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O Processo de Aprendizagem por Meio do Lúdico Jogos e Brincadeiras

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Página inicial 
ESTUDO DO 
PROCESSO ENSINO E 
APRENDIZAGEM POR 
MEIO LÚDICO 
Professora : 
Me. Sonia Maria de Campos Silva 
Objetivos de aprendizagem 
• Apresentar conceituação sobre o lúdico. 
• Entender o que é lúdico e sua importância no desenvolvimento cognitivo da criança. 
• Destacar as ideias do brincar, brincadeiras, jogos e brinquedos. 
• Demonstrar a importância do brincar para a educação, em especial, para a educação infantil. 
• Ressaltar a necessidade de incentivar a ludicidade como prática pedagógica. 
• Salientar que é preciso uma conscientização acerca da relevância da ludicidade para a aprendizagem da criança, sua formação e a 
busca pelo conhecimento. 
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https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• O que é o lúdico? 
• O incentivo da ludicidade às crianças como uma das principais fontes de aprendizagem 
• Necessidade de se estabelecer a consciência da importância dos jogos e das brincadeiras no desenvolvimento e na educação da 
criança 
Introdução 
Olá, querido(a) aluno(a). Iniciaremos o nosso estudo sobre o processo de aprendizagem, no qual o lúdico figura como uma das 
principais fontes, ou seja, sobre a importância do brincar, dos jogos e dos brinquedos para a formação da aprendizagem e 
respectivo processo de conhecimento pelo aluno. 
A ludicidade deve ser encarada como um aporte didático, como uma prática pedagógica, como um instrumento a ser utilizado pelo 
educador, e não mero “brincar por brincar”. 
Trata-se de uma prática muito importante para a criança, pois o “brincar” precisa fazer parte do seu cotidiano, e trazê-lo para o 
ambiente escolar não apenas aproxima o aluno, como desperta sua atenção e seu interesse, além de facilitar o desenvolvimento de 
suas habilidades cognitivas, psíquicas e sociais. 
O lúdico deve, por conseguinte, ser incentivado, em especial na educação infantil, como uma das principais fontes de 
aprendizagem, sendo igualmente necessário que haja a conscientização de tal prática, face sua relevância para a aprendizagem e 
para o direito à educação propriamente dito. 
Em verdade, o universo lúdico, se incentivado e realizado de forma consciente e informada, vai ao encontro com os objetivos e as 
finalidades do direito à educação, previstos na Constituição Federal de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação e do Estatuto 
da Criança e do Adolescente, como exemplo (dentre outros): o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente. 
Estes serão os conteúdos que abordaremos em nossas aulas. 
Bom estudo! 
Avançar 
https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial
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DOWNLOAD PDF 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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https://drive.google.com/file/d/1cneP3-1Qb1kS0vQHIzPDNAE5cEtM_3qT/view?usp=sharing
Página inicial 
O que é o lúdico? 
Caro(a) aluno(a), o presente estudo possui como escopo trazer considerações acerca do processo de aprendizagem por meio 
lúdico. A referida ideia inicial nos remete ao seguinte questionamento: é possível jogar e brincar como forma de educar? Ou ainda: 
o lúdico na aprendizagem, em especial na educação infantil, é importante? 
Para tanto, é preciso conceituar o que seria o processo de ensino e aprendizagem que utiliza o método lúdico, ou seja, responder às 
seguintes indagações: o que é o lúdico? Será que essa metodologia apenas induz à ideia do “brincar por brincar”? Este será o nosso 
objeto de estudo nesta primeira aula. 
A educação é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 a todos, sendo insculpida como dever do Estado e da 
família, devendo, ainda, haver a colaboração da sociedade (conforme nos aponta o artigo 205, da Constituição Federal). Ressalta- 
se também o dever do Estado em relação à prestação da educação básica, no artigo 208, incisos I e IV, obrigação que foi reiterada 
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 
Ao Estado, segundo referidos diplomas, compete garantir a educação infantil, em creche e pré-escola, para crianças de até 5 (cinco) 
anos de idade. A educação infantil é um dos estágios da educação básica que é obrigatório e engloba a educação dos 4 (quatro) aos 
17 (dezessete) anos. 
É, em especial, no contexto da educação infantil que reside à importância do lúdico. 
E, afinal, o que podemos entender pelo lúdico? O que vocês acadêmicos esperam de tal método de aprendizagem? 
Há diversas definições para o termo lúdico, sendo que no dicionário Michaelis ([2018], online)1 podemos extrair a seguinte 
conceituação: “1. Relativo a jogos, brinquedos ou divertimentos. 2. Relativo a qualquer atividade que distrai ou diverte. e 3. PEDAG 
Relativo a brincadeiras e divertimentos, como instrumento educativo”. 
Da leitura do conceito acima, podemos afirmar que o lúdico não é apenas o “brincar por brincar”. O lúdico pode ser analisado como 
instrumento educativo. Nesse sentido, Lino de Macedo, Ana Sícoli Petty e Christe Passos (2007) afirmam que: 
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O brincar é fundamental para o nosso desenvolvimento. É a principal atividade das crianças quando não estão 
dedicadas às suas necessidades de sobrevivência (repouso, alimentação, etc.). Todas as crianças brincam se não estão 
cansadas, doentes e impedidas. Brincar é envolvente, interessante e informativo. Envolvente porque coloca a criança 
em um contexto de interação em que suas atividades físicas e fantasiosas, bem como os objetos que servem de 
projeção ou suporte delas, fazem parte de um mesmo contínuo topológico. Interessante porque canaliza, orienta, 
organiza as energias da criança, dando-lhes forma de atividade ou ocupação. Informativo porque, nesse contexto, ela 
pode aprender sobre as características dos objetos, os conteúdos pensados e imaginados (MACEDO; PETTY; PASSOS, 
2007, p. 13-14). 
A atividade lúdica, por conseguinte, surgiu como forma de abordar o conhecimento de diferentes maneiras que favorece, por 
exemplo, a interdisciplinaridade, sendo que o “lúdico é reconhecido como elemento essencial para o desenvolvimento das várias 
habilidades em especial a percepção da criança”, isto é, “refere-se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de liberdade 
e espontaneidade de ação” (SANTOS, 2012, p. 3-4). 
Além disso, os jogos lúdicos possibilitam uma educação cooperativa e interacional, logo, estimulam a convivência em grupo 
(FRIEDMANN, 1996, 41). 
Portanto, é possível afirmar que o lúdico não se trata de mero “brincar” ou “jogar”, mas, sim, de uma prática com embasamento 
pedagógico. É, pois, um mecanismo benéfico não apenas à criança, que está familiarizada com o brincar, mas também aos docentes, 
que encontram em tal mecanismo, um aporte para enfrentar as dificuldades existentes no ambiente escolar, como exemplos: 
desatenção, falta de motivação das crianças etc. 
As atividades lúdicas, nesse contexto, possibilitam que a criança aprenda com prazer, alegria e entretenimento. Não é, desse modo, 
um processo pedagógico mais interessante às crianças? Há descompasso com a finalidade da educação? Qual a opinião de vocês 
alunos(as) a respeito? 
“Educar é ir em direção à alegria” (SNEYDERS, 1996, p. 36), é possibilitar o conhecimento com qualidade, desenvolver a pessoa e 
formar sua personalidade, e, ao fazê-lo com recursos pedagógicos, como o lúdico, mais dinâmico eproveitoso será. 
Caros acadêmicos(as), qual a atividade desenvolvida, em essência, pelas crianças fora do ambiente escolar? E se perguntarmos 
para uma criança o que ela gostaria de fazer, qual provavelmente seria a resposta? 
O brincar está associado à vida da criança, faz parte de sua rotina. Para a criança, brincar é viver (SANTOS, 1999). Dessa feita, “a 
criança brinca porque brincar é uma necessidade básica, assim como, a nutrição, a saúde, a habitação e a educação são vitais para o 
desenvolvimento do potencial infantil” (DALLABONA; MENDES, 2004, p. 108). 
