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Segurança Pública e Direitos Humanos

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O PORQUÊ DA SEGURANÇA PÚBLICA PAUTADO NOS 
DIREITOS HUMANOS
Rogério de Sousa Leitão1
RESUMO
O trabalho discorre sobre o serviço de policia e sua indissociabilidade com relação aos direitos 
fundamentais, chama atenção para a constituição cidadã e o asseguramento de direitos e garantias, 
inserindo-o como um cidadão referência e mesmo numa relação pedagógica na construção social, 
servindo de parâmetro para a sociedade, demonstrando a difícil tarefa de se produzir segurança 
publica e seus impasses, sendo o guardião da democracia e se ajustar as novas demandas que 
surgem periodicamente, mais sempre prezando pela legitimidade social e pautada no ordenamento 
jurídico, evitando problemas para si e para a coletividade. Também chama atenção para o problema 
da segurança pública, que não é meramente um problema da instituição diretamente ligada à 
aplicabilidade da lei, mais, há uma necessidade de ser analisada coletivamente.
Palavras-chave: Segurança Pública. Direitos Humanos. Policia.
1. INTRODUÇÃO 
O trabalho está montado em quatro blocos discursivos sobre a questão da 
segurança pública e sua relação com os direitos fundamentais, demonstrando o 
quão é impossível tratar de direitos e garantias, justiça e paz sem pensar nos 
direitos humanos, primeiramente fiz um apanhado histórico sobre à ONU e suas 
pretensões de um mundo justo e pacificado, seus desdobramentos na historia, 
falando um pouco sobre as gerações que se seguiram, embarcando na trajetória dos 
direitos humanos no Brasil, apontado algumas demandas que ainda existem, e 
demonstrando que mesmo com as cobranças ainda há muito que fazer pra se 
chegar a um ideal conveniente, mais que após a constituição cidadã demos um 
grande passo nessa pretensão.
No segundo momento, discorrendo sobre a difícil tarefa de se fazer 
policiamento ostensivo, e sobre as cobranças as quais os agentes de segurança 
pública estão submetidos, altamente vigiados e onde a opinião publica e só um elo 
frágil prestes a lhes julgar por atos aparentemente falhos, trato da segurança publica 
não como uma responsabilidade meramente do órgão de repressão, precisamos 
1 Bacharel em filosofia. E-mail - mao-zen@hotmail.com
1
sim, melhor preparar nossos agentes de segurança, no entanto, policia e somente 
um paliativo numa ordem em desordem potencial, onde todos os órgãos e 
instituições do sistema falharam, granjeio aqui a difícil arte de se desdobrar na 
tentativa de manter os padrões aceitáveis de segurança.
No terceiro bloco tratarei da atividade policial e seu indissociável vínculo com 
os direitos humanos, temos aqui a fundamentação dessa proposta, e o porquê 
dessa pauta que aparentemente é contraditória, mais que na verdade e intrínseca a 
atividade policial, tão importante quanto a arma que o mesmo porta para sua defesa, 
posteriormente finalizando com a lei de abuso de autoridade, levando ao agente de 
segurança publica a importância de se pautar nos limites da lei, na intenção de não 
frustrar-se profissionalmente, vindo a ter problemas no exercício da função.
Para as considerações finais demonstro o agente de segurança publica como 
o representante do estado, cidadão referencia na sociedade, excluindo qualquer 
disparidade civil/ militar, onde o servidor é o guardião da democracia e dos direitos 
fundamentais, e que a ele cabe os mesmos benefícios, pois, está inserido no cenário 
e não é algo a parte.
