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Resumão GINECOLOGIA (patologia)

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THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
Material contendo os resumos dos seguintes assuntos: 
1. Esfregaço cérvico-vaginal normal ------------------------------------------------------------------------------------- 1 a 3 
2. Histologia da mama e do sistema reprodutor feminino ------------------------------------------------------------ 4 a 11 
3. Microbiota vaginal e vaginose bacteriana -------------------------------------------------------------------------- 12 a 16 
4. Elementos não epiteliais e alterações celulares -------------------------------------------------------------------- 17 a 24 
5. Agentes infecciosos do trato genital feminino --------------------------------------------------------------------- 25 a 31 
6. Anatomia e Histologia da placenta ---------------------------------------------------------------------------------- 32 a 56 
7. HPV e lesões malignas ------------------------------------------------------------------------------------------------ 57 a 82 
8. Fisiologia da placenta e patologias placentárias ------------------------------------------------------------------ 83 a 112 
9. Imunologia da gestação e infecções placentárias ----------------------------------------------------------------113 a 128 
10. Imunologia das vacinas ------------------------------------------------------------------------------------------- 129 a 145 
11. Diagnóstico laboratorial da gravidez e exames pré-natais ----------------------------------------------------146 a 147 
 
 
 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
2 
1. ESFREGAÇO CÉRVICO-VAGINAL NORMAL (Profº Wesley Gomes e Prof.ª Aline Freitas) 
 - As céls do EPITÉLIO ESCAMOSO são divididas em 3 grupos: 
o Células superficiais: células que estão morrendo ou já estão mortas e vão descamar. Encontram-se na 
superfície. O núcleo é condensado e 
picnótico. Ela tem cor: 
- Eosinofílica/rosa: quando está madura, 
encontrando-se mais na superfície. 
- Cianofílica/ azul: quando está imatura, mais 
próxima da camada de céls intermediárias. 
o Células intermediárias: possuem muito 
glicogênio em seu citoplasma. O núcleo é 
maior e não é tão condensado. 
Fisiologicamente, tem coloração azul. 
- As bactérias da microbiota utilizam o glicogênio 
das células intermediárias para realizar fermentação 
lática e produzir ácido lático, deixando o pH vaginal 
ácido → mecanismo de proteção da vagina (proteção 
contra infecções). 
- Fase secretora (lútea) do ciclo menstrual: rica em células intermediárias e, portanto, glicogênio. 
o Células profundas: divididas em basal e parabasal. São arredondadas, menores que as células superficiais e 
intermediárias e o núcleo é maior em proporção. Fisiologicamente, tem coloração azul. 
- Na mulher, na infância e na pós-menopausa, predomina-se células profundas. 
 
 
 
 
EPITÉLIO METAPLÁSICO 
- As céls escamosas podem sofrer metaplasia e mudar seu formato e tamanho original, podendo adquirir formatos 
fusiformes, de gota ou estrelado. 
- As céls metaplásicas são menores que as do epitélio escamoso e maiores que as do epitélio colunar. Tem formato 
irregular, já que está em processo de diferenciação (observe na imagem acima). 
Sob ação do estrogênio → predomínio das células superficiais. 
Sob ação da progesterona → predomínio das células intermediarias. 
Sem efeito hormonal → predomínio de células profundas. 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
3 
EPITÉLIO COLUNAR 
- Está presente na endocérvice. Pode ser encontrado de duas formas: 
o Empaliçadas: são grupos com um número menor de céls, as 
quais se dispõem em fileira. 
o Favo de mel: céls agrupadas em favo de mel produzem muco 
de coloração branca devido à grande qtde de Lactobacillus e 
tem como função proteger a mucosa. 
 
 
 
 
 
 
 
ELEMENTOS NÃO EPITELIAIS 
- Existem alguns elementos não epiteliais que podem estar presentes no esfregaço, tais como: 
o Muco 
o Polimorfonucleares (PMN) 
o Hemácias 
o Histiócitos (macrófagos) 
o Sptz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
4 
2. HISTOLOGIA DA MAMA E DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO (Profº Claudinei; Prof.ªs Aline; Léa) 
MAMAS 
- Pele: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado 
- Tecido conjuntivo denso não modelado → dá sustentação à mama. 
- Espaços vazios→ tecido adiposo 
o Glândula mamária em repouso (pequena) – mulher que nunca engravidou (epitélio estratificado pavimentoso 
queratinizado). 
o Glândula mamária em lactação (mama grande e com ductos maiores também) – grávida/glândula produz 
leite (epitélio cúbico estratificado). 
- Note que há a pele, que reveste 
externamente a mama. Abaixo da pele 
tem conjuntivo frouxo e depois 
conjuntivo denso não modelado. 
- À medida que vai adentrando, 
encontra-se tecido adiposo e ductos 
grandes que são os ductos 
lactíferos/galactíferos—que levam o 
leite produzido para a região da aréola 
 
 
 
 
- Observe ao lado (dentro do círculo) que, nas laterais dos 
ductos lactíferos, têm como se fossem ductos menores que 
encontram os alvéolos da mama (pequenas estruturas que 
produzirão, futuramente, o leite). 
- Na região de pele há glândulas sebáceas e folículos 
pilosos. Já na região da aréola não há pelos e nem 
glândulas sebáceas. 
 
 
 
queratinizado 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
5 
 
GLÂNDULA MAMÁRIA EM REPOUSO: 
- Observe que as regiões circuladas na imagem ao lado 
são os alvéolos, os quais estão em pequeno número, 
caracterizando uma mama atrofiada (em repouso). São 
pequenos e não tem nenhuma secreção nos lúmens. O 
epitélio desses alvéolos, na mama em repouso, é 
estratificado cúbico (2 a 4 camadas de céls). 
- Observe nas duas imagens logo abaixo a presença do 
tecido adiposo e de músculo estriado esquelético (que é 
o músculo peitoral que passa debaixo da mama). 
 
GLÂNDULA MAMÁRIA EM LACTAÇÃO: 
 
- Os seios lactíferos originam dos 
ductos lactíferos principais 
(grandes) e desembocam na aréola. 
- Observe, ao lado, a grande 
quantidade de alvéolos (cada 
bolinha é um alvéolo). Na mama em 
lactação, esses alvéolos são maiores, 
possuem paredes mais finas e todos 
cheios de secreção (leite), que é 
jogada no ducto. 
 
 
 
 
 
 
 
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SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
 
 
 
 
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3. MICROBIOTA VAGINAL E VAGINOSE BACTERIANA (Profº Claudinei e Prof.ªs Aline e Léa) 
 
 
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4. ELEMENTOS NÃO EPITELIAIS E ALTERAÇÕES CELULARES (Profº Wesley Gomes) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURAS: 
- Hemácias 
- Muco 
- PMN 
- Células profundas 
- Células Intermediárias 
ALTERAÇÕES: 
- Cariopicnose 
- Metacromasia 
ESTRUTURAS: 
- Muco 
- PMN 
- Célula endocervical (em favo de mel) 
- Célula superficial 
- Célula Intermediária 
SEM ALTERAÇÕES 
 
 
 
ESTRUTURAS: 
- Hemácias 
- Muco 
- PMN 
- Histiócito 
- Célula superficial 
- Célula metaplásica 
ALTERAÇÕES: 
- Formas aberrantes 
- Metacromasia 
- Cariopicnose 
 
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ESTRUTURAS: 
- Hemácias (bolinhas vermelhas) 
- Muco (aspecto de pincel) 
- PMN e histiócitos 
- Céls superficiais, intermediárias e profundas 
- Céls metaplásicas 
ALTERAÇÕES: 
- Formas aberrantes - Metacromasia 
- Cariopicnose 
- Cariólise (cél sem núcleo) 
ESTRUTURAS: 
- Hemácias 
- PMN 
- Muco 
- Histiócito (núcleo gigante) 
- Cél superficial (canto inferior direito) 
SEM ALTERAÇÕES 
ESTRUTURAS: 
- Hemácias 
- Muco 
- Céls profunda, intermediária e superficial 
- PMN 
ALTERAÇÕES: 
- Vacuolização (bolhas no citoplasma) - na 
cél profunda 
- Metacromasia (presença de duas cores na 
mesma cél) - na cél superficial 
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ESTRUTURAS: 
- Muco (cor rosácea, o que é normal) 
- PMN 
- Céls intermediárias 
ALTERAÇÕES: 
- Vacuolização 
- Metacromasia 
ESTRUTURAS: 
- Hemácias - Muco filamentoso 
- PMN e histiócitos - Cél metaplásicas 
- Cél superficial - Cél profunda 
ALTERAÇÕES: 
- Forma aberrante 
- Pseudoeosinofilia 
 
ESTRUTURAS: 
- Muco filamentoso 
- PMN espalhados 
- Céls intermediárias 
- Cél superficiais 
- Cél profunda 
ALTERAÇÕES: 
- Metacromasia 
- Vacuolização 
- Cariólise 
 
 
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ESTRUTURAS: 
- Muco 
- PMN (inclusive sobre algumas céls) 
- Céls intermediárias 
- Cél superficiais 
- Cél profunda 
ALTERAÇÕES: 
- Metacromasia 
- Binucleação 
- Cariólise 
 
ESTRUTURAS: 
- Muco 
- Hemácias 
- PMN (inclusive sobre algumas céls) 
- Céls intermediárias 
- Cél superficiais 
- Cél profunda 
ALTERAÇÕES: 
- Metacromasia (em cél profunda) 
- Cariomegalia (núcleo maior do que o normal) 
- Binucleação 
 
ESTRUTURAS: 
- Muco - PMN 
- Céls intermediárias 
- Cél superficiais (núcleo picnótico) 
- Cél profunda 
ALTERAÇÕES: 
- Metacromasia 
- Pseudoeosinofilia (em cél profunda) 
- Cariorrex (núcleo fragmentado) 
- Cariopicnose (núcleo menor do que o normal) 
 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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ESTRUTURAS: 
- Hemácias - Muco 
- PMN 
- Cél profunda (núcleo bem frouxo) 
- Cél metaplásica 
ALTERAÇÕES: 
- Formas aberrantes - Metacromasia 
- Halo perinuclear - Cariólise 
- Pseudoeosinofilia - Cariorrex 
 
 
- Cariopicnose 
 
ESTRUTURAS: 
- Hemácias 
- Muco 
- PMN 
- Céls superficiais e intermediárias 
- Cél metaplásica 
ALTERAÇÕES: 
- Formas aberrantes - Pseudoeosinofilia 
- Cariomegalia - Multinucleação 
- Amoldamento nuclear 
ESTRUTURAS: 
- Muco 
- PMN 
- Lactobacilos (risquinhos pequenos) 
- Céls intermediárias 
- Cél metaplásica 
ALTERAÇÕES: 
- Halo perinuclear 
- Metacromasia 
- Citólise (Núcleo sem citoplasma) 
 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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ESTRUTURAS: 
- Hemácias - Muco - PMN 
- Céls endocervicais 
- Céls superficial e intermediária 
ALTERAÇÕES: 
- Pseudoeosinofilia 
- Coilocitose (halo perinuclear + atipia 
nuclear)  Patognomônico de HPV 
- Multinucleação 
- Metacromasia 
- Cariomegalia 
 
ESTRUTURAS: 
- Hemácias - Muco - PMN 
- Céls superficial e intermediária 
ALTERAÇÕES: 
- Cariomegalia (em cél intermediária) 
- Multinucleação - Amoldamento nuclear 
- Cromatina fosca (embaçada) 
- Cromatina condensada na periferia do núcleo) 
Obs.: Essas alterações são características do 
Herpes. 
 
