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( Impresso por Desapegos Sm, CPF 040.397.250-77 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 01/05/2022 13:31:53 ) UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE QUÍMICA DEPARTAMENTO DE FÍSICO-QUÍMICA LABORATÓRIO DE FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL EXPERIMENTO: ESTABILIDADE DE UM SISTEMA COLOIDAL PROFESSORA: ÂNGELA ROCHA DATA DE REALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 05/05/2017 DATA DE ENTREGA DO RELATÓRIO: 12/05/2017 COMPONENTES DO GRUPO: CAROLINE REIS DIOGO DUARTE RAFAELA NEPOMUCENO VICTOR PONTES ( Impresso por Desapegos Sm, CPF 040.397.250-77 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 01/05/2022 13:31:53 ) ( Impresso por Desapegos Sm, CPF 040.397.250-77 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 01/05/2022 13:31:53 ) SUMÁRIO I. INTRODUÇÃO TEÓRICA II. OBJETIVO III. METODOLOGIA IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES V. CONCLUSÕES VI. BIBLIOGRAFIA I. INTRODUÇÃO TEÓRICA: Coloides são misturas heterogêneas em que um ou mais componentes tem pelo menos uma dimensão na faixa de 1nm a 1μm de diâmetro. O estado coloidal é dividido em duas fases: o disperso, ou soluto, que se encontra em menor quantidade e o dispersante, ou solvente, que se encontra em maior quantidade. Em termos de estabilidade coloidal, o sistema apresenta uma instabilidade termodinâmica provocada pelo excesso de energia livre de superfície, fazendo com que o mesmo tenda espontaneamente a se agregar, formando duas fases. As diferentes interações entre as fases dispersa e dispersante constituem um dos pontos críticos do comportamento e da estabilidade dos coloides, onde tais interações são regidas pelas propriedades físicas e químicas das fases já mencionadas. De modo geral, a resistência à agregação que as próprias partículas oferecem durante as colisões e consequentes coagulações é que vai reger a estabilidade do sistema. No decorrer do experimento pudemos observar como a estabilidade do sistema varia (aumentando ou diminuindo) sob a influência de um eletrólito e de um polímero. II. OBJETIVO: O objetivo do experimento é observar algumas condições de estabilidade de um sistema coloidal de enxofre. III. METODOLOGIA: Materiais e reagentes utilizados: · 1 balão de fundo chato 125mL · 1 condensador de refluxo · 2 béqueres de 100mL · 1 béquer de 250mL · 1 funil para filtração · 1 bastão de vidro · 7 tubos de ensaios com rolhas rosqueadas · 1 vidro de relógio · 1 garra de ferro · 1 suporte universal · 2 pedaços de mangueira de látex · 1 pipeta volumétrica de 5mL · 1 pipeta graduada de 10mL · 1 pipeta graduada de 5mL · Manta de aquecimento · Placa de aquecimento · Pera de borracha · Papel de filtro ou algodão · Solução de amido 0,1% · Solução de NaCl 10% · Acetona · Enxofre Com todo sistema de refluxo montado, adicionou-se 0,25g de enxofre ao balão de fundo chato de 125mL contendo 50mL de acetona. Feito isso, a solução foi levada a aquecimento por meio da manta de aquecimento e, após iniciar-se a ebulição da solução, mantida em refluxo por 10 minutos. Em paralelo, aqueceu-se, em uma placa de aquecimento na capela, 50mL de água em um bécher de 250mL até a ebulição da mesma. Passado-se os 10 minutos do refluxo da solução de acetona e enxofre, o balão foi levado à capela, com o exaustor ligado. A solução saturada de enxofre então foi vertida lentamente ao bécher com água ainda fervendo. As precauções para evitar acidente devido à projeção de água fervendo foram devidamente tomadas. Desta forma, a acetona foi evaporada e a solução coloidal foi formada entre água e enxofre (insolúvel em água). Com um bastão de vidro, a solução foi agitada lentamente algumas poucas vezes enquanto se esperou abaixar um pouco a temperatura para que a suspensão fosse filtrada no funil com algodão. A posteriori, filtrou-se a solução em um funil contendo algodão e, separados sete tubos de ensaio devidamente identificados, adicionou-se a solução coloidal aos tubos que, com auxílio de uma pipeta graduada já continham soluções de amido e NaCl nos volumes indicados na Tabela 1 abaixo: Tubo Solução coloidal (mL) Amido 0,1% (mL) NaCl 10% (mL) 1 5 0 0 2 5 0 1 3 5 1 0 4 5 1 1 5 5 2 1 6 5 3 1 7 5 4 1 ( Impresso por Desapegos Sm, CPF 040.397.250-77 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 01/05/2022 13:31:53 ) ( Impresso por Desapegos Sm, CPF 040.397.250-77 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 01/05/2022 13:31:53 ) ( Tabela 1 – Volume de cada solução adicionado aos tubos de ensaio Após as adições dos volumes indicados na tabela 1, os tubos foram arrolhados e deixados em repouso por 24h. ) IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Passado-se 24h do experimento, os tubos apresentaram as seguintes modificações de turbidez ou cor: ( Tubo 1 2 3 4 5 6 7 Modificações Apresentou o mesmo nível de turbidez, com uma camada posterior tendendo a transparência e com formação de precipitado. Apresentou divisão clara das fases, com formação praticamente completa de precipitado e uma fase líquida límpida. Apresentou