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bioetica e segurança II

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Unidade 2
Conceitos 
de Bioética e 
Biossegurança
Paulo Heraldo Costa do Valle
Bioética e 
Biossegurança
Bioética e 
Biossegurança
Paulo Heraldo Costa do Valle
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
PAULO HERALDO COSTA DO VALLE
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
O AUTOR
PAULO HERALDO COSTA DO VALLE
Olá. Meu nome é Paulo Heraldo Costa do Valle. Sou formado em 
fisioterapia, com mestrado e doutorado em fisiologia pela Universidade 
Federal de São Carlos (UFSCar), com uma experiência técnico, 
profissional e acadêmica na área de saúde a mais de 25 anos. 
Trabalhei em várias como a Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ), 
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul 
(UNIJUI), Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), Universidade 
Gama Filho (UGF), Universidade Ibirapuera (UNIb), Universidade Nove 
de Julho (UNINOVE) e Kroton Educacional.
Já trabalhei como consultor AD HOC do MEC para autorização, 
reconhecimento e renovação de cursos de graduação durante 10 anos e 
fui membro da Comissão Assessora do Curso de Fisioterapia do Exame 
Nacional de Desempenho do Estudante – ENADE.
Fui membro da Comissão de Qualificação de Cursos e da 
Comissão de Educação do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia 
Ocupacional – COFFITO e membro da Comissão de Sindicância do 
Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - CREFITO. 
Fui Vice Presidente da Associação Brasileira de Ensino em 
Fisioterapia e Presidente da Associação Brasileira de Ensino em 
Fisioterapia. 
Além da Telesapiens já produzi conteúdos para a Kroton 
Educacional, Editora Guanabara Koogam, 5G Educacional, Uninter, 
Delínea, Must, Campanha Nacional de Escolas da Comunidade e 
DPContent.
Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por 
isso trabalho junto com a Editora Telesapiens compondo o seu elenco 
de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta 
fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo sempre.
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do desen-
volvimento de uma 
nova competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessida-
de de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações es-
critas tiveram que ser 
priorizadas para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e inda-
gações lúdicas sobre 
o tema em estudo, se 
forem necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamento 
do seu conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoaprendi-
zagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Bioética: Introdução, histórico e conceitos .....................11
Introdução a bioética .........................................................11
Princípios da bioética ........................................................12
	 Beneficência	 ..........................................................12
	 Não-maleficência	 ...................................................12
 Autonomia .............................................................13
 Justiça ou equidade ................................................14
Ética ao profissional de saúde .........................................15
Objetivo	de	criação	dos	conselhos	profissionais	.................15
Funções dos conselhos da área da saúde ............................16
Situação atual dos conselhos de classe ...............................17
Profissões	da	área	da	saúde	regulamentadas	.......................19
Código	de	Ética	profissional	..............................................19
Organização	Mundial	da	Saúde	.........................................20
Organização	Pan-Americana	da	Saúde	..............................20
Biossegurança: histórico, conceito e legislação ................21
Histórico	da	biossegurança	................................................21
Conceito	sobre	a	biossegurança	.........................................22
Legislação	sobre	biossegurança	.........................................22
Comissão	Técnica	Nacional	de	Biossegurança	...................24
Principais classes de riscos ocupacionais ...........................24
Biossegurança em laboratórios .......................................25
Normas	de	Biossegurança	para	os	laboratórios	..................26
Programa	de	Segurança	.....................................................28
Avaliação	e	Representação	de	Riscos	Ambientais	..............28
Mapa	de	riscos	..................................................................29
Serviço	especializado	de	engenharia	de	segurança	e	em	
medicina	do	trabalho	.........................................................30
Etapas	para	a	elaboração	do	Mmpa	de	riscos	.......................31
Bioética e Biossegurança8
UNIDADE
02
CONCEITOS DE BIOÉTICA E 
BIOSSEGURANÇA
Bioética e Biossegurança 9
INTRODUÇÃO
Olá estudante! Gostaria de convidar você neste momento para 
continuar este processo de conhecimento e aprendizagem, tenho certeza 
que será muito enriquecedor, repleto de desafios e estímulos para o 
seu o crescimento. Você é o nosso convidado especial para continuar 
esta viagem através do conhecimento, durante esta trajetória você irá 
se deparar com trilhas muito interessantes e desafiadoras em todo 
este percurso. Podemos continuar? O tema desta segunda unidade é 
“Bioética e biossegurança”, o qual está dividido nos seguintes conteúdos: 
Bioética: Introdução, histórico e conceitos; Ética ao profissional de saúde; 
Biossegurança: histórico, conceito e legislação e Biossegurança em 
laboratórios.
Bioética e Biossegurança10
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem vindo a nossa Unidade 2, e o nosso objetivo 
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término desta etapa de estudos:
1. Compreender a bioética: Introdução, histórico e conceitos;
2. Estudar a ética aplicada ao profissional de saúde;
3. Pesquisar sobre a biossegurança: histórico, conceito e 
legislação;
4. Analisar a biossegurança em laboratórios.
Então? Preparado para adquirir conhecimento sobre um assunto 
fascinante e inovador como esse? Vamos lá!.
