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AULA 2-NUTR GESTANTE-AV NUTR PLANEJ DIETETICO 2018

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NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO 
AV. NUTRICIONAL& PLANEJ. DIETÉTICO 
 
 
 
PROF.ª ALICE BOUSKELÁ 
AGOSTO/2018 
DISCIPLINA: BASES DA DIETÉTICA (5º PERÍODO) 
MÓDULO: NUTRIÇÃO MATERNO-INFANTIL 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
 
 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
OBJETIVOS: 
 
 Identificar as gestantes com desvio ponderal no início da gestação; 
 
 Detectar as gestantes com ganho de peso menor ou excessivo para a 
idade gestacional em função do estado nutricional prévio; 
 
 Fornecer base para elaboração de condutas adequadas, visando 
melhorar o estado nutricional materno, suas condições para o parto e as 
condições ao nascer. 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
MEDIDAS mais utilizadas: 
 
 Peso Pré-Gestacional (Kg); 
 Peso atual (Kg); 
 Estatura (m); 
 * IMCPG (Kg/m2) e IMCA (Kg/m2) 
 (SISVAN, 2008) 
 Perímetro do Braço (cm) e Medida do Tríceps (mm); 
 *Parâmetro de comparação entre medidas tomadas anteriormente para 
identificar modificações na condição nutricional. 
 *[Circunferência muscular do braço (cm)] 
 (VITOLO, 2008) 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
ATENÇÃO: 
P/ o acompanhamento clínico do ganho ponderal, 
subdivide-se a gestação da seguinte forma: 
 
1° TRIMESTRE: IG ≤ 13 SEMANAS 
2° TRIMESTRE: IG 14 - 27 SEMANAS 
3° TRIMESTRE: IG ≥ 28 SEMANAS 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
 As recomendações de ganho de peso durante a gravidez visam otimizar o 
crescimento e desenvolvimento fetal e a preservação da saúde materna. 
 
 A determinação dos pontos de corte para classificação da adequação de ganho 
ponderal na gravidez e a orientação em relação à perda de peso materno no pós-
parto baseiam-se em estudos longitudinais cujos desfechos obstétricos positivos 
foram mensurados. 
IOM, 1992/2009 
 
 As recomendações do Institute of Medicine publicadas em 2009 levaram em 
consideração o aumento da prevalência de obesidade e sobrepeso, assim como o 
ganho de peso excessivo na gravidez baseando-se, principalmente, em dados de 
coortes de gestantes americanas. 
 
 No Brasil, o ganho ponderal gestacional excessivo configura-se também como 
um problema de saúde pública (Rodrigues et al., 2010; Drehmer et al., 2010). 
 
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
A. PESO PRÉ-GESTACIONAL CONHECIDO (IMC PRÉ-GESTACIONAL): 
 
 1ª consulta deve ocorrer ainda no 1º trimestre da gestação; 
 
 Peso pré-gestacional: correspondente a no máximo 2 meses antes da concepção 
ou com peso aferido até a 13ª semana gestacional. 
 
IMC (Kg/m2) = peso (Kg) 
 --------------- 
 estatura (m)2 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
ESTADO NUTRICIONAL 
INICIAL (IMC) 
CLASSIFICAÇÃO IMC 
PRÉ-GESTACIONAL (Kg/M2) 
BAIXO PESO (BP) < 18,5 
ADEQUADO (A) 18,5 – 24,99 
SOBREPESO (S) 25,0 – 29,99 
OBESIDADE (O) ≥ 30,0 OMS, 1995 
CÁLCULO DA iG 
SUBSIDIAR A PREVISÃO 
DE GANHO DE PESO ATÉ 
O FIM DA GESTAÇÃO. 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
B. PESO PRÉ-GESTACIONAL DESCONHECIDO (IMC GESTACIONAL): 
 
 Calcular o IMC com as medidas de peso e estatura obtidas no dia da consulta; 
 Localizar na primeira coluna a semana calculada (TABELA – Avaliação do EN 
da gestante acima de 19 anos segundo IMC por semana gestacional); 
 Identificar nas demais colunas em que faixa está situado o valor da gestante, 
considerando: 
- BAIXO PESO; 
- ADEQUADO; 
- SOBREPESO; 
- OBESIDADE. 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
Semana 
Gestacional 
Baixo Peso 
(IMC ≤) 
Adequado 
(IMC entre) 
Sobrepeso 
(IMC entre) 
Obesidade 
(IMC ≥) 
6 19,9 20,0 – 24,9 25,0 – 30,0 30,1 
7 20,0 20,1 – 25,0 25,1 – 30,1 30,2 
8 20,1 20,2 – 25,0 25,1 – 30,1 30,2 
9 20,2 20,3 – 25,1 25,2 – 30,2 30,3 
10 20,2 20,3 – 25,2 25,3 – 30,2 30,3 
11 20,3 20,4 – 25,3 25,4 – 30,3 30,4 
12 20,4 20,5 – 25,4 25,5 – 30,3 30,4 
13 20,6 20,7 – 25,6 25,7 – 30,4 30,5 
14 20,7 20,8 – 25,7 25,8 – 30,5 30,6 
15 20,8 20,9 – 25,8 25,9 – 30,6 30,7 
16 21,0 21,1 – 25,9 26,0 – 30,7 30,8 
17 21,1 21,2 – 26,0 26,1 – 30,8 30,9 
18 21,2 21,3 – 26,1 26,2 – 30,9 31,0 
19 21,4 21,5 – 26,2 26,3 – 30,9 31,0 
20 21,5 21,6 – 26,3 26,4 – 31,0 31,1 
21 21,7 21,8 – 26,4 26,5 – 31,1 31,2 
22 21,8 21,9 – 26,6 26,7 – 31,2 31,3 
23 22,0 22,1 – 26,8 26,9 – 31,3 31,4 
24 22,2 22,3 – 26,9 27,0 – 31,5 31,6 
Semana 
Gestacional 
Baixo Peso 
(IMC ≤) 
Adequado 
(IMC entre) 
Sobrepeso 
(IMC entre) 
Obesidade 
(IMC ≥) 
25 22,4 22,5 – 27,0 27,1 – 31,6 31,7 
26 22,6 22,7 – 27,2 27,3 – 31,7 31,8 
27 22,7 22,8 – 27,3 27,4 – 31,8 31,9 
28 22,9 23,0 – 27,5 27,6 – 31,9 32,0 
29 23,1 23,2 – 27,6 27,7 – 32,0 32,1 
30 23,3 23,4 – 27,8 27,9 – 32,1 32,2 
31 23,4 23,5 – 27,9 28,0 – 32,2 32,3 
32 23,6 23,7 – 28,0 28,1 – 32,3 32,4 
33 23,8 23,9 – 28,1 28,2 – 32,4 32,5 
34 23,9 24,0 – 28,3 28,4 – 32,5 32,6 
35 24,1 24,2 – 28,4 28,5 – 32,6 32,7 
36 24,2 24,3 – 28,5 28,6 – 32,7 32,8 
37 24,4 24,5 – 28,7 28,8 – 32,8 32,9 
38 24,5 24,6 – 28,8 28,9 – 32,9 33,0 
39 24,7 24,8 – 28,9 29,0 – 33,0 33,1 
40 24,9 25,0 – 29,1 29,2 – 33,1 33,2 
41 e 42 25,0 25,1 – 29,2 29,3 – 33,2 33,3 
ATALAH et al., 1997 
(!) 
ACOMPANHAMENTO 
DO GANHO DE 
PESO DA GESTANTE 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
GRÁFICO DE ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DA GESTANTE 
 
 Acompanha a curva de IMC segundo a semana gestacional. 
 
 EIXO HORIZONTAL: semana gestacional 
 EIXO VERTICAL: IMC 
 TRÊS CURVAS: BP, A, SB, O 
 
 A inclinação do traçado da curva varia conforme o EN inicial da gestante. 
 
