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Mayara Medeiros Infecções sexualmente transmissíveis (IST) Definição: Doenças venéreas: o Sífilis (principal) o Gonorreia o Cancroide o Linfogranuloma o Granuloma inguinal + IST o Uretrites não gonocócicas o Herpes simples genital o Verrugas genitais o Molusco contagioso o Hepatite B o Candidíase genital o Tricomoníase o Escabiose o Infecções bacterianas do AD o Ftiríase pubiana o Gardnerelose o AIDS – SIDA o HIV Epidemiologia: Disseminação mundial Apesar de toda informação, tratamento eficaz, as ISTs ainda têm crescido bastante Em 1986, após a descoberta da AIDS, houve uma certa diminuição das infecções, os seres humanos passaram a ser mais cuidadosos, se prevenindo mais. Quando as pessoas pararam de ter medo de pegar AIDS, as ISTs voltaram a crescer novamente. Ressurgimento mundial: o Migração o Coinfecção com HIV o Diminuição da mortalidade por AIDS o Mudanças nos hábitos de risco o Múltiplos parceiros o Uso de drogas recreacionais o Uso de drogas para disfunção erétil o Redução das medidas de proteção nas relações sexuais o Internet Manejo clínico das ISTs sintomáticas: Classificação: Clínica: o Inoculação o Exsudativas o Diversas Etiológica: o Bacteriana Mayara Medeiros o Viral o Fúngica o Parasitária o Não classificados Epidemiológica: transmissão sexual o Essencialmente por transmissão sexual: sífilis, gonorreia, cancro mole, Linfogranuloma venéreo e uretrite por clamídia o Frequentemente por transmissão sexual: donovanose, uretrites não gonocócicas/ não clamídicas, condiloma acuminado, herpes simples, candidíase, ftiríase, hepatite B e AIDS o Eventualmente por transmissão sexual: escabiose, pediculose, molusco contagioso, shigelose, amebíase e hepatite A e C Cancro mole (Cancroide): Haemophilus ducreyi Homem mais prevalente que mulher. Mulheres são portadoras sãs – principalmente em profissionais do sexo. Alta infectividade Baixa patogenicidade e virulência Incubação de 2-4 dias Auto inoculável Genitália e perianal Adenite inguinal Fagedenismo – ulcera que vai crescendo aos poucos, suja, faz diagnóstico diferencial com o cancro duro da sífilis, ulcera mais molhada, são lesões múltiplas e possui adenopatia. Incubação → pápula-pústula → ulceração → adenite satélite (geralmente unilateral) Auto inoculável: lesões em dobra de livro – um lado contamina o outro. Cancro mole x Cancro sifilítico: Cancro mole: lesão mais suja, lesão friável à palpação, múltiplas lesões, forma úlcera Cancro sifilítico: lesão ulcerada única, limpa, mais endurecida à palpação, borda mais regula. Diagnóstico: Suspeita clínica Coloração pelo Gram (Gram negativa) Cultura Sorologia para HIV Pesquisa para T. pallidum Sorologia para sífilis após 7 dias Teste para herpes simples Histopatológico Donovanose: Klebsiella granulomatis Pouco contagiosa Susceptibilidade individual (não pega quem quer, pega quem pode) Mais frequente em homens que em mulheres Incubação de 3-90 dias Genital e perigenital Relação sexual anal Autoinoculação Ausência de adenopatia Apenas as duas já dá diagnóstico Mayara Medeiros Crescimento lento e progressivo Indolor Úlceras granulomatosas, não dolorosas, fagedênicas, crescimento lento, paciente muitas vezes não procura um médico por preconceito, vergonha e constrangimento de mostrar. Diagnóstico: Exame direto: corpúsculos de Donovan o Esfregaço da biopsia + coloração de Wright ou Giemsa Histopatológico: corpúsculos de Donovan – define diagnóstico Cultura – não é tão fácil realizar a cultura Linfogranuloma Venéreo: Chlamydia trachomatis Incubação: 3-30 dias Estágio primário: pápula ou úlcera indolor, autolimitada, fugaz, despercebida. Estágio secundário: 2-6 semanas o Síndrome inguinal: homens heterossexuais → nos homens heterossexuais a drenagem da cadeia ganglionar é feita para região inguinal o Proctite