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Empreendedorismo como Opção de Carreira 1

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EMPREENDEDORISMO 
COMO OPÇÃO DE 
CARREIRA
Autor
Ricardo Machado
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora do EAD
Prof.ª Francieli Stano Torres
Edição Gráfica e Revisão
UNIASSELVI
EMPREENDEDORISMO 
COMO OPÇÃO DE 
CARREIRA
1 INTRODUÇÃO
Durante muitas gerações, fomos educados, formados e orientados para 
seguirmos uma carreira dentro do mundo empresarial. Os votos de nossos 
familiares para nós sempre foram o de conseguir uma vaga em uma grande 
empresa – além de este ser o desejo de grande parte das pessoas. Afinal, a 
grande maioria dos cursos e formações tinham o objetivo de formar mão de 
obra para o mercado de trabalho. 
Passado muito tempo, conseguir um grande emprego continua a ser, ain-
da hoje, um ótimo objetivo de vida. Ademais, quem possui este objetivo e tem 
êxito possui totais condições de se tornar uma pessoa feliz com a sua carreira.
Então, o que mudou? Bem, o que temos de diferente nos tempos atu-
ais é que, obrigatoriamente, o paradigma de que todos nós devemos ser 
funcionários de uma empresa para alcançar uma carreira de sucesso e para 
sermos pessoas realizadas na vida foi quebrado e ganhou uma outra ótima 
opção de escolha: a carreira empreendedora.
Sim, temos a opção de construir uma carreira não sendo funcionário 
de uma outra empresa, mas, sim, sendo um empreendedor, sendo o dono 
do negócio.
Provocados por uma combinação de diferentes cenários que, cada vez 
mais, criam uma alta competitividade para a conquista de uma boa oportu-
nidade de emprego, impactados, por exemplo, pela robótica; a automação 
comercial; os programas de computadores cada vez mais modernos; os 
avanços da internet – chegando ao controle de equipamentos e máquinas 
sem a necessidade humana – e os demais avanços tecnológicos, ao final de 
tudo, acabam diminuindo (e muito) a necessidade de boa parte da mão de 
obra que antes era considerada imprescindível. 
Somados a esses aspectos, fato é que ainda temos o importante desejo 
de que cada indivíduo possa construir o seu próprio negócio. Esse desejo 
pode acontecer seja por uma aptidão, um talento para fazer ou produzir algo 
ou pelo fato de que muitos profissionais altamente criativos e inovadores 
não recebem a liberdade e a valorização como profissionais dentro das or-
ganizações para criar e inovar em suas gestões, acabando por identificar-se 
nas ações empreendedoras uma ótima oportunidade de aplicar, na prática, 
as suas próprias ideias.
Seja como for, a opção por uma carreira empreendedora tem ganhado 
muitos seguidores em um mundo cada vez mais tecnológico e com grande 
dificuldade de oferta de emprego.
Entretanto, não basta apenas decidir ser empreendedor. Somente o de-
sejo não é o suficiente para tornar-se um empreendedor de sucesso. Entender 
a visão que os empreendedores de sucesso possuem sobre o seu negócio, 
saber estruturar o manual do empreendedor que é o plano de negócios, ter 
a real noção dos objetivos do seu negócio, do que ele realmente entrega 
ao mercado e, por fim, identificar a real importância e o poder do cliente no 
mercado que se deseja atuar, sabendo investir a maior parte do seu tempo 
no que realmente é importante e agregar valor ao seu negócio, são fatores 
que precisam ser considerados em um projeto de criar uma carreira empre-
endedora. Também é importante saber que ser empreendedor não quer dizer 
que rapidamente iremos comprar uma casa na praia ou no campo e viver 
tranquilamente os finais de semana. Os desafios são enormes. No entanto, 
quando nos planejamos e “fazemos o nosso dever de casa”, seguir uma car-
reira empreendedora pode sim ser uma ótima opção de carreira.
2 PLANEJAR PARA EMPREENDER, O PRIMEIRO PASSO
A vontade de empreender é grande. Já reunimos toda a coragem e 
tomamos uma decisão: é preciso empreender! É preciso criar um próprio 
negócio! E aí? “É só começar, então”, muitos poderiam dizer. Na prática, não 
é bem assim, pois não é somente uma questão de decisão. Mais que isso, 
muitos estudos indicam que bons negócios não obtiveram sucesso pela 
iniciativa de começar um empreendimento sem fazer um importante dever 
de casa: o planejamento.
