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RECEPTORES IMUNOLÓGICOS E A TRANSDUÇÃO DE SINAIS Atuam em várias funções essenciais, como a indução da sinalização intracelular (ativa a célula), a adesão célula-célula/célula-MEC e a internalização de moléculas/células extracelulares. Inicia-se com uma fase citosólica, com a alteração enzimática da porção citoplasmática ou das proteínas associadas. ○ Leva a uma fase nuclear, com a ação dos fatores nucleares. ○ → VISÃO GERAL DA TRANSDUÇÃO DE SINAL Iniciada a partir de receptores integrais da membrana plasmática, que reconhecem ligantes solúveis secretados ou estruturas ligadas à MP de outra célula ou à MEC, ou receptores nucleares, que são fatores de transcrição intracelulares. Ligação cruzada: Agrupamento ligante-induzido de proteínas do receptor, alterando sua conformação. Em receptores da superfície celular. ○ → Adição enzimática de fosfato à cadeia lateral de uma Tyr, Ser ou Tre na porção citosólica do receptor/proteína adaptadora é comum. Feita por proteínas quinases, como tirosina quinases proteicas e serina/treonina quinases. ○ Quinases lipídicas fosforilam substratos lipídicos. ○ → Adição covalente de moléculas de ubiquitina marca proteínas para a degradação ou as direcionam para a transdução de células. → Adição de lipídeos direciona as proteínas a uma região da MP em que interagem de maneira mais eficiente. → CATEGORIAS: Tirosina quinases não receptoras: Parte intracelular possui uma tirosina quinase intracelular separada, que fosforila motivos específicos no receptor/proteínas associadas. Receptores que reconhecem antígenos e as porções Fc de anticorpos. 1. Tirosina quinases receptoras (RTKs): Ativam 1 ou + domínios tirosina quinase intrínsecos na cauda citoplasmática dos receptores quando formam ligações cruzadas com ligantes extracelulares multivalentes. 2. Receptores nucleares: Localizados no núcleo ou migram a ele, atuando como fatores de transcrição. Ligantes são lipossolúveis. 3. Receptores acoplados à proteína G (GPCRs): Ativam proteínas ligantes de GTP, trocando GDP por esse, levando a eventos downstream. 4. Outras classes: Receptores da família Notch: Clivam proteoliticamente receptores e realizam translocação nuclear do domínio citoplasmático clivado. Proteínas Wnt: Influenciam linfopoiese 5. PROTEÍNAS E ADAPTADORES DE SINALIZAÇÃO MODULAR: Muitas vezes são compostas por módulos distintos, com funções específicas de catálise ou ligação. → Quinases da família Src: Têm a c-Src como protótipo, que possui domínios como Src homologia 2 (SH2) e 3 (SH3). Tem um domínio tirosina quinase catalítica e um N-terminal que liga-se ao ácido mirístico e à proteína. ○ Domínios SH2 ligam-se a peptídeos com fosfotirosina em certas proteínas, os quais recrutam quinases Syk ao receptor. ○ Domínios SH3 auxiliam na mediação de interações proteína-proteína. ○ Domínios PH, com tirosina quinase Btk, reconhecem fosfatidilinositol trifosfato (PIP3). ○ → Principais categorias de receptores de sinalização dos sistema imune Fases citosólicas e nucleares da sinalização originada na superfície celular Essas proteínas sinalizadoras atuam como eixos moleculares que se ligam a diferentes enzimas, formando complexos de moléculas sinalizadoras. LAT (linker for the activation of T cells) são integrais de membrana; BLNK (B cell linker), SLP-76 (SH2 domain-containing linker protein) e GADS (Grb-2- related adaptor protein downstream of Shc) são citosólicas. ○ Contém domínios SH2 e SH3, os quais possuem resíduos tirosina que podem ser fosforilados, determinando onde domínios SH2 específicos