Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O PORQUÊ DA SEGURANÇA PÚBLICA PAUTADO NOS DIREITOS HUMANOS Rogério de Sousa Leitão1 RESUMO O trabalho discorre sobre o serviço de policia e sua indissociabilidade com relação aos direitos fundamentais, chama atenção para a constituição cidadã e o asseguramento de direitos e garantias, inserindo-o como um cidadão referência e mesmo numa relação pedagógica na construção social, servindo de parâmetro para a sociedade, demonstrando a difícil tarefa de se produzir segurança publica e seus impasses, sendo o guardião da democracia e se ajustar as novas demandas que surgem periodicamente, mais sempre prezando pela legitimidade social e pautada no ordenamento jurídico, evitando problemas para si e para a coletividade. Também chama atenção para o problema da segurança pública, que não é meramente um problema da instituição diretamente ligada à aplicabilidade da lei, mais, há uma necessidade de ser analisada coletivamente. Palavras-chave: Segurança Pública. Direitos Humanos. Policia. 1. INTRODUÇÃO O trabalho está montado em quatro blocos discursivos sobre a questão da segurança pública e sua relação com os direitos fundamentais, demonstrando o quão é impossível tratar de direitos e garantias, justiça e paz sem pensar nos direitos humanos, primeiramente fiz um apanhado histórico sobre à ONU e suas pretensões de um mundo justo e pacificado, seus desdobramentos na historia, falando um pouco sobre as gerações que se seguiram, embarcando na trajetória dos direitos humanos no Brasil, apontado algumas demandas que ainda existem, e demonstrando que mesmo com as cobranças ainda há muito que fazer pra se chegar a um ideal conveniente, mais que após a constituição cidadã demos um grande passo nessa pretensão. No segundo momento, discorrendo sobre a difícil tarefa de se fazer policiamento ostensivo, e sobre as cobranças as quais os agentes de segurança pública estão submetidos, altamente vigiados e onde a opinião publica e só um elo frágil prestes a lhes julgar por atos aparentemente falhos, trato da segurança publica não como uma responsabilidade meramente do órgão de repressão, precisamos 1 Bacharel em filosofia. E-mail - mao-zen@hotmail.com 1 sim, melhor preparar nossos agentes de segurança, no entanto, policia e somente um paliativo numa ordem em desordem potencial, onde todos os órgãos e instituições do sistema falharam, granjeio aqui a difícil arte de se desdobrar na tentativa de manter os padrões aceitáveis de segurança. No terceiro bloco tratarei da atividade policial e seu indissociável vínculo com os direitos humanos, temos aqui a fundamentação dessa proposta, e o porquê dessa pauta que aparentemente é contraditória, mais que na verdade e intrínseca a atividade policial, tão importante quanto a arma que o mesmo porta para sua defesa, posteriormente finalizando com a lei de abuso de autoridade, levando ao agente de segurança publica a importância de se pautar nos limites da lei, na intenção de não frustrar-se profissionalmente, vindo a ter problemas no exercício da função. Para as considerações finais demonstro o agente de segurança publica como o representante do estado, cidadão referencia na sociedade, excluindo qualquer disparidade civil/ militar, onde o servidor é o guardião da democracia e dos direitos fundamentais, e que a ele cabe os mesmos benefícios, pois, está inserido no cenário e não é algo a parte. 2. CRIAÇÃO DA ONU E SUA FINALIDADE PARA UM MUNDO JUSTO E HUMANO O mundo criou suas necessidades sobre a contemporaneidade e os panoramas que se instalaram, novas perspectivas sobre os direitos humanos para um mundo pós-guerra, onde se vislumbrou a barbárie humana, mesmo pensando o mundo, na época de avanços tecnológicos e do mundo civilizado, guerras e massacres foram o que se destacaram no inicio do século XX, algo que deveria ficar para trás e combatido para que não se repetisse novamente na historia, considerando a humanidade como um potencial progressista, e cogitando essas circunstancias- foi criada a ONU, órgão para mitigação de problemas promovendo a paz, a inter-relação entre os estados relacionados e a harmonia com as propostas de um mundo melhor, sustentável, mais humano e democrático, órgão este que funcionam com a perspectiva de discutir e propor respostas a assuntos relacionados à paz, a segurança, o bem-estar e a justiça no mundo. Isso tudo, mesmo num mundo polarizado, se fez necessário num debate universalista e sempre na concepção de demandas históricas que surgiram, e as exigências que venham a aparecer no panorama de um mundo globalizado e em processo, onde a justiça social se faça presente. Hoje o mundo se transformou, houve avanços significativos nas varias áreas, caminhamos a passos curtos, porém, ao menos debatendo e definindo tratados, mesmo que, em suas possibilidades propomos e caminhamos para esse avanço à humanidade. Novos temas surgem, tais quais: democracia e