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TÓPICOS ESPECIAIS 
UNIDADE 1 
 
CIDADANIA E SOCIEDADE 
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM 
Compreender diferentes conceitos de democracia, ética, cidadania e sociodiversidade; 
Verificar os padrões de conduta moral ao longo do tempo e em diversas culturas; 
Identificar a importância da responsabilidade social e os três setores: público, privado e 
terceiro setor para uma sociedade equânime; 
Entender a importância da cultura e da arte no desenvolvimento da sociedade. 
DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA 
TÓPICO 1 
01 / 60 
“O significado mais usual da democracia se refere aos procedimentos e aos 
mecanismos competitivos de escolha de governos através de eleições”, ou seja, 
a democracia é compreendida habitualmente somente como um processo de 
escolha dos nossos representantes legais em todas as esferas, tanto local, 
municipal, estadual quanto federal, no qual a população dessas esferas, por 
meio de seu voto, seleciona e elege o seu representante para legislar em nome 
dessa mesma população. Assim, “podemos considerar que a democracia nada 
mais é do que um sistema de governo, no qual o povo governa para sua própria 
sociedade” (PIERITZ, 2013, p. 133, grifos do original). 
2 A DEMOCRACIA EM PAUTA 
4 Unid 1 Tópico 1 02 / 60 
4 Unid 1 Tópico 1 03 / 60 
Outro fator que não podemos esquecer é que, quando falamos em democracia, 
também falamos de Estado Democrático de Direito. Segundo Cunha (2011, p. 
138), o “Estado de direito [é aquele] que se organiza e opera democraticamente”. 
Nossa Carta Magna de 1988, já em seu preâmbulo, instituiu um Estado 
Democrático de Direito, ou seja, a Constituição da República Federativa do Brasil 
se organizou e definiu suas normativas em prol de um Estado Democrático, no 
qual a democracia deverá ser a base fundamental da República Federativa do 
Brasil. 
2 A DEMOCRACIA EM PAUTA 
5 Unid 1 Tópico 1 04 / 60 
Neste sentido, no que tange à conotação que a democracia tem de competição, 
participação e contestação pacífica do poder, pode-se expor que falar de 
democracia também está atrelado ao conceito do “jogo de poderes”, 
principalmente a disputa e concorrência de cargos em todas as esferas 
governamentais ou não, além da competição entre partidos políticos e outros 
grupos econômicos, políticos, culturais e sociais. 
2 A DEMOCRACIA EM PAUTA 
5 Unid 1 Tópico 1 05 / 60 
Além disso, não podemos esquecer um elemento fundamental da democracia, 
que é a questão da “participação do povo”, em que cada cidadão brasileiro é 
elemento fundamental no processo democrático do Brasil, pois direta ou 
indiretamente é parte do processo democrático instaurado neste país. 
2 A DEMOCRACIA EM PAUTA 
5 Unid 1 Tópico 1 06 / 60 
7 Unid 1 Tópico 1 07 / 60 
08 / 60 Tópico 1 Unid 1 7 
De modo mais abrangente, a ética pode ser conceituada como a área da 
filosofia que investiga o agir humano, tanto aqueles com repercussão social, 
quanto aqueles sem maiores impactos na sociedade, ou seja, não somente os 
atos relativos à convivência com os outros, mas também consigo mesmo. Assim, 
no que tange a esta problemática relativa à ética, Pieritz (2013, p. 3) expõe que 
“a ética não é facilmente explicável, mas todos nós sabemos o que é, pois está 
diretamente relacionada aos nossos costumes e às ações em sociedade, ou seja, 
ao nosso comportamento, ao nosso modo de vida e de convivência com os 
outros integrantes da sociedade”. E que esses valores éticos são construídos 
historicamente pelos povos, de geração em geração. 
3 A QUESTÃO DA ÉTICA 
8 Unid 1 Tópico 1 09 / 60 
O que são valores? Pedro (2014, p. 490) faz um resgate etimológico da 
palavra Axiologia, de origem grega, que significa estudo dos valores ou ciência do 
valor, e aponta para um significado, o da vivência do valor, independentemente 
do valor que for, pois este é experienciado como um fenômeno que se apresenta 
à consciência como tal e como um acontecimento que nos é imediatamente 
dado. 