ligam-se à PIP3- quinase. ○ Trechos ricos em prolina podem ligar-se a um domínio SH3 em uma tirosina quinase distinta. ○ → Cria o ''fenômeno das redes sociais", com um sinal inicial resultando na ativação de enzimas específicas que influenciam a localização celular ou fatores de transcrição a downstream. → POLIMERIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DO TIPO PRÍON: Príons são proteínas anormais capazes de propagar alterações conformacionais a outras moléculas da mesma proteína. Conformação a-hélice solúvel dobrada erroneamente em B- folha, a qual catalisa a alteração conformacional de outras moléculas com a conformação a- hélice. ○ → Via de RIG-I: MAVS. Após a ligação do dsRNA à RIG-1, forma IFN-I. ○ → Via NLRP3: Proteína ASC. Fibras ASC direcionam a formação do inflamassoma e a produção de IL-1. ○ → FAMÍLIA DOS RECEPTORES IMUNOLÓGICOS Receptores com proteínas integrais de membrana da superfamília de imunologulinas (Ig) envolvidos no reconhecimento dos ligantes. Associação a proteínas transmembrana de sinalização com motivos ricos em Tyr. Motivos de ativação baseados na tirosina do imunorreceptor (ITAMs). Motivo de inibição baseado na tirosina do imunorreceptor (ITIM). ○ Próximos a tirosina quinases não receptoras da família Src. ○ → Motivos ITAM são fosforilados por quinases da família Src na ativação dos receptores, recrutando Syk/ZAP-70, com domínios SH2, alterando a conformação e ativando os receptores. ○ Motivos ITIMs fosforilados recrutam tirosina fosfatases/fosfatases lipídicas de inositol, removendo fosfato da porção fosfotirosina e neutralizando a ativação do receptor pela ITAM. ○ Receptores antigênicos de células B e células T e porções Fc em células mieloides e mastócitos e receptores de ativação e de inibição em células NK, T e B. Formam complexos com ITAM envolvidos na transdução de sinais. ○ Proteínas CD3 do complexo receptor da célula T (TCR). ○ → IgA e IgB de receptores antigênicos de células B. ○ Componentes de receptores Fc em células NK. ○ CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SINALIZAÇÃO DOS RECEPTORES ANTIGÊNICOS: Ligantes multivalentes agrupam receptores, ativando uma quinase da família Src, alterando a conformação da cauda, que expõe os resíduos Tyr do motivo ITAM citosólico. 1. Quinase Src ativada fosforila Tyr dos ITAMs.2. Tirosina quinase da família Syk, com domínios SH2, reconhece 2 tirosinas fosforiladas em 1 ITAM. 3. Quinase Syk é ativada, com a fosforilação da Tyr de proteínas adaptadoras e enzimas. 4. Alterações na força de sinalização do TCR e BCR influenciam as respostas de linfócitos em seu desenvolvimento e ativação. Sinalização fraca de receptores mantém clones com receptores funcionais vivos. ○ Sinalização forte de receptores funcionais induz apoptose de receptores antigênicos autorreativos. ○ → Há 3 mecanismos que ajustam a sinalização do receptor antigênico. Uso progressivo do ITAM: Um número maior é fosforilado de acordo com a ligação forte/prolongada do antígeno. Indica a afinidade do antígeno pelo TCR. I. Aumento da ativação celular por correceptores: Possuem enzimas de sinalização ligadas a sua cauda citoplasmática, facilitando a fosforilação de ITAMs. II. Modulação da sinalização por receptores de inibição: CTLA-4 e PD-1 são de células T e CD22 e FcyRIIB, em células B. III. Receptores coestimuladores: Fornecem segundos sinais aos linfócitos, como CD28 (células T). IV. → Estrutura modular de tirosina quinases Membros selecionados da família de receptores imunes COMPLEXO RECEPTOR E A SINALIZAÇÃO EM CÉLULAS T ESTRUTURA DO RECEPTOR ANTIGÊNICO DAS CÉLULAS T: Aqueles restritos ao MHC são heterodímeros com 2 cadeias polipeptídicas transmembrana, TCR a e B, covalentemente ligadas uma à outra por pontes dissulfeto. Células T aB são as mais comuns.