inclusão, promoção do desenvolvimento e crescimento econômicos sustentáveis, manutenção da segurança e da paz internacionais, desenvolvimento da África, promoção dos Direitos Humanos, da Justiça e da Lei Internacional, coordenação de esforços para uma assistência humanitária efetiva, desarmamento, controle de drogas, prevenção ao crime e combate ao terrorismo internacional, entre outros, frutos de cada momento e necessidades imediatas. A ONU por meio de normas e tratados internacionais intervém nos estados membros, para “promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla, para tais fins praticar a tolerância e viver em paz uns com os outros, como bons vizinhos, unir forças para manter a paz e a segurança internacionais (...)” 2. Assinando esses tratados, o estado assume compromissos internacionais, e mesmo tendo como preceito a soberania nacional e a não intervenção, ainda cabe ao conselho de segurança nos casos em que se verificar ameaça à paz e segurança internacionais, conferir-lhe poder para coagir este, desde embargos econômicos decretados por resoluções, podendo ate mesmo intervir com forças militares, amparadas no capitulo VII da carta das nações unidas3. 2.1 GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS E AS NOVAS PERSPECTIVAS As gerações dos direitos humanos foram inspiras no lema do iluminismo (liberdade, igualdade, fraternidade), apresentou-se ao mundo em 1979, em conferência ministrada no Instituto Internacional de Direitos Humanos (Estrasburgo4), mesmo antes de se especular sobre gerações subsequentes, esses exemplos notórios de cada época trazem a reflexão sobre o processo pró-justiça e equidade social, para um mundo sem conflitos e em fraternidade, sendo capaz de dirimir as querelas e buscar o máximo de inclusão, almejando um fim ultimo, sua humanidade. 2 Trecho extraído da "Carta das Nações Unidas" 3 Ação relativa a ameaças à paz, ruptura da paz e atos de agressão. 4 Capital da Alsácia, na França. O fato de serem inúmeras gerações subsequentes, não necessariamente leva a exclusão de uma fase superada, pois, são complementares, de necessidades e debates que surgiram nesse constructo histórico. No marco do iluminismo já havia em seu interino essa perspectiva humanista, onde se lutava contra tudo que se opunha e limitava o potencial da razão humana, essa perspectiva se sobrepõe na história como um paradigma, pois, foi capaz de provocar mudanças que levaram a reflexões de grande impacto a cultura europeia, até então, berço do mundo. Tratando das gerações em desenvolvimento, partiremos da perspectiva de uma primeira geração com seu marco nas revoluções liberais, em defesa dos direitos individuais, civise políticos, e prezando pela liberdade em seu sentido amplo; de uma segunda geração que se inicia no inicio do século XX, e vai tratar dos direitos relacionados à equidade, econômicos, sociais e culturais, tais quais: saúde, educação e previdência, voltando-se assim a uma perspectiva mais inclusiva, alavancando aqui fundamentos constitucionais de justiça e igualdade; os direitos de terceira geração vieram como uma proposta mais totalizante e englobadora, tomando por objetivo o gênero humano, buscando a fraternidade e solidariedade como um todo, preocupadas com as gerações vindouras, num debate e argumentação sobre a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente para afirmação da espécie e a promoção da paz; para uma suposta quarta geração, pois há divergências entre entendimentos de etapas e compreensões, se seguiram propostas em contestação de demandas de um mundo globalizado, temas como democratização, pluralismo, inclusão digital, bioética entre outros embates de ideias. Pode aqui não haver um consenso referente a etapas de gerações, no entanto podemos perceber um processo de melhoramento referente às cobranças e debates para o que se persegue. 2.1.2 DESDOBRAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL No Brasil, após um período de notório desrespeito aos direitos humanos- na ditadura militar- período marcado por: Censura, autoritarismo, perda de direitos, extinção de partidos e inclinações ideológicas, repressão policial, torturas, sequestros, assassinatos, perseguição e desaparecimento de opositores, para tanto, com a promulgação da constituição de 1988- a nação conseguiu garantir nas entrelinhas de sua norma jurídica os fundamentos de justiça, igualdade e dignidade, inspirados e fundamentados na carta das nações unidas, assim sendo, a constituição cidadã como passou a ser chamada, assegurou esse importante instrumento de proteção a dignidade à vida, na pratica ainda há muito que se fazer para chegarmos ao ideal conveniente, mais pode-se dizer que galgamos um bom percurso na pretensão de se garantir direitos fundamentais, muitas leis foram criadas no intuito de dirimir essas demandas, mais ainda hoje muito deixa a desejar, temas como: Segurança publica, drogas e suas consequências