Bioética e Biossegurança 11
Bioética: Introdução, histórico e conceitos
INTRODUÇÃO
Ao longo deste item você será capaz de compreender 
vários conteúdos fundamentais com relação à introdução, 
histórico e os conceitos muito importantes que estão 
relacionados com a bioética. 
Introdução a bioética
No ano de 1927 Fritz Jahr publicou um artigo científico em um 
periódico alemão onde foi utilizado pela primeira vez o termo bioética. 
Para ele este termo estava relacionado com o reconhecimento de 
obrigações éticas, não apenas em relação ao ser humano, mas também 
para com todos os seres vivos.
Quanto à sua criação na língua inglesa foi atribuído a André 
Hellergers, no ano de 1971, como uma forma para estabelecer uma área 
de atuação, relacionado com a reprodução humana, foi criado o Instituto 
Kennedy de Ética.
A bioética é uma palavra de origem grega onde “bios” significa 
vida e “ethos” significa ética.
DEFINIÇÃO
A bioética é definida como o estudo transdisciplinar 
das ciências biológicas, ciências da saúde, daética e do 
direito tendo como principal finalidade investigar todas as 
situações onde estão envolvidas a vida humana, animal ou 
vegetal.
A ampliação da bioética no mundo não ocorreu de forma homogênea, 
sendo observada inicialmente nos Estados Unidos e na Europa, enquanto 
que no Brasil foi apenas na década de 90 por meio da proposta que reuniu 
as várias áreas do conhecimento em volta da ética em saúde.
Atualmente tanto a América Latina e principalmente o Brasil 
têm apresentado uma grande contribuição para a composição do 
Bioética e Biossegurança12
pensamento bioético mundial, no qual observado um grande número 
de publicações nessa área.
A bioética está envolvida especificamente com a abordagem dos 
conflitos morais e éticos na saúde, o Relatório Belmont publicado no 
ano de 1978 foi editado por meio da Comissão Nacional para Proteção 
de Pessoas Humanas na pesquisa biomédica e comportamental, sendo 
conceituado como o primeiro a organizar a utilização sistemática de 
princípios.
Princípios da bioética
Os princípios da bioética são divididos atualmente em quatro 
itens, e estão relacionados com as discussões, decisões, procedimentos 
e ações: 
 • beneficência, não-maleficência, - autonomia e justiça ou 
equidade, conforme veremos cada um a seguir.
Beneficência
O princípio da beneficiência apresenta uma relação quanto a 
busca de uma excelência profissional, você pode observar essa busca, 
por exemplo, por meio do juramento de Hipócrates: “Usarei o tratamento 
para ajudar os doentes, de acordo com minha habilidade e julgamento e 
nunca o utilizarei para prejudicá-los”.
O juramento de Hipócrates abrange todas as profissões da área 
da saúde, ou seja, é obrigação de todo profissional da saúde sempre 
fazer o bem para todos os pacientes, utilizando de todos os seus 
conhecimentos e habilidades, bem como devendo sempre maximizar 
os benefícios e minimizar os riscos, procurando alcançar o melhor 
tratamento e a prevenção para todas as doenças, por meio de um 
equilíbrio físico e emocional. 
Não-maleficência
Este princípio é considerado como o mais controverso dos quatro 
princípios, tendo como pressuposto que é dever de todo o profissioinal 
Bioética e Biossegurança 13
da saúde não fazer qualquer mal a outro indivíduo, não causando danos 
ou colocando-o em risco. O fato de não se pensar em fazer o mal, por 
si só, já é um ato de bondade para o outro. Você está convidado para 
refletir neste momento uma vez que muitas das intervenções tanto 
diagnósticas como terapêuticas que estão presentes na saúde, em 
muitos casos, acabam apresentando um certo risco.
A maior justificativa em todos estes casos está relacionada com os 
casos onde existe uma certa expectativa quanto ao benefício esperado 
em função desta avaliação ou exame é maior que a possibilidade de 
risco, justificando portanto a sua ação.
Autonomia
Neste princípio está envolvido o poder de decisão que o indivíduo 
tem com relação a si mesmo, e que cada ser humano deve ter a sua 
liberdade resguardada e garantida.
Em função deste princípio o ser humano que é adulto e possui 
plena consciência, vai ter sempre o direito de decidir do que pode ser 
realizado ou não no seu próprio corpo. 
Existem duas condições que podem ser consideradas como 
fundamentais para que o indivíduo possa exercer sua autonomia: ter 
sempre a capacidade de agir de forma intencional, compreendendo e 
tendo as condições necessárias para decidir entre todas as alternativas 
apresentadas, como também, a liberdade de decisão para todo e 
qualquer procedimento.
Este princípio na prática obriga que todo profissional da saúde deva 
apresentar para todos os seus pacientes, as informações necessárias 
para que eles consigam entender todos os seus problemas, garantindo 
que em função dessas informações, tenham condições para tomar as 
suas decisões.
