Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE FÍSICA LICENCIATURA FSC 1024 – FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I TURMA 10 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA MECÂNICA E FORÇA DE ATRITO Relatório de aula prática Discente: Allana Silveira Docente: Rogério Jose Baierle Santa Maria, 05 de julho de 2022 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVO O objetivo deste experimento é mostrar a transformação da Energia Potencial Gravitacional em Energia Cinética, ilustrando a Conservação da Energia Mecânica. Caso não haja a conservação da energia mecânica será explicitada a força de atrito. 2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO Lei de Conservação da Energia “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” Conservação de energia mecânica é um princípio da física, que afirma que toda a energia de um sistema isolado (sem forças dissipativas, por exemplo, o atrito) permanece constante. Nesse caso conservação refere-se a algo que não muda, sistema é o título que damos a um conjunto de objetos que escolhemos para condizer com nossas equações. De maneira simples, pode-se dizer que a energia pode ser transformada de uma forma para outra e transferida de um objeto para o outro, mas a quantidade total é sempre a mesma. A energia mecânica é a soma da energia cinética e da energia potencial de um sistema. • Energia cinética Energia cinética é o tipo de energia que está relacionada ao estado de movimento, qualquer objeto que porte velocidade a possui. É uma grandeza escalar e sua unidade no S.I (sistema internacional de unidades) é o Joule (J). 𝐾 = 𝑚𝑣2 2 (1) 𝑂𝑛𝑑𝑒: 𝐾 → 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑚 → 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 (𝐾𝑔) 𝑣 → 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ( 𝑚 𝑠 ) A partir disso, deduz-se que se duplicarmos a massa de um corpo, mantendo sua velocidade, a sua energia cinética também irá duplicar. Contudo, a velocidade está elevada ao quadrado, então se o seu valor duplicar e sua massa permanecer constante, a energia cinética será quadruplicada. • Teorema da energia cinética O trabalho da força resultante sobre um corpo terá uma relação direta com a variação da energia cinética. O responsável por estabelecer esta relação é o chamado Teorema da Energia Cinética e ele está determinado na seguinte equação: 𝑊 = ∆𝐸𝑐 (2) 𝑊 → 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙 tan 𝑡 𝑒 ∆𝐸𝑐 → 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎 • Energia potencial É a energia que está armazenada em um corpo ou sistema fechado e que pode ser utilizada a qualquer momento para realizar trabalho, ou seja, é a energia que está pronta para ser transformada em outras formas de energia. Não há sentido em tratarmos de energia potencial sem estabelecermos um referencial no qual ela será nula. Quando a energia potencial de um corpo aumenta ou diminui em módulo sob a ação de forças conservativas, dizemos que essas forças realizaram trabalho sobre ele. A energia pode ser transferida de um corpo para outro através da aplicação de uma força, o trabalho mede quanto de energia pode ser transferida por uma força de acordo com uma determinada distância de deslocamento. A energia potencial pode ser transformada em outras formas de energia, como a energia potencial gravitacional e a energia potencial elástica, nesta aula trabalhamos apenas com a conversão da primeira forma. • Energia potencial gravitacional A energia potencial gravitacional é a energia acumulada em um objeto situado a uma certa altura em um determinado referencial, é a energia que o corpo possui devido a atração gravitacional da Terra. A unidade da energia potencial gravitacional no Sistema Internacional é J (joule). 𝑈𝑔 = 𝑚.