Em linhas gerais: 
 
 TRAÇADO ASCENDENTE: 
ganho de peso ADEQUADO 
 
 TRAÇADO HORIZONTAL OU DESCENDENTE: 
ganho de peso INADEQUADO (gestante de risco) 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
INCLINAÇÃO RECOMENDADA 
da curva de IMC gestacional para gestantes adultas 
 
A 
 
 
. 
MS, 2006; 2012 
Mulheres que iniciam a 
gravidez abaixo ou acima 
de seu peso normal em 
rel. a estatura exigem 
atenção especial. 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
INCLINAÇÃO RECOMENDADA 
da curva de IMC gestacional para gestantes adultas 
 
 
 
 
. 
ESTADO NUTRICIONAL 
DA GESTANTE 
COMENTÁRIOS 
 
 
BAIXO PESO (BP) 
Nos casos de BP localizados nos limites mais inferiores da área 
correspondente, não se espera mudança de faixa de IMC (BP p/ A). 
 
Se a gestante se encontra nos limites mais superiores da área de 
BP, pode ser esperada a mudança de área. 
 
ADEQUADO (A) 
O IMC final deve relacionar-se com um ganho de peso dentro da 
faixa preconizada. 
 
SOBREPESO (S) 
O IMC final deve relacionar-se com um ganho de peso dentro da 
faixa preconizada. 
 
OBESIDADE (O) 
NÃO é necessariamente esperada mudança de faixa de IMC (de 
O p/ S). O IMC final deve relacionar-se com um ganho de peso 
dentro da faixa preconizada. 
ACCIOLY et al., 2009 
AV. ESTADO NUTRICIONAL 
*Considerando o ganho de peso de 0,5 a 2 Kg no primeiro trimestre. 
GANHO DE PESO RECOMENDADO 
IOM, 2009 
OMS, 1995 
X 
IOM, 1992 
Esse não e o momento de a gestante perder 
peso, tampouco de “comer por dois”. O ganho 
de peso inadequado – seja déficit, seja 
excesso – poderá ser prejudicial tanto para a 
saúde da mulher quanto para a do bebê. 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
 Proposta/revisão IOM (2009): 
- Adoção dos pontos de corte de IMC pré-gestacional propostos pela OMS (1995); 
 
- Revisão e definição da faixa de ganho de peso semanal e total para a gestante 
com obesidade pré-gestacional; 
 
- Revisão do ganho de peso semanal para o segundo e terceiro trimestressegundo 
as categorias de IMC pré-gestacional e definição dos valores máximos e mínimos; 
 
- Recomendação de adoção das mesmas faixas de ganho de peso para mulheres 
com estatura < 1,57 m e ≥ 1,57 m (antes: p/ baixa estatura, era recomendado o 
limite mínimo de ganho de peso); 
 
- Recomendações para os diversos grupos raciais que compõem a população 
norte-americana. 
 
OBSERVAÇÕES FINAIS 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
 
 Prática clínica: 
- Os limites mínimos de ganho de peso semanal propostos para cada categoria de 
IMC pré-gestacional podem ser adotados como ganho de peso mínimo ou 
modesto (muito útil nos casos em que já ocorreu o ganho total recomendado para 
toda a gestação e nos casos de ganho de peso excessivo no 2º ou 3º trimestres); 
 
- Consultas subsequentes: cálculo IMC (peso atual); acompanhamento da evolução 
do ganho de peso; registro no prontuário e/ou cartão da gestante. 
 
OBSERVAÇÕES FINAIS 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
- IMPORTANTE - 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
 Prática clínica (continuação): 
- Para gestantes de baixa estatura (<1,47m), programar o ganho de peso total mínimo para 
cada categoria de IMC pré-gestacional; 
- Avaliar o ganho de peso >0,5kg/semana ou >3kg/mês, especialmente após a 20º semana  
sugestivo de edema e SHG; 
 
 Gestação MÚLTIPLA (situação de risco):: 
*segundo o caderno de AB (MS) , deve-se considerar: 
OBSERVAÇÕES FINAIS 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
 
 Gestação MÚLTIPLA (situação de risco):: 
*ESTIMATIVA DE GANHO DE PESO DURANTE A GESTAÇÃO: 
 
 
 
OBSERVAÇÕES FINAIS 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
 
 
 Comitê do IOM (destaques): 
- As mulheres devem engravidar com o IMC ADEQUADO  avaliação e cuidado 
nutricionais pré-concepção (melhoria da saúde materna); 
- As mulheres devem ser acompanhadas no pós-parto, visando o retorno ao peso 
anterior no primeiro ano pós-parto; 
 
- (***) gestantes adolescentes. 
 
 
OBSERVAÇÕES FINAIS 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
AVALIAÇÃO DIETÉTICA – CONSUMO ALIMENTAR 
! 
*SUPLEMENTAÇÃO 
DE ROTINA 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
DETALHADA: 
 
 Nº e composição das refeições, grupo e quantidade de alimentos; 
 
 Avaliar o consumo de refrigerantes, bebidas alcóolicas, infusões em geral 
(café, chá, mate), alimentos ricos em lipídios, pastéis, doces, chocolates, 
produtos dietéticos e edulcorantes; 
 
 Investigar tabus, hábitos alimentares, alergia e/ou intolerância alimentar, 
modificações (inclusão/exclusão) alimentares em razão da gestação ou de 
sinais e sintomas digestivos; 
 
 Investigar casos de picamalácia (terra, barro, tijolo, ração para cães, água 
de sabonete, cabelo, fósforo, raspas de gelo, giz ou combinações 
alimentares atípicas); 
 
 O método de inquérito dietético mais empregado é o de frequência de 
consumo semiquantitativo (lista de alimentos divididos por grupos, com 
categorias de frequência de consumo e quantidade usual de consumo)  
estimativa de alimentação habitual. 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DIETÉTICA 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
AVALIAÇÃO CLÍNICA 
 Investigar sinais e sintomas 
digestivos comuns durante a 
gestação  ganho de peso; 
 
 Avaliar o funcionamento intestinal; 
 
 Avaliar a presença de enf. 
crônicas e/ou intercorrências 
gestacionais associadas; 
 
 Investigar a presença de sinais 
sug. de CARÊNCIA NUTRICIONAL. 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
 Entrevista padronizada (DVA): 
 Cegueira noturna gestacional (validada, segundo o ind. bioquímico – retinol sérico) 
 
1. Dificuldade para enxergar durante o dia? 
2. Dificuldade para enxergar com pouca luz ou à noite? 
3. Tem cegueira noturna? 
(1 não, 2 ou 3 sim) 
 
 Baixa reserva hepática de vit. A pré-gestacional; baixa ingestão de 
alimentos-fonte de vit. A; baixa ingestão de lipídios e proteínas; presença de 
processos infecciosos; 
 
 Para a confirmação do diagnóstico de DVA, proceder com avaliação 
dietética com ênfase na investigação do consumo de alimentos-fonte de 
vitamina A; 
 
 Retinol sérico materno < 1,05 µmol/L; 
 
 Risco na gestação: assoc. com anemia, hipertensão e infecções maternas; 
 
 Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A. 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO FUNCIONAL 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
AVALIAÇÃO FUNCIONAL 
MS, 2006 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
A. 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA E DE EXAMES COMPLEMENTARES 
A. LEVE 10-10,9 
A. MODERADA 8-9,9 
A. GRAVE ≤ 8 g/dL 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
Exames complementares: 
 
 
ULTRASSONOGRAFIA: avalia a idade gestacional, crescimento fetal, 
morfologia fetal, volume do líquido amniótico, vitalidade fetal, detecção precoce 
de gestações múltiplas e malformações fetais. 
 