Na área da saúde existe um documento que é denominado de 
consentimento informado, que significa a representação dessa interação 
entre o profissional e o paciente, que após a leitura, como também a 
explicação completa sobre os procedimentos, deve assinar confirmando 
o seu consentimento, o que significa a sua decisão voluntária, quanto 
a sua submissão para todos os procedimentos que forem necessários.
Bioética e Biossegurança14
Figura 1: Poder de decisão do paciente
Fonte: ©Freepik. 
Justiça ou equidade
Neste princípio está envolvido a organização de todos os deveres 
e benefícios sociais de uma forma coerente e apropriada para todos os 
indivíduos que fazem parte de uma determinada sociedade, devendo 
ser garantindo para cada um o seu direito. É fundamental evidenciar que 
é a equidade é diferente da igualdade. Igualdade é aplicado quando 
queremos nos referir a situações iguais, idênticas ou equivalentes para 
todos os indivíduos e para todas as situações. Equidade está diretamente 
ligada ao julgamento imparcial, com retidão e justiça.
A bioética ao ser aplicada para o setor público deve proteger a 
vida e a integridade de todos os indivíduos, evitando portanto qualquer 
forma de discriminação, marginalização ou a segregação social, o que 
significa que todos os indivíduos devem ter os mesmos direitos, porém 
infelizmente no dia a dia das pessoas este princípio muitas vezes não é 
respeitado, sendo observado por exemplo pacientes que ficam meses 
em uma fila de espera para serem atendidos em uma consulta ou ainda 
para uma intervenção cirúrgica.
Bioética e Biossegurança 15
SAIBA MAIS
Para aprofundar um pouco mais sobre a origem da 
bioética, a bioética e a ética, a bioética e a humildade, a 
bioética e a responsabilidade e a bioética e a competência 
interdisciplinar leia o artigo do professor Doutor em 
Ciências Médicas José Roberto Goldim, “Bioética: Origens 
e Complexidade”, disponível em: https://bityli.com/k3RYE
Ética ao profissional de saúde
Objetivo: Neste item ao longo deste item você será capaz de 
conhecer a criação dos conselhos profissionais da saúde, funções dos 
conselhos da área da saúde, situação atual dos conselhos de classe, 
profissões da área da saúde regulamentadas, código de de ética 
profissional, Organização Mundial da Saúde e por último a Organização 
Pan-Americana da Saúde.
Objetivo de criação dos conselhos 
profissionais
O propósito da criação de todos os conselhos profissionais da 
saúde foi regularizar, regulamentar e fiscalizar todos os profissionais 
que trabalham na área da saúde, além da representação política das 
classes, operando junto com o poder Legislativo, Ministérios, Secretarias 
e Conselhos de Saúde somado ao empenho de todas as instâncias.
https://bityli.com/k3RYE
Bioética e Biossegurança16
Figura 2: Conselhos da área da saúde
Fonte: ©Freepik.
Funções dos conselhos da área da saúde
Está a cargo dos Conselhos Profissionais a fiscalização do 
exercício profissional, sendo destinado às instituições de natureza 
jurídica e federativa, que possuem independência administrativa e 
financeira, sustentadas pelas colaborações de cada profissional inscrito, 
com relação a habilitação para o exercício profissional. 
Os conselhos devem fiscalizar o exercício profissional, 
desempenhando, em juízo e fora dele, os interesses gerais e individuais 
dos profissionais, garantindo uma boa execução de todos os serviços 
prestados à sociedade. 
Nos regimes democráticos no mundo os conselhos profissionais 
devem contribuir para o desenvolvimento dos mecanismos de controle 
social e para a democratização das políticas públicas, precisando estar 
em concordância com o projeto ético-político profissional a um projeto 
social maior; devendo ser um agente fundamental na construção e 
consolidação de uma sociedade mais democrática. 
Bioética e Biossegurança 17
A partir da década de 1980 os conselhos estão mais relacionados 
nas diferentes lutas da sociedade, com uma grande atuação na 
construção coletiva dos espaços democráticos de defesa das 
políticas públicas, colaborandopara a institucionalização de princípios 
democráticos da Constituição Federal de 1988.
Os conselhos profissionais da saúde têm dado preferência para as 
suas ações que estão envolvidas quanto a qualificação de profissionais 
e trabalhadores, procurando atingir melhores condições de trabalho, 
democratização dos vínculos profissionais, atuação nos espaços de 
controle social, universalização das políticas sociais, confirmação do 
direito ao atendimento humanizado nos serviços públicos e incentivo 
à participação popular, em união com os diversos segmentos da 
sociedade.
Situação atual dos conselhos de classe
Os conselhos de classe atualmente têm um papel primordial 
com relação à constituição de um pacto baseado na ética e nos direitos 
humanos, procurando atingir a justiça social e a democracia.
Qualquer sociedade só pode evoluir por meio de sua habilidade 
de rediscutir todas as suas regras, valores e códigos de conduta de 
maneira plural e estruturada, permitindo as verificações entre o presente 
e o passado com o objetivo de planejar o futuro.
Todas as profissões da saúde possuem um decreto lei, presentes 
em todas as suas especificidades, sendo válidos para todo o território 
Nacional, específico para os portadores de diplomas expedidos por 
curso superior reconhecido pelo Ministério da Educação.
