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Introdução à farmacologia animal -Farmacologia deriva do grego e, significa: pharmakós (fármaco) e logos (estudo). -estuda a interação entre os compostos químicos com o organismo vivo ou sistema biológico, resultando em um efeito benéfico/resposta biológica (terapêutico ou medicamentoso) ou maléfico (tóxico) -fármaco: é uma substância química de estrutura conhecida que quando administrada a um organismo vivo, produz um efeito biológico. podendo ser substância química sintética, substância química obtida de plantas ou animais ou produtos de engenharia genética. -dividida em: 1. Farmacocinética - estuda o que o organismo faz com o fármaco. absorve, distribui. metaboliza e excreta; ou seja, estuda-se a absorção, distribuição, metabolização e excreção dos fármacos. 2. Farmacodinâmica - estuda o local em que o fármaco irá agir, seus mecanismos de ação e seus efeitos no organismo do animal. -para o fármaco agir, primariamente, ele precisa que a célula-alvo tenha receptores para que ele possa se ligar. - Janela terapêutica: é a concentraçao plasmática de determinado fármaco no organismo do animal capaz de produzir efeitos terapêuticos adequados sem causar efeitos tóxicos. tem por objetivo fornecer parâmetros de concentração plasmática segura de determinado fármaco para um efeito benéfico com efeitos adversos mínimos. quando o fármaco é administrado em uma dose abaixo da recomendada não se tem o efeito terapêutico desejado, chamando-se de subterapia ; quando o fármaco é administrado em uma dose acima da recomendada causa toxicidade/ou aumenta os riscos de toxicidade no organismo do animal. - a droga/fármaco ideal deve possuir algumas propriedades: 1. efetiva 2. segura 3. seletiva 4. efeito reversível: deve possuir um antídoto. 5. fácil administração 6. mínimas alterações 7. isenta de reações adversas 8. baixa interação 9. ação previsível fármacos antagonistas são especíificos e seletivos mas não são efetivos, ou seja, eles reconhecem o receptor se ligam à ele mas não causam efeitos. Por isso muitos são usados para impedir a ação do agonista, que são específicos, seletivos e efetivos causando uma resposta biológica. ● Conceitos Gerais - Farmacogenética: estuda a influencia genética na/sobre a resposta do animal à fármacos. se concentra nos efeitos de genes isolados. Dentre as causas de variação na resposta individual à mesma posologia de um fármaco podem-se destacar a idade, os fatores genéticos e imunológicos, as enfermidades e a ocorrência de interações entre princípios ativos. A variabilidade genética pode alterar tanto a farmacodinâmica, ou seja, a relação entre a dose administrada e os efeitos produzidos, como a farmacocinética, que relaciona os eventos de absorção, distribuição, metabolismo e excreção da substância à sua concentração sistêmica. - Farmacogenômica: superpõe-se à farmacogenética; descreve o uso da informação genética para orientar a escolha da terapia farmacológica em uma base individual. ou seja, eu vou usar a informação genética daquele animal obtida na farmacogenética (por ex. um gato que tem alergia genética ao meloxicam) para escolher o fármaco melhor para aquele tal indivíduo (escolho outro anti-inflamatório para aquele gato específico). - Farmacoepidemiologia: estudo do efeito dos fármacos em nível populacional. ex. estudar o efeito de um fármaco espécífico em uma população chinesa e na população brasileira. -DROGA: Qualquer substância química sintética ou natural capaz de produzir um efeito farmacológico ou tóxico; substância que interaje com o organismo produzindo uma resposta/efeito; Não se tem necessariamente conhecimento da estrutura química. -FÁRMACO : Medicamento de estrutura química bem definida. Um medicamento pode conter um ou vários fármacos. substância definida com propriedades ativas produzindo efeito terapêutico. ex. azitromicina; meloxicam. -MEDICAMENTO : é quando ao fármaco são adicionados componentes para que ele seja administrado terapeuticamente; toda substância química que tem ação profilática, terapêutica ou que atua como auxiliar de diagnóstico. ex. As vacinas e a vitamina C têm ação profilática, isto é, atuam na prevenção de determinadas enfermidades; antibióticos, os anti-hipertensivos, os analgésicos têm ação terapêutica, isto é, atuam na cura, no controle de enfermidades ou no alívio de determinados sintomas; contrastes radiológicos atuam como auxiliares de diagnóstico ; ex. azicox (azitromicina+meloxicam); adição de corantes,açúcar por exemplo. -REMÉDIO : Todo processo utilizado para promover a cura; Substância mineral, animal, vegetal ou sintética; procedimentos (ginástica, caminhada, massagem, banhos e etc); fé ou crença; influência; usados com intenção terapêutica; cirurgia; - PRINCÍPIO ATIVO : (Sal), é a substância em uma fórmula farmacêutica, a qual é responsável pelo efeito terapêutico, é o principal agente da fórmula. (Sinônimos: Fármaco, Droga, Base Medicamentosa, etc). -PLACEBO: substâncias inativas ou intervenções, utilizadas com maior frequência em estudos controlados para a comparação com fármacos potencialmente ativos; formulação sem efeito farmacológico, ou seja, não contém ingredientes ativos que atuarão diretamente na sua doença. Fórmulas que não possuem P.A., são chamadas de medicamento placebo, utilizados quando há necessidade de suprir fatores psicológicos. administrada ao indivíduo como se tivesse propriedades terapêuticas, com o intuito mais de agradar do que beneficiar. Atualmente, esse conceito foi ampliado, sendo empregado para o controle e a comparação da atividade de medicamentos. - NUTRACÊUTICO: combinação dos termos “nutrição” e “farmacêutico”, referindo- se a produto nutricional que se alega ter valor terapêutico, além de seu valor nutricional cientificamente comprovado . O alimento nutracêutico é definido como a substância que pode ser considerada um alimento ou parte de um alimento e proporciona benefícios tanto para a manutenção da saúde como também terapêuticos, incluindo prevenção e tratamento de doenças. - FÓRMULA FARMACÊUTICA : É a descrição dos componentes ativos e não ativos de um produto farmacêutico e suas respectivas dosagens. - ASSOCIAÇÃO MEDICAMENTOSA : Quando uma Forma Farmacêutica possui dois ou mais Princípio Ativo. - EXCIPIENTE: Termo utilizado para designar a parte sólida e semi-sólida, não medicamentosa de uma formulação; função dar forma evolume ao medicamento. Exemplo: Lactose, Estearato de Magnésio, Amido,Celulose, Vaselina Branca,etc . - VEÍCULO: Termo utilizado para designar a parte líquida não medicamentosa de uma formulação. Meio líquido no qual o princípio ativo (PA) está disperso; função dar forma e volume ao medicamento. Exemplo : Água, Álcool, etc. - FORMA FARMACÊUTICA : É a forma final como o medicamento se apresenta; Os medicamentos podem se apresentar na forma sólida, líquida, pastosa ou gasosa, ainda na forma de adesivos, chicletes, et c; sulcado ou não sulcado; cápsulas, injetáveis ; São feitas com a finalidade de facilitar sua administração, obter o maior efeito possível, favorecer a estabilidade do P.A, além de mascarar as características organolépticas . (odor e sabor); Por exemplo, o cloranfenicol não tem em solução porque não se consegue mascarar o sabor, então aumenta o tamanho das partículas, diminui a área de contato,diminuindo o sabor . Exemplo : Furosemida Comprimido, Dipirona Injetável, Ampicilina Suspensão, Cetoconazol Creme, Salbutamol Spray ● Formas Sólidas: -Pó: O medicamento que se apresenta na forma de pó, deve se diluído em líquido, se apresentam, geralmente em envelopes, na quantidade que devem ser ingeridos. Exemplo: Acetilcisteína (Fluimucil®) > N-acetilcisteína é um antídoto para intoxicação por paracetamol em gatos. Bicarbonato de Sódio (Eno®) -Comprimido : É o pó comprimido em formato próprio, redondo ou ovalado. Pode ser sulcado, isto é, trazer uma marca que auxilia sua divisão em partes, o que garante metade do P.A para cada lado. obs: COMPRIMIDOS NÃO SULCADOS NÃO RECOMENDA-SE REALIZAR SUA PARTIÇÃO POIS NÃO SE SABE SE CADA PARTE TEM A