Ocorre que, não raras vezes, a criança está submetida a uma série de atividades, que a afasta dessa característica de “ser criança”, 
de poder brincar. Por exemplo, uma série de obrigações é imposta às crianças, sem que se dê o devido respeito à importância do 
brincar. Reside aí mais um aspecto de importância do lúdico como instrumento pedagógico, como resgate dessa necessidade que a 
criança possui, favorecendo seu aprendizado, o desenvolvimento de suas habilidades e seu relacionamento com as outras pessoas. 
A charge abaixo retrata essa situação: 
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Fonte: adaptado de Alexandre Beck ([2018], on-line)2 
Qual o papel do lúdico no contexto da educação infantil? A prática da ludicidade no ambiente escolar pode 
exercer benefícios para criança, em relação à sua formação e manutenção de suas peculiaridades e direitos? 
Na próxima aula, abordaremos a questão objeto de reflexão acima, isto é, sobre a importância da ludicidade no ambiente escolar, 
em especial para a aprendizagem na educação infantil. 
O universo lúdico abrange os termos “brincar, brincadeira, jogo e brinquedo”, sendo que o termo “brincar” 
caracteriza tanto a brincadeira quanto o jogo e o brinquedo, sendo estes objetos suporte da brincadeira 
e/ou do jogo. Entretanto, há doutrinadores que apontam diferença entre as referidas terminologias 
(brinquedo, jogo e brincadeira). Em linhas gerais, o brinquedo seria um objeto suporte da brincadeira, sendo 
que a estruturação se distingue por alguma estruturação ou utilização de regras, por exemplo, brincar de 
casinha, polícia e ladrão, podendo ser tanto coletiva quanto individual. Por sua vez, a noção de jogo estaria 
ligada tanto ao objeto (brinquedo) quanto à brincadeira, sendo uma atividade estruturada e estabelecida 
por regras mais explícitas, como o jogo de mímica, por exemplo. Para saber mais, acesse: 
< https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/definicao-dos-termos-brinquedo- 
brincadeira-e-jogo/35529 >. 
Fonte: a autora. 
https://sites.google.com/fabrico.com.br/opdapmdljeb1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0
https://getfireshot.com
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.portaleducacao.com.br%2Fconteudo%2Fartigos%2Feducacao%2Fdefinicao-dos-termos-brinquedo-brincadeira-e-jogo%2F35529&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGrangNL05797EXMzsQ5qZ-Blyq7A
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.portaleducacao.com.br%2Fconteudo%2Fartigos%2Feducacao%2Fdefinicao-dos-termos-brinquedo-brincadeira-e-jogo%2F35529&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGrangNL05797EXMzsQ5qZ-Blyq7A
O incentivo da ludicidade às 
crianças como uma das principais 
fontes de aprendizagem 
Vimos, na aula anterior, que o brincar é uma prática importante para a criança, faz parte de seu cotidiano, sendo imperioso 
respeitar a realidade vivenciada pela criança. Contudo, caros(as) alunos(as), podemos falar que a ludicidade é uma fonte de 
aprendizagem? 
Sim, podemos, conforme já induzido na aula anterior. Não só podemos como é preciso um incentivo para a adoção do lúdico como 
instrumento pedagógico, a ser utilizado, em especial, na educação infantil. 
O lúdico integra o mundo infantil de todo ser humano, desse modo, “os jogos e brinquedos fazem parte da infância das crianças, 
onde a realidade e o faz de conta intercalam-se”, logo, “o olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, mas sim, de 
grande importância no processo de ensino e aprendizagem na fase da infância” (MALAQUIAS; RIBEIRO, 2013). Acrescentam as 
autoras que: 
Pode-se dizer que a atividade lúdica funciona como um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e 
sociais, portanto a partir do brincar, desenvolve-se a facilidade para à aprendizagem, o desenvolvimento social, cultural 
e pessoal e contribui para uma vida saudável, física e mental. Ao brincar a criança também adquire a capacidade de 
simbolização, permitindo que ela possa vencer realidades angustiantes e domar medos instintivos. O brincar é um 
impulso natural da criança, que aliado à aprendizagem torna-se mais fácil à obtenção do aprender devido à 
espontaneidade das brincadeiras através de uma forma intensa e total (MALAQUIAS; RIBEIRO, 2013). 
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Além disso, “através do lúdico a criança vai se adaptando ao ambiente em que está inserida e com as pessoas que muitas vezes o 
compõem” (POZO, 2002, p. 70). 
Desse modo, é possível falarmos que é um grande desafio da atualidade extrair a ideia que muitas crianças têm de que a 
brincadeira não é um elemento existente na vida diária em sala de aula. Nesse sentido: “o desafio, para as escolas e sociedade hoje 
e do futuro, é encontrar maneiras para as crianças experimentarem, até mesmo aprenderem a brincar, oferecendo a liberdade para 
desenvolverem a variedade de habilidades fundamentais para a aprendizagem e a vida adulta” (BROCK et al, 2011, p.192). 
A referida circunstância vai ao encontro dos preceitos e objetivos da educação, pois, conforme Vygotsky (1989, p. 5), a educação 
promove a construção de estruturas e sistemas psicológicos complexos, podendo-se apontar, a título de exemplificação, a 
compensação e os mecanismos de correção (1989, p.5). Nesse contexto, 
A prática docente, nessa perspectiva, possibilita que os alunos possam realizar suas atividades por si mesmos, 
desenvolvendo tarefas cada vez mais complexas, com a mediação do profissional ou de outras crianças. A ação 
pedagógica deve conduzir o aluno à independência, autonomia e autoestima (ROSS, 2006, p. 276). 
O lúdico, dessa maneira, é uma prática pedagógica que está em consonância com a referida necessidade, pois possibilita que a 
criança tenha a liberdade, ou seja, independência e autonomia no processo de aprendizagem e formação do conhecimento. 
Podemos falar, então, que a ludicidade é fator relevante para aprendizagem da criança, logo, para construção do conhecimento. 
Isso porque é necessário assegurar a “capacidade de pensar, interagir, aquilo que é capaz de fazer, interpretar, compreender” 
(ROSS, 2006, p. 276). 
O lúdico enseja uma contribuição para o aprendizado do aluno, em especial da criança, pois através da aludida prática pedagógica, 
o aluno interage mais em sala de aula, uma vez que desperta a vontade de aprender, assim como o seu interesse no conteúdo, de 
forma que a criança aprende o que foi ensinado, estimulando o pensamento e o questionamento, ou seja, não incentiva a mera 
repetição de ideias (LISBOA, 2009). 
Brenelli (2005) acrescenta que, por meio de jogos, estimula-se o aluno a superar os desafios, já que precisa utilizar a criatividade 
para lidar com situações imprevisíveis. Ademais, 
A ascensão do abstrato para o concreto se move do geral para o particular porque os estudantes inicialmente buscam e 
registram o “germe” primário geral, em seguida deduzem vários aspectos particulares do assunto usando esse “germe” 
como esteio principal. Segundo essa estratégia é essencialmente genética, visando descobrir e reproduzir as condições 
de origem dos conceitos a serem adquiridos (ENGESTROM, 2002, p. 185). 
Além do mais, “através do lúdico a criança vai se adaptando ao ambiente em que está inserida e com as pessoas que muitas vezes o 
compõem” (POZO, 2002, p. 70). 
Infere-se, caros(as)acadêmicos(as), que “a atividade lúdica pode ser um eficiente recurso aliado do educador, interessado no 
desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual” (RIZZO, 2001, p. 40). 
Por isso, é muito importante que ocorra o incentivo às práticas pedagógicas lúdicas, sobretudo, na educação infantil, pois “o 
educador possui um papel nesse processo (educação), que é mediar o educando a buscar sua identidade e atuar de forma crítica e 
reflexiva na sociedade” (RAU; ROMANOWSKI; MARTINS, 2005, p. 650). 
