evitar os acidentes de trabalho. Legislação sobre biossegurança O ano de1984 é considerado o ano do surgimento da biossegurança, porém somente no ano de 1995 foi que a Lei da Biossegurança foi sancionada no Brasil. A seguir veremos algumas datas muito importantes que estão relacionadas com a biossegurança no Brasil. Bioética e Biossegurança 23 Em 1984 foi realizado o I Workshop de Biossegurança em Laboratórios, enquanto que no ano de 1986 foi realizada a primeira avaliação sobre os riscos em Laboratório pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). As pesquisas com biossegurança na década de 1990 começaram a ser voltadas para a tecnologia com o ácido desoxirribonucleico (DNA) recombinante, e ficou conhecido como o primeiro projeto de ações envolvidas com a biossegurança através do Ministério da Saúde aliado com o núcleo de biossegurança. No dia 05 de janeiro de 1995 foi promulgada a Lei n° 8.974, denominada como a Lei Brasileira da Biossegurança, a qual constitui as especificações para o trabalho com DNA no Brasil, na qual incluída a pesquisa, produção e comercialização de organismos geneticamente modificados (OGMs), como objetivo de cuidar da saúde do homem, dos animais e do meio ambiente (HIRATA, et al, 2012). No dia 20 de dezembro de 1995 por meio do Decreto 1.752 foi formalizando a proposta para a criação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), definindo as suas habilidades no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia. O ano de 1996 ficou conhecido como um marco histórico, no qual foi divulgado um manual envolvido com o esclarecimento sobre o manuseio de sangue, líquidos e fluidos corporais com a influência de um controle por meio dos padrões universais e precauções relacionadas na rota da transmissão. No ano de 1999 foi constituída a Associação Nacional de Biossegurança (ANBio), também houve nesse ano o I Congresso Brasileiro de Biossegurança, composto por um grupo de cientistas voltados para a difusão de todos os avanços tecnológicos modernos com os seus mecanismos de controle que são primordiais para a incorporação tecnológica e a preservação da biodiversidade. Esta associação reúne profissionais de vários diversos setores, como: biólogos, biomédicos, engenheiros agrônomos, engenheiros de alimentos, farmacêuticos, químicos, médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, arquitetos, advogados entre outros. Bioética e Biossegurança24 Já no ano 2000 houve a introdução da disciplina de biossegurança nos currículos universitários na grande maioria dos cursos da área da saúde. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança Por meio da aprovação da Lei Nº 11.105 de 25 de março de 2005 foi revogada a Lei Nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995. Por meio desta lei foi criada a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio), cujo mandato do presidente é de dois anos, podendo ser renovado por igual período, sendo designado pelo Ministro da Ciência e Tecnologia. A finalidade foi garantir uma assistência técnico consultivo e o assessoramento para o Governo Federal com a proposta de desenvolver a formulação, atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança associado com os organismos geneticamente modificados (OGMS). Principais classes de riscos ocupacionais Os principais riscos ocupacionais são: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. • Físicos - Ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, temperaturas extremas e umidade. • Químicos - Poeira, fumo, neblinas, névoas, gases e vapores, explosivos inflamáveis, corrosivos, irritantes, tóxicos e cancerígenos. • Biológicos - Vírus, bactérias, protozoários, parasitas, insetos e organismos geneticamente modificados. • Ergonômicos - Esforço físico ou cargas excessivas, produtividade ou ritmo de trabalho excessivo, postura inadequada e jornada de trabalho prolongada. • Acidentes - Arranjo físico e iluminação adequada, equipamentos inadequados, defeituosos ou sem proteção, sobrecarga de eletricidade, incêndio ou explosão e armazenamento de material inadequado. Bioética e Biossegurança 25 Figura 5: Principais classes de riscos ocupacionais 1 Físicos 3 Biológicos 5 Acidentes 2 Químicos 4 Ergonômicos Fonte: Elaborada pelo autor (2019) Biossegurança em laboratórios Objetivo: Neste item você será capaz de entender as normas de biossegurança