 
DOPPLERFLUXOMETRIA: avalia a velocidade do fluxo sanguíneo nos vasos 
durante o ciclo cardíaco; a presença de incisura da artéria uterina após 26 
semanas de gestação pode ser um indicador de prognóstico para o surgimento 
da síndrome hipertensiva da gravidez. 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA E DE EXAMES COMPLEMENTARES 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
Investigação: 
 
 Idade cronológica; 
 Cor da pele/raça; 
 Grau de escolaridade ou anos de atraso escolar (adolescentes); 
 Naturalidade; 
 Profissão/ocupação; 
 Situação marital; 
 Nº de pessoas na mesma moradia; 
 Renda familiar per capita; 
 Condições de saneamento; 
 História obstétrica (aborto, intervalo intergestacional); 
 Não planejamento e/ou aceitação da gestação. 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA E OBSTÉTRICA 
AVALIAÇÃO DA ALTURA UTERINA 
OBJETIVO: identificar o crescimento normal do feto e detectar seus desvios; 
diagnosticar as causas do desvio de crescimento fetal encontrado; e orientar 
oportunamente para as condutas adequadas a cada caso. 
 
*não é uma medida do estado nutricional materno 
 
INSTRUMENTO: gráfico com o indicador da altura uterina em relação à idade 
gestacional em semanas (padrão de referência: curvas desenhadas a partir dos 
dados do CLAP  os pontos de corte para normalidade são percentil 10 e 90). 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA ALTURA UTERINA 
MS, 2006 
AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL 
OBJETIVO: detectar precocemente estados hipertensivos. 
 
Conceitua-se hipertensão na gestação: 
 
 Níveis tensionais ≥ 140 mmHg de pressão sistólica e ≥ 90 mmHg de 
pressão diastólica mantidos em duas ocasiões e resguardando intervalo de 
4 horas entre as medidas. 
 
 O aumento de 30 mmHg ou mais na pr. sistólica (máx.) e/ou de 15 mmHg 
ou mais na pressão diastólica (mínima), em relação aos níveis tensionais 
pré-gestacionais e/ou conhecidos até a 16ª semana de gestação. 
 
 A presença de pressão arterial diastólica ≥ 110 mmHg em uma única 
aferição. 
 
*Avaliação detalhada de EDEMA E PROTEINÚRIA  sinais sugestivos de SHG. 
AVALIAÇÃO DO EDEMA 
MS, 2006; 2012 
CUIDADO NUTRICIONAL 
 
 
CUIDADO NUTRICIONAL 
 Necessidades nutricionais estimadas  planejamento INDIVIDUALIZADO; 
 
 Considerações: condições socioeconômicas, hábitos alimentares e queixas; 
 
 Orientação nutr. DETALHADA  ênfase nos grupos e porções de alimentos 
(lista de substituições ... metas/abordagem quanti/qualitativa); 
 
 
 OBJETIVOS: 
 
- Ganho de peso recomendado; 
 
- Prevenção e tratamento de carências nutricionais específicas; 
 
- Tratamento dietético de pequenos distúrbios da gestação; 
 
 
 (ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS): fornecimento em TODAS as consultas 
e revistas conforme as queixas relatadas. 
 
DESTAQUES 
ACCIOLY et al., 2009 
CUIDADO NUTRICIONAL 
 Criação do VÍNCULO entre o profissional e a cliente; 
 
 Melhora da adesão às orientações pré-natal; 
 
 
 Implementação na prática clínica  empatia: 
 
- Chamar a gestante / Perguntar sobre o concepto (nome); 
 
- Estabelecer diálogo; 
 
- Ter escuta atenciosa e sem julgamentos; 
 
- Encorajar, estimular e aceitar os relatos (sem julgamentos); 
 
- Motivara gestante, diante de suas dificuldades, a buscar estratégias para 
minimizar seus problemas (apoio da equipe); 
 
- Construção conjunta da orientação nutricional (x impor condutas); 
 
- Elogiar a adesão às orientações fornecidas; 
 
 
 Atendimento pelo mesmo profissional. 
DESTAQUES – ACONSELHAMENTO NUTR. 
ACCIOLY et al., 2009 
CUIDADO NUTRICIONAL 
 Esclarecer quanto à importância do GANHO DE PESO GESTACIONAL 
ADEQUADO, visando melhorar a adesão ao cuidado nutricional; 
 
 
 A dieta deverá atingir as recomendações de MACRONUTRIENTES, 
MICRONUTRIENTES, FIBRAS E ÁGUA; 
 
 
 Orientações específicas para SINAIS E SINTOMAS DIGESTIVOS, se 
presentes, e para correções de práticas alimentares errôneas. 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS GERAIS 
ACCIOLY et al., 2009 
CUIDADO NUTRICIONAL 
ESTIMULAR: 
 
 
 Fracionamento da dieta, com menor volume (5 a 6 refeições): 
 
 desjejum, colação (opcional), almoço, lanche da tarde, jantar, ceia (opcional), 
com intervalo de 3/3 horas; 
 
 
 Ingestão de vegetais e frutas de preferência crus e como entrada; 
 
 
 Consumo de alimentos fortificados com FERRO, FOLATO E VITAMINA A; 
 
 
 Consumo de preparações alimentares simples, assados, cozidos, 
ensopados, grelhados; 
 
 Consumo moderado de óleo nas refeições. Preferir como tempero de 
saladas: vinagre, limão, sal*, cheiro-verde, salsa, ervas e azeite; 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS GERAIS 
 
ACCIOLY et al., 2009 
CUIDADO NUTRICIONAL 
ESTIMULAR (continuação): 
 
 
 
 Ingestão hídrica, no mínimo de 2 litros de água ao dia, evitando os horários 
das grandes refeições; 
 
 
 Orientar que os alimentos macarrão, batatas e farinhas devem ser usados 
em substituição ao arroz na mesma refeição ou em quantidade definida 
para cada preparação; 
 
 
 Nas grandes refeições, estimular a ingestão de alimentos ricos em vit. C e 
desestimular o consumo de alimentos que reduzem a absorção de ferro, 
como leite e derivados, refrigerantes, café, chá, mate e alimentos ricos em 
fibras (farelos de trigo ou aveia); 
 
 Orientar para o consumo moderado de açúcar. 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS GERAIS 
 
ACCIOLY et al., 2009 
CUIDADO NUTRICIONAL 
DESENCORAJAR: 
 
 
 Consumo de fast foods e de lanches rápidos em substituição às grandes refeições; 
 
 
 Consumo de alimentos gordurosos, frituras, preparações concentradas em 
carboidratos simples e calorias vazias (doces, balas, refrigerantes, pastéis); 
 
 
 Consumo de alimentos processados e industrializados (conservantes); 
 
 
 Consumo de edulcorantes e produtos diet/light (devem ser utilizados 
somente nos casos de diabetes); 
 
 O tabagismo, o uso de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas. 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS GERAIS 
 
ACCIOLY et al., 2009 
CUIDADO NUTRICIONAL 
 Orientar o consumo moderado de café, chá e mate (cafeína  
complicações na gestação; não deve ultrapassar 300 mg/dia); 
 
 Prevenção de toxoplasmose*: evitar o consumo de carnes cruas e, após a 
manipulação, evitar tocar mucosas (olhos e boca), lavar as mãos; evitar o 
contato com gatos e suas fezes; lavar bem e sanitizar frutas e vegetais; 
 
 Estimular a atividade física moderada e regular (considerando contrainidicação 
médica; sob supervisão profissional); 
 
 Orientar sobre higiene oral; 
 
 Abordar sobre aspectos relacionados à prática da amamentação (técnicas 
de aleitamento, vantagens do leite materno  p/ mulher, lactente, família e comunidade). 
 
 
*Em gestantes, pode ocasionar aborto espontâneo, nascimento prematuro, morte neonatal, ou 
sequelas severas no feto (por exemplo, a clássica Tríade de Sabin: retinocoroidite, calcificações 
cerebrais e hidrocefalia ou microcefalia), caso a infecção seja adquirida durante a gestação, 
principalmente durante os primeiros dois trimestres (JOINER & DUBREMETZ, 1993). 
 
