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Lombalgia: Classificação, Avaliação e Tratamento

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Bittencourt 
LOMBALGIA 
INTRODUÇÃO 
• Queixa frequente na UBS 
• Causa de incapacidade e motivo relevante para 
afastamento do trabalho 
• Exige abordagem multidisciplinar 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Duração 
• Aguda até 4 semanas 
• Subaguda 
• Crônicas: após 12 semanas 
 
Semiologia e etiologia 
• Não específicas: 70 a 90% 
• Irradiadas com radiculopatia: 2 a 3% 
o Hérnia de disco 
o Síndrome da causa equina = emergência 
médica. Caracterizado por anestesia em 
sela. 
• Específica: até 7% dos casos 
o Fratura 
o Infecção (pielonefrite, por exemplo) 
o Câncer ou referidas a acometimento de 
órgão da cavidade abdominal (CA de 
próstata, por exemplo) 
 
PERGUNTAS CHAVES 
1. Existe uma doença sistêmica causando dor? 
2. Existe sofrimento social ou psicológico que possa 
amplificar a dor? 
3. Existe sofrimento neurológico que possa existir 
avaliação cirúrgica? 
 
AVALIAR 
• Duração 
• Frequência 
• Severidade (escala de dor) 
• Constância 
• Presença de irradiação 
• Fraqueza 
• Alteração de sensibilidade 
• Interrogatório sobre demais aparelhos 
• Relação ocupacional 
• Tratamentos já realizados 
 
Sinais de alerta vermelho 
• Sinais ou sintomas sistêmicos: febre, calafrios, 
sudorese noturna e/ou perda de peso inexplicada 
• Déficit neurológico focal progressivo ou profundo 
• Trauma/lesão em alta velocidade 
• Dor que é refratária a medicamentos/injeções e 
persistente por mais de 4 a 6 semanas 
• Idade avançada (acima de 70 anos) 
• Uso prolongado de corticoesteroides 
• Contusão ou abrasões na coluna vertebral 
• Doença sistêmica que cause 
imunocomprometimento, como AIDS ou iuso de 
drogas intravenosas 
• Histórico de câncer 
• Incontinência ou retenção urinária 
 
Sinais de alerta amarelo (psicossociais) que podem indicar 
mau prognóstico 
• Pensamento catastrófico (antecipa o pior desfecho 
possível para a lombalgia) 
• Presença de sintomas que não apresentem 
correlação com a lombalgia (sintomas sem uma 
base anatômica ou fisiológica definida) 
• Elevado comprometimento funcional basal 
• Baixo estado geral de saúde 
• Depressão, ansiedade ou pessimismo diante da 
vida 
 
SUSPEIÇÃO PARA CAUSAS ESPECÍFICAS 
• História de câncer 
• Quadros arrastados (não melhoram em 4 a 6s) 
• Pacientes acima de 50 anos 
• Lombalgia severa 
• Retenção urinária 
• Anestesia em sela 
• Fraqueza nas pernas 
 
Suspeição de espondilite anquilosante (4 a 5 dos 
sintomas) 
Sintomas antes dos 40 anos 
Melhora com atividade física 
Início insidioso 
Dor persistente por mais de 3 meses 
Rigidez matinal 
 
EXAME FÍSICO 
• Inspeção DO quadril, tronco e MMII 
• Flexão do dorso para avaliar limitação e 
funcionalidade 
• Palpar a coluna, musculatura paravertebral e 
trigger points 
• Testes 
o Lasegue (fletir MMSS e esticar o membro 
em que sente dor à 30 e 60 graus) 
 
 
o Patrick ou FAEBER 
 
o Teste de reflexos e dermátomos 
o Andar na ponta dos pés, ida e volta 
 
EXAME DE IMAGEM E ENCAMINHAMENTO 
Na maior parte dos casos, não está indicada, assim como o 
encaminhamento para unidade de referência secundária e 
terciária. 
 
Exceções: 
• lombalgias com sinais de alerta vermelho 
• crônicas de difícil controle 
• irradiadas com radiculopatia 
• causa específicas. 
 
TRATAMENTO 
• Aguda sem raticulopatia 
o AINE (cuidado em paciente que usa 
anticoagulante oral, paciente hipertenso) 
o Relaxante muscular 
▪ Ciclobenzaprina: cuidado com 
pacientes com glaucoma 
o Analgésico comum (uso isolado não é 
resolutivo) + medidas não farmacológicas 
(manter mobilidade, atividade física) 
• Crônica sem radiculopatia: acrescentar opióides 
fracos + adjuvantes + FST, TCC, acupuntura dieta 
anti-inflamatória 
o Amitriptilina ou nortriptilina são 
disponibilizados no SUS 
o Venlafaxina – não tem no SUS 
o Fluoxetina pela manhã + amitripitilina à 
noite 
o Alimentação: mais frutas, folha, legumes, 
verduras. Menos açúcar, farinha branca. 
• Lombalgia com radiculopatia ou casos crônicos e 
mais severos: acrescentar opióides fortes + 
bloqueios de nervos ou plexos + cordotomia 
(cirurgia) etc. 
o Metadona 
o Morfina 
 
➔ O uso de paracetamol isoladamente não é efetivo 
para lombalgia aguda inespecífica. 
 
➔ Corticosteroides sistêmicos não estão indicados 
em lombalgia aguda inespecífica !!! 
 
 
 
Adjuvantes: antidepressivos triciclos, duais. 
 
 
ABORDAGEM 
• AI / Grupo operativo de dor crônica lombar (FST) 
o Preservar mobilidade 
o Atividade física regular dentro do limite 
da dor 
o Abordagem de transtornos psiquiátricos 
individualmente ou em grupos de terapia 
comunitária (poucos psicólogos 
capacitados para TCC) 
o Atividades propostas 
▪ Alongamento e fortalecimento 
muscular 
▪ Consciência corporal e postural 
▪ Educação em saúde (equipe 
multiprofissional – NASF) 
▪ Socialização 
▪ Capacita para o autocuidado 
(cartilhas para exercícios 
domiciliares) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASOS 
 
+ Urina escura + algúria + disúria 
+ Descartou gravidez 
Lombalgia aguda de causa específica (ITU). 
ATB + anti-inflamatório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lasegue e Patrick negativo. Afebril. 
Lombalgia aguda de causa inespecífica (laboral?) 
Antiinflamatório + orientação sobre o caráter benigno da 
condição

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