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TUTORIA - P1M1 - Alterações fisiológicas da gravidez e o pré-natal

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Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
Tutoria 
Problema 1 – Módulo 1 
 
Tema: Alterações fisiológicas da gravidez e o pré-natal.
 
Problemática: As consequências 
biopsicossociais voltadas para a realidade 
de jovens com falta de educação sexual. 
 
 
Objetivo 01: Descrever as alterações fisiológicas 
na gravidez; 
 
Introdução 
As alterações fisiológicas observadas na 
gestação são decorrentes, principalmente, 
de fatores hormonais e mecânicos, e os 
ajustes verificados no organismo da mulher 
devem ser considerados normais durante o 
estado gravídico, embora determinem, por 
vezes, pequenos sintomas que afetam a 
saúde da paciente. 
 
Alterações Sistêmicas 
 
1. Postura e deambulação 
 
A postura da gestante se altera, precedendo 
mesmo a expansão de volume do útero 
gestante. Quando, porém, a matriz, evadida 
da pelve, apoia-se à parede abdominal, e as 
mamas, dilatadas e engrandecidas, pesam 
no tórax, o centro de gravidade se desvia 
para frente, e todo o corpo, em 
compensação, projeta-se para trás. Essa 
situação torna-se mais nítida quando a 
gestante está de pé, visto que, para manter o 
equilíbrio, empina o ventre, provocando a 
lordose da coluna lombar. 
 
 
 
 
Amplia-se a base do polígono de 
sustentação, os pés se afastam, e as 
espáduas (ombros) se projetam para trás. 
 
Grupamentos musculares que ordinariamente 
não têm função nítida ou constante passam a 
atuar, estirando-se e contraindo-se, e sua 
fadiga responde pelas dores cervicais e 
lombares, queixa comum. 
 
A gestante, ao andar, lembra, com seus 
passos oscilantes e mais curtos, a 
deambulação dos gansos – marcha anserina. 
A base de sustentação ampliada e os ângulos 
que formam os pés com a linha mediana 
aumentados, principalmente à direita, por 
conta do dextrodesvio uterino, conferem 
peculiaridades à sua movimentação. 
 
As articulações apresentam maior mobilidade 
durante a gestação, notadamente as 
sacroilíacas e a sínfise pubiana. Atribui-se à 
relaxina, secretada pela placenta, a frouxidão 
dos ligamentos, especialmente da sínfise 
pubiana, que pode alargar cerca de 4 mm nas 
primíparas e 4,5 mm nas multíparas. 
 
As mudanças na mecânica do esqueleto são 
devido a ação hormonal que aumenta a 
frouxidão ligamentar e mudanças 
biomecânicas que provocam modificações 
estruturais na estática e dinâmica do 
esqueleto. 
 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
2. Metabolismo Glicídico 
 
As alterações no metabolismo materno são 
necessárias para suprir as exigências 
suscitadas pelo rápido crescimento e 
desenvolvimento do concepto durante a 
gravidez. 
 
Na gravidez, as alterações do metabolismo 
glicídico são notáveis: 
 
 Em razão de outra estrutura ter sido 
associada, o concepto, consumidor de 
glicose, a mãe vê-se submetida à 
permanente demanda de glicose. 
Diante de período prolongado de 
jejum, o feto continua a extrair glicose e 
aminoácidos da gestante, em taxas 
idênticas às observadas nos períodos 
de alimentação (parasitismo 
verdadeiro). 
 A fim de prover suprimento ininterrupto 
de glicose e de aminoácidos para o 
concepto, a gestante faz ajustes 
importantes: não consome mais 
indiscriminadamente a glicose como 
antes, e, à medida que a gravidez se 
desenvolve, a sua utilização periférica 
diminui, graças à elaboração de 
hormônios contrainsulares pela 
placenta. 
 
O consumo contínuo de glicose pelo concepto 
e seu rápido transporte através da placenta 
influenciam profundamente o metabolismo 
dos carboidratos na gestante. 
 
A gravidez exibe aumento na resistência à 
insulina ao final do 2º trimestre podendo 
chegar à aproximadamente 80% no termo. 
 
Níveis elevados de hormônio lactogênio 
placentário humano (hPL), hormônio do 
crescimento placentário humano (hPGH) e 
adipocinas (leptina, adiponectina, TNF-α, IL-6) 
estão todos implicados no processo. Os níveis 
de hormônio lactogênio placentário humano 
elevam-se rapidamente no 1º e no 2º 
trimestre e alcançam o seu máximo nas 
últimas 4 semanas da gravidez. O efeito 
diabetogênico do hormônio lactogênio 
placentário humano resulta na mobilização de 
lipídios na forma de ácidos graxos livres (AGL). 
Esses AGL serviriam como fonte de energia, 
poupando glicose e aminoácidos, que estarão 
disponíveis para o feto. 
 
No 3° trimestre, após a administração de 
glicose, observa-se hiperinsulinismo pós-
prandial. Não há hiperinsulinismo nas 
pacientes com limitada capacidade de 
elaborar o hormônio e que irão apresentar o 
diabetes gestacional. 
 
O efeito inibitório da insulina na lipólise é 
significativamente reduzido durante o 3 o 
trimestre quando comparado ao de outras 
fases do ciclo gestatório. 
 
3. Metabolismo Lipídico 
 
Durante a gestação, a mãe tem de adaptar o 
seu metabolismo para fazer frente à contínua 
demanda fetal de nutrientes através da 
placenta, a fim de suprir o seu 
desenvolvimento. 
 
Quantitativamente, a glicose e os 
aminoácidos são os nutrientes mais 
abundantes que atravessam a placenta, e a 
dependência do feto a essas substâncias é 
bem conhecida. Todavia, a placenta é 
praticamente impermeável aos lipídios, 
exceto aos ácidos graxos livres (AGL) e aos 
corpos cetônicos. Não obstante, alterações 
marcantes no metabolismo lipídico materno 
durante a gestação têm importantes 
implicações no crescimento fetal. Duas 
alterações consistentes no metabolismo 
materno durante a gestação são o acúmulo 
de lipídios nos tecidos da gestante e a 
hiperlipidemia gestacional. 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
• Metabolismo do tecido adiposo materno 
 
O aumento do peso materno durante a 
gestação corresponde ao crescimento da 
unidade fetoplacentária e ao acúmulo dos 
seus próprios tecidos, especialmente o 
relacionado com a elevação de lipídios nos 
depósitos de gordura. Esse fenômeno, 
comum na gravidez humana e de alguns 
animais, ocorre durante os primeiros 2/3 da 
gestação e é responsável pela maior parte 
do acréscimo de peso materno, excluindo o 
decorrente do concepto, e parece estar 
diretamente relacionado com a hiperfagia, 
pois desaparece com a restrição alimentar. 
 
