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@ALINESFALCIN PRINCÍPIOS Farmacologia Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen @ALINESFALCIN Farmacocinética Lembrete Absorção é quando o fármaco atravessa as barreiras físicas e cai no sangue. Biodisponibilidade é a taxa/ fração com que isso acontece. Distribuição é como o corpo " espalha" o fármaco pelos órgãos, tecidos e espaços corporais. Biotransformação é a modificação (metabolização) do fármaco pelos corpo. Excreção é como ele é "expulso" do corpo. Assim, farmacodinâmica é o que o fármaco faz com o corpo e a farmacocinética é o que o corpo faz com o fármaco. OK. INTRODUÇÃO Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen Absorção Transporte do fármaco do local de administração (viade administração) até a circulação sanguínea Distribuição Processo de distribuição do fármaco da circulação sistêmica para os líquidos biológicos intersticiais, intracelulares e cavitários Metabolismo Transformação química dos fármacos dentro doorganismo (metabolismo ou biotransformação) Excreção Eliminação (saída) dos fármacos do organismo “Cinética” significa “movimento”. Em termos simples seria o estudo do movimento do fármaco no organismo e inclui os processos de ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, METABOLISMO ou biotransformação e EXCREÇÃO do fármaco, que são abreviados pela sigla ADME. @ALINESFALCIN Farmacocinética O QUE É VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen Farmacocinética estuda o caminho percorrido e o impacto causado pelos remédios (fármacos) no corpo humano. É determinada primariamente pelas propriedades do fármaco ( hidro ou lipossolubilidade, ionização) E pelos objetivos terapêuticos (necessidade de um início rápido de ação, necessidade de tratamento por longo tempo, ou restrição de acesso a um local específico). @ALINESFALCIN Farmacocinética Absorção: Primeiro, a absorção desde o local de administração permite a entrada do fármaco (direta ou indiretamente) no plasma. Distribuição: Segundo, o fármaco pode, então, reversivelmente, sair da circulação sanguínea e distribuir-se nos líquidos intersticial e intracelular. Biotransformação: Terceiro, o fármaco pode ser biotransformado no fígado ou em outros tecidos. Eliminação: Finalmente, o fármaco e seus metabólitos são elimina- dos do organismo na urina, na bile ou nas fezes Quatro propriedades farmacocinéticas determinam o início, a intensidade e a duração da ação do fármaco ; OU SEJA PRINCIPAIS VIAS Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen As vias principais de administração de fármacos incluem a enteral, a paren- teral e a tópica, entre outras. @ALINESFALCIN Farmacocinética ENTERAL As vias principais de administração de fármacos incluem a enteral, a paren- teral e a tópica, entre outras. A administração enteral, ou administração pela boca, é o modo mais seguro, comum, conveniente e econômico de administrar os fármacos. O fármaco pode ser deglutido, por via oral, ou pode ser colocado sob a língua (sublingual) ou entre a bochecha e a gengiva (bucal), facilitando a absorção direta na circulação sanguínea. A administração enteral, ou administração pela boca, é o modo mais seguro, comum, conveniente e econômico de administrar os fármacos. O fármaco pode ser deglutido, por via oral, ou pode ser colocado sob a língua (sublingual) ou entre a bochecha e a gengiva (bucal), facilitando a absorção direta na circulação sanguínea. Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen @ALINESFALCIN Farmacocinética ENTERAL - CONTINUAÇÃO ORAL Oferece várias vantagens. São facilmente autoadministrados, e a toxicidade e/ou a dosagem excessiva podem ser neutralizadas com antídotos como o carvão ativado. Porém, as vias envolvidas na absorção oral são as mais complicadas, e o baixo pH do estômago inativa alguns fármacos. Uma ampla variedade de preparações orais é disponibilizada, incluindo preparações revestidas (entéricas) e de liberação prolongada. a) Preparações revestidas (entéricas): O revestimento entérico é um envoltório químico que protege o fármaco do ácido gástrico, liberando-o, porém, no intestino (menos ácido), onde o envoltório se dissolve e permite a liberação do fármaco. b) Preparações de liberação prolongada: (abreviados como LA, longa ação, ou LL, liberação lenta) têm revestimentos ou ingredientes especiais que controlam a liberação do fármaco, permitindo, assim, uma absorção mais lenta e uma duração de ação mais longa. SUBLINGUAL E BUCAL: A colocação do fármaco sob a língua permite que ele se difunda na rede capilar e, assim, entre diretamente na circulação sistêmica. A administração sublingual tem várias vantagens, incluindo facilidade de administração, absorção rápida, ultrapassagem do ambiente gastrintestinal (GI) hostil e capacidade de evitar a biotransformação de primeira passagem. A via bucal (entre a bochecha e a gengiva) é similar à via sublingual. Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen @ALINESFALCIN Farmacocinética PARENTERAL Essa administração também é usada no tratamento do paciente impossibilitado de tomar a medicação oral (paciente inconsciente) ou quando é necessário um início rápido de ação; têm maior biodisponibilidade e não estão sujeitas à biotransformação de primeira passagem ou ao meio GI agressivo; Elas também asseguram o melhor controle sobre a dose real de fármaco administrada ao organismo A via parenteral é aquela realizada fora do trato gastrointestinal e é representada pelas vias endovenosa, intramuscular, subcutânea e intradérmica; ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL - INTRAVENOSA A injeção IV é a via parenteral mais comum. Ela é útil para fármacos que não são absorvidos por via oral; Permite um efeito rápido e um grau de controle máximo sobre a quantidade de fármaco administrada; É vantajosa para fármacos que podem causar irritação quando administrados por outras vias, porque o fármaco se dilui no sangue rapidamente; Pode inadvertidamente causar infecção por meio de contaminação no local da injeção; INTRAVENOSA (IV) Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen @ALINESFALCIN Farmacocinética ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL - INTRAMUSCULAR As preparações de depósito, consistem em uma suspensão do fármaco em um veículo não aquoso, como o polietilenoglicol. À medida que o veículo se difunde para fora do músculo, o fármaco precipita- se no local da injeção. O fármaco então se dissolve lentamente, fornecendo uma concentração sustentada durante um período de tempo prolongado. INTRAMUSCULAR (IM Fármacos administrados por via IM podem estar em soluções aquosas, que são absorvidas rapidamente, ou em preparações especializadas de depósito, que são absorvidas lentamente; ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL - SUBCUTÂNEA Esta via não deve ser usada com fármacos que cau- sam irritação tissular, porque pode ocorrer dor intensa e necrose. Fármacos administrados comumente por via SC incluem insulina e heparina. SUBCUTÂNEA (SC) Oferece absorção por difusão simples e é mais lenta do que a via IV. A in- jeção SC minimiza os riscos de hemólise ou trombose associados à injeção IV e pode proporcionar efeitos lentos, constantes e prolongados; OUTRAS INALAÇÃO ORAL; As vias inalatórias oral e nasal asseguram a rápida oferta do fármaco através da ampla superfície da membrana mucosa do trato respiratório e do epitélio pulmonar. Os efeitos dos fármacos são quase tão rápidos como os da injeção IV em bólus. Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen @ALINESFALCIN Farmacocinética OUTRAS Esta via é particularmente eficaz e conveniente para pacientes com problemas respiratórios (como asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica), pois o fármaco é administrado diretamente no local de ação, minimizando, assim, os efeitos sistêmicos. Incluem-se os descongestionantes nasais, como a oximetazolina; Por exemplo, a anfotericina B intratecal é usada no tratamento da meningite criptocócica. Por exemplo, o clotrimazol em pomada é aplicado diretamente na pele para o tratamento de infecções por fungos. Por exemplo adesivosde nicotina usados para facilitar a interrupção do hábito de fumar. INALAÇÃO ORAL; (CONTINUAÇÃO) INALAÇÃO NASAL; Esta via envolve a administração de fármacos diretamente dentro do nariz. INTRATECAL E INTRAVENTRICULAR; A barreira hematencefálica retarda ou impede a entrada dos fármacos no sistema nervoso central (SNC). Quando se desejam efeitos locais e rápidos, é necessário introduzir o fármaco diretamente no líquido cerebrospinal. TÓPICA; A aplicação tópica é usada quando se deseja um efeito local do fármaco. TRANSDÉRMICA; Por meio de um adesivo cutâneo, A velocidade de absorção pode variar de modo acentuado, dependendo das características físicas da pele no local da aplicação e da lipossolubilidade do fármaco. Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen OUTRAS ABSORÇÃO DE FÁRMACOS @ALINESFALCIN Farmacocinética A vantagem adicional da via retal é evitar a destruição do fármaco no ambiente GI. Ela também é útil se o fármaco provoca êmese, quando administrado por via oral, ou se o paciente já se encontra vomitando ou se está inconsciente. Com frequência, a absorção retal é errática e incompleta, e vários fármacos irritam a mucosa retal. RETAL; Como 50% da drenagem da região retal não passa pela circulação portal, a biotransformação dos fármacos pelo fígado é minimizada com o uso desta via. Absorção é a transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea; A velocidade e a eficiência da absorção dependem do ambiente onde o fármaco é absorvido; Das suas características químicas e da via de administração (o que influencia sua biodisponibilidade). Via de Administração Padrão de absorção Vantagens Desvantagens Oral Variável; afetada por váriosfatores Via de administração mais segura e mais comum, conveniente e econômica • Absorção limitada de alguns fármacos • Os alimentos podem interferir na absorção • É necessária adesão do paciente • Os fármacos podem ser biotransformados antes de serem absorvidos sistemicamente Intravenosa • A absorção não é necessária • Pode ter efeitos imediatos • Ideal para dosagens de altos volumes • Adequada para substâncias irritantes e misturas complexas • Valiosa para situações de emergência • Permite a titulação da dosagem • Ideal para fármacos proteicos de alta massa molecular e peptídeos • Imprópria para substâncias oleosas • A injeção em bolus pode resultar em efeitos adversos • A maioria das substâncias deve ser injetada lentamente • São necessárias técnicas de assepsia estritas Subcutânea • Depende do diluente do fármaco: – soluções aquosas: imediata; – preparações de depósito: liberação lenta e prolongada • Adequada para fármacos de liberação lenta • Ideal para algumas suspensões pouco solúveis • Dor e necrose se o fármaco é irritante • Inadequada para fármacos administrados em volumes elevados Intramuscular • Depende dos diluentes do fármaco: – soluções aquosas: imediata; – preparações de depósito: liberação lenta e prolongada • Adequada se o volume é moderado • Adequada para veículos oleosos e certas substâncias irritantes • Preferível à via IV se o paciente deve se autoadministra • Afeta certos testes de laboratório (creatinocinase) • Pode ser dolorosa • Pode causar hemorragia intramuscu- lar (evitar durante o tratamento com