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Enfermagem domiciliar resumo

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Enfermagem domiciliar: prova 1 
 
O modelo domiciliar (re) surge em função das diversas alterações que a sociedade brasileira sofreu no 
decorrer dos anos como um modelo para o desenvolvimento de mudanças sociais e no sistema de 
saúde. Dentre estas alterações, Duarte e Diogo (2000) apontam: a transição demográfica, que 
demonstra um envelhecimento populacional cada vez mais acentuado; a mudança no perfil 
epidemiológico da população, no qual se evidencia um aumento das doenças crônico-não 
transmissíveis; os custos do sistema hospitalar cada vez mais elevado; o desenvolvimento de 
equipamentos tecnológicos, que têm possibilitado maior taxa de sobrevida das pessoas; o aumento da 
procura por cuidados de saúde; o interesse dos profissionais de saúde por novas áreas de atuação; a 
exigência por maior privacidade, individualização e humanização da assistência à saúde, além da 
necessidade de maior integração da equipe profissional com o cliente e sua família. 
Pontos fundamentais: o cliente, a família, o contexto domiciliar, o cuidador e a equipe 
multiprofissional. 
Atenção domiciliar: A atenção domiciliar é a modalidade de maior amplitude dentre as quatro citadas. 
Ela é definida pela Brasil (2006) como um termo genérico, que envolve ações de promoção à saúde, 
prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, desenvolvidas em domicílio. As ações de saúde são 
realizadas no domicílio do paciente por uma equipe multiprofissional, a partir do diagnóstico da 
realidade em que o paciente está inserido, visando à promoção, manutenção e/ou restauração da saúde 
(Duarte; Diogo, 2000), portanto, é uma atividade que envolve não só os diferentes profissionais da 
área da saúde, como também o cliente e sua família, visando ao estabelecimento da saúde como um 
todo. Permite que os profissionais desenvolvam atividades de modo que o cliente perceba que a sua 
participação no processo saúde–doença é de fundamental importância, pois é ele (o cliente) que poderá 
diminuir ou até mesmo eliminar os fatores que colocam em risco sua saúde, não bastando apenas à 
informação veiculada pelos profissionais. Complementa-se que a atenção domiciliar envolve a prática 
de políticas econômicas, sociais e de saúde, para reduzir os riscos de os indivíduos adoecerem; a 
fiscalização e o planejamento dos programas de saúde; e a execução das atividades assistenciais, 
preventivas e educativas. Assim, abrange desde a promoção até a recuperação dos indivíduos 
acometidos por um agravo e que estão sediados em seus respectivos lares. Essa modalidade abrange 
todas as outras, isto é, o atendimento, a internação e a visita domiciliária, que possibilitam a realização 
e a implementação da atenção domiciliar, de modo que todas as ações que possam vir a influenciar o 
processo saúde–doença das pessoas. 
Atendimento domiciliar: Este termo é utilizado por alguns autores para designar atividades nomeadas 
como assistência domiciliar ou, por outros autores, como cuidado domiciliar. Assim, considera-se 
esses três termos sinônimos e representantes de uma mesma modalidade da atenção domiciliar à 
saúde. Segundo a Anvisa (Brasil, 2006), assistência domiciliar (ou atendimento) é um conjunto de 
atividades de caráter ambulatorial, programadas e continuadas, desenvolvidas em domicílio. 
Compreende-se que o atendimento domiciliar envolve a realização de ações educativas, orientação, 
demonstração de procedimentos técnicos a serem delegados ao cliente ou ao seu cuidador, bem como 
a execução destes procedimentos pela equipe multiprofissional no domicílio do cliente. O atendimento 
domiciliar é, portanto, um conjunto de ações que busca a prevenção de um agravo à saúde, a sua 
manutenção por meio de elementos que fortaleçam os fatores benéficos ao indivíduo e, 
concomitantemente, a recuperação do cliente já acometido por uma doença ou seqüela. Evidencia-se 
com isso que o atendimento domiciliar compreende todas as ações, sejam elas educativas ou 
assistenciais, desenvolvidas pelos profissionais de saúde no domicílio do cliente, direcionadas a ele 
próprio e/ou a seus familiares. Desse modo, abrange tanto atividades simples como as mais 
complexas, incluindo, assim, as modalidades visita e internação domiciliar. 