a juventude; Sistema carcerário, ressocialização e os moldes estabelecidos; Violência policial; Violência contra mulher, LGBTfobia, racismo e as minorias; Demarcação de terras e preservação da cultura indígena; Educação e o sucateamento das escolas e universidades públicas; Saneamento básico para todos; Saúde pública e acessibilidade; Sustentabilidade e promoção para próximas gerações; Bioética: Produção de energias limpas e renováveis; Direito dos povos indígenas; Bioma e preservação. São capazes de fazer refletir sobre o quão longe do objetivo de fraternidade estamos, e as dificuldades que se impõem. Preservar os direitos humanos e uma necessidade, pois sem eles não existe democracia, legitimar e criar revisionismos históricos referente aos crimes cometidos pela ditadura militar, atualmente apregoado por alguns grupelhos, somente trazem a tona a identidade de momentos sombrios sobre nossa democracia, a Comissão da Verdade5 demonstrou e provou atos de atrocidades cometidos por esse regime de exceção, por isso da imagem e do receio quanto aos militares na historia do povo brasileiro. “As ações desastradas, irracionais, desonestas, inconsequentes, violentas ou transgressões diversas ocorridos no passado e ainda no presente protagonizado por muitos componentes dos órgãos Policiais trazem consequências negativas e depreciativas para todas as suas classes”. (Archimedes J. M.) A prática de violações graves aos direitos humanos pelos órgãos de política de segurança promoveram um maior engajamento de órgãos internacionais, pois pensando na gravidade da questão os movimentos sociais se mobilizaram e buscaram na perspectiva de judicialização a oportunidades de apuração de atos desacertados, o que se percebeu com o tempo, foi que isso não eram meros desvios individuais, e que esporadicamente atos errôneos vinham acontecendo. Essa noção de oportunidade jurídica dá visibilidade às querelas postas e analisadas pelo poder judiciário criando assim uma coerção, reparação e tentativa de garantizar a não repetição de atos equivocados pelas forças de segurança. Ongs. como: Justiça Global, ISER, Conectas Direitos Humanos, com experiência e foros relevantes sobre o assunto nacional e internacional buscam o enfrentamento desses dilemas no combate a violência institucional6. Suas principais ferramentas são gravações de atuações policiais em atividade, publicações nas redes sociais chamando atenção a sociedade civil para legitimação ou não dos referidos atos, e mesmo para apuração na instituição de referência. Usam a comunicação e a cultura para promoção dos direitos humanos, informando e fazendo um apelo a maior visibilidade desta questão. 5 Órgão temporário criado pela Lei 12.528, de 18 de novembro de 2011. 6 Rev. Direito e Práx. , Rio de Janeiro, Vol. 12, N. 3, 2021, p. 2102-2146. Carla Osmo e Fabíola Fanti. DOI: 10.1590/2179-8966/2021/61282 | ISSN: 2179-8966 3. SEGURANÇA PUBLICA E OS OBSTÁCULOS PARA O SERVIÇO Percebendo a sociedade exigente no trato com os agentes de segurança, e entendendo a crescente escalada da violência e as novas manobras da criminalidade para burlar as normas do estado, dá uma aparência de descrédito a maquina publica para com a segurança, garantindo direitos adquiridos com o tempo e respeitando as limitações das normas jurídicas e bem complicado de se combater eficientemente os desdobramentos do crime no cenário atual, a policia como poder coercitivo do estado pode não agradar a parcela da população que se sente coagida com esse poder de policia, porém, é uma necessidade para manutenção da ordem. “...Dentre os diversos direitos sociais previstos no art. 6º da Constituição Federal, a segurança pública é o único que ainda não possui um sistema de participação vinculado ao ciclo de implementação das políticas públicas”. A propósito, o que a seguir se evidencia é o seu perfil dialógico, interinstitucional e multidisciplinar, é a convocatória a um diálogo transversal entre diferentes espaços, instituições, saberes e atores (governamentais e não governamentais), associada à valorização dos trabalhadores da segurança pública e a proposta de uma construção governamental e comunitária ascensional (dos municípios para os estados e para a federação7). ”. Não adianta aqui somente jogar a responsabilidade para as instituições que atuam diretamente com a segurança publica, pois sobre elas recaem a ultima saída e contenção onde tudo falhou, onde as outras instituições não acertaram e não conseguiram suprimir as problemáticas de um novo momento, isso e uma demanda tanto interna como externa, interna no sentido de melhor preparar seus agentes na promoção de cidadania, demonstrando as devidas compreensões da realidade, e do que esta sendo cobrado na prevenção desse aumento da violência e da criminalidade como alternativa a esses desdobramentos que se seguem, externa no sentido de que não lhes cabe a total responsabilidade pelo desaso, mais tentando na medida do possível adequar as demandas exigidas pela sociedade. 