para os laboratórios, programa de segurança, avaliação e representação de riscos ambientais, mapa de riscos, serviço especializado de engenharia de segurança em medicina do trabalho e etapas para elaboração dos mapas de riscos. Figura 6: Biossegurança nos laboratórios Fonte: ©Pixabay. Bioética e Biossegurança26 Normas de Biossegurança para os laboratórios As Normas de biossegurança nos laboratórios são essenciais para prevenirem e também reduzirem os riscos dos profissionais que trabalham nesses locais desenvolverem doenças devido a exposição aos vários agentes que estão presentes nestes locais. Todas as circunstâncias onde existe um risco pode ocorrer acidentes, em alguns dos casos eles não são reversíveis, ocasionando afastamento temporário, definitivo ou até mesmo à morte do colaborador. Existe uma série de processos que devem ser empregados nos laboratórios, tendo como principal finalidade a diminuição da exposição de todos os indivíduos a esses riscos, por meio da: limpeza de materiais e dos locais de trabalho; manipulação correta de todos os equipamentos; manipulação correta das substâncias químicas; manipulação correta dos materiais biológicos e radioativos; utilização adequada de todos os aparelhos de proteção coletiva e individual (HIRATA, et al, 2012). Na tabela a seguir você verá algumas orientações que são fundamentais para o planejamento e a organização de todas as atividades realizadas dentro de um laboratório. Tabela 2: Orientações para planejamento e organização das atividades ATIVIDADES ORIENTAÇÕES Manuseio de equipamentos e instrumentos Verificar a disponibilidade e o funcionamento do equipamento, agendar data e horário do uso dos equipamentos, deixar disponível o protocolo de uso e limpeza dos equipamentos, deixar disponível o manual do equipamento e o nome do responsável para solucionar dúvidas quanto ao funcionamento e nas situações de emergência. Manuseio de vidraria e outros materiais Verificar o estado de limpeza, presença de trincas ou rachaduras, resistência térmica, resistência química e a compatibilidade com solventes e outros reagentes. Observar a necessidade de tratamento prévio (esterilização, descontaminação química ou biológica). Bioética e Biossegurança 27 ATIVIDADES ORIENTAÇÕES Preparo de reagentes e soluções Preparar antecipadamente as quantidades necessárias, observando as condições de armazenamento, estabilidade e o prazo de validade. Observar se o reagente/solução deve ser preparado apenas no momento do uso. Seguir os procedimentos adequados do manuseio e armazenamento dos produtos químicos, observando a compatibilidade entre os mesmos. Condições de segurança do local Observar a necessidade de utilização dos equipamentos de proteção coletiva (capela de segurança química e cabine de segurança biológica) como, também, os equipamentos de proteção individual (óculos de segurança, máscaras, aventais, luvas, entre outros). Sinalização das áreas de trabalho Devem ser observados os sinais universais de indicação de risco (químico, biológico e físico), todas as atividades de alto risco só podem ser realizadas em área restrita e bem sinalizada. A sinalização dos materiais de combate ao incêndio (extintores e hidrantes), saídas de emergência e rotas de fuga para situações de emergência devem estar indicadas. Tempo de execução da atividade Se o procedimento for bem planejado e todos os materiais estiverem disponíveis é possível determinar o tempo necessário para a realização da atividade. É fundamental ainda lembrar que, nesses casos em que as atividades são realizadassem planejamento e por um período muito longo, logo haverá predisposição a acidentes que podem levar a danos irreparáveis para a saúde dos indivíduos. Procedimentos operacionais Elaborar ou ter sempre disponível os procedimentos necessários para a realização das atividades laboratoriais. Os protocolos já determinados vão auxiliar na otimização do trabalho, reduzindo o tempo utilizado para as atividades laboratoriais, assim como também reduzindo o risco de acidentes. Práticas seguras Todas estas recomendações devem ser conhecidas e seguidas com a finalidade de redução da exposição aos riscos ambientais. Registro de atividades Todos os reagentes, materiais e equipamentos bem como os resultados e as análises devem ser registrados garantindo o armazenamento de todas as informações. Fonte: HIRATA; HIRATA; MANCINI FILHO (2012) Bioética e Biossegurança28 Programa de Segurança Todo laboratório deve ter um programa de segurança com o objetivo de reduzir os riscos ambientais, prevenção de acidentes, assim como um treinamento em contexto de emergência e a realização de todas as normas de segurança em vigor. É imprescindível que todo colaborador saiba quais são as condições mínimas para um programa de segurança, entre eles estão: • quantidade disponível e utilização adequada dos equipamentos de proteção coletiva e individual; • realização regulares dos programas de treinamento; • os equipamentos de combate a incêndio precisam estar disponíveis em todos os locais; • sinalização das áreas de risco e rotas de fuga; • manutenção de um sistema de geração de energia elétrica de emergência; • elaboração e realização de um programa de prevenção de riscos ambientais; • sistema de registros para todos os testes de segurança desenvolvidos quanto ao desempenho dos equipamentos. Avaliação e Representação de Riscos Ambientais A avaliação é desenvolvida com o propósito de diminuir os riscos de manipulação dos materiais e a proteção para todos os indivíduos e ao meio ambiente. Todas estas informações estão fundamentadas em função da periculosidade e/ou patogenicidade do agente. Por meio dessa avaliação é possível então verificar o nível de biossegurança que é necessário para combater esses agentes. Essa avaliação dos riscos ambientais pode ser desenvolvida por meio da produção de um mapa de risco ambiental, que permite fazer um diagnóstico da condição de segurança e saúde ocupacional no laboratório. A confecção do mapa de risco ambiental deve ser executada por meio dos membros da comissão interna de prevenção de acidentes Bioética e Biossegurança 29 (CIPA) estando fundamentada por meio da Norma Regulamentadora n° 5 (NR 5). SAIBA MAIS Para saber mais leia na íntegra a Norma Regulamentadora n° 5 (NR 5) que é específica para a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), para que você consiga entender com detalhes todas as funções desta comissão dentro de um laboratório, acessando o site: https://bityli. com/fcXlg.. Mapa de riscos O mapa de riscos deve ser elaborado através da utilização da planta baixa do local, todos os riscos precisam ser representados por meio de cores e círculos padronizados, conforme você pode observar nas tabelas seguintes: Tabela 3: Descrição das cores utilizadas para delimitar riscos em um laboratório COR UTILIZAÇÃO Branca Delimitar áreas isoladamente ou combinadas com a cor preta Amarela Indicar “Atenção” ou “Cuidado” Alaranjada Identificar partes móveis de máquinas e equipamentos Vermelha Indicar equipamentos e os aparelhos de proteção e combate ao incêndio, além das rotas de fuga e da saída de emergência Púrpura Indicar os perigos provenientes de radiações eletromagnéticas penetrantes e de partículas nucleares Verde Indicar dispositivos de segurança como chuveiros de emergência, lava-olhos, caixas de primeiros socorros e caixas com materiais para situações de emergência (máscaras contra gases) Azul Indicar equipamentos fora de uso Preta Indicar coletores de esgoto ou lixo Fonte: HIRATA; HIRATA; FILHO (2012) https://bityli.com/fcXlg https://bityli.com/fcXlg Bioética e Biossegurança30 Classificação dos principais riscos ocupacionais Conforme Irata (2012) a classificação dos principais riscos ocupacionais ocorrem por meio das seguintes formas: FÍSICOS: ruído, vibração, radiações ionizantes e não ionizantes, temperaturas extremas, umidade; QUÍMICOS: poeiras, fumo, neblinas e névoas; gases e vapores, explosivos, inflamáveis, corrosivos, irritantes, tóxicos, cancerígenos; BIOLÓGICOS: vírus, bactérias; protozoários; parasitas; insetos, organismos geneticamente modificados; ERGONÔMICOS: esforços físicos ou carga de peso excessivos; produtividade ou ritmo de trabalho excessivo, postura inadequada, jornada de trabalho prolongada, monotonia, repetitividade; ERGONÔMICOS: esforços físicos ou carga de peso excessivos, produtividade ou ritmo de trabalho excessivo, postura inadequada, jornada de trabalho prolongada, monotonia, repetitividade; ACIDENTES: arranjo físico e iluminação adequada, equipamentos inadequados, defeituosos ou sem proteção, sobrecarga de eletricidade, risco de incêndio ou explosão, armazenamento de materiais inadequados. Serviço especializado de