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ATENÇÃO DOMICILIAR (MFC)

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Bittencourt 
ATENÇÃO DOMICILIAR 
CONCEITO 
Atenção domiciliar (AD) é a provisão de serviços de saúde 
por prestadores formais e informais com o objetivo de 
promover, restaurar e manter o conforto, função e saúde 
das pessoas num nível máximo, incluindo cuidados para uma 
morte digna. Serviços de assistência domiciliar podem ser 
classificados nas categorias de preventivos, terapêutico, 
reabilitadores, acompanhamento por longo tempo e 
cuidados paliativos. 
 
HISTÓRICO/BASE LEGAL 
• Em 1967, antes da criação do SUS, é criado o 1º 
sistema de assistência domiciliar em saúde no 
Brasil, no Hospital do Servidor Público Estadual de 
São Paulo 
• Portaria n° 2.416, de março de 1998: requisitos para 
credenciamento de hospitais e critérios para a 
realização da internação domiciliar 
• Lei n° 10.424, de 15 de abril de 2020: estabelece a 
Assistência Domiciliar como modalidade de 
assistência e saúde, operacionalizada pela 
Estratégia de Saúde da Família, pelas Unidades 
Básicas de Saúde e pelo Programa de Interação 
Domiciliar. 
• Portaria n° 2.529 de 19 de outubro de 2006: institui 
a Internação Domiciliar no âmbito do SUS. Define 
como Internação Domiciliar, no âmbito do SUS, o 
conjunto de atividades prestadas no domicílio a 
pessoas clinicamente estáveis que exijam 
intensidade de cuidados acima das modalidades 
ambulatoriais, mas que possam ser mantidas em 
casa, por equipe exclusiva para este fim = início do 
serviço de atenção domiciliar. 
 
Portarias que redefinem a Atenção Domiciliar no âmbito do 
SUS 
• Portaria GM/MS n° 2.527/2011: modalidade de 
atenção à saúde integrada às Rede de Atenção à 
Saúde (RAS), caracterizada por um conjunto de 
ações de prevenção e tratamento de doenças, 
reabilitação, paliação e promoção à saúde, 
prestadas em domicílio, garantindo continuidade 
de cuidados. 
• Portaria GM/MS n° 963/2013 
• Portaria GM/MS n° 825/201
 
 
TERMINOLOGIA 
• Assistência domiciliar = mais usada. É todo e qualquer atendimento a domicílio realizado por profissionais que integram 
a equipe de saúde. 
• Cuidado domiciliar 
• Atenção domilicitária 
• Home care 
• Internação domiciliar 
 
Atendimento domiciliar = é a categoria diretamente 
relacionada à atuação profissional no domicílio, mais pontual 
e/ou temporária 
 
Visita domiciliar = é um instrumento que prioriza o 
diagnóstico da realidade do indivíduo e as ações educativas. 
 
Internação domiciliar = categoria que envolve o uso de 
aparato tecnológico em domicílio. 
 
OBJETIVOS DA ATENÇÃO DOMICILIAR 
1. Redução da demanda por atendimento hospitalar 
2. Redução do período de permanência de usuários 
internados 
3. Humanização da atenção à saúde, com a ampliação 
da autonomia dos usuários 
4. A desinstitucionalização e a otimização dos 
recursos financeiros das RAS 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA AD 
• Abordagem integral à família 
• Consentimento da família, participação do usuário 
e existência de cuidador 
• Trabalho em equipe e interdisciplinaridade 
• Adscrição da clientela 
• Inserção na política social local 
• Estímulo às redes de solidariedade 
 
 
 
 
 