○ → Há um domínio N-terminal variável (V) do tipo Ig e um constante (C), do tipo Ig. Regiões V: Contém trechos curtos de aminoácidos, com variabilidade concentrada (regiões hipervariantes). Há 3 CDRs na cadeia alfa e 3 regiões similares na beta, formando a região que reconhece os complexos peptídeo-MHC. ○ Domínio V da cadeia B possui uma quarta região hipervariável que não participa do reconhecimento. ○ Regiões C: Em dobradiças curtas com resíduos Cys, seguidas poruma porção hidrofóbica transmemrbana. Há Lys na cadeia alfa e Arg na B, interagindo com outros polipeptídeos carregados negativamente. ○ → Proteínas CD3 e ζ estão associadas de forma não covalente no heterodímero TCR, formando o complexo e transduzindo sinais quando há o reconhecimento antigênico. CD3y, δ e ɛ são homólogas entre si, com a porção N-terminal apresentando um domínio Ig. ○ As 3 cadeias CD3 têm 1 resíduo de aspartato que se liga a resíduos carregados positivamente das cadeias a e B do TCR. ○ → Cada complexo TCR tem um heterodímero TCR aB associado a um heterodímero CD3 γɛ, um heterodímero CD3 δɛ e um homodímero ζ ligado por pontes dissulfeto. → Proteínas CD3 γ, δ e ɛ têm um ITAM, enquanto a ζ é expressa como homodímero, estando associada a receptores de sinalizaçaõ em outros linfócitos, como Fcy de células NK. → INICIAÇÃO DO SINAL: Ligação dos complexos MHC-peptídeo ao TCR agrupa correceptores com o receptor antigênico e os resíduos tirosina do ITAM do CD3 e ζ são fosforilados. → PAPEL DO CD4 E CD8 NA ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS T: CD4 e CD8 são correceptores que se ligam às regiões não polimórficas do MHC, facilitando a sinalização pelo complexo TCR. Células T aB maduras expressam CD4 ou CD8, que interagem com MHC de classe II e I, respectivamente. ○ → CD4 é expresso como monômero Ig em células T periféricas e timócitos, assim como em fagócitos mononucleares e algumas células dendríticas. Dois domínios N- terminais ligam-se aos domínios não polimórficos a2 e B2 do MHC de classe II. ○ → CD8 está como heterodímeros ligados por dissulfeto com duas cadeias CD8a e CD8B. Ambas cadeias têm 1 domínio extracelular Ig, uma região transmembrana hidrofóbica e uma caudacitoplasmática. ○ Liga-se ao domínio a3 do MHC de classe 1, a parte do a2 e com o B2-microglobulina. ○ → Lck fica próxima às ITAMs no CD3 e na ζ, fosforilando os resíduos Tyr, o que permite o recrutamento da ZAP-70. Essa fosforilação inicial às ITAMs é promovida pela porção tirosino- quinase do CD3 e CD4. ○ → ATIVAÇÃO DE TIROSINA QUINASES E DE QUINASES LIPÍDICAS DURANTE A ATIVAÇÃO DE CÉLULAS T: → A ZAP-70 vira um substrato para a Lck, que fosforila resíduos Tyr específicos. → O recrutamento de múltiplas ZAP-70 para os ITAMs fosforilados permite superar o limiar para iniciar as respostas downstream. → PIP3-quinase é recrutada para o complexo TCR e proteínas adaptadoras associadas, fosforilando o PIP2 a PIP3. Permite que proteínas com domínio PH liguem-se. ○ → RECRUTAMENTO E MODIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS ADAPTADORAS: ZAP-70 ativa fosforila proteínas adaptadoras, que se ligam a moléculas de sinalização. → LAT: Liga-se diretamente à PLCy1, que coordena o recrutamento de outras proteínas adaptadoras, como SLP-76, GADS e Grb-2. Forma o sinalassoma.