FIGURA 1 – PLANEJAMENTO
FONTE: <https://thomazribas.com/wp-content/uploads/2020/06/kpi-para-startups.png>. Acesso em: 24 set. 2021.
Construir um bom planejamento é fundamental para o sucesso de um 
negócio empreendedor. Fazer avaliações de mercado, concorrência e poten-
ciais diferenciais competitivos do seu negócio em relação ao mercado que 
você pretende atuar são exemplos imprescindíveis para levantarmos todas 
as ações que precisam ser realizadas antes de começarmos um negócio 
empreendedor. 
Quando optamos por uma carreira empreendedora, a estratégia de 
construir um planejamento prévio pode tornar-se um fundamental diferen-
cial. E qual é a grande vantagem de planejarmos antes de iniciar o nosso 
empreendimento? Vamos pensar juntos. Como tudo na vida, o que fazemos 
apenas com a emoção sem o uso da razão, temos muito menos controle 
sobre os resultados que podemos alcançar. Quando investimos em um pla-
nejamento prévio, temos as chances de tentar minimizar os erros, corrigir 
o que temos de fraqueza e potencializar o que possuímos de melhor. Além 
disso, podemos fazer melhores julgamentos e avaliações. 
Planejar é tentar desenhar previamente todas as ações que precisam 
ser tomadas, identificando quais serão os maiores desafios, onde precisamos 
investir mais tempo e dinheiro. E tudo isso, sem riscos diretos, pois como é 
um planejamento, as chances de identificarmos antes de agirmos é enorme.
Sabemos que é um grande desafio para muitas pessoas. A palavra “pla-
nejamento” ainda é um tabu para muitas pessoas. Quantas vezes já ouvimos 
frases como: para que planejar tanto? O que adianta planejar, o que vale é a 
prática! Sim, não são poucas as correntes que são contra a ação de planejar 
para depois agir.
Pois bem! Para tentar fazer essas pessoas refletirem, daremos o seguinte 
exemplo: pense que você é uma pessoa que tem medo de altura. Agora, ima-
gine que por um motivo de força maior, seja lá qual for, você fosse obrigado 
a pular de paraquedas. Sim, pular lá de cima de um avião. Loucura não? En-
tretanto, vamos em frente com esta história. Antes de subir no avião que vai 
te levar para o salto, o instrutor te dá uma instrução que faz toda a diferença. 
Você vai participar da preparação dos equipamentos para o salto, ou seja, vai 
ajudar a dobrar o paraquedas e ajustar os demais instrumentos que ficam pre-
sos ao corpo. Depois de muito medo, você encara o desafio da ação. 
Depois de receber todas as dicas e instruções do profissional de salto, 
vocês chegam ao final e terminam de preparar o equipamento. Antes de 
começar a caminhar para o avião, o instrutor te faz uma pergunta que pode 
fazer toda a diferença: você acha bom fazermos mais uma checagem e ava-
liação no equipamento antes de subir ao avião? Olha, eu penso que a grande 
maioria diria que sim! – nós, pelo menos, com total certeza. 
Vamos em frente. Deixe-me compartilhar um outro exemplo. Sabe aque-
la cena clássica que vemos em filmes que possuem cenas de decolagem 
de um avião? Sabe, aquelas cenas que pilotos conversam com o copiloto 
ainda antes da decolagem, com coisas do tipo: freio? Ok! Combustível? Ok! 
e outras diversas checagens, que são consideradas? Você imagina alguém 
sair do solo, ou seja, decolar, sem checar essas coisas? Não imagina? Bem, 
quando vamos pelas estradas deste nosso país, não é difícil ver um motorista 
com um galão vazio de combustível na mão procurando o posto mais perto. 
Olha, nós já vimos muitos. Bem, com certeza, fora um problema especí-
fico do equipamento, não cremos que este mesmo motorista, se tivesse que 
pilotar um avião, seria capaz de levantar voo sem checar se tem combustível 
primeiro. Não daria para procurar um posto lá em cima.
Seja no primeiro exemplo do paraquedas ou do segundo do avião, fica 
claro que, provavelmente, usando totalmente a razão, todos nós faríamos 
todos os planejamentos e checagenspossíveis antes de agirmos. Não é 
verdade?
E por que eu não faria a mesma coisa antes de começar uma carreira 
empreendedora? Afinal, a minha vida financeira e da minha família poderia 
estar totalmente comprometida caso o meu empreendimento não desse 
certo. E mesmo se der certo: quanto tempo “temos de voo” até que real-
mente comece a entrar a receita esperada para o nosso empreendimento? 