2. CRIAÇÃO DA ONU E SUA FINALIDADE PARA UM MUNDO JUSTO E 
HUMANO
O mundo criou suas necessidades sobre a contemporaneidade e os 
panoramas que se instalaram, novas perspectivas sobre os direitos humanos para 
um mundo pós-guerra, onde se vislumbrou a barbárie humana, mesmo pensando o 
mundo, na época de avanços tecnológicos e do mundo civilizado, guerras e 
massacres foram o que se destacaram no inicio do século XX, algo que deveria ficar 
para trás e combatido para que não se repetisse novamente na historia, 
considerando a humanidade como um potencial progressista, e cogitando essas 
circunstancias- foi criada a ONU, órgão para mitigação de problemas promovendo a 
paz, a inter-relação entre os estados relacionados e a harmonia com as propostas 
de um mundo melhor, sustentável, mais humano e democrático, órgão este que 
funcionam com a perspectiva de discutir e propor respostas a assuntos relacionados 
à paz, a segurança, o bem-estar e a justiça no mundo. Isso tudo, mesmo num 
mundo polarizado, se fez necessário num debate universalista e sempre na 
concepção de demandas históricas que surgiram, e as exigências que venham a 
aparecer no panorama de um mundo globalizado e em processo, onde a justiça 
social se faça presente. Hoje o mundo se transformou, houve avanços significativos 
nas varias áreas, caminhamos a passos curtos, porém, ao menos debatendo e 
definindo tratados, mesmo que, em suas possibilidades propomos e caminhamos 
para esse avanço à humanidade. Novos temas surgem, tais quais: democracia e 
inclusão, promoção do desenvolvimento e crescimento econômicos sustentáveis, 
manutenção da segurança e da paz internacionais, desenvolvimento da África, 
promoção dos Direitos Humanos, da Justiça e da Lei Internacional, coordenação de 
esforços para uma assistência humanitária efetiva, desarmamento, controle de 
drogas, prevenção ao crime e combate ao terrorismo internacional, entre outros, 
frutos de cada momento e necessidades imediatas.
A ONU por meio de normas e tratados internacionais intervém nos estados 
membros, para “promover o progresso social e melhores condições de vida dentro 
de uma liberdade mais ampla, para tais fins praticar a tolerância e viver em paz uns 
com os outros, como bons vizinhos, unir forças para manter a paz e a segurança 
internacionais (...)” 2. Assinando esses tratados, o estado assume compromissos 
internacionais, e mesmo tendo como preceito a soberania nacional e a não 
intervenção, ainda cabe ao conselho de segurança nos casos em que se verificar 
ameaça à paz e segurança internacionais, conferir-lhe poder para coagir este, desde 
embargos econômicos decretados por resoluções, podendo ate mesmo intervir com 
forças militares, amparadas no capitulo VII da carta das nações unidas3.
2.1 GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS E AS NOVAS PERSPECTIVAS
As gerações dos direitos humanos foram inspiras no lema do iluminismo 
(liberdade, igualdade, fraternidade), apresentou-se ao mundo em 1979, em 
conferência ministrada no Instituto Internacional de Direitos Humanos (Estrasburgo4), 
mesmo antes de se especular sobre gerações subsequentes, esses exemplos 
notórios de cada época trazem a reflexão sobre o processo pró-justiça e equidade 
social, para um mundo sem conflitos e em fraternidade, sendo capaz de dirimir as 
querelas e buscar o máximo de inclusão, almejando um fim ultimo, sua humanidade. 
2 Trecho extraído da "Carta das Nações Unidas"
3 Ação relativa a ameaças à paz, ruptura da paz e atos de agressão.
4 Capital da Alsácia, na França.
O fato de serem inúmeras gerações subsequentes, não necessariamente leva a 
exclusão de uma fase superada, pois, são complementares, de necessidades e 
debates que surgiram nesse constructo histórico. No marco do iluminismo já havia 
em seu interino essa perspectiva humanista, onde se lutava contra tudo que se 
opunha e limitava o potencial da razão humana, essa perspectiva se sobrepõe na 
história como um paradigma, pois, foi capaz de provocar mudanças que levaram a 
reflexões de grande impacto a cultura europeia, até então, berço do mundo.
Tratando das gerações em desenvolvimento, partiremos da perspectiva de 
uma primeira geração com seu marco nas revoluções liberais, em defesa dos 
direitos individuais, civise políticos, e prezando pela liberdade em seu sentido 
amplo; de uma segunda geração que se inicia no inicio do século XX, e vai tratar dos 
direitos relacionados à equidade, econômicos, sociais e culturais, tais quais: saúde, 
educação e previdência, voltando-se assim a uma perspectiva mais inclusiva, 
alavancando aqui fundamentos constitucionais de justiça e igualdade; os direitos de 
terceira geração vieram como uma proposta mais totalizante e englobadora, 
tomando por objetivo o gênero humano, buscando a fraternidade e solidariedade 
como um todo, preocupadas com as gerações vindouras, num debate e 
argumentação sobre a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente para 
afirmação da espécie e a promoção da paz; para uma suposta quarta geração, pois 
há divergências entre entendimentos de etapas e compreensões, se seguiram 
propostas em contestação de demandas de um mundo globalizado, temas como 
democratização, pluralismo, inclusão digital, bioética entre outros embates de ideias. 