Esse aumento nos depósitos de gordura 
maternos é especialmente decorrente da 
lipogênese aumentada; ele corresponde à 
elevação na síntese de ácidos graxos e do 
glicerídio glicerol, indicando que a formação 
dos triglicerídios está exaltada. 
 
A tendência de acumular gordura cessa 
durante o último trimestre da gravidez, 
quando o metabolismo lipídico se transmuda 
para estado catabólico, em virtude de 
diversas alterações coincidentes que 
ocorrem no tecido adiposo, como: 
(1) O aumento da atividade lipogênica 
diminui rapidamente; 
(2) A atividade lipolítica torna-se 
exaltada talvez comandada pelo 
hormônio lactogênio placentário 
humano em razão de sua ação similar à 
do hormônio do crescimento. 
 
O aumento da atividade lipolítica do tecido 
adiposo eleva a liberação de AGL e de glicerol 
na circulação materna, na qual eles alcançam 
grandes concentrações no plasma. A 
transferência placentária desses dois 
produtos lipolíticos é baixa, e o fígado 
materno é o principal receptor. 
Após serem convertidos no fígado em suas 
respectivas formas ativas, AGL em acil-CoA e 
glicerol no glicerol-3-fosfato, eles podem ser 
utilizados para a esterificação, na síntese dos 
triglicerídios, produção de corpos cetônicos, 
por meio da utilização do AGL, ou formação de 
glicose no que concerne ao glicerol. 
 
No final da gestação, a transferência 
aumentada de AGL e de glicerol ao fígado em 
decorrência da lipólise nos tecidos adiposos 
justifica a exaltada esterificação e a 
subsequente liberação hepática na forma de 
triglicerídios da lipoproteína de muito baixa 
densidade (VLDL). 
 
A síntese de corpos cetônicos torna-se 
altamente incrementada durante o final da 
gestação sob condições de jejum, e o uso 
desses produtos pelos tecidos maternos 
reduz o consumo de glicose, que assim fica 
disponível de ser transferidapara o feto. 
 
No final da gravidez, a gliconeogênese a 
partir do glicerol está aumentada, poupando 
aquela proveniente dos aminoácidos, que 
são transportados para o feto. 
Conclui-se que o feto se beneficia dos 
produtos finais do metabolismo decorrente 
da atividade lipolítica do tecido adiposo 
materno. Os corpos cetônicos cruzam 
livremente a placenta e podem ser utilizados 
como combustível fetal ou mesmo como 
substratos para a síntese de lipídios no 
cérebro. Finalmente, a atividade lipolítica 
intensa do tecido adiposo durante o final da 
gestação também favorece os tecidos 
maternos, pois nesse estágio a utilização 
periférica de glicose é bastante diminuída 
pela resistência à insulina, e os produtos 
lipolíticos – especialmente AGL e corpos 
cetônicos – podem ser utilizados como 
combustíveis alternativos, poupando a 
glicose. 
 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
• Hiperlipidemia materna 
 
Durante a gravidez normal há aumento 
constante nos triglicerídios plasmáticos e 
pequeno acréscimo no colesterol. Essa 
hiperlipidemia corresponde ao 
enriquecimento proporcional de triglicerídios 
nas frações lipoproteínas, mesmo naquelas 
que os transportam em baixas 
concentrações, tais como a lipoproteína de 
baixa densidade (LDL) e a lipoproteína de alta 
densidade (HDL). O maior acúmulo absoluto 
nos triglicerídios no plasma, contudo, 
corresponde ao VLDL. Essas lipoproteínas 
são utilizadas no fígado, e os triglicerídios que 
elas carregam são derivados do AGL e do 
glicerol, que também são sintetizados no 
próprio órgão ou o alcançam a partir da 
circulação, na qual são liberados pela lipólise 
do tecido adiposo, que está muito aumentada 
no final da gestação. 
 
A produção acentuada dos triglicerídios VLDL 
e sua remoção diminuída da circulação em 
decorrência da menor atividade da 
lipoproteína lipase (LPL) no tecido adiposo são 
os principais fatores responsáveis pelo 
aumento dos triglicerídios VLDL durante a 
gestação. 
 
A abundância de triglicerídios VLDL no plasma 
materno contribui para o acúmulo de 
triglicerídios nas outras lipoproteínas. Um 
desses fatores é o aumento da atividade da 
proteína de transferência do éster de 
colesterol (CETP), que catalisa a transferência 
de triglicerídios do VLDL para as lipoproteínas 
pobres nesses lipídios, LDL e HDL, enquanto a 
de éster de colesterol ocorre no sentido 
contrário. Outro fator contribuinte para o 
mesmo efeito é a diminuição da atividade da 
lipase hepática (HL) que também é observada 
no final da gravidez. A HL controla a 
conversão do HDL2b no final da gestação. 
 
 
• Ácidos Graxos Essenciais 
 
Os ácidos graxos essenciais (AGE) referem-se 
a lipídios que não podem ser sintetizados pelo 
organismo e devem provir da alimentação. As 
duas famílias de ácidos graxos essenciais – 
ômega-3 e ômega-6 – são requeridas para 
funções fisiológicas, incluindo transporte de 
oxigênio, armazenamento de energia, papel 
na membrana celular e regulação da 
inflamação e da proliferação celular. 
 
Na gravidez, os AGE são necessários para o 
desenvolvimento da unidade fetoplacentária 
no início da gestação, e o ácido 
docosaexanoico (DHA), um tipo de ômega-3 
derivado de peixe marinho, é vital para a 
homeóstase materna, assim como o 
desenvolvimento do cérebro e da retina fetal 
durante todo o 3º trimestre. 
 
Os AGE são benéficos para a mãe, prevenindo 
doenças cardiovasculares, câncer do colo e 
doenças imunológicas, assim como são 
indispensáveis para o desenvolvimento 
cerebral e visual do concepto. 
 
4. Metabolismo Proteico 
 
A concentração da maioria dos aminoácidos 
está reduzida na gravidez. As proteínas totais, 
embora aumentem em valores absolutos 
pela hemodiluição plasmática, têm suas 
concentrações diminuídas. 
As de albumina sofrem redução nítida, 
enquanto é menor a queda das 
gamaglobulinas. Os teores de alfa e de 
betaglobulinas e os de fibrinogênio, ao 
contrário, ascendem. 
 