 ESTRUTURAS: 
- Hemácias (bloco com 3) 
- Muco 
- Lactobacilos 
- PMN 
- Céls intermediárias 
ALTERAÇÕES: 
- Pseudoeosinofilia 
- Halo perinuclear (na cél com 
pseudoeosinofilia) 
 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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ESTRUTURAS: 
- Hemácias 
- Muco 
- PMN 
- Céls superficiais, intermediárias e profunda 
ALTERAÇÕES: 
- Cariomegalia 
- Inclusão nuclear 
- Cromatina condensada na periferia do núcleo 
Obs.: Essas alterações são características do 
Herpes. 
 
ESTRUTURAS: 
- Hemácias - Muco - PMN 
- Céls superficiais 
- Gardnerella vaginalis (aspecto arenoso) 
ALTERAÇÕES: 
- Multinucleação 
- Cromatina condensada na periferia do núcleo 
- Amoldamento nuclear 
- Cromatina fosca 
Obs.: Essas alterações são características do 
Herpes. 
 
 
ESTRUTURAS: 
- Muco 
- PMN (dispersos no muco) 
- Céls superficiais e intermediárias 
ALTERAÇÕES: 
- Pseudoeosinofilia 
- Binucleação 
- Coilocitose (áreas claras ao redor de núcleos 
atípicos)  alteração pelo HPV 
 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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ESTRUTURAS: 
- Muco (em excesso, por isso, é importante 
retirar o excesso na hora da coleta, pois 
atrapalha a visualização) 
- Hemácias 
- PMN 
- Céls intermediárias 
ALTERAÇÕES: 
- Pseudoeosinofilia 
- Cariomegalia 
- Coilocitose 
 
ESTRUTURAS: 
- Muco - Hemácias - PMN 
- Céls superficial e intermediária 
ALTERAÇÕES: 
- Multinucleação - Amoldamento 
nuclear 
- Inclusão nuclear (áreas escuras dentro do 
núcleo)  característico de Herpes 
- Cariomegalia 
- Citólise (causada pelos lactobacilos) 
- Cromatina condensada na periferia do 
núcleo 
- Pseudoeosinofilia 
 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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5. AGENTES INFECCIOSOS DO TRATO GENITAL FEMININO (Profº Wesley Gomes) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LACTOBACILOS DODERLEIN 
- Microbiota vaginal normal 
- Lactobacilos (risquinhos em cima ou entre as 
céls), se alimentam do glicogênio da célula por 
meio da citólise celular, restando pedaços de 
citoplasma 
- Observa-se núcleos desnudos (devido à citólise) 
- Predomínio de céls intermediárias 
Gardnerella vaginalis 
- Presente na microbiota vaginal normal 
- Aspecto arenoso (cocobacilo) 
- Cél indicadora/ Clue cell  cél mais corada 
com aspecto sujo, sendo patognomônico de 
VAGINOSE BACTERIANA 
- Praticamente não dá para ver PMN 
- Encontra-se céls superficiais e intermediárias. 
ESFREGAÇO ATRÓFICO (PÓS-
MENOPAUSA) 
- Predomínio de céls profundas 
- Muco mais espesso (aspecto filamentoso) 
entremeado por cocos (microbiota cocoide) 
- Presença de muitos PMNs 
- Céls apresentam muita alteração 
inflamatória, tais como, Metacromasia, 
Binucleação, Cariopicnose, Cariorrex e 
Formas aberrantes. 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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Gardnerella vaginalis e Leptotrix 
- Céls superficiais e intermediárias entremeadas 
por um fundo arenoso (Gardnerella vaginalis, 
a qual pode surgir de forma oportunista, 
sobretudo quando há queda de pH) 
- Leptotrix (parece linhas): bactéria 
filamentosa, comensal e oportunista. Não causa 
nenhuma inflamação, mas pode ser encontrada, 
comumente, na TRICOMONÍASE 
- Trichomonas vaginalis: observadasnos 
círculos. Geralmente são coradas em azul. 
 
Actinomyces 
- Bactéria oportunista, filamentosa ramificada 
(observada no círculo)  Borrões violáceos 
- Relacionada às mulheres usuárias de DIU 
- Presença de um acentuado infiltrado inflamatório 
- Aspecto arenoso, o qual sugere G. vaginalis 
Chlamydia trachomatis 
- Bactéria intracelular obrigatória 
- Observar em céls profundas, metaplásica 
e endocervical presença de vacuolização 
com inclusão  sugere C. trachomatis, 
porém sua presença só é confirmada com 
exame de PCR ou imunológico. 
- Essa bactéria causa a doença 
denominada CLAMIDIOSE. 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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Candida sp. 
- Observa-se hifas com septações e 
ramificações ou leveduras espalhadas na 
amostra, características da Candida (não dá 
para identificar qual o tipo somente pela 
citologia, mas, em 90% dos casos, será C. 
albicans). 
- Observa-se Metacromasia e Cariomegalia. 
Candida sp. 
- Predomínio de céls intermediárias, 
algumas com Cariomegalia. 
- Presença de lactobacilos (risquinhos) 
- Linhas roxas (algumas septadas, 
outras ramificadas) e presença de 
leveduras  Candida sp. 
Candida sp. 
- Também pode se apresentar em forma de 
leveduras (representadas pelas bolinhas entre 
as céls), são menores que os PMNs, podendo 
ter brotamento. 
- Quando estão espalhadas, sem formar 
grupos  Candida sp. 
 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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Candida sp. 
- Observa-se leveduras em vários locais 
- Cariomegalia 
- PMNs 
- Presença de Lactobacillus 
- É Candida sp., porque estão 
espalhadas em vários locais. 
Candida glabrata 
- Quantidade maior de leveduras, formando 
grupos 
- Quando se mexe no micrometro, essas leveduras 
brilham (como observado na imagem acima) 
- Ausência de hifas e presença de leveduras. 
Obs.: 
o C. glabrata: não forma hifas em tecido 
biológico. Logo, veremos somente 
leveduras, que estarão agrupadas. 
o Candida sp: presença de hifas e leveduras 
espalhadas. 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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Trichomonas vaginalis 
- É um parasita transmitido sexualmente e causa 
inflamação no colo uterino e na vagina 
- Corrimento bolhoso, fétido, esverdeado-acinzentado 
- Colo em framboesa 
- Observa-se Halo perinuclear 
- Pontinhos espalhados  G. vaginalis 
- Estruturas 3x maiores que os PMNs e menor do que a 
célula  T. vaginalis, que englobam a célula, formando 
o “banquete celular”. 
Trichomonas vaginalis 
- Halo perinuclear 
- Presença de estruturas irregulares de cor 
azulada/esverdeada  Trichomonas 
vaginalis (dentro do círculo) 
- Na TRICOMONÍASE, é muito comum 
achar Cariomegalia, pseudoeosinofilia e halo 
perinuclear, além da presença do patógeno, 
que confirma a infecção. 
Herpes simples 
- Células mais arroxeadas, Cariomegalia, 
multinucleadas e com amoldamento nuclear. 
- Cromatina concentrada na periferia da cél. 
- Parte central do núcleo embaçado, com 
aspecto de “vidro fosco” 
- Há infiltrado inflamatório, com presença de 
PMNs e sangue (hemácias) 
- Às vezes, pode haver inclusão nuclear. 
Obs.: Características de HERPES. 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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Herpes simples 
- Grupo celular com núcleos grandes 
(Cariomegalia), com cromatina concentrada 
na periferia e borrões escuros no centro 
(característicos de inclusão nuclear)  
Herpes 
- Para ser Herpes, não necessariamente 
precisa ter Multinucleação (as 
características acima já podem sugerir 
Herpes) 
- Presença de hemácias e infiltrado 
inflamatório (PMNs). 
Herpes simples 
- Amoldamento nuclear 
- Cromatina com aspecto de vidro fosco e condensada 
na periferia (como se alguém passasse um lápis, 
destacando os núcleos) 
- Presença de hemácias e PMNs 
- Cariomegalia 
- Coloração maia arroxeada. 
HPV 
- Coilocitose (núcleo atípico + área clara em 
volta desse núcleo)  Patognomônico de 
HPV 
- As partículas do vírus vão acumulando ao 
redor do núcleo e essa região não cora bem. 
- HPV pode ser encontrado junto com 
outros patógenos, mas sempre terá 
Coilocitose (lesão intraepitelial de baixo 
grau- LSIL). 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HPV 
- Céls intermediárias 
- Céls endocervicais (dentro do círculo) 
- Algumas céls com halo perinuclear 
- Presença de Coilocitose  HPV (lesão 
intraepitelial de baixo grau- LSIL). 
HPV 
- Céls intermediárias pseudoeosinofílicas 
com área clara em volta do núcleo, 
geralmente cariomegálico ou com 
Binucleação  Coilocitose 
- Céls superficiais maduras e sem alterações 
(localizadas mais abaixo) 
- Presença de PMNs. 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
32 
6. ANATOMIA E HISTOLOGIA DA PLACENTA (Profº Wesley Gomes) 
I. Desenvolvimento embriológico da placenta na 1ª e 2ª semana 
1ª semana: 
- Inicialmente, ocorre a liberação do óvulo. Depois o sptz chega até o ovulo e ocorre a fertilização, que é o estágio inicial 
do processo de reprodução. 
- Após isso ocorre a divisão celular/ clivagem até formar a MÓRULA, a qual já está entrando para dentro do útero. 
Posteriormente, há formação do BLASTOCISTO (cerca de 5 dias), o qual se implanta no útero (nidação), formando 
duas massas celulares: (1) embrioblasto, que fica no centro/internamente e (2) trofoblasto, que fica ao redor. 
2ª semana: 
- Desenvolvimento do trofoblasto 
- Desenvolvimento do disco embrionário bilaminar 
- Desenvolvimento do âmnio 
- Desenvolvimento do saco vitelino 
- Desenvolvimento dos sinusoides 
- Desenvolvimento do celoma extraembrionário 
- Desenvolvimento do córion 
Desenvolvimento do trofoblasto 
- Aproximadamente 8 dias após a fertilização, o trofoblasto desenvolve duas camadas na região de contato entre o 
blastocisto e o endométrio: 
o CITOTROFOBLASTO (céls jovens que se diferenciam em sinciciotrofoblasto): forma novas céls 
trofoblásticas. 
o SINCICIOTROFOBLASTO: secreta enzimas permitindo ao blastocisto penetrar no endométrio e produz um 
hormônio: a gonadotrofina coriônica humana (hCG) —que é idêntica ao LH, permitindo o corpo lúteo ficar 
ativo (corpo lúteo gravídico), que é responsável por produzir progesterona e estrogênio na gestação. 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
33 
Desenvolvimento do disco embrionário bilaminar 
- Em torno do 8ª dia após a fertilização, a massa celular 
interna (embrioblasto) se diferencia em 2 camadas: 
o HIPOBLASTO (parte externa/ na superfície) 
o EPIBLASTO (parte interna/profundamente) 
 