A ludicidade é uma das principais fontes de aprendizagem, na educação infantil, porém não se trata da única fonte. Isso porque “a 
aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e 
culturais”, é, em verdade, “resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para 
novas situações” (LEAL, 2011, p. 14). 
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Sendo assim, é de suma relevância que seja reconhecida a importância do lúdico como método, como fonte de aprendizagem na 
educação infantil, devendo haver o seu incentivo, para que os educadores possam atrelar tal prática às outras fontes, de forma a 
possibilitar o desenvolvimento pleno do educando, propiciar que seja assegurado o desenvolvimento das suas aptidões, 
habilidades, e, consequentemente, do conhecimento propriamente dito. 
Conforme está contido no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil , criado pelo Ministério da Educação e do 
Desporto: 
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma 
integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e 
estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos 
conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o 
desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, 
estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis (BRASIL, 1998, p. 23). 
A criança precisa de uma riqueza e uma diversidade nas experiências que são ofertadas nas instituições para que possa exercer sua 
capacidade de criar, daí a importância do lúdico como fonte de aprendizagem, porém é preciso que haja consciência de tal 
circunstância, sobretudo, por parte dos docentes, conforme abordaremos na terceira aula. 
Neste estudo ressaltamos a importância da ludicidade na educação infantil. Porém é preciso mencionar que 
a aludida prática pedagógica também é relevante no ensino fundamental, ensino médio e até mesmo nas 
universidades. 
Fonte: adaptado de Roloff (2010). 
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Necessidade de se estabelecer a 
consciência da importância dos 
jogos e das brincadeiras no 
desenvolvimento e na educação da 
criança 
Nas aulas anteriores, vimos o conceito e as noções gerais sobre o lúdico e também a importância do lúdico para a aprendizagem 
para as crianças. Porém, há, de fato, uma consciência acerca da relevância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento e na 
educação da criança? Podemos falar que os docentes possuem ciência da importância de tal fonte de aprendizagem e do seu papel 
nesse contexto? 
As atividades lúdicas geram várias contribuições ao desenvolvimento da criança, seja de forma específica, ou de forma 
generalizada, uma vez que motivam a criança em todos os seus sentidos (OLIVEIRA, 2016, p. 7-8). No mesmo viés, afirma Airton 
Negrine (1994, p. 19) que: 
As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no 
desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a 
afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade a que constitui a energia necessária 
para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança. 
Em face da importância da ludicidade, é preciso que haja uma conscientização sobre a aludida prática enquanto meio pedagógico, 
ou seja, que haja a conscientização acerca de sua relevância para o desenvolvimento cognitivo, psíquico, emocional e social da 
criança, seja em relação aos próprios alunos, seja em relação aos familiares, docentes e a sociedade em si considerada. Não se pode 
perder de vista, também, que o Estado precisa exercer seu papel, isto é, precisa conscientizar e incentivar a prática lúdica, tanto em 
relação às escolas públicas, quanto em relação às instituições educacionais privadas. 
Um dos principais participantes no contexto lúdico é o docente. Isso porque 
É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na 
vida das crianças. Consequentemente é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados 
objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar. Por meio das 
brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em 
conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas 
capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem (BRASIL, 1998, p. 28). 
O incentivo da ludicidade e sua execução pelos docentes, mediante materiais adequados, permite que a criança possa enriquecer 
em termos de competências imaginativas, criativas e organizacionais. No entanto, é preciso que o professor se atente às 
peculiaridades da turma, dos alunos, de forma a propiciar que os jogos e as brincadeiras ocorram de forma diversificada. 
É preciso que: 
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O professor tenha consciência que na brincadeira as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais 
diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa. Nessa perspectiva não se deve 
confundir situações nas quais se objetiva determinadas aprendizagens relativas a conceitos, procedimentos ou 
atitudes explícitas com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentados de uma maneira espontânea e 
destituída de objetivos imediatos pelas crianças. Pode-se, entretanto, utilizar os jogos, especialmente aqueles que 
possuem regras, como atividades didáticas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças não 
estarão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão (BRASIL, 1998, p. 29). 
Portanto, é preciso que o professor tenha consciência e acredite na ludicidade como método de aprendizagem, pois, caso 
contrário, o método pode se perder no discurso, e, dessa forma, dificultar o acesso ao conhecimento, ao invés de facilitá-lo. Em 
verdade, não basta que o docente desperte a atenção do aluno através dos jogos e brincadeiras, é preciso que o ajude, de forma 
efetiva, a construir seus conhecimentos (ROLOFF, 2010, p. 9). 
Melo e Cavalari (2010, p. 158), também ressaltam a importância da atividade lúdica para o desenvolvimento integral da criança: 
Para Educação Infantil, a atividade recreativa tem aspectos importantíssimos, pois o brincar não constitui apenas uma 
atividade para passar o tempo, mas tem uma função primordial nos aspectos que envolvem a criança, possibilitando o 
desenvolvimento integral, já que ela está inserida em um ambiente no qual se torna na maioria das vezes uma parte do 
seu lar, assim a criança enreda-se afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente ações. A criança brinca e ao 
mesmo tempo adquireo autoconhecimento que parte da descoberta do próprio corpo e engloba naturalmente a 
cultura e se conhece num determinado contexto. 
Por conseguinte, a atividade lúdica caminha em compasso com as diretrizes constitucionais da educação, pois favorece o pleno 
desenvolvimento da pessoa (artigo 205, caput , da Constituição Federal/1988), assim como, em relação aos ditames da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação (artigo 2º) e do Estatuto da Criança e do Adolescente (artigo 3º e artigo 53). 
Os referidos diplomas (constitucionais e legais) embora tenham redações distintas, estipulam que a educação deve assegurar o 
pleno desenvolvimento da pessoa humana, em especial da criança e do adolescente, de forma a facultar o “desenvolvimento físico, 
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”, conforme disposto no art. 3º, da Lei nº 8.069 sobre o 
ECA (BRASIL, 1990, on-line). 
Ademais, o ato de brincar é um direito reconhecido na Declaração dos Direitos da Criança, de 1959, expresso no artigo 7º: “A 
criança deve ter todas as possibilidades de se entregar a jogos e atividades recreativas, que devem ser orientadas para os fins 
visados pela educação; a sociedade e os poderes públicos devem esforçar-se por favorecer o exercício deste direito” (BRASIL, 
1990, on-line). 
Dessa forma, à luz dos ensinamentos descritos neste primeiro momento do nosso estudo, podemos afirmar, caros(as) 
acadêmicos(as), que a ludicidade, isto é, o incentivo ao “brincar” no ambiente educacional, de forma pedagógica, é uma prática que 
precisa ser incentivada, pois há inúmeros benefícios em tal modalidade de aprendizagem para a criança, sendo necessário que haja 
a conscientização em relação à essa prática, principalmente por parte dos docentes. 
A ludicidade possui importância e relevância para a formação da criança e do adolescente, sendo um mecanismo eficaz, se 
realizado de forma adequada, com diversidade e estímulo ao aprendizado, para o conhecimento, moldando-se à finalidade do 
direito à educação: o pleno desenvolvimento da pessoa humana, dentre outras finalidades. 
Avançar 
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ATIVIDADES 
São diversas as práticas lúdicas que podem ser utilizadas pelo educador no ambiente escolar, dentre as quais é possível citar o jogo 
“Pega Varetas”. Segundo Lino de Macedo, Ana Sícoli Petty e Christe Passos, “ao jogar pega-varetas, por exemplo, uma criança 
precisa observar a cada captura, todas as varetas vizinhas àquela que pretende resgatar”, ressaltando que “essa simples ação é 
consequência de várias outras: considerar as regras, prestar atenção a elas, observar a configuração do maço espalhado na mesa e 
os diferentes pontos de contato entre as varetas e, só então, tomar uma decisão, escolhendo a melhor” (2011, p. 24). Isso significa 
que o jogo estimula a análise das possibilidades, a organização das ações e a resolver referido problema. 
Afinal, qual a sistemática do referido jogo? 