A gravidade das manifestações clínicas no feto ou no recém-nascido é inversamente 
proporcional à idade gestacional de ocorrência da transmissão transplacentária da infecção. 
(1º T  MAIS GRAVE; embora menos frequente; MS, 2006) 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS GERAIS 
 
ACCIOLY et al., 2009 
CUIDADO NUTRICIONAL 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS 
 
ACCIOLY et al., 2009 
 
CONDIÇÕES 
ESPECÍFICAS 
 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
 
 
 
GANHO DE PESO 
INSUFICIENTE 
• Base: VET adequado (*1); 
• Esclarecimento quanto ao ganho de peso recomendado (*2); 
• Investigação (causas): sintomas digestivos, infecções, problemas 
familiares e ativ. física excessiva; 
• Adequação da dieta  queixas, intercorrências, cond. socioeconômica, 
tabus e erros alimentares (*3); 
• Av. dietética (caso de alimentação adequada): quant. total de alimentos; 
• fracionamento da dieta (menor volume / 5 a 6 refeições) (*4); 
• Aumento temporário  quant. óleo e carboidratos das preparações; 
• Uso de suplementos nutricionais. 
 
 
 
GANHO DE PESO 
EXCESSIVO 
• (*1 e *2); 
• Investigação (causas): dieta inadequada, edema, ansiedade, (erro pesagem); 
• (*3 e *4); 
• Estimular o uso de preparações culinárias simples (assadas, cozidas...); 
• Orientar quanto ao adequado consumo de carboidratos complexos e 
estimular o consumo de hortaliças e frutas; 
• Restringir o uso de óleo e azeite em saladas (pref. vinagre, limão, ervas); 
• Desestimular o consumo de alim. gordurosos e frituras ( e doces...). 
CUIDADO NUTRICIONAL 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS 
 
ACCIOLY et al., 2009 
 
CONDIÇÕES 
ESPECÍFICAS 
 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
 
ANEMIA 
FERROPRIVA 
• Estimular o consumo de frutas ricas em vit. C (grandes refeições); 
• Estimular o consumo de alimentos-fonte de ferro: carnes, vegetais 
verde-escuros e leguminosas; 
• Estimular o uso de alimentos fortificados; 
• Desestimular o consumo de café, chá , mate, refrigerante, leite e deriv. 
e alimentos ricos em fibras junto ás grandes refeições; 
• Estimular a adesão ao esquema de suplementação de ferro (MS, 2005). 
 
 
 
CEGUEIRA 
NOTURNA 
• Para prevenir a cegueira noturna, pode-se indicar a suplementação de 
vitamina A dentro do limite considerado seguro para mulheres na idade 
fértil e gestantes; 
• A suplementação deve ser avaliada junto à equipe do pré-natal para 
evitar a ingestão excessiva da vitamina; 
• Recomendar o consumo de 1 bife pequeno de fígado, com frequência 
de 1 vez/semana, em uma das refeições (almoço ou jantar)  conduta 
também adotada na prevenção da anemia; 
• Estimular os alimentos-fonte de vitamina A: derivados do leite integral, 
ovos, folhosos verde-escuros e vegetais alaranjados (e de alim. 
fortificados). 
CUIDADO NUTRICIONAL 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS 
 
ACCIOLY et al., 2009 
 
SINAIS E SINTOMAS 
DIGESTIVOS 
 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
 
 
NÁUSEAS E 
VÔMITOS 
• Indicar dieta fracionada (com menor volume) (*1); 
• Evitar frituras e alimentos gordurosos e alim. com odor forte ou 
desagradável ou os que causem desconforto/intolerância; 
• Modificar o tempero das preparações; 
• Evitar o uso de condimentos picantes (preferir os temperos suaves; 
sugestão  limão); 
• Preferir alimentos sólidos pela manhã e ricos em carboidratos 
(biscoitos, torradas, geleia de frutas); 
• Ingerir bastante líquido nos intervalos das refeições (evitar 
desidratação e acidose metabólica)  preferir frutas com caldo; 
• Evitar monotonia alimentar (prevenir anorexia); 
• Evitar deitar-se após as grandes refeições; 
• Hiperêmese  serviço PN de alto risco. 
PIROSE (AZIA) • *1; Evitar café, chá, mate, álcool, fumo, doces, frituras e pastéis; 
• Excluir/substituir alimentos que causem desconforto/intolerância; 
• O leite deverá ser incluído no planejamento, evitando a sua utilização 
como recurso para tamponamento gástrico (estímulo da s. gástrica); 
• Elevar a cabeceira da cama e evitar deitar-se após as grandes ref´s. 
• ALIM. ABRANDADOS 
(PURÊS); 
• GENGIBRE 
(BISC./BOLOS); 
• CREAM-CRACKERS 
 (MANHÃ). 
VITOLO, 2008 
• COMER DEVAGAR; 
• MASTIGAR BEM, 
EVITAR ESTRESSE;• ERRO:RESTR. A ÁC. 
VITOLO, 2008 
CUIDADO NUTRICIONAL 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS 
 
ACCIOLY et al., 2009 
 
SINAIS E SINTOMAS 
DIGESTIVOS 
 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
 
SIALORREIA ou 
PTIALISMO** 
• Indicar dieta fracionada (com menor volume) ) (*1); 
• Aumentar a ingestão de líquidos (épocas de calor); 
• Estimular o consumo de frutas com caldo; 
• Orientar para deglutir a saliva; 
• Orientações semelhantes às indicadas para náusea e vômitos. 
 
 
FRAQUEZAS E 
DESMAIOS*** 
• *1; 
• Evitar o jejum prolongado e intervalos grandes entre as refeições 
(prevenir a hipoglicemia e a hipotensão); 
• Orientar para a utilização normal do sal na alimentação (exceto em 
casos em que a ingestão deve ser controlada). 
**pode estar assoc. à ingestão de amido, estímulo dos ramos do trigêmeo, hipertonia vagal 
e causas psicológicas; 
 
***são comuns no início da gestação e podem estar associados à hipotensão arterial ou 
hipoglicemia. 
CUIDADO NUTRICIONAL 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS 
 
ACCIOLY et al., 2009 
 
SINAIS E SINTOMAS 
DIGESTIVOS 
 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
 
SENSAÇÃO DE 
PLENITUDE 
*(gestação gemelar/ 
último trimestre) 
• Ajustar a alimentação conforme a tolerância, evitando grandes 
volumes por refeição; 
• Aumentar o fracionamento e, em casos graves, modificar a 
consistência das preparações (pastosa)  jantar e ceia; 
• Diminuir o volume das refeições e aumentar a densidade energética 
(utilização de óleo ou açúcar nas preparações); 
• Indicar complemento nutricional, caso o valor energético da dieta não 
seja alcançado; 
• Evitar deitar após a refeição; 
• Orientar para a preferência por roupas amplas e confortáveis. 
 