7 ANDRADE V. Regina P., Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis – SC, Brasil 2013. “...Ainda que um policiamento rigoroso, de fato, ajude a coibir a prática de atos criminosos, o que vemos acontecer na prática em nosso país é que, com baixo investimento em treinamento e equipamentos, o maior ‘rigor’ do policiamento descamba muitasvezes para o vale-tudo, o desrespeito às leis, a lógica do olho por olho, dente por dente. Como vimos, essa lógica só reproduz o ciclo de violência, que acaba vitimando pessoas inocentes e gerando um sentimento de insegurança geral..."8 Vídeos nas mídias sobre abuso de autoridade, tanto em telejornais, quanto nas redes sociais ou em teledramaturgias criam e deturpam a imagem desta instituição que teoricamente deve ser a promotora de cidadania, garantidora de direitos e das relações democráticas, assim elas constroem o estigma de uma corporação truculenta, despreparada, ineficiente, com isso, nada ou pouco se ganha em relação à questão da violência, a critica ao uso da força em determinadas situações, mesmo que legitimas- pois o uso progressivo da força assegura tais medidas- pelo senso comum parece não ser uma medida acertada, ilegal e arbitrária, muita dessas situações ganham muita repercussão, muitas das vezes manifestadamente legais causam impacto e chocam a opinião publica, estimulando e dando armas para a criminalidade na justificação de seus atos e comportamentos, atando os agentes em certos pontos, de forma a deixa-los mais receosos nas abordagens e tratos com as ocorrências. Não é que esteja aqui legitimando atos extralegais, inclusive existem órgãos específicos e de grande importância na instituição para que sejam apurados e combatidos qualquer tipo de irregularidade e suas consequências, porém, percebo aqui uma cobrança que me parece algo de extremo e generalizado, como se sempre houvesse parcela da culpa contra os agentes, para tanto a imagem e algo que precisa sê trabalhadaa e reedificada na melhor das perspectivas, desconstruir essa marca que foi criada ao longo do tempo, mostrando que nada é estático e que precisamos também readequar nossas percepções e modelos de formação, para algo mais voltado a cidadania, a democracia, ética, a pluralidade, numa pretensão humanista. Isso não é algo de mais, pois mesmo exércitos profissionais hoje são cobrados de forma a tratar os prisioneiros de guerra conforme preceitos humanistas, estados em guerra são cobrados por corredores humanitários para que as perdas civis sejam mínimas, 8 Fernanda E. Matsuda, Mariângela Graciano e Fernanda C. F. Oliveira, Afinal, o que é segurança pública?, p. 46. cobrados por julgamentos de guerra, por atrocidades cometidas, não seria diferente aqui com as forças de segurança e manutenção da ordem, pelo contrario, ai e que a cobrança passa a ser maior, pela manutenção e legitimação desse poder de policia, afinal, são lhes confiado à personificação do estado. Outro ponto importante a ser tratado e com referência a produtividade e metas preestabelecidas no combate a criminalidade e que somente prender e punir como objetivo, com a pretensão de se conquistar a sensação de segurança, não esta dando conta das demandas exigidas, também perceber nos mínimos detalhes e as consequências de um policiamento presente, onde o agente nem se dá conta da função social e tarefa iminente, que é a de estar assíduo e dirimir conflitos de forma sem tardar, onde, prender e conduzir a delegacia são somente consequências de medidas imediatas, mais, a sensação de segurança proporcionada pelo agente atuando com ação de presença na área e prevenindo atos criminosos, também deve ser considerada e medida como referência nos dados pertinentes as estatísticas nas atividades laborais, e não simplesmente apreensões e procedimentos relatados em análise de gráficos constantemente atualizados, pois os que se percebem nesses relatórios referentes à segurança são dados que são limitados e que em pouco acrescenta às projeções futuras e a própria relação com a sensação de segurança produzida. 4. SEGURANÇA PUBLICA E DIREITOS HUMANOS Do contrario do que se apregoam por ai, direitos humanos está diretamente ligado com a atividade policial, servindo ate mesmo para garantia de direitos do próprio agente de segurança, e em busca da sua legitimação e credibilidade, pauta- la nos diretos humanos e uma demanda mais básica, trazendo para si a responsabilidade central na promoção da democracia, no agir ele deve buscar e assegurar a ordem sem ferir e abrir mão dos direitos fundamentais, defender algo diferente disso pode não ser-lhe visível por hora, mais quando se volta contra o individuo parece ficar mais claro, o discurso não pode ser excludente, saímos de um regime de exceção e para lá não voltaremos. A opinião publica que parte do preceito de que direitos humanos só servem para proteger bandido, esta