um aspecto bem turvo, com uma coloração mais esbranquiçada que a do tubo 1. Apresentou um aspecto mais turvo que o do tubo 1 e com formação de precipitado. Apresentou uma faixa de turbidez maior que a do tubo 4, com formação de precipitado (em menor quantidade que a do tubo 4). Apresentou uma faixa de turbidez maior que a do tubo 5, com formação de precipitado (em menor quantidade que a do tubo 5). Apresentou uma faixa de turbidez maior que a do tubo 6, com formação de precipitado (em menor quantidade que a do tubo 6). ) Tabela 2 – Modificações nos tubos após 24h As modificações observadas já eram esperadas e podem ser justificadas pelas seguintes razões: · Tubo 1: Por conter apenas a solução coloidal, com o tempo, as partículas coloidais se agregaram de forma espontânea formando precipitado de enxofre, já que o mesmo é apolar. Tal fato justifica a instabilidade termodinâmica dos sistemas coloidais, proveniente do excesso de energia livre de superfície, tendendo naturalmente a se destruir. · Tubo 2: A presença de íons de um eletrólito em uma solução coloidal que é um sol liófobo (não possui afinidade com o solvente), promove a redução da espessura da dupla camada (pois haverá neutralização de cargas presentes nela), diminuindo a distância na qual ainda existe potencial eletrostático () significativo e, portanto, facilita ainda mais a agregação, provocando a floculação de sóis liófobos. Isso explica a presença da fase líquida límpida. · Tubo 3: Observa-se que a suspensão coloidal praticamente não foi afetada. A adição do amido liofílico no sol liofóbico, fez com que houvesse a formação de uma camada protetora no entorno da partícula coloidal, com a parte liofílica do amido voltada para o solvente. Esse comportamento funciona como uma barreira para a coagulação espontânea das partículas, mantendo o sistema estável. Já que não houve a adição de eletrólitos, o sistema não foi desestabilizado e não houve formação de precipitado. · Tubos 4, 5, 6 e 7: À medida que a concentração de amido foi aumentando de um tubo para o outro, houve uma contribuição cada vez maior para a estabilidade da suspensãocoloidal. Contudo, devido à presença de eletrólito nos tubos (na mesma concentração em todos), houve a redução da espessura da dupla camada, o que diminuiu a repulsão entre as partículas coloidais e, por conseguinte, gerou a desestabilização da suspensão. Com isso, a presença de precipitado formado vai diminuindo, ao passo que a faixa de turbidez vai aumentando, com o aumento da concentração de amido do tubo 4 para o 7. Sendo assim, com as devidas observações e justificativas acima expostas, a ordem de estabilidade dos tubos 2 a 7 (do mais estável para o menos estável) e: 3 > 7 > 6 > 5 > 4 > 2 ( Impresso por Desapegos Sm, CPF 040.397.250-77 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 01/05/2022 13:31:53 ) ( Impresso por Desapegos Sm, CPF 040.397.250-77 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 01/05/2022 13:31:53 ) V. CONCLUSÕES: A estabilidade dos sistemas coloidais em diferentes situações pôde ser observada pela coloração e turbidez dos tubos que as continham. Foi possível verificar que os coloides sofreram visíveis modificações a partir da presença do amido e/ou NaCl. Foi possível observar que o uso do amido contribuiu para a estabilidade do sistema coloidal, como já era esperado, uma vez que, com o aumento do volume de amido adicionado, menos precipitado era formado e a faixa de turbidez aumentava. Isso se deve ao fato do amido ser uma macromolécula que, devido ao seu tamanho, adsorve-se na superfície das partículas coloidais e impede que as mesmas se coagulem e consequentemente desestabilizem o sistema. Por outro lado, a presença do NaCl promoveu a destruição do sistema coloidal, sendo constatado a formação de uma fase límpida e de precitados. Isso se deve à presença de íons que diminuem a espessura da dupla camada, e, como ainda há potencial eletrostático significativo no meio, favorece ainda mais a floculação dos sóis liófobos. Sendo assim, no experimento, o tubo que contém a solução coloidal mais estável é o 3, devido à presença somente do amido, e o segundo mais estável é o 7, o qual contém mais amido em comparação a quantidade de NaCl, contribuindo para uma melhor estabilidade. Com base nesses resultados, conclui-se que o experimento realizado está de acordo com a teoria, na qual os coloides sofrem a influência de um polímero e de um eletrólito na estabilidade do sistema. ( Impresso por Desapegos Sm, CPF 040.397.250-77 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 01/05/2022 13:31:53 ) ( Impresso por Desapegos Sm, CPF 040.397.250-77 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 01/05/2022 13:31:53 ) VI. BILBLIOGRAFIA: · Roteiro “Práticas de Físico-Química Experimental II”, Rio de Janeiro, pág 5-6. · Atkins, P.W, Physical Chemistry, Oxford University Press, Oxford, 5th ed., 1994. · USP, Estabilidade Coloidal. Disponível em: <http://www.usp.br/massa/2013/qfl2452/pdf/EstabilidadeColoidal.pdf >. Acesso em 08 de maio de 2017.
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