3 A QUESTÃO DA ÉTICA 
8 Unid 1 Tópico 1 10 / 60 
9 Unid 1 Tópico 1 11 / 60 
12 / 60 Tópico 1 Unid 1 9 
Em outros termos, os problemas éticos permeiam todas as nossas ações em 
sociedade. Neste sentido, vale salientar que “cada sociedade possui suas normas 
de conduta comportamental e seus princípios morais, ou seja, cada grupo social 
constitui o que é certo e errado, o que é o bem e o mal para o seu povo, portanto, 
nem sempre o que é certo para nós pode ser certo para um outro grupo social e 
vice-versa” (PIERITZ, 2013, p. 4). Então, como desvelar esta situação? Como saber 
se estamos no caminho certo? Se estamos fazendo certo ou errado? Ou se 
realmente estamos fazendo o bem ou o mal a alguém? São muitas indagações! 
3 A QUESTÃO DA ÉTICA 
12 Unid 1 Tópico 1 13 / 60 
Podemos expor que deste ponto de vista existem diferenças nítidas entre ética e 
moral, sendo que a ética é generalista e a moral reflete o comportamento 
socialmente construído e legitimado pelo seu povo. Enfim, Tomelin e Tomelin 
(2002, p. 89, grifos do original) complementam expondo que “a palavra ética 
provém do grego ethos e significa hábitos, costumes, e se refere à morada de um 
povo ou sociedade. A palavra moral provém do latim moralis e significa costume, 
conduta”. 
3 A QUESTÃO DA ÉTICA 
12 Unid 1 Tópico 1 14 / 60 
Segundo Aranha e Martins (2003, p. 301, grifos do original), “a MORAL vem do 
latim mos, moris, que significa ‘costume’, ‘maneira de se comportar regulada pelo 
uso’, e de moralis, morale, adjetivo referente ao que é ‘relativo aos costumes’”. 
Assim, a moral é compreendida como um conjunto de regras de condutas 
socialmente admitidas em determinadas épocas ou por um grupo de pessoas, ou 
seja, “a moralidade dos homens é um reflexo direto do modo de ser e conviver em 
sociedade, no qual o caráter, os sentimentos e os costumes determinam o seu 
comportamento individual e social, que foi ou está sendo perpetuado num espaço 
de tempo” (PIERITZ, 2013, p. 35). 
3 A QUESTÃO DA ÉTICA 
12 Unid 1 Tópico 1 15 / 60 
12 Unid 1 Tópico 1 16 / 60 
12 Unid 1 Tópico 1 17 / 60 
Por conseguinte, segundo Pieritz (2013, p. 21, grifo nosso), “a ética é precursora 
da TRANSFORMAÇÃO SOCIAL dos diversos sistemas ou estruturas sociais. 
Sistemas estes que imprimiam suas mudanças sociais, tais como: Capitalismo e 
Socialismo”. Salientando ainda que nesse processo de transformação social 
devemos respeitar a permanência de alguns valores socialmente construídos, 
como a solidariedade, a igualdade e a fraternidade, para que todos possamos 
construir uma sociedade mais justa, ética, democrática e cidadã. 
3 A QUESTÃO DA ÉTICA 
13 Unid 1 Tópico 1 18 / 60 
Cidadania “é um conjunto de direitos e deveres que denotam e fundamentam as 
condições do comportamento de cada indivíduo em relação à sociedade, ou seja, 
a cidadania designa normas de conduta para o convívio social, determinando 
nossas obrigações e direitos perante os outros integrantes da nossa sociedade” 
(PIERITZ, 2013, p. 132). 
4 O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA CIDADANIA 
4 Unid 1 Tópico 1 19 / 60 
4 Unid 1 Tópico 1 20 / 60 
A cidadania expressa os direitos e deveres de todas as pessoas que vivem 
e convivem em sociedade, seja na esfera social, política ou civil, no que tange 
ao respeito a si, ao próximo e ao patrimônio público e privado. Além de que a 
cidadania é participação nos espaços públicos de discussão, a qual permeia as 
questões de democracia e ética de toda a população daquele determinado grupo 
social, político ou econômico. Vale salientar que a cidadania é conquistada pela 
nossa participação nos momentos das discussões e decisões coletivas, portanto a 
cidadania se dá pela participação ativa de nossa vida em sociedade e na vida 
pública. 
