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Página inicial ESTUDO DO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM POR MEIO LÚDICO Professora : Me. Sonia Maria de Campos Silva Objetivos de aprendizagem • Apresentar conceituação sobre o lúdico. • Entender o que é lúdico e sua importância no desenvolvimento cognitivo da criança. • Destacar as ideias do brincar, brincadeiras, jogos e brinquedos. • Demonstrar a importância do brincar para a educação, em especial, para a educação infantil. • Ressaltar a necessidade de incentivar a ludicidade como prática pedagógica. • Salientar que é preciso uma conscientização acerca da relevância da ludicidade para a aprendizagem da criança, sua formação e a busca pelo conhecimento. https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • O que é o lúdico? • O incentivo da ludicidade às crianças como uma das principais fontes de aprendizagem • Necessidade de se estabelecer a consciência da importância dos jogos e das brincadeiras no desenvolvimento e na educação da criança Introdução Olá, querido(a) aluno(a). Iniciaremos o nosso estudo sobre o processo de aprendizagem, no qual o lúdico figura como uma das principais fontes, ou seja, sobre a importância do brincar, dos jogos e dos brinquedos para a formação da aprendizagem e respectivo processo de conhecimento pelo aluno. A ludicidade deve ser encarada como um aporte didático, como uma prática pedagógica, como um instrumento a ser utilizado pelo educador, e não mero “brincar por brincar”. Trata-se de uma prática muito importante para a criança, pois o “brincar” precisa fazer parte do seu cotidiano, e trazê-lo para o ambiente escolar não apenas aproxima o aluno, como desperta sua atenção e seu interesse, além de facilitar o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas, psíquicas e sociais. O lúdico deve, por conseguinte, ser incentivado, em especial na educação infantil, como uma das principais fontes de aprendizagem, sendo igualmente necessário que haja a conscientização de tal prática, face sua relevância para a aprendizagem e para o direito à educação propriamente dito. Em verdade, o universo lúdico, se incentivado e realizado de forma consciente e informada, vai ao encontro com os objetivos e as finalidades do direito à educação, previstos na Constituição Federal de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação e do Estatuto da Criança e do Adolescente, como exemplo (dentre outros): o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente. Estes serão os conteúdos que abordaremos em nossas aulas. Bom estudo! Avançar https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1?authuser=0 DOWNLOAD PDF UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://drive.google.com/file/d/1cneP3-1Qb1kS0vQHIzPDNAE5cEtM_3qT/view?usp=sharing Página inicial O que é o lúdico? Caro(a) aluno(a), o presente estudo possui como escopo trazer considerações acerca do processo de aprendizagem por meio lúdico. A referida ideia inicial nos remete ao seguinte questionamento: é possível jogar e brincar como forma de educar? Ou ainda: o lúdico na aprendizagem, em especial na educação infantil, é importante? Para tanto, é preciso conceituar o que seria o processo de ensino e aprendizagem que utiliza o método lúdico, ou seja, responder às seguintes indagações: o que é o lúdico? Será que essa metodologia apenas induz à ideia do “brincar por brincar”? Este será o nosso objeto de estudo nesta primeira aula. A educação é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 a todos, sendo insculpida como dever do Estado e da família, devendo, ainda, haver a colaboração da sociedade (conforme nos aponta o artigo 205, da Constituição Federal). Ressalta- se também o dever do Estado em relação à prestação da educação básica, no artigo 208, incisos I e IV, obrigação que foi reiterada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Ao Estado, segundo referidos diplomas, compete garantir a educação infantil, em creche e pré-escola, para crianças de até 5 (cinco) anos de idade. A educação infantil é um dos estágios da educação básica que é obrigatório e engloba a educação dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos. É, em especial, no contexto da educação infantil que reside à importância do lúdico. E, afinal, o que podemos entender pelo lúdico? O que vocês acadêmicos esperam de tal método de aprendizagem? Há diversas definições para o termo lúdico, sendo que no dicionário Michaelis ([2018], online)1 podemos extrair a seguinte conceituação: “1. Relativo a jogos, brinquedos ou divertimentos. 2. Relativo a qualquer atividade que distrai ou diverte. e 3. PEDAG Relativo a brincadeiras e divertimentos, como instrumento educativo”. Da leitura do conceito acima, podemos afirmar que o lúdico não é apenas o “brincar por brincar”. O lúdico pode ser analisado como instrumento educativo. Nesse sentido, Lino de Macedo, Ana Sícoli Petty e Christe Passos (2007) afirmam que: https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 O brincar é fundamental para o nosso desenvolvimento. É a principal atividade das crianças quando não estão dedicadas às suas necessidades de sobrevivência (repouso, alimentação, etc.). Todas as crianças brincam se não estão cansadas, doentes e impedidas. Brincar é envolvente, interessante e informativo. Envolvente porque coloca a criança em um contexto de interação em que suas atividades físicas e fantasiosas, bem como os objetos que servem de projeção ou suporte delas, fazem parte de um mesmo contínuo topológico. Interessante porque canaliza, orienta, organiza as energias da criança, dando-lhes forma de atividade ou ocupação. Informativo porque, nesse contexto, ela pode aprender sobre as características dos objetos, os conteúdos pensados e imaginados (MACEDO; PETTY; PASSOS, 2007, p. 13-14). A atividade lúdica, por conseguinte, surgiu como forma de abordar o conhecimento de diferentes maneiras que favorece, por exemplo, a interdisciplinaridade, sendo que o “lúdico é reconhecido como elemento essencial para o desenvolvimento das várias habilidades em especial a percepção da criança”, isto é, “refere-se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de liberdade e espontaneidade de ação” (SANTOS, 2012, p. 3-4). Além disso, os jogos lúdicos possibilitam uma educação cooperativa e interacional, logo, estimulam a convivência em grupo (FRIEDMANN, 1996, 41). Portanto, é possível afirmar que o lúdico não se trata de mero “brincar” ou “jogar”, mas, sim, de uma prática com embasamento pedagógico. É, pois, um mecanismo benéfico não apenas à criança, que está familiarizada com o brincar, mas também aos docentes, que encontram em tal mecanismo, um aporte para enfrentar as dificuldades existentes no ambiente escolar, como exemplos: desatenção, falta de motivação das crianças etc. As atividades lúdicas, nesse contexto, possibilitam que a criança aprenda com prazer, alegria e entretenimento. Não é, desse modo, um processo pedagógico mais interessante às crianças? Há descompasso com a finalidade da educação? Qual a opinião de vocês alunos(as) a respeito? “Educar é ir em direção à alegria” (SNEYDERS, 1996, p. 36), é possibilitar o conhecimento com qualidade, desenvolver a pessoa e formar sua personalidade, e, ao fazê-lo com recursos pedagógicos, como o lúdico, mais dinâmico eproveitoso será. Caros acadêmicos(as), qual a atividade desenvolvida, em essência, pelas crianças fora do ambiente escolar? E se perguntarmos para uma criança o que ela gostaria de fazer, qual provavelmente seria a resposta? O brincar está associado à vida da criança, faz parte de sua rotina. Para a criança, brincar é viver (SANTOS, 1999). Dessa feita, “a criança brinca porque brincar é uma necessidade básica, assim como, a nutrição, a saúde, a habitação e a educação são vitais para o desenvolvimento do potencial infantil” (DALLABONA; MENDES, 2004, p. 108). Ocorre que, não raras vezes, a criança está submetida a uma série de atividades, que a afasta dessa característica de “ser criança”, de poder