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RELATORIOFINAL- LARISSA LARA GARCIA

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PROJETO BRINQUEDOTECA ARCO IRIS 
 
1. INSTITUIÇÃO PROPONENTE 
Escola Estadual Júlia Camargos em parceria com o Programa Residência Pedagógica da 
CAPES, 06/2018. 
2. IDENTIFICAÇÃO 
TÍTULO: Brinquedoteca: um espaço criativo dentro da escola - Arco Iris 
PÚBLICO ALVO: Alunos entre 06 e 10 anos de idade, matriculados neste estabelecimento 
de ensino. 
PERÍODO DE DURAÇÃO: Ano letivo de 2018 e 2019. 
3. APRESENTAÇÃO 
 O Projeto teve inicio com a turma do oitavo do sexto Períodos do curso de Pedagogia da 
Universidade de Montes Claros, campus Paracatu/MG no ano de 2018. 
A Escola Estadual Júlia Camargos atende educandos a partir de seis anos de idade 
fundamental até dez anos para ensino fundamental, caracterizando-se, portanto, como uma 
Escola para crianças e pré-adolescentes. O trabalho educativo prestado pela Escola Estadual 
Júlia Camargos na modalidade a que se propõe está pautado em ofertas educacionais formais na 
modalidade de Educação de crianças e compreendendo o Ensino básico e Fundamental. Com 
objetivo de propor um trabalho de atenção a todos que buscam o conhecimento e na qualidade 
de atendimento aos seus educandos e familiares, os profissionais que atuam na escola viram na 
Brinquedoteca uma alternativa eficaz para o processo de ensino aprendizagem. 
 A presença da Brinquedoteca na escola e na vida das crianças tem um papel fundamental 
uma vez que vem proporcionar aprendizagem, aquisição de conhecimentos e desenvolvimento 
de habilidades de forma natural e agradável. Reconhecer o direito da criança e do adolescente 
procurar garanti-lo de acordo com a Constituição vem sendo uma prática da escola quando 
busca responder as necessidades das mães, o direito de ver seus filhos assistir suas aulas 
tranquilas e enquanto as crianças em idade de 6 a 10 anos ) estão na Brinquedoteca, espaço 
tranquilo, seguro e com possibilidades de aprendizagem. No entanto pensar a Brinquedoteca 
num âmbito escolar de crianças e adolescentes é pensar não só num espaço de reconhecimento 
 
 
de direitos dos (a) alunos e alunas, das crianças, mas também pensar na possibilidade de 
parcerias com profissionais de outras instituições de Ensino, em projetos de pesquisa e 
extensão, como mediadores entre a criança e o objeto da brincadeira, é criar espaços de 
formação objetivando especialmente a formação de professores, mediadores, brinquedistas, 
bolsistas, estagiários, é pensar em possibilidades de pesquisa sobre o brincar e o brinquedo, a 
criança na convivência com situações lúdica e de aprendizagem no processo de 
desenvolvimento, como também criar um acervo onde se inclua tanto o brinquedo tecnológico 
quanto o brinquedo construído e fabricado pela própria criança ou artesões. 
 Neste sentido, a Brinquedoteca vem proporcionar um espaço para que o jogo e a brincadeira 
sejam tratados como atividades voluntárias, livres, onde a criança representa seus desejos, sua 
realidade através do faz-de-conta, além de despertar a criatividade, o raciocínio, o significado 
de ganhar e perder e o convívio com outras crianças no mesmo grupo. 
Assim a Escola Estadual Júlia Camargos, através de sua brinquedoteca vem ampliar a 
possibilidade de concretização das intenções educativas, uma vez que possibilita oportunidades 
de educar e cuidar através de brincadeiras livres e orientadas, contribuindo para o 
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com outros em 
uma atitude básica de aceitação, respeito, confiança e o acesso, pelas crianças, aos 
conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. 
 O espaço da Brinquedoteca será inaugurado na data de 17 de maio de 2019, pelas 
acadêmicas egressas no curso de Pedagogia, sétimo período da UNIMONTES residentes na 
escola, docentes, gestores e colaboradores. 
O projeto desde o mês de outubro/2018 tem demandado muitos trabalhos, houve a 
confecção de vários objetos, jogos pedagógicos e decoração da brinquedoteca, a maioria dos 
objetos desta sala foi feito a partir de materiais recicláveis, visando incentivar aos usuários do 
espaço a valorizar e criar seu próprio material proveniente de materiais recicláveis, 
conscientizando a todos a importância da reciclagem para preservação do meio em que 
vivemos. 
As acadêmicas do sétimo, assim como as formandas do ano passado se empenharam 
muito na organização deste espaço, buscando recursos e até doações para a brinquedoteca. Aqui 
estamos entregando o espaço e nos comprometendo a mantê-lo até o fim do Programa 
Residência Pedagógica na escola-campo. Agradecemos a escola que nos incentivou e nos 
ajudou de forma concreta na idealização deste projeto. 
 
