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AGENTES ANTIBACTERIANOS QUÍMICA FARMACÊUTICA Prof. Me. Ana Paula Frassön Agentes antimicrobianos e antibióticos Antibióticos Agentes antimicrobianos Definição • Os antimicrobianos são substâncias químicas utilizadas no tratamento de doenças infecciosas que podem inibir ou matar o patógeno. Bactérias antibacterianos antibióticos Bacteriostáticos inibem o crescimento das bactérias Bactericidas matam as bactérias Classificação dos Antimicrobianos COM BASE NA ORIGEM Naturais (PENICILINA G) Semissintéticos (AMINOPENICILINAS) Sintéticos (CLORANFENICOL) COM BASE NA AÇÃO BIOLÓGICA Bactericidas: Destrói as bactérias Bacteriostáticos: Paralisam o crescimento da bactéria QUANTO AO ESPECTRO DE AÇÃO Pequeno espectro: Atingem um grupo pequeno de bactérias Grande espectro: Atinge mais de um grupo de bactérias TOXICIDADE SELETIVA: M.os x Hospedeiros Classificação dos antibióticos Inibidores de síntese da parede celular Alteram a permeabilidade da membrana celular Inibindo a síntese de DNA ou RNA Inibindo a síntese de proteínas Inibindo a atividade enzimática. Classificação dos antibióticos INIBIDORES DE SÍNTESE DA PAREDE CELULAR Alteram a permeabilidade da membrana celular Inibindo a síntese de DNA ou RNA Inibindo a síntese de proteínas Inibindo a atividade enzimática. ➢ Penicilinas ➢ Cefalosporinas ➢ Monobactâmicos ➢ Carbapenemas ➢ Inibidores de betalactamases Antibióticos Beta-lactâmicos Inibidores de síntese da parede celular PENICILINA G BENZILPENICILINA PENICILINA V AMPICILINA AMOXICILINA METICILINA NAFCILINA ISOXAZOLIL PENICILINA OXACILINA CLOXACILINA DICLOXACILINA FLUCLOXACILINA PENICILINAS CARBOXIPENICILINAS UREIDOPENICILINAS CARBENICILINA TICARCILINA PIPERACILINA AZLOCILINA MEZLOCILINA Mecanismo de ação ✓Bactericidas ✓Inibem a formação da parede celular: Análogos da D-Ala-D-Ala. Ligam-se de forma covalente na transpeptidase bloqueando a síntese de peptidoglicano Farmacocinética A absorção por via oral depende da estabilidade ácida e da ligação às proteínas. A PENICILINA G e a METICILINA são sensíveis ao HCl, por isso não podem ser administradas por v.o. A DICLOXACILINA, AMPICILINA e a AMOXICILINA são resistentes ao HCl, e relativamente bem absorvidas v.o. TODAS AS PENICILINAS (EXCETO A AMOXICILINA) DEVEM SER ADMINISTRADAS 1h ANTES OU 2h APÓS A ALIMENTAÇÃO. Distribuem-se amplamente nos líquidos corporais e tecidos. As penicilinas benzatinas e procaína - IM - retardam a absorção (10 dias à semanas) Rapidamente excretada na urina (10% por filtração glomerular e 90% por secreção tubular) – ajustar a dose na presença de insuficiência renal. Farmacocinética https://www.youtube.com/watch?v=4ctfukPp99E&t=213s São mais estáveis do que as penicilinas às muitas B-lactamases. São hidrossolúveis e relativamente estáveis a mudanças de pH e temperatura. Podem ser classificadas em 4 gerações, dependendo do espectro Não são ativas contra enterococos e Listeria monocytogenes. CEFALOSPORINAS ✓ Injeção intramuscular dolorosa ✓ Náuseas, vômitos e diarreia ✓ Nefrotoxicidade (cefaloridina) ✓ Elevação das transaminases (TGP) cef. IM ✓ Superinfecções (uso prolongado) ✓ Hipersensibilidade (5%) Febre, reações exantemáticas, urticária, eosinofilia e neutropenia transitória e choque anafilático. Cefalosporinas – Efeitos Adversos ➢ Penicilinas ➢ Cefalosporinas ➢ Monobactâmicos ➢ Carbapenemas ➢ Inibidores de betalactamases MONOBACTÂMICOS CH3 H AZTREONAM Mostram-se relativamente resistentes às beta-lactamases e exibem atividade contra bastonetes G- (incluindo Pseudomonas e Serratia). Não tem atividade contra bactéria G+ ou anaeróbios. ➢ Penicilinas ➢ Cefalosporinas ➢ Monobactâmicos ➢ Carbapenemas ➢ Inibidores de betalactamases CARBAPENEMAS =OH • Imipenem – IV • Meropenem – IV • Ertapenem – IV Imipenem e Meropenem •O espectro antibacteriano “in vitro” de imipenem e meropenem inclui a maioria das bactérias clinicamente significantes Gram-positivas e Gram- negativas aeróbicas e anaeróbicas •Mostram-se resistentes à maioria das beta- lactamases, mas não às metalo-beta-lactamases ✓ Carbapenemases ✓ P. aeruginosa ✓ A. baumannii ✓ Klebsiella spp ➢ Penicilinas ➢ Cefalosporinas ➢ Monobactâmicos ➢ Carbapenemas ➢ Inibidores de betalactamases INIBIDORES DE BETALACTAMASES CLAVULANATO SULBACTAM TAZOBACTAM Fraca ação antibacteriana Classificação dos antibióticos Inibidores de síntese da parede celular ALTERAM A PERMEABILIDADE