 
 
CONSTIPAÇÃO INT. 
E FLATULÊNCIA 
• Aumentar a ingestão de líquidos; 
• Aumentar a ingestão de fibras: frutas em geral, frutas laxativas, frutas 
com bagaço e vegetais crus; 
• Estimular o consumo de produtos integrais (cereais, pães, biscoitos, 
farinhas); 
• Estimular o consumo de farelo de trigo ou aveia (início: 1 colh. de chá 
e aumentar conforme a tolerância, chegando a até 2 colh. de sopa/dia 
 distensão abdominal); 
CUIDADO NUTRICIONAL 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS 
 
ACCIOLY et al., 2009 
 
SINAIS E SINTOMAS 
DIGESTIVOS 
 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
 
 
 
 
 
 
CONSTIPAÇÃO INT. 
E FLATULÊNCIA 
(continuação) 
• Pode-se recomendar alimentos industrializados à base de fibras: 
 Valor energético elevado; 
 Presença de edulcorantes artificias; 
 Pesquisa de mercado (análise da composição); 
• Alimentos ricos em fibra (farelo trigo/aveia) devem ser ingeridos junto 
com líquidos e não devem ser incluídos à grandes refeições 
(interferência na absorção de ferro não-heme); 
• Efeito da fibra: não de imediato, mas o seu uso prolongado é eficaz; 
• Observar a tolerância a alimentos flatulentos (alho, batata-doce, 
brócolis, cebola, couve, couve-flor, ervilha, feijão, milho, ovo, 
rabanete, repolho ...); 
• Aumentar a atividade física: caminhadas e movimentação em geral 
para a regularização do hábito intestinal (obs. contraindicação médica); 
• Orientar para o atendimento do reflexo retal; 
• Criar o hábito sanitário diário (manhã, após o desjejum); 
• Mastigar bem os alimentos, evitar falar durante as refeições e comer 
devagar; 
• Fazer as refeições em ambiente calmo. 
USO DE LAXANTES NÃO 
É RECOMENDADO. 
VITOLO, 2008 
CUIDADO NUTRICIONAL 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS 
 
ACCIOLY et al., 2009 
 
SINAIS E SINTOMAS 
DIGESTIVOS 
 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
HEMORROIDAS 
• Orientações semelhantes às dadas para CONSTIPAÇÃO; 
(surgimento pela complicação da constipação intestinal e pela 
compressão do intestino grosso pelo útero aumentado). 
 
PICAMALÁCIA 
• Conversar com a gestante, investigando problemas emocionais ou 
familiares que possam estar associados; 
• Orientar para a substituição da prática pela ingestão de alimentos de 
sua preferência e evitar o contato com a substância “desejada”; 
• Explicar que a prática pode contribuir para: 
 
- Ocorrência ou agravo de anemia; 
 
- Interferência na absorção de nutrientes; 
 
- Doenças (parasitoses e intercorrências gestacionais). 
 
RESSALTAR QUE É UM 
COMPORT.PREJUDICIAL À 
GESTAÇÃO 
(CONTAMINAÇÃO POR 
SUBST. TÓXICAS). 
VITOLO, 2008 
CUIDADO NUTRICIONAL 
Recomendações do Comitê de Práticas Obstétricas: 
 
American College of Obstetricians and Ginecologists (2002) 
 
Estudos epidemiológicos sugerem que o exercício pode ser benéfico na 
prevenção primária de diabetes gestacional, particularmente em mulheres 
obesas com IMC > 32 Kg/m2. 
 
A participação em atividades recreacionais diversas parece ser segura durante 
a gestação, porém cada gestante deve ser avaliada individualmente antes de 
se prescrever o exercício físico. 
 
EVITAR: atividades com alta chance de queda ou aqueles com alto risco de 
trauma abdominal; 
 
EVITAR: posição supino durante o exercício (obstrução do retorno venoso 
e, consequentemente, redução do débito cardíaco e hipotensão); 
 
Em linhas gerais, na ausência de complicações médicas ou obstétricas, 
EXERCÍCIOS DIÁRIOS MODERADOS COM DURAÇÃO MÉDIA DE 30 MIN. 
são recomendados durante a gestação. 
RECOMENDAÇÕES SOBRE ATIVIDADE FÍSICA 
 
ACCIOLY et al., 2009 
RECOMENDAÇÕES 
NUTRICIONAIS 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
ATENDIMENTO DAS RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS MATERNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NUTRIÇÃO MATERNA E SAÚDE DO ADULTO: 
 
 Crescimento intrauterino restrito  risco de doença coronariana, diabetes 
e hipertensão (assoc. crescimento pós-natal muito acelerado); 
 
 Macrossomia fetal  preditor de intolerância à glicose na fase adulta. 
ACCIOLY et al., 2009 
RESULTADO OBSTÉTRICO 
(PESO AO NASCIMENTO E 
IDADE GESTACIONAL AO NASCER) 
 
GANHO PONDERAL 
GESTACIONAL 
EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS 
 Os requerimentos energéticos da gestante estão AUMENTADOS em 
comparação aos requerimentos da mulher não-grávida. 
 
 Os requerimentos aumentados no período gestacional são necessários 
para: 
 
- Promover o adequado ganho de peso gestacional e desenv. fetal; 
 
 
- Desenvolvimento da placenta e dos tecidos maternos; 
 
 
- Atendimento às demandas metabólicas aumentadas durante a gestação; 
 
- Fornecer energia adicional para manter o peso materno, composição 
corporal e atividade física durante o período gestacional; 
 
 
- Permitir a constituição da reserva energética para o período de lactação. 
 
Idealmente, as mulheres devem conceber com adequado EN, 
visando melhores resultados obstétricos, ressaltando-se que mulheres 
c/ desvio ponderal merecem maior atenção. 
 
 
ACCIOLY et al., 2009 
EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS 
Comitê da Food and Agriculture Organization (FAO/WHO): 
 
Fatores que determinam o CUSTO ENERGÉTICO DA GESTAÇÃO: 
 
(adicional energético) 
 
 Quantidade de energia necessária para o ganho de peso gestacional; 
(assoc. ao acréscimo de proteína e gordura nos tec. maternos, fetais e placentários) 
 
 Aumento do gasto energético assoc. ao incremento da TMB e o nível de 
atividade física. 
 
Estimativa (2004), considerando-se: 
 
GANHO DE PESO: 10 a 14 Kg (12 Kg)  recém-nascido de 3,3 Kg, com 
menores índices de complicações maternas e fetais. 
 
O ADICIONAL ENERGÉTICO TOTAL RECOMENDADO PARA O PERÍODO 
GESTACIONAL, A SER SOMADO AO GASTO ENERGÉTICO (GE) DIÁRIO 
DA GESTANTE, VISANDO A PROMOÇÃO DE GANHO DE PESO MÉDIO 
TOTAL DE 12 Kg É DE 77.000 kcal. 
 
ACCIOLY et al., 2009 
EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS 
Valor Energético Total da dieta (VET) = 
gasto energético (GE) + ADICIONAL energético de gestação 
 
 
 
 
 
 
(*gestantes adultas) 
 
Cálculo da TMB, segundo a idade: 
 
18 a 30 anos 
TMB (kcal/dia) = 14,818 x P (Kg) + 486,6 
 
30 a 60 anos 
TMB (kcal/dia) = 8,126 x P (Kg) + 845,6 
 
GE = TMB x NAF (Fat) 
TMB: Taxa Metabólica Basal 
NAF: Nível de Atividade Física 
P = PESO ACEITÁVEL, para valores 
aceitáveis de IMC (18,5 a 24,9 Kg/m2) 
para mulheresadultas  alternativa 
(21 Kg/m2, mediana, p/ pop. feminina) 
FAO/WHO, 2004 
Mínimo = 1,4 (curto prazo) 
Leve = 1,40 – 1,69 (1,53) 
Ativo = 1,70 – 1,99 (1,76) 
Vigoroso = 2,00 – 2,40 (2,25) 
EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS 
Considerações sobre o PESO ACEITÁVEL: 
 
 Se a gestante apresenta IMC pré-gestacional como NORMAL: 
 
Peso aceitável = a partir do IMC 21 Kg/m2 ou o peso pré-gestacional; 
 
 Se a gestante apresenta IMC pré-gestacional como BAIXO PESO: 
 
Peso aceitável = a partir do IMC 21 Kg/m2 na tentativa de normalização do 
estado nutricional materno; 
 
 Se a gestante apresenta IMCPG como SOBREPESO/OBESIDADE: 
 
Uso do peso pré-gestacional, (...) 
EVITANDO QUE A GESTANTE PERCA PESO NO PERÍODO GESTACIONAL; 
 
com avaliação individualizada e detalhada nas consultas subsequentes, além 
de ajustes no cálculo do VET para o ganho de peso recomendado. 
 