○ ▫ FORMAÇÃO DA SINAPSE IMUNOLÓGICA: Várias moléculas de superfície das células T e sinalizadoras intracelulares vão ao sítio de contato entre células T e APC após o contato com MHC. → Isso cria um aglomerado de ativação supramolecular (SMAC). TCR; correceptores CD4 ou CD8; receptores coestimuladores; enzimas (PKC) e proteínas adaptadoras. ○ c-SMAC é a SMAC central.○ → Integrinas na periferia da sinapse estabilizam a ligação entre células T e APCs, formando a p-SMAC. → Sinalização do TCR e do receptor coestimulados é iniciada em balsas lipídicas, promovendo rearranjos no citoesqueleto que aglutinam as balsas. → FUNÇÕES: Criar um contato estável entre célula T antígeno-específica e uma APC. 1. Garantir a transferência específica do conteúdo de grânulos secretórios e citocinas de uma célula T às APCs/alvos em contato com a célula. Acúmulo de moléculas favorece as interações CD40L-CD40. ▫ 2. Sítio importante ao turnover de moléculas sinalizadoras, pela ubiquitinação e transferência aos endossomos tardios e lisossomos. 3. VIAS DE SINALIZAÇÃO DA PROTEÍNA QUINASE ATIVADA POR MITÓGENO: Proteínas G estimulam ao menos 3 proteínas quinases ativadas por mitógeno (MAP) diferentes, que ativam fatores de transcrição distintos. → Ras e Rac são membros dessa família ativos downstream. → VIA RAS: Ligação do TCR ativa a quinase ativada por receptor extracelular (ERK). 1. ERK ativa fatores de transcrição downstream. 2. Ras é fosforilada, indo de GDP a GTP.3. A ZAP-70 fosforila LAT no local de agrupamento TCR, que permite o acoplamento do domínio SH2 de Grb-2. → Grb-2 recruta SOS, um fator de troca GDP/GTP da RAS, ativando a cascata de 3 quinases MAP. → RAS ativa Raf, que fosforila e ativa MEK-1, que fosforila e ativa ERK. → ERK vai ao núcleo e fosforila Elk, que estimula a transcrição de c-FOS (fator de transcrição da proteína de ativação 1, AP-1). → Papel da PI3-quinase nas respostas de células T RECRUTAMENTO PARALELO DE VAV: Grb-2 e SOS recrutam e ativam a Vav, uma proteína de troca GTP/GDP, que atua em Rac, gerando Rac-GTP. → Rac-GTP inicia uma cascata MAP quinase paralela, com a ativação de JNK (Quinase N-terminal c-Jun), que fosforila c-Jun e essa, p38, que ativa vários fatores de transcrição. → VIAS DE SINALIZAÇÃO MEDIADAS POR CÁLCIO E PROTEÍNA QUINACE C EM LINFÓCITOS T: Leva à ativação da isoforma y1 da enzima fosfolipase C (PLCy1), e os produtos da hidrólise dos lipídeos de membrana mediada por PLCy1 ativam eventos de sinalização adicionais que induzem fatores de transcrição em células T. PLCy1 é uma enzima citosólica recrutada por tirosinas fosforiladas da LAT, sendo fosforilada pela ZAP-70 e outras quinases. ○ Catalisa a hidrólise do fosfolipídeo fosfatidilinositol 4,5- bifosfato PIP2, gerando IP3 e DAG. ○ → IP3 aumenta o cálcio citosólico livre após a ativação das células T pela abertura do canal de cálcio do RE regulado por ligante. Cálcio atua com a calmodulina, ativando enzimas como calcineurina (serina/treonina fosfatase). ○ → DAG ativa a algumas isoformas de PKC associadas à membrana, mudando sua conformação e tornando seu sítio catalítico acessível aos substratos. PKC- está na sinapse imunolótica e ativa o NF-kB. ○ → ATIVAÇÃO DE FATORES DE TRANSCRIÇÃO QUE REGULAM A EXPRESSÃO GÊNICA DAS CÉLULAS T: Enzimas geradas pela sinalização TCR ativam vários fatores de transcrição que se ligam a regiões reguladoras de vários genes em células T, aumentando sua transcrição. → NFAT: Está inativo em linfócitos T em repouso, sendo ativo via desfosforilação pela calcineurina (fosfatase cálcio- calmodulina-dependente), revelando um sinal de localização nucelar. Liga-se a regiões reguladoras do gene IL-2 e outros. ▫ AP-1: Ativo por sinais mediados pelo TCR. Formado