brincar. Por exemplo, uma série de obrigações é imposta às crianças, sem que se dê o devido respeito à importância do brincar. Reside aí mais um aspecto de importância do lúdico como instrumento pedagógico, como resgate dessa necessidade que a criança possui, favorecendo seu aprendizado, o desenvolvimento de suas habilidades e seu relacionamento com as outras pessoas. A charge abaixo retrata essa situação: https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: adaptado de Alexandre Beck ([2018], on-line)2 Qual o papel do lúdico no contexto da educação infantil? A prática da ludicidade no ambiente escolar pode exercer benefícios para criança, em relação à sua formação e manutenção de suas peculiaridades e direitos? Na próxima aula, abordaremos a questão objeto de reflexão acima, isto é, sobre a importância da ludicidade no ambiente escolar, em especial para a aprendizagem na educação infantil. O universo lúdico abrange os termos “brincar, brincadeira, jogo e brinquedo”, sendo que o termo “brincar” caracteriza tanto a brincadeira quanto o jogo e o brinquedo, sendo estes objetos suporte da brincadeira e/ou do jogo. Entretanto, há doutrinadores que apontam diferença entre as referidas terminologias (brinquedo, jogo e brincadeira). Em linhas gerais, o brinquedo seria um objeto suporte da brincadeira, sendo que a estruturação se distingue por alguma estruturação ou utilização de regras, por exemplo, brincar de casinha, polícia e ladrão, podendo ser tanto coletiva quanto individual. Por sua vez, a noção de jogo estaria ligada tanto ao objeto (brinquedo) quanto à brincadeira, sendo uma atividade estruturada e estabelecida por regras mais explícitas, como o jogo de mímica, por exemplo. Para saber mais, acesse: < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/definicao-dos-termos-brinquedo- brincadeira-e-jogo/35529 >. Fonte: a autora. https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.portaleducacao.com.br%2Fconteudo%2Fartigos%2Feducacao%2Fdefinicao-dos-termos-brinquedo-brincadeira-e-jogo%2F35529&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGrangNL05797EXMzsQ5qZ-Blyq7A https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.portaleducacao.com.br%2Fconteudo%2Fartigos%2Feducacao%2Fdefinicao-dos-termos-brinquedo-brincadeira-e-jogo%2F35529&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGrangNL05797EXMzsQ5qZ-Blyq7A O incentivo da ludicidade às crianças como uma das principais fontes de aprendizagem Vimos, na aula anterior, que o brincar é uma prática importante para a criança, faz parte de seu cotidiano, sendo imperioso respeitar a realidade vivenciada pela criança. Contudo, caros(as) alunos(as), podemos falar que a ludicidade é uma fonte de aprendizagem? Sim, podemos, conforme já induzido na aula anterior. Não só podemos como é preciso um incentivo para a adoção do lúdico como instrumento pedagógico, a ser utilizado, em especial, na educação infantil. O lúdico integra o mundo infantil de todo ser humano, desse modo, “os jogos e brinquedos fazem parte da infância das crianças, onde a realidade e o faz de conta intercalam-se”, logo, “o olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, mas sim, de grande importância no processo de ensino e aprendizagem na fase da infância” (MALAQUIAS; RIBEIRO, 2013). Acrescentam as autoras que: Pode-se dizer que a atividade lúdica funciona como um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, portanto a partir do brincar, desenvolve-se a facilidade para à aprendizagem, o desenvolvimento social, cultural e pessoal e contribui para uma vida saudável, física e mental. Ao brincar a criança também adquire a capacidade de simbolização, permitindo que ela possa vencer realidades angustiantes e domar medos instintivos. O brincar é um impulso natural da criança, que aliado à aprendizagem torna-se mais fácil à obtenção do aprender devido à espontaneidade das brincadeiras através de uma forma intensa e total (MALAQUIAS; RIBEIRO, 2013). https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Além disso, “através do lúdico a criança vai se adaptando ao ambiente em que está inserida e com as pessoas que muitas vezes o compõem” (POZO, 2002, p. 70). Desse modo, é possível falarmos que é um grande desafio da atualidade extrair a ideia que muitas crianças têm de que a brincadeira não é um elemento existente na vida diária em sala de aula. Nesse sentido: “o desafio, para as escolas e sociedade hoje e do futuro, é encontrar maneiras para as crianças experimentarem, até mesmo aprenderem a brincar, oferecendo a liberdade para desenvolverem a variedade de habilidades fundamentais para a aprendizagem e a vida adulta” (BROCK et al, 2011, p.192). A referida circunstância vai ao encontro dos preceitos e objetivos da educação, pois, conforme Vygotsky (1989, p. 5), a educação promove a construção de estruturas e sistemas psicológicos complexos, podendo-se apontar, a título de exemplificação, a compensação e os mecanismos de correção (1989, p.5). Nesse contexto, A prática docente, nessa perspectiva, possibilita que os alunos possam realizar suas atividades por si mesmos, desenvolvendo tarefas cada vez mais complexas, com a mediação do profissional ou de outras crianças. A ação pedagógica deve conduzir o aluno à independência, autonomia e autoestima (ROSS, 2006, p. 276). O lúdico, dessa maneira, é uma prática pedagógica que está em consonância com a referida necessidade, pois possibilita que a criança tenha a liberdade, ou seja, independência e autonomia no processo de aprendizagem e formação do conhecimento. Podemos falar, então, que a ludicidade é fator relevante para aprendizagem da criança, logo, para construção do conhecimento. Isso porque é necessário assegurar a “capacidade de pensar, interagir, aquilo que é capaz de fazer, interpretar, compreender” (ROSS, 2006, p. 276). O lúdico enseja uma contribuição para o aprendizado do aluno, em especial da criança, pois através da aludida prática pedagógica, o aluno interage mais em sala de aula, uma vez que desperta a vontade de aprender, assim como o seu interesse no conteúdo, de forma que a criança aprende o que foi ensinado, estimulando o pensamento e o questionamento, ou seja, não incentiva a mera repetição de ideias (LISBOA, 2009). Brenelli (2005) acrescenta que, por meio de jogos, estimula-se o aluno a superar os desafios, já que precisa utilizar a criatividade para lidar com situações imprevisíveis. Ademais, A ascensão do abstrato para o concreto se move do geral para o particular porque os estudantes inicialmente buscam e registram o “germe” primário geral, em seguida deduzem vários aspectos particulares do assunto usando esse “germe” como esteio principal. Segundo essa estratégia é essencialmente genética, visando descobrir e reproduzir as condições de origem dos conceitos a serem adquiridos (ENGESTROM, 2002, p. 185). Além do mais, “através do lúdico a criança vai se adaptando ao ambiente em que está inserida e com as pessoas que muitas vezes o compõem” (POZO, 2002, p. 70). Infere-se, caros(as)acadêmicos(as), que “a atividade lúdica pode ser um eficiente recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual” (RIZZO, 2001, p. 40). Por isso, é muito importante que ocorra o incentivo às práticas pedagógicas lúdicas, sobretudo, na educação infantil, pois “o educador possui um papel nesse processo (educação), que é mediar o educando a buscar sua identidade e atuar de forma crítica e reflexiva na sociedade” (RAU; ROMANOWSKI; MARTINS, 2005, p. 650). A ludicidade é uma das principais fontes de aprendizagem, na educação infantil, porém não se trata da única fonte. Isso porque “a aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais”, é, em verdade, “resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações” (LEAL, 2011, p. 14). https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Sendo assim, é de suma relevância que seja reconhecida a importância do lúdico como método, como fonte de aprendizagem na educação infantil, devendo haver o seu incentivo, para que os