anticoagulante) Transdérmica (adesivo) • Lenta e prolongada • Evita o efeito de primeira passagem • Conveniente e indolor • Ideal para fármacos lipofílicos e que tem baixa biodisponibilidade oral • Ideal para fármacos que são elimina- dos rapidamente do organism • Alguns pacientes são alérgicos aos adesivos, o que pode causar irritação; • O fármaco deve ser muito lipofílico • Pode causar atraso no acesso ao local de ação farmacológica;m doses pequenas diárias Retal • Errática e variável • Evita parcialmente o efeito de primeira passagem • Evita a destruição pela acidez gástrica • Ideal se o fármaco causa êmese • Ideal para pacientes com êmese ou comatosos • O fármaco pode irritar a mucosa retal • Não é uma via “bem aceita” Inalatória • Pode ocorrer absorção sistêmica, o que nem sempre é desejado • A absorção é rápida; pode ter efeitos imediatos • Ideal para gases • É eficaz para pacientes com problemas respiratórios • A dose pode ser titulada • Se o alvo do efeito se localiza nos pulmões: são usadas doses menores comparando com as que se usariam por via oral ou parenteral • Menos efeitos adversos sistêmicos • Principal via de adictos (o fármaco pode acessar rapidamente o cérebro) • Os pacientes podem ter dificuldade em regular a dose • Alguns pacientes têm dificuldades no uso dos inaladores Sublingual Depende do fármaco: – poucos fármacos (p. ex., nitroglicerina) têm absorção sistêmica direta e rápida – a maioria dos fármacos tem absorção incompleta e errática • Evita o efeito de primeira passagem • Evita a destruição pela acidez gástrica • Mantém a estabilidade do fármaco, porque a saliva tem pH relativamente neutro • Pode causar efeitos farmacológicos imediatos • Limitada a certos tipos de fármacos • Limitada a fármacos que podem ser tomados em pequenas doses • Pode perder parte do fármaco se deglutido Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen MECANISMOS DE ABSORÇÃO (TGI TRATO GASTRINTESTINAL) DIFUSÃO PASSIVA @ALINESFALCIN Farmacocinética Difusão passiva Difusão passiva facilitada Transporte ativo transporte ativo ou endocitose A não ser que se administre por via intravenosa, o fármaco deve ultrapassar várias membranas celulares semipermeáveis antes de alcançar a circulação sistêmica. O fármaco se move da região de concentração alta para a de concentração baixa. A difusão passiva não envolve transportador, não é saturável e apresenta baixa especificidade estrutural. A maioria dos fármacos é absorvida por esse mecanismo. DIFUSÃO FACILITADA Os fármacos entram na célula por meio de proteínas transportadoras transmembrana especializadas que facilitam a passagem de moléculas grandes. Ele não requer energia, pode ser saturado e pode ser inibido por compostos que competem pelo transportador. TRANSPORTE ATIVO Ele é capaz de mover fármacos contra um gradiente de concentração – ou seja, de uma região com baixa concentração de fármaco para outra com concentração mais elevada. Esse processo é saturável. Os sistemas de transporte ativo são seletivos e podem ser inibidos competitivamente por outras substâncias cotransportadas Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen @ALINESFALCIN Farmacocinética Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen ENDOCITOSE E EXOCITOSE FATORES QUE INFLUENCIAM A ABSORÇÃO - RELACIONADA AO MEDICAMENTO @ALINESFALCIN Farmacocinética A endocitose envolve o engolfamento de moléculas do fármaco pela membrana e seu transporte para o interior da célula pela compressão da vesícula cheia de fármaco. A exocitose é o inverso da endocitose. . Estes tipos de absorção são usados para transportar fármacos excepcionalmente grandes através da membrana celular. - LIPOSSOLUBILIDADE - PESO MOLECULAR - GRAU DE IONIZAÇÃO - CONCENTRAÇÃO - FORMA FARMACÊUTICA - VIA DE ADMINISTRAÇÃO FATORES QUE INFLUENCIAM A ABSORÇÃO - RELACIONADA AO ORGANISMO - VASCULARIZAÇÃO DO LOCAL - SUPERFÍCIE DE ABSORÇÃO - PERMEABILIDADE CAPILAR - PH NO LOCAL DE ABSORÇÃO - EFEITO DE 1ª PASSAGEM Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen FATORES RELACIONADOS AO MEDICAMENTO: @ALINESFALCIN Farmacocinética Lipossolubilidade – quanto maior a lipossolubilidade da molécula, maisrápida a absorção (maior permeabilidade). Peso molecular (tamanho da molécula da droga) – quanto menor peso molecular mais facilmente a droga atravessa a membrana. Grau de ionização – quanto mais ionizada a droga, menor sua Concentração – o transporte passivo depende do gradiente de Forma farmacêutica – fármacos administrados em forma sólida devem absorção. concentração: uma droga administrada na forma de solução concentrada é absorvida mais rapidamente do que na forma de solução diluída. dissolver-sena biofase aquosa, antes de serem absorvidos (maior rapidez de absorção se esta for administrada na forma de solução aquosa). Vascularização do local – a circulação sanguínea remove a droga de Superfície de absorção – quanto maior esta superfície, maior a absorção. Permeabilidade capilar pH no local de absorção – Drogas ácidas (Salicilatos, Barbitúricos, seu local de absorção e mantém o gradiente de concentração através da membrana. O aumento do fluxo sanguíneo acelera a absorção das drogas. p.ex.) estão predominantemente na forma não-ionizada no suco gástrico (ácido) e são absorvidas pelo estômago, enquanto as drogas básicas (Morfina, Quinina, p.ex.) estão em grande parte ionizadas e são absorvidas apenas quando alcançam o duodeno. FATORES RELACIONADOS AO ORGANISMO: Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM/METABOLISMO PRÉ-SISTÊMICO: @ALINESFALCIN Farmacocinética Metabolismo de primeira passagem (também conhecido como metabolismo pré sistêmico ou efeito de primeira passagem) é um fenômeno do metabolismo dos fármacos no qual a concentração do fármaco é significantemente reduzida (e inativada) pelo fígado antes de atingir a circulação sistêmica. OU SEJA Quando um fármaco é absorvido a partir do TGI ( trato gastro intestinal) , primeiro ele entra na circulação portal antes de entrar na circulação sistêmica. Se o fármaco é rapidamente biotransformado no fígado ou na parede intestinal durante essa passagem inicial, a quantidade de fármaco inalterado que tem acesso à circulação sistêmica diminui. Isso é denominado biotransformação de primeira passagem. (Nota: a biotransformação de primeira passagem pelo intestino ou fígado limita a eficácia de vários fármacos quando usados por via oral. P. ex., mais de 90% da nitroglicerina é destruída durante a biotransformação de primeira passagem.) Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen FATORES QUE INFLUENCIAM A ABSORÇÃO EFEITO DO PH NA ABSORÇÃO DE FÁRMACOS @ALINESFALCIN Farmacocinética Efeito do pH na absorção de fármacos; Fluxo de sangue no local de absorção; Área ou superfície disponível para absorção; Tempo de contato com a superfície de absorção; Expressão da glicoproteína P Biodisponibilidade Bioequivalência Equivalência terapêutica 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. então quanto mais moléculas não-ionizadas estiverem em um meio maior será a absorção? É isso? Os fármacos em geral são ácidos ou bases fracas e, quando em contato com uma solução, existem nas formas ionizada e não-ionizada. Dependendo do pH dessa solução e do pKa do fármaco ele terá maior ou menor ionização e isso vai influenciar na travessia pelas membranas biológicas. Em geral, as moléculas não-ionizadas são mais lipossolúveis difundem-se facilmente pelas membranas lipídicas. Isso ocorre porque não possuem carga elétrica não são polarizadas. Já as ionizadas são pouco lipossolúveis e incapazes de penetrar na membrana lipídica por difusão simples. Isso aí! Precisamos de moléculas não-ionizadas para atravessarem as membranas. Moléculas com carga, ionizadas, são rejeitadas pelas membranas e não conseguem atravessá-las. TOME NOTA; Fármacos ácidos fracos ionizam-se em pH alcalino Fármacos bases fracas ionizam-se em pH ácido As formas ionizadas : possuem lipossolubilidade muito baixa, sendo incapazes de atravessar as membranas, exceto quando existe um mecanismo de transporte específico. Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen FLUXO DE SANGUE NO LOCAL DE ABSORÇÃO. ÁREA OU SUPERFÍCIE DISPONÍVEL PARA ABSORÇÃO @ALINESFALCIN Farmacocinética Os intestinos recebem um fluxo de sangue muito maior do que o estômago, de modo que a absorção no intestino é favorecida ante a do estômago. (Nota: o choque reduz drasticamente o fluxo sanguíneo aos tecidos cutâneos, minimizando a absorção de administrações SC.) Com uma superfí- cie rica em bordas em escova contendo microvilosidades, o intestino tem uma superfície cerca de 1.000 vezes maior que a do estômago; por isso, a absorção de fármacos pelo intestino é mais eficiente. TEMPO DE CONTATO COM A SUPERFÍCIE DE ABSORÇÃO Se um fármaco se desloca muito rapidamente ao longo do TGI ( trato Gastro Intestinal), como pode ocorrer em uma diarreia intensa, ele não é bem absorvido. Contudo, qualquer retardo no transporte do fármaco do estômago para o intestino reduz a sua velocidade de absorção. (Nota: a presença de alimento no estômago dilui o fármaco e retarda o esvaziamento gástrico. Portanto, quando um fármaco é ingerido com o alimento, em geral, é absorvido mais lentamente.) EXPRESSÃO DA GLICOPROTEÍNA P A glicoproteína P é uma proteína transportadora transmembrana responsável pelo transporte de várias moléculas, incluindo fármacos, através da membrana celular . Ela é expressa em tecidos por todo o organismo, incluindo fígado, rins, placenta, intestinos e capilares cerebrais, e está envolvida no transporte de fármacos dos tecidos para o sangue. Ou seja, ela “bombeia” fármacos para fora das células. Assim, nas áreas de expressão elevada, a glicoproteína P diminui a absorção de fármacos. Além de transportar vários fármacos para fora das células, ela também está associada com a resistência a vários fármacos. Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen BIODISPONIBILIDADE BIOEQUIVALÊNCIA @ALINESFALCIN Farmacocinética refere-se à extensão e à velocidade em que a porção ativa (fármaco ou metabólito) adentra a circulação sistêmica, alcançando, assim, o local de ação. ( IV = 100% e biodisponibilidade) A via de administração é um dos fatores que interferem na biodisponibilidade dos fármacos. Duas formulações de fármacos são bioequivalentes se elas apresentam biodisponibilidades comparáveis e tempos similares para alcançar o pico de concentração plasmática EQUIVALÊNCIA TERAPÊUTICA O medicamento similar é identificado pela marca ou nome comercial e possui o mesmo princípio ativo de um medicamento de referência. Nota: a eficácia clínica com frequência depende da concentração sérica máxima e do tempo necessário [após a administração] para alcançar o pico de con centração. Portanto, dois fármacos que são bioequivalentes podem não ser terapeuticamente equivalentes. são medicamentos que possuem mesma forma farmacêutica, mesma via de administração e mesma quantidade da mesma substância ativa, isto é, mesmo sal ou éster da molécula terapêutica, podendo ou não conter excipientes idênticos, desde que bem estabelecidos para a função destinada. Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACO @ALINESFALCIN Farmacocinética LIGAÇÃO DE FÁRMACOS A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS E DOS TECIDOS Fatores a serem considerados na distribuição: Lipossolubilidade Ionização em pH fisiológico ( conforme o pK da Droga) Grau de ligação ás proteínas plasmáticas e teciduais Diferenças no fluxo sanguíneo regional O movimento do fármaco continua até que seja estabelecido um equilíbrio entre o fármaco não ligado no plasma e líquidos teciduais. Posteriormente, observa-se um declínio paralelo de ambos devido o processo de eliminação Após entrar na circulação sistêmica, o fármaco é distribuído a todos os tecidos corporais que não têm qualquer fármaco, sendo o gradiente de concentração na direção do plasma para os tecidos. 1. 2. 3. 4. 1. Ligação a proteínas plasmáticas: A ligação reversível às proteínas plasmáticas fixa os fármacos de forma não difusível e retarda sua transferência para fora do compartimento vascular. A albumina é a principal proteína ligadora e pode atuar como uma reserva de fármaco (à medida que a concentração do fármaco livre diminui, devido à eliminação, o fármaco ligado se dissocia da proteína). Isso mantém a concentração de fármaco livre como uma fração constante do fármaco total no plasma. 2. Ligação a proteínas dos tecidos: Vários fármacos se acumulam nos tecidos, levando a concentrações mais elevadas no tecido do que no líquido extracelular e no sangue. Os fármacos podem acumular como resultado da ligação a lipídeos, proteínas ou ácidos nucleicos.Os fármacos também podem ser transportados ativa- mente aos tecidos. Os reservatórios nos tecidos podem servir de fonte principal de fármaco e prolongar sua ação ou causar toxicida- de local ao fármaco (p. ex., a acroleína, metabólito da ciclofosfami- da, pode causar cistite hemorrágica porque se acumula na bexiga.) Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen IMPLICAÇÕES CLINICAMENTE SIGNIFICATIVAS DA LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO @ALINESFALCIN Farmacocinética a) A fração ligada do fármaco não é disponível para ação. b) Em geral, o elevado grau de ligação às proteínas torna a ação do fármaco prolongada. c) As concentrações plasmáticas geralmente expressas do fármaco referem-se à forma tanto ligada quanto livre. d) A droga pode ligar-se a numerosos sítios na molécula de albumina. Mais de uma molécula pode ligar-se ao mesmo sítio interações de deslocamento entre drogas: a droga ligada com maior afinidade irá deslocar aquela ligada com menor afinidade (situação frequentemente transitória). e) Na hipoalbuminemia pode haver redução da ligação, podendo resultar em concentrações elevadas de fármaco livre (Fenitoína e Furosemida, p.ex.). O volume de distribuição (Vd) é um indicador útil de como as drogas se difundem entre os vários compartimentos corporais. É importante saber que as drogas não se distribuem de maneira igual em todo o corpo. Embora as substâncias lipofílicas tenham tendência a penetrar em todos os compartimentos (desde que apresentem certo grau de hidrossolubilidade), as substâncias hidrossolúveis sofrem uma difusão mais restrita. O Vd não se refere necessariamente a um volume fisiológico real,mas simplesmente ao volume de líquido que seria necessário para conter todo o fármaco presente no corpo, na mesma concentração encontrada no sangue ou plasma. Existem algumas drogas que possuem valores calculados de Vd fora do padrão esperado. Drogas que são sequestradas para dentro das células (ligação tecidual) apresentam uma diminuição em suas concentrações plasmáticas, o que aumenta o valor de Vd. Esse processo é chamado Vd aparente. Vd aparente Indica o volume no qual o fármaco teria de se dissolver para que sua concentração fosse igual à dose administrada. Indica, ainda, que a droga possui alguma afinidade por tecidos ou por proteínas plasmáticas. O volume de distribuição pode ser calculado da seguinte forma: Vd = Q / C, em que Q é a quantidade de droga administrada e C é a concentração plasmática da droga em equilíbrio Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen IMPLICAÇÕES CLINICAMENTE SIGNIFICATIVAS DA LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS @ALINESFALCIN Farmacocinética Drogas extensamente ligadas às proteínas plasmáticas limitam-se, em grande parte, ao compartimento vascular e apresentam baixos valores de Vd. Ex.: Fenilbutazona e Varfarina (Vd = 0,1 L/Kg). Drogas sequestradas em outros tecidos podem apresentar um Vd muito maior do que a água corporal total/massa corporal. Ex.: Digoxina (Vd = 6 L/Kg); Propranolol (Vd = 4L/Kg); Morfina (Vd = 3,5 L/Kg). Estados patológicos podem modificar o Vd de muitas drogas, ao alterar a distribuição de água corporal, a permeabilidade das membranas e as proteínas de ligação, ou através de metabólitos que deslocam a droga de seu sítio de ligação. Ex.: ICC, uremia, cirrose hepática, etc Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen REDISTRIBUIÇÃO DISTRIBUIÇÃO NO COMPARTIMENTOS ESPECIAIS @ALINESFALCIN Farmacocinética A cessação do efeito farmacológico depois da interrupção de uso de uma droga em geral ocorre por metabolismo e excreção, mas também pode ser causada pela redistribuição do fármaco de seu local de ação para outros tecidos ou locais pelos quais a droga tenha afinidade, como tecido adiposo (p. ex., anestésicos gerais) ou tecido ósseo (p. ex., flúor) Fármacos com elevada lipossolubilidade, administrados por via IV ou inalação, distribuem-se inicialmente em órgãos com alto fluxo sanguíneo (cérebro, coração, rins, etc.), e posteriormente, os tecidos menos vascularizados, porém mais volumosos (músculo, tecido adiposo), captam o fármaco; as concentrações plasmáticas declinam e o fármaco é retirado desses locais. Ex.: Tiopental APESAR DA DISTRIBUIÇÃO RELATIVAMENTE FÁCIL DAS DROGAS NO ORGANISMO, HÁ LOCAIS EM QUE A PENETRAÇÃO É MAIS DIFÍCIL. TAIS LOCAIS, CONSIDERADOS COMPARTIMENTOS ESPECIAIS, SÃO DESCRITOS