5. Metabolismo hidroeletrolítico 
 
Uma das alterações sistêmicas mais notáveis 
observadas na gravidez é a retenção de 
líquido (8 a 10 ℓ), intra e extracelular, mas 
especialmente responsável pelo aumento do 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
volume plasmático. Essa alteração 
hidreletrolítica é decisiva para que ocorram 
outras modificações importantes, tais como o 
aumento do débito cardíaco e o do fluxo 
plasmático renal. 
 
O acréscimo do volume plasmático é maior na 
gravidez gemelar e menor naquela 
complicada pelo crescimento intrauterino 
restrito (CIR) e pela pré-eclâmpsia. 
 
O provável mecanismo para essa adaptação 
é a retenção de sódio, determinada 
principalmente pela maior secreção de 
aldosterona pela suprarrenal, a despeito do 
efeito natriurético da progesterona. 
Para conservar o sódio, quando a taxa de 
filtração glomerular aumenta em torno de 
50%, surge na gravidez mecanismo 
compensatório representado pelo sistema 
renina-angiotensina. 
 
A renina é elaborada pelo aparelho 
justaglomerular renal e age, em última análise, 
estimulando a secreção de aldosterona pelo 
córtex suprarrenal, via angiotensina. A 
aldosterona é responsável pelo aumento da 
reabsorção tubular de sódio, preservando a 
homeóstase materna. 
 
Concluindo, o sódio deverá ser conservado 
para prover quantidade adicional 
indispensável à expansão tecidual e dos 
compartimentos líquidos, durante a gestação. 
Na verdade, a concentração de sódio 
plasmática encontra-se ligeiramente 
diminuída na gestação, assim como a 
osmolaridade total. A gestante parece 
aceitar esse nível de osmolaridade, sem 
elevar a diurese. 
 
Por outro lado, o limiar de sede na gravidez 
está alterado de tal sorte que a gestante 
sente vontade de ingerir líquido com nível 
mais baixo de osmolaridade do que a não 
gestante. Do mesmo modo, há redução 
acentuada também da pressão oncótica, 
determinada principalmente pela queda na 
concentração de albumina plasmática de 
cerca de 20%. O significado dessa alteração é 
o de que a pressão oncótica é o fator mais 
relevante para o equilíbrio de Starling, vale 
dizer, o grau de passagem de líquido através 
dos capilares (inclusive dos capilares 
glomerulares). Assim, a diminuição da pressão 
oncótica do plasma é responsável pelo 
aumento da taxa de filtração glomerular renal 
(TFG) observada na gravidez, além de 
contribuir para o desenvolvimento do edema 
periférico, trivial até mesmo na gravidez 
normal. 
 
Em resumo, os fatores responsáveis pela 
retenção de líquido estão descritos a seguir: 
(1) Retenção de sódio; 
(2) Novo nível de osmolaridade; 
(3) Diminuição do limiar da sede; 
(4) Redução da pressão oncótica. 
 
As consequências da retenção de líquido são: 
(1) Redução na concentração de 
hemoglobina 
(2) Redução do hematócrito 
(3) Diminuição da concentração de 
albumina 
(4) Aumento do débito cardíaco 
(5) Elevação do fluxo plasmático renal 
(6) Edema periférico. 
 
6. Metabolismo do Cálcio 
 
Grande quantidade de cálcio (e de fósforo) é 
transferida contra gradiente de 
concentração da mãe para o feto (transporte 
ativo). 
 
Para isso, a absorção de cálcio no intestino 
dobra na gravidez, consequência também do 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
nível duplamente elevado de vitamina D3 de 
origem placentária e materna renal. 
Na verdade, o nível de PTH no soro diminui na 
gestação, o que é compensado pelo 
acréscimo do peptídio relacionado com a 
paratireoide (PTHrP) de origem fetal e 
placentária. O PTHrP elevado na gravidez, 
produzido pela paratireoide fetal e pela 
placenta, contribui para o aumento da 
vitamina D3, o decréscimo da concentração 
de PTH e a regulação do transporte 
transplacentário da mãe para o feto. 
 
7. Alterações hemodinâmicas no sistema 
cardiovascular 
 
As maiores alterações hemodinâmicas vistas 
na gravidez incluem o aumento do débito 
cardíaco, do volume sanguíneo, por causa 
principalmente do volume plasmático, da 
redução da resistênciavascular periférica e 
da pressão sanguínea. Essas alterações já 
aparentes no início da gravidez alcançam o 
seu máximo no 3º trimestre (28 a 32 semanas) 
e permanecem relativamente constantes 
até o parto. Elas contribuem para o ótimo 
crescimento e desenvolvimento do feto e 
protegem a mãe das perdas fisiológicas de 
sangue no parto. 
 
O início da gravidez é caracterizado por 
vasodilatação periférica, provavelmente 
consequência do aumento do óxido nítrico, 
fator vasoativo, relaxante, elaborado pelo 
endotélio vascular. O acréscimo significativo 
da frequência cardíaca já pode ser 
observado na gestação de 5 semanas, e isso 
contribui para a elevação do débito cardíaco 
(débito cardíaco = volume sistólico × 
frequência cardíaca). 
 
Todavia, a elevação do volume sistólico 
apenas é observada várias semanas depois, 
possivelmente pela expansão do volume 
plasmático. A elevação progressiva na 
frequência cardíaca materna prossegue até 
28 a 32 semanas, com um acréscimo de 10 a 15 
bpm (10 a 20%), se comparado ao ritmo 
existente fora da gravidez. Há igualmente 
aumento progressivo no volume sistólico 
durante a primeira metade da gestação em 
razão do maior volume plasmático. Em 
consequência, o débito cardíaco, que em 
média era de 5 ℓ/min fora gravidez, eleva-se 
para aproximadamente 7 ℓ/min em torno de 
28 a 32 semanas da gestação (acréscimo de 
40 a 50%), estabilizando-se até o parto. 
A despeito do aumento acentuado do volume 
sanguíneo e do débito cardíaco, há redução 
da pressão arterial, em virtude do decréscimo 
da resistência vascular periférica. A pressão 
arterial sistólica e a diastólica estão diminuídas 
de 5 a 10 mmHg no 2 o trimestre, atingindo 
valores médios de 105/60 mmHg. No 3 o 
trimestre, a pressão se eleva e se normaliza 
no termo. 
 
A pressão venosa nos membros inferiores 
aumenta cerca de três vezes, em virtude da 
compressão que o útero determina nas veias 
pélvicas, em particular na posição de pé, 
parada, quando há maior aprisionamento de 
sangue nas pernas e nas coxas. Há, na 
gravidez, tendência à hipotensão, lipotimia, 
ortostática, edema dos membros inferiores, 
varicosidades e hemorroidas. No pós-parto 
imediato, o útero se contrai firmemente, e 
mais uma vez há autotransfusão sanguínea 
(aproximadamente 300 mℓ), que aumenta o 
débito cardíaco em 60 a 80%. De fato, a partir 
de 6 a 8 semanas de pós-parto o débito 
cardíaco reassume seus valores não 
gravídicos. 
 
