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Aula 1 e 2 - Farmacologia dos antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos

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Antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos
28/07/22 Aula ministrada pelo Prof. Dr. Andrey Borges
Teixeira
Gravação 2
História
Ehrlich, começo do século XX
● Quimioterapia - substâncias químicas sintéticas
para destruir patógenos infecciosos.
Nos últimos anos
● Antibióticos – substâncias produzidas por alguns
microrganismos (ou pelos químicos
farmacêuticos), que destroem ou inibem o
crescimento de outros microrganismos.
Conceitos Básicos
Antimicrobianos
❖ Inespecíficos: antissépticos e desinfetantes
❖ Específicos: quimioterápicos e antibióticos
Quimioterápico: substância química definida (produzida
por síntese laboratorial) que, introduzida no organismo,
age de maneira seletiva sobre o agente causador do
processo infeccioso, sem causar efeito nocivo sobre o
hospedeiro.
Antibióticos: substâncias químicas (medicamentos),
produzidas por
micro-organismos, ou seus equivalentes, sintéticos, com
capacidade de,
em pequenas doses, inibir o crescimento (bacteriostático,
fungistático,
etc) ou destruir (bactericida, fungicida, etc) MO
patogênicos.
Antibióticos biossintéticos
- obtidos a partir de cultura
Antibióticos semissintéticos
- naturais, modificados pela adição de
grupamentos químicos
Antibióticos antibióticos
- não é produzido por via microbiológica, e sim
por via sintética
Estrutura química: beta lactâmicos, macrolídeos, sulfas
etc
Ação biológica: bactericida, bacteriostático
Espectro de ação: curto, largo em bactérias gram
negativas etc
Mecanismos de ação dos antibacterianos - como os
antibióticos matam ou paralisam uma bactéria ?
➢ Inibição da síntese da parede celular
➢ Dano na funçao da membrana celular
➢ Inibição da síntese ou função de ac. nucleicos
➢ Inibição da síntese de proteínas
➢ Inibição da síntese de ac. fólico
- ciclofog… ⇒ bacteriostática a bactéria
Estrutura da Bactéria - A base molecular da
quimioterapia
Envelope bacteriano: parede celular + membrana
plasmática
Citosol:
- Não tem núcleo;
- Não tem mitocôndria
Parede celular: Função
- Única para células procarióticas
- Com peptidoglicanas (exceto em Mycoplasma)
Membrana plasmática semelhante à da célula
eucariótica, porém sem esteróis.
Mais fácil matar gram positiva pois a gram negativa tem
duas membranas que protegem mais deixando mais
resistentes
NAO COBRA EM PROVA
Maria Gabi C. Cabral T7
Antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos
Reações bioquímicas como alvos potenciais para os
fármacos antibacterianos:
Classe I: reações que utilizam a glicose e outras fontes
de carbono são usadas para produzir ATP e compostos
carbônicos simples.
Classe II: vias que usam a energia e os compostos classe
I para fazer pequenas moléculas (p. ex., aminoácidos e
nucleotídeos).
Classe III: vias que convertem as pequenas moléculas
em macromoléculas como proteínas, ácidos nucléicos e
peptidoglicano.
Reações bioquímicas como alvos potenciais
Classe I: uso da glicose (ou outra fonte) para geração de
ATP e síntese de compostos simples (precursores da
próxima classe).
Não são alvos promissores pois, as células humanas e
bacterianas usam mecanismos similares para obter
energia a partir da glicose.
Mesmo se a oxidação da glicose for bloqueada, outros
compostos podem gerar
energia.
Classe II: uso de precursores em sínteses dependentes de
energia (aminoácidos, nucleotídeos, fosfolipídeos,
fatores de crescimento, etc).
Bons alvos
Via existente nas células dos patógenos que não existe
nas células humanas. Ex. bactérias sintetizam
aminoácidos essenciais e vitaminas.
Vias idênticas, mas com sensibilidade diferentes aos
fármacos. Ex. via do ácido fólico.
Classe III: montagem de pequenas moléculas em
macromoléculas (proteínas, DNA, RNA,
peptidoglicanos).
Células patogênicas não conseguem captar suas
macromoléculas do meio.
Alvos para toxicidade seletiva:
Síntese dos peptidoglicanos
Síntese proteica
Síntese de ácidos nucleicos
##Resistência ao fármacos antibacterianos
Resistência aos antibióticos de maneira geral
Inata ou adquirida
O “resistoma” bacteriano (conjunto de genes que
determinam a resistência) antecede a invenção dos
antibióticos farmacêuticos.