 
 
 
4. JUSTIFICATIVA 
 O projeto, Brinquedoteca? Um espaço criativo partiu da constatação das residentes 
lotadas na escola campo a partir de pesquisa e da percepção de um número significativo de 
alunos (as) da Escola Estadual Júlia Camargos, que tanto os profissionais e alunos ali 
diversificados alegando não terem uma área voltada para esse fim, e consequentemente sendo 
um ponto crucial no desenvolvimento sociocultural dos alunos e dos profissionais da 
educação, buscando melhorias na educação básica e fundamental da rede estadual de ensino. 
"As atividades lúdicas fazem parte da vida do ser humano e, em especial, da vida da criança, 
desde o início da humanidade. Entretanto, essas atividades, por muitos séculos, foram vistas 
como sendo sem importância e tendo conotação pejorativa." (SANTOS 2000). O Projeto 
"Brinquedoteca? um espaço criativo" da Escola Estadual Júlia Camargos tem como objetivo 
oferecer um espaço lúdico para que os alunos (as) possam estar desenvolvendo suas 
atividades escolares, se descobrindo e descobrindo também suas habilidades. Além de ocupar 
o tempo ocioso das crianças com atividades lúdicas, promove a oportunidade de aprender 
brincando, o que contribui para o desenvolvimento intelectual da criança com o social. 
 A brincadeira ou jogo possuem desde a antiguidade, a capacidade de oferecer 
divertimento e descontração, seja para uma criança ou para um adulto. Mas também pode ser 
utilizada como um meio de repassar crenças, valores e condutas comportamentais. 
5. METODOLOGIA 
 O presente será desenvolvido por profissionais da área educacional responsável e 
demais voluntários. Para tanto, serão utilizadas diversas estratégias de trabalho, a promoção 
de atividades lúdicas através de jogos pedagógicos, brincadeiras populares, brinquedos 
diversos, leitura de livros de histórias infantis, a produção dos seus próprios brinquedos, 
divulgação à comunidade da existência da Brinquedoteca. Os (as) usuários (as) serão crianças 
na faixa etária entre seis e dez anos de idade. E todas as atividades realizadas pelas crianças 
para observar o seu desenvolvimento além de leituras para promover um embasamento 
teórico a respeito deste trabalho, serão registradas em diários de atividades. 
 
 
 
 
6. OBJETIVOS GERAIS 
 A brincadeira é uma atividade voluntária e consciente, é uma forma de atividade social 
infantil onde a característica imaginativa e diversa do significado da vida, favorece uma ocasião 
educativa única para a criança. Sendo assim, é através da brincadeira que a criança representa o 
discurso externo e o interioriza construindo o seu próprio pensamento, desenvolvendo assim suas 
potencialidades. Neste sentido a brinquedoteca assume uma grande responsabilidade, pois é um 
espaço onde a criança passa a vivenciar situações do seu cotidiano e a criar e desenvolver sua 
própria personalidade, valores, ética e atitudes diante outras criança. Devemos considerar 
também que haja um período em que as crianças e o adulto responsável pelo grupo possam 
conversar sobre as brincadeiras vivenciadas, as questões, e se colocaram o material que 
utilizaram os personagens que assumiram. 
7. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Desenvolver a socialização; 
 Conscientizarsobre a importância em organizar o ambiente após as brincadeiras; 
 Ocupar o tempo ocioso das crianças; 
 Estimular o gosto pela leitura; 
 Aprender o respeito, a ajuda, a cooperação e compreensão entre as pessoas. 
 
