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PD-Atividade Trabalho e Educação fundamentos ontologicos e historicos

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Trabalho e Educação: fundamentos ontológicos e históricos. 
SAVIANI, Dermeval. Trabalho e Educação: fundamentos ontológicos e históricos. 
Revista brasileira de educação, v12, n. 34, p 152-167, 2007 
Aluna: 
Há necessidade de conhecer primeiro o autor que conduz o artigo o professor Dermeval 
Saveane , filho de ex-agricultores, operários na cidade de São Paulo, com formação eclesiástica, 
a graduação em filosofia PUC-SP o doutorado em educação, sua atuação como professor, 
basicamente foi nas universidades de São Paulo como UFUSCAR, PUC-SP e UNICAMP. 
 O autor coloca já no início do texto que o título Trabalho e Educação: Fundamentos 
históricos e ontológicos está de forma equivocada e o mesmo faz uma correção para: Trabalho 
e Educação: fundamentos históricos-ontológicos (com hífen) justificando que essa que seria a 
expressão mais correta de escrever o título do texto. 
 A palavra ontológico ela está ligada área da filosofia que estuda o ser das coisas para 
compreender ou tentar entender o termo aponto, “O que caracteriza uma coisa ser aquilo que 
ela é, e não ser outra coisa?” ou seja, enquanto eu sou algo eu não posso não ser esse algo ao 
mesmo tempo. Minha mãe sempre dizia um termo que poderia explicitar essa definição:” aquilo 
que é....é! aquilo que não é.... não é....! e aquilo que não é... não pode ser ao mesmo tempo! 
Portanto quando se fala de ontologia está se referindo aquilo que de mais essencial tem a para 
caracterizar um objeto, um sujeito, um ser humano, ou outra coisa abstrata. 
Neste caso como uma análise é o ser humano a pergunta que Saviani faz é tentar 
desvendar quem que é o ser humano com o que caracteriza efetivamente então a palavra 
ontologia é perceber o que que há de essencial no ser humano que se a gente tirar dele ele deixa 
de ser humano. 
Basicamente se perguntarmos em sala de aula e realizar uma pergunta: Entre nós, no 
qual somos diferentes e temos nas particularidades o que temos de comum que nos faz ser 
designados como ser humano e não como um animal? Qual será a resposta que iremos ter? 
A característica ontológica é saber o que dentro dessa diversidade que citei com 
diferentes sujeitos o que que nós temos de comum e que todos nós podemos sem dúvidas dizer 
que nós somos humanos? 
Alguns filósofos como Aristóteles colocaram pra nós que o que caracteriza a essência 
do ser humano/humanidade é a racionalidade, o ser racional pergunto diante desse termo: pode-
se pensar ou afirmar que aqueles sujeitos que considero como humano, mas que não tem 
 
