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Sp 3.4 A coisa está ficando difícil 1 🍺 Sp 3.4 A coisa está ficando difícil Valter Quila, 52 anos, um alcoólatra conhecido, foi trazido à emergência pela proprietária da pensão em que ele mora, que relatou que ele bebeu muito na última semana. Durante esse tempo, seu apetite diminuiu gradualmente e ele não tinha se alimentado adequadamente nos últimos três dias. Durante a consulta, ele estava confuso, agressivo, trêmulo e suando profusamente. Sua fala era incompreensível. A frequência cardíaca estava rápida (126 bpm). Apresentava-se ainda levemente ictérico e edemaciado. Quando a pressão sanguínea estava sendo determinada, ele teve uma convulsão. A glicose sanguínea, medida pouco antes do início da convulsão, era de 40 mg/dl (normal: 70 a 99 mg/dl). O etanol sanguíneo medido no mesmo tempo era de 295 mg/dl (nível de intoxicação – estado confuso: 150-300 mg/dl). Desenvolveu acidose metabólica moderada, sendo liberado no quarto dia de internação após avaliação metabólica e realização de tomografia computadorizada cerebral, sem alterações. Acompanhamento não revelou sequelas. Após algumas semanas, voltou ao mesmo hospital atendido anteriormente com queixa de dor intensa no joelho esquerdo e no hálux, o qual se encontrava hiperemiado e edemaciado há 3 dias. Em seus antecedentes, destacava apenas 1 episódio anterior de dor articular, que desaparecera sem tratamento após 2 dias de duração. Exames laboratoriais da urina de 24 horas apresentaram: pH da urina: 4,5; Ácido Úrico: 1,52 g (normal: 300-800 mg/urina de 24 horas) e Ácido Úrico plasmático: 11,8 mg/dl (normal: 2,5-8,0 mg/dl). O tratamento medicamentoso preconizado foi utilização de Colchicina e Alopurinol (Zyloric). Problemas: Tomografia Uso da Colchicina e Alopurinol (Zyloric). Sp 3.4 A coisa está ficando difícil 2 Hepatopatia Hiperacidez Alcoolismo e acidose metabólica Má alimentação Confuso, agressivo, tremulo e fala incompreensível (suando) FC alterada Ictérico, edemaciado, convulsão, HGT e etanol alterado Exames laboratoriais alterados; Algia hálux, joelho e articular. (retorno ao hospital) Hiperemia Hipóteses: Tomografia para esclarecer convulsão Alteração de parâmetros por má alimentação e álcool Álcool potencializou a crise convulsiva O álcool agravou/desencadeou enfermidades do paciente Exames lab alterados tem relação com a idade avançada do paciente HGT baixo por causalidade do álcool Algia hálux, joelho e articular relacionado a acido úrico Sintomas e exames indicam hiperacidez Possui algum problema prévio com os sintomas apresentados Problemas articulares relacionados a osteoporose e artrite Má nutrição relacionada com o etilismo Acidez metabólica está relacionada a doenças renais Questões de Aprendizagem: O que é acidose metabólica e suas causas? Sp 3.4 A coisa está ficando difícil 3 → Acidose metabólica é o acúmulo de ácido por causa de Aumento da produção de ácido ou ingestão ácida Diminuição da excreção ácida Perdas gastrintestinais ou renais de HCO3− Ocorre acidemia (pH arterial < 7,35) quando a sobrecarga de ácido ultrapassa a compensação respiratória. As causas são classificadas pelos seus efeitos no hiato aniônico (ver tabela Causas da acidose metabólica ). → As causas mais comuns de acidose com hiato aniônico elevado são Cetoacidose Acidose láctica Insuficiência renal Ingestão de toxinas A cetoacidose é uma complicação comum do diabetes mellitus tipo 1 (ver cetoacidose diabética ), mas também ocorre com alcoolismo crônico (ver cetoacidose alcoólica ), desnutrição e, em menor grau, jejum. → Nesses casos, o corpo troca o metabolismo da glicose pelo de ácidos graxos livres (AGL); os ácidos graxos livres são convertidos pelo fígado em cetoácidos, ácido acetoacético e beta-hidroxibutirato (todos ânions não dosáveis). A cetoacidose é também uma manifestação rara de acidemia congênita isovalérica e metilmalônica. → A acidose láctica é a causa mais comum de acidose metabólica em pacientes hospitalizados. O acúmulo de lactato resulta da associação do excesso de formação de lactato e da diminuição do seu metabolismo. Ocorre produção excessiva de lactato nos estados de metabolismo anaeróbico. A forma mais grave se dá nos vários tipos de choque. A diminuição do metabolismo geralmente cursa com disfunção hepatocelular decorrente da diminuição da perfusão hepática ou como parte do quadro de choque generalizado. Doenças e fármacos que prejudicam a função mitocondrial podem causar acidose láctica. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/regula%C3%A7%C3%A3o-e-dist%C3%BArbios-%C3%A1cido-base/dist%C3%BArbios-%C3%A1cido-base#v37917236_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/regula%C3%A7%C3%A3o-e-dist%C3%BArbios-%C3%A1cido-base/acidose-metab%C3%B3lica#v987449_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/diabetes-melito-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-de-carboidratos/cetoacidose-diab%C3%A9tica-cad https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/diabetes-melito-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-de-carboidratos/cetoacidose-alco%C3%B3lica Sp 3.4 A coisa está ficando difícil 4 Quais alterações percebesse nos exames realizados? E suas consequências? glicose sanguínea - 40 mg/dl (normal: 70 a 99 mg/dl) → Hipoglicemia: etanol sanguíneo - 295 mg/dl (nível de intoxicação – estado confuso: 150-300 mg/dl). → A mais importante manifestação da sua intoxicação aguda é a depressão do sistema nervoso central. Níveis sangüíneos maiores que 60 mg/dL são considerados como impeditivos para direção pela legislação atual. Níveis de etanol maiores de 500 mg/dL estão associados com inibição do centro respiratório e óbito. Podem também ser utilizadas para monitorização dos níveis de etanol no tratamento da intoxicação por metanol ou etilenoglicol. pH da urina: 4,5; → O pH urinário pode variar entre 4,5 e 8,0 e seu uso é mais importante na vigência de uma acidose metabólica. Normalmente, a resposta renal a uma acidemia é aumentar a excreção de ácidos na urina, fazendo com que o pH tenda a ficar abaixo de 5,5. Ácido Úrico: 1,52 g (normal: 300-800 mg/urina de 24 horas) → O excesso de ácido úrico é caracterizado por inchaço, inflamação, dor e sensibilidade nas juntas. Pode afetar as articulações dos pés, base dos dedos, joelhos, tornozelos, pulsos e dedos das mãos. Os principais sintomas de ácido úrico alto, que afeta principalmente os homens, são: Dor e inchaço em uma articulação, especialmente o dedão do pé, tornozelo, joelho ou dedos; Dificuldade em movimentar a articulação afetada; Vermelhidão no local da articulação, que pode até ficar mais quente que o habitual; Deformação da articulação, devido ao acúmulo excessivo de cristais. Cálculo Renal Sp 3.4 A coisa está ficando difícil 5 → O que não se deve comer quando se tem excesso de ácido úrico Idealmente o melhor tipo de alimentação para pessoas com excesso de ácido úrico é aquela que inclui apenas o uso de alimentos orgânicos, contendo pouca quantidade de produtos industrializados. No entanto, dentro dos alimentos orgânicos também se devem evitar aqueles que são mais ricos em purinas, como: Carne vermelha em excesso; Marisco, mexilhão, cavala, sardinha, arenque e outros peixes; Fruta muito madura ou muito doce, como manga, figo, caqui ou abacaxi; Carne de ganso ou frango em excesso. Ácido Úrico plasmático: 11,8 mg/dl (normal: 2,5-8,0 mg/dl) homem 4,3-8 mg/d mulher 2,6-3 mg/dl Valores aumentados podem indicar: Gota, transtornos da função renal, infecções Mecanismo de controle do PH e como diagnosticar sua alteração? (todos) Como se dá o mecanismo de degradação do álcool? Ocasionou a convulsão? (porfirina e relação neurológica) Porfirinas: Problemas articulares, relação com Gota, alcoolismo e ácido úrico? Medicamentos? → O que é a gota? A gota é uma doençainflamatória que acomete sobretudo as articulações e ocorre quando a taxa de ácido úrico no sangue está em níveis acima do normal (hiperuricemia). → O que causa a gota? Sp 3.4 A coisa está ficando difícil 6 O aumento nas taxas de ácido úrico no sangue pode ocorrer tanto pela produção excessiva quando pela eliminação deficiente da substância. É importante saber que nem todas as pessoas que estiverem com a taxa de ácido úrico elevada (hiperucemia) desenvolverão a gota. A maioria dos portadores de gota é composta por homens adultos com maior incidência entre 40 e 50 anos e, principalmente em indivíduos com sobrepeso ou obesos, com vida sedentária e usuários de bebidas alcoólicas com freqüência. As mulheres raramente desenvolvem gota antes da menopausa e geralmente tem mais de 60 anos de idade quando a