ACCIOLY et al., 2009 
(...) REFORÇANDO (...) 
AMORIM F., 2018 
EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS 
 
Nível de Atividade Física (NAF) para adultas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*TABELA de classificação do NAF para adultas. 
 
 
 
CATEGORIA NAF (média) 
Estilo de vida sedentário ou leve 1,40 – 1,69 (1,53) 
Estilo de vida ativo ou 
moderadamente ativo 
1,70 – 1,99 (1,76) 
Estilo de vida vigoroso ou 
moderadamente vigoroso 
2,00 – 2,40 (2,25) 
FAO/WHO, 2004 
EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS 
 
Distribuição energética diária do ADICIONAL ENERGÉTICO: 
 
1º TRIMESTRE (IG < 14 semanas): 85 kcal/dia; 
 
2º TRIMESTRE (IG ≥ 14 a < 28 semanas): 285 kcal/dia; 
 
3º TRIMESTRE (IG ≥ 28 semanas): 475 kcal/dia. 
 
*Caso a gestante não inicie o seu pré-natal no primeiro trimestre da gestação, 
sugere-se que, nesses casos, o adicional energético recomendado para o 
primeiro trimestre seja somado ao adicional referente ao segundo trimestre 
(85 + 285 kcal). 
 
 
CÁLCULO INDIVIDUALIZADO: 
 
PARA UM GANHO PONDERAL DE 12 Kg – SÃO NECESSÁRIAS 77.000 kcal 
 
 1 Kg – 6417 kcal 
FAO/WHO, 2004 
AMORIM F., 2018 
AMORIM F., 2018 
EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS 
Gestante de 26 anos, empregada doméstica, idade gestacional de 
15 semanas, peso pré-gestacional de 57 Kg, peso atual 59,1 Kg e altura 
1,65 m. 
 
1º PASSO: 
 
IMCPG = 57 / 2,72 = 20,94 Kg/m2  NORMAL 
 
Ganho de peso (até a 15ª semana) = 2,1 Kg 
 
Ganho de peso até o final da gestação : 
0,42 Kg/semana x 25 semanas faltantes = 10,5 Kg 
 
Ganho de peso total = 2,1 (até 15ªs) + 10,5 (g. adicional estimado) = 12,6 Kg 
 ganho ADEQUADO (11,5 – 16 Kg) 
 
 
ACCIOLY et al., 2009 
EXEMPLO 
EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS 
Gestante de 26 anos, empregada doméstica, idade gestacional de 15 semanas, peso pré-
gestacional de 57 Kg, peso atual 59,1 Kg e altura 1,65 m. 
 
2º PASSO: 
 
Cálculo do VET, iniciando pelo cálculo do GE: 
 
GE = TMB x NAF 
 
TMB (18 a 30 anos) = 14,818 x 57 + 486,6 = 1331,23 kcal 
 
GE = 1331,23 x 1,76 (média, estilo de vida ativo) = 2342,97 kcal 
 
Cálculo do VET (‘fórmula”): 
 
*VET = 2342,97 + 285 = 2627,96 kcal 
 
Cálculo do VET (adicional energético individualizado): 
 
6417 kcal x 10,5 kg = 67.378,5 kcal (25 sem  /175 dias) = 385 kcal/dia 
 
**VET = 2342,97 + 385 = 2728 kcal 
 
 
ACCIOLY et al., 2009 
EXEMPLO 
AMORIM F., 2018 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
Durante a gestação, ocorrem adaptações metabólicas visando a conservação 
do nitrogênio e aumento da síntese de proteínas (g nitrogênio/dia), que 
aumenta na ordem de 1, 15 e 25%, no primeiro, segundo e terceiro trimestre, 
respectivamente. 
 
Segundo o comitê FAO/WHO (1985): 
 
Adicional dietético seguro de proteínas de 1,2; 6,1 e 10,7 g/dia 
(...) no 1º, 2º e 3º trimestres da gestação, respectiv. ou um adicional médio de 6g/dia. 
 
 
FAO/WHO (2007): 
 
No planejamento dietético das gestantes, pode-se adotar a relação 
proteína/Kg de peso, que para indivíduos adultos é de 1 g/Kg/dia, calculado 
sobre o peso pré-gestacional ou peso aceitável e acrescentar o adicional 
recomendado para cada período gestacional: 
 
1º T: 1 g; 
2º T: 9 g; 
3º T: 31 g/dia. 
 
 
 
 
 
ACCIOLY et al., 2009 
PROTEÍNAS 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
 
 
ACCIOLY et al., 2009 
PROTEÍNAS 
*Caso de gestação gemelar: exige um adicional proteico superior (...) além das 
recomendações previstas para as mulheres de gestação de feto único. 
 
 
**O comitê da FAO/WHO (2007) ressalta que uma dieta hiperproteica (34%) 
associada ao uso de suplementos nutricionais durante a gestação está associada 
ao óbito neonatal. Com isso, o adicional proteico recomendado deve ser 
preferencialmente alcançado a partir do consumo de alimentos habituais, 
dispensando-se o uso de complementos proteicos. 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
(RECOMENDAÇÕES P/ ADULTOS SAUDÁVEIS) 
 
 Carboidratos: 55 a 75% do VET 
- Fibras: > 25g/dia (25 a 30g/dia) 
- Açúcar de adição: < 10% do VET 
 
 Proteínas: 10 a 15% do VET 
 Lipídios: 15 a 30% do VET 
- Evitar ácidos graxos saturados, trans e colesterol 
- Importância dos AGPI (n3) 
 
 Água: 3 L/dia 
(ajustar a ingestão hídrica) 
WHO/FAO, 2003; IOM, 2005 
ACCIOLY et al., 2009 
DEMAIS MACRONUTRIENTES 
DISTRIBUIÇÕES PERCENTUAIS DE MACRONUT EM REL. AO VET 
AMORIM F., 2018 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
Para grande parte dos micronutrientes, as necessidades de gestantes 
encontram-se AUMENTADAS, se comparadas às de mulheres não grávidas. 
 
 FUNÇÕES; 
 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS; 
 FONTES ALIMENTARES; 
 
(...) de micronutrientes com PAPEL NUTRICIONAL DE IMPORTÂNCIA 
reconhecida na gestação. 
 
 VITAMINAS: A, C, FOLATO, D, E, K, B1, B2, NIACINA, B6, B12; 
 MINERAIS: Ca, P, Fe, I, Zn, Cu, Mg, Se; 
 Ácidos Graxos Essenciais. 
 
Os valores de ingestão recomendados correspondem às Dietary Reference 
Intakes (DRI) ou Ingestão Dietética de Referência (IDR) propostas pelo 
Institute of Medicine (IOM, 1997; 1998; 2000; 2001). 
 
É possível alcançar os valores de ingestão diária recomendada através da 
orientação de alimentação saudável, que inclui todos os grupos de alimentos, 
dentro da composição adequada das refeições. Contudo, a suplementação de 
ferro associada com o ác. fólico durante a gestação é recomendada pelo MS 
(2006), c/ doses variadas de ferro elementar, conforme os níveis de Hb. 
 
 
VITAMINAS E MINERAIS 
AMORIM F., 2018 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 Visão; Reprodução; Desenvolvimento Fetal; 
 Função imune; Regulação da Proliferação e Diferenciação Celular; 
 Manutenção Tecido Esquelético; Formação Esperma; Manutenção Placenta. 
 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 770g/dia 
 
 DVA: 
 
 Em casos de dieta materna habitual insuficiente em vit. A, pode ocorrer a baixa 
reserva hepática do nutriente, que, se associada à persistente ing. deficiente 
durante o período gestacional, particularmente no 3º T, aumenta o risco p/ o 
desenvolvimento de DVA materna; 
 
 A DVA materna, mesmo em níveis subclínicos, pode associar-se com menor 
reserva hepática no concepto e níveis inadequados de retinol sérico no RN, 
aumentando o risco de morte nos primeiros 6 meses de vida. 
 