São muitas as questões que precisam ser consideradas. E somente uma visão 
de razão e um planejamento bem feito pode entregar para o indivíduo que 
deseja ser empreendedor como forma de carreira.
O grande problema é que infelizmente a maioria das pessoas que decide 
tornar-se empreendedora acabam agindo pela emoção e não pela razão. Mais 
que isso. Costumamos dizer que somos empreendedores por necessidade, e 
não por oportunidade. E isso é um grande erro que pode levar ao insucesso 
de um bom negócio, de uma grande ideia. Contudo, o que é este negócio 
de empreender por necessidade ou por oportunidade? O que isso quer dizer?
Vamos imaginar juntos. Pense em um profissional que fica desempre-
gado de uma hora para outra. Sem imaginar previamente esta oportunida-
de, talvez ele não tenha feito uma reserva que pudesse lhe sustentar até a 
conquista de um novo emprego. Quando isso acontece, normalmente o 
que acontece é que a maior parte da importância recebida pela rescisão de 
contrato e fundo de garantia, vai para pagar dívidas ou as contas das rotinas 
mensais que todos nós temos. Depois de muito procurar, sem sucesso nas 
entrevistas de emprego, ele toma a decisão de ser empreendedor. 
E aí, o que pode acontecer? Com muita pressão por conta do dinheiro, 
que está acabando, a falta de uma nova fonte de renda, que não chega, as 
contas que não param de chegar, somadas a compras dos supermercados, 
escola, luz etc... nossa! Quem consegue tomar uma decisão usando apenas 
a razão diante de um cenário deste? As chances de acabar se precipitando 
ou deixando de fazer avaliações importantes são enormes. É dentro deste 
contexto que muitos se tornam empreendedores por necessidade. 
Já quando fazemos um planejamento antecipado, sem um excesso de 
pressão absurda relatada anteriormente, existem maiores chances de sucesso 
de um negócio. Neste segundo cenário, vamos imaginar, agora, um profis-
sional que não está muito feliz no seu trabalho atual. Seja porque o que ele 
faz não tem mais sentido na sua vida, ou pela falta de valorização da empre-
sa ou até mesmo, pela baixa remuneração que recebe sem perspectiva de 
melhora. Então, diante dessa questão, este profissional começa a construir 
uma visão de empreender. Seja para colocar em prática um dom ou talento 
que possui ou até mesmo para fazer a mesma coisa em que trabalha atual-
mente. Pode, ainda, pesquisar e se preparar, estudando e fazendo cursos em 
algo que deseja atuar.
A diferença é que ele ainda está trabalhando, ou seja, pode pensar, 
planejar e se preparar para empreender, ainda tendo alguma receita para as 
suas necessidades rotineiras. E isso, sem dúvidas, faz toda a diferença, pois 
suas decisões podem, de forma mais fácil, serem tomadas especificamente 
com base na razão. 
Nesse segundo caso, temos a opção de sermos empreendedores por 
oportunidade. E este é o nosso grande desafio, sermos empreendedores 
por oportunidade. Construirmos nossa carreira empreendedora dentro de 
uma visão de oportunidade. Não precisa ser necessariamente uma pessoa 
que esteja trabalhando, como no caso mencionado. Quando isso acontece, 
melhor ainda. Entretanto, quando, pelo menos, entendemos a importância 
de planejarmos previamente nossas ações sem ter uma postura de agir por 
razão e não por emoção, já é um grande passo para termos maiores sucessos 
em um empreendimento. Afinal, construiremos uma carreira empreendedora 
por oportunidade.
Avaliar ser empreendedor por oportunidade e não por necessidade 
nas diversas ações para empreender, possui muitas vantagens. Vejamos no 
quadro a seguir:
QUADRO 1 – PRINCIPAIS AÇÕES PARA EMPREENDER (COMPARAÇÃO EM EMPREENDER POR NECESSIDADE E 
POR OPORTUNIDADE)
AÇÕES PARA 
EMPREENDER
EMPREENDEDOR POR 
NECESSIDADE
EMPREENDEDOR POR
OPORTUNIDADE
Identificar opor-
tunidades para 
empreender.
O fator urgência pode 
prejudicar a avaliação do 
empreendedor.
Por não ter um fator que provoque uma 
decisão urgente, pode avaliar com mais 
calma se realmente é uma oportunidade.
Planejar as ações 
necessárias para 
empreender.
O fator tempo pode in-
fluenciar o empreende-
dor, fazendo ele avaliar 
com pressa ou descon-
siderar algo impactante 
para o seu planejamento.