desenvolvem. → Quais são os sintomas? Com o aumento da concentração de ácido úrico no sangue, ocorre a deposição de cristais nos tecidos, principalmente nas articulações, causando inflamação e consequentemente dor e inchaço acometendo principalmente as articulações do dedão, tornozelos e joelhos. A gota é caracterizada, inicialmente, por ataques recorrentes de artrite aguda, provocados pela precipitação, nos espaços articulares, de cristais de ácido úrico. O quadro clássico consiste em dor que freqüentemente começa durante a madrugada e é intensa o suficiente para despertar o paciente. Embora qualquer articulação possa ser afetada, sobretudo as dos membros inferiores, o hálux (dedão) é a articulação mais frequentemente envolvida na primeira crise. Além da dor a articulação comumente apresenta-se inflamada com presença de calor, rubor (vermelhidão) e inchaço. Também pode haver formação de cálculos, produzindo cólicas renais e depósitos de cristais de ácido úrico debaixo da pele, formando protuberâncias localizadas nos dedos, cotovelos, joelhos, pés e orelhas (tofos). → Qual é o tratamento? Não há cura definitiva para a gota. O tratamento visa diminuir a dor e inflamação nas crises agudas e a correção da hiperuricemia subjacente com o objetivo de prevenir episódios futuros e evitar lesões nas articulações. É necessário evitar os fatores desencadeantes ou que propiciam a formação de ácido úrico, além de um aumento na ingestão de líquidos para otimizar a taxa de fluxo urinário. A crise aguda de gota pode ser controlada com o uso de colchicina, antiinflamatórios ou a associação de ambos com alívio em geral Sp 3.4 A coisa está ficando difícil 7 após 2 horas da dose inicial. Essas medicações devem ser usadas sempre sob prescrição médica e com cautela em pacientes com insuficiência renal, hipertensão, ulceração péptica ou gastrite. Medicações com objetivo específico de diminuir os níveis de ácido úrico também devem ser iniciadas e mantidas a longo prazo, com o cuidado de se aguardar a resolução completa da crise aguda para o seu início. Quando a presença de tofos prejudica a função articular a retirada cirúrgica também pode ser indicada. É importante frisar que a gota não é uma doença incapacitante e quando tratada adequadamente não interfere na qualidade de vida. → E se eu não tratar? Sem tratamento as crises leves geralmente desaparecem depois de um ou dois dias, enquanto as crises mais graves evoluem rapidamente para uma dor crescente em algumas horas e podem permanecer nesse nível durante uma semana ou mais. O desaparecimento completo dos sintomas pode levar várias semanas. Após a primeira crise em geral o paciente volta a levar uma vida normal, o que geralmente faz com que ele não procure ajuda médica imediata. Uma nova crise pode surgir em meses ou anos e a mesma ou outras articulações. Sem tratamento, o intervalo entre as crises tende a diminuir e a intensidade a aumentar. O paciente que não se trata pode ter suas articulações deformadas e ainda apresentar depósitos de cristais de monourato de sódio em cartilagens, tendões, articulações e bursas. Recomendações para os portadores de gota: Evitar o consumo de frutos do mar, sardinha, miúdos (rim e fígado), excesso de carne vermelha e pele de aves quando os níveis de ácido úrico estiverem altos porque você pode desencadear uma crise. Sob tratamento, esses alimentos podem ser ingeridos sem exagero O consumo de bebidas alcoólicas também pode ser feito sem exageros quando os níveis de ácido úrico estiverem controlados Evitar uma dieta hipercalórica, pois leva à obesidade que é um fator de risco para os portadores de gota além do excesso de peso sobrecarregar as articulações inflamadas Aumentar a ingesta hídrica Sp 3.4 A coisa está ficando difícil 8 Procure o tratamento e acompanhamento médico adequado caso haja doenças associadas como hipertensão arterial, diabetes, etc. Portfólio: Em comparação com as outras Sps, essa me desapontou um pouco... Achei bem desinteressante a forma abordada, não prendeu nenhum pouco minha atenção, confesso que fiquei bem desatenta na aula e perdida por não saber exatamente do que se abordava a Situação problema. Essa parecia semelhante com outras coisas que havíamos visto e abordou apenas mais alguns exames.
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