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DESENVOLVIMENTO HUMANO III

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VIDA ADULTA INTERMEDIÁRIA: 40 
A 65 ANOS 
“O conceito de meia-idade é um 
constructo social. Ele passou a ser 
usado quando a crescente expectativa 
de vida levou a novos papéis na fase 
intermediária da vida [...] A vida adulta 
intermediária é uma época de ganhos 
e de perdas. [...] A maioria das pessoas 
de meia idade possui boas condições 
físicas, cognitivas e emocionais. Elas 
têm muitas responsabilidades e 
múltiplos papéis e se sentem 
competentes para lidar com eles. A 
meia idade é considerada uma época 
para fazer um balanço e tomar 
decisões em relação aos anos de vida 
restantes” 
 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO 
Capacidades físicas começam a 
declinar 
Diminuição da acuidade visual e 
auditiva, redução de resistência e de 
força, mudanças na pele e cabelos. 
 
 
 
 
Redução da capacidade de 
reprodução 
Elevação da taxa de doenças e 
mortalidade 
Presença de doenças crônicas 
Mudanças hormonais: Menopausa 
 
O CÉREBRO DA MEIA IDADE 
Com a idade, diminui o volume de 
substância cinzenta. 
A mielina, a bainha de gordura que 
envolve nossos axônios nervosos e 
ajuda a acelerar os impulsos através 
de nosso cérebro, começa a se 
degenerar com a idade. 
A dimensão e o local específico 
dessas mudanças na substância 
cinzenta e na branca estão associados 
com a gravidade da desaceleração do 
processamento e a área da cognição 
em que ocorrem 
O cérebro em processo de 
envelhecimento experimenta declínios 
em uma série de áreas, e isto é 
particularmente verdadeiro para 
tarefas que requerem um tempo de 
reação rápido ou o malabarismo de 
múltiplas tarefas. 
Por exemplo, tarefas que envolvem 
escolha de respostas (tal como 
apertar um botão quando uma luz se 
acende e outro botão quando um 
som é ouvido) e habilidades motoras 
complexas envolvendo muitos 
estímulos, respostas e decisões 
(como ao dirigir um carro) sofrem um 
declínio mais acentuado. 
Parte da razão para isto é que a 
capacidade de ignorar distrações 
declina gradualmente com a idade, 
tornando a multitarefa mais 
desafiadora 
Apesar de alguns serem prováveis, os 
declínios não são inevitáveis nem 
necessariamente permanentes. 
A educação estar associada com QI 
maior e desempenho melhor em 
diversas tarefas cognitivas, ela parece 
não atrasar os declínios em velocidade 
de processamento ou funcionamento 
cognitivo. Em vez disso, os adultos 
com um nível alto de educação 
começam na frente e, logo, podem 
funcionar em um patamar mais 
elevado por um período maior 
Dois fatores parecem ser importantes 
são manter a mente e o corpo 
ocupados: atividade física e atividades 
intelectualmente estimulantes 
As capacidades mentais atingem seu 
nível máximo; as habilidades relativas à 
área de especialização e à solução de 
problemas práticos estão muito 
desenvolvidas. 
A criatividade pode declinar, mas sua 
qualidade é melhor. 
O sucesso na carreira pode chegar ao 
auge. 
As respostas motoras complexas 
começam a se deteriorar. 
A inteligência cristalizada, incluindo o 
conhecimento linguístico, continua a 
se expandir. 
INTELIGÊNCIA FLUIDA E 
INTELIGÊNCIA CRISTALIZADA 
Psicólogo Raymond Cattell propôs pela 
primeira vez os conceitos de 
inteligência fluida e inteligência 
cristalizada e desenvolveu ainda mais a 
teoria com John Horn. 
A teoria Cattell-Horn da inteligência 
fluida e cristalizada sugere que a 
inteligência é composta de diferentes 
habilidades que interagem e trabalham 
em conjunto para produzir inteligência 
individual geral 
Inteligência fluida envolve ser capaz de 
pensar e raciocinar de forma abstrata 
e resolver problemas. Esta capacidade 
é considerada independente da 
aprendizagem, experiência e 
educação. Exemplos do uso de 
inteligência fluida incluem resolver 
quebra-cabeças e usar estratégias de 
resolução de problemas. Ela tende a 
diminuir na vida adulta 
Inteligência cristalizada envolve o 
conhecimento que vem de 
aprendizagem anterior e experiências 
passadas. Situações que requerem 
inteligência cristalizada incluem 
compreensão de leitura e vocabulário. 
Ele tende a aumentar com a idade e 
não é uma forma de inteligência fluida 
que se tornou cristalizada 
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL 
NA VIDA ADULTA INTERMEDIÁRIA 
Em termos psicossociais, a vida adulta 
intermediária já foi considerada um 
período relativamente estável do 
desenvolvimento, no qual havia poucas 
mudanças e poucos estudos eram 
realizados. A mudança na demografia 
fez com que estudar as dinâmicas 
dessa idade se tornasse mais essencial. 
Existem evidências longitudinais e 
transversais, de múltiplos países, de 
que, em média, o bem-estar dos 
homens e das mulheres diminui 
gradualmente até atingirem a meia-
idade. A partir desse ponto, ele 
aumenta lenta e gradativamente até 
os 70 anos, no mínimo, embora a 
transição ocorra mais cedo para 
aqueles com bem-estar 
temperamentalmente mais alto ou 
que vêm de países com níveis mais 
altos de bem-estar em gera 
Os cientistas do desenvolvimento 
examinam o curso do 
desenvolvimento psicossocial da meia 
-idade de diversas maneiras 
I: Objetivamente, eles consideram as 
trajetórias ou caminhos, tal como a 
busca de uma carreira na meia-idade 
