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Imunologia Aplicada À Medicina Luiza Marinho Motta Santa Rosa – 73 A (2021/1) Caso clínico: IgG, IgA e IgE < VR; IgM > VR [Souza A. H. et al, SBPT, 2014]. Síndrome de hiper IgM, não ocorre troca de isotipos. IDP por mutação no CD40L, rara (1: 100.000 nascimentos). Linfócitos Estágios de maturação iguais, todos na MO. Subpopulações: o B circulantes (B foliculares) o B Zona Marginal o B-1 Estrutura igual ao anticorpo: 2 cadeias pesadas (isotipo Ig) e 2 leves (lambda ou kappa). Pré-BCR Cadeia pesada Mu formada; recombinação VDJ ocorreu para ela. Cadeia leve substituta (transitória). Ponto de controle: presença de pré-BCR formado adequadamente. Organização das linhagens germinativas nos lócus da Ig Parte constante relacionada a cadeia µ (IgM), δ (IgD), γ (IgG), α (IgA) e ε (IgE). Primeira cadeia a ser formada é sempre µ. o Proliferação das células pré-B (+ linfócitos úteis); o Estimulação da recombinação da cadeia leve kappa. LB imaturo o BCR formado; Cadeia leve expressa – lambda (40%) e kappa (60% primeira é k). Ponto de controle relacionado ao BCR e testagem com antígeno próprio: Fraco – selecionado; Forte – edição do receptor (substituição da cadeia k pela lambda). Seleção positiva se passar a ser fraco. LB maduro o BCR já selecionado; Órgão linfoide periférico, mais uma etapa – processamento. Splicing alternativo do RNA com a porção constante (não envolve VDJ). Ocorre no órgão linfoide periférico, por isso nomenclatura de maduro. Ocorre para LB folicular (B-FO). Maturação e ativação dos LB Imunologia Aplicada À Medicina Luiza Marinho Motta Santa Rosa – 73 A (2021/1) Subgrupos de LB B-1: formado no fígado fetal. CTH tem todos os estágios de maturação (IgM). B-2: CTH da MO, maturação até B folicular (IgM e IgD) e B da zona marginal (IgM). Expressam receptores diferentes. B foliculares Maioria das células B, fazem recirculação. Produz IgM e IgD, coexpressa cadeias pesadas µ e δ. o Splicing alternativo para que passe a expressar δ. o Mantém éxon VDJ. o Receptores de membrana com mesma especificidade. Linfócitos B-1 Autorrenovável, encontrada no peritônio e mucosas, derivadas do fígado fetal. Diversidade limitada de BCR (TdT não expressa no FF – enzima que adiciona nucleotídeo). Responsável por secretar espontaneamente IgM em resposta a lipídios e polissacarídeos; resposta a flora microbiana. Produz maioria dos anticorpos naturais, sistema ABO. B-2 da zona marginal o Localizada nas proximidades do seio marginal no baço. Semelhantes a B-1, diversidade BCR limitada; resposta a antígenos polissacarídeos e geração de anticorpos naturais. Podem mediar respostas timo-dependentes, + independentes. Ativação dos LB Fase da resposta imune humoral 1º sinal: sempre BCR. Resposta timo-dependente ou outros sinais (independente). Timo-dependente Antígenos proteicos 2º sinal: LT auxiliar (CD40L) o Plasmócito de vida longa e célula B de memória, por isso resposta secundária. Timo-independente Antígenos multivalentes 2º sinal: ligação cruzada BCR ou receptores inatos (Ex. Tipo Toll) Subpopulações associadas a tipos distintos de respostas de anticorpos. Interação BCR-Ag LB alojados nos folículos, Ag deve chegar até lá. Antígenos menores → vasos linfáticos aferentes; Antígenos maiores → macrófagos e células dendríticas. Antígenos em imunocomplexo → possível ligação a receptores do complemento, como CR2 = células dendríticas foliculares. o São captados não fagocitados! (macrófagos no seio subcapsular e células dendríticas na medula) o BCR não interage com MHC, fagocitose envolve esse processamento e apresentação. Imunologia Aplicada À Medicina Luiza Marinho Motta Santa Rosa – 73 A (2021/1) o Antígeno apresentado para LB geralmente com conformação intacta nativa. Respostas funcionais induzidas pela ligação: Ligação cruzada (pode ocorrer na independente, mas ainda necessita LT CD4), menos comum para antígenos proteicos por não apresentar domínios repetidos. Sem ela pode alterar expressão do receptor de quimiocina e promover endocitose do ag., mas é insuficiente para induzir proliferação e diferenciação