pelas proteínas Fos e Jun, associando-se a outros fatores de transcrição. ▫ Ativação de fatores de transcrição em células T NF-kB: Fatores de transcrição relacionados e ativos em resposta a sinais do TCR. Homodímeros e heterodímeros de proteínas homólogas ao produto de um proto-oncogene celular c- rel. ▫ miRNA: Formam RISC (Complexo de silenciamento induzido por RNA), que silencia mRNAs complementares. ▫ MODULAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DA CÉLULA T: Tirosina fosfatases removem porções de fosfato de resíduos de tirosina em proteínas, inibindo a sinalização do TCR. SHIP-1 e SHIP2 (inositol fosfatase contendo domínio SH2) removem um grupo fosfato do PIP3, antagonizando a PIP3-quinase. ○ Recrutadas aos ITIMs, sendo fosforilados pelas tirosina- quinases na ativação dos linfócitos. ○ → CD45 é uma tirosina fosfatase receptora em todas as células hematopoéticas, com cauda citoplasmática que mantém essa função. Desfosforila resíduos inibidores de tirosina em quinases da família Src. ○ → SINALIZAÇÃO DE RECEPTORES COESTIMULADORES: Sinais coestimuladores são gerados por receptores que reconhecem ligantes nas APCs e cooperam com sinais do TCR para ativar células T. → FAMÍLIA CD28: B7-1 (CD80) e B7-2 (CD86) são expressas em células dendríticas ativadas e outrasAPCs, ligando-se ao receptor CD28. → Coestimulador induzível (ICOS) desenvolve células T auxiliares foliculares. → FAMÍLIA CD2 (MOLÉCULA DE ATIVAÇÃO DA SINALIZAÇÃO LINFOCÍTICA): Família SLAM: Proteína integral de membrana com dois domínios Ig extracelulares e uma cauda citoplasmática longa. Cauda citoplasmática SLAM contém o motivo de troca com base na tirosina do imunorreceptor (ITSM). Depende do adaptador SAP (Proteína associada a SLAM), mediando a alteração de uma função de inibição. ○ SLAM de células T podem interagir com o de células dentríticas. ○ → ITSM medeia a troca da ligação de uma tirosina fosfatase SHP-2 por uma tirosina quinase. ○ Domínios Ig de SLAM fazem interações homofílicas, com o motivo ITSM ligando- se à SAP, que forma uma ponte entre SLAN e Fyn (ligada à CD3 em células T). → 2B4 está em células NK, T CD8+ e T γδ. Liga-se à proteína adaptadora SAP, recrutando Fyn. → ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA ATIVAÇÃO DE CÉLULAS T: Maior transporte de glicose.→ Produção de energia passa a ser feita por glicólise, no efeito Warbug. Não usa substratos além da glicose, proporcionando moléculas necessárias à síntese de novas macromoléculas. ○ → COMPLEXO RECEPTOR ANTIGÊNICO DO LINFÓCITO B Forma transmembrana de um anticorpo associado a duas cadeias de sinalização. → ESTRUTURA: São IgM e IgD de membrana, com caudas muito pequenas para transduzir sinais gerados. Igα e Igβ, unidas por ligação dissulfeto, são associadas à Ig de membrana, exercendo funções iguais à CD3 e ζ na sinalização do TCR. Motivos ITAM nas caudas citoplasmáticas. Formam o complexo BCR. ○ Esses grupos Ig estão associados a tirosina quinases da família Src, como Lyn, Fyn e Blk. ○ → Células B de memória contém IgG, IgA ou IgE. → INICIAÇÃO DO SINAL PELO RECEPTOR DAS CÉLULAS B: Ocorre por ligação cruzada ao BCR.→ Ligação cruzada da Ig de membrana por antígenos multivalentes aproxima moléculas Src (Lyn) uma das outras. Ativa outras enzimas, permitindo a fosforilação de resíduos Tyr das ITAMs de Igα e Igβ. ○ → Aciona os eventos downstream, com os Ig ligados entrando em balsas lipídicas. → Resíduos de Tyr fosforilados formam um sítio de ancoragem à SH2 da Syk. Syk é homóloga à ZAP-70, com as funções dessas, mas em células B. ○ → Proteínas Syk e Src ativam Btk.