Pode aqui não haver um consenso referente a etapas de gerações, no entanto 
podemos perceber um processo de melhoramento referente às cobranças e debates 
para o que se persegue.
2.1.2 DESDOBRAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL 
No Brasil, após um período de notório desrespeito aos direitos humanos- na 
ditadura militar- período marcado por: Censura, autoritarismo, perda de direitos, 
extinção de partidos e inclinações ideológicas, repressão policial, torturas, 
sequestros, assassinatos, perseguição e desaparecimento de opositores, para tanto, 
com a promulgação da constituição de 1988- a nação conseguiu garantir nas 
entrelinhas de sua norma jurídica os fundamentos de justiça, igualdade e dignidade, 
inspirados e fundamentados na carta das nações unidas, assim sendo, a 
constituição cidadã como passou a ser chamada, assegurou esse importante 
instrumento de proteção a dignidade à vida, na pratica ainda há muito que se fazer 
para chegarmos ao ideal conveniente, mais pode-se dizer que galgamos um bom 
percurso na pretensão de se garantir direitos fundamentais, muitas leis foram 
criadas no intuito de dirimir essas demandas, mais ainda hoje muito deixa a desejar, 
temas como:
 Segurança publica, drogas e suas consequências a juventude;
 Sistema carcerário, ressocialização e os moldes estabelecidos;
 Violência policial;
 Violência contra mulher, LGBTfobia, racismo e as minorias; 
 Demarcação de terras e preservação da cultura indígena;
 Educação e o sucateamento das escolas e universidades públicas;
 Saneamento básico para todos;
 Saúde pública e acessibilidade;
 Sustentabilidade e promoção para próximas gerações;
 Bioética:
 Produção de energias limpas e renováveis;
 Direito dos povos indígenas;
 Bioma e preservação.
São capazes de fazer refletir sobre o quão longe do objetivo de fraternidade 
estamos, e as dificuldades que se impõem. Preservar os direitos humanos e uma 
necessidade, pois sem eles não existe democracia, legitimar e criar revisionismos 
históricos referente aos crimes cometidos pela ditadura militar, atualmente 
apregoado por alguns grupelhos, somente trazem a tona a identidade de momentos 
sombrios sobre nossa democracia, a Comissão da Verdade5 demonstrou e provou 
atos de atrocidades cometidos por esse regime de exceção, por isso da imagem e 
do receio quanto aos militares na historia do povo brasileiro. 
“As ações desastradas, irracionais, desonestas, inconsequentes, violentas 
ou transgressões diversas ocorridos no passado e ainda no presente 
protagonizado por muitos componentes dos órgãos Policiais trazem 
consequências negativas e depreciativas para todas as suas classes”. 
(Archimedes J. M.)
A prática de violações graves aos direitos humanos pelos órgãos de política 
de segurança promoveram um maior engajamento de órgãos internacionais, pois 
pensando na gravidade da questão os movimentos sociais se mobilizaram e 
buscaram na perspectiva de judicialização a oportunidades de apuração de atos 
desacertados, o que se percebeu com o tempo, foi que isso não eram meros desvios 
individuais, e que esporadicamente atos errôneos vinham acontecendo. Essa noção 
de oportunidade jurídica dá visibilidade às querelas postas e analisadas pelo poder 
judiciário criando assim uma coerção, reparação e tentativa de garantizar a não 
repetição de atos equivocados pelas forças de segurança. Ongs. como: Justiça 
Global, ISER, Conectas Direitos Humanos, com experiência e foros relevantes sobre 
o assunto nacional e internacional buscam o enfrentamento desses dilemas no 
combate a violência institucional6. Suas principais ferramentas são gravações de 
atuações policiais em atividade, publicações nas redes sociais chamando atenção a 
sociedade civil para legitimação ou não dos referidos atos, e mesmo para apuração 
na instituição de referência. Usam a comunicação e a cultura para promoção dos 
direitos humanos, informando e fazendo um apelo a maior visibilidade desta 
questão. 