engenharia de segurança e em medicina do trabalho Ao elaborar o mapa de riscos é necessário que exista um suporte por parte do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) de acordo com a Norma Regulamentadora n° 4 (NR 4). SAIBA MAIS Para saber mais, leia na íntegra a Norma Regulamentadora n° 4 (NR 4) que possui todas as informações sobre o Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). Disponível em: https://bityli.com/ UDkrq https://bityli.com/UDkrq https://bityli.com/UDkrq Bioética e Biossegurança 31 Etapas para a elaboração do Mmpa de riscos As etapas utilizadas para a confecção do mapa de riscos são: • conhecer todos os processos e procedimentos do laboratório; • identificar todos os riscos ambientes presentes no local; • determinar as medidas de controle existentes como também a sua eficácia; • verificar a existência de levantamentos ambientais anteriores pertencentes ao mesmo local; • elaborar o mapa de riscos na planta baixa com a identificação de todos os tipos de riscos. A elaboração do mapa de riscos pode ser realizada por meio de seis etapas: 1ª ETAPA É fundamental avaliar os quatro elementos: elemento humano (pessoal do laboratório), processo (todas as atividades desenvolvidas), material (instrumentos e materiais utilizados) e o ambiente (laboratório). 2ª ETAPA Devem ser avaliados todos os riscos presentes de acordo com a tabela 3, e também analisados os efeitos e os danos à saúde. 3ª ETAPA Devem ser definidas quais serão as medidas preventivas de proteção coletiva e individual e a estruturação das atividades no laboratório. 4ª ETAPA É essencial que sejam levantados quais são os indicadores de saúde, por meio das informações registradas, como: acidentes de trabalho mais comuns, doenças ocupacionais identificadas, faltas e/ou ausência ao trabalho. 5ª ETAPA Devem ser verificados todos os levantamentos ambientais realizados anteriormente, durante esta avaliação devem ser realizadas toda as medições e o registro de todos os riscos ambientais. Bioética e Biossegurança32 6ª ETAPA Nesta etapa deve ser preparado o relatório o qual deve conter todos os riscos presentes, junto com o mapa de riscos, posteriormente a aprovação pela CIPA. O mapa de riscos precisa estar fixado em um local de fácil visualização para todas os indivíduos que passam no local. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudo? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que foi abordado. Estudamos inicialmente a bioética: introdução, histórico e conceitos através da Introduçãoa bioética, princípios da bioética (beneficência, não-maleficência, autonomia e justiça ou equidade). Posteriormente foi estudado a ética ao profissional de saúde através do estudo do objetivo da criação dos conselhos profissionais, funções dos conselhos da área da saúde, situação atual dos conselhos de classe, profissões da área da saúde regulamentadas, Código de Ética profissional, Organização Mundial da Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde. Foi abordado também a biossegurança: histórico, conceito e legislação através do estudo do histórico da biossegurança, conceito sobre a biossegurança, legislação sobre biossegurança, comissão técnica nacional de biossegurança e principais classes de risco ocupacionais. E por último foi estudado a biossegurança em laboratórios por meio da investigação das normas de biossegurança para os laboratórios, programa de segurança, avaliação e representação de riscos ambientais, mapa de riscos, serviço especializado de engenharia de segurança e em medicina do trabalho e etapas para a elaboração do mapa de riscos. Bioética e Biossegurança 33 BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Segurança do trabalho: guia prático e didático. 1. ed. São Paulo: Editora Érica, 2014 DO VALLE, PHC. Bioética e biossegurança. Editora e Distribuidora Educacional, 2016. HIRATA, M. H.; HIRATA, R. D. C.; MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. 2. ed. Barueri: Manole, 2012. SALIBA, T. M. Saúde e segurança do trabalho. São Paulo: Editora LTR, 2008. VEATCH, RM. Bioética. São Paulo, Editora Pearson, 2014. BIBLIOGRAFIA Bioética e Biossegurança34 Analice Oliveira Fragoso Aspectos Pedagógicos da Educação Infantil Paulo Heraldo Costa do Valle Ética na pesquisaBioética e Biossegurança Paulo Heraldo Costa do Valle
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