8. RECURSOS HUMANOS 
 Profissionais da educação; 
 Estagiários, auxiliares e voluntários. 
 
9. RECURSOS MATERIAIS 
 Espaço físico adequado; 
 Livros para didáticos; 
 Brinquedos pedagógicos; 
 Jogos; 
 Fantasias, 
 Audio-visuais, casinhas; 
 Garrafas (pets, caixas de papelão, caixinha de ovos, latas, tampinhas de garrafas, dentre 
outros); 
 EVA´s, TNT´s. CD´s. 
 
 
10. FASES DO PROJETO 
Dentro de uma visão pedagógica moderna, a Escola Estadual Júlia Camargos 
desenvolverá com a parceria dos profissionais designados, as atividades com as crianças assim 
denominadas: 
1. Dança da cadeira, brincadeiras de faz-de-conta; 
2. Teatro de fantoches; 
3. Brincadeiras com fantasias de palhaço, mágico, bailarina; 
4. Brincadeira de roda, de bola, pula corda, pega-pega, esconde-esconde; 
5. Jogos como: quebra-cabeça, jogo da memória, tiro ao alvo, pega vareta, boliche, puxa palito, 
encaixe, jogo com massa de modelar, dominó, jogo de montar; 
6. Jogo de perguntas e respostas; 
7. Leitura de livros infantis, 
8. Confecção de brinquedos e objetos com material reciclável, 
9. Pintura livre e com desenhos prontos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11. BIBLIOGRAFIA 
 
CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 3. ed. São Paulo: Vetor, 2001. 
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 13 ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982. 
LOPES, Maria da Glória. Jogos na educação: criar, fazer, jogar. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005. 
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. 
SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico. Petrópolis, RJ: Vozes, 
2000. 
 
Autoras: 
Antônia Marina G. Batista Santana 
Caroline Rodrigues 
Edileuza Correa de Oliveira 
Elcimeire Rodrigues de Sousa 
Larissa Lara Garcia 
Leilane Moreira Alves 
Lidiane Aparecida Carvalho Silva 
Liliane Moreira de Barros 
Maria José Gonçalves Simões 
Raissa Silva Borges 
Thais Ruela Magalhães 
 
 
 
 
 
 
 
 
CERTIFICADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTOS 
 
 
 
 
 
 
RELATO DE EXPERIÊNCIA 
 
RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: UM PROGRAMA QUE POSSIBILITA O DISCENTE UNIR 
TEORIA A PRÁTICA 
 
Introdução 
O programa Residência Pedagógica está proporcionando aos discentes a oportunidade de 
acompanhar alunos que enfrentam dificuldades no processo de aprendizagem permitindo-os unir todo 
conhecimento adquirido na academia de ensino com a prática a prática em sala de aula, preparando-os 
para o futuro profissional. Além disto, auxilia a escola da rede pública de educação básica, esta parceria 
vem de encontro aos desafios que o professor regente enfrenta dentro da sala de aula ao se deparar com 
uma classe cheia e com alguns alunos necessitando de uma atenção especial devido as suas dificuldades 
no processo de aprendizagem. 
 
Material e métodos 
Através da Residência Pedagógica realizamos pesquisas por meio de revisão bibliográfica, 
constituída por livros, artigos e também através de atividades desenvolvidas com alunos da escola 
Estadual Júlia Camargos. O contato direto com os alunos nos possibilitou direcionar nossa pesquisa para 
um foco especifico. Grande parte das pesquisas girou em torno dos graves problemas na Alfabetização. 
Trabalhamos textos, solicitamos que cada aluno produzisse um texto a partir de figuras ilustrativas, além 
disso, tomamos várias leituras, visto que foi percebido um déficit tanto na escrita quanto na leitura Em 
outros momentos lemos histórias para os alunos e pedimos que cada um explicasse do que se tratava a 
história. Aplicamos varias atividades diagnósticas, algumas dessas atividades contendo conteúdos de 
séries anteriores, com isso buscamos alcançar com mais precisão reconhecer o nível de alfabetização em 
que cada aluno se encontrava, por meio dessas atividades evidenciamos que todos os alunos apresentavam 
um desempenho muito baixo. 
Os alunos que participaram das intervenções da Residência Pedagógica demonstraram um 
déficit na alfabetização, e no letramento. 
 