A criança (ou outro jogador) deve soltar um maço composto por 41 varetas, sendo de cores amarelas, vermelhas, verdes, azuis e 
uma preta. Cada cor possui uma pontuação específica. Cada um dos jogadores irá capturar uma a uma, sem mover as demais, e, se 
isso ocorrer, “passa a vez” para o outro e assim sucessivamente. Vence aquele que, ao final, obter a maior pontuação. 
O jogo, sendo assim, requer organização e planejamento, respeito às regras, atenção e antecipação das ações. 
Após a reflexão acerca do jogo acima mencionado, em compasso com a leitura do nosso material de apoio e respectiva aula, 
responda: 
1. O “Jogo de Varetas” (ou “Pega Varetas”) como o próprio nome sugere consiste em um jogo, uma brincadeira. Sobre referida 
atividade podemos afirmar que: 
a) É possível enquadrá-la como uma atividade lúdica, que pode ser utilizada pelo educador, já que estimula o desenvolvimento de 
diversas habilidades, como exemplo: a concentração. 
b) Não pode ser considerada como uma prática lúdica, não havendo qualquer finalidade pedagógica. 
c) Trata-se de uma atividade apenas de entretenimento, podendo ser sugerida pelo educador apenas como prática a ser realizada 
pelas crianças no recreio. 
d) Embora estimule a organização e o desenvolvimento, não possui qualquer benefício relacionado ao aprendizado da criança. 
e) Nenhuma das afirmativas anteriores está correta. 
2. A respeito do lúdico, ou seja, do universo dos jogos e das brincadeiras, na escola, analise as assertivas abaixo, verificando se 
consistem em afirmações verdadeiras (V) ou falsas (F): 
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( ) O educador possui papel fundamental na realização da atividade lúdica, como, por exemplo, no “Jogo de Varetas”, pois, poderá 
propor desafios, instigar a reflexão e ajudar os educandos a perceberem semelhanças entre os contextos do jogo e da escola. 
( ) Caso o educador não participe da atividade, corre-se o risco de que o jogar caia no seu uso comum, ou seja, mero “brincar por 
brincar”. 
( ) O jogo não possui qualquer relevância para a construção de relações sociais da criança com as demais, sua adaptação ao 
ambiente escolar, ao contrário, estimula a competição e a rivalidade entre as mesmas. 
Com base nas assertivas acima, assinale a alternativa que corresponde à sequência correta: 
a) V – V – V. 
b) F – V – F. 
c) V – V – F. 
d) V – F – F. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
3. O jogo “Pega Varetas” possibilita ao educador a análise dos alunos, dos seus comportamento e das suas habilidades, podendo 
vincular o cenário ocorrido na brincadeira ao contexto do aprendizado, por exemplo, apurar eventual “baixo rendimento” da 
criança. No jogo “Pega Varetas” como causas do “baixo rendimento” é possível citar: em primeiro lugar, a criança não teve domínio 
das regras; em segundo, não houve concentração, a criança não prestou atenção no jogo; em terceiro, tentou jogar da melhor 
maneira, porém não conseguiu acertar. O professor precisa observar a brincadeira para que possa averiguar o motivo e direcionar 
a criança para que ela supere, na próxima vez, os obstáculos enfrentados 
Sobre o cenário narrado, é correto dizer que: 
a) A mesma lógica vale para a sala de aula, pois o professor pode fazer um levantamento das dificuldades enfrentadas pela criança 
e de seus erros, questionando, por exemplo, qual foi o pensamento articulado por ela para resolver determinado problema, pois 
assim compreenderá sua forma de raciocinar. 
b) Não há qualquer relação com os métodos pedagógicos e com o aprender, não gerando benefícios ao aprendizado. 
c) O professor deve apenas focar no resultado final, não sendo relevante a estratégia utilizada pela criança. 
d) A brincadeira não possibilita que o professor avalie as competências e as dificuldades da criança, não sendo possível a 
identificação de eventual problema, como a falta de concentração, por exemplo. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
4. Os jogos, segundo os autores retratados nas considerações iniciais do estudo de caso proposto, na obra Os Jogos e o Lúdico na 
Aprendizagem Escolar: “podem constituir um excelente instrumento para ajudar nossos alunos a se envolverem em projetos que 
representem situações significativas e que, simultaneamente, darão subsídios e/ou suporte para acontecimentos futuros” 
(MACEDO; PETTY; PASSOS, 2011, p. 29). 
Assinale a alternativa que corresponde à vinculação da ideia acima descrita pelos autores ao contexto do jogo “Pega Varetas”: 
a) A criança no jogo sugerido apenasserá incentivada a pensar antes de agir. 
b) Apenas estimula a criança a planejar as suas ações. 
c) O objetivo do jogo é estimular apenas a concentração, que será importante para o aprendizado. 
d) A criança jogando “Pega-Varetas” aprende a pensar antes de agir e a planejar suas ações, o que é relevante para a obtenção de 
bons resultados, estimulando-se, ainda, a concentração e a criatividade. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
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Resolução das atividades 
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RESUMO 
O “brincar” faz parte do cotidiano, em especial, para as crianças, sendo um grande desafio na atualidade inseri-lo no ambiente 
escolar. O universo lúdico representa tal finalidade, ou seja, inserir o contexto do brincar, das brincadeiras e dos jogos como 
método educativo. 
O lúdico deve ser incentivado, pois consiste em uma principal fonte de aprendizagem, já que se trata de uma prática envolvente, 
interessante e informativa e que possibilita o desenvolvimento de diversas habilidades. 
Ademais, por meio do lúdico, a criança aprende consigo mesma, assim como aprende com os objetos e demais pessoas envolvidas 
nas brincadeiras, favorecendo não apenas seu aprendizado, mas também sua interação social. As atividades lúdicas fazem com 
que, nesse cenário, o aprender seja uma realidade divertida e alegre, ou seja, possibilita que a criança seja criança, mas que se 
desenvolva ao mesmo tempo. 
Portanto, o lúdico deve ser encarado como um fator importante no processo de ensino-aprendizagem, em especial na educação 
infantil, podendo ser apontado como elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais. 
Trata-se, pois, de um desafio na atualidade executar atividades lúdicas que possibilitem o desenvolvimento de habilidades 
fundamentais para a aprendizagem e para a vida adulta, uma vez que a ação pedagógica deve conduzir o aluno para a 
independência, autonomia e autoestima. 
O lúdico enseja contribuição para o aprendizado da criança, pois possibilita uma maior interação, desperta o interesse em 
aprender, estimula o pensamento e o questionamento, dissociando-se da mera repetição de ideias, podendo apontar, ainda, o 
estímulo à superação dos desafios, e, por consequência, da criatividade. 
É um eficiente recurso, aliado do educador, sendo imperiosa a consciência da importância de tal prática para o aprendizado e para 
a educação em si considerada. 
Impõe-se, assim, que haja conscientização acerca da ludicidade enquanto método pedagógico, ou seja, sua relevância para o 
desenvolvimento cognitivo, psíquico, emocional e social da criança, assim como é necessária uma conscientização por parte do 
educador do seu papel nesse cenário. 
O professor precisa ter consciência sobre a ludicidade, de sua importância para a educação, sob pena de se tornar mero discurso, 
ou seja, é preciso que o educador tenha convicção de que se trata de uma atividade didática, que existem objetivos didáticos nas 
brincadeiras e jogos a serem desenvolvidos. 
Havendo consciência sobre as práticas lúdicas e incentivadas como fonte de aprendizagem, essas práticas caminharão em 
compasso com a finalidade do direito à educação, a qual é (dentre outros): o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente. 