por uma outrora tradicional esposa e 
mãe. 
II: Subjetivamente, eles observam 
como as pessoas constroem sua 
identidade e a estrutura de suas vidas 
(Moen e Wethington, 1999). 
III: Geração, gênero, etnia, cultura e 
nível socioeconômico podem afetar 
profundamente o curso da vida. 
INDIVÍDUAÇÃO E TRANSCENDÊNCIA 
O psicólogo suíço Carl Jung afirmava 
que o desenvolvimento saudável da 
meia-idade requer individuação, até 
aproximadamente os 40 anos, os 
adultos estão concentrados nas 
obrigações com a família e com a 
sociedade e desenvolvem aspectos da 
personalidade que os ajudarão a 
alcançar objetivos externos. As 
mulheres enfatizam a expressividade 
e a educação; os homens são 
primariamente orientados à realização. 
Na meia-idade, as pessoas voltam suas 
preocupações para o self interior, 
espiritual. Tanto os homens como as 
mulheres buscam uma união dos 
opostos expressando seus aspectos 
anteriormente renegados. Duas 
tarefas difíceis, porém necessárias, na 
meia idade são abrir mão da imagem 
jovem e reconhecer a mortalidade. 
De acordo com Jung (1966), a 
necessidade de reconhecer a 
mortalidade exige uma busca por 
significado dentro de si mesmo. Esse 
movimento de interiorização pode ser 
inquietante. Contudo, as pessoas que 
evitam essa transição e não 
reorientam suas vidas adequadamente 
perdem a chance de crescer 
psicologicamente. 
O SELF NA MEIA IDADE 
Problemas e temas psicossociais 
cruciais durante a vida adulta 
intermediária dizem respeito à 
existência de uma crise de meia idade, 
desenvolvimento da identidade 
(incluindo identidade de gênero) e 
bem-estar psicossocial. 
Pesquisas não apoiam uma crise 
normativa da meia-idade. É mais 
correto referir-se a uma transição 
que pode ser um momento 
psicológico decisivo. 
De acordo com a teoria do processo 
de identidade de Whitbourne, as 
pessoas continuamente confirmam ou 
revisam as suas percepções sobre si 
mesmas com base na experiência e 
no retorno dos outros. Os processos 
de identidade característicos de um 
indivíduo podem prever adaptação ao 
envelhecimento. 
A psicologia narrativa descreve o 
desenvolvimento da identidade como 
um processo contínuo de construção 
da história de vida. Pessoas altamente 
generativas tendem a focalizar-se em 
um tema de redenção. 
Algumas pesquisas encontraram uma 
crescente “masculinização” das 
mulheres e “feminização” dos homens 
na meia-idade, mas isto pode ser 
largamente um efeito de coorte. As 
pesquisas não confirmam o 
cruzamento de gênero proposto por 
Gutmann. 
Emotividade e personalidade estão 
relacionadas a bem-estar psicológico. 
Pesquisa baseada na escala de seis 
dimensões de Ryff revelou que a 
meia-idade é geralmente um período 
desaúde mental positiva e bem-estar, 
embora o nível socioeconômico seja 
um fator. 
RELACIONAMENTOS SOCIAIS 
Interações familiares significativas 
“Geração sanduíche’” – Oferecem 
mais assistência em ambas as 
direções. 
Tentam influenciar os que os 
antecedem e os que os precedem. 
Pais: em processo de envelhecimento 
e com mudanças de papeis de 
dependência 
Lidar com a fragilidade dos pais ou 
mesmo sua ausência 
Mantém cuidados com os filhos – e 
às vezes com netos. 
As redes sociais tendem a se tornar 
menores, porém mais íntimas. 
A Responsabilidade dupla de cuidar 
dos filhos e dos pais poderá causar 
estresse. 
A saída dos filhos deixa o ninho vazio 
RELACIONAMENTO COM OS FILHOS 
MADUROS 
Pais de adolescentes têm de 
enfrentar a perda do controle sobre 
as vidas de seus filhos. 
O esvaziamento do ninho é libertador 
para muitas mulheres, mas pode ser 
estressante para casais cuja identidade 
depende do papel de pais, ou para 
aqueles que agora têm de enfrentar 
problemas conjugais anteriormente 
ignorados. 
Pais de meia-idade tendem a 
permanecer envolvidos com seus 
filhos adultos, e a maioria, em geral, é 
feliz com o rumo das vidas de seus 
filhos. Podem surgir conflitos sobre a 
necessidade de os filhos adultos 
serem tratados como tais e os pais 
continuarem a se preocupar com eles. 
Atualmente, mais adultos jovens estão 
adiando a partida da casa dos pais ou 
estão retornando a ela, algumas vezes 
com suas próprias famílias. Os ajustes 
tendem a ser mais tranquilos quando 
os pais veem os filhos adultos se 
encaminhando para a autonomia. 
RELACIONAMENTO COM OS PAIS E 
IRMÃOS 
Relacionamentos entre adultos de 
meia-idade e seus pais são 
geralmente caracterizados por uma 
forte ligação afetiva. As duas gerações 
geralmente mantêm contato 
frequente e oferecem e recebem 
assistência. O auxílio flui dos pais para 
os filhos. 
À medida que a vida passa, mais e 
mais pais idosos se tornam 
dependentes dos cuidados de seus 
filhos de meia idade. A aceitação 
dessas necessidades de dependência 
é a marca da maturidade do filho e 
pode ser o desfecho de uma crise 
filial. 
A chance de tornar-se um cuidador 
de um pai idoso aumenta na meia-
idade, sobretudo para as mulheres. 
Cuidar pode ser uma fonte de 
considerável estresse, mas também 
de satisfação. Programas de apoio da 
comunidade podem ajudar a evitar o 
esgotamento do cuidador. 
Embora os irmãos tendam a ter 
menos contato na meia-idade do que 
antes e depois, a maioria dos irmãos 
de meia idade permanece em 
contato, e seus relacionamentos são 
importantes para o bem-estar 
 