educadores possam atrelar tal prática às outras fontes, de forma a possibilitar o desenvolvimento pleno do educando, propiciar que seja assegurado o desenvolvimento das suas aptidões, habilidades, e, consequentemente, do conhecimento propriamente dito. Conforme está contido no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil , criado pelo Ministério da Educação e do Desporto: Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis (BRASIL, 1998, p. 23). A criança precisa de uma riqueza e uma diversidade nas experiências que são ofertadas nas instituições para que possa exercer sua capacidade de criar, daí a importância do lúdico como fonte de aprendizagem, porém é preciso que haja consciência de tal circunstância, sobretudo, por parte dos docentes, conforme abordaremos na terceira aula. Neste estudo ressaltamos a importância da ludicidade na educação infantil. Porém é preciso mencionar que a aludida prática pedagógica também é relevante no ensino fundamental, ensino médio e até mesmo nas universidades. Fonte: adaptado de Roloff (2010). https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Necessidade de se estabelecer a consciência da importância dos jogos e das brincadeiras no desenvolvimento e na educação da criança Nas aulas anteriores, vimos o conceito e as noções gerais sobre o lúdico e também a importância do lúdico para a aprendizagem para as crianças. Porém, há, de fato, uma consciência acerca da relevância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento e na educação da criança? Podemos falar que os docentes possuem ciência da importância de tal fonte de aprendizagem e do seu papel nesse contexto? As atividades lúdicas geram várias contribuições ao desenvolvimento da criança, seja de forma específica, ou de forma generalizada, uma vez que motivam a criança em todos os seus sentidos (OLIVEIRA, 2016, p. 7-8). No mesmo viés, afirma Airton Negrine (1994, p. 19) que: As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade a que constitui a energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança. Em face da importância da ludicidade, é preciso que haja uma conscientização sobre a aludida prática enquanto meio pedagógico, ou seja, que haja a conscientização acerca de sua relevância para o desenvolvimento cognitivo, psíquico, emocional e social da criança, seja em relação aos próprios alunos, seja em relação aos familiares, docentes e a sociedade em si considerada. Não se pode perder de vista, também, que o Estado precisa exercer seu papel, isto é, precisa conscientizar e incentivar a prática lúdica, tanto em relação às escolas públicas, quanto em relação às instituições educacionais privadas. Um dos principais participantes no contexto lúdico é o docente. Isso porque É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. Consequentemente é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar. Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem (BRASIL, 1998, p. 28). O incentivo da ludicidade e sua execução pelos docentes, mediante materiais adequados, permite que a criança possa enriquecer em termos de competências imaginativas, criativas e organizacionais. No entanto, é preciso que o professor se atente às peculiaridades da turma, dos alunos, de forma a propiciar que os jogos e as brincadeiras ocorram de forma diversificada. É preciso que: https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com O professor tenha consciência que na brincadeira as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa. Nessa perspectiva não se deve confundir situações nas quais se objetiva determinadas aprendizagens relativas a conceitos, procedimentos ou atitudes explícitas com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentados de uma maneira espontânea e destituída de objetivos imediatos pelas crianças. Pode-se, entretanto, utilizar os jogos, especialmente aqueles que possuem regras, como atividades didáticas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças não estarão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão (BRASIL, 1998, p. 29). Portanto, é preciso que o professor tenha consciência e acredite na ludicidade como método de aprendizagem, pois, caso contrário, o método pode se perder no discurso, e, dessa forma, dificultar o acesso ao conhecimento, ao invés de facilitá-lo. Em verdade, não basta que o docente desperte a atenção do aluno através dos jogos e brincadeiras, é preciso que o ajude, de forma efetiva, a construir seus conhecimentos (ROLOFF, 2010, p. 9). Melo e Cavalari (2010, p. 158), também ressaltam a importância da atividade lúdica para o desenvolvimento integral da criança: Para Educação Infantil, a atividade recreativa tem aspectos importantíssimos, pois o brincar não constitui apenas uma atividade para passar o tempo, mas tem uma função primordial nos aspectos que envolvem a criança, possibilitando o desenvolvimento integral, já que ela está inserida em um ambiente no qual se torna na maioria das vezes uma parte do seu lar, assim a criança enreda-se afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente ações. A criança brinca e ao mesmo tempo adquireo autoconhecimento que parte da descoberta do próprio corpo e engloba naturalmente a cultura e se conhece num determinado contexto. Por conseguinte, a atividade lúdica caminha em compasso com as diretrizes constitucionais da educação, pois favorece o pleno desenvolvimento da pessoa (artigo 205, caput , da Constituição Federal/1988), assim como, em relação aos ditames da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (artigo 2º) e do Estatuto da Criança e do Adolescente (artigo 3º e artigo 53). Os referidos diplomas (constitucionais e legais) embora tenham redações distintas, estipulam que a educação deve assegurar o pleno desenvolvimento da pessoa humana, em especial da criança e do adolescente, de forma a facultar o “desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”, conforme disposto no art. 3º, da Lei nº 8.069 sobre o ECA (BRASIL, 1990, on-line). Ademais, o ato de brincar é um direito reconhecido na Declaração dos Direitos da Criança, de 1959, expresso no artigo 7º: “A criança deve ter todas as possibilidades de se entregar a jogos e atividades recreativas, que devem ser orientadas para os fins visados pela educação; a sociedade e os poderes públicos devem esforçar-se por favorecer o exercício deste direito” (BRASIL, 1990, on-line). Dessa forma, à luz dos ensinamentos descritos neste primeiro momento do nosso estudo, podemos afirmar, caros(as) acadêmicos(as), que a ludicidade, isto é, o incentivo ao “brincar” no ambiente educacional, de forma pedagógica, é uma prática que precisa ser incentivada, pois há inúmeros benefícios em tal modalidade de aprendizagem para a criança, sendo necessário que haja a conscientização em relação à essa prática, principalmente por parte dos docentes. A ludicidade possui importância e relevância para a formação da criança e do adolescente, sendo um mecanismo eficaz, se realizado de forma adequada, com diversidade e estímulo ao aprendizado, para o conhecimento, moldando-se à finalidade do direito à educação: o pleno desenvolvimento da pessoa humana, dentre outras finalidades. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial/atividades?authuser=0 Página inicial ATIVIDADES São diversas as práticas lúdicas que podem ser utilizadas pelo educador no ambiente escolar, dentre as quais é possível citar o jogo “Pega Varetas”. Segundo Lino de Macedo, Ana Sícoli Petty e Christe Passos, “ao jogar pega-varetas, por exemplo, uma criança precisa observar a cada captura, todas as varetas vizinhas àquela que pretende resgatar”, ressaltando que “essa simples ação é consequência de várias outras: considerar as regras, prestar atenção a elas, observar a configuração do maço espalhado na mesa e os diferentes pontos de contato entre as varetas e, só então, tomar uma decisão, escolhendo a melhor” (2011, p. 24). Isso significa que o jogo estimula a análise das possibilidades, a organização das ações e a resolver referido problema. Afinal, qual a sistemática do referido jogo? A criança (ou outro jogador) deve soltar um maço composto por 41 varetas, sendo de cores amarelas, vermelhas, verdes, azuis e uma preta. Cada cor possui uma pontuação específica. Cada um dos jogadores irá capturar uma a uma, sem mover as demais, e, se isso ocorrer, “passa a vez” para o outro e assim sucessivamente. Vence aquele que, ao final, obter a maior pontuação. O jogo, sendo assim, requer organização e planejamento, respeito às regras, atenção e antecipação das ações. Após a reflexão acerca do jogo acima mencionado, em compasso com a leitura do nosso material de apoio e respectiva aula, responda: 1. O “Jogo de Varetas” (ou “Pega Varetas”) como o próprio nome sugere consiste em um jogo, uma brincadeira. Sobre referida atividade podemos afirmar que: a) É possível enquadrá-la como uma atividade lúdica, que pode ser utilizada pelo educador, já que estimula o desenvolvimento de diversas habilidades, como exemplo: a concentração. b) Não pode ser considerada como uma prática lúdica, não havendo qualquer finalidade pedagógica. c) Trata-se de uma atividade apenas de entretenimento, podendo ser sugerida pelo educador apenas como prática a ser realizada pelas crianças no recreio. d) Embora estimule a organização e o desenvolvimento, não possui qualquer benefício relacionado ao aprendizado da criança. e) Nenhuma das afirmativas anteriores está correta. 2. A respeito do lúdico, ou seja, do universo dos jogos e das brincadeiras, na escola, analise as assertivas abaixo, verificando se consistem em afirmações verdadeiras (V) ou falsas (F): https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 ( ) O educador possui papel fundamental na realização da atividade lúdica, como, por exemplo, no “Jogo de Varetas”, pois, poderá propor desafios, instigar a reflexão e ajudar os educandos a perceberem semelhanças entre os contextos do jogo e da escola. ( ) Caso o educador não participe da atividade, corre-se o risco de que o jogar caia no seu uso comum, ou seja, mero “brincar por brincar”. ( ) O jogo não possui qualquer relevância para a construção de relações sociais da criança com as demais, sua adaptação ao ambiente escolar, ao contrário, estimula a competição e a rivalidade entre as mesmas. Com base nas assertivas acima, assinale a alternativa que corresponde à sequência correta: a) V – V – V. b) F – V – F. c) V – V – F. d) V – F – F. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 3. O jogo “Pega Varetas” possibilita ao educador a análise dos alunos, dos seus comportamento e das suas habilidades, podendo vincular o cenário ocorrido na brincadeira ao contexto do aprendizado, por exemplo, apurar eventual “baixo rendimento” da criança. No jogo “Pega Varetas” como causas do “baixo rendimento” é possível citar: em primeiro lugar, a criança não teve domínio das regras; em segundo, não houve concentração, a criança não prestou atenção no jogo; em terceiro, tentou jogar da melhor maneira, porém não conseguiu acertar. O professor precisa observar a brincadeira para que possa averiguar o motivo e direcionar a criança para que ela supere, na próxima vez, os obstáculos enfrentados Sobre o cenário narrado, é correto dizer que: a) A mesma lógica vale para a sala de aula, pois o professor pode fazer um levantamento das dificuldades enfrentadas pela criança e de seus erros, questionando, por exemplo, qual foi o pensamento articulado por ela para resolver determinado problema, pois assim compreenderá sua forma de raciocinar. b) Não há qualquer relação com os métodos pedagógicos e com o aprender, não gerando benefícios ao aprendizado. c) O professor deve apenas focar no resultado final, não sendo relevante a estratégia utilizada pela criança. d) A brincadeira não possibilita que o professor avalie as competências e as dificuldades da criança, não sendo possível a identificação de eventual problema, como a falta de concentração, por exemplo. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 4. Os jogos, segundo os autores retratados nas considerações iniciais do estudo de caso proposto, na obra Os Jogos e o Lúdico na Aprendizagem Escolar: “podem constituir um excelente instrumento para ajudar nossos alunos a se envolverem em projetos que representem situações significativas e que, simultaneamente, darão subsídios e/ou suporte para acontecimentos futuros” (MACEDO; PETTY; PASSOS, 2011, p. 29). Assinale a alternativa que corresponde à vinculação da ideia acima descrita pelos autores ao contexto do jogo “Pega Varetas”: a) A criança no jogo sugerido apenasserá incentivada a pensar antes de agir. b) Apenas estimula a criança a planejar as suas ações. c) O objetivo do jogo é estimular apenas a concentração, que será importante para o aprendizado. d) A criança jogando “Pega-Varetas” aprende a pensar antes de agir e a planejar suas ações, o que é relevante para a obtenção de bons resultados, estimulando-se, ainda, a concentração e a criatividade. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com Resolução das atividades Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial/resumo?authuser=0 Página inicial RESUMO O “brincar” faz parte do cotidiano, em especial, para as crianças, sendo um grande desafio na atualidade inseri-lo no ambiente escolar. O universo lúdico representa tal finalidade, ou seja, inserir o contexto do brincar, das brincadeiras e dos jogos como método educativo. O lúdico deve ser incentivado, pois consiste em uma principal fonte de aprendizagem, já que se trata de uma prática envolvente, interessante e informativa e que possibilita o desenvolvimento de diversas habilidades. Ademais, por meio do lúdico, a criança aprende consigo mesma, assim como aprende com os objetos e demais pessoas envolvidas nas brincadeiras, favorecendo não apenas seu aprendizado, mas também sua interação social. As atividades lúdicas fazem com que, nesse cenário, o aprender seja uma realidade divertida e alegre, ou seja, possibilita que a criança seja criança, mas que se desenvolva ao mesmo tempo. Portanto, o lúdico deve ser encarado como um fator importante no processo de ensino-aprendizagem, em especial na educação infantil, podendo ser apontado como elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais. Trata-se, pois, de um desafio na atualidade executar atividades lúdicas que possibilitem o desenvolvimento de habilidades fundamentais para a aprendizagem e para a vida adulta, uma vez que a ação pedagógica deve conduzir o aluno para a independência, autonomia e autoestima. O lúdico enseja contribuição para o aprendizado da criança, pois possibilita uma maior interação, desperta o interesse em aprender, estimula o pensamento e o questionamento, dissociando-se da mera repetição de ideias, podendo apontar, ainda, o estímulo à superação dos desafios, e, por consequência, da criatividade. É um eficiente recurso, aliado do educador, sendo imperiosa a consciência da importância de tal prática para o aprendizado e para a educação em si considerada. Impõe-se, assim, que haja conscientização acerca da ludicidade enquanto método pedagógico, ou seja, sua relevância para o desenvolvimento cognitivo, psíquico, emocional e social da criança, assim como é necessária uma conscientização por parte do educador do seu papel nesse cenário. O professor precisa ter consciência sobre a ludicidade, de sua importância para a educação, sob pena de se tornar mero discurso, ou seja, é preciso que o educador tenha convicção de que se trata de uma atividade didática, que existem objetivos didáticos nas brincadeiras e jogos a serem desenvolvidos. Havendo consciência sobre as práticas lúdicas e incentivadas como fonte de aprendizagem, essas práticas caminharão em compasso com a finalidade do direito à educação, a qual é (dentre outros): o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/resumo?