Desenvolvimento do âmnio 
- Aparece uma pequena cavidade dentro do epiblasto: CAVIDADE AMNIÓTICA—preenchida por líquido amniótico. 
- À medida que a cavidade se expande, uma fina membrana protetora, chamada ÂMNIO, desenvolve-se a partir do 
epiblasto. 
Desenvolvimento do saco vitelino 
- Também no 8º dia após a fertilização, as céls do hipoblasto migram 
e recobrem a face interna da parede do blastocisto, formando a 
MEMBRANA EXOCELÔMICA. 
- Junto com o hipoblasto, a membrana exocelômica forma a parede 
do SACO VITELINO (vesícula vitelina primitiva). 
Obs.: Todas essas estruturas estão dentro do endométrio. 
Desenvolvimento dos sinusoides 
- À medida que o sinciciotrofoblasto se expande no 
endométrio e em torno do saco vitelino, pequenos espaços 
se formam, chamados LACUNAS. 
- Por volta do 12º dia, as lacunas se fundem, formando 
REDES LACUNARES (grandes espaços que são, 
posteriormente, preenchidos por sangue que vieram do 
endométrio e desecreções do endométrio). 
- Os capilares endometriais, em torno do embrião, 
expandem-se e são chamados de SINUSÓIDES. 
 
- Num estágio + avançado, esses sinusoides 
começam a liberar secreção, no caso sangue 
oxigenado, para as lacunas. E também, as glândulas 
endometriais jogarão sua secreção para dentro das 
lacunas. 
- Essa lacuna preenchida em volta do tecido 
embrionário é essencial para manterá a gravidez. Se 
tiver um erro nesse processo, as céls morrem, 
causando um aborto espontâneo. 
- Observa-se o citotrofoblasto se proliferando, que 
futuramente virará as vilosidades. 
- Cavidades cada vez + desenvolvidas. 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
34 
- Observa-se o MESODERMA EXTRAEMBRIONÁRIO. 
Desenvolvimento do celoma 
extraembrionário 
- Por volta do 12º dia após a 
fertilização, o MESODERMA 
EXTRAEMBRIONÁRIO 
desenvolve-se—camada de céls de 
tecido conjuntivo frouxo que envolve 
o âmnio e o saco vitelino. 
- Grandes cavidades desenvolvem-se 
no mesoderma extraembrionário, que, 
em seguida, se fundem para formar 
uma única cavidade maior, o 
CELOMA EXTRAEMBRIONÁRIO. 
Desenvolvimento do córion 
- O mesoderma extraembrionário e as duas camadas do 
trofoblasto (cito e sinciciotrofoblasto) formam o 
CÓRION (membrana). 
- Com o desenvolvimento do córion, o celoma 
extraembrionário agora é chamado de CAVIDADE 
CORIÔNICA. 
 - Toda a estrutura está dentro do endométrio. 
- Observa-se as redes lacunares preenchidas por sangue 
proveniente dos sinusoides e das glândulas endometriais 
(que nutrem todas as células do local) 
- Vemos o mesoderma somático extraembrionário, a 
cavidade amniótica (internamente), o saco vitelino, o 
mesoderma esplâncnico extraembrionário (internamente) 
e o celoma extraembrionário. 
- O CÓRION é formado pelo citotrofoblasto + 
sinciciotrofoblasto (com redes lacunares em seu interior, onde chega o sangue materno) + celoma extraembrionário. 
- Todos esses elementos vão se perpetuar durante o desenvolvimento da placenta, por isso, devemos conhecê-los. 
- Nota-se na região do citotrofoblasto, o desenvolvimento de pequenas projeções denominadas VILOSIDADES 
PRIMÁRIAS, que mais tarde formarão as vilosidades coriônicas (permitem a penetração do sangue do embrião, que 
fará trocas na região das lacunas). 
II. Desenvolvimento embriológico da placenta na 3ª semana 
3ª semana de desenvolvimento 
- Gastrulação 
- Neurulação 
- Desenvolvimento dos somitos 
- Desenvolvimento do celoma intraembrionário 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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- Desenvolvimento do sistema circulatório* 
- Desenvolvimento das vilosidades coriônicas* 
Desenvolvimento do sistema circulatório e dos vasos sanguíneos do embrião 
- No início da 3ª semana, a ANGIOGÊNESE—formação de vasos sanguíneos começa no mesoderma extraembrionário 
do saco vitelino, pedículo e córion. 
- O coração forma-se a partir do mesoderma esplâncnico, no 18º ou 19º após a fertilização. 
Alantóide 
- Aparece no 16º dia como uma invaginação do saco vitelino. 
- Entre a 3ª e 5ª semanas formam-se sangues e vasos sanguíneos nas paredes da 
alantóide. 
- As veias e artérias umbilicais formam-se a partir destes vasos. 
 
- 
Observa-se uma rede vascular dentro do 
saco vitelino onde é formado o sangue, o 
qual, nesse estágio, é formado em pequena 
quantidade e com hemácias nucleadas. 
- Esse sangue circula pelos vasos do saco 
vitelino e pelos vasos do embrião. 
- Observa-se um coração primitivo, em 
formação. 
-Vemos os vasos (aorta, Aa ilíacas  que 
originarão as Aa umbilicais e a veia 
umbilical—indo em direção ao embrião). 
- Cordão umbilical (2 artérias + 1 veia): 
antes de ter vasos é chamado de pedículo 
de implantação, só é cordão umbilical 
quando há formação dos vasos 
sanguíneos. 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
36 
Desenvolvimento inicial das vilosidades coriônicas 
- Essas projeções do córion aumentam a superfície 
disponível do córion para as trocas de nutrientes e 
outras substâncias entre as circulações materna e do 
embrião. 
- Embrião no centro da imagem ao lado, envolto por 
uma membrana amniótica e o pedículo de conexão. Ao 
lado vê-se o saco vitelino, com os vasos em formação 
para formar o sangue do embrião. 
- Vemos o cordão umbilical cheio de vasos, os quais 
estão espalhados em toda a superfície do córion e, em 
alguns locais, adentram às vilosidades. 
- No início, essas vilosidades prendem-se na parte 
profunda do endométrio. E entre uma vilosidade e 
outra, há os ESPAÇOS INTERVILOSOS (as antigas 
redes lacunares). 
- O ESPAÇO INTERVILOSO recebe o sangue materno (sinusoides jogam sangue nesse espaço) e secreção do 
endométrio. Nesse local ocorre trocas entre sangue do embrião e materno. Essa troca ainda não acontece de forma 
completa, pois ainda há sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto e tecido conjuntivo. 
- Hemácias apresentam núcleos. 
- Toda a estrutura acima está dentro da camada/túnica endometrial (o lado esquerdo da imagem está voltado para a 
cavidade uterina). 
- Na imagem ao lado vemos o embrião no centro, envolto 
pelo líquido e membrana amniótica. Observe que a cavidade 
amniótica está bem maior e, externamente a ela, o âmnio. 
- Vê-se também a cavidade coriônica e o córion. 
- Os vilos estão projetados em várias direções e, entre eles, o 
espaço interviloso (onde chega o sangue materno). 
- O saco vitelino apresenta-se diminuído. 
- O alantóide está dentro do pedículo, ou seja, do cordão 
umbilical. 
- As vilosidades na parte basal (laranja) estão mais 
desenvolvidas, enquanto que na parte capsular do córion 
estão menos desenvolvidas. 
- As vilosidades na parte basal passam a se chamar córion frondoso (tem mais vilosidade mais desenvolvida). Enquanto 
a parte posterior, virará o córion liso, no qual as vilosidades desaparecem virando a membrana coriônica, a qual se funde, 
posteriormente, com a membrana amniótica, formando a bolsa que envolve o embrião. 
 