Internação domiciliar: A internação domiciliar é uma atividade continuada, com oferta de tecnologia e 
de recursos humanos, equipamentos, materiais e medicamentos, para pacientes mais em estados mais 
complexos, que demandam assistência semelhante à oferecida em ambiente hospitalar. Requer aparato 
tecnológico semelhante ao existente na estrutura hospitalar, pois o cuidado é direcionado a doentes 
com complexidade moderada ou alta, no entanto, esses recursos tecnológicos são solicitados de acordo 
com a necessidade do cliente. Nesta modalidade o acompanhamento contínuo, ou seja, diário e até, às 
vezes, ininterrupto, pode ser de 24, 12, 8 ou 6 horas de assistência de enfermagem. É fundamental o 
suporte contínuo com uma central de atendimento para solução de emergência, durante 24 horas, com 
médico e enfermeiro disponíveis para orientar e atender às necessidades do paciente. É uma 
modalidade que tem se revelado uma opção segura e eficaz, direcionada a pacientes portadores de 
doenças crônicas ou agudas. 
Visita domiciliar: contato pontual de profissionais de saúde com as populações de risco, enfermos e 
seus familiares para a coleta de informações e/ou orientações. Na visita domiciliar são desenvolvidas 
ações de orientação, educação, levantamento de possíveis soluções de saúde, fornecimento de 
subsídios educativos, para que os indivíduos atendidos tenham condições de se tornar independentes. 
As orientações realizadas dizem respeito a saneamento básico, cuidados com a saúde, uso de 
medicamentos, amamentação, controle de peso, ou qualquer coisa que diga respeito àquele indivíduo, 
à família e à comunidade em que vivem. A visita domiciliar é uma forma de assistência domiciliar à 
saúde, que dá subsídios para a execução dos demais conceitos desse modelo assistencial. É, por 
intermédio da visita, que os profissionais captam a realidade dos indivíduos assistidos, reconhecendo 
seus problemas e suas necessidades de saúde. 
 
 PORTARIA Nº 963 DE 27 DE MAIO DE 2013 (Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito 
do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Art. 1º Fica redefinida a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Art. 2º Para efeitos desta Portaria, considera-se: 
I - Atenção Domiciliar: nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva ou complementar às já 
existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de 
doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada 
às redes de atenção à saúde; 
II - Serviço de Atenção Domiciliar (SAD): serviço substitutivo ou complementar à internação 
hospitalar ou ao atendimento ambulatorial, responsável pelo gerenciamento e operacionalização das 
Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio 
(EMAP); e 
III - Cuidador: pessoa com ou sem vínculo familiar com o usuário, capacitada para auxiliá-lo em 
suas necessidades e atividades da vida cotidiana. 
Art. 6º São requisitos para que os Municípios tenham SAD: 
I - apresentar, isoladamente ou por meio de agrupamento de Municípios, conforme pactuação 
prévia na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e, se houver, na Comissão Intergestores Regional 
(CIR), população igual ou superior a 20.000 (vinte mil) habitantes, com base na população estimada 
pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); 
II - estar coberto por Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192); e 
III - possuir hospital de referência no Município ou região a qual integra. 
Parágrafo único. Nos Municípios com população superior a 40.000 (quarenta mil) habitantes, a 
cobertura por serviço móvel local de atenção às urgências diferentedo SAMU 192 será, também, 
considerada requisito para a implantação de um SAD. 
Art. 19. Nas três modalidades de Atenção Domiciliar, as equipes responsáveis pela assistência têm 
como atribuição: 
I - trabalhar em equipe multiprofissional e integrada à rede de atenção à saúde; 
II - identificar e treinar os familiares e/ou cuidador dos usuários, envolvendo-os na realização de 
cuidados, respeitando os seus limites e potencialidades; 
III - abordar o cuidador como sujeito do processo e executor das ações; 
IV - acolher demanda de dúvidas e queixas dos usuários e familiares e/ou cuidador como parte 
do processo de Atenção Domiciliar; 
V - elaborar reuniões para cuidadores e familiares; 
VI - utilizar linguagem acessível a cada instância de relacionamento; 
VII - promover treinamento pré e pós-desospitalização para os familiares e/ou cuidador dos 
usuários; 
VIII - participar da educação permanente promovida pelos gestores; 
IX - assegurar, em caso de óbito, que o médico da EMAD, nas modalidades AD2 e AD3, ou o 
médico da Equipe de Atenção Básica, na modalidade AD1, emita o atestado de óbito; e 
X - apoiar na alta programada de usuários internados em hospitais inseridos no Município no 
qual atuam, através do estabelecimento de fluxos e protocolos com estes estabelecimentos de saúde. 