Três mecanismos básicos de resistências
Pela transferência das bactérias entre as pessoas;
Pela transferência dos genes da resistência entre as
bactérias (usualmente nos plasmídeos);
Pela transferência dos genes da resistência entre os
elementos genéticos no interior da bactéria, nos
transposons.
Fatores que favorecem a resistência microbiana
ANVISA (Novembro de 2010): Proíbe a venda de
antibióticos sem receita médica.
No Brasil, até poucos anos atrás, os antibióticos podiam
ser comprados sem receita médica.
Os antibióticos são muito utilizados de forma
inapropriada, como no tratamento de dores de cabeça,
gripes e resfriados.
Antibióticos defasados ou adulterados por algumas
indústrias (pequeno porte/ emergentes), portanto,
enfraquecidos são comuns.
Pacientes comumente não completam o regime
posológico da prescrição ou usam sobras de
antibióticos prescritos para outras pessoas.
Fator que favorece resistência ⇒ a falta de aderência de
tratamento do paciente, sobra bactérias que voltam a se
proliferar mais fortes ainda.
Maria Gabi C. Cabral T7
Antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos
Determinantes genéticos de resistência aos
antibióticos
➢ Determinantes cromossômicos
➢ Mutações
➢ Amplificação gênica
➢ Determinantes extracromossômicos
➢ Plasmídeos
➢ Transferência dos genes de resistência entre as
bactérias
➢ Conjugação
➢ Transdução
➢ Transformação
➢ Transferência de genes de resistência entre
elementos genéticos na bactéria
➢ Transposons (genes “saltadores”, saltam entre
sítios específicos).
➢ Cassetes gênicos e integrons
##########Mecanismos bioquímicos de resistência
aos antibióticos
A produção de uma enzima que inativa o fármaco
- Inativação dos antibióticos β-lactâmicos
- Inativação do cloranfenicol
- Inativação dos aminoglicosídeos
❖ Alteração do local sensível ao fármaco ou do
ponto de ligação do fármaco
❖ Diminuição da concentração do fármaco na
bactéria
❖ Alteração das vias enzimáticas
❖ Combate aos estafilococos resistentes secretores
de β-lactamase
● Novos antimicrobianos menos
suscetíveis à inativação
● Penicilinas semissintéticas (meticilina)
● Novos antibióticos β-lactâmicos
- Monobactâmicos e
Carbapenêmicos
- Cefalosporinas (cefamandol)
❖ Inativação do cloranfenicol
● Cloranfenicol acetil transferase, uma
enzima produzida por cepas resistentes,
tanto de microrganismos G+ quanto G-
❖ Inativação dos aminoglicosídeos
● Inativados por fosforilação, adenilação
ou acetilação, e as enzimas necessárias
são encontradas tanto nos
microrganismos G+ quanto G-
❖ Alteração nos pontos de ligação do fármaco
● Isso ocorre com os aminoglicosídeos,
eritromicina, penicilina
❖ Redução da captura do fármaco pela bactéria
● Tetraciclinas
❖ Alteração das vias enzimáticas
● Di-hidrofolato redutase torna-se
insensível à trimetoprima
NAO CAI NA PROVA Estado atual da resistência
aos antibióticos nas bactérias
❖ Estreptomicina (por causa de alterações nos
pontos-alvo determinadas cromossomicamente);
❖ Aminoglicosídeos em geral (por causa das
alterações nos pontos-alvo e pela inativação das
enzimas determinadas pelos plasmídeos);
❖ Cloranfenicol e macrolídeos (por causa de
enzimas determinadas pelos plasmídeos);
❖ Trimetoprima (por causa da dihidrofolato
redutase resistente ao fármaco codificada pelo
transposon);
❖ Sulfonamidas (por causa do aumento da
produção de PABA determinado
cromossomicamente);
❖ Rifampicina (por causa dos aumentos no efluxo
do fármaco determinados cromossomicamente e
por plasmídeos);
❖ Ácido fusídico (por causa da diminuição da
afinidade ao ponto-alvo determinada
cromossomicamente ou por causa da diminuição
da permeabilidade ao fármaco codificada por
plasmídeos);
❖ Quinolonas, p.ex., ciprofloxacino e norfloxacino
(por causa da redução da captura determinada
cromossomicamente).
slide 28
##Escolha do antimicrobiano - uso empírico
Identificação do microrganismo;
Suscetibilidade do organismo com relação a um fármaco
em particular;Local da infecção;
Fatores ligados ao paciente;
Segurança do fármaco;
Custo do tratamento.