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico?authuser=0 Página inicial Material Complementar Leitura Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar Autor: Lino de Macedo; Ana Lúcia Sícoli Petty; Norimar Christe Passos Editora: Artmed Sinopse : Há 14 anos, os integrantes do Laboratório de Psicopedagogia (LaPp), do Instituto de Psicologia da USP, estudam e fazem pesquisas com jogos, visando contribuir para o professor aprender a utilizá-los como um importante instrumento em seu dia-a-dia. Este segundo livro de Lino de Macedo, Ana Lúcia Sícoli Petty e Norimar Christe Passos é um novo recurso valioso para professores que trabalham com oficinas de jogos no ensino fundamental, com vistas a facilitar o desenvolvimento da leitura e da escrita de seus alunos. Além disso, o trabalho com jogos proposto neste livro permitirá criar e gerir situações de aprendizagem mais condizentes com a diversidade e a tornar realidade a tão necessária avaliação formativa, porque faz da observação e da regulação uma nova e melhor forma de se atribuir valor e promover as produções de cada criança. Trata-se de um subsídio ricamente ilustrado que, assim como o Aprender com jogos e situações-problema, título anterior, será de grande ajuda para a qualificação do cotidiano pedagógico. Na Web Tarja Branca - A revolução que faltava Ano: 2014 Sinopse: A partir dos depoimentos de adultos de gerações, origens e profissões diferentes, o documentário discorre sobre a pluralidade do ato de brincar, e como o homem pode se relacionar com a criança que mora dentro dele. Por meio de reflexões, o filme mostra as diferentes formas de como a brincadeira, ação tão primordial à natureza humana, pode estar interligada com o comportamento do homem contemporâneo e seu “espírito lúdico”. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/eu-indico?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias?authuser=0 Página inicial REFERÊNCIAS BRASIL. Decreto-lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990 . 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É um direito assegurado pela Constituição Federal, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação e também pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Assegura-se também o direito da criança em brincar, direito expresso no Estatuto da Criança e do Adolescente: Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: [...] IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; [...] Uma das características da infância, senão a principal, é o ato de brincar, que como visto, é um direito assegurado à criança, faz parte do cotidiano da mesma, do seu viver. Nesse sentido, afirma Maria Montessori: “[...] o adulto só da liberdade à criança nas brincadeiras, ou melhor, só com os brinquedos – e está convencido de que estes constituem o mundo no qual a criança encontra a felicidade” (MONTESSORI, 1983, p.182). Por isso, a importância de aproximar a educação à realidade da criança, ou seja, tornar o direito à educação e o direito ao brincar como aspectos presentes no ambiente escolar. Justamente neste contexto, surgiram os estudos sobre o lúdico, como fonte de aprendizado, tornando o aprender prazeroso e interessante ao educando. O objetivo deste momento do nosso estudo é ressaltar alguns pensadores clássicos a respeito da temática, em especial, Vygotsky, Piaget e Maria Montessori. Segundo Piaget (1978), o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico, ou seja, ela precisa brincar para crescer,e, que, escola desempenha um papel importante no desenvolvimento da criança, mas, para isso, é preciso que a escola estabeleça um ambiente onde a criança possa interagir e trocar conhecimentos a partir de sua realidade. Sobre a temática, Najara Moreira Cebalos, Renata Arantes Mazaro, Mariangela Zanin e Marco Paolo Correa Ceraldi (2011) afirmam que: A escola ao valorizar as atividades lúdicas, ajuda a criança a formar bom conceito de mundo em que a afetividade, a sociabilidade e a criatividade serão estimuladas. A partir de um trabalho onde a ludicidade será valorizada, poderemos oportunizar o resgate de potencial de cada disciplina. Cada um pode desencadear estratégias lúdicas para dinamizar seu trabalho, que certamente, será mais produtivo, prazeroso e significativo. Pode-se dizer que a atividade lúdica, o jogo, permite liberdade de ação, naturalidade e prazer que raramente são encontrados em outra atividade escolar. O lúdico é essencial para uma escola que se proponha não somente o sucesso pedagógico, como também à formação do cidadão. A convivência de forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem proporcionará a criança, estabelecer relações cognitivas às experiências vivenciadas. https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Ainda segundo Piaget (1978), os jogos podem ser classificados em três etapas, que correspondem às fases do desenvolvimento infantil: Jogo do exercício sensório-motor : é um jogo em que sua finalidade é o próprio prazer do funcionamento, constitui-se em repetição de gestos e movimentos simples como agitar os braços, caminhar, pular, ao descobrir suas funções, há um sentimento de felicidade. Jogos Simbólicos : Consiste em satisfazer o “eu” por meio de uma transformação do real em função dos desejos, ou seja, tem a função de assimilar a realidade, ela incorpora a seu mundo, objetos, pessoas ou acontecimentos significativos e os reproduz através de suas brincadeiras. Jogos de faz de conta que possibilita a criança sonhar e fantasiar revela angústias, conflitos e medos aliviando tensões e frustrações são importantes para que se trabalhe diferentes tipos de sentimentos e a forma de lidarmos com eles. Jogos de Regras : como o próprio nome diz o jogo de regras se caracteriza pela existência de uma série de leis impostas pelo grupo, sendo que quem descumprir será penalizado, é uma forte competição pelos participantes, geralmente jogado em parceria e um conjunto de obrigações o que o faz tornar-se social, são importantes para que a criança entende que nem sempre levemos vantagens aprendendo assim a lidar com as emoções (PIAGET, 1978, p. 148). Segundo Piaget, por conseguinte, as fases do desenvolvimento da criança se apresentam em uma sequência necessária, não devendo correr a interrupção de uma etapa para outra, sendo que em cada etapa um tipo de jogo se apresenta mais adequado, denotando a importância do educador neste contexto. Vygotsky também afirma pela importância do lúdico no desenvolvimento da criança: De uma forma geral o lúdico vem a influenciar no desenvolvimento da criança, é através do jogo que a criança aprende a agir, há um estímulo da curiosidade, a criança adquire iniciativa e demonstra autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. (VYGOTSKY,1994, p. 81) Para Vygotsky os brinquedos são aliados na aprendizagem infantil, pois oportunizam que as crianças tenham contato com situações socioculturais fora de seu plano real, mas que serão atividades a serem vividas no futuro, isto é, “a criança em idade pré- escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo” (Vygotsky, 1998, p.122). A educação infantil, por conseguinte, representa momento crucial para a formação da criança, para seu desenvolvimento integral, daí se extraindo a importância das práticas lúdicas e do papel do educador. Isso porque, a atividade lúdica, o jogo, o brinquedo e a brincadeira, portanto, são essenciais no desenvolvimento e na educação da criança, e, por conseguinte, para a própria asseguração dos direitos da criança, em especial, o direito à educação e ao direito de brincar. Por conseguinte, o lúdico deve ser melhor analisado no ambiente escolar, para que seja reconhecido como fonte de aprendizagem, a fim de que haja a prestação de uma educação de qualidade, de forma a possibilidade, de fato, o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente. Para Vygotsky (1987), a aprendizagem e o desenvolvimento estão estritamente relacionados, sendo que as crianças se inter- relacionam com o meio objetivo e social, internalizando o conhecimento advindo de um processo de construção. Por isso, podemos afirmar que o brincar não pode ser vislumbrado como mero ato de brincar no ambiente escolar, mas, ao contrário, deve ser encarado como um aliado do educador, como uma fonte de aprendizagem, como instrumento educativo, capaz de potencializar e desenvolver as habilidades das crianças e adolescentes, de motivar e tornar o aprendizado agradável, prazeroso e interessante. PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial/editorial?authuser=0 Página inicial EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; SILVA, Sonia Maria de Campos. Os Processos de Aprendizagem por Meio Lúdico: Jogos e Brincadeiras. Sonia Maria de Campos Silva. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 29 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Processos de aprendizagem. 2. Brincadeiras. 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 370.1 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/editorial?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Página inicial A REALIDADE E O FAZ DE CONTA Professora : Me. Sonia Maria de Campos Silva Objetivos de aprendizagem • Demonstrar que o lúdico deve ser reconhecido como um importante aliado do educador, uma vez que possibilita o desenvolvimento pleno da pessoa, em especial, da criança. • Ressaltar que é preciso haver uma formação lúdica do educador, para que este reconheça seu papel no ensino-aprendizagem e para que a prática não se torne mero “brincar por brincar”. • Ressaltar que o lúdico pode ser vislumbrado como método pedagógico quando aplicado com tal finalidade, porém, não apenas, pois o lúdico engloba o estímulo ao pensamento, à reflexão, à criatividade, à independência, entre outros. https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p�gina-inicialhttps://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Por que o lúdico pode ser um aliado para o docente? • A formação lúdica do educador • A ludicidade é mero recurso pedagógico? Introdução A nossa primeira aula, neste momento do nosso estudo, versará sobre o lúdico como aliado para o docente. Isso é possível? Por quê? Sim, não só possível, como é importante que seja reconhecido como tal, pois, ao possibilitar o brincar no ambiente escolar, estaremos respeitando a cultura da criança, estimulando sua atenção e interesse na aprendizagem, facilitando sua adaptação e sua inserção no aludido ambiente. São várias as vantagens do lúdico na escola, sobretudo na educação infantil, é fundamental, por exemplo, para o estímulo à criatividade, para o exercício das interações sociais, para o desenvolvimento moral e cognitivo. Por conseguinte, o lúdico visa a melhoria do próprio direito à educação, já que permite uma aprendizagem significativa. Porém, os professores estão preparados para inserir as práticas lúdicas como instrumento educativo? Este é o foco da nossa segunda aula. É preciso, com efeito, que haja uma formação lúdica dos educadores, para que estes tenham consciência do seu papel e das circunstâncias a serem observadas, para que a ludicidade não caia no discurso e dificulte o conhecimento, ao invés de favorecê-lo. O educador lúdico deve não apenas valorizar a infância, a criança e o brincar, mas deve possibilitar a construção de uma educação infantil com qualidade, sendo este um direito da criança e do adolescente. Sugere-se, por exemplo, que haja uma alteração curricular nos cursos de pedagogia, para que exista, de fato, essa formação lúdica. Por fim, na terceira e última aula, o objetivo é suscitar a seguinte discussão: a ludicidade é mero recurso pedagógico? No ambiente escolar, é necessário que seja implementada uma ação pedagógica que possibilite às crianças a garantia de seus direitos, denotando a importância da prática lúdica contextualizada. As atividades lúdicas, desse modo, representam recurso importante para o desenvolvimento de ações pedagógicas significativas. https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p�gina-inicial https://getfireshot.com A ludicidade é fator relevante no campo didático, pois possibilita que as crianças aprendam conceitos, atitudes e desenvolvam habilidades diversas. Porém, não é possível apontar o lúdico apenas como recurso pedagógico, pois não se pode esquecer que o brincar é um ato de descoberta, de investigação e de criação. Estes serão os nossos desafios ao longo do nosso aprendizado, nesta unidade. Animados? Então, vamos começar! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2?authuser=0 Página inicial Por que o lúdico pode ser um aliado para o docente? Olá, queridos(as) acadêmicos(as), iniciaremos nosso estudo, no qual abordaremos a realidade e o faz de conta. Trata-se de uma relação possível? Podemos falar que o lúdico é um aliado para o docente? E para o ensino-aprendizagem? O brincar é essencial para criança, é uma forma de respeito ao seu cotidiano, de sua cultura em si considerada, pois o brincar faz parte de seu universo, fazendo com que a criança tenha maior estímulo, maior adaptação e maior interesse no ambiente escolar, favorecendo seu aprendizado e sua inserção. Logo, é possível falarmos em um brincar como fonte de aprendizagem, e não mero “brincar por brincar”. Por isso, o “faz de conta” deve ser encarado como uma realidade, de forma a transformá-lo em recurso de aprendizagem. Nesse sentido, As brincadeiras alimentam o espírito imaginativo e exploratório. A brincadeira do faz de conta tem uma grande significação na vida da criança. No faz de conta brincar é uma verdade, é uma atitude frente à realidade, é uma ação em que a criança toma conta, se envolve no tempo e no espaço, transformando cada https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 brinquedo ou brincadeira em um recurso de aprendizagem. (EDUCAR PARA CRESCER, [2017], on-line)1 . As brincadeiras, ou “o faz de conta”, possuem funções relevantes para a criança, como o estímulo à criatividade, representação de papéis, exercício das interações sociais e compartilhamentos (BUSSAB, 2006, p. 139). O lúdico caminha em direção aos objetivos da educação, pois visa à formação de “pessoas criativas, inventivas, capazes de modificar a forma de viver com outras pessoas, de ser mais livres e felizes”, sendo que “o lúdico é um ótimo meio para alcançar esse fim” (PESSOA, 2012, p. 27). O lúdico, nesse cenário, figura como aliado do docente, em face dos desafios surgidos na educação, como, desinteresse, desatenção, falta de motivação, dentre outros fatores, que acarretam o fracasso escolar. Isso porque, As interações sociais são indispensáveis tanto para o desenvolvimento moral para o desenvolvimento cognitivo. Por meio dos jogos de regras, as crianças não somente desenvolvem os aspectos sociais, morais e cognitivos, como também políticos e emocionais. Os jogos constituem um conteúdo natural nos quais as crianças são motivadas a cooperar para elaborar as regras (FRIEDMANN, 1996, p. 35). Assim, as atividades lúdicas representam uma prática importante, um artifício para o docente, pois motivam e estimulam os alunos no processo de ensino e aprendizagem, em consonância com uma educação de qualidade e emancipatória. O lúdico, “enquanto promotor de aprendizagem e do desenvolvimento, deve ser considerado como um importante aliado para o ensino”, conforme afirmam Margareth Brainer e Rosinalda Teles (2012, p. 22). O lúdico é um forte aliado, uma vez que contribui para a “construção de uma educação voltada para a criança criativa e para a realidade do ser humano como um ser social e transformador”, em compasso com o principal objetivo da educação que é “criar pessoas com espírito crítico, capazes de inovar e não repetir simplesmente o que as outras gerações fizeram” (VASCONCELOS, 2002, p. 106). A ludicidade, nesse contexto, é um elemento importante para a melhoria da educação, já que possibilita uma aprendizagem significativa, sendo importante que seja visualizada como um aliado por parte do docente, ou seja, adotado como estratégia no desenvolvimento do ensino-aprendizagem em sala de aula, em compasso com as informações já analisadas nas aulas anteriores, como a necessidade de uma conscientização acerca