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Aula 17 Antibióticos

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Mecanismos de Ação 
 Danos à membrana plasmática; Inibição 
da síntese de proteínas; Inibição da síntese da 
parede celular; Inibição da duplicação 
cromossômica ou da transcrição; Inibição da 
atuação de enzimas que produzem substâncias 
essenciais para o metabolismo. 
Inibidores da Parede Celular 
 β-lactâmicos: 
o Inibição irreversível da enzima 
transpeptidase; 
o Interferem na última etapa da 
síntese da parede bacteriana; 
o Exposição da membrana 
osmoticamente menos estável; 
 Penicilinas: 
o Eficácia terapêutica: espectro 
antibacteriano é determinado, em 
parte, pela capacidade de atravessar 
a parede celular de peptidoglicano da 
bactéria para alcançar as PLPs no 
espaço periplasmático. Tamanho, 
carga e hidrofobicidade. 
o Classificação: Grupo 1: penicilinas 
sensíveis a penicilinase (β-
lactamases). Ex.: Penicilina G e ou 
Penicilina V = (penicilinas naturais). 
 Principais inconvenientes das 
penicilinas naturais: sensíveis ao 
ácido, não ativas em bac gram-
negativas, e bactérias resistentes 
possuem β-lactamases. 
 
o Grupo 2: Penicilinas resistentes ao 
ácido devido ao grupo eletrofílico 
adicionado a cadeia lateral. Ex.: 
Penicilina V, Amipicilina e Amoxicilina. 
o Grupo 3: penicilinas resistentes a β-
lactamases – Antiestafilocócicas, 
grupo volumoso adicionado a cadeia 
lateral. Ex.: meticilina e nafcilina. 
 Indicada apenas para cepas de 
Staphylococcus aureus e 
Staphylococcus epidermidis 
sensíveis à meticilina. 
 Têm atividade mínima ou nula 
contra infecções gram-negativas. 
o Grupo 4: penicilinas resistentes ao 
ácido e a β-lactamases. Grupo 
volumoso e eletrofílico adicionado a 
cadeia lateral. Ex.: oxacilina, 
cloxacilina e dicloxacilina. 
o Grupo 5: penicilinas de amplo 
espectro. Grupo eletrofílico 
adicionado a cadeia lateral. Espectro 
antibacteriano similar ao da 
benzilpenicilina, mas são mais 
eficazes contra bacilos gram-
negativos. Ex.: ampicilina e 
amoxicilina. 
o Grupo 6: penicilinas antipseudomonas. 
Espectro ampliado da ampicilina de 
forma a incluir Pseudomonas 
aeruginosa, Enterobacteriaceae e 
espécies de Bacteroides. Ex.: 
piperacilina e ticarcilina. 
 Inibidores de β-lactamases: inibidores 
irreversíveis da β-lactamases. Ex.: ácido 
clavulânico, ácido 6-aminopenicilânico, 
tazabactam e sulbactam. 
 Associação de Penicilinas e Inibidores de 
β-lactamases: 
o Amplicilina + Sulbactam; 
o Amoxicilina + Ácido Clavulânico; 
o Ticarcilina + Ácido Clavulânico; 
o Piperacilina + Tazobactam. 
 Cefalosporinas: antimicrobianos β-
lactâmicos relacionados estrutural e 
funcionalmente com as penicilinas. 
Produzidas semissinteticamente pelo 
acréscimo de cadeias laterais ao ácido 7-amino-
cefalosporânico. 
o Apresentam o mesmo mecanismo de 
ação das penicilinas; 
o São afetados pelos mesmos 
mecanismos de resistência das 
penicilinas; 
Antibióticos 
o Geralmente são mais resistentes a 
certas β-lactamases do que as 
penicilinas; 
o Classificadas de acordo com as 
gerações com base principalmente no 
padrão de suscetibilidade bacteriana 
e resistência às β-lactamases. 
 Carbapenemos: antimicrobianos β-
lactâmicos sintéticos cuja estrutura difere das 
penicilinas. 
o Principais representantes: imipeném, 
meropeném, doripeném e ertapeném. 
o Mecanismo de ação semelhante ao das 
penicilinas. 
o Melhor estabilidade diante das 
penicilinases. 
o Amplo espectro de ação. 
 