Constituem as alterações cardiovasculares 
mais relevantes: 
(1) Aumento da frequência cardíaca (10 a 20%) 
(2) Aumento do volume sistólico (10%) 
(3) Aumento do débito cardíaco (40 a 50%) 
(4) Diminuição da pressão arterial média (10%) 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
(5) Diminuição da resistência vascular 
periférica (35%). 
 
8. Sistema Sanguíneo 
 
A alteração marcante no volume plasmático 
observada na gravidez normal causa diluição 
da maioria dos fatores circulantes. De 
particular interesse é a hemodiluição das 
hemácias. Embora a produção de eritrócitos 
esteja elevada na gravidez, com pico de 
cerca de 15% em torno de 32 semanas, ela é 
ofuscada pela elevação de 40% do volume 
plasmático. Assim, os índices hematológicos 
que dependem do volume plasmático 
tendem a decrescer: contagem de hemácias, 
hematócrito, concentração de hemoglobina. 
 
É a clássica “anemia fisiológica da gravidez”, 
confundida frequentemente com o estado 
de anemia ferropriva. 
 
A gestante requer maior quantidade de ferro 
alimentar para suprir as suas necessidades e 
as do feto, e, na verdade, há aumento na 
absorção desse elemento no intestino. 
 
Durante a gravidez, as necessidades de ácido 
fólico estão aumentadas de 50 para 400 μg 
por dia. Há pesquisas comprovadas de que a 
suplementação de ácido fólico (0,4 mg/dia) 1 
mês antes da gravidez e no 1º trimestre reduz 
expressivamente os defeitos do tubo neural 
(DTN) e outras malformações. 
 
Ao contrário das hemácias, os leucócitos têm a 
sua concentração majorada na gestação, 
podendo alcançar, no termo. A concentração 
de plaquetas exibe, por outro lado, pequeno 
decréscimo. Fala-se inclusive em 
trombocitopenia gestacional, no 3º trimestre. 
 
Há igualmente alterações importantes na 
coagulação sanguínea durante a gravidez e, 
nesse contexto, caracterizadas por estado de 
hipercoagulabilidade. Ocorre aumento 
significante de diversos fatores da 
coagulação, notadamente do fibrinogênio, 
que pode atingir 400 a 600 mg/dℓ, no 3º 
trimestre, e redução da atividade fibrinolítica. 
Portanto, as principais alterações 
hematológicas ocorridas na gestação são: 
 
Diminuição: 
o Número de hemácias 
o Concentração de hemoglobina 
o Hematócrito 
 
Aumento: 
o Leucócitos 
o Concentração de fibrinogênio. 
 
9. Sistema Urinário 
 
Tanto o sistema urinário superior como o 
inferior sofrem diversas modificações 
anatômicas e fisiológicas durante a gravidez. 
 
• Modificações Anatômicas 
 
Os rins se deslocam para cima pelo aumento 
do volume uterino e aumentam em tamanho 
cerca de 1 cm em virtude do acréscimo do 
volume vascular renal e do espaço intersticial. 
Uma das mais significantes alterações do 
sistema urinário observadas na gravidez é a 
dilatação da sua porção superior que já 
ocorre a partir de 7 semanas em até 90% das 
gestantes e pode persistir até 6 semanas do 
pós-parto. Considera-se que essa 
hidronefrose fisiológica resulte tanto de 
fatores hormonais quanto mecânicos. O útero 
expandido diretamente comprime os 
ureteres, enquanto a progesterona inibe a 
musculatura lisa ureteral, determinando 
ureteroectasia. A dilatação ureteral é mais 
pronunciada à direita em virtude da 
dextrorrotação uterina, estando o ureter 
esquerdo relativamente protegido pela 
sigmoide. 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
A dilatação do sistema urinário superior pode 
aumentar a estase urinária, predispondo a 
gestante a infecções urinárias, pielonefrite e 
nefrolitíase. Não obstante essa hidronefrose 
possa, por vezes, causar dor, exigindo 
analgésicos e até colocação de stents, ela é 
considerada fisiológica. 
 
No sistema urinário inferior, a anatomia da 
bexiga está distorcida pela compressão 
direta do útero gravídico. A bexiga é 
deslocada anteriormente, com expansão 
lateral, pari passu com a compressão do útero 
aumentado na cúpula vesical. Além disso, os 
níveis circulantes elevados de estrogênios 
determinam hiperemia e congestão da 
mucosa uretral e vesical. Há também redução 
da resposta contrátil do colo vesical a 
estímulos alfa-adrenérgicos e diminuição do 
suporte pélvico da parede vaginal anterior e 
da uretra, alterações que podem contribuir 
para a incidência elevada de incontinência 
urinária na gravidez. 
 
• Modificações Fisiológicas 
 
Com o aumento do débito cardíaco e a 
diminuição da resistência vascular sistêmica 
observados na gestação, há concomitante 
aumento do fluxo plasmático renal e da taxa 
de filtração glomerular, que podem estar 
aumentados. 
 
A elevação da TFG resulta em diminuição da 
creatinina plasmática, que alcança em média 
valores de 0,5 a 0,8 mg/dℓ. Isso causa 
repercussões importantes, uma vez que a 
excreção renal de determinados 
medicamentos pode estar alterada e os 
valores de cretinina no soro indicativos de 
insuficiência renal podem ser mais baixos. 
 
A glicosúria é fisiológica na gravidez e se deve 
ao aumento da TFG que excede o limite da 
reabsorção tubular da glicose. Desse modo, 
não é indicativa de diabetes na gestação, 
assim como não serve para o seu 
rastreamento. 
Igualmente, a proteinúria (microalbuminúria) é 
fisiológica na gravidez, sendo normais valores 
de proteína na urina de até 300 mg/dia. 
 
A despeito do enorme trabalho urinário na 
gravidez, o volume urinário não está 
acrescido. Até 80% da urina filtrada é 
absorvida nos túbulos proximais. 
 
A frequência urinária decorre da compressão 
do útero gravídico na bexiga. Por fim, entram 
em jogo os mecanismos compensatórios 
(sistema renina-angiotensina)responsáveis 
pela retenção de sódio observada na 
gravidez. 
 