totalmente equivocada, e por vezes proferidas nos discursos corriqueiros de senso comum, limita ate mesmo pessoas que tem um certo conhecimento de causa, pegar dados empíricos mesclando com falácias à cria narrativas, as mais diversas, a falha do estado para com a segurança publica não esta diretamente ligada com a atuação dos direitos humanos e suas cobranças aos órgãos de repressão, e nem tanto eles só servem para proteger bandidos, suas proposições estão ai para assegurar direitos, sejam eles de quem for, os criminosos se utilizam de métodos para burlar a lei, existe um dito popular capaz de descrever o que estou tentando explicar: “vão-se os anéis, ficam os dedos”, existem situações que são preferíveis que aconteça, do que o estado abusivo e detrator de direitos. O estado deve conter suas forças e prepará-las com intuito de se portar como forças legítimas e promovedoras da ordem, violência por violência apenas levam a estados de exceção, e para toda ação existe respostas nem sempre as melhores ou previsíveis, um estado pautado nos direitos humanos garante e cobra dos possíveis desdobramentos sociais uma visão inclusiva e pensando a humanidade, com justiça e igualdade. 4.1. SEGURANÇA PUBLICA E A NECESSIDADE DE PAUTA-LA NOS DIREITOS HUMANOS Com a promulgação da constituição de 1988 a policia passa a ser a promotora da cidadania e da democracia, e um órgão capaz de manter a ordem, mesmo em conflitos preestabelecidos ela se apresenta como a representante do estado, o órgão capaz de fazer voz as partes e se chegar a um denominador comum, e a detentora do poder coercitivo para o equilíbrio e a regulação das relações sociais, com novas perspectivas o policial engajado na segurança publica deve ser pautado e fundamentado nos direitos humanos, flexível, criativo, rápido nas tomadas de decisões, comunicativo, apto ao trabalho em equipe, multicultural, e administrar responsabilidades. Tarefa essa complexa, mais que se levada em consideração e almejada como meta, já e um caminho com grande potencial de sucesso. Fora o reconhecimento pelos bons serviços prestados, os problemas são deixados para trás, pois sair do trabalho sem levar preocupação para casa e poder deitar sem estar preocupado com as consequências de atos não acertados, com a sensação de dever cumprido é uma grande satisfação, o serviço de policia e algo simples e complexo ao mesmo tempo, e como andar em cima de uma corda bamba, você deve estar no controle para não ser omisso, e nem exacerbar demais em certos atos, para tanto estar pautado na norma jurídica e sempre uma necessidade, sempre estar ligado nas novas interpretações e acordons jurídicos e debates sobre segurança. Não somente a corregedoria, mais a sociedade em si e uma entidade que vigia em tempo real suas ações, nenhum detalhe hoje passa despercebido, em todo lugar existe câmeras que gravam as ações e tomadas de decisões, e mesmo julgam de imediato tais atos, para tanto pautá-los nos limites do ordenamento jurídico e uma necessidade para que possamos não trazer parasi a responsabilidade e posteriormente sair da situação como o infrator, agente truculento, que abusa de autoridade, que não e capaz de se conter e acabar virando o vilão na cena, sendo prejudicado tentando fazer para além de suas atribuições, frustrando planos de carreira, atrasando promoções, sendo demitido do cargo ou função ou mesmo perdendo sua liberdade. A função aqui e chegar ao conflito e ser a solução, agindo de forma cirurgia suprimindo a problemática e criando a sensação de segurança para as partes em litígio. Antagonismos entre uma sociedade civil e outra militar pós-constituição de 1988 e algo que parece inviável, e ate inadmissível para os novos tempos que se propõe com a constituição cidadão, o policial se inclui como o cidadão referencia e promotor da dignidade humana, da democracia e da equidade, existindo aqui uma relação pedagógica na sua ação social. Referência na sociedade, ele deve andar em retidão, servindo de parâmetros para a sociedade, afastando-se de tudo que possa vir a lhe trazer problemas psicossociais, pois a atividade policial em si e conflituosa e estressante, pesquisas demonstram que esta é uma profissão estressora e que potencialmente somatizam outras patologias, tais quais: depressão, ansiedade, incapacidade de tomar decisões, fobias, entre outras, podemos citar desde patologias, físicas, organizacionais, e mentais- onde, se o profissional da área não cuidar da sua qualidade de vida, onde as fontes estressoras são as mais diversas, desde drogas, as mais banais como as pressões e cobranças da função, ele pode ter problemas potenciais futuramente, para tanto, uma vida regrada, virtuosa, sempre dedicada à saúde e ao bem estar deve ser levadas em consideração. Ate aqui pareceu que somente foram postas cobranças sobre uma classe sobrecarregada, no entanto notar a importância dessa não dubiedade (civil/militar), e lutar por essa sociedade com justiça, pela dignidade humana e paz, já e um garantidor de seus próprios direitos, afinal você e parcela dessa sociedade. 