CONCENTRAÇÃO CORRETA DO PRINCÍPIO ATIVO. DIFERENTE DOS SULCADOS QUE JÁ VEM COM A DIVISÃO POIS SE SABE A CONCENTRAÇÃO DO PRINCÍPIO DE CADA LADO . Exemplo: Ácido Acetil Salicílico (Aspirina®) comprimido. -Drágea: Contém um núcleo com o medicamento, revestido por uma solução de queratina, açúcar e corante. Enquanto a maioria dos comprimidos se dissolve no estômago as drágeas têm liberação entérica , isto é são liberadas no intestino. São usadas para: Evitar sabor e odor desagradáveis; Mascarar substâncias que atacam as mucosas; Facilitar a deglutição Exemplo: Fenilbutazona drágeas (Butazolidina®), Diclofenaco Potássico drágeas (Cataflan®); Esses dois medicamentos são irritantes da mucosa gástrica. Tomados em drágeas, provocam menor efeito irritante. -Cápsula : O Medicamento está envolvido em um invólucro de gelatina ,também mascaram sabor e odor desagradáveis Exemplo : Cefalexina Capsula (Keflex®); Amoxicilina Capsula (Amoxil®) -Supositório: Destina-se à aplicação retal. São apresentados na forma “cônica” (absorção mais rápida do P.A) ou de “dorpedo” (absorção mais lenta do P.A); Sua ação pode ser local ou sistêmica. Exemplo : Supositório de Glicerina, de ação local, tem efeito laxante; Supositório de Dipirona, de ação sistêmica, tem efeito analgésico e antipirético. -Óvulo : Tem a forma ovóide e é de aplicação vaginal. Exemplo : Metronidazol óvulos (Flagyl®); Nistatina + Metronidazol óvulos (Colpistatin®) ● Formas Líquidas: -Solução : Mistura homogênea de líquidos ou de líquidos e sólidos. Exemplo: Álcool 70º (água + álcool); Solução Fisiológica 0,9%(Água + NaCl) -Xarope: Solução que contém água e açúcar Exemplo : Iodepol® (Iodeto de Potássio) -Elixir: Solução que além do soluto, contém 20% de álcool e 20% de açucar. Exemplo: Decadron® elixir (Dexametasona); Elixir paregórico -Suspensão: Mistura não homogênea de uma substância sólida e um líquido , ficando a parte sólida suspensa no líquido ( Agitar antes de usar ). Exemplo: Aldrox® (Hidróxido de Alumínio) Keflex® suspensão (Cefalexina). -Emulsão : Formada de dois líquidos imiscíveis (que não se misturam). É composta de água e óleo. Exemplo: Agarol® Observação : Os líquidos injetáveis apresentam-se na forma de soluções, suspensões ou emulsões. -Formas Pastosas : São as Formas Farmacêuticas Uso Externo - Pomada : Forma Semi-Sólida de consistência macia e oleosa, pouca penetração na pele. Exemplo: Betametasona Pomada (Betnovate®) -Creme: Forma Semi-Sólida de consistência macia e mais aquosa, possui maior penetração que a pomada. Exemplo : Betametasona Creme (Betnovate®) -Gel: Forma Semi-Sólida de pouca penetração na pele. Exemplo: Hirudoid® gel -Pasta: Forma Semi-Sólida de consistência macia, contendo 20% de pó. Atua na superfície da pele sem penetrá-la. Exemplo : Óxido de Zinco pasta (Pasta d’água). ● Formas Gasosas: São usadas principalmente para a administração de substâncias voláteis. Entre elas incluem-se os aerossóis, que são medicamentos sólidos ou líquidos acrescidos de gases para nebulização Exemplo : Salbutamol Spray (Aerolin®); Beclometasona Aerossol (Beclosol®) ● Medicamentos de Uso Interno : São formas farmacêuticas que passam pelo trato gastro intestinal (TGI: boca, estômago, intestino),sofrendo ação do suco gástrico. Normalmente são mais sólidos e líquidos, porém exige do paciente a ingestão do medicamento. Exemplo : Pó, Comprimido, Drágea, Comprimido, Solução, Xarope, Elixir, Suspensão, etc. ● Medicamentos de Uso Externo: São formas farmacêuticas que não passam pelo TGI, não sofrendo ação do suco gástrico. Exemplo : Supositório, Óvulo Vaginal, Injeções, Pomada, Gel, Creme, Spray, etc. Observação: Alguns Princípios Ativos, só devem ser administrados externamente (não por via oral), por serem destruídos pelo suco gástrico. Exemplo : Ocitocina (Syntocinon®); Penicilina Natural (Benzetacil ®). ● Tipos de Medicamentos 1. Referência ou ético: aquele produzido pelo laboratório inovador (geralmente multinacional), goza de monopólio comercial por período de tempo determinado (patente). Vendido com marca comercial (Prozac); registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro”. 2. Genérico : medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI; igual ao ético, sómuda a empresa. produtos submetidos aos testes de Bioequivalência e e Biodisponibilidade comparados com os Medicamentos de Marca que contenha a mesma substância ativa Apresenta a mesma eficácia que o medicamento de referência, visto ter sido avaliado através de equivalência farmacêutica e/ou bioequivalência. Vendido sem marca comercial, apenas pelo nome do princípio ativo; 3. Similar : aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca; aquele que contém o mesmo princípio ativo - na mesma dose mas não necessariamente na mesma forma farmacêutica - do medicamento de referência. Supostamente deveria apresentar a mesma eficácia, mas não é exigido até o presente momento estudos de equivalência farmacêutica e/ou bioequivalência. ex. Referência - Prozac; Similar - Psiquial; Genérico - Fluoxetina; 4. Manipulado 5. Homeopático 6. Fitofármaco 7. Florais -DOSE LETAL MÉDIA (DL50): pode ser uma maneira de medir o potencial de envenenamento em curto prazo (toxicidade aguda) de um composto químico; consiste na concentração de um composto bioativo em contato com o parasito (formas adultas ou imaturas) que acarreta a morte de 50% (metade) de um grupo de indivíduos em contato com o composto; é a dose necessária de uma dada substância ou composto para matar 50% de uma população em teste. teste de avaliação da toxicidade de substâncias; Quando uma determinada dose do fármaco é capaz de produzir efeito terapêutico em 50% dos animais experimentais, é denominada dose efetiva média (DE50) , contudo, se a dose causar a morte de 50% da população num determinado período, se tem a dose letal (DL50) daquele fármaco. A relação entre a dose letal e a dose efetiva (DL50/DE50) determina o índice terapêutico (IT), utilizado para expressar o grau de segurança do medicamento. Quando o IT apresentar um valor de dose tóxica mediana (DT50) muito próximo ao valor da DE50, diz-se que esse medicamento apresenta um baixo IT, ou seja, a dose necessária para produzir o efeito terapêutico é muito próxima da dose que produz efeitos indesejados. Medicamentos que possuem valores de IT acima de 10 são considerados seguros, com elevada seletividade e especificidade, com reduzidas probabilidades de causarem efeitos adversos, porém, a maioria apresentam uma janela terapêutica estreita (IT<10), devendo ser administrados com cautela. OBS: importância do estudo da relação dose-resposta ou dose-efeito dos medicamentos, que é realizada na etapa pré-clínica de fármacos pelas indústrias e laboratórios farmacêuticos, sempre que se deseja introduzir um novo medicamento no mercado; Através desses estudos, pode-se perceber que há uma relação quântica entre a dose administrada e a resposta farmacológica obtida, ou seja, na medida em que se aumenta a dose, há também um aumento na magnitude do efeito. -BIODISPONIBILIDADE: indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua excreção na urina . Em farmacocinética, a biodisponibilidade descreve a velocidade e o grau com que uma substância química ou a sua forma molecular terapeuticamente ativa é absorvida a partir de um medicamento e se torna disponível no local de ação. -BIOEQUIVALÊNCIA: consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa de princípio(s) ativo(s) - dose , e que tenham comparável biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo desenho experimental/condições experimentais. -POSOLOGIA : (do grego pósos = quanto, mais lógos = estudo): é o estudo das dosagens do medicamento com fins terapêuticos; A dose se refere à quantidade do medicamento necessária para promover a resposta terapêutica, enquanto dosagem inclui, além da dose, a frequência de administração e a duração do tratamento. -MEIA-VIDA (T1/2): É o tempo necessário para o nível do medicamento no seu sangue cair pela metade. EX: se é 8 horas, apos o seu organismo absorver a dose, dali 8 horas vai ter metade da concentração