DA MEMBRANA CELULAR Inibindo a síntese de DNA ou RNA Inibindo a síntese de proteínas Inibindo a atividade enzimática. POLIMIXINA Mecanismo de ação: Membrana externa Atuação em Gram- negativos aeróbicos Não atua em: • Gram positivas! Classificação dos antibióticos Inibidores de síntese da parede celular Alteram a permeabilidade da membrana celular Inibindo a síntese de DNA ou RNA INIBINDO A SÍNTESE DE PROTEÍNAS Inibindo a atividade enzimática. ▪ É um potente inibidor da síntese de proteínas. Liga-se reversivelmente à subunidade 50S, inibindo a peptidil transferase ▪ É um bacteriostático de amplo espectro, ativo contra micro- organismos G+ tanto aeróbios quanto anaeróbios, bem como os G- ▪ IV e VO (biodisponibilidade de 90-95%) ▪ Resistência pela produção da cloranfenicol acetil transferase, codificada por plasmídios CLORANFENICOL São bacteriostáticas para numerosas bactérias G+ e G-, incluindo anaeróbios, riquetsias, clamídias e micoplasmas e, também contra amebas. TETRACICLINAS Ligam-se irreversivelmente à subunidade 30S do ribossomo, bloqueando a ligação do aminoacil-tRNA ao sítio aceptor no complexo mRNA-ribossomo São classificadas em: De ação curta (6-8h): clortetraciclina, tetraciclina, oxietraciclina De ação intermediária (12h): demeclociclina e metaciclina De ação prolongada (16-18h): doxiciclina e minociclina TETRACICLINAS ▪ A absorção após administração oral é de aproximadamente: ✓ 30% para a clortetraciclina ✓ 60-70% para a tetraciclina, oxietraciclina, demeclociclina e metaciclina ✓ 95-100% para a doxiciclina e minociclina ▪ São excretadas principalmente na bile e na urina ▪ 10 a 50% são excretadas na urina, por filtração glomerular ▪ 10 a 20% são excretados nas fezes Farmacocinética Mecanismo de Ação: bloqueio da subunidade 50S, impedindo a síntese proteica MACROLÍDEOS Eritromicina Outros também sensíveis: Mycoplasma, Legionella, Clamydia trachomatis, Helicobacter, Listeria, Mycobacterium kansasii e Scrofulaceum. Eficaz contra micro-organismos Gram +, especialmente pneumococos, estreptococos, estafilococos e corinebatérias. ▪ A ação antibacteriana pode ser inibitória ou bactericida, particularmente em concentrações mais altas. Claritromicina ▪ É mais ativa contra Mycobacterium avium. Derivada da eritromicina pela adição de um grupo metil. Possui melhor estabilidade em ácidos e absorção oral em comparação com a eritromicina. ▪ Apresenta menor frequência de intolerância GI. ▪ Possui atividade contra Mycobacterium leprae e Toxoplasma gondii. Azitromicina ▪ Composto com anel macrolídio de lactona de 15C, deriva da eritromicina pela adição de um nitrogênio metilado no anel da eritromicina. ▪ É rapidamente absorvida e bem tolerada por via oral. ▪ Possui atividade contra Mycobacterium leprae e Toxoplasma gondii. Interações com antibióticos • Amoxicilina e ácido clavulânico – A amoxicilina associada ao ácido clavulânico aumenta o tempo de sangramento e de protrombina (elemento proteico da coagulação sanguínea) quando usada com AAS. • Leite e tetraciclina – Os íons divalentes e trivalentes (Ca2+, Mg2+, Fe2+ e Fe3+) - presentes no leite e em outros alimentos - são capazes de formar quelatos não absorvíveis com as tetraciclinas, ocasionando a excreção fecal dos minerais, bem como a do fármaco. Interações com antibióticos • Alimentos e penicilina e eritromicina – Após a ingestão de alimentos ou líquidos, o pH do estômago dobra. Essa modificaçãopode afetar a desintegração das cápsulas, drágeas ou comprimidos e, consequentemente, a absorção do princípio ativo. O aumento do pH gástrico em função dos alimentos ou líquidos pode reduzir a dissolução de comprimidos de eritromicina ou de tetraciclina. • Antibióticos e vitamina C – Os antibióticos não devem ser misturados com vitamina C ou qualquer substância que a contenha (sucos cítricos), pois ela inibe a ação dos antibióticos. Interações com antibióticos • Cloroquina/hidroxicloroquina e azitromicina – Risco de arritmia cardíaca (desconhecido). Aumento da chance de prolongamento do intervalo QT (arritmia cardíaca). Considerar potencialização de riscos quando a tríade for utilizada em hospitais: hidroxicloroquina, azitromicina e propofol. • Lopinavir/ritonavir e eritromicina e claritromicina – Lopinavir e ritonavir podem aumentar a oferta desses macrolídeos. Risco de prolongamento do intervalo QT (arritmia cardíaca).
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