 
racionalidade eles não são humanos? Então se usarmos esse critério do Aristóteles da 
racionalidade, uma pessoa com deficiência mental por exemplo ela não ela é menos humana ou 
ela não é humana? (percebo aqui como é limitante essa característica dada por Aristóteles) 
 Dermival Saviani ele percebe uma outra uma outra característica do outro autor 
Bergson um filósofo francês muito mais recente no século XIX, ele vai dize o que caracteriza 
o ser humano é a sua capacidade de produzir ou de fabricar alguma coisa de um modificar 
aquilo que está ao seu entorno para o seu próprio bem, podemos usar aquela velha história 
conhecida que o ser humano ele é o único animal que consegue se adaptar certa forma que 
facilidade no mundo inteiro está é nas suas diferentes à temperaturas nas suas diferentes climas 
não é nas suas diferentes, geografias, Bergson trans termos que: o ser humano ele é o homo 
faber não é o homo sapiens .Um homo faber no sentido de que é o sujeito é o animal capaz de 
fabricar ou de transformar a realidade que está ao seu entorno em favor de si próprio 
 Aqui são duas propostas de dois filósofos Aristóteles e Bergson bem diferentes não 
enquanto Aristóteles deposita a característica ou a ontologia a essência do ser humano na 
racionalidade, Bergson vai depositar essência do ser humano na sua capacidade de produção 
não produção aqui capitalista ou produção de bens materiais, mas a produção no sentido de 
fabricação ou de transformação do mundo ao redor do sujeito. 
A partir desse momento que Saviani aponta que: quando se fala numa relação entre 
babado e educação a ela jamais podem estar separadas no sentido de que há de um lado trabalho 
e há de outro lado a educação. 
Para Saviani o que existe uma relação entre trabalho e feito de educação a onde ao 
trabalhar, ao fabricar esse mundo que está ao redor o sujeito é um ser humano ele aprende (“um 
pouco daquela ideia do aprendizado pela prática”) e ao estudar, educar, investigar, filosofar o 
sujeito ele passa a trabalhar de forma diferente então é uma relação de mão dupla. 
Trabalho e educação para autor não é visto como contra posto que é muitas vezes 
percebemos e vimos na história enquanto estudantes um exemplo como preferi fazer a 
licenciatura à noite porque precisei trabalhar durante o dia, percebe-se uma relação de contra 
posição entre trabalho e educação, então para que eu possa estudar eu tenho que colocar num 
outro horário que é o meu trabalho no caso do emprego que é uma das facetas do trabalho. 
Essa vivencia percebo na relação da educação de jovens e adultos- EJA, no qual leciono 
a disciplina de matemática no período noturno, essa relação na história desses estudantes ela é 
 
 
muito marcada, geralmente eles abandonaram, evadiram da educação porque precisava estavam 
trabalhar, havia uma relação entre aspas de contraposição entre trabalho e educação 
Se os questionar hoje: estudando exatamente porque? Possivelmente a resposta será que 
o trabalho os exige, então eles para continuar no trabalho que estão precisam às vezes se 
aperfeiçoar, concluir o ensino médio exatamente porque querem se manter ou até mesmo 
avançar e progredir no trabalho. 
Aqui percebe-se então outra relação do trabalho que é exatamente com a relação de 
complementariedade não de oposição onde o trabalho motiva estudar e a educação alimenta ou 
transforma o jeito de trabalhar, é uma visão que Saviani vai colocar para o estudo do artigo 
história ou relação entre trabalho e educação como um processo circular enquanto eu trabalho 
eu me educo, enquanto me educo eu trabalho. 
 E por ser um processo circular é efetivamente que irá caracterizar tanto a nossa história 
enquanto humanidade quanto vai identificar a gente enquanto sujeito, a nossa essência, então 
ela não é só racional é apontado por Saviani e não é só nacional como dizia Aristóteles ela é 
muito mais esse homo faber do filósofo Bergson que é exatamente quando é o sujeito que 
consegue a pensar ao mundo ao seu redor adaptar e para si. 
Saviani (200, p.154) “há uma ideia às vezes abstrato universal de uma essência humana 
na qual estaria inscrito o conjunto dos traços característicos de cada um dos indivíduos que 
compõem a espécie humana em detrimento das particularidades sociais culturais e histórias “ 
Na citação acima o autor está investigando aqui exatamente qual que é esse traço ou 
essa ideia de extrato universal que por trás da nossa diversidade universal enquanto: homens, 
mulheres, jovens, idosos, brasileiros, europeus... enfim dentro de uma diversidade humana que 
temos qual o traço ou uma ideia comum que irá conseguir apontar o que que tem de humano e 
sua essência humano dentro dessa, diversidade sociocultural, diferente dos animais que se 
adaptam a natureza os seres humanos eles tendiam adaptar a natureza a si 
Então o ser humano ele vai se diferenciar os animais exatamente a partir do momento 
em que ele começa a produzir os seus próprios meios de vida adaptando o mundo para sua 
sobrevivência é então há uma relação entre aqui humanidade, animalidade e natureza que ela 
pode ser compreendida de forma sistêmica a partir do momento em que ele consegue se 
apropriar do meio que o rodeia e transformar esse meio para a sua própria sobrevivência. 
 
