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Fungos e micoses de importância veterinária

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Fungos e Micoses - 22/03/2022 
Otite por Malassezia
Otite
Levedura que mora no ouvido do animal. 
Toda microbiota quando tem oportunidade pra crescer além do normal, ela cresce, e é isso que vai acontecer na otite. 
Alguns cães criam para que cresça além do normal, cachorro que tem muito pelo que entra água... você cria um micro ambiente perfeito para que ela consiga se proliferar mais do que o normal. 
A otite é a inflamação do conduto auditivo do animal, só que o cão é o animal que é mais suscetível por conta da anatomia do conduto auditivo do cão.
Ou de origem fungica, ou bacteriana ou ambos.
Etiologia
Levedura tem duas espécies importantes:
Malassezia pachydermatis 
Matassezia furfur 
Não forma hifas nem conideos.
Esta Levedura está adaptada a temperatura do animal, porém quando ocorre um aumento de poucos graus já é o suficiente para aumentar o seu metabolismo, ou seja, ela acaba se multiplicando de forma mais rápida.
Fontes e vias de transmissão 
Diversos animais domésticos têm a malassezia como um membro da microbiota do ouvido, principalmente cães e gatos. Este fungo também é encontrado na natureza e embora exista o risco de um animal se infectar do ambiente, o principal mecanismo é denominado de infecção endógena, ou seja, como ela faz parte da microbiota haverá situações que acabam promovendo o aumento da sua população e neste caso, ela acaba se tornando patogênica.
Existem três situações que são mais comuns para esta microbiota se tornar patogênica:
A)Aumento da temperatura local - alguns poucos graus acima, já é o suficiente para aumentar o seu metabolismo e com isso, se multiplicar mais rápido. Na prática é comum quando o animal tem muito pelo ou a orelha abafa a circulação de ar sendo mais prevalentes em algumas raças. 
B)Aumento da umidade local - Todo fungo precisa e gosta de água (umidade) desta forma, quando entra agua no ouvido acaba estimulando a proliferação do fungo e com isso a sua população aumenta. 
C)Aumento de nutrientes - diversas regiões do corpo possuem glândulas sebáceas que produz uma substância rica em lipídeos para hidratar aquela pele. No ouvido também está presente formando o cerúmen que na quantidade certa não tem problema, mas se não limpar periodicamente, este acúmulo oferece nutrientes para a malassezia e com isso ela se multiplica. 
->> Estes fatores irão promover um aumento da proliferação do fungo, ou seja, serão mais leveduras que precisam se alimentar. Com o aumento da população naquela área, a necessidade de obtenção de nutrientes aumenta e para obtê-lo estes fungos liberam toxinas que atuam como enzimas digestivas para lesionar o epitélio em busca desse alimento, células vão morrer, irão liberar citocinas levando a inflamação no local.
Otite em clínica de pequenos- 8 a 15%
Geralmente é crônica 
Orelha pendular - 65%
Infecções Associadas normalmente quando se tem também bactéria junto 
Animais envolvidos (qualquer animal) na prática o cachorro é o mais envolvido
Raça
Microbiota
Como observado o principal mecanismo é devido ao desequilíbrio do próprio conduto que promove o aumento da demanda por nutrientes e com isso o fungo acaba destruindo o epitélio desencadeando a inflamação.
A otite se caracteriza pela dor e o cão começa a balançar a cabeça sinalizando algo errado, é comum esfregar a pata no ouvido atingido. Ocorre a presença de uma secreção com cheiro desagradável e em casos graves pode atingir o tímpano e até mesmo prejudicar o equilíbrio (já que o ouvido também atua no equilíbrio postural do animal devido a uma labirintite). 
Em casos graves também podemos ter a presença de lesões em torno do ouvido.
Inicialmente podemos usar o otoscópio que identifica alguma característica como a presença de objetos estranhos ou até mesmo ácaros. Caso só tenha secreção e inchaço é otite, mas, pode ser bactéria ou malassezia e para isto, devemos fazer a cultura. 
Procedimentos iniciais: coletar swab do conduto auditivo, caso o animal estiver agitado, podemos usar um sedativo para dar mais segurança ao animal e ao veterinário. Este swab será encaminhado ao laboratório para semear tanto uma bactéria tanto para fungo. Aproveitando a sedação iniciamos o tratamento.
Enquanto o resultado não sair não é indicado usar antifúngico ou um antibacteriano. O que ele ser feto é uma limpeza e o uso de anti-inflamatórios locais para diminuir o inchaço. 
Aproveitando a sedação devemos retirar o excesso de pelos e em seguida pingar um ceruminolitico.  
1- Sedar
2-Coletar material
3- Retirar o pelo
4-Ceruminolitico 
5-uso de gases ou algodão com soro fisiológico gelado. 
6- Anti-inflamatório tópico para diminuir o inchaço e o desconforto animal. 
Aguarda de 2 a 3 dias onde o exame já tem o resultado. E com isso, será utilizado antifúngico ou antibacteriano. 
No caso de exame para otite o ideal é solicitar o antibiograma ou o antifungigrama pois, geralmente, tanto fungo quanto bactéria podem ter criado resistência. 
Sendo fungo o antifúngico mais usado é o clotrimazol (derivado azólico)
Em casos mais graves, além do tratamento tópico, podemos utilizar anti-inflamatório oral, caso a lesão atinja a área externa, recomenda banho com shampoo contendo cetoconazol.
Medidas profiláticas
Evitar entrar água no conduto
Limpar periodicamente o conduto 
Corta o excesso do pelo

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