OBSAlguns pacientes (“maioria”) precisam do
tratamento empírico, ou seja, administração imediata
do(s) fármaco(s) antes da identificação bacteriana e dos
testes de suscetibilidade.
Complicações da terapia com antimicrobianos
Hipersensibilidade
#Toxicidade
● Neurotoxicidade
Maria Gabi C. Cabral T7
Antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos
● Hepatotoxicidade
● Nefrotoxicidade
● Mielotoxicidade
● Entero Toxicidade
Superinfecções: não consegue matar a bactéria de jeito
nenhum
Observações importantes em toda classe de
antibacterianos
Gravação 16
04/08/22
Classificação dos Antimicrobianos
ß-Lactâmicos
- Penicilinas
- Cefalosporinas
- Carbapenens
- Monobactans
- Quinolonas
- Glicopeptídeos
- Oxazolidinonas
- Aminoglicosídeos
- Macrolídeos
- Lincosaminas
- Nitroimidazólicos
- Cloranfenicol
- Estreptograminas
- Sulfonamidas
- Tetraciclinas
- Novos antimicrobianos
- Glicilciclinas
- Polimixinas
- Daptomicina
- Gemifloxacina
###Classificação de alguns antibacterianos pelo seu
local de ação
❖ Inibidores do metabolismo
❖ Inibidores da síntese da parede celular
❖ Inibidores da síntese de proteína
❖ Inibidores da função ou síntese dos ácidos
nucléicos
❖ Inibidores das funções da membrana celular
slide 35
Espectro de ação
➔ Antimicrobianos de espectro estreito
Apenas uns poucos tipos ou espécies de microrganismos
são sensíveis a esses agentes (p. ex., organismos
gram-positivos).
➔ Antimicrobianos de espectro estendido
Espectro intermediário que pode, p. ex., incluir bactérias
gram- positivas e algumas gram-negativas selecionadas.
➔ Antimicrobianos de amplo espectro
Afetam uma grande variedade de organismos diferentes,
tanto gram-positivos quanto gram-negativos. Podem
afetar microrganismos não patogênicos.
Agentes antibacterianos que interferem na síntese
ou na ação do ácido fólico
Sulfonamidas
Mecanismo de ação
❖ Bacteriostática
❖ Interferem na síntese de folato
❖ Efeitos adversos
Maria Gabi C. Cabral T7
Antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos
❖ Hepatite, reações de hipersensibilidade,
insuficiência da medula óssea e insuficiência
renal aguda decorrente de nefrite tubulo
intersticial ou cristalúria.
associação com trimetoprima
Trimetoprima
Mecanismo de ação
❖ Bacteriostático
❖ Quimicamente relacionada com o fármaco
antimalárico pirimetamina.
❖ Ambos antagonistas do ácido fólico.
❖ Efeitos adversos
❖ Deficiência de ácido fólico (administração de
longo prazo).
❖ Náuseas, vômitos, alterações hematológicas e
eritemas.
Sulfonamidas e Trimetoprima
-11min imagem 47
Resistência à trimetoprima e sulfonamida
● Plasmídeo com di-hidrofolato redutase com
afinidade baixa ou zero pela trimetoprima.
● Plasmídeo com di-hidropteroato sintetase com
baixa afinidade pelas sulfonamidas (e alta pelo
PABA).
destacando o mecanismo de ação, efeitos colaterais e aplicações
clínicas.
Estudo Dirigido
1. Descrever os mecanismos bioquímicos de
resistência aos antibióticos.
2. Descrever como deve ser feita a escolha do
antimicrobiano para utilização clínica.
3. Citar a classificação dos antimicrobianos de
acordo com seu local de ação.
4. Citar os tipos de toxicidade que podem ser
causadas pelos antimicrobianos.
5. Descrever a função da associação da
Sulfonamida com Trimetoprima,
gravação 17
Antibióticos b-lactâmicos⇒
Afetam a síntese da parede celular
Mecanismo de ação:
● Bactericida
● Interferem na síntese de peptidoglicanos da parede
celular.
● Inibem a enzima de transpeptidação que faz ligação
cruzada das cadeias peptídicas.
Ex:
- Penicilina
- Cefalosporina
- Monobactâmico
- Carbapenemo
Maria Gabi C. Cabral T7
Antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos
slide 7 e 8
Antibióticos ß-lactâmicos
➔ Bactericidas por interferência na síntese da
peptídeoglicana.