É capaz de planejar de forma mais tran-
quila, podendo investir mais tempo para 
pesquisar de forma mais profunda, algu-
mas estratégias que pensa em usar.
Avaliar os riscos 
do negócio. 
A necessidade de prover 
rendimento pode fazer 
com que o empreende-
dor assuma correr riscos 
acima da razoabilidade.
O empreendedor poderá tomar a sua 
decisão avaliando friamente a relação 
riscos X retorno, podendo de forma 
mais tranquila, não aceitar os riscos do 
negócio. Poderá também correr apenas 
riscos devidamente calculados.
FONTE: O autor
Como identificamos no quadro exposto, que apresenta a comparação 
entre os dois fatores motivadores para, são diversas as vantagens de 
construirmos a nossa carreira empreendedora com um planejamento que 
nos guie para um projeto de empreender por oportunidade.
3 O MODELO MENTAL DOS EMPREENDEDORES DE SUCESSO
Existem muitos mitos ou visões distorcidas sobre como os grandes 
empreendedores obtiveram ótimos resultados em seus empreendimentos. 
Muitos depositam o sucesso destes empreendedores como um insight, que 
tiveram de uma hora para outra, como um sonho que possa ter vindo para 
indicar em quais negócios poderia investir com total sucesso.
FIGURA 2 – MODELO MENTAL
FONTE: < https://img.favpng.com/1/2/11/clip-art-psychology-psychologist-image-openclipart-png-favpng-
upePEViHh694wNbPmxczE7q2s.jpg >. Acesso em: 24 set. 2021.
Outros podem achar que os empreendedores que construíram bons 
empreendimento alcançaram o sucesso de um dia para outro, logo na pri-
meira tentativa. É possível ter uma grande ideia, colocar em prática e ter 
sucesso logo na primeira tentativa? Sim, é! No entanto, é provável? Não, 
definitivamente, não é!
Todo o sucesso empreendedor da maioria de quem alcançou o sucesso, 
provém de muito esforço de investimento de tempo e planejamento. Mais 
que isso, são incontáveis os exemplos de empreendedores que tentaram 
a primeira, a segunda e terceira vez, antes de alcançarem sucesso com os 
seus negócios. 
As competências técnicas para empreender, as chamadas hard skills, 
são fundamentais. Formação, capacitação em cursos de longa, média ou 
curta duração, são totalmente necessários para que o empreender possa 
planejar e administrar o seu negócio. Isso é inegociável para se estruturar 
um empreendimento de sucesso. Precisamos saber avaliar uma oportuni-
dade, gerenciar algumas decisões e outras ações que fazem parte da rotina 
do empreendedor, que necessita de um conhecimento específico ou pelo 
menos uma visão básica para poder interagir com profissionais que dominam 
os diversos temas da gestão empreendedora. 
São as competências comportamentais, as soft skills, é que podem fazer 
a diferença entre um empreendedor de sucesso dos demais. Por meio delas, 
o empreendedor poderá superar obstáculos e desafios que nem sempre es-
tão nos manuais da boa gestão, como as relações interpessoais, a liderança, 
o poder de comunicação e persuasão, a resiliência para se manter no seu 
foco e persistência para não desistir nos primeiros tropeços que o negócio 
empreendedor pode promover.
Você é resiliente? Bem, olhando para uma definição técnica, segundo 
os conceitos de física, resiliência é a capacidade de alguns objetos que mes-
mos expostos por grande força a modificar seu formato é capaz de voltar ao 
seu estado original. Tendo uma visão mais prática e voltada para o empreen-
dedorismo, podemos afirmar que a resiliênciaé a capacidade do empreen-
dedor se manter no mesmo foco, mesmo diante de grandes adversidades. 
Buscando ainda por uma visão ainda mais prática e direta, basta lembrar 
do ditado popular: “enverga, mas não quebra”. Isso relacionado à resiliên-
cia para empreender, seria o mesmo que ser impactado pelas adversidades 
de construir uma carreira empreendedora, mas resistir e voltar ao seu foco 
principal. Resiliente é o indivíduo empreendedor que consegue manter-se 
focado apesar de muitos obstáculos pela frente que podem fazê-lo ter que 
se envergar de vez em quando.
Estas competências podem suprir ou equilibrar outras que o empreen-
dedor pode não possuir. Afinal, dificilmente poderemos ser bons em tudo. 