de LB. *CCR7 é receptor de quimiocina. Timo-independente Polissacarídeos, glicolipídios e ácidos nucleicos; maioria multivalentes (epítopos idênticos repetidos). Não processados e apresentados via MHC. Segundo sinal: o Ligação cruzada BCR; o Ativação receptor inato (TLRs); o Ativam sistema do complemento, gerando C3d que liga ao antígeno e é reconhecido por CR2. Pouca troca de isotipo; anticorpos naturais (patógenos da própria microbiota). Timo-dependente Ativação das células B e T, migração para que se encontrem. Interação inicial com geração de plasmócitos de vida curta e reação no centro germinativo. Participação de célula T auxiliar extrafolicular; plasmócito não migra. Abrem mão de seus receptores para interação → alteração no receptor do LB para interagir com LT (expressão aumentada de CCR7). Alteração dos receptores de quimiocinas, “complementares” para encontro. Apresentação de antígenos pelas LB, interação com LT CD4 (já ativado para que haja 2º sinal). Expressa CD40 L – ligação com CD40; LB são ativadas pelo engajamento com ele, leva sinalização = auxílio, estímulo para produção de anticorpos melhores, plasmócito de vida longa, gerar memória. Mutações no CD40L Síndrome da hiper-IgM ligada ao X: defeitos na produção de anticorpos, troca de isotipos, maturação de afinidade e geração de LB de memória. Vírus Epstein-Barr (EBV) Capaz de infectar LB e induzir sua proliferação, levando ao desenvolvimento de linfomas. Proteína do EBV se associas às mesmas moléculas que CD40 (mimetiza CD40L) e aciona a proliferação. Imunologia Aplicada À Medicina Luiza Marinho Motta Santa Rosa – 73 A (2021/1) Centro germinativo o Reação inicialmente na borda do folicular, migra para ele. Depende da presença das FDC = células dendríticas foliculares Localizada nos folículos linfoides; apresentação do antígeno para LB no centro germinativo. Não é CD normal (APC) → não expressam MHC II e não são derivadas da medula. *Célula T presente é chamada de folicular. Ocorre 2ª interação – para ela é necessário BCR- MHC; CD40-CD40L e citocinas. Levam à sinalização interna no LB. Troca de isotipo o Ocorre na zona clara, interações citadas. Citocinas indicam qual isotipo de imunoglobulina o LB vai passar a secretar. Recombinação de troca, alteração na expressão da cadeia pesada. VDJ não muda. Ligação do CD40 induz enzima AID (deaminase induzida por ativação) que leva sinais ao DNA que será rearranjado. Dirigida para regiões de troca de modo pouco conhecido. Maturação de afinidade o Hipermutação somática; anticorpo liga com mais força ao antígeno. Mutações pontuais ocorrem na região variável (VDJ só no órgão primário), apenas em anticorpo T-dependentes – especialmente regiões determinantes de complementariedade (CDRs). Mais mutações em IgG que IgM (avaliar teste de avidez de IgG); Enzima AID envolvida; Mutações geram anticorpos de alta afinidade, outras geram perda ou declínio da capacidade de ligação ao antígeno → seleção. Seleção no centro germinativo Migração para zona clara, rica em FDCs. Apoptose se não houver reconhecimento antigênico. Alta afinidade: • Ligação ao antígeno em baixas concentrações; • Endocitam preferencialmente o antígeno e interagem com Tfh recebendosinais para sobrevivência. Diferenciação LB em plasmócitos Plasmócitos de vida curta: resposta T-independente e início da T-dependente. Plasmócitos de vida longa: T-dependente. Produzem anticorpos por muito tempo, migram novamente para a medula (não é LB de memória, não produz). o Alteração nas cadeias pesadas das Ig da forma de membrana para a secretada; célula aumenta de tamanho. Geração LB de memória Durante reação no centro germinativo; Respostas T-dependentes (interação CD4); Respostas rápidas diante de introdução do antígeno. Imunologia Aplicada À Medicina Luiza Marinho Motta Santa Rosa – 73 A (2021/1) Feedback de anticorpos Regulação negativa das respostas por receptores Fc, garantir que não seja exacerbada. o Imunocomplexos se ligam ao receptor pela região Fc; Motivo de inibição ITIM (ITAM é ativação) bloqueia sinalização de BCR.
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