→ RECEPTOR DO COMPLEMENTO CR2/CD21: Proteínas do complemento e o complexo correceptor CD21 conectam a resposta imune inata à humoral adaptativa. → O receptor CD21/CR2 liga-se ao C3d produzido por proteínas do sistema complemento. → O complexo CR2-CD19-CD81 liga-se aos antígenos pelo C3d ligado, aproximando CD19 às quinases associadas ao BCR. CD19 é fosforilada, ativando a quinase PI3, que gera PIP3. ○ PIP3 liga-se e ativa Btk e PLCy2, analogamente à ativação de PDK1 em células T. ○ → VIAS DE SINALIZAÇÃO DOWNSTREAM AO RECEPTOR DAS CÉLULAS B: Após a ligação ao BCR, Syk e outras tirosina-quinases ativam vias de sinalização downstream reguladas por proteínas reguladoras. → ITAMs associados e Syk a esses são fosforilados. → Syk fosforilada fosforila resíduos de Tyr de proteínas adaptadoras, como SLP-65, proteínas de troca de nucleotídeo guanina que ativam Ras e Rac, PLCy2 e tirosina quinase Btk. → CASCATAS DE SINALIZAÇÃO: Via Ras-MAP: SLP-65 recruta SOS por ligação ao Grb-2, convertendo GDP em GTP, o que ativa a Ras e a via MAPk. 1. Fosfolipase C (PLC) específica ao fosfatidilinositol: Expressa em resposta ao BCR, com a isoforma y2 da PLC. PLCy2 torna-se ativa quando se liga à BLNK e é fosforilada por Syk e Btk. IP3 leva à liberação de cálcio e DAG, ativa isoformas da PKC. 2. Quinase PI3 facilita eventos celulares cruciais. 3. ATENUAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DOS RECEPTORES IMUNOLÓGICOS Sinalização de inibição dos linfócitos é mediada primariamente por receptores inibidores e por enzimas ligases E3, que marcam certas moléculas para degradação. Receptores inibidores: Recrutam e ativam fosfatases que revertem as fosforilações dos receptores antigênicos. ○ → RECEPTORES INIBIDORES DAS CÉLULAS NK, CÉLULAS B E CÉLULAS T: Células NK possuem receptores inibidores chamados KIRs, com domínios extracelulares Ig que reconhecem HLA de classe I. Alguns desses contém motivos ITIM citosólicos. CD94/NKG2A liga-se a MHC de classe I atípica HLA-E, com sua cadeia NKG2A contendo motivos ITIM citosólicos. ○ → Quinases da família Src ligadas à ativação de linfócitos recrutam tirosina fosfatases com domínio SH2 SHP-1 e SHP-2, atenuando a sinalização iniciada pelas tirosinas-quinases em células NK e em BCR e TCR de células B e T. → Proteínas da família CD28 são os principais receptores inibidores de células T. CTLA-4 (CD152): Maior afinidade por proteínas B7 que por CD28, inibindo interações B7-CD28. ○ PD-1: Possui motivos citosólicos ITIM e ITSM, que contribuem para sinais inibidores que bloqueiam a ativação de células T pelo complexo TCR. ○ → Células B possuem FcyRIIB, que se ligam a complexos IgG por domínios extracelulares Ig e recrutam o SHIP, antagonizando a PI3 quinase. → DEGRADAÇÃO UBIQUITINA-DEPENDENTE DE PROTEÍNAS SINALIZADORAS: Ubiquitina tem ativação dependente de ATP, mediada pela enzima E1, seguida pela transferência à enzima E2, a qual liga a ubiquitina a resíduos de lisina. → Ubiquitina ligases E3 específicas reconhecem a ubiquitina. Dependendo da posição da ubiquitina, pode ser marcada para degradação por proteassomas ou gera estruturas de acoplamento a outras proteínas, direcionando pelas células. ○ Cbl-b é recrutada ao complexo TCR, monoubiquitinando e direcionando o TCR à degradação. ○ → CD28 bloqueia o sinal da Cbl-b.→ RECEPTORES DE CITOCINA E SINALIZAÇÃO São uma ou mais proteínas transmembrana cujas porções extracelulares são responsáveis pela ligação à citocina, enquanto as citoplasmáticas iniciam vias de sinalização celular. → CLASSES: RECEPTORES DE CITOCINA DO TIPO I: Dímeros ou trímeros com cadeias únicas de ligação ao ligante e 1/+ de transdução do sinal. → Trecho peptídico proximal da membrana contém motivo triptofano-serina-X- triptofano-serina. → Cadeia y comum: Grupo IL-4, IL-7, IL-9, IL-15 e IL-21. → Sinalização gp130: IL-6, IL-11 e IL-27.