21 / 60 
4 O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA CIDADANIA 
Tópico 1 Unid 1 15 
SOCIEDADE E A DIVERSIDADE 
TÓPICO 2 
22 / 60 
A diversidade cultural e a desigualdade social, apesar de terem conceitos 
distintos, desempenham uma ampla relaçãoentre seus termos, isto é, quanto 
maior for a diversidade cultural, maior será a desigualdade social. 
Neste sentido, Gomes (2012, p. 678) afirma que “a diversidade, entendida 
como construção histórica, social, cultural e política das diferenças, realiza-se 
em meio às relações de poder e ao crescimento das desigualdades e da crise 
econômica que se acentuam no contexto nacional e internacional”. 
2 CONCEITOS DE DIVERSIDADE CULTURAL E 
DESIGUALDADE SOCIAL 
21 Unid 1 Tópico 2 23 / 60 
A diversidade no contexto cultural significa uma grande quantidade de coisas, 
ações, pensamentos, ideias e pessoas que se diferenciam entre si dentro de 
grupos sociais ou dentro de uma mesma sociedade, e os mesmos são passíveis 
de discussão, apelos, protestos, discórdia e geralmente acabam em conflitos, 
chegando até às desigualdades sociais. 
3 DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL 
22 Unid 1 Tópico 2 24 / 60 
A pobreza: é uma condição que faz parte de um determinado grupo de pessoas 
que vivem à margem da sociedade, que são carentes dos recursos existentes, 
como moradia, alimentação, situação financeira etc. O que, na visão de alguns 
autores, é a condição que mais degrada o ser humano e a que mais se aproxima 
e se identifica como um fator ou um elemento causal do desequilíbrio 
econômico e da desigualdade social. 
Raça: trata-se da discriminação social, o que é muito presente nos dias de hoje 
por alguns grupos inescrupulosos que agridem com palavras ou pela violência 
física pessoas que não são da mesma etnia, não têm a mesma cor da pele, ou 
são de diferentes religiões ou, até mesmo, por causa de seu comportamento 
sexual. 
3 DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL 
22 Unid 1 Tópico 2 25 / 60 
Mulher: infelizmente, as estatísticas comprovam que apesar das várias leis 
existentes, no caso específico da Lei Maria da Penha, instituída para a proteção 
da integridade da mulher brasileira contra casos de violência doméstica, ainda 
existem casos absurdos de desrespeito à dignidade humana, não discriminando 
raça, religião ou posição social. 
Homossexualidade: é o comportamento sexual entre pessoas do mesmo sexo, e 
para alguns indivíduos esse tipo de comportamento fere as normas de conduta 
universal. No entanto, já existem projetos no Congresso Nacional que criminalizam 
certas atitudes discriminatórias contra essa parcela da sociedade, o que significa 
um avanço na busca de um espaço alternativo, o que é perfeitamente 
compreensivo em uma sociedade cultural democrática. 
3 DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL 
23 Unid 1 Tópico 2 26 / 60 
Neste sentido, surgem algumas perguntas relacionadas à diversidade humana e 
seus direitos: se “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza”, tendo reconhecidas suas individualidades de homem e mulher como 
cidadãos, por que tanto se discute sobre as “questões de gênero”? Será que essa 
ideologia propõe a valorização da pessoa humana? Ou está disposta a trazer 
divisão, confusão de ideias ou até mesmo a negação da ordem natural? Ao 
privilegiar determinados grupos em detrimento de outros, não estaria 
contrariando a própria Constituição? 
3 DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL 
23 Unid 1 Tópico 2 27 / 60 
Nessa perspectiva, percebemos que “somos todos iguais como seres humanos. 
Por isso devemos combater qualquer forma de discriminação e de arrogância, 
agindo solidariamente uns com os outros” (AQUINO et al., 2002, p. 16). O ser 
humano veio ao mundo não somente para compor ou contribuir para o 
povoamento da Terra, mas para ser útil, participativo, democrático, ético, moral 
e solidário para com os seus semelhantes. 
3 DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL 
23 Unid 1 Tópico 2 28 / 60 
Sem diversidade não há estímulos para pensar diferente, não há estímulos 
para pensar no princípio da igualdade. Portanto, pensar diferente é o caminho 
para viver e compreender o sentimento solidário que devemos ter. Apesar de 
que, no dia a dia, relacionar-se com as inúmeras diferenças humanas e sociais 
do mundo atual nem sempre traz harmonia. 