5. LEI DE Nº 13.869 ABUSO DE AUTORIDADE Desdobrarei por aqui essa temática, no intuito de demonstrar a ênfase que se deu na aplicabilidade e cobrança para com a execução do serviço, pensando nos erros do passado e nos esporádicos desacertos que dão repercussão nos noticiários e nas rodas e redes sociais, foi estudada e atualizada a lei de 5 de setembro de 2019, trata da lei de abuso de autoridades, ela surge de uma necessidade de resguardar os direitos e garantias fundamentais do cidadão, onde o agente publico representante do estado, pautado e limitado pelas normas constitucionais, que deve seguir os desígnios da norma jurídica, onde o agente publico que incorre em erro pode ser punido de forma à: desde penas restritivas de direitos, indenização do ofendido, reparação do dano proporcionado, a efeitos de condenação ser suspenso, desabilitado do cargo ou função, perda de vencimentos, e mesmo a perda do cargo e função ou mandato. Essa lei foi uma edição a lei n. 4.898/1965, que regulava o direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade, era notório que com o passar do tempo ela já estava genérica e obsoleta, possuindo nela, diversas lacunas que não resguardavam o cidadão, sendo insuficiente na proteção do bem jurídico por ela tutelado, assim sendo foi atualizada para a nova Lei n. 13.869/2019, Lei de Abuso de Autoridade (LAA), passando a vigorar desde 3 de janeiro de 2020. Os crimes previstos na nova Lei de Abuso de Autoridade são classificados como crimes próprios e que somente podem ser praticados por agentes públicos9, são todos dolosos e pressupõe uma finalidade especifica no agir, seja em prejuízo a alguém, a beneficiar a si ou outrem, ou mesmo por capricho ou realização pessoal. Esta lei chama atenção par ao servidor como uma representação do estado, e a ele lhe cabendo os cuidados e tratos com os seus cidadãos, pautando os limites na 9 Conceito amplo de agente público para fins de sua aplicação, a semelhança do que faz a Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92). Logo, é agente público quem exerça, ainda que transitoriamente ou a título gratuito, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade da administração direta, indireta ou fundacional de quaisquer entes federativos. norma constitucional, primando pelo respeito aos direitos e garantias preestabelecidos. A lei de abuso de autoridade da ênfase na aplicabilidade e limitadores da norma jurídica, e cobra de forma bastante rígida, podendo gerar transtornos desde sua não execução ou ação, seja ela um não relaxar de prisão ou uma não comunicação à família, e mesmo sobre prisão do indivíduo e a forma de sua execução, podendo gerar problemas ao agente público, executor ou omisso da ação. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pensando a segurança pública como se apresenta hoje, enxergamos um desdobramento que em longo prazo vem causando transtornos, como segurança pública é um dever de todos, participação e engajamento da sociedade civil é uma necessidade que se põe a frente e pensar a maneira de conter o avanço da violência e um desafio que se apresenta, e não meramente uma tarefa do órgão, servidor ou instituição específico, a sociedade tem sua grande e importante parcela para sanar as chagas sociais, buscando e propondo respostas para manutenção da ordem. E necessário que a conduta dos agentes de segurança pública seja limitada ao rigor da lei, para que não sejam confundidos com excessos e criando descrédito à instituição como um todo, o poder de polícia e algo legitimado pela sociedade, nos dado com a finalidade de manutenção da ordem, abusar do poder de polícia para fins pessoais, sejam eles quais forem, cria visibilidade negativa e tem consequências, para tanto, o agente de segurança deve ter uma constante atualização e reconsiderações sobre as pautas de segurança, mesmo os aspirantes aos cargos públicos na segurança devem engajar já com a perspectiva de uma polícia cidadã, voltada a ser a guardiã da dignidade humana, da democracia e da pluralidade, entendendo o cenário e as novas demandas sociais. Mais o que seria essa polícia cidadã tão apregoada? A intenção aqui e chamar atenção ao dever do agente de segurança, definir seus parâmetros, trabalhar o perfil almejado pela constituição e a sociedade, estabelecer limites ao órgão coercitivo do estado, engajar pessoas capazes de lidar com as novas demandas sociais, se despregar de uma imagem que outrora foi de uma instituição arbitrária e que ainda hoje tenta se desvincular dessa marca de um passado não tão distante, devemos ser o guardião dessa jovem democracia que se instala, e perceber que o policial também está inserido nesse cenário, e que ele não e algo a parte. REFERÊNCIAS ADORNO, Sérgio. Insegurança versus direitos humanos: entre a lei e a ordem. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 11(2): 129-153, out. 1999 (editado em fev. 2000). ANDRADE, V. R. P., A Mudança do Paradigma Repressivo em Segurança Pública: reflexões criminológicas críticas em torno da proposta da 1º Conferência Nacional Brasileira de Segurança Pública, UFSC, Florianópolis – SC, Brasil, 2013. BALESTRERI, R., Direitos Humanos: Coisa de Polícia, Acadepol/MS, Disponível em: <https://www.acadepol.ms.gov.br/artigos/direitos-humanos-coisa-de-policia/>, Acesso em: 24 de abril de 2022. BEZERRA, J., ONU (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS), TODA MATÉRIA, Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/onu/>, Acesso em: 21 de abril de 2022. BRASIL, ONU surgiu para garantir a paz e segurança do mundo, gov.br, Disponível em: <https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2019/09/onu-surgiu-para-garantir-a-paz-e-seguranca-do-mundo>, Acesso em: 21 de abril de 2022. BRASIL. Lei nº 12.528, de 18 de novembro de 2011. COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE, arquivo Nacional, Disponível em: <http://cnv.memoriasreveladas.gov.br/ >, Acesso em: 08 de maio de 2022. http://cnv.memoriasreveladas.gov.br/ https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2019/09/onu-surgiu-para-garantir-a-paz-e-seguranca-do-mundo https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2019/09/onu-surgiu-para-garantir-a-paz-e-seguranca-do-mundo https://www.todamateria.com.br/onu/ https://www.acadepol.ms.gov.br/artigos/direitos-humanos-coisa-de-policia/ BRASIL. Lei nº 13.869, de 5 de setembro de 2019. DISPÕE SOBRE OS CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE, Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm >, Acesso em: 20 de abril 2022. BUGALHO G. P. S.; BUGALHO M. N., AS FONTES ESTRESSORAS OCUPACIONAIS E A POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO: Análise De Um Batalhão Da Capital, Disponível em: <http://revistacientifica.pm.mt.gov.br/ojs/index.php/semanal/article/view/355/pdf_1>, Acesso em: 23 de abril de 2022. CANO I. , POLÍTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL: TENTATIVAS DE MODERNIZAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO VERSUS A GUERRA CONTRA O CRIME, Sur - Rede Universitária de Direitos Humanos, número 5, ano 3, 2006, (pág. 136 à 155). CARDIA, Nancy . O medo da polícia e as graves violações dos direitos humanos. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 9(1): 249-265, maio de 1997. LIMA R. S., Segurança pública como simulacro de democracia no Brasil, Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, SP, SciELO Brasil, 2019. MARANHÃO, G., Nova Lei de Abuso de Autoridade: fique por dentro das principais mudanças! CERS, 2021, Disponível em: <https://noticias.cers.com.br/noticia/nova-lei-de-abuso-de-autoridade-disposicoes- gerais/>, Acesso em: 29 de abril de 2022. MARQUES, A. J. M., A POLÍCIA CIDADÃ E A SOCIEDADE, Brasil Escola, Disponível em: <https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/atualidades/a-policia- cidada-sociedade.htm>, Acesso em: 23 de abril de 2022. https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/atualidades/a-policia-cidada-sociedade.htm https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/atualidades/a-policia-cidada-sociedade.htm https://noticias.cers.com.br/noticia/nova-lei-de-abuso-de-autoridade-disposicoes-gerais/ https://noticias.cers.com.br/noticia/nova-lei-de-abuso-de-autoridade-disposicoes-gerais/ http://revistacientifica.pm.mt.gov.br/ojs/index.php/semanal/article/view/355/pdf_1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm MARQUES, A. J. M., A POLICIA CIDADÃ, O CIDADÃO E A CONSTITUIÇÃO CIDADÃ, Brasil Escola, Disponível em: <https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/atualidades/a-policia-cidada-cidadao- constituicao-cidada.htm>, Acesso em: 23 de abril de 2022. NASCIMENTO V. M.; Carmo E. D., OS POLICIAIS MILITARES PERANTE A SOCIEDADE: Reflexões acerca da percepção negativa do cidadão, Disponível em: < http://www.egpa.pa.gov.br/sites/default/files/26-_final.pdf>, Acesso em: 23 de abril de 2022. NUCCI, G. S., Há confronto entre direitos humanos e segurança pública?, Jusbrasil, 2018, Disponível em: <https://guilhermedesouzanucci.jusbrasil.com.br/artigos/554147060/>, Acesso em: 25 de abril de 2022. OSMO Carla, FANTI Fabíola, ADPF das Favelas: mobilização do direito no encontro da pandemia com a violência policial e o racismo, Rev. Direito e Práx. , Rio de Janeiro, Vol. 12, N. 3, 2021, p. 2102-2146. PEREIRA, F. L. B.; SHIZUE G. S. A., Direitos humanos no Brasil: balanço e perspectivas, Le monde diplomatique Brasil, 2021, Disponível em: <https://diplomatique.org.br/direitos-humanos-no-brasil-balanco-e-perspectivas/>, Acesso em: 02 de maio de 2022. RIBEIRO, Vinícius M., Direitos Humanos, São Paulo, SP- 1° edição, Montecristo editora, ano 2011. SILVA, D. N., Iluminismo, Mundo