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INTRODUÇÃO: -A glândula mamária, é um órgão par, que se situa na parede anterior e superior do tórax, apoiada sobre o músculo peitoral maior. Se estendendo da 2ª a 6ª costela no plano vertical e do esterno à linha axilar anterior no plano horizontal. -A mama feminina é composta por lobos (glândulas produtoras de leite), por ductos (pequenos tubos que transportam o leite dos lobos ao mamilo) e por estroma (tecido adiposo e tecido conjuntivo que envolve os ductos e lobos além de vasos sanguíneos e vasos linfáticos). -As glândulas mamárias são glândulas sudoríparas apócrinas modificadas. Elas possuem uma estrutura dinâmica, o que significa que a sua anatomia muda dependendo da idade da mulher, fase do ciclo menstrual e status reprodutivo. -As glândulas são ativas na mulher adulta após o parto (período puerperal). Neste período, o hormônio hipofisário conhecido como prolactina estimula a produção de leite pela glândula, enquanto o hormônio hipotalâmico chamado ocitocina estimula a ejeção do leite através do mamilo. E, fora do período puerperal as glândulas são menos abundantes, com a maior parte do tecido mamário preenchido por tecido adiposo. DRENAGEM LINFÁTICA DA MAMA: -É muito importante, especialmente do ponto de vista da patologia, devido ao fato de que os carcinomas mamários tendem a se espalhar viajando através dos vasos linfáticos, criando depósitos metastáticos em partes distantes do corpo. Por isso, por exemplo, na maioria dos casos de câncer de mama, na cirurgia já se faz a linfadenectomia, evitando o risco de proliferação desse câncer. CLASSIFICAÇÃO DAS PATOLOGIAS DA MAMA: -As patologias da mama podem ser classificadas como: Benignas;ü Tumor filoides (benigno ou maligno);ü Carcinomas.ü -As patologias benignas mais comuns ocorrem nas mulheres pré-menopausadas e as malignas nas pós-menopausadas. OBS: CA de mama em pacientes mais jovens, apesar de menos comum, são bem mais agressivos do que em mulheres mais velhas. ALTERAÇÕES FUNCIONAIS BENIGNAS DA MAMA (AFBM): -AFBM é um termo utilizado para representar as alterações benignas mais frequentes das mamas, as quais incluem a tríade clínica clássica: Dor mamária cíclica;1. Adensamentos;2. Cistos.3. -O pico de incidência é aos 25-45 anos de idade e, a investigação clínica se dá a partir da anamnese, EF e US das mamas. E, o tratamento deve variar de acordo com a queixa principal da paciente. -Quadro clínico: mastalgia cíclica, fluxo papilar, nodularidades e cistos. -Diagnóstico é essencialmente clínico. -Tratamento: orientação (falar para a paciente que é normal e que ela vai precisar fazer acompanhamento clínico, mas temos que tranquilizar essa paciente), cistos (fazemos punção), nódulos dominantes (fazemos PAAF ou nodulectomia). FLUXO PAPILAR: -Define-se o fluxo papilar como aparecimento de secreção pela papila (mamilo) fora do ciclo gravídico-puerperal. A secreção láctea é denominada galactorreia e a não láctea telorréia. -Representa sintoma responsável por 5-10% das queixas no ambulatório de mastologia. Sendo mais prevalente durante a fase reprodutiva da mulher e, principalmente, em mulheres que já tiveram filhos. MASTITES: -As mastites são inflamações do tecido mamário, em geral acompanhada de infecções. E, são comumente associadas ao período de amamentação, porém podem ocorrer na mulher não lactante, em homens e em crianças. -Sinais e sintomas: a paciente com mastite tem dor local, associado ao aumento da temperatura local e vermelhidão da pele, podendo haver abaulamento local ou aumento do volume mamário associado. Pode ou não haver febre e queda do estado geral. E, os exames laboratoriais podem demonstrar leucocitose e aumento dos mediadores inflamatórios. -Tipos: Lactacionais ou puerperais: associada a lactação do RN, é a mais comum. Estando associada a dificuldades na amamentação, acúmulo de leite e lesões no mamilo do tipo fissuras. 1. Não-lactacionais: mastite periareolar recidivante, de ectasia ductal, tuberculose mamária, micótica, lúpica, virais. É a menos comum. 2. Formas especiais: doença de Mondor, mastite por óleo orgânico e esteatonecrose. 3. -Diagnóstico: essencialmente clínico (anamnese e EF), podendo ser realizada biópsia e cultura para comprovação do diagnóstico, do agente infecciosos e do tratamento adequado. -Tratamento: Mastite epidêmica: clindamicina ou cefazolina 600mg 6/6h ou 2,0g 8/8h IV + metronidazol ou levofloxacino 500mg 8/8h ou 500mg/dia. ü Mastite endêmica: cefalexina 500mg 6/6h VO e clindamicina 600mg 6/6h VO.ü Procedimentos cirúrgicos podem ser necessários em casos de abscessos e fístulas mamárias. ü FIBROADENOMA: -Fibroadenoma é um tipo de nódulo sólido na mama, não cancerígeno, mais comum em adolescentes e mulheres até os 30 anos. Normalmente, esse tipo de tumor não causa dor, mas pode ser palpável. E, sua fisiopatologia é desconhecida, porém existe associação com a resposta exacerbada dos lóbulos e do estroma mamário aos estímulos hormonais que ocorrem após a menarca. -Lesões benignas de formato nodular que possuem crescimento limitado, geralmente medindo entre 2-3cm. Podendo ser localizados geralmente no quadrante superior lateral, mas podem ocorrer em qualquer quadrante. -Têm característica dura (sólido), móvel, liso e indolor. E, na maioria das vezes é único. -Clínica: nódulo palpável com USG de mama podendo auxiliar no diagnóstico. -Tratamento: expectante com possibilidade de exérese de lesão. TUMOR FILOIDE: -Tumor de mama raro não epitelial, que pode ser benigno ou maligno, correspondente a 0,3-0,9% das neoplasias mamárias. -Incide em geral na 4ª e 5ª década de vida. -São tumores volumosos de crescimento rápido, móveis e de consistência elástica. -O tratamento é a tumorectomia com retirada de margem de 1-2cm. Mas, a mastectomia pode ser mais apropriada se a massa for grande ou a histologia sugerir câncer de mama. Radioterapia pode ser recomendada em alguns casos. -O prognóstico geralmente é bom, a não ser que haja metástases (geralmente pulmonares). Profº Eduardo Cristalino Ou em água de rocha = sinal de alerta Mastite lactacional MAMAS quarta-feira, 22 de junho de 2022 09:28
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