Todos os decretos possuem várias resoluções, que tem o papel 
de explicar regulamentar e determinar os padrões e conceitos quanto a 
atuação, técnicas e proibições para cada área além das leis que são as 
responsáveis pela regulamentação de todas as profissões.
A seguir será abordado a regulamentação por meio da lei e do 
decreto de todas as profissões da área da saúde de nível superior, com 
os seus respectivos documentos.
Bioética e Biossegurança18
Tabela 1: Profissões da área da saúde
PROFISSÃO LEI/DECRETOS CRIAÇÃO/REGULAMENTAÇÃO
Biologia e 
biomedicina
Lei nº 6.684/1979
Criação dos conselhos federais 
e os conselhos regionais de 
biologia e biomedicina
Educação Física Lei nº 9.696/1998
Regulamentação da profissão 
de educação física
Enfermagem
Lei nº 2.604/1955
Regulamentação do exercício 
profissional da enfermagem
Farmácia
Decreto nº 20.931/1932
Regulamentação do exercício 
profissional do farmacêutico
Fisioterapia 
e Terapia 
Ocupacional
Decreto nº 938/1975
Criação do conselho federal 
e os conselhos regionais de 
fisioterapia
Fonoaudiologia Lei nº 6.965/1981
Regulamentação do exercício 
profissional da fonoaudiologia
Medicina Decreto nº 7.995/1945
regulamentação do exercício 
profissional da medicina
Medicina 
Veterinária
Decreto nº 20.931/1932
regulamentação do exercício 
profissional da medicina 
veterinária
Nutrição
Lei nº 6.583/1978
Criação dos conselhos federal e 
regionais
Fonte: Elaborada pelo autor (2019)
Bioética e Biossegurança 19
Profissões da área da saúde 
regulamentadas
No Brasil atualmente existem mais de vinte profissões da área 
da saúde que são regularizadas, sendo algumas de formação de nível 
técnico, por exemplo, técnico em radiologia, enfermagem, auxiliar de 
enfermagem, análises clínicas, prótese dentária, saúde bucal, auxiliar de 
saúde bucal entre outras.
Código de Ética profissional
O Código de ética profissional é um documento que apresenta 
várias diretrizes tendo o obejetivo de auxiliar todos os indivíduos quanto 
às suas atitudes e condutas, aspectos morais aceitos pela sociedade. 
Cada uma das profissões da área da saúde tem o seu próprio 
código de ética com o objetivo de auxiliar quanto a execuação de cada 
uma das profissões.
O código de ética é escrito em decorrência das lutas, interesses 
e ambições da sociedade beneficiada para todos os serviços oferecidos 
pelos profissionais. 
Os conceitos de éticas deontológicos determinados pelos 
conselhos, estão diretamente envolvidos com as leis e as normas legais 
do país, portanto mesmo que o profissional seja absolvido pelo próprio 
conselho, pode ser caracterizado como uma forma de ferir a lei, em 
função de não estar apenas realizando um descumprimento ético, mas 
também em função do dano causado as vítimas envolvidas com essas 
atitudes não éticas.
A maior parte dos profissionais da área da saúde devem 
estar voltados para a promoção, reabilitação da saúde, prevenção, 
recuperação e autonomia de acordo com todos os preceitos éticos e 
legais existentes.
Os profissionais são componentes da equipe de saúde, e devem 
ter como objetivo a satisfação quanto as demandas de saúde da 
sociedade e dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, 
que permitam a universalidade de acesso a todos os serviços de saúde.
Bioética e Biossegurança20
Figura 3: Código de ética
Fonte: ©Freepik. 
Organização Mundial da Saúde
Na Cidade de Nova Iorque, no dia 07 de abril de 1948, foi criada 
a Organização Mundial da Saúde que é subordinada a Organização das 
Nações Unidas, com sede em Genebra na Suíça.
O objetivo fundamental da organização é desenvolver ao 
máximo possível a saúde em todos os povos. A saúde é caracterizada 
como um estado de completo bem-estar físico, mental e social não 
compreendendo somente da ausência de uma doença ou enfermidade.
Organização Pan-Americana da Saúde
No ano de 1902 foi criado Organização Pan-Americana da Saúde 
(OPAS), que é uma organização internacional especializada em saúde 
considerada como a agência internacional de saúde mais antiga em 
todo o mundo. 
O trabalho dessa agência é melhorar condições de saúde dos 
países que fazem parte das Américas. A Organização Pan-Americana da 
Saúde faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU) e, existem 
atualmente escritórios em mais de 27 países e oito centros científicos.
Bioética e Biossegurança 21
Biossegurança: histórico, conceito e 
legislação
INTRODUÇÃO
Ao longo deste item você será capaz de compreender o 
histórico da biossegurança, conceito sobre a biossegurança, 
legislação sobre biossegurança, comissão técnica 
nacional de biossegurança e principais classes de riscos 
ocupacionais.