→ RECEPTORES DE CITOCINA DO TIPO II: Domínios extracelulares têm cisteínas conservadas, mas sem o mesmo motivo que o do tipo I. → Receptores para IFN-I e IFN-II, bem como IL-10, IL-20 e IL-22. → FAMÍLIA DO RECEPTOR DE TNF: Estimulam a expressão gênica, mas induzem apoptose em alguns casos. → Receptores TNFRI, TNFRII, proteína CD40, Fas, receptor de linfotoxina e família de receptores BAFF. → Ligantes são ligados aos receptores pré- formados, induzindo a alteração conformacional e o recrutamento de proteínas adaptadoras. → Adaptadoras incluem ubiquitina ligases E3 (poliubiquitinação não-degradativa), proteínas quinases, ... ○ FAMÍLIA DA IL-1: IL-1R ou TLRs, cujo engajamento dimeriza o receptor e recruta um ou mais adaptadores com domínio TIR. Esses adaptadores conectam os TLRs à família da quinase associada ao receptor de IL-1 (IRAK). ○ IRAKs conectam adaptadores à TRAF6, ubiquitina ligase E3 necessária à ativação do NF-kB. ○ Ativam MAP quinase e fosforilam IRF3 e IRF7. ○ → FAMÍLIA DA IL-17: Oligômeros pré-formados que incluem combinações das cadeias A, B, C, D e E do IL-17R. → Cadeia contém 2 domínios extracelulares de fibronectina do tipo III e 1 intracelular SEFIR (liga-se ao adaptador ACT-1, que também tem um domínio SEFIR). ACT-1 recruta TRAF6 e ativa NF- kB. ○ → SINALIZAÇÃO POR JANUS QUINASES, TRANSDUTORES DE SINAL E ATIVADORES DE TRANSCRIÇÃO: Receptores de citocina das famílias de receptores do tipo I e II usam vias de transdução de sinal que envolvem Janus quinases (JAKs) e fatores de transcrição transdutores de sinais e ativadores de transcrição (STATs). → JAKs estão unidas à porção citosólica dos receptoresde citocinas. Fosforilam resíduos Tyr da porção citoplasmática dos receptores agrupados quando o ligante de liga ao receptor. ○ → Porções fosforiladas ligam-se a domínios SH2 de proteínas STAT, que migram ao núcleo, onde se ligam a sequência de DNA específica de genes promotores. JAK3 é usada por receptores de citocinas do subgrupo I. ○ Esses usam JAK2 para ativar STAT3. ○ → MECANISMOS DE REGULAÇÃO NEGATIVA: Proteínas supressoras da sinalização de citocinas (SOCS) atuam como adaptadoras à atividade de ligase E3 multissubunidades. → Tirosina fosfatases, como SHP-1 e SHP-2 desfosforilam e inativam moléculas JAK. → Inibidores proteicos de STAT ativado (PIAS). → VIAS DE ATIVAÇÃO DO NF-kB: Grupos de fatores de transcrição estruturalmente relacionados que desempenham papel central na inflamação, ativação de linfócitos, sobrevivência celular e formação de órgãos linfoides secundários. → Ativo por citocinas IL-1, TNF e IL-17.→ Todas têm um domínio de homologia Rel. P65/RealA; RelB e c-Rel.○ → VIA CANÔNICA: TLRs, IL-1R e alguns membros da família TNFr e TNFRI. → Heterodímeros com NF-kB1/p50 residem no citosol, estando ligados ao receptor IkBα. → NF-kB induz a marcação e degradação do IkBα, permitindo o NF-kB1 migrar ao núcleo. ○ Sinalização upstream ativa 1 tipo de ubiquitina ligase E3, adicionando uma proteína NEMO ou IKKy. 1. IKKb ativa e fosforila a proteína inibidora ligada ao NF-kB, IkBα. 2. IkBα poliubiqutinada é marcada para degradação no proteassomo e o heterotímero NF-kB canônico é liberado para entrar no núcleo. 3. Sinalização através do receptor de TNF pode resultar na ativação de NF-kB e de MAP quinase ou na indução de morte apoptótica Vias canônica e não canônica do NF-kB