5 Órgão temporário criado pela Lei 12.528, de 18 de novembro de 2011. 
6 Rev. Direito e Práx. , Rio de Janeiro, Vol. 12, N. 3, 2021, p. 2102-2146.
Carla Osmo e Fabíola Fanti. DOI: 10.1590/2179-8966/2021/61282 | ISSN: 2179-8966
3. SEGURANÇA PUBLICA E OS OBSTÁCULOS PARA O SERVIÇO 
Percebendo a sociedade exigente no trato com os agentes de segurança, e 
entendendo a crescente escalada da violência e as novas manobras da 
criminalidade para burlar as normas do estado, dá uma aparência de descrédito a 
maquina publica para com a segurança, garantindo direitos adquiridos com o tempo 
e respeitando as limitações das normas jurídicas e bem complicado de se combater 
eficientemente os desdobramentos do crime no cenário atual, a policia como poder 
coercitivo do estado pode não agradar a parcela da população que se sente coagida 
com esse poder de policia, porém, é uma necessidade para manutenção da ordem. 
“...Dentre os diversos direitos sociais previstos no art. 6º da 
Constituição Federal, a segurança pública é o único que ainda não 
possui um sistema de participação vinculado ao ciclo de 
implementação das políticas públicas”. A propósito, o que a seguir se 
evidencia é o seu perfil dialógico, interinstitucional e multidisciplinar, é 
a convocatória a um diálogo transversal entre diferentes espaços, 
instituições, saberes e atores (governamentais e não 
governamentais), associada à valorização dos trabalhadores da 
segurança pública e a proposta de uma construção governamental e 
comunitária ascensional (dos municípios para os estados e para a 
federação7). ”.
Não adianta aqui somente jogar a responsabilidade para as instituições que 
atuam diretamente com a segurança publica, pois sobre elas recaem a ultima saída 
e contenção onde tudo falhou, onde as outras instituições não acertaram e não 
conseguiram suprimir as problemáticas de um novo momento, isso e uma demanda 
tanto interna como externa, interna no sentido de melhor preparar seus agentes na 
promoção de cidadania, demonstrando as devidas compreensões da realidade, e do 
que esta sendo cobrado na prevenção desse aumento da violência e da 
criminalidade como alternativa a esses desdobramentos que se seguem, externa no 
sentido de que não lhes cabe a total responsabilidade pelo desaso, mais tentando 
na medida do possível adequar as demandas exigidas pela sociedade. 
7 ANDRADE V. Regina P., Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis – SC, Brasil 2013.
“...Ainda que um policiamento rigoroso, de fato, ajude a coibir a prática de 
atos criminosos, o que vemos acontecer na prática em nosso país é que, 
com baixo investimento em treinamento e equipamentos, o maior ‘rigor’ do 
policiamento descamba muitasvezes para o vale-tudo, o desrespeito às 
leis, a lógica do olho por olho, dente por dente. Como vimos, essa lógica só 
reproduz o ciclo de violência, que acaba vitimando pessoas inocentes e 
gerando um sentimento de insegurança geral..."8
Vídeos nas mídias sobre abuso de autoridade, tanto em telejornais, quanto 
nas redes sociais ou em teledramaturgias criam e deturpam a imagem desta 
instituição que teoricamente deve ser a promotora de cidadania, garantidora de 
direitos e das relações democráticas, assim elas constroem o estigma de uma 
corporação truculenta, despreparada, ineficiente, com isso, nada ou pouco se ganha 
em relação à questão da violência, a critica ao uso da força em determinadas 
situações, mesmo que legitimas- pois o uso progressivo da força assegura tais 
medidas- pelo senso comum parece não ser uma medida acertada, ilegal e 
arbitrária, muita dessas situações ganham muita repercussão, muitas das vezes 
manifestadamente legais causam impacto e chocam a opinião publica, estimulando 
e dando armas para a criminalidade na justificação de seus atos e comportamentos, 
atando os agentes em certos pontos, de forma a deixa-los mais receosos nas 
abordagens e tratos com as ocorrências. Não é que esteja aqui legitimando atos 
extralegais, inclusive existem órgãos específicos e de grande importância na 
instituição para que sejam apurados e combatidos qualquer tipo de irregularidade e 
suas consequências, porém, percebo aqui uma cobrança que me parece algo de 
extremo e generalizado, como se sempre houvesse parcela da culpa contra os 
agentes, para tanto a imagem e algo que precisa sê trabalhadaa e reedificada na 
melhor das perspectivas, desconstruir essa marca que foi criada ao longo do tempo, 