do lúdico e o papel do formador. Inês Cirlei Budske Fernandes afirma que: [...] o lúdico atua como instrumento fundamental do conhecimento, onde o docente deve atuar como mediador e oferecer possibilidade para a elaboração do mesmo, respeitando as diversas singularidades. Ou seja, quando as atividades são bem exploradas, oportunizam a interlocução de saberes, a socialização e o desenvolvimento pessoal, cognitivo e social. Torna-se a essência da condição básica para a constituição de qualidade enfocada na prática educativa com ênfase na descoberta e apropriação do mundo que envolve os fazeres e saberes, das palavras, dos fatos, dos sentimentos, dos valores, dos números, dos sonhos e da cidadania de quem busca o aprendizado (FERNANDES, 2012, p. 40). A ludicidade, por conseguinte, deve ser visualizada como um artifício que o professor dispõe no processo do ensino-aprendizagem, porém é preciso que a prática do lúdico seja orientada, possibilite, emconcreto, a formação humana, em especial da criança. Essa circunstância está contida no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças, oferecendo-lhes material adequado, assim como um espaço estruturado para brincar permite o enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe ao professor organizar situações para que as https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais (BRASIL, 1998, p. 29). No entanto, será que os professores, os educadores, estão de fato preparados para a inserção do lúdico como fonte de aprendizagem? É preciso, pois, que haja uma formação lúdica do educador, para que a finalidade da ludicidade seja, de fato, atingida, sob pena de se desvirtuar a importância de tal prática, tornando-a mero “brincar por brincar”. O Ministério da Educação (MEC) também incentiva a prática lúdica no ambiente escolar, em especial para a educação infantil. Inclusive, foi realizada cartilha intitulada “Brincar para Todos”, ressaltando a importância do “brincar” para as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais ou sociais, destacando que a brincadeira é essencial na vida da criança. Em especial, nesse material, ressaltou-se o papel desempenhado pela ludicidade para as crianças com deficiência social, demonstrando que se trata de um fator essencial para a inclusão social e escolar. O material está disponibilizado no sítio eletrônico do MEC. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/brincartodos.pdf >. Fonte: a autora. https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fportal.mec.gov.br%2Fseesp%2Farquivos%2Fpdf%2Fbrincartodos.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGI99HOPvZX-qrVLGvuNd6HKPne5A A formação lúdica do educador A educação é um direito de todos e um dever do Estado e da família, impondo-se, ainda, nos termos da Constituição Federal e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a participação da sociedade. O dever do Estado engloba a educação básica, que inclui a educação infantil, o ensino médio e ensino fundamental, nos termos do artigo 208, I e IV, da Constituição Federal de 1988. Ainda, conforme o texto constitucional, deve ser assegurado o padrão de qualidade ao ensino (artigo 206, VII). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação também previu a importância em se assegurar padrão de qualidade ao ensino, nos termos do artigo 3º, IX. A educação infantil é o primeiro contato da criança em um ambiente escolar, influenciando as demais etapas da sua formação escolar, portanto, é fundamental a preocupação com a qualidade do ensino-aprendizagem, sendo necessários esforços de todos os envolvidos, tanto dos docentes quanto da família. Nesse momento do nosso estudo, o foco será o papel do docente, isto é do educador. Como vimos na nossa aula anterior, a ludicidade é um artifício do qual o educador pode se valer no ensino e aprendizagem, uma vez que o universo lúdico figura com uma das principais fontes de aprendizagem, sendo capaz de motivar, estimular o pensamento e a formação do conhecimento. É preciso, nesse cenário, que haja a formação lúdica do educador, ou seja, este precisa de orientação e preparação para que possa implementar as práticas lúdicas no ambiente escolar. Em verdade, https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com O educador lúdico valoriza a infância, a criança, o jogo a brincadeira na vida e nas instituições que atua, trabalha para construir a qualidade na educação infantil como direito da criança; exerce o direito de brincar, coloca-se no papel de mediador e interage sendo um brincante com olhar atento às relações que se estabelecem (MATOS; HIGUCHI, 2012, p. 5). A formação lúdica deve proporcionar ao educador não apenas conhecer-se como pessoa, mas também saber suas possibilidades e limitações, de forma a ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança (SANTOS, 1997, p. 14). O educador lúdico deve ser capaz de visualizar a criança num espaço que propicia a criação das diversas áreas do desenvolvimento, favorecer os estímulos para que a criança tenha espaços coletivos, que haja diversidade e que permita a reinvenção, ou seja, O Educador que vê na sua prática, a oportunidade de propiciar a aprendizagem que contemple a educação integral, libertadora de limites, de pré-conceitos, consolida o direito da criança se livre. Que as crianças possam explorar, imaginar, experimentar, conhecer, dançar, imitar e encontrar seu papel além do direito de criança, mas de indivíduo em sua totalidade (MATOS; HIGUCHI, 2012, p. 12). Para tanto, acadêmicos(as), é preciso que haja a formação do professor para que este tenha conhecimento do universo lúdico para inseri-lo na realidade escolar, no dia a dia. Porém, como essa formação deve ocorrer? Sobre o tema, Ortiz ressalta que: [...] o professor de educação infantil precisa de uma sólida formação básica. Não falo apenas da formação profissional, advinda dos cursos de magistério e pedagogia, mas daquela formação básica a que todos temos direito. São necessários conhecimentos de história, de filosofia, de antropologia, que ofereçam aos professores alicerces básicos e sólidos para que possam construir compreender e confrontar ideologias, uma vez que no mundo educacional é calcado em representações ideológicas (ORTIZ, 2007, p. 12). O lúdico na educação, sobretudo na educação infantil, possui benefícios diversos, conforme já narramos nas aulas anteriores, sendo que o educador desempenha papel fundamental nesse cenário. Por isso, tem-se discutido a necessidade de que, no percurso formativo dos profissionais da educação infantil, incluam-se disciplinas de caráter lúdico, “pois a formação do educador resultará em sua prática em sala de aula”, sendo que as aludidas disciplinas “ajudam na formação e preparação dos educadores para trabalharem com crianças” (OLIVEIRA; CARVALHO; PRADO, 2014, p. 41). Com efeito, “o lúdico servirá de suporte na formação do educador, com o objetivo de contribuir na sua reflexão-ação-reflexão, buscando dialetizar teoria e prática, portanto, reconstruindo a práxis” (BOLZAN, 2007, p. 41). Podemos afirmar, portanto, caros(as) acadêmicos(as), que durante a formação acadêmica do educador, que irá atuar na educação infantil, é preciso que este seja instruído quanto à ludicidade, isto é, é crível que estude teoricamente e na prática os processos metodológicos do lúdico como ferramenta pedagógica (OLIVEIRA; CARVALHO; PRADO, 2014, p. 41). Diante desse contexto, autores têm mencionado a necessidade de alteração curricular dos cursos de pedagogia. É inquestionável que a formação do futuro educador deve ser embasada em conhecimentos teóricos que vivenciam as experiências lúdicas, isso porque, conforme afirma Maluf (2003, p. 14): “o conhecimento dá-se a partir de experiências vivenciadas, juntamente com uma boa formação teórica, pedagógica e via corporal (práticas corporais)”. https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com Podemos afirmar, à luz dos conhecimentos já compartilhados ao longo das nossas aulas, que é preciso uma conscientização quanto