 
 
 
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III. Desenvolvimento embriológico da placenta na 4ª semana em diante 
- No período da 4ª a 8ª semana de 
desenvolvimento, ocorrerá a 
ORGANOGÊNESE (formação dos sistemas 
de órgãos). 
- Na 4ª semana ocorre o dobramento 
embrionário, produzindo no plano mediano 
a prega cefálica e a prega caudal e no plano 
horizontal duas pregas laterais. 
Desenvolvimento da placenta 
- A placenta é o local fundamental das trocas 
de nutrientes e gases entre a mãe e o feto. 
- Apresenta dois componentes: 
o PORÇÃO FETAL: derivada do saco 
coriônico (córion, cito e sinciciotrofoblasto, 
vasos coriônicos) 
o PORÇÃO MATERNA: derivada do 
endométrio, chamamos de decídua. 
 
 
- -DECÍDUA BASAL (em verde): formada a partir do endométrio 
- DECÍDUA PARIETAL: fica em volta de toda a superfície da cavidade uterina 
- DECÍDUA CAPSULAR: fica em volta somente do córion liso 
- Quanto à porção fetal da placenta, observa-se o CÓRION (em verde) e as vilosidades coriônicas. 
o CÓRION FRONDOSO/VILOSO: Região em verde onde há presença das vilosidades coriônicas. 
o CÓRION LISO: também em verse, só que sem muitas vilosidades 
- Observa-se o pedúnculo conector (que passa a se chamar cordão umbilical quando surgem os vasos). Vemos também 
o embrião envolto pelo âmnio e, de vermelho, a cavidade uterina. 
 
- Na imagem ao lado, 
observamos a evolução das 
partes fetal e materna da 
placenta. 
- A porção fetal é a evolução 
da vilosidade coriônica. O 
córion frondoso/viloso 
desenvolve no local onde a 
placenta está implantada no 
embrião através do cordão 
umbilical. O córion liso é o 
local onde as vilosidades 
diminuem. A cavidade amniótica tende a aumentar e ocorre a fusão entre o âmnio e o córion. 
 THAÍSRIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
38 
- Já a porção materna é a decídua. Temos a decídua basal, que fica encostada na região onde fica o córion viloso. Em 
volta da cavidade uterina, há a decídua parietal. E ao redor do córion liso formará a decídua capsular, a qual existirá 
enquanto existir a cavidade uterina, desaparecendo à medida que a cavidade uterina vai diminuindo. Assim, a decídua 
capsular se funde à decídua parietal, virando uma só. 
 
- Ao lado, observamos o cordão umbilical, o 
qual, na parte externa, apresenta revestimento 
epitelial, denominado ÂMNION (céls 
cuboides). Na parte central há a VEIA 
UMBILICAL, a qual recebe o sangue 
oxigenado e os nutrientes da mãe no espaço 
interviloso, levando para o feto. 
- De cor azul, vemos 2 ARTÉRIAS 
UMBILICAIS, as quais vem das ilíacas 
internas e desce pelo cordão umbilical até 
chegar na placa coriônica (superfície) e são 
responsáveis por levar o dióxido de carbono e 
metabólitos para o espaço interviloso. 
- Observar a presença de tecido conjuntivo no 
cordão umbilical, que é de cor esbranquiçado, 
denominado GELEIA DE WHARTON. 
- Na parte superficial, da parte fetal da 
placenta, temos o CÓRION revestido pelo ÂMNIO. Observamos também a presença dos vasos coriônicos na superfície. 
Profundamente observamos uma VILOSIDADE. 
- A vilosidade é formada por 3 partes principais: 
o Vilosidade distributiva: tronco principal que se ramifica, distribuindo-se em vilos menores 
o Vilosidade de ancoramento/ancoragem: quando o vilo se prende na porção materna, isto é, na decídua 
o Vilosidade de troca/livre/terminal: quando os vilos se ramificam em vilosidades livres/terminais. Esses vilos 
de troca estão em contato íntimo com o espaço interviloso, onde chega o sangue materno, com a função de levar 
nutrientes (que serão levados através da V. umbilical para o feto) e de receber substâncias metabolizadas pelo 
feto e dióxido de carbono para serem eliminados pela mãe. 
- SEPTO TECIDUAL/CONJUNTIVO: tanto a parte externa da vilosidade quanto a profunda, observamos céls que se 
continuam em todo o processo de formação da placenta, que é o citotrofoblasto (+ internamente) e o sinciciotrofoblasto 
(+ externamente), que estão nas vilosidades coriônicas e também entre a parte materna e fetal. A região separada por 
esse septo tecidual é chamada de COTILÉDONE (unidade funcional que se repete ao longo da placenta). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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IV. Elementos histológicos da placenta e seus anexos 
 
- Observe na imagem acima o cordão umbilical, a placa coriônica e uma vilosidade, a qual tem a parte central (tronco) 
e depois tem as ramificações, que terminam formando as vilosidades livre/de troca, pois são nessas regiões que há 
capilares (havendo troca com o espaço interviloso). 
- Mais a direita, observamos uma vilosidade de 1º trimestre, na qual observamos o sinciciotrofoblasto (externamente), 
o citotrofoblasto (internamente, cor azul), a parte central formada de tecido conjuntivo frouxo (dentro do vilo), capilares 
com paredes mais grossas que em vilosidades de 3º trimestre (onde chega sangue rico em CO2 através das artérias 
umbilicais), o sangue oxigenado (que sai através dos capilares que formarão a veia umbilical) e o macrófago (chamado 
de CÉLULA DE HOFBAUER). Observe que a parede da vilosidade de 1º trimestre é mais espessa, logo, a capacidade 
de troca não é tão eficiente. Dentro dos capilares vemos hemácias (que nesse estágio são, geralmente, nucleadas) e 
leucócitos. 
- À medida que a placenta vai se desenvolvendo, essas vilosidades vão ficando cada vez maiores e mais ramificadas, e 
as paredes dos vilos ficam mais finas. Logo, nas vilosidades de 3º trimestre, a parte do sinciciotrofoblasto se aglomera 
em alguns locais, permitindo maior capacidade de troca, formando os NÓS SINCICIAIS. As células do citotrofoblasto 
(abundantes em vilos de 1º trimestre) praticamente desaparecem. As céls de Hofbauer continuam presente e o tecido 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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conjuntivo também. Muitos capilares margeiam a região do sincício, sendo mais abundantes que em vilos de 1º 
trimestre. As hemácias, nessa fase, são anucleadas. 
- Na imagem à direita, vemos os tipos 
celulares que compõem a placenta. 
- As céls trofoblásticas são divididas 
segundo sua localização em: 
o Citotrofoblasto viloso- fica na 
parte interna da vilosidade 
(bastante presente no 1º trimestre, 
diminuindo em 3º trimestre). 
o Sinciciotrofoblasto- parte 
externa da vilosidade (em 1º 
trimestre estão organizados e em 
3º trimestre, forma nós 
sinciciais). 
o Citotrofoblasto 
extraviloso/intermediário- 
divididos em 3 grupos diferentes 
(1) CTEV proliferativo: forma 
grupos na parte superior da 
decídua (local de transição com 
as vilosidades). 
(2) CTEV invasivo: fica entre as céls deciduais (céls roxas) 
(3) CTEV endovascular: grupo de céls do citotrofoblasto que ficam na parte interna das artérias espiraladas 
uterinas, isto é, dentro dos vasos. 
 
 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
41 
V. Anatomia da placenta, funções e suas principais variações anatômicas 
- Na parte central, 
vemos o cordão 
umbilical (artérias em 
azul e veia em 
vermelho), a placa 
coriônica, de onde 
saem vasos coriônicos 
em direção à parte 
profunda da placenta, 
onde formarão os 
cotilédones, nos quais 
encontram-se as 
vilosidades (de 
ancoragem, tributárias 
e de troca). No meio, 
encontram-se os septos 
placentários (formados 
de tecido conjuntivo e 
decídua). 
- A parte superficial 
(em laranja, onde estão os vasos perto do cordão umbilical) do córion e do cordão umbilical é revestido pelo ÂMNIO 
(epitélio). O CÓRION é um tecido conjuntivo e, nessa região, é chamado de córion liso. 
- A decídua (em verde) abaixo dos cotilédones é a basal, que continua formando a decídua parietal, que antes tinha a 
decídua capsular, mas depois que a cavidade endometrial desaparece, a capsular se funde com a parietal e a decídua 
capsular desaparece. 
- A estrutura dentro do círculo 
envolverá o feto, formando uma 
bolsa, a qual, internamente, é o 
ÂMNIO (epitélio de revestimento), 
depois vem tecido conjuntivo, que 
é o CÓRION e, por último, a 
DECÍDUA PARIETAL (porção 
materna). Já o córion e o âmnio são 
a porção fetal. 
ANATOMIA MACROSCÓPICA 
DA PLACENTA 
- Na parte materna da placenta, 
observa-se os cotilédones (áreas 
nodulares e de vários tamanhos). 
- Na imagem do canto superior 
direito, vemos uma placenta com 
algumas áreas mais escuras, 
indicando coágulos. 
- Na porção fetal, temos os vasos coriônicos (na superfície), o cordão umbilical (no centro) de coloração esbranquiçada, 
devido à geleia de Wharton. Lembrando que essa porção está revestida por âmnio (fina membrana) e nas laterais 
 THAÍS RIBEIRO GARCIA, XXI- 3º PERÍODO- MORFOFUNCIONAL: SAÚDE DA MULHER- 2020/01 
 
 
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observa-se uma parte mais grossa e esbranquiçada, que são as membranas amnióticas (interna) e coriótica (externa), as 
quais formam a bolsa. Mais externamente nessa bolsa, fica a decídua parietal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Tem placenta que pode ser lobulada, apresentando uma placenta acessória, até com mais de 2 lóbulos. É uma placenta 
que pode atrapalhar o desenvolvimento da gestação. 
- Em relação ao cordão, ele pode ser implantado no centro (o que é mais comum), como também na periferia (placenta 
em raquete). Às vezes, os vasos coriônicos se ramificam do cordão antes mesmo de sua implantação (inserção 
velamentosa do cordão). A placenta circunvalada apresenta membranas (amnióticas e coriônicas) e decíduas mais 
espessas, sobretudo há o engrossamento da parte coriônica. 
- Outravariação de placenta é quando ocorre gestação gemelar. Podemos encontrar 4 casos: 
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43 
(1) 2 placentas, 2 córions e 2 
âmnions totalmente separados 
(2) 2 placentas, 2 córions e 2 
âmnions, porém as placentas 
unidas 
(3) 1 placenta, 1 córion e 2 
âmnions separados (fetos não tem 
contato um com o outro) 
(4) 1 placenta, 1 córion e 1 âmnio 
(nessa situação pode haver 
gêmeos siameses) 
 
- Na primeira imagem 
acima (à esquerda), 
observe uma placenta 
gemelar, em que os 
dois gêmeos estão 
separados pelo âmnio 
e pela bolsa. 
 