Histórico da biossegurança
No período de 1940 a 1950 vários cientistas estavam realizando 
pesquisas com infecções humanas através de vírus e bactérias que 
eram obtidos nos locais de trabalho por meio da exposição direta ou 
indireta de um agente infeccioso.
Figura 4: Biossegurança
Fonte: ©Freepik.
 Na década de 1940 nos Estados Unidos o governo americano 
começou um programa no Forte Detrick, cujo objetivo era 
Bioética e Biossegurança22
organizar para uma possível guerra biológica, eles estavam 
bastante preocupados com a possibilidade da Alemanha 
Nazista utilizar foguetes como um veículo para uma guerra 
biológica durante a Segunda Guerra Mundial (HIRATA, et al, 
2012).
Por este motivo, foi construído no Forte Detrick o primeiro local 
para o estabelecimento de um espaço de segurança destinado ao 
trabalho com os agentes biológicos.
Conceito sobre a biossegurança
A biossegurança é definida como a execução de várias ações 
que estão voltadas para a prevenção e proteção dos indivíduos, 
devido aos riscos gerados em função dos agentes químicos e físicos, 
redução dos riscos envolvidos com as atividades de pesquisa, ensino, 
desenvolvimento tecnológico e realização dos serviços, tendo em vista 
a saúde do homem, dos animais e a preservação do meio ambiente, e a 
qualidade dos resultados.
Uma das principais funções da biossegurança é a geração 
de um ambiente biológico seguro, para os indivíduos e os 
profissionais que estão envolvidos com uma determinada 
situação (HIRATA, et al, 2012).
Este é um tema fundamental já que os profissionais da saúde em 
alguma situação podem estar expostos a esses agentes biológicos, por 
isso, é imprescindível que o ambiente de trabalho seja seguro e com a 
devida proteção, para que esses profissionais não adquiram vários tipos 
de enfermidades (contaminação física, química ou biológica), assim 
como também evitar os acidentes de trabalho.
Legislação sobre biossegurança
O ano de1984 é considerado o ano do surgimento da biossegurança, 
porém somente no ano de 1995 foi que a Lei da Biossegurança foi 
sancionada no Brasil.
A seguir veremos algumas datas muito importantes que estão 
relacionadas com a biossegurança no Brasil.
Bioética e Biossegurança 23
Em 1984 foi realizado o I Workshop de Biossegurança em 
Laboratórios, enquanto que no ano de 1986 foi realizada a primeira 
avaliação sobre os riscos em Laboratório pela Fundação Oswaldo Cruz 
(FIOCRUZ).
As pesquisas com biossegurança na década de 1990 começaram 
a ser voltadas para a tecnologia com o ácido desoxirribonucleico (DNA) 
recombinante, e ficou conhecido como o primeiro projeto de ações 
envolvidas com a biossegurança através do Ministério da Saúde aliado 
com o núcleo de biossegurança.
No dia 05 de janeiro de 1995 foi promulgada a Lei n° 8.974, 
denominada como a Lei Brasileira da Biossegurança, a qual 
constitui as especificações para o trabalho com DNA no Brasil, 
na qual incluída a pesquisa, produção e comercialização 
de organismos geneticamente modificados (OGMs), como 
objetivo de cuidar da saúde do homem, dos animais e do 
meio ambiente (HIRATA, et al, 2012).
No dia 20 de dezembro de 1995 por meio do Decreto 1.752 foi 
formalizando a proposta para a criação da Comissão Técnica Nacional 
de Biossegurança (CTNBio), definindo as suas habilidades no âmbito do 
Ministério da Ciência e Tecnologia.
O ano de 1996 ficou conhecido como um marco histórico, no 
qual foi divulgado um manual envolvido com o esclarecimento sobre o 
manuseio de sangue, líquidos e fluidos corporais com a influência de um 
controle por meio dos padrões universais e precauções relacionadas na 
rota da transmissão.
No ano de 1999 foi constituída a Associação Nacional de 
Biossegurança (ANBio), também houve nesse ano o I Congresso 
Brasileiro de Biossegurança, composto por um grupo de cientistas 
voltados para a difusão de todos os avanços tecnológicos modernos 
com os seus mecanismos de controle que são primordiais para a 
incorporação tecnológica e a preservação da biodiversidade.
Esta associação reúne profissionais de vários diversos setores, 
como: biólogos, biomédicos, engenheiros agrônomos, engenheiros de 
alimentos, farmacêuticos, químicos, médicos, enfermeiros, nutricionistas, 
fisioterapeutas, arquitetos, advogados entre outros. 
Bioética e Biossegurança24
Já no ano 2000 houve a introdução da disciplina de biossegurança 
nos currículos universitários na grande maioria dos cursos da área da saúde.
Comissão Técnica Nacional de 
Biossegurança
Por meio da aprovação da Lei Nº 11.105 de 25 de março de 2005 
foi revogada a Lei Nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995. Por meio desta lei 
foi criada a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio), cujo 
mandato do presidente é de dois anos, podendo ser renovado por igual 
período, sendo designado pelo Ministro da Ciência e Tecnologia.