à ludicidade, criando-se um novo paradigma na formação dos futuros educadores, isso porque a figura do docente é de fundamental relevância para que a educação seja,de fato, de qualidade. Fábio Araújo Porangaba, Sandra de Souza Menezes Porangaba e Silviane de Souza Menezes (2012, on-line) afirmam que: É buscando novas maneiras de ensinar por meio do lúdico que conseguiremos uma educação de qualidade e que realmente consiga ir ao encontro dos interesses e necessidades da criança. Cabe ressaltar que uma atitude lúdica não é somente a somatória de atividades; é antes de tudo uma maneira de ser, de estar, de pensar e de encarar a escola. É preciso saber entrar no mundo da criança, no seu sonho, no seu jogo e, a partir daí, jogar com ela. Quanto mais espaço lúdico proporcionarmos, mais alegre, espontânea, criativa, autônoma e afetiva ela será. Podemos concluir, por conseguinte, nesta segunda aula do nosso estudo, que é preciso haver uma formação do docente quanto à prática lúdica, sugerindo-se que esta formação ocorra nos cursos de formação, por meio de uma alteração curricular nos cursos de pedagogia, para que a ludicidade possa, de fato, ser implementada como uma das principais fontes de aprendizagem por estes futuros educadores, atingindo-se o padrão de qualidade almejado no direito à educação. Como o universo lúdico está sendo encarado pelos educadores na sua região? Há, de fato, uma consciência por parte dos educadores de que o lúdico é um artifício a ser utilizado como instrumento educativo? Há cursos de formação destacando a referida prática? Trata-se de uma preocupação curricular? https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com A ludicidade é mero recurso pedagógico? Nas aulas anteriores, vimos que o lúdico deve ser vislumbrado como aliado do educador, assim como, vimos que é necessário uma formação do docente, para que este consiga efetivar, na prática, as atividades lúdicas de forma a alcançar o seu objetivo, que é possibilitar o ensino e aprendizagem de forma prazerosa e criativa, desenvolvendo inúmeras habilidades na criança. É preciso uma ação pedagógica, no ambiente escolar, que possibilite às crianças a garantia de seus direitos, em especial o direito de serem crianças, e, por conseguinte, a preservação de suas identidades sociais e suas necessidades de aprender de forma lúdica e contextualizada. Porém, a ludicidade é mero recurso pedagógico? O lúdico pode ser apontado como sinônimo de material pedagógico? Como já visto nas aulas anteriores, os jogos, os brinquedos e as brincadeiras favorecem uma vida mais significativa, mais interessante e mais prazerosa para a criança. Por isso, a relevância das atividades lúdicas como recursos para o desenvolvimento de ações pedagógicas significativas. O lúdico traz inúmeros benefícios para a criança, desde o aspecto físico ao desenvolvimento de habilidades motoras e de expressão corporal. Kellen Cristina Costa Alves Bernadelli (2015, p. 24) afirma que: As contribuições sociais são percebidas quando a criança simboliza uma realidade que ainda não pode alcançar, mesmo considerando a fruição, e aprende a interagir com outras pessoas, compartilhando, relacionando-se. A criança também recorre ao lúdico para representar e significar com outros sentidos situações vividas, não se restringindo apenas à fantasia de um vir a ser, de um desejo ainda não alcançado. As atividades lúdicas possibilitam que as crianças reelaborem criativamente sentimentos e conhecimentos, e edifiquem novas possibilidades de interpretação e de representação do real. Contudo, não apenas isso. A ludicidade também é importante no campo didático. Tal constatação pode ser visualizada no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Ludicidade na Sala de Aula , realizado pelo Ministério da Educação, em 2012, o qual menciona que: “do ponto de vista didático, as brincadeiras promovem situações em que as crianças aprendem conceitos, atitudes e desenvolvem habilidades diversas, integrando aspectos cognitivos e físicos”, por isso, “podem motivar as crianças para se envolverem nas atividades e despertam o interesse pelos conteúdos curriculares” (BRASIL, 2012a, p. 07). É possível, nesse contexto, afirmarmos que ao assegurar o direito da criança em brincar, o educador está auxiliando o trabalho pedagógico, de qual se extrai a importância da formação lúdica do professor, conforme abordamos na aula anterior. Embora consista em um importante aporte didático, não é possível vislumbrar o lúdico apenas como recurso pedagógico, pois não se pode perder de vista que o “brincar” é um ato de descoberta, de investigação e de criação (BERNADELLI, 2015, p. 26). Trata-se de uma das faces do trabalho pedagógico, mas não o único, não sendo apenas um mero recurso, conforme já mencionado. O lúdico tem função destacada no aporte pedagógico: [...] as dimensões do lúdico e do artístico na organização do trabalho pedagógico são destacadas, visto que possibilitam aos alunos conviver em grupos, tomar decisões, fazer escolhas e descobertas, usufruindo e reproduzindo brincadeiras e expressões artísticas que fazem parte do acervo cultural da humanidade. Ouvir, cantar, dançar, ler textos verbais e de imagens e desenhar, como práticas em sala de aula provocam https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com nos alunos sensibilidade e prazer (DUBEUX; TELES, 2012, p. 12). Andrea Tereza Brito Ferreira e Tícia Cassiany Ferro Cavalcante corroboram mencionando que Pensar a prática pedagógica associada às questões do lúdico é considerar que as atividades escolares podem, além de desenvolver o aprendizado dos conhecimentos escolares, também gerar prazer, promover a interação e a simulação de situações da vida em sociedade (FERREIRA; CAVALCANTE, 2012, p. 6). O brincar faz parte do processo do desenvolvimento infantil, seja em relação ao aspecto cognitivo, seja em relação ao aspecto afetivo-emocional e social, sendo um instrumento de aprendizado e de compreensão do mundo. É, pois, brincando que “a criança aprende a viver, pois a brincadeira e a imitação caminham juntas nesse processo”, isto é, “através da brincadeira de faz-de-conta, a criança assimila comportamentos que poderão ser necessários na sua vida adulta” (BERNADELLI, 2015, p. 29). As atividades lúdicas podem ser realizadas em ambientes distintos no cenário escolar, por exemplo, em sala de aula, na brinquedoteca e também nos pátios. Quando inseridas em sala de aula, como regra, são utilizadas como recursos pedagógicos, que visam auxiliar no processo de ensino-aprendizagem (BRASIL, 2012b). A participação do educador é de suma relevância nesse contexto, isso porque “o professor desempenha papel fundamental, mediando às situações de jogo e criando, também, outras para sistematização dos conhecimentos” (BRAINER; TELES, 2012, p. 23). Ademais, a forma como o professor trabalha as atividades lúdicas é de fundamental importância, uma vez que ajuda a criança a ampliar sua linguagem, seus conhecimentos e seu desenvolvimento cognitivo e sócio relacional (KISHIMOTO, 2008). O educador, portanto, antes de integrar os jogos e as brincadeiras na rotina da sala de aula, precisa pensar o objetivo dessas atividades para o aprendizado de todas as crianças, sendo igualmente importante definir o momento e a forma de brincar na sala de aula, sendo possível cumular a prática lúdica com outros materiais didáticos: “é possível também planejar situações em sala de aula diversificadas, para o desenvolvimento de atividades com jogos didáticos, com o objetivo de suprir necessidades como, por exemplo, quando há crianças que possuem dificuldades em atender às expectativas de aprendizagem” (FERREIRA; CAVALCANTE, 2012, p. 7). É preciso destacar, igualmente, que: O jogo pode ou não ter objetivos pedagógicos, mas se for usado em sala de aula para fins de ensino é necessário que o professor tenha em mente qual(is) conceito(s), qual(is) habilidade(s) e quais procedimentos poderão ser desenvolvidos
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