educação, Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/iluminismo.htm>, Acesso em: 29 de abril de 2022. https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/iluminismo.htm https://diplomatique.org.br/direitos-humanos-no-brasil-balanco-e-perspectivas/ https://guilhermedesouzanucci.jusbrasil.com.br/artigos/554147060/ http://www.egpa.pa.gov.br/sites/default/files/26-_final.pdf https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/atualidades/a-policia-cidada-cidadao-constituicao-cidada.htm https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/atualidades/a-policia-cidada-cidadao-constituicao-cidada.htm SOARES, L. E. , A Política Nacional de Segurança Pública: histórico, dilemas e perspectivas, Estudosavançados 21 (pág. 77 à 97), 2007. SOUSA, R. "Organização das Nações Unidas (ONU)"; BRASIL ESCOLA. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/onu.htm> Acesso em: 21 de abril de 2022. SOUZA I. , A evolução dos direitos humanos no Brasil, POLITIZE!, 2017, Disponível em: <https://www.politize.com.br/direitos-humanos-no-brasil/>, Acesso em: 21 de abril de 2022. ZOUEIN, L. H. L., Em que consistem e quais são as “gerações” de direitos fundamentais?, Meu site jurídico, 2019, Disponível em: https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/08/09/, Acesso em: 29 de abril de 2022. https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/08/09/ https://www.politize.com.br/direitos-humanos-no-brasil/ https://brasilescola.uol.com.br/geografia/onu.htm O PORQUÊ DA SEGURANÇA PÚBLICA PAUTADO NOS DIREITOS HUMANOS Rogério de Sousa Leitão RESUMO O trabalho discorre sobre o serviço de policia e sua indissociabilidade com relação aos direitos fundamentais, chama atenção para a constituição cidadã e o asseguramento de direitos e garantias, inserindo-o como um cidadão referência e mesmo numa relação pedagógica na construção social, servindo de parâmetro para a sociedade, demonstrando a difícil tarefa de se produzir segurança publica e seus impasses, sendo o guardião da democracia e se ajustar as novas demandas que surgem periodicamente, mais sempre prezando pela legitimidade social e pautada no ordenamento jurídico, evitando problemas para si e para a coletividade. Também chama atenção para o problema da segurança pública, que não é meramente um problema da instituição diretamente ligada à aplicabilidade da lei, mais, há uma necessidade de ser analisada coletivamente. Palavras-chave: Segurança Pública. Direitos Humanos. Policia. 1. INTRODUÇÃO O trabalho está montado em quatro blocos discursivos sobre a questão da segurança pública e sua relação com os direitos fundamentais, demonstrando o quão é impossível tratar de direitos e garantias, justiça e paz sem pensar nos direitos humanos, primeiramente fiz um apanhado histórico sobre à ONU e suas pretensões de um mundo justo e pacificado, seus desdobramentos na historia, falando um pouco sobre as gerações que se seguiram, embarcando na trajetória dos direitos humanos no Brasil, apontado algumas demandas que ainda existem, e demonstrando que mesmo com as cobranças ainda há muito que fazer pra se chegar a um ideal conveniente, mais que após a constituição cidadã demos um grande passo nessa pretensão. No segundo momento, discorrendo sobre a difícil tarefa de se fazer policiamento ostensivo, e sobre as cobranças as quais os agentes de segurança pública estão submetidos, altamente vigiados e onde a opinião publica e só um elo frágil prestes a lhes julgar por atos aparentemente falhos, trato da segurança publica não como uma responsabilidade meramente do órgão de repressão, precisamos sim, melhor preparar nossos agentes de segurança, no entanto, policia e somente um paliativo numa ordem em desordem potencial, onde todos os órgãos e instituições do sistema falharam, granjeio aqui a difícil arte de se desdobrarna tentativa de manter os padrões aceitáveis de segurança. No terceiro bloco tratarei da atividade policial e seu indissociável vínculo com os direitos humanos, temos aqui a fundamentação dessa proposta, e o porquê dessa pauta que aparentemente é contraditória, mais que na verdade e intrínseca a atividade policial, tão importante quanto a arma que o mesmo porta para sua defesa, posteriormente finalizando com a lei de abuso de autoridade, levando ao agente de segurança publica a importância de se pautar nos limites da lei, na intenção de não frustrar-se profissionalmente, vindo a ter problemas no exercício da função. Para as considerações finais demonstro o agente de segurança publica como o representante do estado, cidadão referencia na sociedade, excluindo qualquer disparidade civil/ militar, onde o servidor é o guardião da democracia e dos direitos fundamentais, e que a ele cabe os mesmos benefícios, pois, está inserido no cenário e não é algo a parte. 2. CRIAÇÃO DA ONU E SUA FINALIDADE PARA UM MUNDO JUSTO E HUMANO 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS 2022-07-16T12:59:51-0300
Compartilhar