Penicilinas
● A primeira escolha para muitas infecções.
● Benzilpenicilina:
- administrada por via parenteral, meia-vida curta
e é destruída pelas BETA-lactamases
- espectro: cocos gram-positivos e gram-negativos
e algumas bactérias gram-negativas
- muitos estafilococos são agora resistentes.
● Penicilinas resistentes à BETA-lactamase (p. ex.,
fucloxacilina):
- administradas por via oral
- espectro: o mesmo da benzilpenicilina
- muitos estafilococos são agora
resistentes.
● Penicilinas de largo espectro (p. ex.,
amoxicilina):
- administradas por via oral; elas são destruídas
pelas B-lactamases
- espectro: o mesmo da benzilpenicilina (embora
menos potente); são também ativas em bactérias
gram-negativas.
● Penicilinas de espectro estendido (p. ex.,
ticarcilina):
- administradas por via oral; são
suscetíveis às ß-lactamases
- espectro: o mesmo das penicilinas de
largo espectro; elas também são ativas
em pseudomonas.
● Efeitos adversos das penicilinas: principalmente
hipersensibilidades
● A combinação de ácido clavulânico e
amoxicilina ou ticarcilina é efetiva sobre muitos
microrganismos produtores de Betalactamase.
Cefalosporinas e cefamicinas
● Segunda escolha para muitas infecções.
● Os fármacos orais (p. ex., cefaclor) são usados
nas infecções urinárias.
● Fármacos parenterais (p. ex., cefuroxima, que é
ativa sobre S. aureus, Haemophilus influenzae,
Enterobacteriaceae).
● Efeitos adversos: principalmente
hipersensibilidades.
Carbapenéns
● Imipenem é um antibiótico de largo espectro.
● O imipenem é usado com a cilastina, que
bloqueia sua degradação no rim.
Monobactâmicos
● O aztreonam é ativo apenas sobre bactérias
aeróbicas gram-negativas e é resistente a maiona
das ß-lactamases.
❖ VO, IM, IV
❖ Não penetram na célula dos mamíferos.
❖ Efeitos adversos:
- Hipersensibilidade
- Choque anafilático aguda
- Erupções cutâneas
Maria Gabi C. Cabral T7
Antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos
β-lactâmicos (Carbapenêmicos e
Monobactâmicos)
Outros antibióticos β-lactâmicos: Foram desenvolvidos
para lidar com os organismos Gram- produtores de β-
lactamases resistentes à penicilina.
Carbapenens
Ex. Imipenem
Amplo espectro
A maioria não é oralmente ativa, sendo utilizada apenas
em situações específicas.
Efeitos adversos
Semelhantes aos da penicilina
Náuseas e vômitos
Neurotoxicidade em altas concentrações
Monobactâmicos
Ex. Aztreonam
Resistente à maioria das β-lactamases
Apenas para bacilos aeróbios Gram –
IV ou IM. Não é absorvido por via oral.
Efeitos adversos semelhantes da penicilina, mas não
causam reações alérgicas.
Inibidores de beta-lactamases
##ÁCIDO CLAVULÂNICO
➢ Antibiótico descoberto em culturas de
Streptomyces clavuligerus.
● Atividade antimicrobiana → desprezível
● Associado com a amoxacilina →
diminuição da CIM (concentração
inibitória mínima) contra
microrganismos produtores de
beta-lactamases.
➢ Real atividade
● “inibidor competitivo suicida de
beta-lactamases”.
➢ Beta-lactamases inativadas pelo ácido
clavulânico
● Produzidas pelos estafilococos
● Produzidas por cocos e bacilos
Gram-negativos
Maria Gabi C. Cabral T7
Antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos
● Não atua sobre beta-lactamases da
classe I de origem cromossômica (são
menos frequentes)
- Pseudomonas aeruginosa
- Enterobacter
- Serratia spp
- Morganella morganii
- Acinetobacter
- Algumas estirpes de
Escherichia coli
Mecanismo de inativação das beta-lactamases
➢ Penetração com facilidade pela parede celular.
➢ Atinge elevadas concentrações no espaço
periplasmático
➢ Interação com as beta-lactamases.
➢ Ligação da beta-lactamase sobre o anel
beta-lactâmico do ácido clavulânico,
provocando a hidrólise do mesmo.
