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EDUCAÇÃO, CONVIVÊNCIA E ÉTICA

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EDUCAÇÃO, CONVIVÊNCIA E ÉTICA – MÁRIO SÉRGIO CORTELLA
LINHAS GERAIS DE REFLEXÃO
O autor inicia o livro faz parte da competência docente a capacidade de fazer o bem com aquilo que se faz além de fazer
bem o que se faz;
“Faz parte do fazer bem fazer o bem” e fazer o bem significa elevar a vida coletiva, impedir a desertificação do futuro, não
acatar a esterilização dos sonhos, fazer com que a vida possa ir no máximo de suas possibilidades  fazer o bem coletivo, o
bem na comunidade na qual estamos inseridos.
“A vida é muito curta para ser pequena” (Benjamin Disraeli)
Bem formar é formar para o bem.
Vida boa e abundante não é vida com ostentação trabalho digno, moradia saudável, amorosidade acolhedora, sexualidade
livre, religiosidade não alienante, vida sem carências.
Vida boa para todos qualidade social. Relação de interdependência, colaboração.
O autor cita a frase “ a minha liberdade acaba quando começa a do outro” Para o autor, a minha liberdade acaba quando
acaba a do outro. Se não tivermos liberdade ninguém será livre SER HUMANO É SER JUNTO
Se alguém não for livre da fome, ninguém será livre da fome. Se uma criança não for livre da falta de escola, ninguém será livre
da falta de escola.
Utilizando os conceitos de Karl Marx, Cortella fala dos reinos da necessidade e da liberdade. Se temos necessidade, não somos
livres.
Quando nos livramos da necessidade ficamos “livres para”.
É preciso incluir a ideia de fazer o bem nas instituições. Tornar a vida boa para todos e na instituição em que se está, com
audácia e esperança.
CAPÍTULO 1
EDUCAÇÃO E EDIFICAÇÃO DA INTEGRIDADE COLETIVA
• O autor fala que somos um animal que não nasce pronto, temos de ser formados tal formação pode nos
levar à vida como benefício ou vida como malefício;
• Ética está ligada à conduta é como eu decido a minha conduta para decidir eu uso critérios de valores
 Não existe Ética individual Só existe Ética porque somos humanos e vivemos em comunidade. Lugar
onde vivemos juntos casa, escola, trabalho, Estado, País, Planeta.
• Olhar o outro como outro e não uma coisa escravo, objeto.
• Quando se diz “o hábito não faz o monge”  Não é porque você usa o hábito de monge franciscano que
você vai se comportar como tal ser íntegro é escolha interna.
• Íntegro pessoa correta, que não se desvia do caminho, pessoa justa, honesta, sincera.
• Integridade é fundamento ético que deve ser internalizado e praticado. Concepção e prática.
• O autor faz a distinção entre ÉTICA E MORAL
• ÉTICA Eu tenho como princípio ético que “o que não é meu, não émeu”. (interno) – Conjunto de princípios e valores;
• MORAL Se encontro um celular na lanchonete, por exemplo, devolvê-lo ao dono é ato moral – a prática que se desdobra
a partir dos valores;
• O ato é moral, a razão interna é pautada em princípio ética.
• Ética e moral devem ser vivenciados vivência acontece prioritariamente na família, na escola, igrejas.
• Em termos de formação, o aluno carrega o que aprende nos ambientes que frequenta. Toda instituição social (família,
escola, mídia, empresas, igrejas, etc) tem ação que é simultaneamente inovadora e conservadora  conserva condutas e
valores e, ao mesmo tempo, é capaz de inovar atitudes e percepções por isso a importância da dúvida e reflexão.
• Professor – mediador de conteúdos o professor constroi a ponte entre o que o estudante não sabe e o que saberá
mas hoje o professor deve levar em conta o que o aluno já sabe (Universo vivencial do aluno – Paulo Freire), para que ele
comece a saber o que precisa saber.
• Ser responsável pela formação de pessoas é assumir com honestidade de propósitos aquilo que se pratica. Se formo
para o bem, a crítica e a responsabilidade irão nessa direção.
• Se a realidade é ocultada alienação.
• Cita Paulo Freire “é preciso ter esperança, mas tem de ser do verbo esperançar, porque tem gente com esperança do
verbo esperar e, aí, não é esperança, é pura espera”.
• Fazer o bem para o outro faz bem a mim mesmo.
CAPÍTULO 2
EDUCAÇÃO E FRATERNIDADE SINCERA: ONDE ESTÁ O TEU IRMÃO?