do medicamento no seu organismo. -ESPECIFICIDADE: capacidade do fármaco em reconhecer um receptor específico. -AFINIDADE: capacidade do fármaco em se ligar ao receptor. -EFICÁCICA: capacidade do fármaco em ativar o receptor gerando uma resposta biológica. OBS: OS FÁRMACOS AGONISTAS POSSUEM ESPECIFICIDADE, AFINIDADE E EFICÁCIA, TAIS MOLÉCULAS APRESENTAM FORMA COMPLEMENTAR À DO RECEPTOR E DE ALGUMA FORMA ALTERAM A ATIVIDADE DO RECEPTOR; JÁ OS ANTAGONISTAS POSSUEM ESPECIFICIDADE E AFINIDADE MAS NÃO ATIVAM O RECEPTOR POR ISSO SÃO USADOS PARA IMPEDIR A AÇÃO DOS AGONISTAS, AO OCUPAR O RECEPTOR ELES BLOQUEIAM O ACESSO DO AGONISTA, REDUZINDO DESTA FORMA OS EFEITOS DOS AGONISTAS. NÃO PROVOCAM EFEITOS BIOLÓGICOS DIRETAMENTE, ELE MODIFICA O PROCESSO FISIOLÓGICO QUE É MANTIDO PELA AÇÃO DO AGONISTA. - DESSENSSIBILIZAÇÃO: do receptor refere-se à responsividade diminuída que ocorre com a exposição repetida ou crônica ao agonista e é uma característica geral da maioria dos receptores de membrana de sinalização; pode ser chamada de adaptação, hiporregulação ou refratariedade. Ocorre devido a estimulação prolongada da célula por um agonista. É o caso de um tratamento crônico. Devido ao uso contínuo do medicamento a resposta ao fármaco será atenuada . MECANISMOS QUE LEVAM À DESSENSSIBILIZAÇÃO: ADAPTAÇÃO FISIOLÓGICA, EXAUSTÃO DE MEDIADORES, AUMENTO DO METABOLISMO DO FÁRMACO E PERDA DE RECEPTORES. ● fármaco não cria uma função no organismo, apenas modifica uma preexistente > dessa forma ele vai utilizar os mesmos receptores das moléculas celulares que tem função específica tal. ● alvo de ligação de um medicamento no organismo animal são macromoléculas proteicas com a função de: enzimas, moléculas transportadoras ou carreadoras, canais iônicos, receptores de neurotransmissores e ácidos nucleicos Farmacocinética -estuda o movimento que o fármaco realiza no organismo vivo. -inclui o estudo da: ➔ liberação do medicamento da forma farmacêutica ➔ absorção - absorção desde o local de administração permite a entradado fármaco (direta ou indiretamente) no plasma. ➔ distribuição - fármaco pode, então, reversivelmente, sair da circulação sanguínea e distribuir-se nos líquidos intersticial e intracelular. ➔ metabolização ou biotransformação - o fármaco pode ser biotransformado no fígado ou em outros tecidos ( rins como no peixe) em moléculas menos tóxicas ou mais tóxicas. ➔ excreção - fármaco e seus metabólitos são eliminados do organismo na urina, na bile ou nas fezes. -a velocidade e eficiencia dos fármacos irá depender, dentre outros fatores, da via de administração. ex. adm EV (endovenosa) de fármaco é mais rápida pois pula a etapa de absorção, estando já na distribuição. ➔ Transporte do fármaco pela membrana celular -toda essa farmacocinética, especificamente a absorção, depende do fármaco conseguir passar/se transportar pelas membranas celulares. - dessa forma o fármaco precisará ter algumas propriedades fisico-químicas para conseguir. -e precisará usar mecanismos/formas para conseguir atravessar. - características de um fármaco que preveem seu transporte e sua disponibilidade nos locais de ação são: 1. peso molecular e a conformação estrutural - moléculas menores são mais facilmente transportadas do que moléculas maiores; moléculas maiores (e/ou mais os fármacos mais hidrossolúveis) podem usar proteínas transportadoras ou carreadoras para serem transportados. 2. grau de ionização - 3. polaridade - fármacos lipossolúveis são mais bem absorvidos em comparação à fármacos hidrossolúveis pois as membranas celulares possuem uma camada bilipídica. OBS: nenhum fármaco é 100% lipossolúvel ou 100% hidrossolúvel. Então existe aqueles que são mais lipossolúveis ou mais hidrossolúveis . -Na maioria dos casos, o fármaco precisa atravessar as membranas plasmáticas de muitas células até alcançar seu local de ação. -membrana plasmática representa a barreira comum à distribuição do fármaco; ★ Membrana plasmática -consiste em uma camada dupla de lipídeos anfipáticos, com suas cadeias de ácidos graxos orientadas para o interior de modo a formar uma fase hidrofóbica contínua, enquanto seus polos hidrofílicos estão orientados para o exterior. OBS: por isso o fármaco deve ter essa característica polar e apolar. -Cada molécula lipídica dessa camada dupla varia de acordo com a membrana em questão e pode mover-se lateralmente e combinar-se com o colesterol (p. ex., esfingolipídeos), conferindo à membrana fluidez, flexibilidade, organização, resistência elétrica elevada e impermeabilidade relativa às moléculas altamente polares . -As proteinas incrustadas na camada dupla da membrana plasmática funcionam como “âncoras” estruturais, receptores, canais iônicos ou transportadores para a transdução dos sinais elétricos ou químicos, atuando como alvos seletivos para a ação dos fármacos. -As membranas celulares são relativamente permeáveis à água, seja por difusão ou fluxo resultante dos gradientes hidrostáticos ou osmóticos existentes na membrana, mas o fluxo volumoso de água pode levar consigo as moléculas dos fármacos. -para o fármaco sair da corrente sanguínea e chegar no alvo-celular ele precisa estar na sua forma livre, ou seja, não-ligado à proteína plasmática > os complexos formados por fármacos+proteínas constituem um reservatório inativo, que pode influenciar os efeitos terapêuticos e também os adversos de determinado fármaco . ★ Mecanismos de transporte de fármacos a partir do TGI -três tipos: 1. Transporte Passivo: -Difusão passiva: o fármaco é absorvido através da membrana por conta do/a favor de um gradiente de concentração , se movendo do local onde há maior concentração para o local de menor concentração; não envolve transportador, não gasta energia, não é saturável e apresenta baixa especificidade estrutural; maioria dos fármacos é absorvida por esse mecanismo; os fármacos lipossolúveis movem-se facilmente através da maioria das membranas biológicas, devido à sua solubilidade na bicamada lipídica. transporta moléculas maiores em comparação ao transporte paracelular. Essa transferência é diretamente proporcional à amplitude do gradiente de concentração através da membrana, ao coeficiente de partição hidrolipídica do fármaco e à área da membrana exposta ao fármaco. Quanto maior for o coeficiente de partição, maior será a concentração do fármaco na membrana e mais rápida a sua difusão. Depois que o estado de equilíbrio for atingido, a concentração do fármaco livre é igual nos dois lados da membrana, desde que ele não seja um eletrólito. fármacos que apresentam maior coeficiente de partição, ou seja, têm maior afinidade pela fase orgânica, tendem a ultrapassar com maior facilidade as biomembranas hidrofóbicas, apresentando melhor perfil de biodisponibilidade (fração da dose que atinge a circulação), o que pode refletir em um melhor perfil farmacológico. - Transporte paracelular: o fármaco é absorvido através da membrana por conta do/a favor de um gradiente de concentração , se movendo do local onde há maior concentração para o local de menor concentração; a diferença é que o fármaco passa por entre os espaços intercelulares, ou seja, entre uma célula e outra ; transporta fármaco de tamanho menores ; 2. Transporte Ativo: dependente de energia; capaz de mover fármacos contra um gradiente de concentração (de uma região com baixa concentração de fármaco para outra com concentração mais elevada); processo é saturável; sistemas de transporte ativo são seletivos e podem ser inibidos competitivamente por outras substâncias cotransportadas. -Difusão facilitada - o fármaco é transportado por meio de proteínas transportadora, sendo a proteína P ou glicoproteína P a principal; Os fármacos hidrossolúveis e aquelas moléculas maiores atravessam as membranas celulares através desse tipo de difusão por meio de canais ou poros aquosos; ex. cefalosporinas. -Transportadores de fármacos 3. Endocitose: usados para transportar fármacos excepcionalmente grandes através da membrana celular; envolve o engolfamento de moléculas do fármaco pela membrana e seu transporte para o interior da célula