10. Sistema Respiratório 
 
A expansão do volume sanguíneo e a 
vasodilatação da gravidez resultam em 
hiperemia e edema da mucosa do sistema 
respiratório superior. Essas alterações 
predispõem a gestante a congestão nasal, 
epistaxe e até mesmo a alterações da voz. 
 
Alterações marcantes na caixa torácica e no 
diafragma caracterizam a gravidez. Com o 
relaxamento dos ligamentos das costelas, o 
ângulo subcostal aumenta de 68 para 103°. Os 
diâmetros anteroposterior e transverso do 
tórax aumentam 2 cm cada um, resultando na 
expansão da circunferência torácica de 5 a 7 
cm. Embora o diafragma se eleve 
aproximadamente 4 cm pelo aumento do 
útero gravídico, sua função não é 
comprometida; na verdade, sua excursão 
está incrementada de 1 a 2 cm. 
 
A complacência da parede torácica, todavia, 
diminui com o evoluir da gestação, 
aumentando o trabalho da respiração. 
Já no 1º trimestre da gestação o volume-
minuto, o produto do volume-corrente (tidal 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
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volume) pela frequência respiratória, 
aumenta 30 a 40%, refletindo a elevação do 
volume-corrente, pois a frequência 
respiratória não se altera. A expansão da 
caixa torácica e o aumento do estímulo 
respiratório criam o volume-corrente 
elevado. 
 
A progesterona parece desempenhar papel 
fundamental no estímulo do centro 
respiratório no sistema nervoso central. Pela 
elevação da cúpula do diafragma estão 
diminuídos o volume de reserva expiratório e 
o volume residual, em cerca de 20%, o que se 
reflete na capacidade residual funcional, 
também reduzida em 20%. 
 
A hiperventilação da gravidez facilita as 
trocas gasosas nos pulmões. Tanto o PO2 no 
ar alveolar quanto o no sangue arterial se 
elevam. O consumo de oxigênio aumenta de 
15 a 20% para fazer frente à massa materno-
fetal adicional e ao trabalho 
cardiorrespiratório da gestação. 
 
A já referida hiperventilação da gravidez 
ocasiona alcalose respiratória compensada, 
com diminuição do PCO2 < 30 mmHg, embora 
haja modesto aumento no PO2 (101 a 104 
mmHg). A diminuição do PCO2 é compensada 
pelo aumento da excreção urinária de 
bicarbonato, cuja concentração diminui no 
plasma; por isso, o pH arterial não sofre 
alteração significativa (pH = 7,4), 
caracterizando a alcalose respiratória 
compensada. 
 
Portanto, as principais modificações 
respiratórias são: 
o Frequência respiratória sem alteração 
o Volume-corrente e volume-minuto 
aumentados cerca de 30 a 40% 
o Capacidade residual funcional diminui 
20% 
o o Hiperventilação fisiológica 
o o Dispneia (em 60 a 70% das 
gestantes). 
 
11. Sistema Digestivo 
 
No 1 o trimestre é frequente o aparecimento 
de náuseas e vômitos (50 a 90% das 
gestantes), levando, em geral, à anorexia, 
embora uma quantidade equivalente de 
mulheres relate melhora no apetite e parcela 
considerável admita “desejos” por certos 
alimentos. A base fisiológica das náuseas, 
habitualmente matinais, é desconhecida, 
embora possa estar relacionada com níveis 
crescentes de gonadotrofina coriônica 
humana (hCG) e de estrogênios. 
 
A gengivite, no ciclo gestatório, assim como 
fora dele, é consequente ao acúmulo da 
placa bacteriana na margem gengival, e se 
apresenta com eritema, sangramento e 
intumescimento da zona afetada, bem como 
extremo desconforto para a paciente. 
 
Durante os dois primeiros trimestres há 
redução na secreção gástrica de ácidos, 
explicando a incidência reduzida de úlcera 
péptica e a remissão das porventura 
preexistentes. 
 
O sistema gastrintestinal (esôfago, estômago, 
vesícula, intestino) permanece atônico 
durante toda a gestação. Os fatores 
determinantes são hormonais, os mesmos 
que relaxam a musculatura de artérias, veias e 
ureteres. Uma consequência imediata é a alta 
incidência de pirose, combinação do 
relaxamento do esfíncter gastresofágico ao 
aumento de pressão intra-abdominal, essa 
condicionada pela presença do útero 
gravídico. A atonia do cólon explica a grande 
frequência da constipação intestinal. A 
vesícula fica hipotônica, distendida, com bile 
viscosa e com grande tendência de formar 
cálculo. 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
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12. Sistema Endócrino 
 
As alterações fisiológicas da gravidez 
determinam aumento de 40 a 100% na 
produção dos hormônios tireoidianos para 
atender às necessidades maternas e fetais. 
Anatomicamente, a tireoide sofre moderado 
aumento de volume de 10 a 20% causado por 
hiperplasia e maior vascularidade. Não há 
bócio, pois esse aumento é fisiológico. 
 
A tireoide materna mostra aumento da 
vascularidade e alguma hiperplasia, mas 
bócio declarado não ocorre, a menos que 
haja deficiência de iodo na alimentação ou 
doença da tireoide. A Organização Mundial da 
Saúde (OMS) recomenda a ingesta de 150 μg 
de iodo/dia para adultos e 200 μg/dia para 
gestantes. O aumento da depuração renal de 
iodo na gravidez e a quantidade significativa 
de iodo transferida para o feto, que no final 
da gravidez passa a produzir seus próprios 
hormônios, causa mínima hipotireoxinemia, 
mas não bócio, em áreas de suficiência de 
iodo. A carência de iodo se manifesta por 
elevada hipotireoxinemia, com aumento de 
TSH e da tireoglobulina (TBG), com significativa 
hipertrofia da tireoide. 
 
13. Pele e Fâneros 
 
Cerca de 50% das gestantes exibem estrias 
no abdome, no decurso do último trimestre, 
por vezes encontradas também nos seios 
(estrias gravídicas ou víbices). Inicialmente 
vermelhas, tornam-se, mais tarde, brancas ou 
nacaradas, persistindo indelevelmente. Há 
aumento na pigmentação da linha alva do 
abdome inferior (linea nigra), da vulva, das 
aréolas mamárias e da face (cloasma). A 
hipertricose é fenômeno fisiológico durante a 
gravidez (pelos na face e em outras regiões, 
crescimento mais acentuado dos cabelos), 
com unhas muito quebradiças e surgimento do 
eritema palmar e da hipertrofia das glândulas 
sudoríparas e sebáceas. 
 
