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– A gastrite e a úlcera péptica podem ocorrer quando alterações microbianas, químicas ou neurais provocam desequilíbrio nos fatores que normalmente mantêm a integridade da mucosa. A causa mais comum da gastrite e úlcera péptica é a infecção por Helicobacter pylori, porém o uso crônico de antiinflamatórios hormonais ou não, alcoolismo, fumo, ingestão de substâncias erosivas ou a combinação de qualquer um desses fatores também poderá contribuir para o quadro. Atualmente a medida mais sensata em relação à dieta consiste em recomendar uma alimentação normal, balanceada, de acordo com os hábitos dos pacientes, 4 a 6 vezes ao dia, evitando alimentos que, de alguma forma, lhes produzam manifestações dispépticas e desmistificar o velho conceito de que alimentos fibrosos não fazem bem e que o leite deve ser consumido liberalmente. O QUE DEVO PRIORIZAR Dieta normoprotéica, normoglicídica e normolipídica; Você deve se alimentar de 3 em 3 horas, afim de evitar que o estômago fique longos períodos vazio Arroz, pão torrado, biscoito e macarrão integrais; • leguminosas: feijão preto, mulatinho e manteiga; Peito de frango, carne bovina magra (coxão-duro e patinho) subdivididas (desfiadas, picadas, moídas) em preparações do tipo ensopados ou assados; salmão, cavala, atum, sardinha, anchova (ômega-3 = anti-inflamatório); Sopas de hortaliças bem cozidas, com pouca gordura; hortaliças: abóbora, aipim, cenoura, abobrinha, beterraba, batata, inhame, tomate sem pele; 1/3 copo de suco de couve e/ou repolho crus (anti-inflamatórios) diariamente por três semanas; Frutas que podem fazer parte da dieta: banana, maçã, mamão, melancia, melão, melancia, abacate, pêssego, damasco); se não apresentar desconforto gástrico: abacaxi, laranja, limão, morango, kiwi e maracujá; Dar prioridade aos vegetais em geral, folhosos, hortaliças, legumes e frutas, pois a maioria possui vitaminas, que tem papel antioxidante; Chá de camomila, erva-doce, erva-cidreira, melissa, espinheira-santa; gengibre (reduz náusea, cicatrizante e anti-inflamatório); alimentos ricos em vit. E (antioxidante): óleo de gérmen de trigo, gérmen de trigo, amêndoa, avelã, abacate; Leite fermentado/desnatado, iogurte, ricota, requeijão light; Óleos vegetais não aquecidos (evitar os refogados): azeite de oliva extra virgem: fonte de antioxidantes; Mastigar bem os alimentos; Fracionar as refeições em 4 ou 6 vezes ao dia. O QUE DEVO EVITAR? Alimentos protéicos em excesso; doces concentrados: goiabada, doce de leite, cocada, geléia; Frituras e alimentos/preparações gordurosas; Bebidas gasosas e alcoólicas: refrigerante, água gasosa, cerveja; Café (inclusive descafeinado), chá preto, chá mate, guaraná natural; Chocolate e outros doces concentrados (goiabada, marmelada, doce de leite, cocada, pé de-moleque, geleia, compotas); Leite e derivados em excesso (>2 porções/dia); Mostarda, pimenta-do-reino, noz-moscada, páprica, cravo-da-índia; Cubos concentrados de carne/galinha/bacon/legumes e alimentos ricos em purinas: vísceras, levedo de cerveja, sopas prontas, carne suína, peru, pato; Líquidos em excesso durante as refeições; Alimentos excessivamente gelados ou quentes; Períodos de jejum ou excesso de alimentação. ATENÇÃO: Para melhoria do prognóstico, vale ressaltar a importância de procurar ajuda profissional, pois os sintomas são individualizados, os alimentos que provocam sintomas em uma pessoa, podem não ser os mesmos que fazem mal a você. Ao contrário do senso comum, que leite alivia queimações, que é sintoma frequente em pacientes com gastrite, o leite não é adequado para isso. Ele pode levar ao rebote ácido, por conter proteína e cálcio. O rebote ácido é, quando o organismo estimula a formação ácida no estômago, na tentativa de diminuir o Ph estomacal levando posteriormente ao aumento das dores. Portanto, o leite deve ser consumido como parte da dieta, dentro do recomendado (duas a três porções), porém sem exageros na tentativa de aliviar sintomas. REFERENCIAL BIOGRÁFICO: MAHAN L. K; ESCOTT-STUMP S; RAYMOND,J.L; Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 13 .Ed. São Paulo: Elsevier, 627-42.p VILLELA, N.B; R.R; Manual básico para atendimento ambulatorial em nutrição. 2.Ed. p.56, Salvador: Edufba: 2008 Kelliany Guedes – Nutricionista
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