pela compressão da vesícula cheia de fármaco. ex. vitamina B12 é transportada através da parede intestinal por endocitose; a anfotericina B usada no tratamento da Leishmaniose visceral é formulada em lipossomas, ou seja, o fármaco fica dentro dessas vesiculas e quando entram na circulação sanguínea os macrófagos fagocitam, pois os lipossomas tem uma tendência natural de serem fagocitados pelos macrófagos do fígado, do baçoe da medula óssea tornando esse sistema nanoestruturado ideal para o direcionamento de fármacos para os locais onde há maior densidade parasitária na LV . quando o macrófago fagocita e faz a liberação de enzimas hidrolíticas para quebrar esse lipossoma é liberado o fármaco, dessa forma, matando as amastigotas dentro do macrófago sem lesionar a célula. ★ Glicoproteína P -proteína expressa na superfície celular ; -Codificada pelo gene MDR1; -proteína transportadora transmembrana para vários fármacos, sendo responsável pelo transporte de várias moléculas, incluindo fármacos, através da membrana celular. -presente na membrana celular de todos os tecidos normais como rins, fígado, cólon, endométrio de útero e células endoteliais da barreira hemato-encefálica. -auxilia na eliminação de medicamentos (tanto renal quanto a retirada do medicamento de um local que o organismo não quer que ele esteja). -Existe no SNC, nos astrócitos, na membrana dos canalículos biliares, nos túbulos renais, na placenta, etc. -SNC vai restringir que um fármaco permaneça no mesmo, e a placenta vai impedir que o fármaco seja transportado até o feto. -possui variedades estrutural e funcional de substratos e moduladores; https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula https://pt.wikipedia.org/wiki/Gene -P-gp; - atua como uma bomba, ajudando a limpar produtos químicos e possíveis toxinas da célula > pois faz efluxo de substâncias; -papel especialmente significativo na barreira hematoencefálica que ajuda a impedir que drogas e produtos químicos na corrente sanguínea entrem no cérebro. -algumas raças de cães (mais comumente Collies e Pastores Australianos) possuem mutação no gene MDR1 responsável por codificar a glicoproteína P, com essa mutação a forma da proteína é modificada e os fármacos não conseguem ter especificidade por essa glicoproteína modificada, dessa forma, a proteína não consegue fazer sua função de se ligar ao fármaco e fazer efluxo do fármaco controlando a quantidade de fármaco dentro da célula, dessa forma os fármacos podem atingir níveis mais altos dentro da célula por falta desse controle e, portanto, esses cães são mais sensíveis a certos medicamentos. Esses medicamentos incluem vários agentes antiparasitários (quando administrados em altas doses), o agente antidiarreico loperamida (Imodium®) e vários medicamentos anticâncer. -Cães com mutações MDR1 apresentarão efeitos negativos dessas drogas em doses que são prontamente toleradas por cães sem a mutação. -Em cães que possuem a mutação MDR1, as p-glicoproteínas defeituosas permitem que níveis mais altos de drogas entrem no cérebro, aumentando os efeitos neurológicos de alguns medicamentos. ex. A ivermectina e outras drogas relacionadas (milbemicina, selamectina) em altas doses como as usadas no tratamento de parasitas como a sarna demodécica, a ivermectina pode causar efeitos neurológicos em cães com a mutação MDR1; A loperamida (Imodium®) é outra droga com potenciais efeitos neurológicos em cães com a mutação MDR1. Esta droga não afeta o cérebro na maioria dos cães, devido à capacidade da p-glicoproteína de bombear a droga para fora do cérebro. Cães com a mutação MDR1, no entanto, podem ter efeitos neurológicos; Sedativos, como aqueles administrados como componentes de um protocolo anestésico balanceado ( acepromazina, butorfanol ), também podem apresentar efeitos mais fortes em cães com mutação MDR1; Esses cães podem receber drogas anestésicas típicas com segurança; no entanto, os veterinários podem optar por usar doses mais baixas em cães suspeitos ou conhecidos por possuírem uma mutação MDR1; Os medicamentos quimioterápicos também podem desencadear efeitos colaterais mais graves em cães com mutação MDR1. Esses efeitos podem incluir toxicidade gastrointestinal e supressão da medula óssea, mesmo em doses baixas. -raças acometidas: Border Collies, Pastor australiano, Collie, Pastor de setland, Pastores Ingleses, Pastores Alemães, Old English Sheepdogs e Pastor branco suiço. ➔ Fatores que influenciam a absorção ★ pH - os fármacos ou são ácidos fracos ou bases fracas, podendo estar presentes em solução sob as formas ionizada e não ionizada (molecular); a absorção é influenciada pela capacidade dos fármacos de sofrerem dissociação (liberar íons) dependendo do ambiente em que é absorvido, sendo que a forma molecular é a que consegue atravessar a membrana celular. fármaco atravessa a membrana mais facilmente se estiver não ionizado, ou seja, na forma molecular. A forma não ionizada tem lipossolubilidade muito baixa, sendo de difícil absorção. para os ácidos fracos (HA), a forma HA não ionizada consegue permear através das membranas, mas o A– não consegue; Para a base fraca (BH), a forma não ionizada, B, consegue penetrar através das membranas celulares, mas a BH+ protonada não consegue. Por isso, a concentração efetiva da forma permeável de cada fármaco no seu local de absorção é determinada pelas concentrações relativas entre as formas ionizada e não ionizada. A relação entre as duas formas é, por sua vez, determinada pelo pH no local de absorção e pela força do ácido ou base fracos, que é representada pela constante de ionização, o pKa ; ( o pKa é uma medida da força da interação de um composto com um próton. Quanto menor o pKa de um fármaco, mais ácido ele é. Ao contrário, quanto maior o pKa, mais básico ele é.) O equilíbrio de distribuição é alcançado quando a forma permeável de um fármaco alcança uma concentração igual em todos os espaços aquosos do organismo. OBS: FÁRMACOS ÁCIDOS FRACOS SÃO ABSORVIDOS EM AMBIENTE COM PH ÁCIDO, POIS PREDOMINA A SUA FORMA MOLECULAR, OU SEJA, ELE NÃO DISSOCIA. SE ESSE ÁCIDO FRACO FOR COLOCADO EM UM AMBIENTE BÁSICO OU ALCALINO (PH > 7) O FÁRMACO IRÁ SE DISSOCIAR FORMANDO ÍONS FICANDO NA FORMA IONIZADA E ESTA FORMA A MEMBRANA CELULAR NÃO ABSORVE. FÁRMACOS BASES FRACAS SÃO ABSORVIDOS EM AMBIENTE COM PH BÁSICO, POIS PREDOMINA A SUA FORMA MOLECULAR, OU SEJA, ELE NÃO DISSOCIA. SE ESSA BASE FRACA FOR COLOCADA EM UM AMBIENTE ÁCIDO O FÁRMACO IRÁ SE DISSOCIAR FORMANDO PROTONS FICANDO NA FORMA IONIZADA E ESTA FORMA A MEMBRANA CELULAR NÃO ABSORVE EX. anestésico locais são bases fracas, sendo bem absorvidos em condições fisiológicas normais, nas quais o ph fica em torno de 7,4 (BÁSICO). por isso não são administrados por via oral, além disso, quando a região em que o anestésico for ser aplicado tiver inflamada, não vai ser bem absorvido, pois o ph da região estará baixo (ácido), fazendo com que a solução anestésicafique mais na sua forma ionizada, ou seja, com carga elétrica, o que dificulta o transporte pela membrana celular, resultando em pouco ou nenhum efeito anestésico; por isso também anestesia em edema é pouca absorvida; por isso que em pacientes que precisam fazer cirurgia na cavidade oral primeiro se espera que passe a inflamação para depois fazer o procedimento. Alguns anestésicos locais possuem adrenalina pois esses anestésicos não podem ser colocados no sangue pois quem os absorve são as células nervosas, dentre outras funções, a adrenalina ativa o sistema nervoso simpático e causa vasoconstrição das artérias o que diminui a passagem de sangue no local diminuindo as chances do fármaco ser absorvido no sangue. a acidificação da urina acelera a excreção de fármacos base fraca pois ele se dissocia e a forma ionizada é a que é excretada, e retarda a excreção de fármacos ácido fraco. Da mesma forma acontece o contrário, a alcalinizaçao da urina acelera a excreção de fármacos ácidos e retarda a excreção de fármacos básicos. ex. usar amoxicilina + clavulanato de potássio que é um fármaco ácido fraco em um paciente com urina básica