mostrando que nada é estático e que precisamos também readequar nossas 
percepções e modelos de formação, para algo mais voltado a cidadania, a 
democracia, ética, a pluralidade, numa pretensão humanista. Isso não é algo de 
mais, pois mesmo exércitos profissionais hoje são cobrados de forma a tratar os 
prisioneiros de guerra conforme preceitos humanistas, estados em guerra são 
cobrados por corredores humanitários para que as perdas civis sejam mínimas, 
8 Fernanda E. Matsuda, Mariângela Graciano e Fernanda C. F. Oliveira, Afinal, o que é segurança pública?, p. 
46.
cobrados por julgamentos de guerra, por atrocidades cometidas, não seria diferente 
aqui com as forças de segurança e manutenção da ordem, pelo contrario, ai e que a 
cobrança passa a ser maior, pela manutenção e legitimação desse poder de policia, 
afinal, são lhes confiado à personificação do estado. 
Outro ponto importante a ser tratado e com referência a produtividade e 
metas preestabelecidas no combate a criminalidade e que somente prender e punir 
como objetivo, com a pretensão de se conquistar a sensação de segurança, não 
esta dando conta das demandas exigidas, também perceber nos mínimos detalhes e 
as consequências de um policiamento presente, onde o agente nem se dá conta da 
função social e tarefa iminente, que é a de estar assíduo e dirimir conflitos de forma 
sem tardar, onde, prender e conduzir a delegacia são somente consequências de 
medidas imediatas, mais, a sensação de segurança proporcionada pelo agente 
atuando com ação de presença na área e prevenindo atos criminosos, também deve 
ser considerada e medida como referência nos dados pertinentes as estatísticas nas 
atividades laborais, e não simplesmente apreensões e procedimentos relatados em 
análise de gráficos constantemente atualizados, pois os que se percebem nesses 
relatórios referentes à segurança são dados que são limitados e que em pouco 
acrescenta às projeções futuras e a própria relação com a sensação de segurança 
produzida. 
4. SEGURANÇA PUBLICA E DIREITOS HUMANOS 
Do contrario do que se apregoam por ai, direitos humanos está diretamente 
ligado com a atividade policial, servindo ate mesmo para garantia de direitos do 
próprio agente de segurança, e em busca da sua legitimação e credibilidade, pauta-
la nos diretos humanos e uma demanda mais básica, trazendo para si a 
responsabilidade central na promoção da democracia, no agir ele deve buscar e 
assegurar a ordem sem ferir e abrir mão dos direitos fundamentais, defender algo 
diferente disso pode não ser-lhe visível por hora, mais quando se volta contra o 
individuo parece ficar mais claro, o discurso não pode ser excludente, saímos de um 
regime de exceção e para lá não voltaremos. A opinião publica que parte do preceito 
de que direitos humanos só servem para proteger bandido, esta totalmente 
equivocada, e por vezes proferidas nos discursos corriqueiros de senso comum, 
limita ate mesmo pessoas que tem um certo conhecimento de causa, pegar dados 
empíricos mesclando com falácias à cria narrativas, as mais diversas, a falha do 
estado para com a segurança publica não esta diretamente ligada com a atuação 
dos direitos humanos e suas cobranças aos órgãos de repressão, e nem tanto eles 
só servem para proteger bandidos, suas proposições estão ai para assegurar 
direitos, sejam eles de quem for, os criminosos se utilizam de métodos para burlar a 
lei, existe um dito popular capaz de descrever o que estou tentando explicar: “vão-se 
os anéis, ficam os dedos”, existem situações que são preferíveis que aconteça, do 
que o estado abusivo e detrator de direitos. O estado deve conter suas forças e 
prepará-las com intuito de se portar como forças legítimas e promovedoras da 
ordem, violência por violência apenas levam a estados de exceção, e para toda ação 
existe respostas nem sempre as melhores ou previsíveis, um estado pautado nos 
direitos humanos garante e cobra dos possíveis desdobramentos sociais uma visão 
inclusiva e pensando a humanidade, com justiça e igualdade.