MODALIDADES DE ATENÇÃO DOMICILIAR 
• Perfil AD1: 
o Cuidados com menor frequência e 
necessidade de intervenções 
multiprofissionais. 
o Apresentam estabilidade e cuidados 
satisfatórios pelos cuidadores 
o É de responsabilidade das Equipes de 
Atenção Básica 
o Devem ser apoiadas pelos Núcleos de 
Apoio à Saúde da Família (NASF), 
ambulatórios de especialidades e centros 
de reabilitação 
o Critérios de inclusão 
I - Apresentar problemas de saúde 
controlados/compensados e com 
dificuldade ou impossibilidade 
física de locomoção até uma 
unidade de saúde; 
II - Necessitar de cuidados de 
menor complexidade, incluídos os 
de recuperação nutricional, e de 
menor frequência, dentro da 
capacidade de atendimento das 
Unidades Básicas de Saúde (UBS); 
e 
III - Não se enquadrar nos critérios 
previstos para o AD2 e AD3 
descritos na Portaria. 
• Perfil AD2 
o Cuidados intensificados e sequenciais, 
como tratamentos parenterais ou 
reabilitação, a fim de abreviar ou evitar a 
hospitalização 
o Apresente afecções crônico-degenerativas 
que demande atendimento no mínimo 
semanal 
o Necessidade de cuidados paliativos com 
acompanhamento clínico semanal, além 
dos casos de prematuridade 
o Critérios de inclusão 
I - Demanda por procedimentos de 
maior complexidade, que podem ser 
realizados no domicílio, tais como: 
curativos complexos e drenagem de 
abscesso, entre outros; 
II - Dependência de monitoramento 
frequente de sinais vitais; 
III - necessidade frequente de exames 
de laboratório de menor 
complexidade; 
IV - Adaptação do usuário e/ou 
cuidador ao uso do dispositivo de 
traqueostomia; 
V - Adaptação do usuário ao uso de 
órteses/próteses; 
VI - Adaptação de usuários ao uso de 
sondas e ostomias; 
VII - acompanhamento domiciliar em 
pós-operatório; 
VIII - reabilitação de pessoas com 
deficiência permanente ou 
transitória, que necessitem de 
atendimento frequente, até 
apresentarem condições de 
frequentarem serviços de 
reabilitação; 
IX - Uso de aspirador de vias aéreas 
para higiene brônquica; 
X - Acompanhamento de ganho 
ponderal de recém-nascidos de baixo 
peso; 
XI - necessidade de atenção 
nutricional permanente ou 
transitória; 
XII- necessidade de cuidados 
paliativos; 
XIII - necessidade de medicação 
endovenosa ou subcutânea; 
• Perfil AD3 
o Usuário com qualquer das situações da 
modalidade AD2 que necessitar de 
cuidado multiprofissional frequente, uso 
de equipamentos ou agregação de 
procedimentos de maior complexidade 
(como ventilação mecânica, paracentese 
de repetição, nutrição parenteral e 
transfusão sanguínea) 
o Atenção Domiciliar AD2 e AD3 é de 
responsabilidade do SAD (Serviço de 
Atenção Domiciliar) 
o Critérios de inclusão 
I - Existência de pelo menos uma das 
situações admitidas como critério de 
inclusão para cuidados na modalidade 
AD2; e 
II - Necessidade do uso de, no mínimo, 
um dos seguintes 
equipamentos/procedimentos: 
a) Suporte Ventilatório não 
invasivo: 
Pressão Positiva 
Contínua nas Vias 
Aéreas (CPAP); 
Pressão Aérea 
Positiva por dois 
Níveis (BIPAP); 
b) diálise peritoneal; e 
c) paracentese 
Bittencourt 
 
 
São critérios para não inclusão no SAD, em qualquer das três 
modalidades, a presença de pelo menos uma das seguintes 
situações: 
I - Necessidade de monitorização contínua; 
II - Necessidade de assistência contínua de 
enfermagem; 
III - Necessidade de propedêutica complementar, 
com demanda potencial para a realização de vários 
procedimentos diagnósticos, em sequência, com 
urgência; 
IV - Necessidade de tratamento cirúrgico em caráter 
de urgência; ou 
V - Necessidade de uso de ventilação mecânica 
invasiva continua. 
 
CRITÉRIOS PARA IMPLANTAÇÃO DO SAD 
• População municipal maior ou igual a 20 mil 
habitantes; 
• Hospital de referência no município ou na região a 
qual integra; 
• Cobertura de Serviço de Atendimento Móvel de 
Urgência (SAMU 192) habilitado e em 
funcionamento 
 
Cidades que não encaixem nesses 3 critérios, não dispõe de 
Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e 
Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP), podem ter a 
AD1 como única modalidade na atenção domiciliar. 
 
NORMATIZAÇÃO DA AD PELA ESF 
A normatização da AD é feita a partir do diagnóstico 
comunitário = conhecimento da população. A partir disso, 
podem ser avaliados o risco e a vulnerabilidade de cada 
família, construindo a carteira de serviços potenciais 
prestados pela ESF. 
 
Então, a partir do 1º atendimento domiciliar, existem 
algumas possibilidades de evolução 
• Encerrado o atendimento 
• Seguimento na UBS 
• Inclusão no Plano de Acompanhamento Domiciliar 
• Hospitalização/Internação Domiciliar 
(EMAD/EMAP) 
 
 
Bittencourt 
Como decidirisso? 
São elegíveis para acompanhamento domiciliar: 
• Pessoas com dificuldade de locomoção por 
problemas físicos 
• Situações especiais: puérperas, RN 
• Pessoas com dificuldade de locomoção por 
problemas mentais que comprometem a 
autonomia 
• Pessoas com dificuldades sociais de locomoção 
• Famílias de risco/vulneráveis a problemas de saúde 
• Usuários/famílias cujo comprometimento não seja 
bem compreendido 
 
Avaliação de risco e vulnerabilidade individual da pessoa 
idosa 
Solicitação de assistência domiciliar (via ACS, acolhimento, 
consulta, hospitais etc) → visita da ACS e preenchimento da 
ficha de cadastro → visita para avaliação 
médica/enfermagem (identificação de risco da pessoa idosa) 
→ estudo de caso na reunião de equipe → definição do nível 
de cuidado domiciliar (AD1, AD2 ou AD3) → gerenciamento 
da atenção domiciliar

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