como no caso de presença de cristais de estruvita não é aconselhado pois acelera sua excreção. ★ Lipossolubilidade - fármacos lipossolúveis são mais bem absorvidos do que fármacos hidrossolúveis por conta da composição da membrana plasmática. ★ Concentração/dose do fármaco ★ Forma farmacêutica ★ Circulação local ou Fluxo de sangue no local de absorção - intestinos recebem um fluxo de sangue muito maior do que o estômago, de modo que a absorção no intestino é favorecida ante a do estômago; obs: o choque reduz drasticamente o fluxo sanguíneo aos tecidos cutâneos, minimizando a absorção de administrações de fármacos por via SC. ★ Área absortiva ou superfície disponível para absorção - maior a área maior será a absorção do fármaco; enorme área de absorção das vilosidades e microvilosidades do íleo, comparada com a área de absorção do estômago, que é muito menor. Por isso a absorção de um fármaco ácido, como a aspirina, é aumentada por fármacos que aceleram o esvaziamento gástrico (p. ex, metoclopramida) e retardada por fármacos que o reduzem (p. ex., a propantelina), apesar de o pH ácido do estômago favorecer a absorção de ácidos fracos; ★ Tempo de contato com a superfície de absorção - menor o tempo de contato com a superfície absortiva, ou seja, o fármaco atravessa muito rápido, menor a absorção; Se um fármaco se desloca muito rapidamente ao longo do TGI, como pode ocorrer em uma diarreia intensa, ele não é bem absorvido. Contudo, qualquer retardo no transporte do fármaco do estômago para o intestino reduz a sua velocidade de absorção. obs: a presença de alimento no estômago dilui o fármaco ( aumentando o volume do solvente - Água, deixando o fármaco - concentrado) e retarda o esvaziamento gástrico. Portanto, quando um fármaco é ingerido com o alimento, em geral, é absorvido mais lentamente; por isso não é bom tomar medicamento com água ou alimento pois a absorção fica lenta, pois o fármaco demora pra sair do estomago e chegar no intestino e é absorvido de forma muito lenta pelo estomago, já que tem menor quantidade de sangue e menor área de absorção comparado ao intestino . ★ Expressão da glicoproteína P - proteína transportadora transmembrana responsável pelo transporte de várias moléculas, incluindo fármacos, através da membrana celular; expressa em tecidos por todo o organismo, incluindo fígado, rins, placenta, intestinos e capilares cerebrais; envolvida no transporte de fármacos dos tecidos para o sangue; Ou seja, ela “bombeia” fármacos para fora das células e de fora para dentro também. Nas áreas de expressão elevada, a glicoproteína P diminui a absorção de fármacos; também está associada com a resistência a vários fármacos. ★ Condições patológicas - problemas no trato gastrointestinal (ex. presença de ancilostomídeos e Bunostomum spp. que danificam a mucosa intestinal e prejudicam a absorção; doenças infecciosas como a panleucopenia felina e a parvovirose canina), inflamações, edemas. ➢ BIODISPONIBILIDADE -representa a taxa e a extensão com que um fármaco administrado alcança a circulação sistêmica. -fração de um medicamento que chega à circulação sistêmica em sua forma intacta (molecular ou sem biotransformação) após ser absorvido. ex. se 100 mg de um fármaco são administrados por via oral, e 70 mg desse fármaco são absorvidos inalteradamente, a sua biodisponibilidade é de 0,7, ou 70% - determinada pela comparação dos níveis plasmáticos do fármaco depois de uma via de administração particular (p. ex., administração oral) com os níveis plasmáticos obtidos por administração IV . -Na administração IV, 100% do fármaco entra na circulação rapidamente. -Quando o fármaco é administrado por via oral, somente parte da dose aparece no plasma. -Considerando a concentração plasmática do fármaco em função do tempo, pode-se mensurar a área sob a curva (ASC). A ASC reflete a extensão da absorção do fármaco . Este gráfico mostra a relação da dose de um fármaco em determinado tempo. por exemplo um fármaco que é administrado no tempo zero após certo tempo ele atinge sua meia vida, ou seja, 50% do fármaco já foi eliminado e resta apenas 50% do fármaco no plasma sanguíneo, após o fármaco atingir essa meia vida é necessário uma segunda dose para manutenção dos efeitos farmacológicos no Animal, e estas doses devem estar dentro da janela terapêutica ou seja deve ser uma dose que gere efeitos benéficos no Animal, sendo doses de manuntenção. Quando essa dose administrada passa da janela terapêutica se torna tóxica para o animal gerando efeitos adversos (diferente do termo efeito colateral pois este são efeitos já esperados que possam acontecer, e vem na bula do medicamento, já efeito adverso é causado por doses tóxicas para aquele individuo), e se a dose for abaixo da janela terapêutica não irá gerar um efeito no animal. Alguns fármacos tem uma margem de segurança muito próximo da toxicidade da janela terapêutica, Por isso dependendo da dose que damos se passar um pouco da janela terapêutica já se torna muito tóxica para o animal e se a dose de manutenção for maior do que a primeira o animal acaba se intoxicando pois acaba passando da janela terapêutica por terem uma margem de segurança muito próxima da toxicidade da janela terapêutica. Por isso devemos tomar cuidado com a dose de alguns fármacos. Margem de segurança- intervalo entre a dose terapêutica e a dose tóxica de determinado fármaco. ex. o meloxicam tem uma margem de segurança baixa em cães, mostrado em um estudo onde até nas doses recomendadas os animais apresentaram sintomas relacionados ao TGI como úlceras, enterite, emese e fezes pastosas. ➔ Fatores que influenciam a biodisponibilidade -Em contraste com a administração IV, que confere 100% de biodisponibilidade, a administração oral de um fármaco envolve frequentemente biotransformação de primeira passagem. 1. Biotransformação hepática de primeira passagem ou metabolismo de primeira passagem : Quando um fármaco é absorvido a partir do TGI, primeiro ele entra na circulação portal antes de entrar na circulação sistêmica; Se o fármaco é rapidamente biotransformado no fígado ou na parede intestinal durante essa passagem inicial, a quantidade de fármaco inalterado que tem acesso à circulação sistêmica diminui; essa biotransformação pelo intestino ou fígado limita a eficácia de vários fármacos quando usados por via oral. alguns fármacos são metabolizados extensivamente pelo fígado ex. mais de 90% da nitroglicerina é destruida durante a biotransformação de primeira passagem. Assim, ela é administrada primariamente por via sublingual ou transdérmica, pois dessa forma o fármaco não passa pela via de primeira passagem ; Fármacos com intensa biotransformação de primeira passagem devem ser administrados em dosagem suficiente para assegurar a quantidade necessária de fármaco ativo no local de ação desejado . 2. Solubilidade 3. Natureza da formulação do fármaco: A absorção do fármaco pode ser alterada por fatores não relacionados com a sua estrutura química; ex. tamanho da partícula, o tipo de sal, o polimorfismo cristalino, o revestimento entérico e a presença de excipientes (como os agentes aglutinantes e dispersantes) podem influenciar a facilidade da dissolução e, por isso, alterar a velocidade de absorção. ➔ Metabolismo de primeira passagem -também conhecido como metabolismo pré-sistêmico ou efeito de primeira passagem ; -explica o metabolismo dos fármacos no qual a concentração do fármaco é significantemente reduzida (e inativada) pelo fígado antes de atingir a circulação sistêmica. -Após um fármaco ser ingerido, ele é absorvido pelo sistema digestivo e entra no sistema porta hepático . Antes de atingir o resto do corpo, ele é carregado através da veia porta hepática para o fígado . O fígado metaboliza muitos fármacos, às vezes de tal maneira que somente uma pequena quantidade de fármaco ativo é lançado a partir do fígado em direção ao resto do sistema circulatório do corpo. Essa primeira passagem pelo fígado diminui significativamente a biodisponibilidade do fármaco . - Vias de administração alternativas podem ser usadas, como intravenosa , intramuscular , sublingual e transdérmica > Estas vias evitam o efeito de primeira passagem pois permitem que o fármaco seja absorvido diretamente na circulação sistêmica . ex. aí tem alguns fármacos como por exemplo os pour-on carrapaticidas que são colocados na cernelha do animal justamente pra ele não lamber porque se passar pra cavidade oral o animal irá engolir e o fármaco vai chegar no intestino, ser absorvido e passar pelo fígado podendo causar lesão neste e efeitos adversos. -a veia porta hepática atua como artéria recebendo sangue dos intestinos, estômago, baço, pâncreas e da vesícula biliar transportando-o para o fígado e posteriormente depois de metabolizado para a circulação sistêmica. ela é formada pela união da veia mesentérica cranial e caudal e veia esplêcnica; coleta sangue de todos os órgãos ímpares na cavidade abdominal; -Apesar de o fígado ser considerado o de primeira passagem, na prática mesmo os intestinos é que são pois possuem enzimas do lúmen do trato gastrointestinal, enzimas das paredes intestinais e enzimas bacterianas. como por exemplo a enzima UGT (uridina difosfato glicuronosiltransferase ou glicosiltransferase detoxificiante); capaz de agir em diversos substratos como fenóis , alcoóis , aminas e ácidos graxos , tanto endógenos como fármacos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Concentra%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado https://pt.wikipedia.org/wiki/Aparelho_digestivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_porta_hep%C3%A1tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_porta_hep%C3%A1tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_porta_hep%C3%A1tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_porta_hep%C3%A1tica https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado https://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_circulat%C3%B3rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Biodisponibilidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Vias_de_administra%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Intravenosa https://pt.wikipedia.org/wiki/Intramuscular https://pt.wikipedia.org/wiki/Sublingual https://pt.wikipedia.org/wiki/Transd%C3%A9rmica https://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o_sist%C3%AAmica https://pt.wikipedia.org/wiki/Substrato_(qu%C3%ADmica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Compostos_fen%C3%B3licos https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lcool https://pt.wikipedia.org/wiki/Amina https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_graxo mas como a quantidade dessas enzimas no intestino não é tão alta, o fígado que contribui muito mais com a metabolização, por isso considerado o primeiro órgão que faz a biotransformação dos fármacos. ➔ Dose de Ataque -Dose de determinado fármaco que deve ser administrada no início do tratamento, com o objetivo de atingir rapidamente a concentração efetiva/janela terapeutica (concentração-alvo). -dose de um medicamento capaz de elevar rapidamente a concentração de um fármaco na corrente sanguínea, a fim de que se obtenha o resultado terapêutico mais rapidamente. -depois dessa dose usa-se doses de manuntenção para manter o fármaco dentro da janela terapeutica para o animal continuar obtendo efeitos terapêuticos. -raramente usa-se com anti-inflamatórios ➔ Dose x dosagem ➔ Barreiras epiteliais -influenciam na biodisponibilidade. 1. Barreiras oculares (corneana e conjuntival): No olho há 3 camadas - túnica fibrosa (esclera+córnea), túnica vascular ou úvea (coroide+corpo ciliar+íris), túnica interna ou nervosa (retina), sendo que a córnea possui algumas camadas como uma de gordura que impede ressecamento do olho e protege contra corpos estranhos e atua também como barreira na passagem de fármaco; ★ barreira hematorretiniana - administração sistêmica - baixa penetração intraocular ; do sangue para a retina, na região da retina; localizada em dois pontos anatômicos distintos: entre as células do epitélio pigmentado da retina (barreira hematorretiniana externa), na zona occludensexercida por fortes aderências intercelulares e entre as células endoteliais, na parede vascular interna dos capilares retinianos (barreira hematorretiniana interna) > Estas fortes aderências intercelulares impedem a passagem de moléculas para a cavidade vítrea, incluindo água, íons, antibióticos e outros fármacos; Em casos de inflamação intraocular importante, estas barreiras não exercem suas funções adequadamente; Administração tópica - forma de colírios; medicação aplicada pela via tópica pode ter dois objetivos: o tratamento de doenças da superfície ocular, como conjuntivites, blefarite e olho seco ou intraoculares, como glaucoma e uveítes. Para o tratamento das primeiras, a aplicação tópica de medicamento diretamente na córnea e conjuntiva é ideal, devido à sua simplicidade, eficácia e segurança. Já para o tratamento de doenças intraoculares, as diversas barreiras que o fármaco deve ultrapassar dificultam a obtenção de doses terapêuticas no tecido alvo, especialmente na retina e no vítreo. Estima-se que a absorção intraocular na câmara anterior seja entre 1 e 5% da dose administrada ; A drenagem do filme lacrimal, o reflexo de lacrimejamento e piscar no ato de instilar o colírio e o limitado volume da solução capaz de se manter no fundo do saco conjuntival eliminam rapidamente a maior parte da droga administrada; ligação da droga a proteínas do filme lacrimal, seu metabolismo por proteínas dos tecidos e sua difusão através da córnea e conjuntiva para a circulação sistêmica ; Propriedades físicas e químicas da substância envolvidos na capacidade de difusão da droga através da córnea, como lipofilia, solubilidade, concentração, massa molecular, forma da molécula, carga da molécula e grau de ionização ; A córnea pode ser imaginada com uma estrutura trilaminar: "lipídeo-água-lipídeo", respectivamente correspondentes ao epitélio, estroma e endotélio corneal. O epitélio e endotélio representam barreiras para substâncias hidrofílicas e o estroma funciona como barreira para componentes hidrofóbicos. Portanto, uma droga precisa apresentar características hidrofílicas e hidrofóbicas simultaneamente para obter boa penetração através da córnea; Algumas fórmulas administradas pela via tópica prolongam o tempo que o medicamento permanece na superfície ocular, e assim otimizam sua absorção intraocular: são os géis, pomadas e lentes de contato gelatinosas. Géis oftálmicos são compostos hidrofílicos disponíveis em nosso meio como lubrificantes, pilocarpina e xilocaína. Os géis prolongam seu contato com a córnea por propriedades mucoadesivas decorrentes de sua elevada viscosidade e liberam o medicamento por difusão após erosão do polímero que se hidrolisa; Os polímeros incluem ésteres de celulose, álcool polivinílico, carbopol, poliacrilamida, ácido hialurônico e ácido plurônico; Pomadas são lipofílicas e geralmente contêm óleo mineral e base de vaselina e lanolina; atuam através dos mesmos princípios dos géis e são utilizadas em fórmulas geralmente contendo antibióticos, agentes cicloplégicos, corticóides e mióticos; Mesmo após ter sido ultrapassada a barreira corneal, a penetração do princípio ativo na retina e na coróide é pequena devido à grande extensão física que deve ser percorrida para que estes tecidos sejam atingidos. A concentração de antibióticos tópicos, como ofloxacina a 0,3% e ciprofloxacina a 0,3%, é cinco vezes menor no vítreo do que na câmara anterior; Todas as medicações administradas pela via tópica são potencialmente absorvidas pela circulação sistêmica primariamente através das mucosas nasal e ocular ; portanto, efeitos colaterais sistêmicos podem acontecer. 