 
 
FUNÇÕES DA PLACENTA: 
- A placenta e o cordão umbilical funcionam como um sistema de transporte das substâncias que transitam entre mãe e 
feto. 
- Nutrientes e oxigênio vão do sangue materna para o sangue fetal e os produtos de excreção e o dióxido de carbono do 
sangue fetal para o sangue materno, através da placenta. 
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- No esquema acima, observamos como ocorre a eliminação de produtos que o feto produz (CO2, água, ureia, ácido 
úrico, bilirrubina, antígenos de hemácias e hormônios) através das Aa UMBILICAIS, que chegam até os capilares das 
vilosidades, atravessa a membrana placentária e cai no espaço interviloso. Desse espaço, o sangue é drenado através das 
V. ENDOMETRIAIS e cai na circulação sistêmica da mãe (sendo o CO2 eliminado nos pulmões e os metabólitos, nos 
rins). 
- Já os nutrientes captados da mãe para o feto (O2, água, nutrientes, IgG, vitaminas e, até mesmo, substâncias tóxicas e 
vírus—citomegalovírus e rubéola--, e parasita—Toxoplasma gondii) vão em direção às Aa ENDOMETRIAIS 
ESPIRALADAS. Vale lembrar que existem estruturas que não atravessam a barreira placentária, tais como bactérias, 
heparina (anticoagulante), IgS e IgM. Esse sangue, então, chega no espaço interviloso, atravessa a membrana 
placentária, chegando na circulação fetal (dentro das vilosidades) e é transportado através da V. umbilical para o feto. 
 
 
 
 
 
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Características gerais da placenta: 
- Prolactina placentária ou hormônio mamotrófico: atua nas glândulas mamárias para produção de leite. 
- “Like-insulin” ou insulina placentária: age na metabolização da glicose na criança, mas não atua no organismo 
materno. 
- Somatostatina placentária: age no bebê como uma das substâncias que promovem o seu crescimento. 
- Relaxina: é o último hormônio a ser produzido, atua no canal do parto fazendo a dilatação do colo uterino e do canal 
vaginal. 
 
 
 
 
 
 
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...RESUMINDO... 
 
 
 
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7. HPV E LESÕES MALIGNAS (Profº Denis M. Sugita) 
1. Introdução à citopatologia oncológica do colo uterino 
OBJETIVOS DA CITOLOGIA CÉRVICO-VAGINAL 
1- Determinação da adequabilidade da amostra: 
 - Fase pré-analítica adequada  Fase de responsabilidade exclusiva do médico que solicita o exame. 
2- Determinação da flora vaginal  Detectar se a paciente possui ISTs e/ou outras infecções. 
3- Caracterização do estado hormonal/reprodutivo  antigamente a citologia cérvico-vaginal era utilizada para a 
caracterização desse estado. Porém, atualmente, essa caracterização é feita através de dosagens hormonais do sangue da 
paciente. Ademais, é extremamente relevante datar a DUM, para ver em qual fase do ciclo menstrual a paciente se 
encontra e comparar as alterações da lâmina. 
 4- Procura de achados oncóticos positivos  Detecção precoce de CCU e outras lesões do trato genital feminino (TGF). 
 
FASE PRÉ-ANALÍTICA – INFORMES CLÍNICOS 
Informes clínicos 
mínimos—devem ser 
oferecidos ao laboratório 
(padronizados – pedido de 
exame do SUS): 
- Idade. 
- Momento do ciclo 
menstrual (DUM). 
- Gravidez / Amamentação. 
- Uso de anticoncepcionais. 
- Histórico de patologia 
cervical uterina prévia (e 
outras lesões do TGF). 
- Informes clínicos 
ginecológicos (como está o exame físico ginecológico da paciente no momento da coleta). 
 
FASE PRÉ-ANALÍTICA – COLETA 
Cuidados com a coleta: 
- Organização prévia dos materiais. 
- Limpeza e identificação da lâmina e do frasco (nome 
completo da paciente e data de nascimento é o ideal). 
- Coleta tríplice, com amostragem do canal endocervical. 
- Fixação imediata do espécime: 
o Imersão da lâmina em álcool absoluto. 
o Fixadores citológicos específicos. 
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- Na imagem ao lado, observa-se o padrão de coleta da 
endo e da ectocérvice, mas não representa a coleta do 
fundo de saco vaginal. 
- Tanto a espátula de Ayre (ectocérvice) quando a 
escova (endocérvice), devem giradas 360º. Porém, é 
essencial não comprimir muito o local, pois excesso de 
sangue atrapalha no momento da análise. 
- À direita, observa-se o modo correto de esfregar a 
amostra na lâmina. Na parte próxima à região fosca, 
coloca-se a amostra da ectocérvice (da esquerda para 
direita). E, em seguida, coloca-se a amostra da 
endocérvice (de cima para baixo). 
- A citologia convencional permite que eu consiga 
diferenciar céls da ecto de céls da endocérvice, pois 
tem distinção de topografias. O que é diferente da citologia em meio líquido, na qual mistura-se céls endo e ectocervicais. 
- Qto mais cor na lâmina, 
maior a quantidade de 
material. 
- Na imagem de cima (à 
direita), há muito material, o 
que impede a vizualização das 
células, pois há sobreposiçao 
importante das céls. 
-Um esfregaço ideal é o de 
baixo, onde conseguimos 
individualizar as céls e, assim, 
observar as características 
uma a uma. 
 
 
FASE PRÉ-ANALÍTICA – FIXAÇÃO 
 
POLIETILENOGLICOL 
SOLUÇÃO DE 
HOFFMAN 
(Álcool 90% + 
Éter 10%, 1:1) 
- Álcool absoluto: utilizado para imersão da 
lâmina. 
- Citofixazadores de spray, sendo o mais 
comum, à base de polietilenoglicol. 
- Caso não tenha nenhuma das duas opções 
acima (pois pode haver, em alguns locais, 
carência de materiais), pode-se ultilizar a 
solução de Hoffman (álcool 90% + éter 10%, 
na mesma quantidade dos dois). São elementos 
mais fáceis de serem encontrados e, também, 
permitem uma fixação adequada do material. 
 
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- Lembrar que, se for álcool absoluto, faz-se IMERSÃO. 
- Mas se for CITOFIXADOR DE SPRAY (polietilenoglicole 
solução de Hoffman), o spray deve ser borrifado a uma 
distância de 20 cm, aproximadamente. Porque se for muito 
próximo da lâmina, você pode jogar o material para fora da 
lâmina e, se for muito distante, o spray pode não alcançar a 
lâmina, não fixando o material na lâmina. 
- Atualmente, além da citologia convencional 
(lâminas à esquerda), temos a possibilidade de fazer 
citologia em meio líquido (lâminas à direita). 
- A citologia em meio líquido deixa o esfregaço mais 
fino e homogêneo, observando com mais qualidade 
as características celulares. Em contrapartida, não 
gera a região de coleta endo e ectocervical, havendo 
perda dos locais de coleta e isso tem muita relevância 
para o manejo. 
FASE PRÉ-ANALÍTICA – CITOLOGIA EM MEIO LÍQUIDO 
- A citologia em 
meio líquido tem 
outro problema, pois 
há apenas um padrão 
de escova (figura 1), 
que colhe muito bem 
amostra ecto, mas 
não colhe a amostra 
endo. E esse material 
é colocado em um 
frasquinho para 
preservar a amostra, 
o qual é 
encaminhado para o 
laboratório. 
- Na figura 2, observa-se que o frasco é homogeneizado, processado e centrifugado. E na figura 3 há a montagem da 
lâmina citológica. 
FASE PRÉ-ANALÍTICA – CITOLOGIA EM MEIO LÍQUIDO 
Vantagens: 
 - Redução do número de amostras insatisfatórias, principalmente de coleta e fixação inadequadas. 
 - Aproveitamento total do material, apesar de não separar as regiões de coleta. 
 - Maior conservação do material. 
 - Possibilidade de exames complementares: 
 - Imunocitoquímica. 
 - Biologia molecular. 
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- Além da não discriminação da região de coleta, um dos elementos mais negativos 
da CITOLOGIA EM MEIO LÍQUIDO, é o próprio instrumento de coleta. 
- Note que cada fabricante produz, mas o instrumento não possui as cerdas, como 
na escovinha endocervical. Devido essa ausência de cerdas, há uma baixa 
amostragem da região endocervical e, muitas das vezes, as lesões mais graves 
ocorrem nessa região, gerando uma falha diagnóstica. 
 