4.1. SEGURANÇA PUBLICA E A NECESSIDADE DE PAUTA-LA NOS DIREITOS 
HUMANOS 
Com a promulgação da constituição de 1988 a policia passa a ser a 
promotora da cidadania e da democracia, e um órgão capaz de manter a ordem, 
mesmo em conflitos preestabelecidos ela se apresenta como a representante do 
estado, o órgão capaz de fazer voz as partes e se chegar a um denominador 
comum, e a detentora do poder coercitivo para o equilíbrio e a regulação das 
relações sociais, com novas perspectivas o policial engajado na segurança publica 
deve ser pautado e fundamentado nos direitos humanos, flexível, criativo, rápido nas 
tomadas de decisões, comunicativo, apto ao trabalho em equipe, multicultural, e 
administrar responsabilidades. Tarefa essa complexa, mais que se levada em 
consideração e almejada como meta, já e um caminho com grande potencial de 
sucesso. Fora o reconhecimento pelos bons serviços prestados, os problemas são 
deixados para trás, pois sair do trabalho sem levar preocupação para casa e poder 
deitar sem estar preocupado com as consequências de atos não acertados, com a 
sensação de dever cumprido é uma grande satisfação, o serviço de policia e algo 
simples e complexo ao mesmo tempo, e como andar em cima de uma corda bamba, 
você deve estar no controle para não ser omisso, e nem exacerbar demais em 
certos atos, para tanto estar pautado na norma jurídica e sempre uma necessidade, 
sempre estar ligado nas novas interpretações e acordons jurídicos e debates sobre 
segurança. Não somente a corregedoria, mais a sociedade em si e uma entidade 
que vigia em tempo real suas ações, nenhum detalhe hoje passa despercebido, em 
todo lugar existe câmeras que gravam as ações e tomadas de decisões, e mesmo 
julgam de imediato tais atos, para tanto pautá-los nos limites do ordenamento 
jurídico e uma necessidade para que possamos não trazer parasi a 
responsabilidade e posteriormente sair da situação como o infrator, agente 
truculento, que abusa de autoridade, que não e capaz de se conter e acabar virando 
o vilão na cena, sendo prejudicado tentando fazer para além de suas atribuições, 
frustrando planos de carreira, atrasando promoções, sendo demitido do cargo ou 
função ou mesmo perdendo sua liberdade. A função aqui e chegar ao conflito e ser a 
solução, agindo de forma cirurgia suprimindo a problemática e criando a sensação 
de segurança para as partes em litígio. 
Antagonismos entre uma sociedade civil e outra militar pós-constituição de 
1988 e algo que parece inviável, e ate inadmissível para os novos tempos que se 
propõe com a constituição cidadão, o policial se inclui como o cidadão referencia e 
promotor da dignidade humana, da democracia e da equidade, existindo aqui uma 
relação pedagógica na sua ação social. Referência na sociedade, ele deve andar em 
retidão, servindo de parâmetros para a sociedade, afastando-se de tudo que possa 
vir a lhe trazer problemas psicossociais, pois a atividade policial em si e conflituosa e 
estressante, pesquisas demonstram que esta é uma profissão estressora e que 
potencialmente somatizam outras patologias, tais quais: depressão, ansiedade, 
incapacidade de tomar decisões, fobias, entre outras, podemos citar desde 
patologias, físicas, organizacionais, e mentais- onde, se o profissional da área não 
cuidar da sua qualidade de vida, onde as fontes estressoras são as mais diversas, 
desde drogas, as mais banais como as pressões e cobranças da função, ele pode 
ter problemas potenciais futuramente, para tanto, uma vida regrada, virtuosa, 
sempre dedicada à saúde e ao bem estar deve ser levadas em consideração.