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Material Complementar 
Leitura 
Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar 
Autor: Lino de Macedo; Ana Lúcia Sícoli Petty; Norimar Christe Passos 
Editora: Artmed 
Sinopse : Há 14 anos, os integrantes do Laboratório de Psicopedagogia 
(LaPp), do Instituto de Psicologia da USP, estudam e fazem pesquisas com 
jogos, visando contribuir para o professor aprender a utilizá-los como um 
importante instrumento em seu dia-a-dia. Este segundo livro de Lino de 
Macedo, Ana Lúcia Sícoli Petty e Norimar Christe Passos é um novo 
recurso valioso para professores que trabalham com oficinas de jogos no 
ensino fundamental, com vistas a facilitar o desenvolvimento da leitura e 
da escrita de seus alunos. Além disso, o trabalho com jogos proposto 
neste livro permitirá criar e gerir situações de aprendizagem mais 
condizentes com a diversidade e a tornar realidade a tão necessária 
avaliação formativa, porque faz da observação e da regulação uma nova e 
melhor forma de se atribuir valor e promover as produções de cada 
criança. Trata-se de um subsídio ricamente ilustrado que, assim como o 
Aprender com jogos e situações-problema, título anterior, será de grande 
ajuda para a qualificação do cotidiano pedagógico. 
Na Web 
Tarja Branca - A revolução que faltava 
Ano: 2014 
Sinopse: A partir dos depoimentos de adultos de gerações, origens e 
profissões diferentes, o documentário discorre sobre a pluralidade do ato 
de brincar, e como o homem pode se relacionar com a criança que mora 
dentro dele. Por meio de reflexões, o filme mostra as diferentes formas de 
como a brincadeira, ação tão primordial à natureza humana, pode estar 
interligada com o comportamento do homem contemporâneo e seu 
“espírito lúdico”. 
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REFERÊNCIAS 
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LISBOA, M. A importância do lúdico na aprendizagem com auxílio dos jogos . 2009. Disponível em: 
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https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fpsicologado.com%2Fatuacao%2Fpsicologia-escolar%2Fa-importancia-do-ludico-no-processo-de-ensino--aprendizagem-no-desenvolvimento-da-infancia&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEVStFNWpycjFQOY97NNEY6DsDrYQ
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fpsicologado.com%2Fatuacao%2Fpsicologia-escolar%2Fa-importancia-do-ludico-no-processo-de-ensino--aprendizagem-no-desenvolvimento-da-infancia&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEVStFNWpycjFQOY97NNEY6DsDrYQ
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²Em: < http://conscienciaeconsumo.com.br/educacao/brincar-e-coisa-seria/ >. Acesso em: 23 fev. 2018. 
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https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fperiodicos.ufsc.br%2Findex.php%2Fperspectiva%2Farticle%2FviewFile%2F10605%2F10132&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNG603LNDvmob5VJyjmpY28ymyoFfw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Feditorarealize.com.br%2Frevistas%2Ffiped%2Ftrabalhos%2Fartigo%2520do%2520forum%25203%2520%28jossiane%2520santos%29.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFwD9TmmgotxNoqhrylkeAmkOSIJA
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APROFUNDANDO 
A educação consiste em um direito de todos, em especial, da criança, quando falamos da educação infantil. É um direito assegurado 
pela Constituição Federal, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação e também pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Assegura-se também o direito da criança em brincar, direito expresso no Estatuto da Criança e do Adolescente: 
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em 
processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. 
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: 
[...] 
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; 
[...] 
Uma das características da infância, senão a principal, é o ato de brincar, que como visto, é um direito assegurado à criança, faz 
parte do cotidiano da mesma, do seu viver. Nesse sentido, afirma Maria Montessori: “[...] o adulto só da liberdade à criança nas 
brincadeiras, ou melhor, só com os brinquedos – e está convencido de que estes constituem o mundo no qual a criança encontra a 
felicidade” (MONTESSORI, 1983, p.182). 
Por isso, a importância de aproximar a educação à realidade da criança, ou seja, tornar o direito à educação e o direito ao brincar 
como aspectos presentes no ambiente escolar. Justamente neste contexto, surgiram os estudos sobre o lúdico, como fonte de 
aprendizado, tornando o aprender prazeroso e interessante ao educando. 
O objetivo deste momento do nosso estudo é ressaltar alguns pensadores clássicos a respeito da temática, em especial, Vygotsky, 
Piaget e Maria Montessori. 
Segundo Piaget (1978), o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico, ou seja, ela precisa brincar para crescer,e, que, 
escola desempenha um papel importante no desenvolvimento da criança, mas, para isso, é preciso que a escola estabeleça um 
ambiente onde a criança possa interagir e trocar conhecimentos a partir de sua realidade. 
Sobre a temática, Najara Moreira Cebalos, Renata Arantes Mazaro, Mariangela Zanin e Marco Paolo Correa Ceraldi (2011) 
afirmam que: 
A escola ao valorizar as atividades lúdicas, ajuda a criança a formar bom conceito de mundo em que a afetividade, a 
sociabilidade e a criatividade serão estimuladas. A partir de um trabalho onde a ludicidade será valorizada, poderemos 
oportunizar o resgate de potencial de cada disciplina. Cada um pode desencadear estratégias lúdicas para dinamizar 
seu trabalho, que certamente, será mais produtivo, prazeroso e significativo. Pode-se dizer que a atividade lúdica, o 
jogo, permite liberdade de ação, naturalidade e prazer que raramente são encontrados em outra atividade escolar. O 
lúdico é essencial para uma escola que se proponha não somente o sucesso pedagógico, como também à formação do 
cidadão. A convivência de forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem proporcionará a criança, estabelecer relações 
cognitivas às experiências vivenciadas. 
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Ainda segundo Piaget (1978), os jogos podem ser classificados em três etapas, que correspondem às fases do desenvolvimento 
infantil: 
Jogo do exercício sensório-motor : é um jogo em que sua finalidade é o próprio prazer do funcionamento, constitui-se 
em repetição de gestos e movimentos simples como agitar os braços, caminhar, pular, ao descobrir suas funções, há um 
sentimento de felicidade. Jogos Simbólicos : Consiste em satisfazer o “eu” por meio de uma transformação do real em 
função dos desejos, ou seja, tem a função de assimilar a realidade, ela incorpora a seu mundo, objetos, pessoas ou 
acontecimentos significativos e os reproduz através de suas brincadeiras. Jogos de faz de conta que possibilita a 
criança sonhar e fantasiar revela angústias, conflitos e medos aliviando tensões e frustrações são importantes para que 
se trabalhe diferentes tipos de sentimentos e a forma de lidarmos com eles. Jogos de Regras : como o próprio nome diz 
o jogo de regras se caracteriza pela existência de uma série de leis impostas pelo grupo, sendo que quem descumprir 
será penalizado, é uma forte competição pelos participantes, geralmente jogado em parceria e um conjunto de 
obrigações o que o faz tornar-se social, são importantes para que a criança entende que nem sempre levemos 
vantagens aprendendo assim a lidar com as emoções (PIAGET, 1978, p. 148). 
Segundo Piaget, por conseguinte, as fases do desenvolvimento da criança se apresentam em uma sequência necessária, não 
devendo correr a interrupção de uma etapa para outra, sendo que em cada etapa um tipo de jogo se apresenta mais adequado, 
denotando a importância do educador neste contexto. Vygotsky também afirma pela importância do lúdico no desenvolvimento 
da criança: 
De uma forma geral o lúdico vem a influenciar no desenvolvimento da criança, é através do jogo que a criança aprende 
a agir, há um estímulo da curiosidade, a criança adquire iniciativa e demonstra autoconfiança, proporciona o 
desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. (VYGOTSKY,1994, p. 81) 
Para Vygotsky os brinquedos são aliados na aprendizagem infantil, pois oportunizam que as crianças tenham contato com 
situações socioculturais fora de seu plano real, mas que serão atividades a serem vividas no futuro, isto é, “a criança em idade pré- 
escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que 
chamamos de brinquedo” (Vygotsky, 1998, p.122). 
A educação infantil, por conseguinte, representa momento crucial para a formação da criança, para seu desenvolvimento integral, 
daí se extraindo a importância das práticas lúdicas e do papel do educador. 
Isso porque, a atividade lúdica, o jogo, o brinquedo e a brincadeira, portanto, são essenciais no desenvolvimento e na educação da 
criança, e, por conseguinte, para a própria asseguração dos direitos da criança, em especial, o direito à educação e ao direito de 
brincar. 