 
- Do ponto de vista de satisfatoriedade da amostra, existem 
vários critérios que desencadeiam uma amostra insatisfatória, 
que vai desde de uma lâmina quebrada até a ausência do 
material. 
- Na microscopia, esfregaços que não permitem 
visualizarmos adequadamente as céls epiteliais, são 
esfregaços insatisfatórios. Como por exemplo, hemorragia 
na lâmina, muita inflamação e citólise, esfregaço espesso com 
sobreposição das céls e esfregaço que não foi colhido e nem 
fixado de maneira adequada, gerando artefatos de 
dessecamento e de tração, que acabam também dificultando 
a avaliação. 
FASE PRÉ-ANALÍTICA – LAUDO (parte posterior do laudo de pedido do padrão do SUS) 
 
2. Histologia do colo uterino 
- Colo uterino tem 2 porções: 
o Endocérvice: epitélio colunar simples. 
o Ectocérvice: epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado (imagem ao lado). A renovação desse 
epitélio ocorre a partir das céls basais (são 
redondinhas) próximas à lâmina basal (linha que 
separa o epitélio do tecido mesenquimal subjacente). 
Há muito glicogênio (citoplasmas brancos), 
sobretudo no citoplasma das céls intermediárias, que 
é utilizado pelas bactérias, para produção de ácido 
lático, deixando o pH vaginal ácido. 
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- Na imagem ao lado, observamos a porção endocervical 
(+ interna). Notem a presença da lâmina basal, que separa 
o epitélio da submucosa (tecido conjuntivo). 
- Há também a invaginação do epitélio, formando as 
GLÂNDULAS ENDOCERVICAIS. Devido ao fato do 
epitélio se invaginar, caso ocorra uma neoplasia nessa 
região, ela já está, praticamente, dentro do órgão. E 
quando invade é muito mais grave, pois a lesão fica mais 
próxima dos vasos sanguíneos, podendo metastatizar 
com mais facilidade. 
- Portanto, devemos saber se as alterações estão em 
região de ecto ou endocérvice. Na ecto, a invasão demora 
mais e metastatiza com mais dificuldade. Já na endo, a 
invasão e a metastatização é mais rápida e agressiva, 
devido à invaginação do epitélio. Por isso, perdemos essa capacidade diagnóstica na citologia em meio líquido. 
- Entre a ecto e endocérvice, temos o encontro dos dois 
epitélios, formando a Junção Escamo-Colunar (JEC). 
Note, à esquerda, o epitélio escamoso da ecto e, à direita, 
o epitélio colunar simples da endo e sua invaginação, 
formando glândulas. Note também a membrana basal, 
que separa o epitélio do mesenquima nas duas porções. 
- O fato da endo se invaginar, gerando as glândulas, faz 
com que haja uma dificuldade de coletar as céls que estão 
dentro dessas invaginações e, por isso, a escovinha com 
cerdas é mais útil, pois as cerdas entram nessas glândulas 
e conseguem retirar céls dessa região. Isso não ocorre com o instrumento usado na 
citologia em meio líquido (que não tem as cerdas), a qual não amostra muito bem as céls dessas glândulas. 
- É na JEC (transição de um epitélio simples para um estratificado) onde o HPV age com maior frequência. 
 
- O colo uterino está em contato, 
indiretamente, com o ambiente externo. Por 
isso a ectocérvice é mais espessa, a fim de 
proteger contra os agentes externos. 
- Mas o epitélio endocervical pode entrar em 
contato com esses agentes agressores, podendo 
desenvolver uma CERVICITE (inflamação do 
colo uterino), na maioria das vezes 
inespecíficas e com céls de infiltrado de 
padrão crônico (linfócitos, macrófagos e 
plasmócitos). 
- Esse epitélio simples, na tentativa de se 
proteger contra agressores externos, começa a 
ficar estratificado, passando a adquirir 
características que lembram epitélio escamoso 
(METAPLASIA ESCAMOSA). 
 
JUNÇÃO ESCAMO-COLUNAR 
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METAPLASIAS ESCAMOSA TÍPICA ou MADURA: 
- É uma metaplasia que produz queratina, para fazer uma 
barreira mecânica contra esses agentes traumáticos. 
- Note a polarização, isto é, presença de céls redondinhas 
na base e céls achatadinhas na superfície. Só que, diferente 
do epitélio ectocervical normal, não há glicogênio—
citoplasmas claros (ressaltando que é um local de 
endocérvice alterada, e não de ecto). 
 
METAPLASIA ESCAMOSA ATÍPICA ou IMATURA: 
- Na imagem à direita, as céls apresentam um aspecto 
mais basal, o núcleo esta redondinho e mais evidente, e 
não achatadinho, como esperaria de um epitélio 
estratificado pavimentoso. 
- Quando colhe essas células, elas ficam com aspecto 
feio na citologia. Por isso, a metaplasia escamosa 
imatura, pode dar uma falsa impressão que pode ter uma 
neoplasia nesse colo. Às vezes, o patologista não sabe se 
é metaplasia escamosa imatura ou câncer e acaba dando 
uma categoria intermediária/de alerta, mas que não 
permite garantir que é câncer realmente (que são as 
ATIPIAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO). 
METAPLASIA TUBÁRIA: 
- Pode ocorrer também na endocérvice, porém, ainda 
não se sabe quais são os agentes agressores que 
causam esse tipo de metaplasia. 
- O epitélio começa a desenvolver características que 
lembram a tuba uterina (epitélio simples cilíndrico 
ciliado), passando a ter um epitélio 
pseudoestratificado cilíndrico ciliado (região de 
seta). 
- O epitélio deixa de produzir muco e começa a ficar 
pseudoestratificado com cílios, denominando-se 
metaplasia tubária, pois o epitélio da endo fica 
semelhante ao das tubas uterinas. 
- As metaplasias não são lesões pré-cancerosas, pois 
não progridem obrigatoriamente para câncer. 
Contudo, como a metaplasia envolve a ativação e desativação gênica, existe o risco de poder evoluir para um câncer. 
- Logo, a metaplasia nem sempre evoluiu para câncer, mas, infelizmente, abre a brecha para o desenvolvimento 
de um câncer. 
 