 RDC/ANVISA Nº11, de 26 de janeiro de 2006. (Dispõe sobre o Regulamento Técnico de 
Funcionamento de Serviços que prestam Atenção Domiciliar). 
Definições: 
3.1 Admissão em Atenção domiciliar: processo que se caracteriza pelas seguintes etapas: indicação, 
elaboração do Plano de Atenção Domiciliar e início da prestação da assistência ou internação 
domiciliar. 
3.2 Alta da Atenção domiciliar: ato que determina o encerramento da prestação de serviços de atenção 
domiciliar em função de: internação hospitalar, alcance da estabilidade clínica, cura, a pedido do 
paciente e/ou responsável, óbito. 
3.3 Atenção domiciliar: termo genérico que envolve ações de promoção à saúde, prevenção, 
tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas em domicílio. 
3.4 Assistência domiciliar: conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e continuadas 
desenvolvidas em domicílio. 
3.5 Cuidador: pessoa com ou sem vínculo familiar capacitada para auxiliar o paciente em suas 
necessidades e atividades da vida cotidiana. 
3.6 Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar - EMAD: profissionais que compõem a equipe 
técnica da atenção domiciliar, com a função de prestar assistência clínico-terapêutica e psicossocial ao 
paciente em seu domicílio. 
3.7 Internação Domiciliar: conjunto de atividades prestadas no domicílio, caracterizadas pela atenção 
em tempo integral ao paciente com quadro clínico mais complexo e com necessidade de tecnologia 
especializada. 
3.8 Plano de Atenção Domiciliar - PAD: documento que contempla um conjunto de medidas que 
orienta a atuação de todos os profissionais envolvidos de maneira direta e ou indireta na assistência a 
cada paciente em seu domicílio desde sua admissão até a alta. 
3.9 Serviço de Atenção Domiciliar - SAD: instituição pública ou privada responsável pelo 
gerenciamento e operacionalização de assistência e/ou internação domiciliar. 
3.10 Tempo de Permanência: período compreendido entre a data de admissão e a data de alta ou óbito 
do paciente 
4.8 A equipe do SAD deve elaborar um Plano de Atenção Domiciliar - PAD. 
4.9 O PAD deve contemplar: 
4.9.1. a prescrição da assistência clínico-terapêutica e psicossocial para o paciente; 
4.9.2. requisitos de infra-estrutura do domicílio do paciente, necessidade de recursos 
humanos, materiais, medicamentos, equipamentos, retaguarda de serviços de saúde, 
cronograma de atividades dos profissionais e logística de atendimento; 
4.9.3. o tempo estimado de permanência do paciente no SAD considerando a evolução 
clínica, superação de déficits, independência de cuidados técnicos e de medicamentos, 
equipamentos e materiais que necessitem de manuseio continuado de profissionais; 
4.9.4 a periodicidade dos relatórios de evolução e acompanhamento. 
4.12 O SAD deve manter um prontuário domiciliar com o registro de todas as atividades realizadas 
durante a atenção direta ao paciente, desde a indicação até a alta ou óbito do paciente. 
4.12.1 O prontuário domiciliar deve conter identificação do paciente, prescrição e 
evolução multiprofissional, resultados de exames, descrição do fluxo de atendimento de 
Urgência e Emergência, telefones de contatos do SAD e orientações para chamados. 
4.12.2 O prontuário deve ser preenchido com letra legível e assinado por todos os 
profissionais envolvidos diretamente na assistência ao paciente. 
4.12.3 Após a alta ou óbito do paciente o prontuário deve ser arquivado na sede do SAD, 
conforme legislação vigente. 
4.12.4 O SAD deve garantir o fornecimento de cópia integral do prontuário quando 
solicitado pelo paciente ou pelos responsáveis legais. 
5.2 O SAD deve assegurar os seguintes suportes diagnósticos e terapêuticos de acordo com o PAD: 
5.2.1 exames laboratoriais, conforme RDC/ANVISA nº. 302 de 2005; 
5.2.2 exames radiológicos, conforme Portaria SVS/MS nº. 453 de 1998; 
5.2.3 exames por métodos gráficos; 
5.2.4 hemoterapia, conforme RDC/ANVISA nº. 153 de 2004; 
5.2.5 quimioterapia, conforme RDC/ANVISA nº. 220 de 2004; 
5.2.6 diálise, conforme RDC/ANVISA nº. 154, de 2004; 
7.1. O domicilio do paciente deve possibilitar a realização dos procedimentos prescritos no PAD.

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