3 DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL 
29 Unid 1 Tópico 2 29 / 60 
Lutamos em favor da inclusão escolar, em favor de currículos mais inclusivos, 
abertos às diferenças sociais, psíquicas, físicas, culturais, religiosas, raciais e 
ideológicas, no intuito de respeitar o caráter plural da nossa sociedade, 
contribuindo para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, aptos a 
compreender como as coisas são e por que são assim. O principal objetivo é a 
possibilidade da mudança, da construção de uma ordem social mais justa e 
menos excludente. Sendo isso um legado do presente para as gerações futuras, 
o que pode ser uma prática aprendida e reproduzida a partir da família e da 
escola, que são os agentes formadores de opinião, e que juntamente com a 
sociedade esses agentes irão definir o sucesso ou o fracasso no contexto social. 
4 INCLUSÃO ESCOLAR E SOCIAL DA DIVERSIDADE 
30 Unid 1 Tópico 2 29 / 60 
“[...] a educação escolar não pode ser pensada nem realizada senão a partir da 
ideia de uma formação integral do aluno – segundo suas capacidades e seus 
talentos – e de um ensino participativo, solidário, acolhedor” (MANTOAN, 2006, 
p. 9). Reverter o que historicamente foi construído é difícil, implica em construir 
alternativas que possibilitem a emancipação social dos diferentes sujeitos, 
fazendo uma clara opção política por um compromisso contra as discriminações, 
as desigualdades e o respeito à diversidade cultural. 
5 INCLUSÃO ESCOLAR E SOCIAL DA DIVERSIDADE 
HUMANA 
31 Unid 1 Tópico 2 29 / 60 
O que, de acordo com Mantoan (2006, p. 9, grifo do original), trata-se de um 
trabalho de “‘ressignificação’ do papel da escola com professores, pais e 
comunidades interessadas, bem como de adoção de formas mais solidárias e 
plurais de convivência. Para terem direito à escola, não são os alunos que devem 
mudar, mas a própria escola!”. E a autora continua: “O direito à educação é 
natural e indisponível. Por isso, não faço acordos quando me proponho a lutar 
por uma escola para todos, sem discriminações, sem ensino à parte para os mais 
e para os menos privilegiados”. 
5 INCLUSÃO ESCOLAR E SOCIAL DA DIVERSIDADE 
HUMANA 
31 Unid 1 Tópico 2 32 / 60 
Estamos nos referindo ao processo de educação e aprendizagem, e já ficou 
evidente que esse é o caminho. No entanto, é preciso levantar algumas bandeiras 
e eliminar algumas barreiras, principalmente as do descaso, da arrogância e da 
intolerância, que são ações que principiam e dão origem ao preconceito e à 
desigualdade social, que, pelo visto, parece povoar e circular por quase todas as 
fases da questão educacional. A começar pelas dificuldades de acesso à educação 
de base, ou pela falta de espaço adequado, não só em termos de locomoção e 
acesso, mas, principalmente, para aquelas pessoas com certo grau de dificuldades. 
5 INCLUSÃO ESCOLAR E SOCIAL DA DIVERSIDADE 
HUMANA 
36 Unid 1 Tópico 2 33 / 60 
A exclusão e a inclusão social das diferenças são formas de construção e 
desconstrução de uma variedade de elementos históricos e atuais, distintos e 
circunstanciais e que, muitas vezes, vão além da nossa compreensão. De acordo 
com o que vimos, percebemos que uma das verdades absolutas é que: sempre 
haverá o eu e o outro, e esse outro será sempre diferente do eu, e essa diferença 
continuará sendo o fio condutor responsável pela diversidade cultural e pelos 
diversos tipos de conflitos sociais, seja no sentido negativo ou no sentido positivo. 
6 CONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃO DO SABER 
APRENDIDO 
37 Unid 1 Tópico 2 34 / 60 
MULTICULTURALISMO: VIOLÊNCIA, 
TOLERÂNCIA/INTOLERÂNCIA E 
RELAÇÕES DE GÊNERO 
TÓPICO 3 
35 / 60 
Como a própria etimologia da palavra nos sugere, o termo “multi” significa 
vários; o termo “culturalismo” refere-se à cultura; e o sufixo “ismo” está 
associado às posições assumidas ou ideiasaceitas sobre a possibilidade 
do conhecimento, ou seja, no caso do multiculturalismo significa uma posição 
assumida sobre as diferentes relações entre as várias culturas. 