2. Hematoencefálica - camada contínua de células endoteliais unidas por junções de oclusão e cercadas por pericitos; impede e/ou dificulta a passagem de substâncias do sangue para o sistema nervoso central, tais como anticorpos, complemento, fármacos e fatores de coagulação; formada por células endoteliais que ficam alinhadas com os capilares, impedindo ou dificultando a passagem de substâncias; pode-se encontrá-la no capilar cerebral, que é formado pelo endotélio e por uma fina lâmina basal; possui junções oclusivas que conferem uma barreira com baixa permeabilidade , tendo importância fisiológica e clínica, pois regula a passagem para o tecido nervoso não só de substancias a serem utilizadas pelos neurônios, mas também de medicamentos e partículas tóxicas. características de substâncias que penetram no SNC: polaridade (apolares), lipossolúveis, coeficiente de partição óleo:água elevado (ex. barbitúricos como fenobarbital (gardenal) e anestésicos gerais), menor tamanho molecular (ex. álcoois). a inflamação pode romper a integridade da barreira possibilitando a passagem de moléculas que não costumam atravessar, por isso a penicilina pode ser dada por via intravenosa (e não intratecal) para tratamento de meningite bacteriana que causa intensa inflamação. 3. Placentária - alguns animais devido a ter muitas camadas formando a placenta tem a capacidade de fazer com que o fármaco passe de for mais díficil pela placenta. ex. equinos, suínos e ruminantes. cães e gatos tem mais facilidade por terem perda de camadas na formaçao da placenta. e os seres humanos e roedores tem mais facilidade ainda pois o sangue entra em contato direto com o trofloblasto fetal. quanto mais camadas mais dificill a passagem, quanto menos camadas mais fácil. Passagem de anticorpos da mãe para o feto ➔ Equinos, bovinos, suínos e caprinos - a imunidade é exclusivamente colostral (anticorpos são passados pelo leite); não ocorre passagem diaplacentária de anticorpos; ➔ Carnívoros - igual proporção entre diaplacentária e colostral; imunidade é por essas duas formas. ➔ Humanos e roedores - a imunidade via placentária é a principal, mas a colostral também ocorre há riso de aprisionamento iônico para fármacos básicos pois o feto tem um plasma fetal ligeiramente ácido, daí quando presente nesse ambiente o fármaco dissocia formando íons que é a forma não absorvível ficando ali no líquido amniótico daí o bebe degluti o líquido e esses íons vão para os rins e pulmões podendo comprometer suas funções e seu desenvolvimento. Classificação da placenta -são classificadas de acordo com diferentes critérios tais como a formação dos vasos placentários, anatomia, histologia, nutrição, implantação e a perda de tecidos durante o parto. -baseada na natureza dos tecidos extraembrionários que contribuem para a formação da placenta, levando esta a ser classificada como: ● coriovitelina - parede do saco vitelino justapõe-se com o cório para formar uma área de trocas; são formadas pelos vasos vitelínicos, cuja funcionalidade está restrita ao transporte de células sanguíneas, originados na própriavesícula vitelina; Na grande maioria dos animais esse tipo de placenta não exerce trocas de substâncias com a mãe >> Este tipo de placenta sempre precede a formação da placenta propriamente dita, a placenta corioalantoidiana; funcionalidade vista somente nos carnívoros e equinos (até 4° mês); Nos suínos e ruminantes, o saco vitelino involui 3 a 4 semanas após a concepção e nunca forma uma placenta funcional; placenta dos metatérios; ● corioalantoide - substitui a coriovitelina, formando os vasos sanguíneos placentários definitivos a partir da parede mesodérmica do alantóide ou da vesícula alantoidiana, conforme o caso; funcional primária em todas as espécies domésticas; estabelecida pela fusão entre a parede do alantóide e do cório; ● Corioamniótica - Modelo humano; Fases iniciais nos ruminantes e suínos (dorsal); -baseada na estrutura da superfície corioalantoide e suas interações com o endométrio/anatomica/junção maternofetal (quanto ao padrão das vilosidades coriónicas) ● difusas - aquelas em que o contato entre endométrio e cório se dá em toda a sua extensão; cório frondoso é difuso, distribuído completamente na superfície coriônica (justaposição do cório fetal com a mucosa uterina em diversos pontos do útero); porém de forma muito superficial, formando apenas microvilosidades placentárias entre o epitélio, o endométrio e o cório - Histologicamente, são chamadas de epiteliocorial; as trocas de substâncias passam de célula a célula, o que caracteriza uma nutrição histotrófica; Como a implantação é superficial, na hora do parto não ocorre perda de tecidos endometriais, sendo classificada como indecídua; A área de superfície corioalantoide suína é aumentada por dobras reveladas com pregas primárias e rugas secundárias, e por isto denominada pregueada. Nos equinos, os vilos coriônicos são aglomerados em numerosas “microzonas” especializadas (microcotilédones), que se estendem nas criptas do endométrio, a placenta é também denominada vilosa; ● cotiledonárias - cório frondoso é organizado em vilos coriônicos arborizados semelhantes a grandes tufos visíveis macroscopicamente - cotilédones - por isso conhecida como cotiledonária, múltipla ou vilosa; Os cotilédones combinados com projeções do endométrio denominadas carúnculas, formam os placentônios, nos quais os vilos corioalantoides deste se estendem nas criptas das carúnculas; O cório liso está presente entre os cotilédones; não deixa de ter características da placenta difusa, já que os cotilédones estão distribuídos em toda a extensão do cório; Ao se estabelecer, nesse tipo, os cotilédones se fixam às carúnculas, estruturas presentes no endométrio das espécies de ruminantes; organização histológica é do tipo mesocorial, pois nas regiões dos placentomas o tecido do cório invade o epitélio do endométrio; Assim, nessas regiões, há destruição do epitélio, estabelecendo contato do cório diretamente com o tecido conjuntivo do endométrio; A implantação também é superficial, sendo indecídua com nutrição histotrófica; ● zonária - cório frondoso é organizado em uma ampla faixa estendida ao redor do eixo longitudinal do embrião onde se formam lamelas; contato entre mãe e feto se dá apenas em uma faixa (área); Nesse caso, o cório invade o epitélio do endométrio e o tecido conjuntivo, atingindo o endotélio dos vasos sanguíneos dessa região; presente em carnívoros; pode ser zonária anular ou circular (carnívoros), zonária Cotiledonária (ruminantes), zonária Discoidal (humanos, primatas, roedores, coelhos, lebre, morcegos); Recebe a denominação histológica endoteliocorial; implantação ainda que considerada superficial, traz algumas características da intersticial, apresentando-se como decídua, pois já existe perda dos tecidos endometriais no momento do parto, mas com nutrição histotrófica; ● discoidal - típica de primatas, lagomorfos e roedores; Possui vilosidades que se concentram em uma região em forma de disco; O córion penetra mais profundamente na parede uterina, destruindo o endotélio dos capilares maternos, formando lacunas de sangue; chamada de hemocorial, pois o cório está em contato direto com o sangue materno e, portanto, com nutrição hemotrófica e formação de decídua; -Quanto aos modelos de interdigitação materno-fetal; Os tecidos maternos e fetais estão opostos, fundidos ou intimamente intergitados para facilitar as trocas fisiológicas (quanto ao grau de implantação): ● Pregueada - pregas da mucosa uterina uterina e trofoblasto se interdigitam; presente em Suínos, Marsupiais e Primatas; ● Lamelar - pregas mais complexas com múltiplas ramificações; Carnívoros e Primatas; ● Vilosa - Neste as projeções coriônicas se interdigitam com as criptas maternas correspondentes; ruminantes e humanos; ● Trabecular - Macacos Callithrix; ● Labiríntica - cório penetrado por lacunas ou canais; apresenta uma fusão das vilosidades coriônicas; Roedores, Morcegos, Lagomorfos- coelhos; Alguns primatas e carnívoros; -baseada no número de camadas teciduais que separam a circulação fetal e materna, deste modo, formando a barreira placentária/ histologicamente: -Existem 3 camadas de membranas extraembrionárias na placenta corioalantóide: o endotélio revestindo os vasos sanguíneos alantoides (fetal); o mesênquima corioalantóide, originado da fusão somática (coriônico) e visceral (alantóico) do mesoderma; e o epitélio