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CISTOS DE NABOTH 
- A metaplasia escamosa, quando ocorre na 
endocérvice, vai estratificando o epitélio, de maneira 
que o epitélio, com múltiplas camadas, faz um efeito 
de massa e fecha as glândulas endocervicais. 
. No corte histológico à direita, observe que na seta do 
meio temos uma glândula dilatada, pois o epitélio 
metaplasiou, fez efeito de massa, gerando um tampão 
e, com isso, o muco produzido não conseguiu sair. 
Como o muco não sai, ele dilata as glândulas, 
formando os cistos (cavidades arredondadas com 
conteúdo), denominados cistos de Naboth. 
- Podem ser vistos na ectoscopia (foto à esquerda), 
mostrando as dilatações císticas repletas de muco. 
Muitas das vezes na coleta da citologia, esses cistos podem se romper, podendo gerar uma amostra insatisfatória. 
- É uma complicação benigna, tanto da metaplasia escamosa madura, como da imatura, mas que, infelizmente, pode 
trazer problemas na hora da avaliação da citologia. 
3. Papilomavírus humano (HPV) 
- Vírus de DNA, com capsídeo icosaédrico, não envelopado, pertencente à família Papillomaviridae. 
- Vários tipos, classificados em 16 grupos (A a P). 
- Genoma circular, codificando: 
 - Genes precoces (E1 a E8), variáveis conforme o vírus. 
 - Genes tardios ou estruturais (L1 e L2)  Comuns a todos os vírus. 
Obs.: Duas proteínas do grupo E6 e E7 configuram a capacidade oncogênica/carcinogênica desses vírus. 
- Transmissão via contato íntimo (contatos oral e cutâneo, além do contato sexual). 
- Tropismo por epitélio escamoso de pele e de mucosas (vagina, colo uterino, mucosas oral, peniana e laríngea), 
induzindo proliferação epitelial (multiplicação celular). 
- O tropismo tecidual e a apresentação da doença dependem do tipo de HPV, isto é, os vírus com tropismo para a pele, 
são diferentes dos vírus com tropismo para mucosas. 
PATOGÊNESE: 
- O vírus persiste na camada basal (onde temos céls com potencial replicativo) e 
produz novos vírus em queratinócitos bem diferenciados (coilocitose). 
- O tropismo pelas céls basais é específico e estratégico, pois o HPV “sabe” que 
essas céls se multiplicam e se diferenciam. Daí o vírus entra no queratinócito basal 
e incorpora seu material genético ao genoma da célula. Essa célula entra em 
mitose e síntese proteica (para produzir queratina) e acabará sintetizando as 
proteínas virais, as quais se acumularão. 
- Como os vírus também “sabem” que essas céls serão descamadas (pois essa é a 
função do epitélio escamoso para realizar a proteção), essa célula escamosa vira 
uma “bomba” cheia de proteínas virais, que, com a descamação, são liberados, podendo infectar outras pessoas. 
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- Nesse processo, ocorre uma alteração celular e bioquímica próxima ao núcleo, devido a uma intensa síntese e acúmulo 
de proteínas próximas ao núcleo. Daí essa região próxima ao núcleo ficará mais clara, formando um halo e o núcleo 
apresentará atipias (Cariomegalia, Binucleação..), 
devido ao fato de ter material genético viral 
incorporado a ele. Logo, essa combinação de halo 
perinuclear com atipia nuclear é chamada de 
COILOCITOSE— elemento considerado 
patognomônico de infecção pelo HPV, 
independente do órgão. 
- Na imagem à esquerda, observa-se a coilocitose. 
- Núcleo apresenta-se grande (Cariomegalia) com 
nucléolos evidentes. Portanto, um núcleo com 
atividade e elementos que sugerem atipia. Ao redor 
desse núcleo, temos um halo claro e, depois dessa 
linha, vemos o citoplasma celular. 
EPIDEMIOLOGIA E SÍNDROMES CLÍNICAS: 
- Ao lado, observa-se que a forma clínica é 
diferente de acordo com o tipo de HIV. 
- Existem lesões que podem progredir para 
câncer associadas ao HPV de alto risco, que 
são os HPV que apresentam os genes 
precoces associados ao câncer, que são os 
grupos da Epidermodisplasia verruciforme 
e Neoplasia intraepitelial cervical. 
- Os mais cobrados são os HPV de mucosa. 
Logo, 6 e 11 são os HPV de baixo risco, isto 
é, não progridem para câncer, enquanto o 16 
e 18 são os HPV de alto risco (oncogênicos). 
ONCOGÊNESE: 
 - Vírus de alto risco (especialmente 
os HPVs 16 e 18) apresentam oncogenes 
que se ligam a proteínas supressoras do 
crescimento celular, inativando-as. 
- E6 liga-se à p53 (proteína mais 
importante controladora do ciclo) e 
promove sua degradação. 
- E7 liga-se à p105RB (produto do gene de 
retinoblastoma p105), inativando-a e 
estimulando a proliferação celular. 
 RESUMINDO... 
- A proteína E6 do HPV destrói a p53, fazendo com que a célula não entre em apoptose (não morre), inclusive a célula 
neoplásica (atípica). 
- A proteína E7 inativa a proteína p105 do retinoblastoma, desencadeando o crescimento desenfreado, que levará ao 
câncer. 
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DIAGNÓSTICO: 
- O diagnóstico, principalmente para saber se é um 
HPV de baixo ou alto risco, é basicamente por 
exames de genética (patologia molecular): Análise 
por sonda de DNA, Reação em cadeia da 
polimerase, Southern blot. 
- Do ponto de vista de sorologia, não existe 
sorologia adequada. Em relação à cultura do vírus, 
não existe nenhuma utilidade. Dessa forma, o 
diagnóstico é complicado, porque baseia-se em 
técnicas caras de biologia molecular. 
- Contudo, a presença do coilócito é 
patognomônico de HPV e a CITOLOGIA é o 
padrão-ouro para diagnóstico de HPV, pois é 
barata e permite a visualização da coilocitose. 
TRATAMENTO E PROFILAXIA: 
 - Remoção de verrugas (apesar da regressão espontânea, que pode levar anos): Crioterapia (uso de frio), 
eletrocautério (bisturi elétrico), meios químicos (podofilina (abrasiva) 10 – 25%), cirurgia. 
 - Fármacos estimuladores de resposta imune inata: Imiquimod, interferon. 
 - Fármacos antivirais: Cidofovir tópico ou intralesional  Habitualmente, isso não é feito. 
 - Vacina para HPV, sobretudo para os oncogênicos  A vacina usada, geralmente, é a quadrivalente, que 
confere proteção contra HPV 6 e 11 (baixo risco) e 16 e 18 (alto risco). 
o Meninas: 9 a 14 anos e meninos: 11 a 14 anos, e o esquema vacinal é de duas doses (0 e 6 meses). 
o Para os que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses 
(intervalo de 0, 2 e 6 meses). 
4. Alterações citopatológicas oncológicas de colo uterino 
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS 
1) Alterações citológicas: 
- Alteração citopática do HPV (coilocitose). 
- Perda da relação núcleo-citoplasma (RNC) —como o núcleo começa a ter mais material genético, ele ocupa mais 
espaço, diminuindo a qtde de citoplasma existente. 
- Formatos aberrantes—demostrando que a célula está entrando em processo de proliferação desenfreada. 
2) Alterações nucleares: 
- Bi ou multinucleações (não é tão comum). 
- Cariomegalia (aumento do tamanho do núcleo). 
- Irregularidade de membrana nuclear (carioteca irregular). 
- Hipercromatismo (núcleo + escuro, isto é, + impregnado por hematoxilina, ficando quase preto). 
- Cromatina com densidades irregulares e heterogênea (com áreas mais escuras e mais claras, ao mesmo tempo). 
- Presença de múltiplos nucléolos (podendo apresentar até mesmo nucléolos gigantes). 
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3) Alterações arquiteturais (relação de uma célula com as outras): 
- Esfregaço com células atípicas isoladas ou frouxamente agrupadas. 
- Blocos de células atípicas com sobreposição importante. 
- Formação de rosetas ou de bocas glandulares. 
- Plumagem (feathering) —núcleos das céls parecem penas semelhantes a um 
cocar de índio americano 
ESPECTRO CITOLÓGICO 
- Essas são as categorias diagnósticas 
presentes num pedido de exame do SUS. 
- Na coluna à esquerda, temos as 
alterações benignas (como inflamação, 
metaplasia, reparação,atrofia, radiação) 
e a classificação das lesões infecciosas 
associadas à microbiota. 
- Na coluna à direita, observa-se as 
categorias associadas às neoplasias, tais 
como, céls de significado 
indeterminado, ou seja, você fica com 
medo de ser um câncer, porém não tem 
elementos suficientes para garantir que 
seja um câncer, sendo mais prudente 
você dizer que são “células atípicas de 
significado indeterminado”—podendo 
ocorrer em céls escamosas, glandulares 
ou de origem indefinida (principalmente 
em céls basais). Ou então, poderá existir 
atipias francas em células escamosas ou 
em céls glandulares, incluindo as lesões invasoras. 
- Nas atipias francas em células escamosas, temos 2 categorias: 
o Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL): compreende o efeito citopático do HPV, que é a 
coilocitose, e a neoplasia intraepitelial cervical grau I (NIC I) 
o Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL): engloba o NIC II e o NIC III. 
- Além disso, podem existir outras neoplasias (mais raras) ou presença de células endometriais cancerígenas. 
ESPECTRO CITOLÓGICO: 
A) Citologia normal com céls escamosas superficiais normais. 
B) Efeitos citopáticos do HPV: coilocitose, multinucleação, carioteca 
irregular e hipercromatismo. Da foto A para a B, nitidamente, o 
tamanho do núcleo aumentou, havendo perda da RNC. 
C) Caminhando para uma lesão de alto grau: núcleos aberrantes com 
cariomegalia, hipercromáticos e heterogêneos—com áreas de 
cromatinas claras e escuras, concomitantemente. Há perda da 
RNC—cada vez menos citoplasma e mais núcleo. 
Essas duas últimas alterações 
arquiteturais remetem-se às lesões 
glandulares de colo uterino. 
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D) Francamente uma lesão de alto grau: quase sem citoplasma, observando, praticamente, só núcleos, os quais têm 
carioteca irregular, múltiplos nucléolos, hipercromatismo e densidade heterogênea. 
CONDILOMA ACUMINADO (HPV DE BAIXO RISCO) 
- À esquerda, temos um exemplo de uma verruga (condiloma 
acuminado). Observe as céls com coilocitose, principalmente as 
céls mais superficiais. O halo ocorre ao redor de núcleos atípicos, 
com cariomegalia, hipercromatismo, nucléolos múltiplos 
evidentes, heterogeneidade de densidade de núcleo com 
carioteca disforme. 
- O HPV gera coilocitose tanto em lesões de baixo como as de 
alto grau. 
- Coilocitose é patognomônico de HPV, mas não me permite 
falar se é HPV de baixo ou alto risco. 
- Para poder verificar se essa coilocitose 
está associada a HPV de baixo ou alto 
risco, podemos fazer a pesquisa 
molecular ou exames de 
imunocitoquímica (usando biópsia de 
colo uterino). 
A) Hematoxilina Eosina (HE)  
Biópsia de colo uterino com coilocitose. 
Como só tem coilocitose, não permite separar o HPV de baixo risco do HPV de alto risco. 
B) Hibridização in situ (ISH)  Mostrando a presença de DNA de HPV, isto é, todas as céls mais 
escuras, com núcleos praticamente pretos, são céls que tem DNA de HPV incorporado. 
C) Imunocitoquímica por um marcador denominado KI-67  Marcador de proliferação celular (mitose). Logo, 
todas as céls com núcleo marrom escuro estão em proliferação celular, mostrando que o HPV estimula essa 
multiplicação. 
D) Imunocitoquímica pela proteína P16INK4, que é uma proteína associada ao HPV de alto risco  Todas as céls 
com citoplasma marrom são positivas para essa proteína, mostrando que estão infectadas pelo HPV de alto risco. 
- Logo, para caracterização de HPV de baixo ou alto risco, são necessários exames genéticos ou de imunocitoquímica. 
Uma vez que o HE só tem coilocitose, não permitindo separar o baixo do alto grau. 
PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) – COILOCITOSE 
- A coilocitose pode ser vista com o exame citológico (citologia). 
- Ao lado observamos 3 céls coilocíticas (canto à direita), as 3 estão 
binucleadas e com núcleos grandes, hipercromáticos, densidades 
alteradas e com carioteca irregular, além de ter um halo bem 
desenhado ao redor do núcleo atípico. 
- Logo, a coilocitose indica infeção pelo HPV. Sendo assim, eu posso 
afirmar que é uma Lesão Intraepitelial Escamosa de Baixo Grau 
(LSIL)  Esse é o diagnóstico que devemos falar em relação à 
Citologia. 
 
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HALOS REATIVOS 
- O halo perinuclear ao redor do núcleo não quer dizer coilocitose. 
- Algumas doenças infecciosas, como Candidíase e Tricomoníase, 
podem apresentar halos reativos, mas esses núcleos não têm atipias (são 
redondinhos, pequenos, 1 nucléolo bem evidente, cromatina homogênea 
e carioteca regular). 
- Portanto, o fato de ter apenas o halo perinuclear não é coilocitose, é 
necessário ter o halo e atipias/alterações nucleares evidentes. 
5. Progressão para neoplasia escamosa de colo uterino 
PROGRESSÃO PARA NEOPLASIA 
ESCAMOSA: 
- As neoplasias escamosas (não só de colo 
uterino, mas de pele, pulmão...) apresentam 
um padrão de progressão clássico 
denominado PADRÃO DE PROGRESSÃO 
DISPLASIA-NEOPLASIA. 
1- O epitélio normal começa a se multiplicar 
(fenômeno denominado HIPERPLASIA). 
2- Depois esse epitélio ganha mais mutações e 
se transforma em um epitélio displásico (pré-
neoplasia/pré-câncer), sofrendo DISPLASIA. 
3- Daí essas céls vão ganhando mais mutações, se proliferando e evadindo todas as camadas epiteliais, até romper a 
membrana basal (limite entre epitélio e tecido conjuntivo), e a lesão se transforma em uma LESÃO INVASORA, que 
entra na camada submucosa (onde há vasos e nervos), podendo, então, metastatizar. 
- Na imagem à esquerda, vemos essa questão da progressão 
para neoplasia escamosa. 
A) Epitélio relativamente normal, a única diferença é que tem 
coilocitose, indicando infecção pelo HPV. 
B) Epitélio com atipias mais chamativas que está começando a 
se proliferar. 
C e D) Perda da polaridade, isto é, perda das céls achatadinhas 
da camada superficial e todas vão ficando com o mesmo 
aspecto (todas parecendo com célula basal). Na C, temos 2/3 
do epitélio com essa característica e, na D, temos quase todo o 
epitélio com essa característica (observe que há somente uma 
camadinha superficial de céls achatadas). 
E) Tudo está comprometido, com invasão de espaços 
glandulares. Porém, ainda é in situ (restrito ao epitélio). 
 F) Foco com rotura da membrana basal, com entrada da 
neoplasia no tecido conjuntivo. Deixando, assim, de ser in situ, passando a ser uma lesão invasora (sendo mais grave, 
pois tem risco de metástase). 
 