2 CONCEITUANDO MULTICULTURALISMO 
39 Unid 1 Tópico 3 36 / 60 
O multiculturalismo é pluralista, porque as diferenças coexistem em um mesmo 
país ou região. Ali convivem diferentes culturas, valores e tradições. Há o diálogo 
e convivência pacífica entre as culturas diversas. No entanto, esta coexistência 
pacífica não significa negar as diferenças entre as culturas, nem homogeneizá- 
las, mas compreendê-las a partir de uma visão dialética sobre os termos 
igualdade e diferença, na medida em que não se pode falar em igualdade 
sem levar em conta as diferenças culturais, e não se pode relacionar a diferença 
como medida de valor. 
2 CONCEITUANDO MULTICULTURALISMO 
40 Unid 1 Tópico 3 37 / 60 
Segundo Silva (2000), o multiculturalismo teve início em países em que a 
diversidade cultural era vista como um problema para a construção da unidade 
nacional. Muitas nações construíram suas identidades por intermédio de 
processos autoritários, pela imposição de uma cultura, dita superior, a todos 
os membros da sociedade. 
3 SURGIMENTO DO MULTICULTURALISMO 
41 Unid 1 Tópico 3 38 / 60 
Entre as áreas de conhecimento podemos destacar os campos da Antropologia 
Cultural, Psicologia Social, História e Sociologia, que abordam diferentes 
problemas relativos ao multiculturalismo. Algumas áreas se ocupam do ponto de 
vista histórico do movimento, outras se ocupam da genealogia dos mesmos, 
outras se ocupam dos processos políticos e sociais que os movimentos 
promovem, e ainda, outras áreas se ocupam de aspectos epistemológicos do 
estudo dos movimentos. 
4 ÁREAS DE CONHECIMENTO QUE ABRIGAM O 
MULTICULTURALISMO 
42 Unid 1 Tópico 3 39 / 60 
5 MOVIMENTO FEMINISTA 
5.1 FEMINISMO 
O principal objetivo do movimento feminista não foi alcançar a igualdade entre 
homens e mulheres, mas sim a equidade entre eles. Para assegurar a igualdade não 
deve ser necessário que as mulheres assumam posturas “masculinas”. Elas devem 
preservar suas identidades. Por isso a ideia de “equidade” e não igualdade. 
43 Unid 1 Tópico 3 40 / 60 
5 MOVIMENTO FEMINISTA 
5.2 A PRIMEIRA ONDA FEMINISTA 
Esse primeiro momento do feminismo, chamado “Primeira Onda Feminista”, 
refere-se a um período extenso de atividade feminista ocorrido durante o século 
XIX e fim do século XX, no Reino Unido, na França e Estados Unidos, que tinha o 
foco originalmente na promoção da igualdade nos direitos contratuais e de 
propriedade para homens e mulheres, e na oposição de casamentos arranjados e 
da propriedade de mulheres casadas (e seus filhos) por seus maridos. No entanto, 
no fim do século XIX, o ativismo passou a se focar, principalmente, na conquista de 
poder político, especialmente o direito ao sufrágio (voto) por parte das mulheres. 
46 Unid 1 Tópico 3 41 / 60 
5 MOVIMENTO FEMINISTA 
5.3 A SEGUNDA ONDA FEMINISTA 
A Segunda Onda Feminista culminou com os movimentos sociais em 
andamento nos Estados Unidos, e o país foi, desta vez, a referência do movimento 
para o restante do mundo. A segunda onda se refere a um período da atividade 
feminista que teve início na década de 60 e durou até o fim da década de 80. 
46 Unid 1 Tópico 3 42 / 60 
5 MOVIMENTO FEMINISTA 
5.4 A TERCEIRA ONDA FEMINISTA E O SURGIMENTO DOS 
ESTUDOS DE GÊNERO 
De acordo com Grossi (2010), o movimento feminista e o movimento gay 
merecem destaque como aqueles que de fato questionaram as relações “afetivo- 
sexuais” no espaço privado. A partir de então, esses questionamentos começaram 
a adentrar o espaço universitário e pesquisas passaram a ser desenvolvidas no 
interior de várias disciplinas. 