Farmacocinética e Metabolismo
➢ Ácido clavulânico e seus sais (clavulanato de
potássio)
➢ Boa absorção por via oral
➢ Farmacocinética similar a amoxicilina (mesma
distribuição orgânica)
➢ Não atravessa a barreira hematoencefálica
➢ Sofre metabolização nos tecidos
➢ Eliminação urinária → 30% de droga ativa
Dose de ácido clavulânico
● 4:1 em relação a amoxicilina
● Utilizada por via oral
Outros inibidores de beta-lactamases
● Sulbactam
● Tazobactam
● Brobactan
Antibióticos que afetam a síntese da parede celularCicloserina, Vancomicina e Bacitracina
D-cicloserina
❖ Análogo estrutural da D-alanina
❖ Inibe a atividade da D-Ala-D-Ala sintetase, a
enzima que catalisa a formação de dipeptídeo
D-Ala-D-Ala, que é subsequentemente utilizado
na síntese de monômeros de mureína
(peptidoglicano).
É um agente de segunda linha utilizado no tratamento da
infecção por Mycobacterium Tuberculosis resistente a
múltiplos fármacos.
Efeitos adversos: convulsões, síndromes neurológicas,
incluindo neuropatia periférica, e psicose. Deve-se evitar
o uso desse fármaco em pacientes com doença
neuropsiquiátrica subjacente, alcoolismo e doença renal
crônica.
Vancomicina
Interrompem a síntese da parede celular através de sua
ligação firme à extremidade terminal D-Ala-D-Ala da
unidade de monômeros de mureína, inibindo a
transglucosidase e bloqueando, portanto, a adição de
unidades de mureína à cadeia de polímero em
crescimento.
❖ Tem como principais indicações:
❖ Endocardites causada por estafilococos
resistentes à meticiclina;
❖ Em associação com a cefotaxima também é
recomendada na meningite, causada por
pneumococo resistente à penicilina;
❖ Colite causada por Clostridium difficile;
❖ Reações adversas em 10% dos casos;
❖ Flebite no local da injeção, calafrios e febre e
podem ocorrer ototoxicidade e nefrotoxicidade.
Maria Gabi C. Cabral T7
Antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos
Bacitracina
❖ Liga-se ao carreador lipídico, impedindo o
carreador de transportar o bloco construtor
NAM-pentapeptídeo através da membrana
celular.
❖ Usada topicamente devido à sua alta toxicidade
e baixa absorção.
❖ Age principalmente contra bactérias
gram-positivas.
Agentes antimicrobianos que afetam a síntese das
proteínas bacterianas
Tetraciclinas
➢ Tetraciclina, oxitetraciclina,Demeclociclina,
limeciclina, doxiciclina, Minociclina e
tigeciclina.
➢ Amplo espectro
➢ Resistência generalizada
- Diminuição no uso
➢ Bacteriostáticas
➢ Captura por transporte ativo
- VO e parenteral
- Absorção melhorada na ausência de alimentos
- Quelante de íons metálicos (cálcio, ferro,
magnésio) → formação de complexos não
absorvíveis
LEITE, ANTIÁCIDOS E PREPARAÇÕES COM
FERRO DIMINUEM SUA ABSORÇÃO
Efeitos adversos:
● Depositadas em ossos e dentes em crescimento
(manchas) → podem gerar hipoplasia dentária e
deformidades ósseas.
● Não administrar em crianças, mulheres grávidas ou
que estão amamentando.
Maria Gabi C. Cabral T7
Antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos
Cloranfenicol
● Inibe a peptidiltransferase
● Liga-se à subunidade 50S do ribossomo
● Isolado de cultura de Streptomyces
● Amplo espectro
● Bacteriostático
● Resistência por acetiltransferases que o impedem de se
ligar ao ribossoma e portanto neutralizando a sua ação
antibiótica.
Efeitos adversos:
Depressão da medula óssea (pancitopenia),
hipersensibilidade, alterações GI.
Cuidado com uso em RN → MONITORAMENTO.
Síndrome do bebê cinzento (mortalidade de 40%).
Aminoglicosídeos
Ex: Gentamicina, streptomicina, amicacina, tobramicina
e neomicina
● Estrutura química complexa
● Ligam-se subunidade 30S do ribossomo
● Bloqueiam fase inicial síntese proteica
● Espectro: Gram – e alguns Gram +
● Entrada bactéria por transporte ativo
● Mínima ação contra anaeróbios
● Bactericida, reforçado por agentes que interferem na
síntese da parede celular.
● Resistência (inativação por enzimas bacterianas).