14. Vulva e Vagina 
 
Sob a influência dos estrogênios, o epitélio 
vaginal se espessa durante a gravidez e há 
aumento da sua descamação, o que resulta 
maior secreção vaginal. Essa secreção tem pH 
mais ácido do que o existente na mulher não 
gestante, para proteger contra a infecção 
ascendente. 
 
A vagina também aumenta a sua 
vascularização com a gravidez. A vulva e a 
vagina tumefazem-se, experimentam 
amolecimento e têm sua coloração alterada. 
 
A vulva pigmenta-se e o sítio lindeiro à 
extremidade inferior da vagina perde o róseo 
característico, tomando a cor vermelho-
vinhosa, entreabertos ninfas e grandes lábios 
(sinal de Jacquemier). 
 
15. Útero 
 
Há imediato amolecimento na região 
correspondente ao local da implantação, 
progredindo por todo o órgão e pelas outras 
estruturas pélvicas. É a diminuição da 
consistência subordinada à embebição 
gravídica e à redução do tônus, 
precocemente notadas especialmente no 
istmo, determinando o sinal de Hegar. 
 
Simultaneamente o órgão aumenta, 
inicialmente de modo desigual, mais 
acentuada a expansão na zona de 
implantação, o que lhe impõe forma 
assimétrica (sinal de Piskacek). A matriz de 
piriforme passa a globosa, e o toque dos 
fundos de saco laterais revela essa 
morfologia (sinal de Nobile-Budin), enquanto o 
pulso da artéria uterina pode ser percebido. 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
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De volume crescente, o corpo do útero 
mantém a configuração esférica até o 4 o a 5 
o mês, quando o alongamento predomina 
sobre os diâmetros transversos, conferindo à 
víscera forma cilíndrica. A expansão do istmo, 
levando à incorporação de sua cavidade à do 
corpo, acentua, nos últimos meses, a 
cilindrificação da matriz. 
 
Nos primeiros 2 meses o útero é órgão 
exclusivamente pélvico; com 12 semanas 
torna-se perceptível ao palpar abdominal, o 
que depende do panículo adiposo e da 
musculatura da parede. O crescimento 
subsequente pode ser acompanhado, mês a 
mês, delimitando-seo fundus e medindo-se a 
altura em relação à sínfise púbica. 
 
O útero sofre aumento dramático no seu peso 
(de 4 a 70 g na não gestante, para 1.100 a 1.200 
g na gestante a termo) e no seu volume (de 10 
mℓ para 5 ℓ) durante a gravidez. O número de 
células miometriais aumenta no início da 
gestação (hiperplasia) e, depois, permanece 
estável. 
 
O aumento da massa do miométrio, na 
gravidez, decorre de: 
o Hipertrofia dos elementos musculares: 
aumento de volume dos preexistentes. 
É a hipertrofia menos nítida na cérvice 
o Hiperplasia dos elementos musculares: 
aumento quantitativo de miócitos, 
atribuído primeiramente à divisão das 
miocélulas, mas, na realidade, 
proveniente da metaplasia de 
elementos indiferenciados 
o Aumento do tecido conectivo (ou 
conjuntivo), assim das células como das 
fibras, e dos líquidos intersticiais 
(embebição gravídica). É também muito 
maior a vascularização 
 
 
 
Pontos-chave 
 
 O volume sanguíneo e o débito cardíaco 
aumentam em 40 a 50% na Gravidez. 
 Durante a gestação ocorre anemia 
fisiológica porque o aumento do volume 
plasmático é maior do que o de hemácias. 
 A pressão sanguínea normalmente diminui 
durante o segundo trimestre da gravidez e 
retornar níveis pré gravídicos próximo ao 
termo. 
 Durante a gravidez a leucocitose é 
fisiológica. 
 A gravidez é estado de 
hipercoagulabilidade e está associada a 
risco elevado de doenças 
tromboembólicas venosa. 
 Alteração respiratória mais importante é a 
hiperventilação e decorrência do aumento 
do volume-corrente. 
 O consumo de oxigênio na gravidez 
aumenta cerca de 15 a 20% para fazer jus 
ao acréscimo das necessidades 
metabólicas. 
 O hidroureter e a hidronefrose fisiológicos 
se desenvolvem durante a gestação, 
principalmente à direita, determinando 
estase urinária que predispõem a infecção. 
 A filtração glomerular renal e o fluxo 
plasmático renal aumentam 
acentuadamente durante a gravidez, 
determinando redução nos níveis 
sanguíneos de ureia e creatinina e 
presença de glicose na urina (glicosúria). 
 O aumento dos níveis da progesterona 
ocasiona esvaziamento gástrico mais lento 
diminuição da motilidade intestinal, 
relaxamento do esfíncter esofágico e 
redução do tônus venoso, fatores que 
contribuem para a pirose, dor 
retroesternal, constipação, hemorróidas e 
varizes. 
 
 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
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Objetivo 02: Compreender a rotina do pré-natal; 
 
Atualmente, no Brasil, é reconhecida a 
importância de se ter um acompanhamento 
abrangente no pré-natal, que inclua não só 
as questões biológicas, mas, também, outros 
aspetos relevantes ao desenvolvimento 
infantil, como a saúde emocional da mãe, o 
apoio que ela encontra nos familiares, no 
trabalho, na escola e na comunidade, bem 
como orientações sobre a importância da 
construção do vínculo com o bebê e da 
participação do pai. 
 
O pré-natal deve começar assim que a mulher 
descobre que está grávida. No Brasil, a partir 
desse momento, o Ministério da Saúde 
recomenda que sejam realizadas no mínimo 
seis consultas (uma no primeiro trimestre da 
gravidez, duas no segundo e três no terceiro), 
Sendo ideal é que a primeira consulta 
aconteça no primeiro trimestre e que, até a 
34ª semana, sejam realizadas consultas 
mensais. Entre a 34ª e 38ª semanas, o 
indicado seria uma consulta a cada duas 
semanas e, a partir da 38ª semana, consultas 
toda semana até o parto, que geralmente 
acontece na 40ª semana, mas pode durar 
até 42 semanas. 
 
O atendimento proporcionado nessas 
consultas deve ser registrado e monitorado 
no Cartão da Gestante, pelos profissionais 
envolvidos, utilizado nas unidades básicas de 
Saúde do País e também pelos profissionais 
que a atenderão no parto. Por meio desse 
monitoramento, é possível fazer o 
acompanhamento, o diagnóstico e o 
tratamento de doenças pré-existentes ou 
das que podem surgir durante a gravidez. 
 