coriônico, ou seja, o trofoblasto. -Entretanto, o número de camadas retidas na porção materna da placenta varia com a espécie; -Antes da placentação, o endométrio apresenta três camadas que contribuirão para a formação da barreira placentária: o epitélio endometrial, o tecido conjuntivo (submucosa) e o endotélio vascular. -Nos animais domésticos, o número de camadas maternas na barreira placentária resulta em duas principais classes de placenta: ● epiteliocorial - encontrada em suínos, equinos e ruminantes; contato do epitélio materno com o córion do feto; Os epitélios coriônico e endometrial estão sobrepostos, e não há perdas de tecidos maternos > por isso é adecíduada; em ruminantes é modificada com células trofoblásticas especiais (Células trofoblásticas gigantes binucleadas) que estabelecem uma fusão com as células do endométrio - também é denominada sinepiteliocorial (ou Sindesmocorial) >> estágio transitório inicial, anterior à hibridização (mistura) do epitélio uterino e trofoblasto, ou seja, contato do córion com a submucosa; ● endoteliocorial - Em carnívoros; o epitélio endometrial e o tecido conjuntivo são perdidos durante a placentação, levando a um contato direto do trofoblasto (epitélio coriônico) com o endotélio vascular materno (capilares uterinos); resulta da aderência entre os componentes fetais e maternos da placenta >> Como resultado, uma porção do endométrioé lesada quando as membranas fetais e a placenta são expulsas no nascimento >> A porção lesada do endométrio é denominada decídua e este tipo de placenta deciduada. A placenta em roedores e humanos também é deciduada; Em contrapartida, a placenta de ruminantes, suínos e equinos é adeciduada; ● placenta hemocorial - Em roedores e humanos, a redução da barreira placentária materna é completa, levando um contato direto do trofoblasto (córion) com o sangue; glóbulos vermelhos entram em contato direto com o trofoblasto fetal; possível pela erosão do epitélio, do tecido conjuntivo e do endotélio do útero. Com isso há ainda uma subdivisão de acordo com o número de camadas celulares do trofoderma em contato com o sangue materno, assim podem ser reconhecidas as placentações hemomonocorial, hemodicorial e hemotric orial; - quanto à implantação em superficial e intersticial e, quanto à perda de tecidos fetais no parto: ● decídua - quando a mucosa uterina é parcialmente destruída durante a gestação; a mucosa uterina se entrosa de tal modo com a placenta que acaba sendo expulsa junto com ela no parto, originando uma ferida superficial. Há hemorragia no parto; pode ser de dois tipos: zonária e discóide; Também conhecida como placenta conjugada ou placenta vera e nidação intersticial; ● indecídua ou adeciduada - Também chamada de placenta oposta, semiplacenta e nidação superficial; Neste caso, os tecidos maternos e fetais podem estar intergitados, estando fundidos ou em aposição uns aos outros. Desta maneira, há uma erosão mínima dos tecidos contribuintes. Assim, não ocorre perda dos elementos da mucosa uterina durante o parto; pode ser de dois tipos: difusa e cotiledonária. ● Semidecídua - ruminantes e carnívoros. ➔ VIAS DE INTRODUÇÃO/ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ● Enteral - adm nos segmentos do trato gastrointestinal; há absorção sistêmica via TGI, exercendo efeito sistêmico; exemplo: oral, retal . 1. Oral - absorção ocorre no intestino e estômago; o órgão considerado o primeiro a realizar a metabolização do fármaco é o fígado (via de primeira passagem); vantagem : fácil administração, é menos dispendiosa, e toxicidade ou dosagem excessiva podem ser neutralizadas administrando outros fármacos ou compostos para por exemplo acelerar a excreção, adsorventes para impedir a absorção intestinal do fármaco ou toxina, fármacos para mudar o ph do sangue e acelerar a eliminação do fármaco, estimular a êmese (exceto em alguns casos em que se ingere substâncias corrosivas) e pode-se aumentar o peristaltismo do TGI; Contra-indicação : podem causar náuse, êmese, diarréias, dificuldade para engolir entre outras. 2. Retal - absorção ocorre no intestino; o órgão considerado o primeiro a realizar a metabolização do fármaco é o fígado (via de primeira passagem); protege os fármacos suscetíveis da inativação gastrointestinal e hepática, pois nesse tipo de adm 50% do fluxo venoso retal é que tem acesso à circulação porta. desvantagem: absorção pode ser incompleta, especialmente em pacientes com motilidade intestinal aumentada; pode irritar a mucosa retal; Indicação: estados de coma, inconsciência, naúseas e vômitos; exemplo: diazepam (tem em comprimido e injetável, sendo usado também para convulsões), metronizadol e alguns AINEs, antieméticos, supositórios, clister e enemas. ● Parenteral - administração é feita em locais ao lado do TGI; a absorção é realizada ao lado do TGI; exercendo efeito sistêmico via injeção, infusão ou nenhuma destas; exemplo: Intramuscular, Subcutâneo, Intradérmica, sublingual, Intravenosa, Intranasal, intramedular, etc . 1. Intramuscular (I.M.) - a aplicação é feita com a agulha formando um ângulo de 90° com a epiderme; tem rápida absorção pois o tecido muscular tem alta vascularização; deve-se escolher um músculo bem desenvolvido para aplicação, ter facilidade de acesso, não deve possuir vasos de grande calibre pois não pode aplicar no vaso, e não deve ter nervos superficiais no seu trajeto; deve-se evitar aplicar em locais próximo a nervos para evitar lesão nestes. 2. Subcutânea (S.C.)- fármaco é introduzido na hipoderme (tecido subcutâneo), ou seja entre a derme/pele e o músculo; absorção lenta, através dos capilares, de forma contínua e segura; usado na administração de vacinas, anticoagulantes e hipoglicemiantes; volume máximo de administração é de 3mL em pequenos animais e de 10mL em bovinos e equinos; 3. Endovenosa ou Intravenosa (E.V., I.V) - a aplicação é feita diretamente na veia/sangue; veias usadas incluem a veia jugular externa, veia cefálica e a veia safena lateral nos cães e nos gatos a veia safena medial; não há absorção; evitar articulações; indicada: quando se tem necessidade de ação imediata do medicamento, quando se tem necessidade de injetar grandes volumes - hidratação como no caso de um animal muito desidratado, transfusão sanguínea; usada também em casos de introdução de substâncias irritantes aos tecidos (ex. sulfato de vincristina usado no tratamento de TVT (tumor venéreo transmissível); 4. Intra-arterial (I.A.) - usada no tratamento de carcinomas, drogas vasodilatadoras e drogas trombolíticas (tratamento de embolia). 5. Intra-cardíaca - administraçao endovenosa de fármacos para fazer por exemplo eutanásia; feita no 3° EIC esquerdo; 6. Intra-miocárdica - administraçao de adrenalina no tecido muscular do coração; feita no 5°EIC esquerdo na musculatura do ventrículo esquerdo do coração; 7. Intra-óssea - ex. intramedular no caso de cães filhotes com parvovirose; 8. Intra-araquídea (via subaracnóide) 9. Intra-articular 10. Intra-sinovial 11. Intra-dérmica - restrita a pequenos volumes (0,1 a 0,5mL); usada em casos de reações de hipersensibilidade: provas de ppd (tuberculose), sensibilidade de algumas alergias,realizar dessenssibilização e auto-vacinação, aplicação de BCG; 12. Sublingual - a absorção é feita pela vascularização abaixo da língua direto para o sangue; para isso a molécula tem que ser pequena e lipossolúvel; não tem metabolismo de primeira passagem pois não vai para o TGI; ex. há uma droga chamada de Benznidazol que é usado no tratamento da doença de chagas que é causada por um protozoário Trypanossoma cruzi sendo transmitida por um barbeiro. Esse fármaco é administrado por via oral passando pelo metabolismo de primeira passagem, só que é tóxico pois causa lesões nos hepatócitos (fígado); aí foi desenvolvido um projeto chamado projeto berenice para criação de outra via de administração do benznidazol para ele não passar por essa via de primeira passagem objetivando não causar lesões no fígado; anti-hipertensivos, analgésicos (toragesic), nitratos
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