Resultado e discussão 
Pensando nos objetivos do programa Residência Pedagógica, elaboramos e 
desenvolvemos algumas atividades diagnósticas a fim de nos inteirarmos a respeito do nível 
de alfabetização e letramento em que os alunos atendidos pelo programa se encontravam. 
Após o resultado desenvolvemos estratégias metodológicas voltadas para o objetivo de 
amenizar as dificuldades destes alunos. Ao chegar à escola nos deparamos com a realidade de 
alguns alunos das séries iniciais que nos trouxe alguns questionamentos sobre o que leva esse 
aluno enfrentar dificuldades significativas no seu processo de alfabetização e letramento. 
Antes de ter qualquer contato com a sala de aula, várias impressões sobre a causa das 
dificuldades na aprendizagem foram levantadas, entre elas a falta de preparo por parte dos 
professores, falta de estrutura escolar, entre outros. No entanto no contato direto com os 
alunos, algumas outras hipóteses surgiram, como a falta de base familiar e até mesmo o 
descaso do sistema educacional, que faz com que este aluno avance os níveis educacionais 
sem que o processo ensino aprendizagem esteja ocorrendo de forma efetiva. Não que elas não 
enfrentem alguma dificuldade no processo ensino aprendizagem, mas sim que estas 
dificuldades não foram trabalhadas a fim de sana-las, fazendo com que as dificuldades deste 
aluno se tornem um problema que deverá ser solucionado no ano a posterior. 
Ao analisar as atividades diagnósticas que foram desenvolvidas, ficou evidente que 
algumas crianças demonstravam características de alunos recém-chegados a fase alfabética, 
(Moraes, 2012, p 65) declara que este período se dá quando o indivíduo ainda acredita no 
princípio alfabético, em que cada letra deve corresponder a um som e vice-versa. Com isso 
tendem a concluir que não possuem mais nenhum problema na escrita. O autor ainda afirma 
que não se deve considerar alfabetizado alguém que alcançou uma hipótese alfabética, e que 
isto é um equívoco que professores e formuladores das políticas públicas de alfabetização não 
podem cometer. 
Outro equívoco que deve ser sanado é que um indivíduo alfabetizado seja também 
letrado, visto que cada um dos processos possui a sua conceptualização. 
Ao conceituar o termo alfabetização e letramento, devemos ter em mente que 
conceito é algo subjetivo, mas isto ocorre não porque o conceito em si mudou e sim porque o 
meio em que ele está inserido passou por transformações, visto que o mundo está em 
constantes mudanças, gerando com isso novos significados, novas visões a respeito de 
determinados assuntos. Assim como declara (KLEIN, 2002, p. 69) quando diz que não existe 
um conceito pronto e acabado, sobre algo, isso porque podemos construir novas relações. 
Contudo a autora afirma que isto não significa que as coisas não possuem conceitos pré- 
determinados, visto que na relação humana o conceito é determinado pelo que esta relação 
determina que seja. Nesta perspectiva o conceito é pronto e acabado, o que vai fazer com que 
haja alguma alteração no conceito vai ser a conexão do homem com algum objeto, ou seja, 
quem muda não é o conceito em si, mas sim o meio em que ele está inserido. 
O dicionário Aurélio, traz que alfabetizar consiste em ensinar a ler e escrever 
(FERREIRA, 2001, p.30). Este é um conceito bem amplo, isto porque, incorpora o sistema 
notacional, sua identificação e interpretação. Sendo assim um indivíduo alfabetizado é 
caracterizado por saber ler e escrever. Contudo não foi esta realidade encontrada com as 
crianças que estão sendo beneficiadaspelo programa residência pedagógica, isso porque 
demonstram dificuldade tanto na escrita quanto em relacionar a escrita com a fala. (Brotto, 
Castro, 2006, s/p.) afirmam que recuperar a lógica do tema alfabetização, é ultrapassar as 
características sonoras, gráficas e de usos em práticas sociais, e ir além, ou seja, nos aspectos 
do letramento. É também aprender o sentido da palavra, seu significado. 
Já para Paulo Freire o conceito de alfabetização tem um significado mais amplo, 
isso porque vai além do aprendizado dos códigos escritos, pois, como prática discursiva, 
viabiliza uma leitura crítica da realidade, se estabelece como um importante dispositivo de 
recuperação da cidadania e intensifica o compromisso do cidadão nos movimentos sociais que 
lutam pela melhoria do bem-estar e pela mudança social (Paulo FREIRE, Educação na cidade, 
1991, p. 68 Apud GADOTTI). 
O (Caderno do educador, 2010, p. 10), define a alfabetização como sendo a 
aprendizagem do código da escrita e da leitura. Nele apresenta a afirmação de Magda Soares, 
que afirma que esta aprendizagem ocorre pela compreensão de uma técnica, como escrever e 
reconhecer letras, usar o papel, entender o sentido da escrita, reconhecer unidades menores 
que compõem o sistema de escrita (palavras, sílabas, letras). 
Em se tratando de letramento, vamos encontrar a afirmação feita por (Soares 
2001, p.34) que declara que o termo letramento surgiu devido a manifestação de um 
fenômeno que antes não existia ou que se existia não era percebido por isto não tínhamos 
designação para ele. 
De acordo com Soares citada por Morais e Albuquerque (2007, p. 47): 
Alfabetizar e letrar são duas ações que se diferem, mas que são inseparáveis. Segundo a 
autora o indicado seria alfabetizar e ao mesmo tempo letrar, ou seja, permitir que o indivíduo 
se torne alfabetizado e letrado em um mesmo processo. Pois o mesmo estará, segundo a 
autora, sendo ensinado a ler e escrever dentro do contexto das práticas sociais da leitura e da 
escrita. 
No portal da Educação encontramos as diferenças entre letramento e 
alfabetização. A alfabetização de acordo com o portal consiste em ensinar o código escrito, 
signos e suas definições, ensinar a leitura, codificação e decodificação. Já o letramento se dá 
pela reflexão e interpretação, leitura e compreensão de textos, função social, leitura de mundo, 
assim como práticas que utilizem à escrita. 
De acordo com (Moraes, 2012, p 21), nós vivemos em um país que as taxas de 
insucesso na alfabetização vêm diminuindo, mas, ainda continuam aquém do aceitável. Ele 
afirma que para entendermos essa história, devemos recordar que, o ingresso à escola pública 
tornou-se, um direito, apenas no início do século XX e mesmo assim, até o início dos anos 90, 
a quantidade de crianças e adolescentes entre sete e quatorze anos que não estavam na escola 
era maior que 15%. Ele ainda destaca a falta de eficiência da escola diante do analfabetismo 
no primeiro ano do ensino fundamental. 
Os resultados são alarmantes, principalmente quando se pensa no fato de que a 
escola pública se tornou um direito em uma data tão recente, e que mesmo sendo um direito 
garantido por lei, ainda é possível vê muitas crianças e jovens sem terem acesso à escola. Por 
outro lado, ainda é possível encontrar dentro das escolas, crianças com grandes dificuldades 
no processo de alfabetização e letramento. 
Levando em consideração a afirmação de Soares citada por Morais e 
Albuquerque (2007, p. 47), que alfabetizar e letrar são duas ações que mesmo que diferentes 
devem ocorrer de forma unificada, desenvolvendo assim, além do aprendizado da leitura e da 
escrita, o aspecto da interpretação de textos, compreensão, reflexão, ou seja, favorecer que o 
indivíduo consiga ser envolver conviver socialmente através do domínio da prática social da 
leitura, o desafio dos professores se dá em fazer com que este processo de alfabetização e 
letramento ocorra de forma significativa. Para isto é necessário que o professor crie um 
ambiente propicie a alfabetização. De acordo com (FERREIRO, 1993), neste ambiente não 
deve conter apenas livros bem editados, mas todo e qualquer material que o aluno terá acesso 
à escrita, pois através da variedade de materiais o professor terá ferramentas para desenvolver 
o seu trabalho. 
Isto permitirá que o aluno tenha acesso aos variados meios de comunicação, leituras, e 
através desta metodologia poderá se trabalhar também a escrita. 
Assim como afirma (SOARES, 2000) alfabetizar letrando significa oferecer a criança 
uma orientação para que ela aprenda a ler e escrever fazendo uma conexão com práticas reais 
da leitura e da escrita. Ou seja, fazendo com que ela se torne um indivíduo crítico. 
Conclusão 
 