Ate aqui pareceu que somente foram postas cobranças sobre uma classe 
sobrecarregada, no entanto notar a importância dessa não dubiedade (civil/militar), e 
lutar por essa sociedade com justiça, pela dignidade humana e paz, já e um 
garantidor de seus próprios direitos, afinal você e parcela dessa sociedade.
5. LEI DE Nº 13.869 ABUSO DE AUTORIDADE
Desdobrarei por aqui essa temática, no intuito de demonstrar a ênfase que se 
deu na aplicabilidade e cobrança para com a execução do serviço, pensando nos 
erros do passado e nos esporádicos desacertos que dão repercussão nos noticiários 
e nas rodas e redes sociais, foi estudada e atualizada a lei de 5 de setembro de 
2019, trata da lei de abuso de autoridades, ela surge de uma necessidade de 
resguardar os direitos e garantias fundamentais do cidadão, onde o agente publico 
representante do estado, pautado e limitado pelas normas constitucionais, que deve 
seguir os desígnios da norma jurídica, onde o agente publico que incorre em erro 
pode ser punido de forma à: desde penas restritivas de direitos, indenização do 
ofendido, reparação do dano proporcionado, a efeitos de condenação ser suspenso, 
desabilitado do cargo ou função, perda de vencimentos, e mesmo a perda do cargo 
e função ou mandato.
Essa lei foi uma edição a lei n. 4.898/1965, que regulava o direito de 
representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, nos 
casos de abuso de autoridade, era notório que com o passar do tempo ela já estava 
genérica e obsoleta, possuindo nela, diversas lacunas que não resguardavam o 
cidadão, sendo insuficiente na proteção do bem jurídico por ela tutelado, assim 
sendo foi atualizada para a nova Lei n. 13.869/2019, Lei de Abuso de Autoridade 
(LAA), passando a vigorar desde 3 de janeiro de 2020.
Os crimes previstos na nova Lei de Abuso de Autoridade são classificados 
como crimes próprios e que somente podem ser praticados por agentes públicos9, 
são todos dolosos e pressupõe uma finalidade especifica no agir, seja em prejuízo a 
alguém, a beneficiar a si ou outrem, ou mesmo por capricho ou realização pessoal. 
Esta lei chama atenção par ao servidor como uma representação do estado, e a ele 
lhe cabendo os cuidados e tratos com os seus cidadãos, pautando os limites na 
9 Conceito amplo de agente público para fins de sua aplicação, a semelhança do que faz a Lei de 
Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92). Logo, é agente público quem exerça, ainda que 
transitoriamente ou a título gratuito, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade da 
administração direta, indireta ou fundacional de quaisquer entes federativos.
norma constitucional, primando pelo respeito aos direitos e garantias 
preestabelecidos. A lei de abuso de autoridade da ênfase na aplicabilidade e 
limitadores da norma jurídica, e cobra de forma bastante rígida, podendo gerar 
transtornos desde sua não execução ou ação, seja ela um não relaxar de prisão ou 
uma não comunicação à família, e mesmo sobre prisão do indivíduo e a forma de 
sua execução, podendo gerar problemas ao agente público, executor ou omisso da 
ação.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Pensando a segurança pública como se apresenta hoje, enxergamos um 
desdobramento que em longo prazo vem causando transtornos, como segurança 
pública é um dever de todos, participação e engajamento da sociedade civil é uma 
necessidade que se põe a frente e pensar a maneira de conter o avanço da violência 
e um desafio que se apresenta, e não meramente uma tarefa do órgão, servidor ou 
instituição específico, a sociedade tem sua grande e importante parcela para sanar 
as chagas sociais, buscando e propondo respostas para manutenção da ordem.
E necessário que a conduta dos agentes de segurança pública seja limitada 
ao rigor da lei, para que não sejam confundidos com excessos e criando descrédito 
à instituição como um todo, o poder de polícia e algo legitimado pela sociedade, nos 
dado com a finalidade de manutenção da ordem, abusar do poder de polícia para 
fins pessoais, sejam eles quais forem, cria visibilidade negativa e tem 
consequências, para tanto, o agente de segurança deve ter uma constante 
atualização e reconsiderações sobre as pautas de segurança, mesmo os aspirantes 
aos cargos públicos na segurança devem engajar já com a perspectiva de uma 
polícia cidadã, voltada a ser a guardiã da dignidade humana, da democracia e da 
pluralidade, entendendo o cenário e as novas demandas sociais.