Colegas afirmavam que Bill Gates estava longe de ser o melhor programador 
de sua turma, mas teve talento para formar um time super capacitado. Um 
outro exemplo poderia ser Steve Jobs, que como vimos nos relatos de sua 
história, estava longe de ser um exemplo de liderança amigável, mas em se 
tratando de persistência e obstinação, por exemplo, poucos foram como ele. 
Desta forma, para empreender com sucesso, a carreira empreendedora 
necessita de muitas competências que vão além dos treinamentos, cursos e 
leituras. Passa pela mudança comportamental para alguns ou o desenvolvi-
mento de algumas competências para outros. 
Então, podemos concluir que para construir uma carreira empreende-
dora de sucesso, é necessário desenvolver competências técnicas e compor-
tamentais que construam um modelo mental de sucesso que ajude na estru-
turação e, principalmente, na manutenção de uma carreira empreendedora.
4 A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE NEGÓCIO
Como vimos anteriormente, planejar é um passo fundamental para o su-
cesso de um empreendimento. A famosa frase “deixe a vida me levar”, definitiva-
mente não está alinhada com o objetivo de empreender. Todo negócio possui 
algum nível de risco. Não existe empreendimento que não possua um mínimo 
de risco. No entanto, podemos minimizar este risco com um bom planejamento. 
E, neste sentido – de planejar para ter sucesso no empreendimento –, 
temos a necessidade de registrar cada passo deste planejamento. O ato de 
escrever é fundamental. Por meio do registro escrito, podemos sinalizar todos 
os passos que vamos precisar dar em nosso empreendimento, nos possibilitan-
do ter a chamada visão holística do nosso projeto, ou seja, a visão de todo o 
empreendimento. Assim, fica muito mais fácil a administração do futuro negó-
cio como a percepção dos pontos mais delicados que vamos ter pela frente. 
FIGURA 3 – PLANO DE NEGÓCIOS
FONTE: <https://uniasselvi.me/3oNMWB4>. Acesso em: 24 set. 2021.
Neste contexto, o chamado plano de negócio funciona como um tu-
torial de orientação em todo o processo de empreender. Ele atua como um 
manual ou uma receita ou pelo menos um orientador de como planejar, 
montar e gerenciar o nosso empreendimento.
Com informações detalhadas sobre o projeto do empreendimento, o 
plano de negócios é o local onde o empreendedor deverá sinalizar infor-
mações sobre as ações que vão sustentar as diversas estratégias de ação, 
como as de marketing, com os diferenciais de seus produtos ou serviços em 
relação aos demais competidores do mercado; e no plano de negócios, que 
são destacados as principais parcerias e os fornecedores. São inseridas no 
projeto as informações dos recursos humanos necessários para a implan-
tação prática do empreendimento, como as funções que serão necessárias 
para sua atuação; destacando também as informações financeiras correla-
cionadas, como os custos previstos de produção, as despesas mensais que 
vão impactar no fluxo de caixa, como o aluguel, energia elétrica, custos com 
mão de obra, entre tantos outros. 
Com base nas informações sinalizadas no plano de negócios, o empre-
endedor poderá fazer um planejamento prévio de suas ações e ainda antever 
os principais desafios que o seu projeto vai precisar superar. De onde virão 
as suas principais receitas? Isso também deverá estar previsto em seu plano 
de negócios.
Para estruturar um plano de negócio, os empreendedores possuem atu-
almente uma vasta base de informações e ferramentas mais acessíveis. São 
muitos modelos que podem se adaptar à cada tipo de negócio e empresas. O 
empreendedor pode fazer uso de planilhas, gráficos e demais fontes visuais 
de dados para ajudar na sua gestão e processo de construção de tomada de 
decisão. Dentre os novos modelos de ferramentas disponíveis de construção 
de um plano de negócios, temos o Canvas.  
O Business Model  Canvas, já consagrado na gestão empreendedora 
chamado apenas de Canvas, é um modelo de ferramenta de planejamento 
estratégico para empreender, que permite construir, desenvolver e estruturar 
modelos de negócios novos ou já atuantes no mercado. Nele, acondiciona-
mos as principais informações, de uma forma visual que orientam de forma 
prática, rápida e de fácil entendimento por todos os envolvidos no projeto.
Com a estratégia de comunicação visual, o modelo Canvas verdadei-
ramente agrada e muito com a grande facilidade que a sua comunicação 
visual propicia.
FIGURA 4 – BUSINESS MODEL CANVAS
FONTE: < https://www.creativefabrica.com/wp-content/uploads/2020/06/12/Business-model-canvas-concept-with-
paper-Graphics-4344712-1-1-580x348.jpg>. Acesso em: 24 set. 2021.