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- Quando há a perda da polaridade, as células deixam de ter 
formato achatado (escamosas) e passam a ficar todas 
atípicas/aberrantes. 
- Na biópsia, isto é, no histopatológico, como há um pedaço do 
tecido, observa-se o quanto da espessura do epitélio está 
perdendo essa polaridade. 
- As céls basais, no epitélio normal, à esquerda, estão 
representadas em azul, com pouco citoplasma. Há também 
achatamento progressivo das céls até ficarem sem núcleo, na 
superfície. 
- Quando há displasia de baixo grau ou neoplasia intraepitelial cervical grau 1 (NIC I), começa-se a observar atipias 
e perdas de polaridade, pegando o terço basal, isto é, o primeiro 1/3 do epitélio. 
- Quando há displasia moderada ou neoplasia intraepitelial cervical grau 2 (NIC II), isso já pega 2/3 do epitélio. 
- Até que pega quase todo o epitélio (3/3), ficando só a última camadinha segurando, denominando displasia grave ou 
neoplasia intraepitelial cervical grau 3 (NIC III). Quando todas as camadas forem perdidas, inclusive essa última 
camadinha, denominamos câncer/neoplasia/carcinoma in situ. 
- Enfim, nas 4 primeiras imagens, a membrana basal está intacta (duas linhas azuis). Mas na displasia grave/ NIC III/ 
Carcinoma in situ, essa lâmina basal já começa a seragredida. A partir do momento que essas células alteradas invadem 
a submucosa, pode-se afirmar que há um câncer invasor (sendo mais grave devido à facilidade de metastatização). 
LESÕES ESCAMOSAS DISPLÁSICAS/ NEOPLASIAS INTRA-EPITELIAIS CERVICAIS (NIC): 
- Ao lado observamos uma biópsia (histopatológico) de colo 
uterino. 
- Normal: céls basais e céls pavimentosas no ápice. Observe 
o glicogênio (citoplasma claros). 
- NIC I: HPV com coilocitose. Há perda da polaridade no 1/3 
basal do epitélio. 
- NIC II: a perda da polaridade pega 2/3 do epitélio, restando 
algumas céls achatadas e algumas com HPV. 
- NIC III/ Carcinoma in situ: tudo está no mesmo aspecto, perde-se quase todas as céls pavimentosas, podendo até ter 
figura de mitose  Obs.: Todas as lesões acima (NIC I, II e III) são in situ, ou seja, intraepiteliais (não invadiram a 
membrana basal). 
LESÃO INTRA-EPITELIAL DE BAIXO GRAU ESCAMOSA (LSIL): 
- Na citologia, não temos a arquitetura de terço superior, médio ou basal, não existindo NIC. O que existe na citologia 
são: Lesão Intraepitelial de Baixo Grau Escamosa (LSIL) e Lesão Intraepitelial de Alto Grau Escamosa (HSIL). 
- Lesão Intraepitelial de Baixo Grau Escamosa 
(LSIL): compreende o HPV (tem coilocitose) e o NIC 
I. Na citologia, só vejo elementos que mostram 
progressão para a possibilidade de um câncer 
(cariomegalia, multinucleação, irregularidade de 
carioteca, hipercromatismo, heterogeneidade) e 
começa a perder a RNC. Maioria das céls ainda 
estarão normais, ocorrendo mais nas céls profundas e 
intermediárias (citoplasma azulado). 
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LESÃO INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU ESCAMOSA (HSIL): 
- A RNC fica cada vez pior. Os núcleos 
continuam atípicos, mas ficam mais parecido 
entre si (mais homogêneos). 
- Há sobreposição importante das céls, mostrando 
mais céls atípicas, sendo uma característica de 
alto grau (HSIL). 
- Não dá para separar se é NIC II ou NIC III, por 
isso, chamaremos de HSIL. Logo, os diagnósticos 
na citologia são LSIL e HSIL. No máximo, posso afirmar que o LSIL pode ser 
HPV. 
- Na biópsia (histopatológico), posso afirmar se é NIC I, II ou III, pois eu consigo 
ver quais terços do epitélio foram comprometidos (na citologia não dá para fazer 
essa análise dos terços epiteliais). 
- À esquerda, vemos 3 céls superficiais, ao lado de várias células atípicas de alto 
grau (perda de RNC), que estão isoladas e não sobrepostas, ou seja, muitas células 
atípicas isoladas é uma característica de lesão de alto grau (HSIL). 
 
- Na foto à direita, vemos também uma lesão escamosa de alto grau (HSIL), só 
que eu posso começar a pensar que seja um NIC III, pois as alterações de atipias 
de núcleo e citoplasma são vistas em céls de citoplasma de coloração rosa, isto 
é, células superficiais (queratinizadas). 
- Portanto, se existe atipia até a parte queratinizada, significa que está pegando 
todas as camadas do epitélio, inclusive o terço superior. 
Obs.: Quando há atipias francas de HSIL em céls de citoplasma rosa/superficial, 
eu continuo falando que é um HSIL, mas posso afirmar que tem elementos que sugerem um NIC III. Igual HPV, eu não 
vou falar que é HPV, eu falo que é LSIL, mas tem elementos que sugerem HPV, que no caso é a coilocitose. 
6. Progressão para neoplasia glandular de colo uterino 
- O epitélio endocervical não é o único epitélio glandular que existe no útero, há também a mucosa endometrial, que 
também é um epitélio simples cilíndrico, que pode gerar um câncer de tipo glandular e aparecer no exame citológico. 
PROGRESSÃO PARA NEOPLASIA GLANDULAR: 
 
- Essas cinco imagens acima mostram que, de maneira semelhante à neoplasia escamosa, a neoplasia glandular também 
passa por estágios, os quais estão relacionados a ganhos de mutações. 
A- Temos uma inflamação que faz uma hiperplasia reacional, também chamada de hiperplasia microglandular. 
A B 
C D E 
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B- Aumento de celularidade, onde temos uma glândula normal com núcleos basais e algumas glândulas ao lado com 
proliferação de núcleos, que dão aspecto pseudoestratificado. Inclusive tem mais figura de mitose  Adenocarcinoma 
in situ (proliferação de atipias no epitélio, mas que ainda não invadiu a membrana basal). 
C- Começamos a observar a tortuosidade arquitetural das glândulas e o aumento de células e pseudoestratificação, além 
das figuras de mitose. Aqui começam as atipias no epitélio  Adenocarcinoma in situ. 
D- Temos o Adenocarcinoma microinvasor, o qual começa a adentrar no estroma e desencadear resposta desmoplásica 
e fibrose. 
E- Adenocarcinoma francamente invasor, que já rompeu a membrana basal e já invadiu o tecido conjuntivo 
(submucosa) adjacente. 
ADENOCARCINOMA IN SITU: 
- Mais à esquerda, temos uma glândula endocervical normal, 
com citoplasma claro e rico em muco, as céls cilíndricas altas 
com núcleos na base, formando uma única camada. 
- Mais à direita, temos uma glândula (que foi cortada), na qual 
observamos pouca quantidade de muco no citoplasma (por 
isso está mais corada), o aumento da celularidade (qtde de 
núcleos nitidamente maior se comparada a uma glândula 
normal), esses núcleos que mal cabem no local, ficam em 
níveis diferentes, dando um aspecto pseudoestratificado no 
epitélio, observa-se também figuras de mitose (intensa 
atividade mitótica) e núcleos com atipias (cariomegalia, 
hipercromasia, nucléolos mais evidentes). 
 
- À direita, observa-se uma glândula toda tortuosa (parece que foi cortada 
em várias direções, dando aspecto de ser composta por vários pedaços, 
mas na verdade é apenas 1 glândula). 
- Note a pseudoestratificação, o aumento de celularidade, as figuras de 
mitose e as atipias francas (mesmas das lesões escamosas). 
- Essa lesão, apesar de estar no meio da submucosa (vimos que o epitélio 
endocervical faz invaginações formando glândulas), ela não invadiu a 
membrana basal (ainda 
é uma lesão in situ). 
 
 
 
- À esquerda, vemos a lesão adentrando e proliferando, o que causa 
um aspecto tortuoso das glândulas. Mas notem os mesmos elementos 
de hipercelularidade e, ainda, ausência de lesão da membrana basal, 
isto é, totalmente restrita à mucosa/ao epitélio. 
 
 
 
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CÉLULAS GLANDULARES 
- As céls endocervicais saem no exame citológico 
como grupamentos cilíndricos. Na foto à 
esquerda, na parte superior, vemos que esse 
grupamento apresenta muco em seu interior, 
dando um aspecto floculado/de nuvem. Na 
mesma foto, na parte de baixo, temos céls 
cilíndricas/colunares, algumas delas com cílios, 
mostrando que podemos visualizar a 
METAPLASIA TUBÁRIA na citologia. 
- Na imagem à direita, temos um esfregaço com 
céls escamosas e blocos sobrepostos de céls 
endometriais, que, são céls cilíndricas e que, 
geralmente, descamam em blocos, ficando 
grumos de céls, que lembram uma neoplasia 
escamosa maligna, mas que, na verdade, são 
blocos de céls endometriais e descamadas. 
ADENOCARCINOMA IN SITU 
 - O adenocarcinoma in situ tem características principalmente 
arquiteturais, as quais não vemos muito nas lesões escamosas. 
- À esquerda, observa-se o ASPECTO ROSETOIDE e a formação de 
BOCAS GLANDULARES. 
 - Quando os núcleos se afastam do centro, deixando um centro vazio e 
envolto por núcleos de células (parece uma roda), denomina-se ROSETA. 
Já quando é incompleto, ficando abertinho, nós chamamos de BOCA 
GLANDULAR. 
- Além disso, vemos 
cariomegalia, 
hipercromatismo, carioteca 
irregular, densidade alterada do núcleo e nucléolos múltiplos e evidentes 
(as mesmas características nucleares das céls escamosas atípicas). 
- À direita, temos uma ROSETA—centro vazio e as céls se dispondo ao 
redor dela e os núcleos com as mesmas

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