aguda: mulheres e homens homossexuais → pessoas que fazem sexo anal ou vaginal, a drenagem é para os ilíacos internos o Outras apresentações: uretrite, cervicite, salpingite (pode levar à infertilidade nas mulheres), conjuntivite Na primeira imagem (mal) dá para observar um micro bubão – muito pequeno e ele ulcera (próximas imagens). É uma adenopatia dolorosa que pode fazer, inclusive, microperfurações nele, como se fosse escumadeira. Por não observar a lesão ulcerada, acaba-se fazendo diagnóstico diferencial com tudo: cancro mole, tuberculose. Estágio terciário: 1-20 anos (de doença não tratada) o Síndrome anogenitorretal o Mulheres e homens homossexuais o Proctocolite o Fístulas anais e retovaginais o Estenose retal o Linforreias o Estiômetro (elefantíase com fístulas e úlceras) o Pelve congelada e infertilidade Gânglios infartados e fibrosados, perdendo a drenagem linfática dessa região Mayara Medeiros Homens heterossexuais observa-se mais próxima a região da genitália masculina. Diagnóstico: Exame direto: o Coloração Giemsa o Imunofluorescência Cultura Teste de Frei (quase não é utilizado) Teste com amplificação de ácido nucleico (PCR) Sorologia Teste de fixação do complemento Microimunofluorescência Histologia Colhe a amostra do bubão com uma agulha, fazendo aspirado, para fazer o exame direto. NÃO DRENAR O BUBÃO – demora muito a cicatrizar. Fazer diagnóstico diferencial sempre Manejo de úlcera genital: Tratamento: Gonorreia: Blenorragia Neisseria gonorrhoeae Frequente Mais frequente em homens que em mulheres, mulheres são assintomáticas Incubação de 2 a 5 dias Agudo Secreção e edema uretral Vulvovaginite Anorretite Mayara Medeiros Outras manifestações: o Uretrite (dificuldade ao urinar, dor, edema, eritema) e epididimite em homens; o Síndrome uretral aguda (dificuldade ao urinar, dor, edema, eritema), bartholinite, cervicite, salpingite (pode levar à infertilidade) em mulheres o Proctite, conjuntivite e infecção disseminada em ambos os sexos que fazem relação sexual anal. Diagnóstico: Exame direto/ Gram – colher a gota Cultura Detecção de produtos bacterianos Teste com hibridização Teste com amplificação de ácido nucleico PCR Uretrites não gonocócicas: Chlamydia trachomatis: Corresponde a 50% das uretrites não gonocócicas. Sorotipo A-C: doença ocular o Tracoma, conjuntivite, ceratite (às vezes cursa com cegueira) Sorotipos D-K: doença óculo-genital o Uretrite, endometrite, epididimite, síndrome de Reiter Sorotipos LI-LIII: genital o Linfogranuloma venéreo (LGV) Outros agentes: Ureaplasma urealyticum Mycoplasma genitalium Trichomonas vaginalis Candida albicans Bactérias coliformes Vírus do herpes simples Papilomavírus humano Clínica: Período de incubação: de 1-3 semanas Clínica discreta Secreção uretral – urina mais espessa e mais turva, mas não chega a ser como o da gonorreia Disúria Prurido no meato Adenopatia inguinal (desconfiar de herpes simples) – geralmente é bilateral e pequena Diagnóstico: Exame direto/ Gram – afastar gonorreia Exame direto/ Giemsa Exame a fresco Cultura de secreção uretral Sorologia PCR Manejo do corrimento uretral: Para clamídia, é mais fácil de realizar Mayara Medeiros Tratamento: Verrugas anogenitais: Teste do ácido acético para rastrear HPV Vegetações Manejo clínico das verrugas anogenitais: Em crianças deve ser investigado a possibilidade de abuso sexual. Herpes simples genital: Vesículas se rompem, deixando pequenas ulcerações Paciente HIV+ pode ter sóulcera e não lesão vesiculosa. Mayara Medeiros Tratamento para herpes genital: DST – Abordagem sindrômica: Manual de controle das DST- Ministério da Saúde Contato – oferecer tratamento Continuar o tratamento até o final Camisinhas Conselho – HIV/ DST e se possível Hepatite B e C Contracepção – informar métodos e oferecer
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