De modo geral, um bom plano de negócio, ou seja, bem estruturado, 
não garante o sucesso de um novo negócio. Entretanto, com total certeza, 
deverá possibilitar maiores condições de gestão para o alcance dos resultados 
desejados para o empreendimento. Por isso tudo, estruturar um bom plano 
de negócio é fundamental para atuar na ação de empreender. 
5 DE QUE TAMANHO VOCÊ QUER SER?
Quais são os seus sonhos? Eu sei que é uma pergunta que abre muitos 
caminhos de resposta. Contudo, aonde você quer chegar? De que tamanho 
é o seu sonho? São perguntas que remetem diretamente ao tamanho do 
nosso desejo de empreender. 
Fique tranquilo com o tamanho do seu sonho, pois ele será do tamanho 
que você acha que lhe atende. E não há tamanho ideal. São muitas as 
possibilidades. Cada vida, cada planejamento tem o seu próprio tamanho. E 
se por acaso o seu sonho empreendedor é de uma estrutura pequena, aonde 
você pode trabalhar no projeto e ainda manter uma posição de empregado 
em outra empresa, por ser um perfil de carreira mais seguro para você, está 
ótimo! Não existe somente um caminho ou apenas uma única escolha. São 
muitas as possibilidades. E todas, são boas quando atendem aos nossos 
objetivos empreendedores.
FIGURA 5 – O TAMANHO DOS SEUS SONHOS
FONTE: Adaptada de <pixabay.com>. Acesso em: 24 set. 2021.
O importante é que devemos entender que sonhos não possuem limites. 
Podemos sim sonhar alto, se este for o nosso desejo. Claro, dentro de algumas 
considerações de tempo e limitações, pelo menos iniciais, de investimentos. 
No entanto, tudo pode ser uma questão de tempo e esforço investido.
Não podemos esquecer que uma ação empreendedora pode nos levar 
à patamares que nunca antes havíamos pensado, pois empreender é colocar 
em prática o nosso sonho.
Então, qual é o tamanho que você quer ser? Seja qual for a sua resposta, 
com capacitação e desenvolvimento do perfil empreendedor, você pode 
alcançar todos os seus sonhos.
6 AS OPORTUNIDADES DAS PEQUENAS EMPRESAS
Caro aluno, ao longo da nossas carreiras, podemos atuar em pequenas, 
médias e grandes empresas. Por isso, quem já vivenciou e aprendeu, pelo 
menos um pouco do que cada um destes tamanhos de negócios tem de 
vantage – ou desvantagem – em relação aos concorrentes e, com isso, em 
relação ao mercado. 
No que se refere às pequenas empresas, o que pode faltar? Capital 
de investimento, por exemplo, é algo que, sem dúvida, acaba por elevar o 
tamanho do desafio de adquirir tecnologia, por exemplo, que é compensado 
por outros importantes atributos.
FIGURA 6 – PEQUENAS EMPRESAS
FONTE: <https://ad962edbae8ba7b03b7f-d10007df79b5b7a4e475a291e50a08cf.ssl.cf3.rackcdn.com/2647/financial-forecast-restaurant.png>. Acesso em: 24 set. 2021.
Um destes atributos, sem dúvida alguma, é a possibilidade de velocidade 
em seus processos de tomada de decisão. Isso mesmo! As pequenas 
corporações empreendedoras costumam ter uma velocidade de decidir e, 
assim, dar respostas rápidas aos seus clientes, são um grande diferencial 
positivo, ao contrário da maioria das grandes corporações que precisam 
de muitas decisões para atender ao cliente. Na pequena empresa, quase 
sempre o atendimento é feito pelo dono ou pelo menos por alguém que está 
muito próximo do empreendedor. Isso pode fazer total diferença na questão 
velocidade de atendimento.
Podemos, ainda, destacar uma outra versati l idade das pequenas 
empresas, que é a sua capacidade de adaptação ao mercado, no que se 
refere à mudança de estratégias para se adaptar às mudanças proporcionadas 
pelo mercado. É importante destacar que isso somente ocorre quando o 
empreendedor tem uma visão holística do ambiente em que atua, ou seja, 
tenha uma visão do todo. 
7 DEFININDO MISSÃO, VISÃO E VALORES
Missão é o que eu entrego ao mercado. Visão é aonde desejo chegar. 
E valores são o que realmente meus produtos e serviços entregam de 
importância aos meus clientes. Mais que saber estas definições, precisamos 
entender de forma clara como estes fatores podem fazer a diferença em 
nosso empreendimento.