 
Nessa característica do ser humano conseguir: agir, transformar e produzir o mundo que 
o cerca irá diferenciar dos outros sujeitos,citados no artigo pelo autor praticamente resumo toda 
a ideia que Saviani traz dentro do texto 
 
o ato de agir sobre a natureza transformando-a em função das necessidades humanas 
é o que conhecemos com o nome de trabalho. Podemos, pois, dizer que a essência do 
homem é o trabalho. A essência humana não é, então, dada ao homem; não é uma 
dádiva divina ou natural; não é algo que precede a existência do homem. Ao contrário, 
a essência humana é produzida pelos próprios homens. O que o homem é, é-o pelo 
trabalho. A essência do homem é um feito humano. (SAVIANI, 2007, p.154) 
 
 
 
O mesmo ser humano não o ser humano do começo ao fim ele é um processo, no qual 
está sempre em transformação que se dá pelo trabalho , e construir a sua essência não tem nada 
relacionado como aponta Saviani com uma essência dada por Deus ou dada pela natureza, mas 
é é uma essência que é construída a partir do próprio ser humano a partir das demandas que o 
ser humano constrói para si e que ao querer construir para si ou aí transformando o mundo ao 
seu redor então para autor o que marca de fato a essência humana não é a racionalidade, 
sentimento, política que também o Aristóteles vai dizer que o ser humano é um animal político 
mas efetivamente é um sujeito que trabalha. 
Todo o ser humano é um sujeito que trabalha é e esse trabalho não necessariamente 
precisa ser remunerado ele pode ser um trabalho de agir sobre o mundo. 
 
Se a existência humana não é garantida pela natureza, não é uma dádiva natural, mas 
tem de ser produzida pelos próprios homens, sendo, pois, um produto do trabalho, isso 
significa que o homem não nasce homem. Ele forma-se homem. Ele não nasce 
sabendo produzir-se como homem. Ele necessita aprender a ser homem, precisa 
aprender a produzir sua própria existência. Portanto, a produção do homem é, ao 
mesmo tempo, a formação do homem, isto é, um processo educativo. A origem da 
educação coincide, então, com a origem do homem mesmo. (SAVIANI,2017, p.154 
 
Nesta citação o autor continuar afirmado que a natureza não dará de forma espontânea 
essa essência da humanidade até porque o ser humano ao se transformar humano ele se destaca 
da natureza, então esse destaque exatamente não é devido ao raciocínio. ou reflete sobre ela, 
mas porque há um agir sobre ela. 
De certa forma possível que essas ações ela difere dos animais porque estes quanto agem 
sobre a natureza eles fazem por instinto eles não refletem a gente não a gente reflete essa 
reflexão é um processo de se educar é o pensar na ação sobre o mundo, quando ser humano age 
 