Durante o pré-natal, a gestante deve 
receber informações sobre seus direitos, 
hábitos saudáveis de vida (alimentação, 
exercícios etc.), medicamentos que precisa 
tomar e os que deve evitar e as mudanças 
que ocorrem durante a gravidez, como a 
maior incidência de sono e alterações no 
ritmo intestinal. Também tem de receber 
informações sobre sinais de risco em cada 
etapa da gravidez, como lidar com 
dificuldades de humor, temores em relação à 
sua saúde e a saúde do bebê, enjoos, inchaço, 
manchas na pele, sinais de parto etc. 
 
➢ As consultas 
O pré-natal segue um protocolo para o 
monitoramento da saúde da gestante e do 
feto. Inclui anamnese, exame físico e 
análise de exames laboratoriais e de 
imagem. No entanto, é muito importante 
que as gestantes aproveitem o momento 
da consulta para colocar suas dúvidas, 
preocupações, experiências a fim de 
ampliar o diálogo com os profissionais de 
saúde. 
➢ Exames Laboratoriais 
Os exames de rotina para triagem de 
situações clínicas de maior risco no pré-
natal é solicitado no acolhimento da mulher 
no serviço de saúde, imediatamente após 
o diagnóstico de gravidez. Alguns exames 
solicitados deverão ser repetidos no início 
do 3º trimestre da gestação. 
➢ Exames complementar de rotina são: 
o Hemograma completo – repetir entre 
28-30 semanas. 
o Grupo sanguíneo e fator Rh. 
o Sorologia para sífilis (VDRL); repetir 
entre 28-30 semanas. 
o Glicemia em jejum – repetir entre 28-30 
semanas; em gestantes sem fator de 
risco para diabetes e se o resultado da 
primeira glicemia for menor que 85 
mg/dL. 
o Teste Oral de Tolerância à Glicose 
(TOTG – 75g, 2h) – para os casos triados 
com fator de risco para diabetes 
gestacional presente e/ou com 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
glicemia de jejum inicial maior ou igual a 
85mg/dL. 
o Exame sumário de urina (Tipo I). 
o Urocultura com antibiograma para o 
diagnóstico de bacteriúria 
assintomática – repetir entre 28-30 
semanas. 
o Sorologia anti-HIV – repetir entre 28-
30 semanas. 
o Sorologia para toxoplasmose, IgG e IgM 
– repetir trimestralmente se for IgG não 
reagente. 
o Sorologia para hepatite B (HBSAg). 
o Protoparasitológico de fezes. 
o Colpocitologia oncótica. 
o Bacterioscopia da secreção vaginal – 
avaliação de perfil bacteriológico do 
conteúdo vaginal por critério de 
Nugent, indicada para pacientes com 
antecedente de prematuridade, 
possibilitando a detecção e o 
tratamento precoce da vaginose 
bacteriana, idealmente antes da 20ª 
semana. 
o Cultura específica do estreptococo do 
grupo B, coleta anovaginal entre 35-
37 semanas. 
o Ultrassonografia obstétrica – Caso a 
gestante inicie o pré-natal 
precocemente o primeiro ultrassom 
pode ser realizado entre 10º à 13º 
semana e deve se repetir entre 20º á 
24º semanas. 
 
 
➢ Vantagens do pré-natal 
 
A assistência do pré-natal bem estruturada 
pode promover a redução dos partos 
prematuros e de cesárias desnecessárias, de 
crianças com baixo peso ao nascer, de 
complicações de hipertensão arterial na 
gestação, bem como da transmissão vertical 
de patologias como o HIV, sífilis e as hepatites. 
 
No entanto, para que essa assistência seja 
efetiva, é importante que abarque os 
seguintes aspectos: 
• Captação precoce – quanto antes a 
gravidez for diagnosticada e a gestante 
receber os cuidados da equipe perinatal, 
mais precocemente poderão ser 
detectados problemas passíveis de 
controle ou de cura. Frequência e 
periodicidade adequadas – é preciso 
garantir que a gestante receba o 
atendimento necessário em seis consultas, 
no mínimo, durante a gravidez. 
• Extensão de cobertura – é fundamental 
que a assistência atinja 100% das gestantes 
de uma cidade, de um estado e de todo o 
País. No entanto, dados oficiais do Ministério 
da Saúde do Brasil, de 2011, indicam que 
4,6% de mulheres grávidas estavam sem 
assistência de pré-natal. Qualidade – de 
nada adianta captar precocemente e 
oferecer o número adequado de consultas 
se não houver uma prática que garantatecnologias atuais, apropriadas e precisas 
que causem impacto positivo da saúde 
perinatal, fortalecendo a integralidade. 
Qualidade do atendimento pré-natal 
 
Para que haja, de fato, um atendimento que 
promova qualidade de vida à gestante, ao 
bebê e à família, algumas iniciativas são 
essenciais. A primeira está relacionada ao 
formato do atendimento que, para se prestar 
aos objetivos reais do pré-natal, precisa ser 
multiprofissional. Isso significa contar com a 
ação de médicos obstetras e ginecologistas, 
médicos de família, enfermeiros, auxiliares e 
técnicos de enfermagem, psicólogos, 
assistentes sociais, nutricionistas, educadores 
físicos e fisioterapeutas. No entanto, não 
adianta ter todos os profissionais atuando se 
esse trabalho não for integrado e, sobretudo, 
centrado nas necessidades das gestantes 
para que ocorra a troca de conhecimentos e 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
a busca compartilhada de soluções para cada 
impasse detectado. 
 
Outro aspecto a ser considerado para o total 
êxito do pré-natal é o apoio comunitário, 
intimamente relacionado ao conceito de 
saúde-doença, reforçando a ideia de que a 
saúde é produzida nos diferentes espaços. 
Por isso, a importância de os cidadãos e as 
comunidades trabalharem no sentido de 
garantir uma melhor qualidade de vida, 
estimulados pela implantação de ações e 
políticas públicas que promovam a 
intersetorialidade e o bem-estar coletivo. 
 
Por exemplo, no caso do pré-natal de 
gestantes adolescentes é fundamental 
envolver a família e a escola como elementos 
da rede de suporte social para que atuem na 
incorporação de hábitos saudáveis, 
assegurando seus direitos. 
 
Além da tradicional abordagem fisiológica da 
gestante e do feto, é essencial que o pré-
natal amplie seu foco, garantindo 
acolhimento à futura mãe, repleta de dúvidas, 
possíveis medos e ansiedade. Por isso, 
recomenda-se que o pai da criança 
acompanhe as consultas. Além de ajudar a 
mãe a sentir-se mais segura e protegida, ele 
começa a estabelecer um maior vínculo com o 
filho, trazendo benefícios não só à gestante e 
a ele mesmo, mas especialmente, ao bebê. 
 