VITAMINA A 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
 Ingestão deficiente ou excessiva  assoc. à defeitos congênitos; 
 
 Alterações no metabolismo de DNA  reabsorção de embriões e morte fetal; 
 
 Assoc. à história de abortos espontâneos; 
 
 (DVA): maior incidência de parto prematuro, sepse puerperal, estresse 
oxidativo, representando um fator de risco para a transmissão vertical do vírus 
HIV, aumentando as taxas de morbimortalidade materna e de lactentes nos 
primeiros meses de vida; 
 
 (DVA): também parece estar relacionada com anemia gestacional por reduzir a 
mobilização dos estoques de ferro, alterar o metabolismo do ferro e prejudicar a 
diferenciação e proliferação das células hematopoiéticas; 
 
 (cegueira noturna): assoc. à maior chance de infecções, diarreia, náuseas, 
vômitos, anorexia, dor abdominal, pré-eclâmpsia, eclâmpsia na gestação e 7,5 
vezes maior chance de morte durante o período gestacional (Christian, 1997; Katz et al.,1995). 
 
VITAMINA A 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
 SUPLEMENTAÇÃO: 
 
 Para prevenir a cegueira noturna, pode-se indicar a suplementação de vitamina 
A dentro do limite considerado seguro para mulheres na idade fértil e gestantes 
em qualquer período da gestação: 10.000 UI/dia ou 25.000 UI/semana; por 
período mínimo de 12 semanas na gestação até o parto; 
 
*OMS (2011) recomenda a suplementação de vit. A durante a gestação p/ as populações c/ prevalência de 
cegueira noturna ≥ 5%. 
 
 A suplementação deve ser avaliada junto à equipe do pré-natal para evitar a 
ingestão excessiva da vitamina; 
 
 A suplementação em vit. A traz benefícios para a função fetoplacentária pelo 
aumento dos níveis de progesterona (necessários ajustes fisiológicos). 
VITAMINA A 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 Ação Antioxidante; 
 Síntese de Colágeno; 
 Atuação na redução do ferro férrico a ferroso no TGI, facilitando a sua absorção, 
contribuindo para a prevenção e tratamento da anemia. 
 
A vitamina C tem papel importante no resultado da gestação 
(baixos níveis plasmáticos de ascorbato  parto prematuro). 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 85 mg/dia 
 
VITAMINA C 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 Síntese de (ác. nucleicos) DNA e RNA 
 Divisão Celular; Síntese Proteica; 
 Deficiência: assoc. à Anemia Megaloblástica (prod. anormal de hemácias); 
 
Sabe-se que as gestantes são propensas a desenvolverem deficiência de folato 
provavelmente devido ao aumento da demanda deste nutriente para o crescimento 
fetal e dos tecidos maternos (+ dieta inadequada, hemodiluição fisiológica e 
influências hormonais). 
 
A deficiência de folato pode estar associada a várias complicações na gestação, 
tais como aborto espontâneo, pré-eclâmpsia, restrito crescimento intrauterino e 
hemorragia. 
 
Evidências epidemiológicas e clínicas têm mostrado que o folato está envolvido na 
prevenção e patogênese dos Defeitos do Tubo Neural (DTN). 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 600 g/dia 
 
FOLATO 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
A suplementação de folato por meio do consumo de alimentos fortificados e/ou 
administração de suplementos tem sido recomendada: 
 
 Período periconcepcional (4 sem ant. à concepção – final 1º T*) – 0,4 mg/dia; 
*período crítico de desenvolvimento do SNC 
 Mulheres com história de DTN em gestação anterior – 4 mg/dia; 
 
No contexto da avaliação pré-concepção, o MS (2006) recomenda a administração 
oral preventiva de folato no período pré-gestacional p/ a prevenção de DTN, 
especialmente nas mulheres com antecedentes de malformações, na dosagem de 
5mg/dia, no período de 60 a 90 dias antes da concepção. 
 
Na assistência pré-natal é recomendada a suplementação diária simultânea de ferro 
e folato para a prevenção de anemia gestacional, a partir da 20ª semana de 
gestação. A dose recomendada de folato para a prevenção ou tratamento da anemia 
é na ordem de 400µg/dia (MS, 2006/2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOLATO (continuação) 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 Homeostase do Ca e P  Manutenção do Metabolismo Mineral Ósseo; 
 Crescimento Ósseo; 
 Fator Imunológico; 
 Reprodução Humana; 
 
Sua deficiência na gestante pode ocasionar hipocalcemia neonatal e/ou hipoplasia 
de esmalte da dentição decídua da criança. 
 
 São escassas as fontes naturais concentradas dessa vitamina, cuja maior 
proporção das necessidades diárias é suprida pela conversão de metabólitos 
precursores na forma ativa da vitamina, sob ação da luz solar. 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 5 g/dia 
 
VITAMINA D 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 Antioxidante Biológico; 
 
 
A deficiência de vitamina E pode causar anemia hemolítica em prematuros, 
anormalidades neuromusculares e falhas na reprodução. 
 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 15 mg/dia 
 
VITAMINA E 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 Síntese de Fatores de Coagulação; 
 
 Doença Hemorrágica do Recém-nascido: 
 Dose profilática de vitamina K, imediatamente após o nascimento; 
 Recém-nascidos são suscetíveis à deficiência de síntese de protrombina 
durante os primeiros dias de vida em virtude da: 
 
- Limitada transferência placentária de vit. K; 
- Reduzida flora intestinal produtora desta vit. nos primeiros dias de vida do RN; 
- Baixa concentração no leite materno; 
- E imaturidade do fígado para a síntese de protrombina; 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 90 g/dia 
 
VITAMINA K 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 Metabolismo de Proteínas, Ác. Nucleicos e Gorduras; 
 Metabolismo de Carboidratos 
 
 A deficiência de tiamina pode prejudicar o desenvolvimento cerebral. 
*vitamina antineurítica 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 1,4 mg/dia 
 
VITAMINA B1 – TIAMINA 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 (Combinação c/ o ác. fosfórico) Cadeia Respiratória  Produção de Energia; 
 
 Formação de cél. vermelhas: 
 Regulação das Enzimas tireoidianas; 
 
 Devido ao seu envolvimento no metabolismo energético, a riboflavina é 
importante e necessária durante a gestação em quantidades proporcionais ao 
aumento dos requerimentos energéticos; 
 
 Em estudos experimentais, deficiências graves de riboflavina foram associadas 
ao baixo peso ao nascer, defeitos congênitos e morte fetal (nenhuma analogia 
foi demonstrada em humanos). 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 1,4 mg/dia 
 
VITAMINA B2 – RIBOFLAVINA 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 Componente de Coenzimas  participação em diversos processos metabólicos; 
 
 Sugere-se que as gestantes tenham capacidade aumentada para converter 
triptofano em niacina, logo a necessidade de ingestão dietética de niacina 
durante a gestação poderia estar diminuída. 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 18 mg/dia 
NIACINA 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 Importante Coenzima envolvida no Metabolismo Proteico; 
 Essencial para o Metabolismo do Triptofano e sua Conversão à Niacina 
 Conversão do Ác. Graxo Linoleico  Ác. Graxo Araquidônico; 
 Desenvolvimento do SNC; 
 
 A piridoxina vem sendo indicada para gestantes no tratamento da hiperêmese 
gravídica; 
 A suplementação de piridoxina durante a gestação está associada à melhora do 
Índice de Apgar ( índice de vitalidade do recém-nascido); 
 Sabe-se que um aumento na ingestão proteica durante a gestação leva ao 
aumento concomitante na ingestão de B6; (função no metab. de aminoácidos) 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 1,9 mg/dia 
 
VITAMINA B6 – PIRIDOXINA 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 Compostos de Cobalamina (referência  cianocobalamina); 
 Ligação ao Fator Intrínseco  complexo; 
 
 Transferidor de grupos metil (conversão da homocisteína em metionina) 
 Regeneração da forma ativa do Ácido Fólico  síntese de b. nitrog. (DNA) 
 
 As principais manifestações de carência são anemia megaloblástica e distúrbios 
neurológicos; 
 A carência de vitamina B12 produz lesão hematológica morfologicamente 
indistinguível da produzida por deficiência de folato. 
 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 2,6 g/dia 
 
VITAMINA B12 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 
 Durante a gestação, aproximadamente 25 a 30g de Ca são transferidas para o 
feto, principalmente, no 3º trimestre, embora no 2º trimestre já ocorra 
considerável mineralização. 
 