Mais o que seria essa polícia cidadã tão apregoada? A intenção aqui e 
chamar atenção ao dever do agente de segurança, definir seus parâmetros, 
trabalhar o perfil almejado pela constituição e a sociedade, estabelecer limites ao 
órgão coercitivo do estado, engajar pessoas capazes de lidar com as novas 
demandas sociais, se despregar de uma imagem que outrora foi de uma instituição 
arbitrária e que ainda hoje tenta se desvincular dessa marca de um passado não tão 
distante, devemos ser o guardião dessa jovem democracia que se instala, e 
perceber que o policial também está inserido nesse cenário, e que ele não e algo a 
parte.
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	O PORQUÊ DA SEGURANÇA PÚBLICA PAUTADO NOS DIREITOS HUMANOS
	Rogério de Sousa Leitão
	RESUMO
	O trabalho discorre sobre o serviço de policia e sua indissociabilidade com relação aos direitos fundamentais, chama atenção para a constituição cidadã e o asseguramento de direitos e garantias, inserindo-o como um cidadão referência e mesmo numa relação pedagógica na construção social, servindo de parâmetro para a sociedade, demonstrando a difícil tarefa de se produzir segurança publica e seus impasses, sendo o guardião da democracia e se ajustar as novas demandas que surgem periodicamente, mais sempre prezando pela legitimidade social e pautada no ordenamento jurídico, evitando problemas para si e para a coletividade. Também chama atenção para o problema da segurança pública, que não é meramente um problema da instituição diretamente ligada à aplicabilidade da lei, mais, há uma necessidade de ser analisada coletivamente.
	Palavras-chave: Segurança Pública. Direitos Humanos. Policia.
	1. INTRODUÇÃO
	O trabalho está montado em quatro blocos discursivos sobre a questão da segurança pública e sua relação com os direitos fundamentais, demonstrando o quão é impossível tratar de direitos e garantias, justiça e paz sem pensar nos direitos humanos, primeiramente fiz um apanhado histórico sobre à ONU e suas pretensões de um mundo justo e pacificado, seus desdobramentos na historia, falando um pouco sobre as gerações que se seguiram, embarcando na trajetória dos direitos humanos no Brasil, apontado algumas demandas que ainda existem, e demonstrando que mesmo com as cobranças ainda há muito que fazer pra se chegar a um ideal conveniente, mais que após a constituição cidadã demos um grande passo nessa pretensão.
	No segundo momento, discorrendo sobre a difícil tarefa de se fazer policiamento ostensivo, e sobre as cobranças as quais os agentes de segurança pública estão submetidos, altamente vigiados e onde a opinião publica e só um elo frágil prestes a lhes julgar por atos aparentemente falhos, trato da segurança publica não como uma responsabilidade meramente do órgão de repressão, precisamos sim, melhor preparar nossos agentes de segurança, no entanto, policia e somente um paliativo numa ordem em desordem potencial, onde todos os órgãos e instituições do sistema falharam, granjeio aqui a difícil arte de se desdobrarna tentativa de manter os padrões aceitáveis de segurança.
	No terceiro bloco tratarei da atividade policial e seu indissociável vínculo com os direitos humanos, temos aqui a fundamentação dessa proposta, e o porquê dessa pauta que aparentemente é contraditória, mais que na verdade e intrínseca a atividade policial, tão importante quanto a arma que o mesmo porta para sua defesa, posteriormente finalizando com a lei de abuso de autoridade, levando ao agente de segurança publica a importância de se pautar nos limites da lei, na intenção de não frustrar-se profissionalmente, vindo a ter problemas no exercício da função.
	Para as considerações finais demonstro o agente de segurança publica como o representante do estado, cidadão referencia na sociedade, excluindo qualquer disparidade civil/ militar, onde o servidor é o guardião da democracia e dos direitos fundamentais, e que a ele cabe os mesmos benefícios, pois, está inserido no cenário e não é algo a parte.
	2. CRIAÇÃO DA ONU E SUA FINALIDADE PARA UM MUNDO JUSTO E HUMANO
	6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS
		2022-07-16T12:59:51-0300

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