FIGURA 7 – MISSÃO, VISÃO E VALORES
FONTE: <https://uniasselvi.me/2WWPMIe>. Acesso em: 24 set. 2021.
Saber exatamente o que eu faço no meu mercado de atuação é 
fundamental para que possamos planejar nossas ações empreendedoras. 
Saber onde pretendemos chegar é outra questão de suma importância. E 
identificar quais os valores que nossos clientes buscam em nossa empresa é 
questão inegociável para quem deseja gerenciar bem um empreendimento. 
Para decifrar todas estas questões, algumas perguntas precisam ser 
respondidas dentro de um planejamento para empreender. Com base nas 
respostas, será muito mais produtivo e orientador o conteúdo registrado no 
Plano de Negócios; são perguntas fundamentais.
Quais seriam estas perguntas consideradas tão importantes? São 
questões como: 
• O que eu realmente entrego (vendo) ao mercado? 
• Onde eu pretendo chegar com o meu negócio (onde pretendo estar no 
futuro)? 
• O que realmente os meus clientes mais valorizam nos meus produtos ou 
serviços (qual valor eles desejam pagar realmente)?
Eu imagino que alguém possa pensar: mas essas perguntas parecem 
tão óbvias! Todos vão saber o que vende, pretendem chegar ou que valores 
são valorizados por quem compra comigo! Acontece que não é bem assim. 
Então, vamos destacar:
• PRIMEIRA PERGUNTA: o que eu realmente entrego (vendo) ao mercado? 
Um grande erro é achar que clientes compram nossos produtos ou 
serviços. Na verdade, eles compram as soluções que nossos produtos ou 
serviços entregam a eles. Então vejamos alguns exemplos.
FIGURA 8 – O QUE VENDER NO MERCADO?
FONTE: <https://cdn.lifehack.org/wp-content/uploads/2014/07/4-tricks-for-procrastinators-and-the-indecisive-for-
making-quicker-decisions1-770x433.png>. Acesso em: 24 set. 2021.
Exemplo 1: o que entrega ou vende um hotel? Muitos diriam de pronto: 
hospedagem, claro! Afinal, as pessoas precisam ter um local para descan-
sar ou dormir em suas viagens. Errado! As pessoas realmente precisam ter 
onde dormir e descansar. Entretanto, então, por que ficam tão encantadas 
com o local? Porque, na verdade, elas compram (ou desejam comprar) uma 
experiência que as encantem ou que superem as suas expectativas. E tais 
experiências ficam na mente dos hóspedes (clientes) muito tempo depois 
de consumir os serviços (hospedagem).
Exemplo 2: o que vende uma empresa de software? Já te adianto que 
não é programas para computador! Estas empresas vendem soluções! Estas 
soluções precisam estar “dentro” dos programas vendidos, do contrário, os 
programas de nada servem para os clientes, pois não resolvem ou não en-
tregam as soluções que tanto necessitam. 
Exemplo 3: você se lembra dos aparelhos de FAX? (o pessoal mais novo 
que não conhece, vale uma pesquisa rápida). Bem, este aparelho é um meca-
nismo que transmite a imagem de alguma coisa em uma folha de papel, de 
um aparelho para outro. Assim, orçamentos, documentos ou qualquer outra 
coisa impressa em papel, poderiam ser transmitidos de um determinado local 
com o uso de um aparelho de Fax para qualquer outro aparelho no mundo, 
precisando apenas de mais um aparelho de Fax e uma linha telefônica, unin-
do a comunicação entre ambos. As pessoas mais novas vão achar que isso é 
mentira. Sim, acredite, era assim mesmo. Bem, então poderíamos pensar que 
todos compravam o aparelho de Fax? Claro que não! Comprávamos o serviço 
entregue pelo Fax. A transmissão do conteúdo de um papel de uma máquina 
para outra. Bastou que este mesmo serviço, de forma muito melhorada, fosse 
entregue por outros mecanismos, tecnologias e aparelhos, como scanner, 
internet etc., e o tal do Fax iniciou o seu caminho para a retirada de mercado.
Então, o caminho é pensar e responder: o que eu realmente entrego 
(vendo) ao mercado? Ter esta resposta é fundamental para gerenciar o seu 
empreendimento.
• SEGUNDA PERGUNTA: onde eu pretendo chegar com o meu negócio 
(onde pretendo estar no futuro)? 
Quando não sabemos para onde queremos ir, qualquer lugar está bom. 
A frase muito bem destacada no Livro “Alice no País das Maravilhas”, do autor 
Lewis Carroll, remete, dentre muitas análises, ao contexto de sabermos 
antecipadamente onde queremos chegar. 