A finalidade foi garantir uma assistência técnico consultivo e o 
assessoramento para o Governo Federal com a proposta de desenvolver 
a formulação, atualização e implementação da Política Nacional 
de Biossegurança associado com os organismos geneticamente 
modificados (OGMS).
Principais classes de riscos ocupacionais
Os principais riscos ocupacionais são: físicos, químicos, biológicos, 
ergonômicos e de acidentes.
 • Físicos - Ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não 
ionizantes, temperaturas extremas e umidade.
 • Químicos - Poeira, fumo, neblinas, névoas, gases e vapores, 
explosivos inflamáveis, corrosivos, irritantes, tóxicos e 
cancerígenos.
 • Biológicos - Vírus, bactérias, protozoários, parasitas, insetos e 
organismos geneticamente modificados.
 • Ergonômicos - Esforço físico ou cargas excessivas, 
produtividade ou ritmo de trabalho excessivo, postura 
inadequada e jornada de trabalho prolongada.
 • Acidentes - Arranjo físico e iluminação adequada, equipamentos 
inadequados, defeituosos ou sem proteção, sobrecarga de 
eletricidade, incêndio ou explosão e armazenamento de 
material inadequado.
Bioética e Biossegurança 25
Figura 5: Principais classes de riscos ocupacionais
1
 Físicos
3
Biológicos
5
Acidentes
2
Químicos
4
Ergonômicos
Fonte: Elaborada pelo autor (2019)
Biossegurança em laboratórios
Objetivo: Neste item você será capaz de entender as normas 
de biossegurança para os laboratórios, programa de segurança, 
avaliação e representação de riscos ambientais, mapa de riscos, serviço 
especializado de engenharia de segurança em medicina do trabalho e 
etapas para elaboração dos mapas de riscos.
Figura 6: Biossegurança nos laboratórios
Fonte: ©Pixabay. 
Bioética e Biossegurança26
Normas de Biossegurança para os 
laboratórios
As Normas de biossegurança nos laboratórios são essenciais 
para prevenirem e também reduzirem os riscos dos profissionais que 
trabalham nesses locais desenvolverem doenças devido a exposição 
aos vários agentes que estão presentes nestes locais.
Todas as circunstâncias onde existe um risco pode ocorrer 
acidentes, em alguns dos casos eles não são reversíveis, ocasionando 
afastamento temporário, definitivo ou até mesmo à morte do colaborador.
Existe uma série de processos que devem ser empregados 
nos laboratórios, tendo como principal finalidade a diminuição 
da exposição de todos os indivíduos a esses riscos, por meio 
da: limpeza de materiais e dos locais de trabalho; manipulação 
correta de todos os equipamentos; manipulação correta das 
substâncias químicas; manipulação correta dos materiais 
biológicos e radioativos; utilização adequada de todos os 
aparelhos de proteção coletiva e individual (HIRATA, et al, 2012).
Na tabela a seguir você verá algumas orientações que são 
fundamentais para o planejamento e a organização de todas as 
atividades realizadas dentro de um laboratório.
Tabela 2: Orientações para planejamento e organização das atividades
ATIVIDADES ORIENTAÇÕES
Manuseio de 
equipamentos 
e instrumentos
Verificar a disponibilidade e o funcionamento do equipamento, 
agendar data e horário do uso dos equipamentos, deixar 
disponível o protocolo de uso e limpeza dos equipamentos, 
deixar disponível o manual do equipamento e o nome do 
responsável para solucionar dúvidas quanto ao funcionamento 
e nas situações de emergência.
Manuseio 
de vidraria 
e outros 
materiais
Verificar o estado de limpeza, presença de trincas ou 
rachaduras, resistência térmica, resistência química e 
a compatibilidade com solventes e outros reagentes. 
Observar a necessidade de tratamento prévio (esterilização, 
descontaminação química ou biológica).
Bioética e Biossegurança 27
ATIVIDADES ORIENTAÇÕES
Preparo de 
reagentes e 
soluções
Preparar antecipadamente as quantidades necessárias, 
observando as condições de armazenamento, estabilidade e 
o prazo de validade. Observar se o reagente/solução deve ser 
preparado apenas no momento do uso. Seguir os procedimentos 
adequados do manuseio e armazenamento dos produtos 
químicos, observando a compatibilidade entre os mesmos.
Condições de 
segurança do 
local
Observar a necessidade de utilização dos equipamentos de 
proteção coletiva (capela de segurança química e cabine de 
segurança biológica) como, também, os equipamentos de 
proteção individual (óculos de segurança, máscaras, aventais, 
luvas, entre outros).
Sinalização 
das áreas de 
trabalho
Devem ser observados os sinais universais de indicação 
de risco (químico, biológico e físico), todas as atividades de 
alto risco só podem ser realizadas em área restrita e bem 
sinalizada. A sinalização dos materiais de combate ao incêndio 
(extintores e hidrantes), saídas de emergência e rotas de fuga 
para situações de emergência devem estar indicadas.
Tempo de 
execução da 
atividade
Se o procedimento for bem planejado e todos os materiais 
estiverem disponíveis é possível determinar o tempo 
necessário para a realização da atividade. É fundamental 
ainda lembrar que, nesses casos em que as atividades são 
realizadassem planejamento e por um período muito longo, 
logo haverá predisposição a acidentes que podem levar a 
danos irreparáveis para a saúde dos indivíduos.