48 Unid 1 Tópico 3 43 / 60 
O conceito de gênero surge no Brasil através de pesquisadoras norte-americanas, 
que vão tratar as relações entre homens e mulheres de forma a negar 
as diferenças biológicas como constituidoras das identidades dos seres humanos, 
e introduzir a perspectiva de que somos construídos a partir de determinados 
mecanismos sociais. Uma das pensadoras responsáveis por essa nova perspectiva 
é a autora Joan Scott. 
6 CONCEITUANDO GÊNERO 
48 Unid 1 Tópico 3 44 / 60 
Na visão do escritor argentino Jorge Scala, especialmente em seu livro intitulado 
“Ideologia de Gênero: o neototalitarismo e a morte da família” (2011), bem como 
em uma entrevista sobre o tema (2012), o termo gênero é associado a uma 
ideologia e não a uma teoria ou hipótese, pelo seguinte motivo: 
6 CONCEITUANDO GÊNERO 
49 Unid 1 Tópico 3 45 / 60 
Uma teoria é uma hipótese verificada experimentalmente. Uma ideologia é 
um corpo fechado de ideias, que parte de um pressuposto básico falso – que 
por isto deve impor-se evitando toda análise racional -, e então vão surgindo 
as consequências lógicas desse princípio falso. As ideologias se impõem 
utilizando o sistema educacional formal (escola e universidade) e não formal 
(meios de propaganda), como fizeram os nazistas e os marxistas (SCALA, 
2012, s.p.). 
 
O autor argumenta ainda que o fundamento da ideologia de gênero é falso. 
6 CONCEITUANDO GÊNERO 
49 Unid 1 Tópico 3 46 / 60 
Especialmente nas três últimas décadas, os estudos de gênero passaram a se 
preocupar com várias questões relativas ao universo das relações sociais. Observar a 
realidade a partir da análise de gênero possibilitou novas interpretações sobre o 
comportamento humano e a observação das desigualdades de gênero. Vejamos, a 
seguir, alguns estudos de gênero e suas principais contribuições (vide página 51 a 55. 
7 ESTUDOS DE GÊNERO 
51 Unid 1 Tópico 3 47 / 60 
RESPONSABILIDADE SOCIAL: SETOR 
PÚBLICO, SETOR PRIVADO E 
TERCEIRO SETOR 
TÓPICO 4 
48 / 60 
Toda a realidade relatada anteriormente vem acompanhada do entendimento de 
que cada setor da sociedade tem suas responsabilidades. O setor privado, por mais 
óbvio que seja, não deveria ter participação do setor público. Esse setor também é 
conhecido como ‘iniciativa privada’ e tem papel preponderante na economia e 
desenvolvimento de um país. 
2 SETOR PRIVADO 
63 Unid 1 Tópico 4 49 / 60 
Pode-se afirmar que o terceiro setor não é público nem privado. Ele se situa num 
entremeio, preenchendo lacunas do Estado através de uma atuação na esfera 
privada. Assim, as organizações visam prestar serviços com fins de atender 
demandas sociais em áreas como saúde, educação, cultura etc. 
Seu formato típico não é da Organização Não Governamental (ONG), e sim do 
setor estatal e do setor privado, que visam suprir as falhas do Estado e do setor 
privado no atendimento às necessidades da população, numa relação conjunta. 
3 TERCEIRO SETOR 
64 Unid 1 Tópico 4 50 / 60 
3 TERCEIRO SETOR 
3.1 HISTÓRICO 
O surgimento das Organizações Sociais acontece no contexto de crise do último 
quarto do século XX, a partir da proposta de Estado mínimo nos anos 1980 pelo 
neoliberalismo, que significa a maior redução possível do Estado na economia, o 
que significou um corte nos programas destinados ao apoio da população. Na 
década de 1990 essa proposta começa a se mostrar irreal e se inicia um retorno do 
Estado a uma posição mais atuante. 
65 Unid 1 Tópico 4 51 / 60 
3 TERCEIRO SETOR 
3.1 HISTÓRICO 
Desta forma, o Estado inicia um processo de repensar o desenvolvimento. Ele toma 
para si outros papéis, o de promotor e regulador do desenvolvimento, deixando de 
se responsabilizar diretamente, como o fazia antigamente. Nesse sentido, por um 
lado, ele deixa a função de prestador direto de serviços sociais, principalmente 
saúde e educação, para assumir a sua regulação. Por outro lado, enquanto 
promotor, ele oferece subsídios a esses novos atores que assumirão essa 
atuação direta (BRASIL, 1997b). 