 
é um processo de trabalho. Saviani diz não é só esse processo de reflexão, não é só essa 
nacionalidade! ela só vai existir porque há um trabalho antes há essa fabricação do mundo pelo 
próprio sujeito, então é que a importância do trabalho com característica do sujeito humano se 
perguntássemos para autor o que a define é o sujeito? Responderia: não é a racionalidade, mas 
é a atuação é o trabalho é a ação do homem ou da mulher sobre o mundo que os acerca. 
Essa é a primeira característica que Saviani aponta, trabalho é um conceito amplo é tudo 
aquilo que eu estou agindo sobre o mundo, esse conceito ele não se separa no processo 
formativo eu me formo ou torno o ser humano, sujeito eu aprendo a viver e me tornar humano 
a partir do momento em que eu trabalho e vice-versa é o melhor o meu trabalho quando paro 
para fazer uma reflexão sobre ele 
A partir desse panorama central Saviani ele faz proposta histórica: então ele pega esse 
panorama central desses dois conceitos (trabalho e educação) e fará uma reflexão desde o início 
da humanidade: como que se deu essa relação entre educação e trabalho ao longo da história da 
humanidade. 
 No início ele cogita aqui não é a partir dos estudos históricos é no comunismo primitivo 
no início da formação dos primeiros grupos sociais os sujeitos se apropriavam coletivamente 
dos meios de produção da existência e nesse processo se educava e educavam as novas gerações 
tudo era feito de forma comum. Então aqui podemos marcar no início da nossa humanidade, 
não existia a escola, o processo formativo do institucionalizado como nós temos hoje portanto 
no início a educação ela se dava na vida concreta pela apropriação desses meios de produção, 
ou seja, pela apropriação do mundo que cercava esses sujeitos, coletivamente:” todos 
ensinavam a todos que aprendiam” a partir dessa relação de sobrevivência. 
Essa ideia de Saviani que ele traz no texto de um comunismo primitivo de que trabalho 
e educação não se separam, no entanto, Saviani é seguindo pela perspectiva marxista, e ele 
coloca para os leitores sobre a apropriação privada da terra, ou seja, a partir do momento que a 
alguns grupos sociais começam a se apropriar da terra a isso vai provocar uma certa ruptura 
dessas comunidades porque algumas pessoas passam ser proprietários e outras pessoas passam 
a ser não proprietárias e consequentemente fragmenta-se a ponte entre educação e trabalho. 
Quando enfim chega à filosofia Moderna em um processo do renascimento e 
industrialização desencadeará o capitalismo, dentro desses novos modos de produção e 
industrial onde tem-se o maquinário muito específico para a produção em massa e de grande 
 
 
escala e essa demanda das indústrias irá precisar de pessoas que precisavam de certo 
conhecimento técnico pelo menos ele saiba interpretar o manual como a máquina. 
A partir desse processo industrial e do modelo de produção capitalista que a relação 
entre o trabalho e educação ela passa a ser vista de uma forma diferente não mais de oposição, 
mas de certa forma de uma necessidade por parte do trabalho em relação à educação, ou seja, 
para que possa trabalhar eu preciso de uma certa educação adquirir técnicas, habilidade leitura 
e interpretação. 
 É aqui nesse ponto que começa um outro tipo de educação que é uma educação técnica 
a partir do processo de capitalista, o funcionário terá de adaptar intelectualmente adquirir 
saberes para trabalhar dentro dessas indústrias. Portanto temos dois tipos de educação: uma 
educação voltada para essa demanda imediatista, instrumentalizada para trabalho, outro lado 
um outro tipo de educação intelectualizada voltada principalmente para as elites não é que 
continua sendo para as elites. 
Saviani (2007, p. 159) A referida separação teve uma dupla manifestação: a proposta 
dualista de escolas profissionais para os trabalhadores e “escolas de ciências e humanidades” 
 
Hoje a relação entre educação e trabalho, mas não é mais aquela relação de 
complementariedade que deveria ser, como era no comunismo, como ele propõe que seria o 
ideal. De toda forma a pesar desses diferentes tipos de relação seja de complementariedade 
oposição ou de aproximação, Saviani continuar afirmando que o que determina o fundamento 
ontológico do ser humano ou seja que determina ser humano é o trabalho que vem antes 
da educação você aprende a trabalhar e nesse processo reflete sobre ele (perspectiva marxista) 
mas ao mesmo tempo ele está de certa forma no processo circular 
 Não consegue trabalhar, sem aprender algo preciso de uma educação de um processo 
de reflexão minimamente para eu aperfeiçoar meu trabalho aquele que não se detém sobre uma 
reflexão sobre o seu trabalho sobre aquilo que faz no mundo ele acaba fazendo as coisas por 
fazer e não dá sentido aquilo que faz, não melhora, e não busca a solução dos problemas assim 
a educação tem esse sentido de refletir a ação no mundo. 
Referências bibliográficas 
SAVIANI, Dermeval. Trabalho e Educação: fundamentos ontológicos e históricos. Revista 
brasileira de educação, v12, n. 34, p 152-167, 2007.

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