Farmacocinética:
● IV ou IM
● Eliminação: inalterados na urina
● Atravessam a placenta, mas não a barreira HE
Efeitos adversos:
● Ototoxicidade e nefrotoxicidade
● Reação tóxica rara: paralisia por bloqueio
neuromuscular caso uso concomitante com bloqueadores
neuromusculares.
Maria Gabi C. Cabral T7
Antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos
Macrolídeos
Ex: Eritromicina, azitromicina e clindamicina
● Efeito na translocação e ligação à subunidade 50 S do
ribossomo
● Para pessoas sensíveis à penicilina (espectro de ação
semelhante)
● Não é eficaz para a maioria dos Gram –
● Resistência (alteração do local de ligação da
eritromicina no ribossomo bacteriano)
Farmacocinética:
● VO, parenteral
● Não atravessam a barreira HE
● Concentram-se nos fagócitos
● Eliminação principalmente pela bile
● Inibição do sist. citocromo P450 por esses agentes
pode afetar a biodisponibilidade de outros fármacos.
Agentes antimicrobianos que afetam a topoisomerase
Quinolonas
Fluoroquinolonas
Largo espectro: Ciprofloxacino, levofloxacino,
norfloxacino
Pequeno espectro: Ácido nalixídico
Mecanismo de ação
- Inibem a topoisomerase II (DNA girase
bacteriana)
- enzima que produz
- a super-helicoidização negativa do DNA
- e que permite a transcrição ou replicação
Resistência: Mutações na topoisomerases
Farmacocinética:
● VO
● Concentradas nos fagócitos
● Antiácidos com magnésio e alumínio interferem na
sua absorção
● Inibem citocromo P450
Maria Gabi C. Cabral T7
Antibióticos e quimioterápicos antimicrobianos
Efeitos adversos:
● Alterações GI, erupções cutâneas, cefaléia, tontura.
Outros agentes antimicrobianos
Metronidazol
● Inibidor da síntese de DNA
● Antiprotozoário e para bactérias anaeróbias
● Evitar uso concomitante com álcool (competição
enzimática no metabolismo)
Estreptograminas
● Quinupristina e Dalfopristina (ação conjunta)
● Inibem a síntese proteica bacteriana (Subunidade 50S)
● Espectro: Gram +
● IV
● Sem resistência
Efeitos adversos: inflamação e dor no local da injeção,
artralgia, mialgia, náuseas, vômitos e diarreia.
Clindamicina
● Para cocos Gram –
● Ação similar ao cloranfenicol
Efeitos adversos: GI e colite pseudomembranosa
(potencialmente fatal)
Oxazolidinona
● Linezolida
● Inibição da síntese proteica: ligação na subunidade
70S
● Espectro: Gram +, resistentes a vários fármacos
Efeitos adversos: trombocitopenia, diarreia, náusea,
erupções cutâneas e tonturas
Ácido fusídico
● Pequeno espectro: Gram +
● Inibição da síntese proteica
● Resistência → se utilizado se utilizado de forma
sistêmica como agente único (uso combinado)
Efeitos adversos: alteração GI, icterícia e erupções
cutâneas
Nitrofurantoína
● Sintético
● Espectro: Gram + e Gram –
● Resistência rara
● Não se sabe o mecanismo de ação
● VO
● Infecções do trato urinário
Efeitos adversos: GI, hipersensibilidade,
hepatotoxicidade e neuropatia periférica
Polimixinas
● Propriedades detergentes
● Interagem com a molécula de polissacarídeo da
membrana externa
das bactérias G+, retirando cálcio e magnésio,
necessários para a
estabilidade da molécula de polissacarídeo.
● Não depende da entrada do antimicrobiano na célula
bacteriana e
resulta em aumento de permeabilidade da membrana
com rápida
perda de conteúdo celular.
● Causa a morte da bactéria (bactericida).
● Não são absorvidas pelo TGI.
● Uso limitado pelo neuro e nefrotoxicidade.
Estudo Dirigido
1. Descrever a função da associação de um
beta-lactâmico com ácido clavulânico,
destacando o mecanismo de ação, efeitos
adversos e aplicações clínicas.
2. Descrever o mecanismo de ação, destacando os
principais efeitos adversos dos seguintes
fármacos antibacterianos:
➔ Tetraciclinas;
➔ Cloranfenicol;
➔ Aminoglicosídeos;
➔ Macrolídeos;
➔ Quinolonas.
Maria Gabi C. Cabral T7

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