Procedimentos 
operacionais
Elaborar ou ter sempre disponível os procedimentos 
necessários para a realização das atividades laboratoriais. 
Os protocolos já determinados vão auxiliar na otimização 
do trabalho, reduzindo o tempo utilizado para as atividades 
laboratoriais, assim como também reduzindo o risco de 
acidentes.
Práticas 
seguras
Todas estas recomendações devem ser conhecidas e 
seguidas com a finalidade de redução da exposição aos 
riscos ambientais.
Registro de 
atividades
Todos os reagentes, materiais e equipamentos bem como os 
resultados e as análises devem ser registrados garantindo o 
armazenamento de todas as informações.
Fonte: HIRATA; HIRATA; MANCINI FILHO (2012)
Bioética e Biossegurança28
Programa de Segurança
Todo laboratório deve ter um programa de segurança com o 
objetivo de reduzir os riscos ambientais, prevenção de acidentes, assim 
como um treinamento em contexto de emergência e a realização de 
todas as normas de segurança em vigor.
É imprescindível que todo colaborador saiba quais são as 
condições mínimas para um programa de segurança, entre eles estão:
 • quantidade disponível e utilização adequada dos equipamentos 
de proteção coletiva e individual;
 • realização regulares dos programas de treinamento;
 • os equipamentos de combate a incêndio precisam estar 
disponíveis em todos os locais;
 • sinalização das áreas de risco e rotas de fuga;
 • manutenção de um sistema de geração de energia elétrica de 
emergência;
 • elaboração e realização de um programa de prevenção de 
riscos ambientais;
 • sistema de registros para todos os testes de segurança 
desenvolvidos quanto ao desempenho dos equipamentos.
Avaliação e Representação de Riscos 
Ambientais
A avaliação é desenvolvida com o propósito de diminuir os riscos 
de manipulação dos materiais e a proteção para todos os indivíduos e 
ao meio ambiente. Todas estas informações estão fundamentadas em 
função da periculosidade e/ou patogenicidade do agente. Por meio 
dessa avaliação é possível então verificar o nível de biossegurança que 
é necessário para combater esses agentes.
Essa avaliação dos riscos ambientais pode ser desenvolvida por 
meio da produção de um mapa de risco ambiental, que permite fazer 
um diagnóstico da condição de segurança e saúde ocupacional no 
laboratório. 
A confecção do mapa de risco ambiental deve ser executada por 
meio dos membros da comissão interna de prevenção de acidentes 
Bioética e Biossegurança 29
(CIPA) estando fundamentada por meio da Norma Regulamentadora n° 
5 (NR 5).
SAIBA MAIS
Para saber mais leia na íntegra a Norma Regulamentadora 
n° 5 (NR 5) que é específica para a Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes (CIPA), para que você consiga 
entender com detalhes todas as funções desta comissão 
dentro de um laboratório, acessando o site: https://bityli.
com/fcXlg..
Mapa de riscos
O mapa de riscos deve ser elaborado através da utilização da 
planta baixa do local, todos os riscos precisam ser representados por 
meio de cores e círculos padronizados, conforme você pode observar 
nas tabelas seguintes:
Tabela 3: Descrição das cores utilizadas para delimitar riscos em um laboratório
COR UTILIZAÇÃO
Branca
Delimitar áreas isoladamente ou combinadas com a cor 
preta
Amarela Indicar “Atenção” ou “Cuidado”
Alaranjada Identificar partes móveis de máquinas e equipamentos
Vermelha
Indicar equipamentos e os aparelhos de proteção e 
combate ao incêndio, além das rotas de fuga e da saída de 
emergência
Púrpura
Indicar os perigos provenientes de radiações 
eletromagnéticas penetrantes e de partículas nucleares
Verde
Indicar dispositivos de segurança como chuveiros de 
emergência, lava-olhos, caixas de primeiros socorros 
e caixas com materiais para situações de emergência 
(máscaras contra gases)
Azul Indicar equipamentos fora de uso
Preta Indicar coletores de esgoto ou lixo
Fonte: HIRATA; HIRATA; FILHO (2012)
https://bityli.com/fcXlg
https://bityli.com/fcXlg
Bioética e Biossegurança30
Classificação dos principais riscos ocupacionais
Conforme Irata (2012) a classificação dos principais riscos 
ocupacionais ocorrem por meio das seguintes formas:
FÍSICOS: ruído, vibração, radiações ionizantes e não ionizantes, 
temperaturas extremas, umidade;
QUÍMICOS: poeiras, fumo, neblinas e névoas; gases e vapores, 
explosivos, inflamáveis, corrosivos, irritantes, tóxicos, cancerígenos;
BIOLÓGICOS: vírus, bactérias; protozoários; parasitas; insetos, 
organismos geneticamente modificados;
ERGONÔMICOS: esforços físicos ou carga de peso excessivos; 
produtividade ou ritmo de trabalho excessivo, postura inadequada, 
jornada de trabalho prolongada, monotonia, repetitividade;
ERGONÔMICOS: esforços físicos ou carga de peso excessivos, 
produtividade ou ritmo de trabalho excessivo, postura inadequada, 
jornada de trabalho prolongada, monotonia, repetitividade;
ACIDENTES: arranjo físico e iluminação adequada, equipamentos 
inadequados, defeituosos ou sem proteção, sobrecarga de eletricidade, 
risco de incêndio ou explosão, armazenamento de materiais inadequados.