RELACIONAMENTOS AFETIVO E 
SEXUAL 
Pesquisa sobre a qualidade dos 
casamentos sugere uma queda na 
satisfação conjugal durante os anos 
de criação de filhos, seguida por uma 
melhora no relacionamento após os 
filhos deixarem a casa dos pais. 
A coabitação na meia-idade pode 
afetar negativamente o bem-estar 
dos homens. 
Divórcio na meia-idade pode ser 
estressante e pode acarretar uma 
mudança de vida. O capital conjugal 
tende a dissuadir o divórcio na meia-
idade. 
O divórcio hoje pode ser menos 
ameaçador ao bem-estar na meia-
idade do que no período adulto 
jovem. 
As pessoas casadas tendem a ser 
mais felizes na meia-idade do que as 
pessoas em qualquer outro estado 
civil. 
Em razão de alguns homoafetivos 
adiarem assumir sua orientação 
sexual, na meia-idade eles podem 
estar apenas começando a 
estabelecer relacionamentos íntimos. 
As pessoas de meia-idade tendem a 
investir menos tempo nas amizades 
do que os adultos mais jovens, mas 
dependem do apoio emocional e da 
orientação prática dos amigos. 
TAREFAS CENTRAIS 
I: Cuidado das gerações anteriores e 
posteriores 
II: Contrabalancear os compromissos 
familiares com os da carreira 
III: Reavaliação ou balanço da vida

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