Por conseguinte, o lúdico deve ser melhor analisado no ambiente escolar, para que seja reconhecido como fonte de aprendizagem, 
a fim de que haja a prestação de uma educação de qualidade, de forma a possibilidade, de fato, o pleno desenvolvimento da criança 
e do adolescente. 
Para Vygotsky (1987), a aprendizagem e o desenvolvimento estão estritamente relacionados, sendo que as crianças se inter- 
relacionam com o meio objetivo e social, internalizando o conhecimento advindo de um processo de construção. 
Por isso, podemos afirmar que o brincar não pode ser vislumbrado como mero ato de brincar no ambiente escolar, mas, ao 
contrário, deve ser encarado como um aliado do educador, como uma fonte de aprendizagem, como instrumento educativo, capaz 
de potencializar e desenvolver as habilidades das crianças e adolescentes, de motivar e tornar o aprendizado agradável, prazeroso 
e interessante. 
PARABÉNS! 
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C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; SILVA, Sonia Maria de Campos. 
Os Processos de Aprendizagem por Meio Lúdico: Jogos e Brincadeiras. Sonia Maria de Campos 
Silva. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
29 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Processos de aprendizagem. 2. Brincadeiras. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 370.1 
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A REALIDADE E O FAZ 
DE CONTA 
Professora : 
Me. Sonia Maria de Campos Silva 
Objetivos de aprendizagem 
• Demonstrar que o lúdico deve ser reconhecido como um importante aliado do educador, uma vez que possibilita o 
desenvolvimento pleno da pessoa, em especial, da criança. 
• Ressaltar que é preciso haver uma formação lúdica do educador, para que este reconheça seu papel no ensino-aprendizagem e 
para que a prática não se torne mero “brincar por brincar”. 
• Ressaltar que o lúdico pode ser vislumbrado como método pedagógico quando aplicado com tal finalidade, porém, não apenas, 
pois o lúdico engloba o estímulo ao pensamento, à reflexão, à criatividade, à independência, entre outros. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Por que o lúdico pode ser um aliado para o docente? 
• A formação lúdica do educador 
• A ludicidade é mero recurso pedagógico? 
Introdução 
A nossa primeira aula, neste momento do nosso estudo, versará sobre o lúdico como aliado para o docente. Isso é possível? Por 
quê? 
Sim, não só possível, como é importante que seja reconhecido como tal, pois, ao possibilitar o brincar no ambiente escolar, 
estaremos respeitando a cultura da criança, estimulando sua atenção e interesse na aprendizagem, facilitando sua adaptação e sua 
inserção no aludido ambiente. 
São várias as vantagens do lúdico na escola, sobretudo na educação infantil, é fundamental, por exemplo, para o estímulo à 
criatividade, para o exercício das interações sociais, para o desenvolvimento moral e cognitivo. 
Por conseguinte, o lúdico visa a melhoria do próprio direito à educação, já que permite uma aprendizagem significativa. 
Porém, os professores estão preparados para inserir as práticas lúdicas como instrumento educativo? Este é o foco da nossa 
segunda aula. 
É preciso, com efeito, que haja uma formação lúdica dos educadores, para que estes tenham consciência do seu papel e das 
circunstâncias a serem observadas, para que a ludicidade não caia no discurso e dificulte o conhecimento, ao invés de favorecê-lo. 
O educador lúdico deve não apenas valorizar a infância, a criança e o brincar, mas deve possibilitar a construção de uma educação 
infantil com qualidade, sendo este um direito da criança e do adolescente. 
Sugere-se, por exemplo, que haja uma alteração curricular nos cursos de pedagogia, para que exista, de fato, essa formação lúdica. 
Por fim, na terceira e última aula, o objetivo é suscitar a seguinte discussão: a ludicidade é mero recurso pedagógico? 
No ambiente escolar, é necessário que seja implementada uma ação pedagógica que possibilite às crianças a garantia de seus 
direitos, denotando a importância da prática lúdica contextualizada. As atividades lúdicas, desse modo, representam recurso 
importante para o desenvolvimento de ações pedagógicas significativas. 
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A ludicidade é fator relevante no campo didático, pois possibilita que as crianças aprendam conceitos, atitudes e desenvolvam 
habilidades diversas. 
Porém, não é possível apontar o lúdico apenas como recurso pedagógico, pois não se pode esquecer que o brincar é um ato de 
descoberta, de investigação e de criação. 
Estes serão os nossos desafios ao longo do nosso aprendizado, nesta unidade. Animados? Então, vamos começar! 
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Por que o lúdico pode ser um 
aliado para o docente? 
Olá, queridos(as) acadêmicos(as), iniciaremos nosso estudo, no qual abordaremos a realidade e o faz de conta. Trata-se de uma 
relação possível? Podemos falar que o lúdico é um aliado para o docente? E para o ensino-aprendizagem? 
O brincar é essencial para criança, é uma forma de respeito ao seu cotidiano, de sua cultura em si considerada, pois o brincar faz 
parte de seu universo, fazendo com que a criança tenha maior estímulo, maior adaptação e maior interesse no ambiente escolar, 
favorecendo seu aprendizado e sua inserção. 
Logo, é possível falarmos em um brincar como fonte de aprendizagem, e não mero “brincar por brincar”. Por isso, o “faz de conta” 
deve ser encarado como uma realidade, de forma a transformá-lo em recurso de aprendizagem. Nesse sentido, 
As brincadeiras alimentam o espírito imaginativo e exploratório. A brincadeira do faz de conta tem uma 
grande significação na vida da criança. No faz de conta brincar é uma verdade, é uma atitude frente à 
realidade, é uma ação em que a criança toma conta, se envolve no tempo e no espaço, transformando cada 
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brinquedo ou brincadeira em um recurso de aprendizagem. (EDUCAR PARA CRESCER, [2017], on-line)1 . 
As brincadeiras, ou “o faz de conta”, possuem funções relevantes para a criança, como o estímulo à criatividade, representação de 
papéis, exercício das interações sociais e compartilhamentos (BUSSAB, 2006, p. 139). 
O lúdico caminha em direção aos objetivos da educação, pois visa à formação de “pessoas criativas, inventivas, capazes de 
modificar a forma de viver com outras pessoas, de ser mais livres e felizes”, sendo que “o lúdico é um ótimo meio para alcançar esse 
fim” (PESSOA, 2012, p. 27). 
O lúdico, nesse cenário, figura como aliado do docente, em face dos desafios surgidos na educação, como, desinteresse, 
desatenção, falta de motivação, dentre outros fatores, que acarretam o fracasso escolar. Isso porque, 
As interações sociais são indispensáveis tanto para o desenvolvimento moral para o desenvolvimento 
cognitivo. Por meio dos jogos de regras, as crianças não somente desenvolvem os aspectos sociais, morais e 
cognitivos, como também políticos e emocionais. Os jogos constituem um conteúdo natural nos quais as 
crianças são motivadas a cooperar para elaborar as regras (FRIEDMANN, 1996, p. 35). 
Assim, as atividades lúdicas representam uma prática importante, um artifício para o docente, pois motivam e estimulam os alunos 
no processo de ensino e aprendizagem, em consonância com uma educação de qualidade e emancipatória. O lúdico, “enquanto 
promotor de aprendizagem e do desenvolvimento, deve ser considerado como um importante aliado para o ensino”, conforme 
afirmam Margareth Brainer e Rosinalda Teles (2012, p. 22). 
O lúdico é um forte aliado, uma vez que contribui para a “construção de uma educação voltada para a criança criativa e para a 
realidade do ser humano como um ser social e transformador”, em compasso com o principal objetivo da educação que é “criar 
pessoas com espírito crítico, capazes de inovar e não repetir simplesmente o que as outras gerações fizeram” (VASCONCELOS, 
2002, p. 106). 