• O autor fala do filme Náufrago e do personagem interpretado por Tom Hanks – náufrago, ilha deserta, estabeleceu
“outricidade” – bola Sr. Wilson;
• Menciona outro filme do mesmo ator Forrest Gump – na guerra do Vietnã, Forrest vai e volta várias vezes, salvando
seus colegas feridos. Não deixar companheiros feridos para trás;
• Ética é sempre na relação – viver junto. “Somos um animal gregário, ser humano é ser junto” (fl. 27);
• O zelo pela minha vida é tão importante quanto o zelo por outra vida – compaixão – amar o próximo;
• Recusar a frieza do “a vida é assim” – a vida deve ser coletivamente zelada;
• Conceito ético – quando se reparte (partilha), há multiplicação. Quando se divide – há diminuição;
• O autor fala que justiça é quando cada pessoa tem a partilha da produção coletiva da vida, de modo que ninguém
tenha carência sem alternativa de solução;
• Se a justiça estiver presente, a paz virá à tona não se trata de ausência de conflito, mas a paz do dever cumprido;
• Educadores – a compaixão não pode ser relegada a segundo plano, a discurso projetos sociais, contato com realidades
cruéis – É necessário que escolas retomem essa prática em alguma medida;
• Menciona o amor ágape e eros. Eros é relação sensual, erótica. Ágape é relação de partilha, amor fraterno;
• Sobre a mesquinhez – o autor fala que mesquinha é a pessoa que tem a si mesma como única referência e nutre a crença
toda de que ela se basta e não tem fragilidades. (fl. 34) É apequenamento da capacidade de convivência. A casa em que
não há partilha é ambiente propício para o mesquinho;
•
CAPÍTULO 3
EDUCAÇÃO E POSTURAS ACOMODANTES: FRATURA ÉTICA
• Acomodação = fratura ética no nosso cotidiano. Perceber que as coisas são como são = condição acomodada;
• Passividade e acomodação = mau hábito hábito torna-se regra e vira “normal” COMUM ≠ NORMAL;
• Algo comum pode não ser normal. Normal é estar na norma. Comum é algo habitual. Por exemplo: colar é comum,
mas não é normal/ Haver gozação em sala de aula é comum, mas não é normal;
• Rechaça a rendição ao hábito sob o mote “com o tempo você se acostuma”;
• Outra frase acomodante é “você não vai mudar o mundo”  O autor diz que quando você se junta a outros que
acreditam que podem mudar o mundo, há um movimento, um passo adiante foi dado – o indivíduo não pode muito,
mas pode alguma coisa;
• Na Educação, o autor fala que a denominação de “Escola tradicional” entendida como escola arcaica é equivocada.
Escola superada é escola velha, arcaica. A escola tradicional protege o antigo, em vez de se iludir com a mera novidade;
• A escola tradicional abre-se ao NOVO que é algo que vem, revoluciona e persiste, mas não se ilude com mera novidade que
é algo que vem, faz fumaça e sai;
• Fala da necessidade, na Educação, de retomar a tradição da autoridade docente, atenção aos conteúdos, necessidade de
envolvimento das famílias, capacidade de relação afetiva, dentre outras; (p. 42)
• O que é velho na Escola? Conteudismo, atenção à mera informação, supor que a memória é a única coisa que serve para
avaliar alguém;
• O que é novo, sem ser apenas novidade? O engajamento docente, o compromisso persistente com a mudança positiva,
sem acomodação. Compromisso é virtude tradicional;
• Professores são agregadores, então, qual é o sentido de estarem na atividade docente se, cada vez que defrontam com
situações graves, preferem desistir?
• Escola hoje é altamente consumidora – esgota, exaure  SÍNDROME DE BURNOUT – esgotamento total do profissional,
além de outras coisas pela multiplicidade de jornadas para composição salarial;
• Menciona uma frase do escritor Millôr Fernandes – a união desfaz a força – e menciona que hoje existe uma força que leva
ao esgotamento, ao desalento, ao desespero da docência e a união em torno de ideias sadias, decentes a desfaz.
• O autor cita Paulo Freire com a seguinte frase: Não é a escola, por si, que fará a transformação da sociedade,mas sem
a escola isso não será feito – Há terreno para se construir o que precisa ser feito, sem desconsiderar as determinações
que a escola tem resiliência ativa;
• Resiliência ativa  recusa a dois mitos: nada pode ser feito e tudo pode ser feito. Alguma coisa pode ser feita e, para
gerar potência, agregar a outros que queiram fazer é fundamental. Aproximar-se de pessoas que pensam na mesma
linha buscar resolver sozinho fragiliza o espaço escolar coletivo, porque educação é um processo coletivo.