O atendimento psicológico (a psicoprofilaxia) à 
gestante pode ser dar nas consultas 
individuais e nos grupos de discussão ou 
educativos propiciados pela equipe de Saúde 
para envolver a futura mãe, seu parceiro e a 
família e que devem ser uma estratégia 
transformadora e apoiadora da família 
grávida. 
 
 
 
Objetivo 03: Refletir sobre as repercussões 
biopsicossociais na gravidez na adolescência; 
 
Observações: 
 As no Programa de saúde familiar está 
presente a prevenção da gravidez na 
adolescência houve uma mudança no 
padrão de fecundidade brasileiro da 
década de 70 para de 90, mulheres de 15 a 
19 anos a taxa de fecundidade desse grupo 
dobrou, sendo assim, isso impos que a 
abordagem do profissional da saúde deve 
ser orientação, métodos contraceptivos, 
cuidados na gravidez e com o recém-
nascido. 
 Importância da educação sexual na escola; 
Compete ao ministério da educação e da 
estratégia de saúde da família esse papel, 
já que muitas vezes os pais têm dificuldade 
e/ou constrangimento em ensinar tal 
assunto aos filhos. 
 A falta da informação e apoio familiar 
também pode acarretar em outros 
problemas como aborto clandestino ou 
evasão escolar. Como também, conservar 
sobre o assunto é uma questão de 
segurança desde antes da adolescência 
até ao que se relaciona à relação sexual. 
 Importância de contraceptivos, como a 
camisinha e o ensino da prevenção 
precoce para ISTs e gravidez. Ensinar para 
que serve o sexo para evitar evasao e 
abandono como no caso citado. 
 A menarca recente predispõe a sexarca 
mais recente, a gravidez precoce não 
necessariamente é indesejada, fatores 
como escolaridade, etilismo, abuso de 
drogas, abandono dos pais, faz com que 
haja maior risco de gravidez na 
adolescência. 
 Importância da visita ao ginecologista após 
a primeira menstruação tanto para ensinar 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
sobre sexualidade, anticoncepção e 
também para acrescentar sobre o 
autoconhecimento do próprio corpo, 
fazendo um acompanhamento para dispor 
informações imprescindíveis para o 
crescimento feminino. 
 Divulgação em tv e redes sociais atingem 
uma população com poder aquisitivo maior 
enquanto existem pessoas que não tem 
acesso a esse tipo de tecnologia. 
 As adolescentes encontram maiores 
dificuldades em conciliar os estudos com os 
cuidados com a criança, o que resulta em 
interrupção e acabam por retardar o 
ingresso no mercado de trabalho. 
 
Objetivo 04: Discutir como é feito o diagnóstico na 
gravidez, os métodos de cálculo da idade 
gestacional e data provável do parto. 
 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico da gravidez pode ser feito pelo 
médico ou pelo enfermeiro da unidade 
básica, de acordo com: 
 
 
 
Existem três maneiras diferentes de se 
diagnosticar a gravidez. Essas três maneiras 
são o método clínico, o ultrassonográfico e o 
hormonal. 
 
 Diagnóstico clínico: 
 
É comum subdividir a descoberta da gravidez 
pelo método clínico em três partes. A primeira 
é a "presunção" o segundo é de 
"probabilidade" e terceiro são os sinais de 
certeza. Sinais de Probabilidade 
 
 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
 
 
 Diagnóstico Hormonal: 
 
O diagnóstico Hormonal é baseado na 
identificação sanguínea ou na urina do 
hormônio Gonadotrofina coriônica Humana 
(HCG). Esse hormônio é produzido pelo ovo. 
Uma semana após a fertilização esse 
hormônio já é produzido em quantidades 
suficientes pelo trofoblasto para ser 
detectado. Existem tipos diferentes de teste 
para a detecção. Esses são os testes 
Imunológicos, radio-imunológicos e o teste de 
ELISA. 
 
Em geral, após um atraso entre 10 e 14 dias, os 
testes possuem sensibilidade entre 97 e 99 
por cento. Mulheres em uso de psicotrópicos, 
com proteinúria ou no climatério (pela reação 
cruzada com o LH) podem gerar falsos 
positivos. 
 
 Diagnóstico Ultrassonográfico 
Hoje é mandatório o uso de ultrassom 
transvaginal no primeiro trimestre da 
gravidez. Com 4 a 5 semanas, aparece pela 
primeira vez o saco gestacional que é uma 
formação arredondada de contornos nítidos 
na ultrassonografia. É já na 6 ou 7 semana que 
através do eco embrionário se detecta a 
pulsação cardíaca do feto. 
 
Cálculo da Idade Gestacional 
A idade gestacional é calculada 
considerando o tempo transcorrido a partir 
da DUM. Na caderneta da gestante, você 
poderá observar que a cada consulta esse 
intervalo é calculado, sendo o número de dias 
do intervalo entre a DUM e a data da 
avaliação divido por sete (resultado em 
semanas). 
 
Data Provável do Parto 
 
A gravidez é datada do 1º dia do último 
período menstrual. A duração média da 
gestação é de 280 dias (40 semanas), e isso 
fornece a data provável do parto, assumindo 
que: 
o O ciclo é de 28 dias 
o A ovulação ocorreu geralmente no 14 o 
dia do ciclo 
o O ciclo foi normal, ou seja, não ocorreu 
imediatamente após a parada de 
contracepção oral ou após gravidez 
anterior. 
 
Na prática usa-se a regra de Nägele, que 
consiste em adicionar à data da última 
menstruação 7 dias e mais 9 meses (ou menos 
3 meses, quando se faz o cálculo retrógrado). 
Por exemplo, se a última menstruação foi em 
10 de novembro (mês 11), temos 10 + 7 = 17, e 11 – 
3 = 8, portanto, 17 de agosto (mês 8) será a 
data provável do parto. 
 
Aparentemente, a gravidez, assim avaliada, 
não teria os 280 dias de duração média que 
lhe foram atribuídos (9 × 30 = 270 + 7 = 277). No 
entanto, há correspondência perfeita: no 
decurso de 9 meses, como norma, 3 ou 4 têm 
31 dias e essa diferença (de 1 dia) torna a regra 
de Nägele a mais aproximada dos referidos 
280 dias 
 
 
 
 
Sara Luiza Costa Silva – MEDICINA 4° Período 
@saraluizacfazmed 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. MONTENEGRO, CAB.; REZENDE F. Obstetrícia 
Fundamental.13. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2014. 
 
2. SASS, N; OLIVEIRA, LG. Obstetrícia. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 
 
3. https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
/wp-
content/uploads/2019/07/304_Manual
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