A SEGUIR. a) barreira hematencefálica A função primordial da barreira hematencefálica é proteger o sistema nervoso central (SNC)de substâncias “estranhas”. Em contraste com a maioria dos capilares, as células endoteliais do SNC são unidas entre si por zônulas de oclusão (células justapostas) e cobertas por um invólucro celular (camada de astrócitos), deixando passar apenas drogas lipossolúveis (ou hidrossolúveis que tenham tamanho molecular muito pequeno). Os fármacos com alto coeficiente de partição lipídeo/ água, apolares e com pequena massa (e tamanho) molecular podem rapidamente atingir os tecidos encefálicos, enquanto drogas polares, ionizadas e de grande massa molecular (e tamanho) tendem a ser impedidas. b) “barreira” placentária Representa um conjunto de tecidos localizados entre a circulação materna e a fetal. Em geral, todas as drogas que são distribuídas por difusão passiva para os órgãos e sistemas da mãe também são distribuídas para o feto; a diferença é que o sistema placentário apenas retarda a passagem de drogas da circulação da mãe para o feto (é mais lenta). Portanto, o termo “barreira” é considerado impróprio para se referir ao sistema placentário com um bloqueador para a passagem da droga, mas é verdadeiro para a barreira hematencefálica. Os requisitos para a travessia por essa barreira biológica são os mesmos da barreira hematoencefálica: lipossolubilidade, não polaridade e pequena massa molecular. Substâncias como antibióticos, anestésicos, álcool etílico e certas drogas ilícitas podem atravessar a barreira placentária e chegar aos tecidos fetais. A permeabilidade capilar no cérebro costuma aumentar em casos de inflamação. Essa característica torna favorável a penetração de antimicrobianos no SNC, por exemplo, para o tratamento de meningites bacterianas, o que não seria possível com a barreira hematencefálica em condições de normalidade. Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen PENETRAÇÃO NO CÉREBRO @ALINESFALCIN Farmacocinética No cérebro, a estrutura capilar é contínua, e não existem frestas. Para entrar no cérebro, o fármaco precisa passar através das células endoteliais dos capilares do SNC ou ser transportado ativamente. Por exemplo, um transportador específico leva o fármaco levodopa para o interior do cérebro. Em contraste, fármacos lipossolúveis entram facilmente no SNC, pois se dissolvem na membrana das células endoteliais. Fármacos ionizados ou polares em geral fracassam tentando entrar no SNC, pois não conseguem passar através das células endoteliais, as quais não apresentam junção com frestas. Essas células intimamente justapostas formam junções estreitadas que constituem a barreira hematencefática. NO SLIDE DO PROFESSOR Barreira Hematoencefálica enzimática (MAO, Colinesterase, etc.) encontradas na parede dos capilares/células que as revestem impedem a entrada das catecolaminas, 5-HT, Ach, etc., no cérebro na forma ativa. Penetração através da placenta – as membranas placentárias são lipóides e permitem a passagem livre de drogas lipofílicas, mas restringem a das drogas hidrofílicas. Glicoproteína-P de efluxo placentário também serve para limitar a exposição do feto à fármacos administrados à mãe. Trata-se de uma barreira incompleta, e quase qualquer fármaco utilizado pela mãe pode afetar o feto ou o recém-nascido (administração imediatamente antes do parto) Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen FATORES DE RISCO PARA USO DE MEDICAMENTOS (FDA) CATEGORIA RISCO EXEMPLO A Estudos controlados em mulheres grávidas não demostraram risco para o feto no primeiro trimestre da gravidez. Doxilamina Ácido fólico LevotiroxinaB Estudos de reprodução animal não demonstraram risco para o feto e não há estudos adequados e controlados em mulheres grávidas; ou estudos de reprodução animal apresentaram efeitos adversos, mas estudos controlados em mulheres grávidas não apresentaram efeitos adversos ao feto. Amoxicilina Loratadina Ondansetrona C Estudos de reprodução animal mostraram um efeito adverso no feto; ou não há estudos de reprodução animal e nem estudos controlados em humanos. Fluconazol Metoprolol Sertralina D Evidência positiva de risco fetal, mas os benefícios podem superar os riscos. Lisinopril Lítio Fenitoína X Evidência positiva de risco fetal, e os riscos superam claramente qualquer benefício. Metotrexato Sinvastatina Varfarina Isotretinoína @ALINESFALCIN Farmacocinética Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen BIOTRANSFORMAÇÃO @ALINESFALCIN Farmacocinética Alteração química sofrida pela droga no corpo, necessária para transformar compostos apolares (lipossolúveis) em polares (hidrosolúveis), de modo que não sejam reabsorvidos nos túbulos renais e sejam, portanto, excretados. As drogas hidrofílicas não são, em sua maioria, biotransformadas, sendo excretadas na sua forma inalterada. Fígado constitui o principal local de biotransformação de drogas. Outros locais: rim, intestino, pulmões e plasma. A maioria das drogas é biotransformada por enzimas relativamente inespecíficas: a mesma enzima pode metabolizar muitas drogas É a transformação do fármaco em outra(s) substância(s), por meio de alterações químicas, geralmente sob ação de enzimas inespecíficas. A biotransformação ocorre principalmente no fígado, nos rins, nos pulmões e no tecido nervoso. Entre os fatores que podem influenciar o metabolismo dos fármacos estão as características da espécie animal, a idade, a raça e fatores genéticos, além da indução e da inibição enzimáticas. A BIOTRANSFORMAÇÃO DAS DROGAS PODE LEVAR À: a) Inativação b) Metabólito ativo de uma droga ativa c) Ativação de uma droga inativa As reações de biotransformação são classificadas