A ludicidade, nesse contexto, é um elemento importante para a melhoria da educação, já que possibilita uma aprendizagem 
significativa, sendo importante que seja visualizada como um aliado por parte do docente, ou seja, adotado como estratégia no 
desenvolvimento do ensino-aprendizagem em sala de aula, em compasso com as informações já analisadas nas aulas anteriores, 
como a necessidade de uma conscientização acerca do lúdico e o papel do formador. 
Inês Cirlei Budske Fernandes afirma que: 
[...] o lúdico atua como instrumento fundamental do conhecimento, onde o docente deve atuar como 
mediador e oferecer possibilidade para a elaboração do mesmo, respeitando as diversas singularidades. Ou 
seja, quando as atividades são bem exploradas, oportunizam a interlocução de saberes, a socialização e o 
desenvolvimento pessoal, cognitivo e social. Torna-se a essência da condição básica para a constituição de 
qualidade enfocada na prática educativa com ênfase na descoberta e apropriação do mundo que envolve os 
fazeres e saberes, das palavras, dos fatos, dos sentimentos, dos valores, dos números, dos sonhos e da 
cidadania de quem busca o aprendizado (FERNANDES, 2012, p. 40). 
A ludicidade, por conseguinte, deve ser visualizada como um artifício que o professor dispõe no processo do ensino-aprendizagem, 
porém é preciso que a prática do lúdico seja orientada, possibilite, emconcreto, a formação humana, em especial da criança. Essa 
circunstância está contida no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: 
A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças, oferecendo-lhes material 
adequado, assim como um espaço estruturado para brincar permite o enriquecimento das competências 
imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe ao professor organizar situações para que as 
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brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os 
temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou os jogos de regras e de construção, e assim 
elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais 
(BRASIL, 1998, p. 29). 
No entanto, será que os professores, os educadores, estão de fato preparados para a inserção do lúdico como fonte de 
aprendizagem? 
É preciso, pois, que haja uma formação lúdica do educador, para que a finalidade da ludicidade seja, de fato, atingida, sob pena de 
se desvirtuar a importância de tal prática, tornando-a mero “brincar por brincar”. 
O Ministério da Educação (MEC) também incentiva a prática lúdica no ambiente escolar, em especial para a 
educação infantil. Inclusive, foi realizada cartilha intitulada “Brincar para Todos”, ressaltando a importância 
do “brincar” para as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais ou sociais, 
destacando que a brincadeira é essencial na vida da criança. Em especial, nesse material, ressaltou-se o 
papel desempenhado pela ludicidade para as crianças com deficiência social, demonstrando que se trata de 
um fator essencial para a inclusão social e escolar. O material está disponibilizado no sítio eletrônico do 
MEC. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/brincartodos.pdf >. Fonte: a autora. 
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A formação lúdica do educador 
A educação é um direito de todos e um dever do Estado e da família, impondo-se, ainda, nos termos da Constituição Federal e da 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a participação da sociedade. 
O dever do Estado engloba a educação básica, que inclui a educação infantil, o ensino médio e ensino fundamental, nos termos do 
artigo 208, I e IV, da Constituição Federal de 1988. Ainda, conforme o texto constitucional, deve ser assegurado o padrão de 
qualidade ao ensino (artigo 206, VII). 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação também previu a importância em se assegurar padrão de qualidade ao ensino, nos termos 
do artigo 3º, IX. 
A educação infantil é o primeiro contato da criança em um ambiente escolar, influenciando as demais etapas da sua formação 
escolar, portanto, é fundamental a preocupação com a qualidade do ensino-aprendizagem, sendo necessários esforços de todos os 
envolvidos, tanto dos docentes quanto da família. 
Nesse momento do nosso estudo, o foco será o papel do docente, isto é do educador. 
Como vimos na nossa aula anterior, a ludicidade é um artifício do qual o educador pode se valer no ensino e aprendizagem, uma 
vez que o universo lúdico figura com uma das principais fontes de aprendizagem, sendo capaz de motivar, estimular o pensamento 
e a formação do conhecimento. 
É preciso, nesse cenário, que haja a formação lúdica do educador, ou seja, este precisa de orientação e preparação para que possa 
implementar as práticas lúdicas no ambiente escolar. Em verdade, 
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O educador lúdico valoriza a infância, a criança, o jogo a brincadeira na vida e nas instituições que atua, 
trabalha para construir a qualidade na educação infantil como direito da criança; exerce o direito de brincar, 
coloca-se no papel de mediador e interage sendo um brincante com olhar atento às relações que se 
estabelecem (MATOS; HIGUCHI, 2012, p. 5). 
A formação lúdica deve proporcionar ao educador não apenas conhecer-se como pessoa, mas também saber suas possibilidades e 
limitações, de forma a ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança (SANTOS, 1997, p. 14). 
O educador lúdico deve ser capaz de visualizar a criança num espaço que propicia a criação das diversas áreas do 
desenvolvimento, favorecer os estímulos para que a criança tenha espaços coletivos, que haja diversidade e que permita a 
reinvenção, ou seja, 
O Educador que vê na sua prática, a oportunidade de propiciar a aprendizagem que contemple a educação 
integral, libertadora de limites, de pré-conceitos, consolida o direito da criança se livre. Que as crianças 
possam explorar, imaginar, experimentar, conhecer, dançar, imitar e encontrar seu papel além do direito de 
criança, mas de indivíduo em sua totalidade (MATOS; HIGUCHI, 2012, p. 12). 
Para tanto, acadêmicos(as), é preciso que haja a formação do professor para que este tenha conhecimento do universo lúdico para 
inseri-lo na realidade escolar, no dia a dia. Porém, como essa formação deve ocorrer? 
Sobre o tema, Ortiz ressalta que: 
[...] o professor de educação infantil precisa de uma sólida formação básica. Não falo apenas da formação 
profissional, advinda dos cursos de magistério e pedagogia, mas daquela formação básica a que todos temos 
direito. São necessários conhecimentos de história, de filosofia, de antropologia, que ofereçam aos 
professores alicerces básicos e sólidos para que possam construir compreender e confrontar ideologias, 
uma vez que no mundo educacional é calcado em representações ideológicas (ORTIZ, 2007, p. 12). 
O lúdico na educação, sobretudo na educação infantil, possui benefícios diversos, conforme já narramos nas aulas anteriores, 
sendo que o educador desempenha papel fundamental nesse cenário. 
Por isso, tem-se discutido a necessidade de que, no percurso formativo dos profissionais da educação infantil, incluam-se 
disciplinas de caráter lúdico, “pois a formação do educador resultará em sua prática em sala de aula”, sendo que as aludidas 
disciplinas “ajudam na formação e preparação dos educadores para trabalharem com crianças” (OLIVEIRA; CARVALHO; PRADO, 
2014, p. 41). 
Com efeito, “o lúdico servirá de suporte na formação do educador, com o objetivo de contribuir na sua reflexão-ação-reflexão, 
buscando dialetizar teoria e prática, portanto, reconstruindo a práxis” (BOLZAN, 2007, p. 41). 
Podemos afirmar, portanto, caros(as) acadêmicos(as), que durante a formação acadêmica do educador, que irá atuar na educação 
infantil, é preciso que este seja instruído quanto à ludicidade, isto é, é crível que estude teoricamente e na prática os processos 
metodológicos do lúdico como ferramenta pedagógica (OLIVEIRA; CARVALHO; PRADO, 2014, p. 41). Diante desse contexto, 
autores têm mencionado a necessidade de alteração curricular dos cursos de pedagogia. 
É inquestionável que a formação do futuro educador deve ser embasada em conhecimentos teóricos que vivenciam as 
experiências lúdicas, isso porque, conforme afirma Maluf (2003, p. 14): “o conhecimento dá-se a partir de experiências vivenciadas, 
juntamente com uma boa formação teórica, pedagógica e via corporal (práticas corporais)”. 
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Podemos afirmar, à luz dos conhecimentos já compartilhados ao longo das nossas aulas, que é preciso uma conscientização quanto 
à ludicidade, criando-se um novo paradigma na formação dos futuros educadores, isso porque a figura do docente é de 
fundamental relevância para que a educação seja,de fato, de qualidade. 