 
A Residência Pedagógica nós proporcionou adquirir uma bagagem significativa pra a 
nossa vida profissional, pois através do programa vivenciamos realidades de aprendizagem 
que encontraremos em sala de aula. Através das atividades desenvolvidas nas intervenções 
pudemos afirmar os alunos atendidos pelo programa possuem sim uma dificuldade 
significativa no processo ensino aprendizagem, porém se estas dificuldades forem trabalhadas 
de forma direcionada é possível alcançar êxito, pois nós como residentes alcançamos êxito 
frente às dificuldades de muitos alunos, pois nós dispusemos a trabalhar de forma direcionada 
e com dedicação pelo o que estávamos fazendo. Esta afirmação se dá pelas atividades que 
foram desenvolvidas com cada um, mesmo demonstrando algumas limitações em desenvolvê- 
las, quando eram estimulados através de elogios ou através de alguma referência sobre a 
palavra ou texto requisitado conseguiam alcançar resultados mesmo que parciais. 
O programa Residência Pedagógica está proporcionando aos discentes à 
oportunidade de acompanhar esses alunos unindo prática a teoria, preparando-os para o futuro 
profissional. Além disto, auxilia a escola da rede pública de educação básica, esta parceria 
vem de encontro aos desafios que o professor regente enfrenta dentro da sala de aula ao se 
deparar com uma classe cheia e com alguns alunos necessitando de uma atenção especial 
devido as suas dificuldades no processo ensino aprendizagem. 
 