em: a) Reações de Fase I (não-sintéticas) – o metabólito pode ser ativo ou inativo. b) Reações de Fase II (sintéticas/de conjugação) – o metabólito é, em sua maior parte, inativo Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen A BIOTRANSFORMAÇÃO DAS DROGAS PODE LEVAR À: @ALINESFALCIN Farmacocinética Fator Espécie Diferenças Quantitativas: Fenilbutazona: rapidamente metabolizada nos animais e lentamente no homem; Procaína: lentamente hidrolisada no cavalo e rapidamente no homem. Gato não forma glicuronídio no metabolismo das drogas, como ocorre com a maioria de outros animais. Coelhos são resistentes à Atropina. AS ENZIMAS DA BIOTRANSFORMAÇÃO As enzimas envolvidas na biotransformação de drogas são divididas em dois grupos. - Microssômicas -Não-microssômicas Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen INIBIÇÃO ENZIMÁTICA @ALINESFALCIN Farmacocinética caracteriza-se por uma queda na velocidade de biotransformação, resultando em efeitos farmacológicos prolongados e maior incidência de efeitos tóxicos do fármaco. Esta inibição em geral é competitiva. Pode ocorrer, por exemplo, entre duas ou mais drogas competindo pelo sítio ativo de uma mesma enzima Uma droga poderá inibir competitivamente (ou não) o metabolismo de outra, se utilizar a mesma enzima ou cofatores. Não é uma interação tão comum. MICROSSÔMICAS enzimas localizadas no retículo endoplasmático liso, principalmente no fígado, mas também no rim, mucosa intestinal e nos pulmões. Ex.: Monooxigenases, Citocromo P450, Glicuronil transferase, etc. - São induzíveis por drogas, dietas, etc. NÃO-MICROSSÔMICAS Enzimas localizadas no citoplasma e nas mitocôndrias das células hepáticas, bem como em outros tecidos, incluindo o plasma. Ex.: Flavoproteína oxidases, Estearases, Amidases e Conjugases. - Não são induzíveis; porém muitas delas apresentam polimorfismo genético (Pseudocolinesterase, Acetil-transferase). A inibição das enzimas: ↓ velocidade de produção de metabólitos; ↓ depuração total; ↑ meia-vida da droga no plasma; ↑ concentrações séricas da droga livre/total; ↑ efeitos farmacológico Enzimas alvo de inibidores enzimáticos: Colinesterases, Monoaminooxidase (MAO), Aldeído desidrogenase, Álcool desidrogenase e o Citocromo P450. Exemplos: - Exposição aguda ao Etanol, Cloranfenicol e alguns outros antibióticos, Cimetidina, Dissulfiram, Propoxifeno, Metronidazol. - O Dissulfiram inibe a enzima mitocondrial Acetaldeído desidrogenase e provoca a acúmulo de acetaldeído após o consumo de álcool. - Dieta rica em carboidratos e lipídios (CYP). Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen @ALINESFALCIN Farmacocinética ELIMINAÇÃO Refere-se à eliminação da droga absorvida sistemicamente. As drogas e seus metabólitos são excretados na: a) Urina – através dos rins. Trata-se da via mais importante de excreção para a maioria das drogas. b) Fezes – com a exceção da fração não-absorvida, a maior parte da droga presente nas fezes deriva da bile. O fígado transporta ativamente na bile, por mecanismos inespecíficos, ácidos orgânicos (especialmente os glicuronídios), bases orgânicas e esteróides. Moléculas grandes são preferencialmente eliminadas na bile. Ex.: Tetraciclina, Rifampicina, etc. c) Ar exalado – gases e líquidos voláteis (anestésicos locais, paraldeído,álcool). d) Saliva e suor – via de excreção de menor importância para as drogas. Ex.: Lítio, Iodeto de potássio, Rifampicina, etc. e) Leite – a excreção por essa via não é importante para a mãe, porém o lactente recebe inadvertidamente a droga (ainda que, em geral, em pequena quantidade). Aconselha-se a administração de fármacos a mulheres durante a lactação apenas quando indispensável. Em relação aos fármacos, a transferência para o leite materno depende das seguintes características: 1) peso molecular; 2) lipossolubilidade; 3) capacidade de ligação às proteínas; 4) grau de ionização; 5) meia-vida de eliminação; 6) biodisponibilidade; 7) concentração plasmática materna Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen @ALINESFALCIN Farmacocinética ELIMINAÇÃO RENAL DOS FÁRMACO A eliminação de fármacos pelos rins na urina envolve os processos de filtração glomerular, secreção tubular ativa e reabsorção tubular passiva; FILTRAÇÃO GLOMERULAR 1. Filtração glomerular: Os fármacos chegam aos rins pelas artérias renais, que se dividem para formar o plexo capilar glomerular. fármaco livre (não ligado à albumina) difunde-se através das fendas capilares para o espaço de Bowman como parte do filtrado glomerular. A velocidade de filtração glomerular (VFG) em geral é de 125 mL/min, mas pode diminuir significativamente na doença renal. A lipossolubilidade e o pH não influenciam a passagem dos fármacos para o filtrado glomerular. Contudo, variações na VFG e a ligação dos fármacos às proteínas afetam esse processo. SECREÇÃO TUBULAR 2. Secreção tubular proximal: Os fármacos que não foram transferidos para o filtrado glomerular saem dos glomérulos através das arteríolas eferentes, que se dividem formando um plexo capilar ao redor do lúmen no túbulo proximal. A secreção ocorre primariamente nos túbulos proximais por dois mecanismos de transporte ativo que exigem energia: um para ânions (p. ex., formas desprotonadas de ácidos fracos) e outro para cátions (p. ex., formas protonadas de bases fracas). Cada um desses sistemas de transporte apresenta baixa especificidade e pode transportar vários compostos. Assim, pode ocorrer competição entre fármacos pelos transportadores em cada um dos sistemas. (Nota: prematuros e recém-nascidos não têm esse mecanismo secretor tubular completamente desenvolvido e, assim, podem reter certos fármacos no filtrado glomerular.) completamente desenvolvido