66 Unid 1 Tópico 4 52 / 60 
3 TERCEIRO SETOR 
3.2 REALIDADE DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NO BRASIL 
Possuir um título de Organização Social no Brasil, atualmente,garante o 
recebimento de benefícios do Estado, que abrangem dotações orçamentárias, 
isenções fiscais, subsídios etc. Reiterando que as Organizações Sociais devem 
atender a uma demanda específica da comunidade. Elas se fazem presentes 
atualmente na gestão de hospitais, santas casas, museus, institutos de fomento à 
pesquisa, de projetos voltados a algumas áreas específicas (saúde e cultura, 
esporte, no caso de alguns estados), manutenção de grupos (como a Fundação 
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). 
66 Unid 1 Tópico 4 53 / 60 
Exercendo o papel de pressionar governantes, as ONGs tratam de temas 
relativos a grupos e questões não trabalhadas sistematicamente, entre outras formas 
de atuação política. Como exemplo, podemos citar a questão do meio ambiente. 
Dentro das plataformas dos partidos, recentemente a discussão surgiu, e mesmo 
assim algo ainda raso, que não compreende o problema de forma profunda. 
4 AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS 
68 Unid 1 Tópico 4 54 / 60 
O fato é que as ONGs possuem na realidade brasileira contemporânea uma atuação 
política real e que conseguem pressionar o governo por uma atuação mais social. O 
espaço significa uma atuação política potencial, mas não existem limites das ações. 
Elas “não podem ser vistas de maneira simplista, como substitutas de partidos 
políticos, do Estado ou mesmo dos movimentos sociais. Suas ações têm limites, entre 
eles o fato de serem fragmentadas, atingirem o conjunto da sociedade de forma 
limitada e dependerem de financiamentos pontuais” (PINTO, 2006, p. 667). 
4 AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS 
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CULTURA E ARTE 
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TÓPICO 5 
São os valores culturais que identificam um povo, uma comunidade e cada pessoa. 
É através da cultura que se pode observar e caracterizar a história de vida, os 
costumes, as crenças e os hábitos de um determinado grupo social. José Luiz dos 
Santos (2006, p. 7) descreve que a cultura é uma preocupação do mundo atual, 
buscando “entender os caminhos que conduziram os grupos humanos às suas 
relações presentes e suas perspectivas de futuro”. 
2 CULTURA 
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A cultura pode ser entendida como importante agente para debater o estar 
e ser no mundo, que é entendido como um movimento que está intimamente 
ligado a tudo e a todos os aspectos sociais, culturais, históricos e filosóficos. 
Segundo José Luiz dos Santos (2006, p. 8), “cada realidade cultural tem sua lógica 
interna, que devemos conhecer para que façam sentido suas práticas, costumes, 
concepções e as transformações pelas quais passam”. 
2 CULTURA 
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A palavra arte deriva do latim ars, artis, que significa profissão ou habilidade 
natural ou adquirida. Também corresponde ao termo grego tékhne, “técnica”, que 
significa “toda atividade humana submetida a regras em vista da fabricação de 
alguma coisa” (CHAUÍ, 2003, p. 275). Este conceito também se tem na cultura 
greco-romana, que significava ofício. Assim, a primeira definição da arte estava 
ligada ao propósito de fazer ou produzir. A segunda definição de arte é 
compreendida como conhecimento, visão ou contemplação, isto significa que a 
obra pode retratar aspectos históricos, sociais e educativos. Já a terceira definição 
está ligada à arte como expressão, que é uma experiência com o sensível. 
3 ARTE 
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Nota-se que a arte é uma ciência do conhecimento que representa um elo entre o 
passado, o presente e o futuro, pois demonstra o pensar, o agir e todos os aspectos 
culturais existentes desde o homem primitivo até o homem contemporâneo. 
A arte pertence à cultura erudita, que são as artes desenvolvidas a partir de um 
conhecimento acadêmico, são aquelas que estão dentro de lugares como 
galerias de arte e museus, mas também, a arte faz parte da cultura popular, e 
este conhecimento popular é reconhecido como patrimônio cultural. 
3 ARTE 
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