• É importante colocar como tema de trabalho, com base científica (papel da escola), conteúdos de formação ética, de
convivência, de valores, DE FORMAÇÃO e não apenas informação;
CAPÍTULO 4
EDUCAÇÃO, POLÍTICA E ÉTICA: BASTA DE ALIENAÇÃO
• O autor inicia falando das crises e que crises, em si, não são negativas por serem crises. Podem ajudar a avançar. Só é
negativa quando provoca desânimo, inércia;
• Crises na Educação : fatores extraescolares -governos patifes, classes médias acovardadas e empresariado predatório. O
autor faz uma afirmação de Darcy Ribeiro que a “a crise na educação no Brasil não é uma crise, é um projeto”, é intencional,
deliberada para manter o establishment, o sistema
• fatore intraescolares – Decisões internas – que dependem do grau de adesão e comprometimento
com o trabalho pedagógico que se faz em uma escola. Cumprir a obrigação é postura limitada, do ponto de vista ético.
Aquele que limitar-se a cumprir a obrigação se fragiliza diante do que poderia fazer.
É preciso ir além – exceder, buscar a excelência com as condições existentes, fazer o que há de mais
avançado, em vez de se render às condições como razão de não fazê-las.
• Parte do que os professores fazem na escola é irrelevante. Pode até ser como cumprimento de dever, obrigação, mas
eticamente a questão pede que se chegue ao mundo da política  não no sentido partidário, mas no sentido de ação na
comunidade.
• Tal postura sai do âmbito da tarefa para o de dever ético;
• Dever ético é adoção de um caminho político que não seja solitário. Política e cidadania possuem, objetivamente, o mesmo
significado;
• Partidarizar ≠ politizar  a escola não pode se furtar do mundo da política/cidadania, mas sem assumir viés partidário e
sem inviabilizar o conhecimento das múltiplas posturas;
• Paulo Freire chamava a atividade docente de sã loucura que acredita que gente foi feita para ser feliz. (p. 54) Muitos
docentes fazem coisas insanas como trabalhar dos 15 aos 70 anos. Ganhar a vida cuidando da vida é honroso;
• Citando a frase de Francis Bacon “saber é poder” o autor questiona: se saber é poder, o que estamos fazendo com o poder
do saber? Qual a finalidade do conhecimento que temos? O que ensinamos? (ou como dizia Paulo Freire: Contra quem
ensinamos e a favor de quem ensinamos? Para que serve o que ensinamos? O conhecimento que está aí, serve a que e a
quem?
• O principal papel da escola é fazer com que a prática dos princípios não seja automática, robótica, alienada ou fingida.
CAPÍTULO 5
EDUCAÇÃO E RESPONSABILIDADE: NADA DE “O AMOR ACEITA TUDO”!
• Somos animais gregários, nós vivemos juntos a ideia de viver junto me obriga a ter conduta em que as pessoas não
me firam e cuidem de mim para ser cuidado, preciso cuidar;
• A prática bondosa, afetiva não é absolutamente incondicional  “porque eu te amo, não aceito de você qualquer
coisa”;
• Compreender ≠ Aceitar Compreender alguém não significa aceitar o que ela faz – o amor pressupõe a capacidade
de discordar do ser amado a discordância é um sinal de amorosidade, quando respeitosa;
• Eu te amo, mas não aceito sua postura é diferente de dizer “faça o que quiser da sua vida” – esta é desamor;
• “ O mundo que vamos deixar para os nossos filhos depende muito dos filhos que vamos deixar para estemundo”;
• Escola deve ser parceira da família;
CAPÍTULO 6
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DA CONVIVÊNCIA: AUTENTICIDADE SEM AGRESSIVIDADE
• Autenticidade alinhar discurso e prática – coincidência entre essência e existência – ser aquilo que aparenta e aparentar
aquilo que se é. A autenticidade tem de ser concreta, integral ser autêntico não é ser franco o tempo inteiro, não é ser
mal educado.
Ser autêntico é ter a percepção da circunstância e moderar suas expressões. Ex: o filho, de cinco anos, faz, na escola, um
presente para o pai com casca de ovo, palito de sorvete e o presenteia no dia dos pais. Pergunta: - pai, está bonito? O pai
entendeu que ela fez o melhor na condição dela.
Como os filhos percebem a autenticidade dos pais? Na prática.