Referências: 
 
BROTTO, I. J. O. Alfabetização: um tema, muitos sentidos. Tese de doutorado. Universidade 
Federal do Paraná - Setor de Educação. Curitiba - PR, 2008. 238 fls. 
 
Caderno do educador: alfabetização e letramento 1 / Janine Ramos Lopes, Maria Celeste Matos de 
Abreu, Maria Célia Elias Mattos. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação 
Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2010. 68 p.: il. -- (Programa Escola Ativa) 
 
FERREIRO, Emilia. Com todas as letras. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1993 
 
 
FERREIRA, Aurélio Buarque de Olanda. Mini Aurélio. O minidicionário da língua 
Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000 
 
GADOTTI, Moacir. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO. Como negar nossa história. 
Disponível em: acesso em: 20/12/2019 
 
KLEIN, L. R. Alfabetização: quem tem medo de ensinar. São Paulo: Cortez, 2002. 
 
 
MORAIS, Artur Gomes. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2012. 
 
Portal educação. Diferenças entre alfabetização e letramento. Disponível 
em:<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/diferencas-entre- 
alfabetizacao-e-letramento/35083/> acesso em 10/12/2019 
 
MORAIS, Artur Gomes de; ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de. Alfabetização e 
letramento. Construir Notícias. Recife, PE, v. 07 n.37, p. 5-29, nov/dez, 2007. 
 
SOARES, M. Letrar é mais que alfabetizar. Jornal do Brasil, 26 nov. 2000. Disponível em: 
http://intervox.nce.ufrj.br/%7Eedpaes/magda.htm. Acesso em: 20/12/2019 
 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/diferencas-entre-alfabetizacao-e-letramento/35083
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/diferencas-entre-alfabetizacao-e-letramento/35083
http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/magda.htm

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