Fábio Araújo Porangaba, Sandra de Souza Menezes Porangaba e Silviane de Souza Menezes (2012, on-line) afirmam que: 
É buscando novas maneiras de ensinar por meio do lúdico que conseguiremos uma educação de qualidade e 
que realmente consiga ir ao encontro dos interesses e necessidades da criança. Cabe ressaltar que uma 
atitude lúdica não é somente a somatória de atividades; é antes de tudo uma maneira de ser, de estar, de 
pensar e de encarar a escola. É preciso saber entrar no mundo da criança, no seu sonho, no seu jogo e, a 
partir daí, jogar com ela. Quanto mais espaço lúdico proporcionarmos, mais alegre, espontânea, criativa, 
autônoma e afetiva ela será. 
Podemos concluir, por conseguinte, nesta segunda aula do nosso estudo, que é preciso haver uma formação do docente quanto à 
prática lúdica, sugerindo-se que esta formação ocorra nos cursos de formação, por meio de uma alteração curricular nos cursos de 
pedagogia, para que a ludicidade possa, de fato, ser implementada como uma das principais fontes de aprendizagem por estes 
futuros educadores, atingindo-se o padrão de qualidade almejado no direito à educação. 
Como o universo lúdico está sendo encarado pelos educadores na sua região? Há, de fato, uma consciência 
por parte dos educadores de que o lúdico é um artifício a ser utilizado como instrumento educativo? Há 
cursos de formação destacando a referida prática? Trata-se de uma preocupação curricular? 
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A ludicidade é mero recurso 
pedagógico? 
Nas aulas anteriores, vimos que o lúdico deve ser vislumbrado como aliado do educador, assim como, vimos que é necessário uma 
formação do docente, para que este consiga efetivar, na prática, as atividades lúdicas de forma a alcançar o seu objetivo, que é 
possibilitar o ensino e aprendizagem de forma prazerosa e criativa, desenvolvendo inúmeras habilidades na criança. 
É preciso uma ação pedagógica, no ambiente escolar, que possibilite às crianças a garantia de seus direitos, em especial o direito de 
serem crianças, e, por conseguinte, a preservação de suas identidades sociais e suas necessidades de aprender de forma lúdica e 
contextualizada. 
Porém, a ludicidade é mero recurso pedagógico? O lúdico pode ser apontado como sinônimo de material pedagógico? 
Como já visto nas aulas anteriores, os jogos, os brinquedos e as brincadeiras favorecem uma vida mais significativa, mais 
interessante e mais prazerosa para a criança. Por isso, a relevância das atividades lúdicas como recursos para o desenvolvimento 
de ações pedagógicas significativas. 
O lúdico traz inúmeros benefícios para a criança, desde o aspecto físico ao desenvolvimento de habilidades motoras e de 
expressão corporal. 
Kellen Cristina Costa Alves Bernadelli (2015, p. 24) afirma que: 
As contribuições sociais são percebidas quando a criança simboliza uma realidade que ainda não pode 
alcançar, mesmo considerando a fruição, e aprende a interagir com outras pessoas, compartilhando, 
relacionando-se. A criança também recorre ao lúdico para representar e significar com outros sentidos 
situações vividas, não se restringindo apenas à fantasia de um vir a ser, de um desejo ainda não alcançado. 
As atividades lúdicas possibilitam que as crianças reelaborem criativamente sentimentos e conhecimentos, 
e edifiquem novas possibilidades de interpretação e de representação do real. 
Contudo, não apenas isso. A ludicidade também é importante no campo didático. Tal constatação pode ser visualizada no Pacto 
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Ludicidade na Sala de Aula , realizado pelo Ministério da Educação, em 2012, o qual 
menciona que: “do ponto de vista didático, as brincadeiras promovem situações em que as crianças aprendem conceitos, atitudes e 
desenvolvem habilidades diversas, integrando aspectos cognitivos e físicos”, por isso, “podem motivar as crianças para se 
envolverem nas atividades e despertam o interesse pelos conteúdos curriculares” (BRASIL, 2012a, p. 07). 
É possível, nesse contexto, afirmarmos que ao assegurar o direito da criança em brincar, o educador está auxiliando o trabalho 
pedagógico, de qual se extrai a importância da formação lúdica do professor, conforme abordamos na aula anterior. 
Embora consista em um importante aporte didático, não é possível vislumbrar o lúdico apenas como recurso pedagógico, pois não 
se pode perder de vista que o “brincar” é um ato de descoberta, de investigação e de criação (BERNADELLI, 2015, p. 26). 
Trata-se de uma das faces do trabalho pedagógico, mas não o único, não sendo apenas um mero recurso, conforme já mencionado. 
O lúdico tem função destacada no aporte pedagógico: 
[...] as dimensões do lúdico e do artístico na organização do trabalho pedagógico são destacadas, visto que 
possibilitam aos alunos conviver em grupos, tomar decisões, fazer escolhas e descobertas, usufruindo e 
reproduzindo brincadeiras e expressões artísticas que fazem parte do acervo cultural da humanidade. 
Ouvir, cantar, dançar, ler textos verbais e de imagens e desenhar, como práticas em sala de aula provocam 
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nos alunos sensibilidade e prazer (DUBEUX; TELES, 2012, p. 12). 
Andrea Tereza Brito Ferreira e Tícia Cassiany Ferro Cavalcante corroboram mencionando que 
Pensar a prática pedagógica associada às questões do lúdico é considerar que as atividades escolares 
podem, além de desenvolver o aprendizado dos conhecimentos escolares, também gerar prazer, promover a 
interação e a simulação de situações da vida em sociedade (FERREIRA; CAVALCANTE, 2012, p. 6). 
O brincar faz parte do processo do desenvolvimento infantil, seja em relação ao aspecto cognitivo, seja em relação ao aspecto 
afetivo-emocional e social, sendo um instrumento de aprendizado e de compreensão do mundo. É, pois, brincando que “a criança 
aprende a viver, pois a brincadeira e a imitação caminham juntas nesse processo”, isto é, “através da brincadeira de faz-de-conta, a 
criança assimila comportamentos que poderão ser necessários na sua vida adulta” (BERNADELLI, 2015, p. 29). 
As atividades lúdicas podem ser realizadas em ambientes distintos no cenário escolar, por exemplo, em sala de aula, na 
brinquedoteca e também nos pátios. Quando inseridas em sala de aula, como regra, são utilizadas como recursos pedagógicos, que 
visam auxiliar no processo de ensino-aprendizagem (BRASIL, 2012b). 
A participação do educador é de suma relevância nesse contexto, isso porque “o professor desempenha papel fundamental, 
mediando às situações de jogo e criando, também, outras para sistematização dos conhecimentos” (BRAINER; TELES, 2012, p. 23). 
Ademais, a forma como o professor trabalha as atividades lúdicas é de fundamental importância, uma vez que ajuda a criança a 
ampliar sua linguagem, seus conhecimentos e seu desenvolvimento cognitivo e sócio relacional (KISHIMOTO, 2008). 
O educador, portanto, antes de integrar os jogos e as brincadeiras na rotina da sala de aula, precisa pensar o objetivo dessas 
atividades para o aprendizado de todas as crianças, sendo igualmente importante definir o momento e a forma de brincar na sala 
de aula, sendo possível cumular a prática lúdica com outros materiais didáticos: 
“é possível também planejar situações em sala de aula diversificadas, para o desenvolvimento de atividades 
com jogos didáticos, com o objetivo de suprir necessidades como, por exemplo, quando há crianças que 
possuem dificuldades em atender às expectativas de aprendizagem” (FERREIRA; CAVALCANTE, 2012, p. 7). 
É preciso destacar, igualmente, que: 
O jogo pode ou não ter objetivos pedagógicos, mas se for usado em sala de aula para fins de ensino é 
necessário que o professor tenha em mente qual(is) conceito(s), qual(is) habilidade(s) e quais 
procedimentos poderão ser desenvolvidos

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