• Evitar contradição capacidade de corrigir a conduta. Dissimulação/hipocrisia – custo de energia para manter a mentira,
desgaste vital;
• Ser transparente e franca o tempo todo dificulta a convivência. Não é autenticidade. O autêntico sabe dosar (piedade) o
que não ofende, o que não humilha;
• Quem educa precisa corrigir sem ofender, orientar sem humilhar – para o autor, isso é piedade/ parcimônia. Exemplo:
comemorar a vitória em um jogo sem ofender o adversário;
• Seria eticamente aceitável dar o troco numa provocação? (p. 70) Não. A ÉTICA SE CONSOLIDA DENTRO DO INDIVÍDUO
E NÃO POR REFLEXO DOS OUTROS GRUPOS. Autenticidade é valor.
• Cita Mahatma Gandhi “olho por olho, uma hora acabamos todos cegos”;
CAPÍTULO 7
EDUCAÇÃO E NEGAÇÃO DA HIPOCRISIA: DESENCANTAR O MALÉFICO
“Eu não luto a sua luta, eu danço” – frase budista. O autor inicia falando que os valentões sempre existiram e que esse
não deve ser o modelo de herói, porque precisamos admirar o que é correto Jesus, Buda, Martinho Lutero, Mahatma
Gandhi, Martin Luther King, Nelson Mandela, Irmã Dulce, Madre Teresa de Calcutá, esses são verdadeiros heróis;
• Esses heróis “saíram da rota” de praticar o mal como forma de se proteger - são “outsiders”- decidiram praticar o bem;
• Encantador é aquele que cuida de si, dos outros, do ambiente, é quem não desiste, que faz o que tem que ser feito,
tem coragem para isso. Esse é admirável.
• O autor aborda a educação pelo desencanto do que é mal, exemplo: drogas – há um encantamento no uso da droga
ilegal e a criança pode ser seduzida por essa situação  mostrar para ela que não há encantamento. Como fazer?
Conscientizando a criança de que não há encantamento. Quanto há consciência, há liberdade na escolha de fazer ou
não fazer;
• Se eu sou consciente, sou forte e não me comporto como a manada;
• Sou forte quando consigo ter uma conduta consciente naquilo que faço, porque decido o que quero fazer, não porque
outras pessoas também o estão fazendo  esse comportamento mimético em relação a algumas práticas é sinal de
fraqueza e de pusilanimidade;
• Ética da convivência –muito aceita hoje – bom é tudo o que me favorece Ética não é fachada. A pessoa lê no jornal
que os marginais soltam rojões para alertar sobre a chegada dos homens da lei e acha um horror, mas pisca o farol na
estrada para alertar que a viatura policial está lá e se considera solidária por alertar outras pessoas;
• Criticar o político e não atentar para as próprias atitudes  não pedir nota fiscal para não perder tempo/ não
respeitar os limites de velocidade/ não registrar a empregada doméstica/ a pessoa não acha que é corrupção –
relativismo ético. NÃO EXISTE CORRUPTO SEM CORRUPTOR  cobrar atitudes corretas dos políticos é fundamental,
mas devemos cobrar de nós mesmos atitudes corretas em relação ao dia a dia;
• Ética é, acima de tudo, exemplar – pode ser passada por dois mecanismos: convencimento e coação  cinto de
segurança. Muitas vezes a coação se torna convencimento. Hoje as pessoas colocam o cinto sem se lembrar da multa,
mas no início só pensavam na multa;
• Conta que o pai dele era bancário em Londrina e até os 6 anos ele brincava dentro do cofre da agência. O pai falava “o
que não é teu não é teu”. Ponto.
• Existem vários desvios éticos praticados no dia a dia sob a justificativa de “boa intenção” pagar meia entrada não
sendo estudante para prestigiar a cultura, deixar a empregada doméstica sem registro para ter condições de manter o
empregodela  desculpas – ética da conveniência  relativismo ético = vale qualquer coisa, desde que seja algo
vantajoso para mim – degradação da sociedade;
• Preparar para ser autônomo, não soberano.
CAPÍTULO 8
EDUCAÇÃO, DISCIPLINA E PERSISTÊNCIA: QUERER E PODER, PODER E QUERER!
