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MATÉRIA DA PROVA 2: NOVOS VÍNCULOS FAMILIARES; FILIAÇÃO; ADOÇÃO; ALIMENTOS. FILIAÇÃO Antes havia diferenciação de filhos (legítimos, incestuosos, adulterinos, naturais, etc). A filiação podia ser matrimonial/legítima (originada do casamento), extramatrimonial (naturais, espúrios, adulterinos e incestuosos). A adoção também mudou, pois antes havia só a cessão do nome. O filho adotivo não tinha direitos patrimoniais. Houve a equiparação do status jurídico de todos os filhos. Assim, os filhos adotivos foram equiparados aos filhos biológicos, bem como os filhos ilegítimos, etc. Só existe a categoria filho, sem nenhuma diferenciação. Antes havia presunção de que o marido era o pai da criança, salvo se o contrário fosse declarado em ação negativa de paternidade. A questão das presunções ficou obsoleta, diante do exame de DNA, altamente difundido. O pai tem direito a recusar a fazer o exame se o laboratório não for de sua confiança. Caso se recuse sem tal justificativa, aí sim haverá a presunção. Existe resolução que garante ao doador de sêmen o anonimato. Mas tal anonimato pode ser relativizado, pois há o direito de o indivíduo saber suas origens. “filhos das minhas filhas meus netos são. Filhos dos meus filhos meus netos serão?” Essa expressão antiga quer dizer que da maternidade ninguém duvida. A presunção atual é iuris tantum, permite prova em contrário e não iure et de iure. O afeto não pode ser imposto nem quantificado. O indivíduo pediu dano moral pela ausência do afeto ao filho. O pai decidiu apenas pagar as despesas do filho, mas não ter contato com ele. O professor sustenta que pode haver sim a recusa de DNA caso a clínica não seja confiável. A pessoa pode ser obrigada a fazer o DNA? Não, em respeito à dignidade humana, não é possível compelir alguém a se submeter ao exame. Todavia, a não realização gera presunção relativa. A ação para reconhecimento da paternidade é imprescritível. Sendo essa matéria direito indisponível, não pode haver transação. Problema do trânsito em julgado da decisão que reconhece a paternidade que depois se descobre errônea: se o exame de DNA foi feito depois, pode sim se questionar a paternidade, pois não se pode exigir que se mantenha uma decisão que se sabe errada. Apesar do provérbio romano: mater semper certa est, como advento das novas tecnologias, surgem questionamentos a esse respeito. Filiação socioafetiva Após a modernidade, surge a filiação que independe dos vínculos biológicos. O vínculo é afetivo, por exemplo, homem que cria filho que não e dele, como se fosse dele. Se o casal se separar, esse pai pode ter direito a ver tal filho, pois o CC garante a formação do vínculo de filiação pode diversas origens, inclusive a afetiva. ALIMENTOS O binômio é necessidade x possibilidade. Os alimentos são indisponíveis. Não se pode transigir quanto aos alimentos futuros, apenas quanto aos pretéritos. Natureza jurídica da prestação alimentar: Direito personalíssimo. É irrenunciável, só é passível de transação nas prestações pretéritas, incompensável, intransferível, imprescritível, impenhorável. O devedor pode deixar de exercer o direito a alimentos, mas como são irrenunciáveis, pode depois, pedi-los. Ex.: a mulher pode não pedir alimentos, mas isso não significa que ela os renunciou, pois isso não é possível. Se necessitar, pode pedir. Não se discute mais culpa da relação conjugal. É plenamente possível a transação quanto aos alimentos atrasados (prestações devidas no passado). Só será intransigível nos alimentos futuros (já que é irrenunciável). requisitos essenciais: necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante Pode o pai pedir alimentos apenas para o filho que está bem de vida e não para os outros que sã pobres? O 1698, CC diz que sendo vários os coobrigados nos alimentos, todos devem pagar na proporção que puderem pagar. Se algum filho não tiver nada, não pagará. Compensação de crédito: depende. Não pode impedir o alimentando de suas necessidades básicas. O pagamento direto da escola pelo pai gera a compensação dos alimentos. O mesmo não ocorre com supérfluos, como presentes caros, que não irão eximir o pai dos alimentos. Pensão alimentar do idoso: a obrigação é solidária, podendo o alimentando escolher quem irá acionar. Os alimentos são imprescritíveis, mas há um limite de 2 anos para cobrá-los. Só pode cobrar os últimos 2 anos. Prisão por dívida alimentar: é a única exceção para a proibição de prisão por dívida. Súmula: o débito envolve as 3 prestações anteriores à citação e às que venceram no processo. PODER FAMILIAR (não cai na prova) Por que o legislador abriu exceção à intangibilidade do bem de família no que tange aos tributos dos imóveis e despesas de condomínio? Tais obrigações são propter rem (seguem o proprietário). Seria muito cômodo não pagar tais obrigações e assim mesmo manter o bem intocável. Art. 1715 institui o bem de família. Além da exceção do IPTU e despesas de condomínio, existe a exceção para o fiador.
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