𝑔. ℎ (3) 𝑂𝑛𝑑𝑒: 𝑚 → 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 (𝐾𝑔) 𝑔 → 𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ( 𝑚 𝑠2 ) ℎ → 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑚) • Força de atrito Força que surge contrária ao movimento, dificultando a movimentação, pode ser estático para corpos em repouso ou dinâmico para corpos em movimento, neste experimento dispomos do atrito dinâmico. O atrito transforma a energia mecânica em uma forma menos eficiente de energia. A unidade da força de atrito no Sistema Internacional é o N (Newton). 𝐹 = 𝜇𝑘. 𝑁 (4) 𝑂𝑛𝑑𝑒: 𝐹 → 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 𝜇𝑘 → 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑜 𝑁 → 𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 • Força normal A força normal é perpendicular a superfície, oposta a força peso, mesmo módulo e sentido contrário, mas não forma par ação-reação. A Terceira lei de Newton diz que a ação e a reação são forças aplicadas em corpos diferentes. O peso é o resultado da atração gravitacional sofrida pelo objeto em relação à Terra, e a normal é uma força feita pela superfície também sobre o objeto. 𝑁 = 𝑃 = 𝑚. 𝑔 (5) 𝑁 → 𝑁𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 (𝑁) 𝑃 → 𝑃𝑒𝑠𝑜 (𝑁) 𝑚 → 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 (𝐾𝑔) 𝑔 → 𝐺𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ( 𝑚 𝑠2 ) • Trabalho Transferência de energia para um corpo ou um sistema em razão da ação de uma força. O trabalho exercido por uma força produz a variação na energia cinética do sistema. O trabalho é uma grandeza escalar, fica definido com um valor numérico e unidade. 𝑊 = 𝐹. 𝑑. cos Θ (6) 𝑂𝑛𝑑𝑒: 𝑊 → 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 (𝐽) 𝐹 → 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 (𝑁) 𝑑 → 𝐷𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑚) 3. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL Equipamentos utilizados: - Trilho de ar inclinado; - Carrinho; - Cronômetros eletrônicos; - Fotocélula; - Régua milimetrada. Alguns dados medidos e utilizados no decorrer do experimento: Massa do carrinho de ar= 0, 22177 Kg Distância entre as fotocélulas= 0, 04 m Deslocamento no trilho= 0, 82 m Θ = 180° Inicia-se o experimento em um trilho de ar inclinado com um ”carrinho” que parte com velocidade inicial nula, em cada linha da Tabela 1 estão explicitadas as medições para cada altura adicional. No decorrer foram utilizadas as formulas correspondentes para cada dado buscado, afim de provar a conservação de energia. Na tabela seguinte constam os dados que foram obtidos durante o experimento: Medida h (cm) ∆ t (s) V (m/s) Ug (J) K (J) ∆ E (J) 𝜇𝑘 Fat (N) Wat (J) 1 2, 5 0, 064 0, 625 0, 052 0, 0433 -0, 0087 0, 0098 0, 0213 0, 0175 2 5, 3 0, 093 0, 930 0, 115 0, 0959 -0, 0191 0, 0107 0, 0232 0, 0190 3 6, 5 0, 039 1, 025 0, 141 0, 1164 -0, 0246 0, 0137 0, 0298 0, 0244 4 8 0, 036 1, 111 0, 174 0, 1368 -0, 0372 0, 0208 0, 0452 0, 0371 5 9, 2 0, 033 1, 212 0, 200 0, 1628 -0, 0372 0, 0208 0, 0452 0, 0371 (Tabela 1) - Coluna 2 e 3: Altura (h) foi medida com a régua milimetrada e o tempo (∆𝑡 ) com a ajuda de um cronometro eletrônico. - Coluna 4: Desenvolveu-se o cálculo da velocidade, pela fórmula (eq. 4), como a distância entre as fotocélulas é curta (0, 04 m), admite-se o cálculo da velocidade instantânea. - Coluna 5: Cálculo da energia potencial gravitacional, fórmula (eq. 3). - Coluna 6: Variação de energia cinética, fórmula (eq. 1). - Coluna 7: Em seguimento, consideramos a energia mecânica. Quando dizemos que a energia mecânica é conservada, isso significa que a soma da energia cinética com a energia potencial é igual em todos os instantes e em qualquer posição. Observando na tabela é possível dizer que ocorre a alteração da energia mecânica, isso acontece em virtude de forças dissipativas. - Coluna 8: Como não houve a conservação de energia, temos o coeficiente de atrito pelo Teorema da energia cinética (eq. 2). - Coluna 9: O coeficiente de atrito dinâmico (𝜇𝑘 ) calculado através do Teorema da energia cinética (eq. 2) - Coluna 10: Força de atrito (eq.4) - Coluna 11: Trabalho da força de atrito (eq. 6) 4. CONCLUSÃO Como o sistema não é totalmente isolado mesmo que as forças dissipativas sejam fracasa energia acaba por não se conservar. Lei de Conservação da Energia
Compartilhar