• Autonomia é convivência. Soberania é imposição. Em uma sociedade indisciplinada é comum priorizar a soberania em
detrimento da prática da autonomia;
• Soberania = sobreposição da própria vontade, independentemente das circunstâncias e das outras pessoas;
• A formação de crianças tirânicas se dá por ausência de convívio de parte de pais, sob o argumento de que o trabalho é
necessário e exige tempo quase exclusivo. Pais precisam educar. Dá trabalho, exige tempo  reflexo nas escolas –
crianças ofendidas por serem cobradas pelo material, tarefa, avaliação;
• Responsável é aquele que responde pelo que fez e pelo que não fez  hoje, cobrar respostas (responsabilidade)
parece ofensa;
• A criança passa a manipular as circunstâncias – pais cedem –muitos se tornam reféns;
• No âmbito da escola – tal comportamento produz fenômeno duplo  nível maior de violência em relação à
autoridade docente e desalento docente – “ A família abandonou as crianças em nossas mãos, mas não temos como
dar conta, não há o que fazer.”
• O autor afirma que tal situação deve ser levada em conta, mas que não é para se submeter. Pode-se constatar que a
família não cuida da criança, mas é preciso eu a escola, instituição educacional especializada, de maneira intencional,
deliberada, organize tempo e modos de fazer com que os pais possam ser educados em relação a esse tipo de déficit
de formação, lacuna ética, fratura na convivência. (p. 85);
• A ruptura dessa predestinação tem de partir da escola – a responsabilidade é da escola? Não. Mas a escola tem mais
ferramentas para fazer isso, é especializada, é coletiva.
• Deitar é mais fácil do que ficar em pé  dá trabalho, exige coragem, mas é possível colocar-se em movimento
coerente com o que se acredita;
• Reconhecer as diferenças é importante – reconhecer as diferenças não significa elogiar as desigualdades. Homens e
mulheres são diferentes, brancos e negros são diferentes, mas não são desiguais a diferença é um dado biológico,
histórico-social e a igualdade é comprometimento ético.
• O autor diz que precisa-se ter cuidado com a TOLERÂNCIA, palavra em voga. Tolerar é suportar, aguentar. É uma
palavra que carrega certa arrogância. É quase como se falasse “eu autorizo você a ser diferente”.
• A palavra mais adequada e sólida eticamente, para o autor, é acolhimento  acolher = eu te recebo como igual. É
mudança no olhar, o outro é visto como outro. O convívio se dá com a preservação das identidades.
CAPÍTULO 9
EDUCAÇÃO, ESCOLA, FAMÍLIA: PROTEGER O VALOR DO ESFORÇO E DEDICAÇÃO
• Estimular a criatividade para evitar a robotização;
• O autor menciona que uma das fórmulas da felicidade é resultado da realidade menos expectativas  felicidade é
circunstância. Ninguém é feliz o tempo todo.
• A carência faz bem, em certa medida. Só sentimos a presença pela ausência – a saudade nos dá prazer.
• O esforço nos gera momentos felizes. O hedonismo contínuo é uma ilusão.
CAPÍTULO 10
EDUCAÇÃO, ÉTICA E PRÁTICA DOCENTE: CADA UM COM SEUS PROBLEMAS?
• Crianças com dificuldade de aprendizagem numa sala de aula não são problema meu. São problema nosso, tem de ser
coletivamente cuidado;
• A avaliação da aprendizagem é a avaliação do ensino não se avalia somente o que o aluno aprendeu, mas o ensino
em si.
• É necessário construir um projeto pedagógico disciplinar coletivo, de modo a enfrentar a questão de maneira coletiva.
• A educação inclusiva perturba – é complexo lidar, mas é ético acolher e deve ter mecanismos para tal.
SUSTENTAR O FUTURO, ENGRANDECER A VIDA
• “Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega, mas SE JUNTAR O BICHO CORRE”;
• Pequenos gestos, nos constantes cuidados, fazem a diferença como um incêndio não começa grande, mas apenas
com uma faísca;
• “Cabeça nas nuvens, mas os pés no chão” sonhar, saber que é possível, mas que nem tudo é possível;
• Ideias para sustentar o mundo e as futuras gerações – decência, ética.
VAMOS PRATICAR
1 – Conhecer é captar e interpretar a realidade (...) se conhecer é captar e interpretar a realidade, nós podemos tanto captar
errado como entender errado, o que significa que faz parte da idéia de conhecer duas outras noções. O conhecer correto/certo,
ter a certeza e o erro fazem parte do processo de conhecimento, não existe processo de conhecimento sem incertezas e erros.
Segundo Mario Sergio Cortella, fazem parte do processo de conhecimento o:
a. Acerto e erro;
b. Método certo a ser ensinado;
c. Trabalho do professor em escolher certo os conteúdos;
d. Entender certo e a certeza do conhecimento adquirido;
e. Modo como o aluno abstrai o conhecimento e as dificuldades encontradas.

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