Inibidores de Metabolismo 
Inibidores da Síntese de 
Ácido Fólico 
 Sulfonamidas: antimicrobiano 
bacteriostático, derivados da sulfanilamida, 
estrutura semelhante ao PABA. Ex.: 
sulfadiazina, sulfisoxazol, sulfametoxazol e 
sulfacetamida. 
o Mecanismo de Ação: inibidores 
competitivos da enzima bacteriana 
Di-hidro-pteriato sintetase. 
o Espectro antimicrobiano: bactérias 
gram-negativas causadoras de 
infecções urinárias. 
o Efeitos Adversos: 
 Criatalúria: precipitação em pH 
baixo das sulfonamidas 
metabilizadas facorece a 
cristalização na urina. 
 Hipersensibilidade: urticária, 
angioedema ou síndrome de 
Stevens-Johnson. 
 Icterícia nuclear: icterícia 
causada pela liberação da 
bilirrubina anteriormente ligada a 
proteínas. 
o Contraindicações: crianças menores 
de 2 anos e gestantes. 
 Trimetoprima: 
o Mecanismo de Ação: inibidor da di-
hidrofolato redutase bacteriana. 
Mais potente que as sulfonamidas. 
o Sulfonamidas + Trimetoprima: 
 Sulfonamidas raramente são 
prescritas isoladamente. 
 Menor resistência. 
 Quando administrados juntos 
apresentam maior inibição do 
crescimento bacteriano. 
 
 
Inibidores da Síntese de DNA 
 Quinolonas: Quinolonas (ácido nalidíxico) 
ou Fluor Quinolonas (ciprofloxacina, 
levofloxaxina, ofloxacina, norfloxacina, 
trovafloxacina e moxifloxacina). 
o Mecanismo de Ação: 
 Inibição da DNA-girasse: resulta 
em supertorção do DNA 
promovendo sua quebra. 
 Inibição da topoisomerase 
bacteriana IV: impacta a 
estabilização cromossomal 
durante a divisão celular, 
interferindo com a separação do 
DNA recém-replicado. 
o Farmacocinética: absorção variável 
por via oral, a ingestão de 
fluoroquinolonas com antiácidos 
contendo alumínio ou magnésio e de 
suplementos contendo ferro ou zinco 
pode reduzir a absorção. Cálcio e 
outros cárions divalentes também 
interferem na absorção desses 
fármacos. 
 
Inibidores da Síntese Proteica 
 Aminoglicosídeos: drogas naturais ou 
semissintéticas bastante utilizadas na prática 
clínica devido ao seu espectro antibacteriano, 
efeito bactericida e ao seu baixo custo. 
o Farmacocinética previsível e podem 
atuar em sinergismo com outros 
antibióticos. Importantes efeitos 
tóxicos, potencial para desenvolver 
resistência bacteriana. 
o Representantes disponíveis no Brasil: 
amiacina, estreptomicina, neomicina, 
gentamicina, tobramicina, netilmicina 
paromomicina e espectinomicina. 
o Impedimento da absorção: Ca2+, 
Mg2+, hiper-osmolaridade, acidez e 
anaerobiose. 
o Espectro de ação: atuam 
principalmente sobre bactérias gram-
negativas aeróbicas. Pouca atividade 
sobre bactérias resistentes a 
múltiplos fármacos. 
o Mecanismo de ação: interferem 
quebrando o aparelho ribossomal 
promovendo a leitura incorreta dos 
códons. Ação bacteriostática e 
bactericida dose-dependente. 
 
 Tetraciclinas: estrutura química básica 
com alterações farmacocinéticas e do espectro 
antibacteriano. 
o Representantes: clortetraciclina, 
oxitetraciclina, demeclociclina, 
metaciclina, doxiciclina e minociclina. 
o Mecanismo de ação: as tetraciclinas 
se ligam a subunidade 30s impedindo 
a ligação do RNAt ao RNAm. 
 
o Farmacocinética: absorção no estômago e 
intestino proximal. Bem absorvidos por 
VO (demeclociclina e tetraciclina (60-
80%), doxiciclina (95%) e minociclina 
(100%)). Absorção maior em jejum. 
Cátions di e trivalentes impedem a 
absorção das tetraciclinas. 
o Reações adversas: desconforto GI (azia, 
irritação da mucosa gástrica, esofagite), 
fototoxicidade (podem ocorrer 
queimaduras graves quando exposto ao 
sol ou a radiações UV com uso de qualquer 
tetraciclina) 
o Contraindicações: gestantes, lactante e 
crianças com menos de 8 anos. 
o Indicações: 1ª opção (infecções por 
Chlamydia, granuloma inguinal, infecções por 
Rickettsia, brucelose, cólera, doença de 
Lyme, doença inflamatória pélvica profilaxia 
do antraz). 2ª opção (gonorreia, siflis, DPOC 
infectado, pneumonia por M. pneumoniae, 
acne grave, disenteria por Shiguella, 
leptospirose, legionelose e hanseníase).

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