Serviço especializado de engenharia de 
segurança e em medicina do trabalho
Ao elaborar o mapa de riscos é necessário que exista um suporte 
por parte do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho (SESMT) de acordo com a Norma Regulamentadora 
n° 4 (NR 4).
SAIBA MAIS
Para saber mais, leia na íntegra a Norma Regulamentadora 
n° 4 (NR 4) que possui todas as informações sobre o Serviço 
Especializado de Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho (SESMT). Disponível em: https://bityli.com/
UDkrq
https://bityli.com/UDkrq
https://bityli.com/UDkrq
Bioética e Biossegurança 31
Etapas para a elaboração do Mmpa de 
riscos
As etapas utilizadas para a confecção do mapa de riscos são:
 • conhecer todos os processos e procedimentos do laboratório;
 • identificar todos os riscos ambientes presentes no local;
 • determinar as medidas de controle existentes como também 
a sua eficácia;
 • verificar a existência de levantamentos ambientais anteriores 
pertencentes ao mesmo local;
 • elaborar o mapa de riscos na planta baixa com a identificação 
de todos os tipos de riscos.
A elaboração do mapa de riscos pode ser realizada por meio de 
seis etapas:
1ª ETAPA
É fundamental avaliar os quatro elementos: elemento humano 
(pessoal do laboratório), processo (todas as atividades desenvolvidas), 
material (instrumentos e materiais utilizados) e o ambiente (laboratório).
2ª ETAPA 
Devem ser avaliados todos os riscos presentes de acordo com a 
tabela 3, e também analisados os efeitos e os danos à saúde.
3ª ETAPA 
Devem ser definidas quais serão as medidas preventivas de proteção 
coletiva e individual e a estruturação das atividades no laboratório.
4ª ETAPA
É essencial que sejam levantados quais são os indicadores de 
saúde, por meio das informações registradas, como: acidentes de 
trabalho mais comuns, doenças ocupacionais identificadas, faltas e/ou 
ausência ao trabalho.
5ª ETAPA
Devem ser verificados todos os levantamentos ambientais 
realizados anteriormente, durante esta avaliação devem ser realizadas 
toda as medições e o registro de todos os riscos ambientais.
Bioética e Biossegurança32
6ª ETAPA 
Nesta etapa deve ser preparado o relatório o qual deve conter 
todos os riscos presentes, junto com o mapa de riscos, posteriormente 
a aprovação pela CIPA. 
O mapa de riscos precisa estar fixado em um local de fácil 
visualização para todas os indivíduos que passam no local.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudo? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir 
tudo o que foi abordado.
Estudamos inicialmente a bioética: introdução, histórico e conceitos 
através da Introduçãoa bioética, princípios da bioética (beneficência, 
não-maleficência, autonomia e justiça ou equidade). Posteriormente foi 
estudado a ética ao profissional de saúde através do estudo do objetivo 
da criação dos conselhos profissionais, funções dos conselhos da área 
da saúde, situação atual dos conselhos de classe, profissões da área 
da saúde regulamentadas, Código de Ética profissional, Organização 
Mundial da Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde. Foi abordado 
também a biossegurança: histórico, conceito e legislação através do 
estudo do histórico da biossegurança, conceito sobre a biossegurança, 
legislação sobre biossegurança, comissão técnica nacional de 
biossegurança e principais classes de risco ocupacionais. E por último foi 
estudado a biossegurança em laboratórios por meio da investigação das 
normas de biossegurança para os laboratórios, programa de segurança, 
avaliação e representação de riscos ambientais, mapa de riscos, serviço 
especializado de engenharia de segurança e em medicina do trabalho e 
etapas para a elaboração do mapa de riscos.
Bioética e Biossegurança 33
BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Segurança do trabalho: guia prático e 
didático. 1. ed. São Paulo: Editora Érica, 2014
DO VALLE, PHC. Bioética e biossegurança. Editora e Distribuidora 
Educacional, 2016.
HIRATA, M. H.; HIRATA, R. D. C.; MANCINI FILHO, J. Manual de 
biossegurança. 2. ed. Barueri: Manole, 2012.
SALIBA, T. M. Saúde e segurança do trabalho. São Paulo: Editora LTR, 
2008.
VEATCH, RM. Bioética. São Paulo, Editora Pearson, 2014.
BIBLIOGRAFIA
Bioética e Biossegurança34
Analice Oliveira Fragoso
Aspectos Pedagógicos da 
Educação Infantil
Paulo Heraldo Costa do Valle
Ética na pesquisaBioética e 
Biossegurança
Paulo Heraldo Costa do Valle

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