 A deficiência deste nutriente pode afetar o resultado gestacional: 
 
- prejuízo no crescimento e desenvolvimento fetal; 
 
- alteração da permeabilidade da membrana e excitabilidade, bem como afetar a 
pressão sanguínea e propiciar contrações uterinas prematuras e, 
consequentemente, parto prematuro. 
 
CÁLCIO 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
 Durante a gestação, ocorrem mudanças no metabolismo de Ca que favorecem 
a transferência deste elemento para o feto (hormônios reguladores de Ca). 
 
 Um aumento na calcitonina pode proteger o esqueleto materno e as 
necessidades fetais sãoatingidas devido ao aumento da eficácia da absorção 
de Ca dietético. 
 
 A deficiência de Ca tem sido relacionada a prejuízos no crescimento e 
desenvolvimento fetal, na pressão arterial, na alteração de membrana, 
contrações e partos prematuros. 
 
 Poucos estudos sobre o efeito da ingestão materna de Ca e processo de 
mineralização óssea do feto humano. Mas, sabe-se que a suplementação de 
cálcio durante a gestação pode proteger o esqueleto fetal, aumentando 
significativamente a densidade óssea. 
 
 Anormalidades esqueléticas não foram descritas devido à deficiência de cálcio. 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 1000 mg/dia 
 
CÁLCIO (continuação) 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
DESTAQUE: 
 Nutriente essencial p/ a síntese de hemoglobina; 
 Participação na distribuição de oxigênio.  Respiração de cél maternas e fetais; 
 
 Durante a gestação, as mulheres necessitam de Fe para repor suas perdas 
basais, para a expansão da massa eritrocitária, além de suprir as necessidades 
para o crescimento do feto e da placenta; 
 
 Necessário: reposição das perdas sanguíneas durante o parto; 
 
As necessidades de Fe não se distribuem de maneira uniforme ao longo da 
gestação. E é fato reconhecido que as necessidades de Fe dificilmente são 
atingidas somente por meio da dieta. 
 
A anemia ferropriva na gestação está associada a aumento da mortalidade 
perinatal e prematuridade. 
 
RECOMENDAÇÃO (19 a 50 anos): 27 mg/dia 
 
FERRO 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
FATORES INTRÍNSECOS 
 
O trato intestinal tem um papel muito importante no mecanismo de reciclagem do 
ferro corporal, pois a absorção pode ser modificada conforme as necessidades do 
organismo: 
RESERVAS  ABSORÇÃO (e, se altas,  inibição) 
 
SITUAÇÕES FISIOLÓGICAS (Gestantes e Crianças até 2 anos): 
 
Como as necessidades de ferro corporal estão relacionadas às diversas etapas da 
vida em que há maior taxa de crescimento, o grau de absorção intestinal de ferro 
também está vinculado à faixa etária. 
 
*na gestação, a absorção encontra-se triplicada, principalmente, no 3º trimestre gestacional, 
quando ocorre aumento na absorção deste mineral entre 10 a 50%. 
 
SITUAÇÕES DE DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL: 
 
*há evidências de que um indivíduo anêmico pode absorver 2 a 3 vezes mais ferro do que 
um indivíduo normal. 
 
 
FERRO (absorção e biodisponibilidade) 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
FATORES EXTRÍNSECOS 
 
FATORES FACILITADORES: ácido ascórbico; carnes em geral; aminoácidos 
como lisina, cisteína e histidina; ácidos cítrico, málico e tartárico; açúcares, como a 
frutose; 
 
FATORES INIBIDORES: minerais, como o zinco, cobre, cobalto, níquel, cádmio e 
manganês; fitatos, presentes nos cereais; ácido oxálico, presente no espinafre e 
na beterraba; compostos fenólicos como flavanóides, ácidos fenólicos, polifenóis e 
taninos, encontrados nos chás preto e mate, café e certos refrigerantes; sais de 
cálcio e fósforo, encontrados em fontes protéicas lácteas; as fibras. 
 
 
A orientação nutricional para a gestante deve incluir medidas dietéticas 
que melhorem a absorção desse nutriente. 
 
 
FERRO (absorção e biodisponibilidade) 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
(19 a 50 anos): 
 
 FÓSFORO – 700 mg/dia; 
 
 IODO – 220 µg/dia; 
 
 ZINCO – 11 mg/dia; 
 
 COBRE – 1000 µg/dia; 
 
 MAGNÉSIO – 350 (19 a 30 anos); 360 mg/dia (31 a 50 anos); 
 
 SELÊNIO – 60 µg/dia; 
 
DEMAIS MINERAIS 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
 Os ác. graxos essenciais (n-3, n-6 e n-9) são nutrientes biologicamente 
importantes e considerados potentes mediadores bioquímicos diretamente 
relacionados à resposta imunológica. 
 
 Apesar do conhecimento extenso de seus benefícios na saúde humana, ainda 
não há consenso sobre a recomendação desses nutrientes para o período 
gestacional. 
 
 LC-PUFA (long-chain polyunsaturated fatty acid): extenso estoque corpóreo e 
capacidade de síntese através de seus precursores, no organismo materno. 
 
 Diretamente relacionados ao desenvolvimento do SNC fetal, assim com são 
parte do componente estrutural da retina. 
 
 Alguns estudos sugerem que a ingestão de peixe (salmão, sardinha, arenque) e 
óleo de peixe, óleo de soja, milho, girassol, entre outros de origem vegetal, 
fontes de ác graxos essenciais, durante o período gestacional  redução do 
risco de partos pré-termos e associação com maior peso ao nascer. 
ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
 Apesar da prática clínica usual de suplementação nutricional em consultórios de 
Obstetrícia, as únicas recomendações oficiais são as propostas pelo Ministério 
da Saúde que recomenda a utilização de dose profilática diária de ferro 
associada a ácido fólico. 
 
 Avaliação dos casos de mulheres com dieta restrita e com pequena quantidade 
de alimentos de origem animal: 
 
 Para as ovo-lactovegetarianas, deve ser recomendada a suplementação de vit. 
B12; 
 
 Para gestantes de gestação gemelar e as que fumam ou que usam álcool e 
drogas, a suplementação multivitamínica e de minerais deve ser recomendada. 
SUPLEMENTAÇÃO 
DIETA VARIADA 
DESTAQUES 
AMORIM F., 2018 
*(!) industrializados, lanches, fast 
food, tabagismo (...) 
DESTAQUES 
AMORIM F., 2018 
BUSCA ATIVA 
 Consultar o Cap.´s 6, 7, 8 – Ajustes fisiológicos da gestação; Assistência nutricional 
pré-natal; Recomendações nutricionais na gestação (ACCIOLY, 2009); 
 
 Cap. 9 – Gestante Adolescente (assist. PN; equação TMB; NAF; e IDRs diferenciados) 
 
 Consultar demais bibliografias/referências científicas (AULA  APOIO); 
 
 Revisão da base teórica  funções/metabolismo; 
 
 Consultar as Tabelas de Composição recomendadas e reconhecer os 
alimentos-fonte para vitaminas e minerais; 
 
 Reconhecer os micronutrientes “críticos” para a gestação  estudo intensivo. 
 
 
PLANEJAMENTO DIETÉTICO

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