e, assim, podem reter certos fármacos no filtrado glomerular.) REABSORÇÃO TUBULAR 3. Reabsorção tubular distal: Enquanto o fármaco se desloca em direção ao túbulo contorcido distal, sua concentração aumenta e excede à do espaço perivascular.O fármaco, se for neutro, pode difundir-se para fora do lúmen, retornando à circulação sistêmica. A manipulação do pH da urina, para aumentar a fração ionizada do fármaco no lúmen, pode ser feita para minimizar a retrodifusão e, assim, aumentar a depuração de um fármaco indesejável. Como regra geral, ácidos fracos podem ser eliminados alcalinizando a urina, ao passo que a eliminação de bases fracas pode ser aumentada por acidificação da urina. Esse processo é denominado prisão iônica. Por exemplo, um paciente apresentando dose excessiva de fenobarbital (um ácido fraco) pode receber bicarbonato, que alcali- niza a urina e mantém o fármaco ionizado, diminuindo, assim, a sua reabsorção. Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen @ALINESFALCIN Farmacocinética PAPEL DA BIOTRANSFORMAÇÃO 4. Papel da biotransformação de fármacos: A maioria dos fármacos é lipossolúvel e, sem modificação química, se difundiria para fora do lúmen tubular renal quando a sua concentração no filtrado se tornasse maior do que a do espaço perivascular. Para minimizar essa reabsorção, os fármacos são modificados basicamente no fígado em substâncias mais polares por meio das reações de fase I e fase II (descritas anteriormente). Os conjugados polares ou ionizados são incapazes de difundir para fora do lumen renal. CLEARANCE OU DEPURAÇÃO Medida da capacidadedo organismo eliminar uma substância. A depuração de fármacos pode ocorrer também por intestinos, bile, pulmões,leite, entre outros. Os fármacos que não são absorvidos após administração oral ou fármacos que são secretados diretamente para os intestinos ou na bile são eliminados com as fezes. Os pulmões estão envolvidos primariamente na eliminação dos gases anestésicos (p. ex., isoflurano). A eliminação de fármacos no leite pode expor a criança lactente aos medicamentos e/ou seus metabólitos ingeridos pela mãe, e é uma fonte potencial de efeitos indesejados na criança. A excreção da maioria dos fármacos no suor, na saliva, nas lágrimas, nos pelos e na pele ocorre em pequena extensão. A depuração corporal total e a meia-vida do fármaco são variáveis importantes da sua depuração, sendo usadas para otimizar o tratamento medicamentoso e minimizar a toxicidade. É a medida da capacidade do organismo em eliminar um fármaco. Esta medida é dada pela soma da capacidade de biotransformação de todos os órgãos metabolizados. Assim, se um fármaco é biotransformado nos rins, fígado e pulmòes, o clearance total é a soma da capacidade metabolizadora de cada um desses órgãos, isto é, é a soma do clearance hepático com o clearance renal com o clearance pulmonar. CL = taxa de eliminação/concentração plasmática Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen @ALINESFALCIN Farmacocinética MEIA-VIDA PLASMÁTICA (½T) Refere-se ao tempo levado para que a concentração plasmática seja reduzida à metade do seu valor original. A meia-vida (T1/2) é o tempo necessário para que a concentração plasmática de determinado fármaco seja reduzida pela metade. Supondo então que a concentração plasmática atingida por certo fármaco seja de 100 mcg/mL e que sejam necessários 45 minutos para que esta concentração chegue a 50 mcg/mL, a sua meia-vida é de 45 minutos. A meia-vida é um parâmetro obtido de duas variáveis, Vd e CL, ambas as quais podem sofrer alterações independentemente. Logo, não se trata de um índice exato de eliminação da droga, mas proporciona uma orientação simples e útil sobre a permanência do fármaco no organismo. SITUAÇÕES ESPECIAIS - LACTENTES E CRIANÇAS Baixa TFG; transporte tubular imaturo (amadurecimento da FG em 5 meses e da secreção tubular em 7 meses); Metabolismo hepático imaturo; BHE mais permeável; Estes efeitos acima são exagerados no prematuro; Absorção: menor acidez gástrica e trânsito intestinal lento; pele fina e mais permeável. SITUAÇÕES ESPECIAIS - IDOSOS Declínio da função renal e hepática; Redução do fluxo sanguíneo hepático; Maior biodisponibilidade oral de drogas com elevado efeito de primeira passagem; Absorção mais lenta: motilidade intestinal reduzida e diminuição do fluxo sanguíneo para o intestino; Menor ligação às proteínas plasmáticas (redução dos níveis de albumina); Aumento do Vd. SITUAÇÕES ESPECIAIS - GESTANTES Redução da motilidade intestinal (retardo na absorção de fármacos por VO); Aumento do Vd pode ser verificado; Resumo livro Farmacologia Ilustrada- Karen Whalen @ALINESFALCIN Farmacocinética SITUAÇÕES ESPECIAIS - GESTANTES CONTINUAÇÃO Diminuição do nível plasmático de albumina e aumento do nível de glicoproteína ácida α1; Aumento do fluxo sanguíneo renal (aumento da eliminação de fármacos polares); Indução de enzimas microssômicas hepáticas. SITUAÇÕES ESPECIAIS -DOENÇA RENAL Redução da depuração renal de fármacos (reajuste de dose); Redução dos níveis de albumina plasmática; Aumento da permeabilidade da BHE na insuficiência renal SITUAÇÕES ESPECIAIS - DESNUTRIÇÃO Redução dos níveis de albumina plasmática; Deficiência na elaboração de enzimas. SITUAÇÕES ESPECIAIS - HEPATOPATIAS Aumento da biodisponibilidade de fármacos com elevado efeito de primeira passagem; Redução do nível sérico de albumina; Diminuição no metabolismo de alguns fármacos (reajuste de dose; troca por fármacos que não dependam do metabolismo hepático para eliminação); Pró-drogas são menos eficazes. SITUAÇÕES ESPECIAIS - QUEIMADOS Redução dos níveis de albumina plasmática
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