FIGURA 9 – EM QUAL DESTINO PRETENDO CHEGAR?
 
 FONTE: Adaptada de <pixabay.com>. Acesso em: 24 set. 2021.
No mundo empreendedor, o contexto é o mesmo. Devemos nos 
perguntar os destinos que almejamos chegar. Isso é fundamental, dentre 
muitas questões, como: definir e planejar o nosso negócio, análises que 
definem o grau de investimento, o posicionamento que desejamos alcançar 
no mercado etc. Queremos buscar ser líderes de mercado e investir o que 
for necessário para isso, ou apenas uma participação significativa que nos 
leva a estar entre as três principais empresa já é o suficiente?
https://www.pensador.com/frase/MTkwMDc2NQ/
Definir nossos objet ivos impl ica questões fundamentais , como 
investimento, capital humano e compra de tecnologia. Tudo isso acaba por 
definir ou pelo menos direcionar as nossas ações e nossos objetivos no 
mercado.
Então, não deixe de avaliar e responder: onde eu pretendo chegar com 
o meu negócio (onde pretendo estar no futuro)? 
• TERCEIRA PERGUNTA: o que realmente os meus clientes mais valorizam 
nos meus produtos ou serviços (qual valor eles desejam pagar realmente)?
Você deve saber por que os seus clientes, atuais ou futuros, compram 
ou comprariam com você. E quem já comprou, o que os leva a comprar 
novamente? Saber exatamente essas respostas colabora para que o 
empreendedor saiba exatamente os valores que seus clientes buscam nos 
seus produtos ou serviços. 
FIGURA 10 – VALORIZAÇÃO DE PRODUTOS
 FONTE: Adaptada de <pixabay.com>. Acesso em: 24 set. 2021.
Pode ser que seus clientes busquem os seus produtos ou serviços pela 
qualidade diferenciada que eles entregam. Ou poderá ser pelo investimento 
mais baixo. Talvez pela comodidade. Ou então para facilidade de crédito. 
Seja lá qual for o motivo, quando sabemos o que leva o mercado a adquirir 
os nossos produtos ou serviços, vamos poder investir mais no que temos de 
melhor e, assim, poder expandir ou manter a nossa fatia de mercado. 
Com esta visão em mente, não deixe de tentar responder: O que 
realmente os meus clientes mais valorizam nos meus produtos ou serviços 
(qual valor eles desejam pagar realmente)?
8 O CICLO DE VIDA DE UM EMPREENDIMENTO
Nascemos, desenvolvemos e morremos. De uma forma clara e direta, 
esta é considerada uma das leis da vida. Assim, todo ser vivo sabe exatamente 
que sua passagem pela vida é algo com um tempo determinado. Nossas 
células vão envelhecendo, passam a ter uma série de deficiênciasem todo 
o nosso corpo, até que chegue o dia do final da vida.
FIGURA 11 – CICLO DE VIDA DO PRODUTO
FONTE: Adaptada de <https://uniasselvi.me/30gbo3P>. Acesso em: 24 set. 2021.
Os empreendimentos são a mesma coisa. Podem continuar a entregar o 
que o mercado deseja e permanecer ou ser insuficiente e começar a “morrer” 
para os consumidores. No entanto, então, e os produtos ou serviços? Eles 
também tendem a desaparecer com o tempo?
Bem, a vida dos produtos e serviços é determinada pelo mesmo motivo 
que os levam a “nascerem”. O que eles entregam ao mercado é útil? Faz a 
diferença? Enfim, interessa ao cliente?
De uma forma natural, quando um empreendimento é introduzido no 
mercado de forma correta, ele tende a crescer, pois o consumidor vai reco-
nhecer nele os valores que tanto busca.
Com o passar do tempo, se o seu empreendimento entregar valor ao 
mercado, existe uma chance de serem criados empreendimento concorren-
tes ao seu com a mesma qualidade. Isso poderá colaborar para que o seu 
empreendimento divida o mercado e, assim, entra em uma fase que chama-
mos de maturidade, o que significa uma certa estabilidade do seu negócio, 
ou seja, não perde mercado, mas também não ganha.
Por fim, quando nossos concorrentes começam a nos ultrapassar nas 
vendas ou então o que entregamos ao mercado já não é mais desejado por 
ele, haverá o que chamamos de declínio, ou seja, quando o nosso empre-
endimento começa a entrar na fase de declínio.
Enquanto o seu empreendimento continuar a entregar o que os clien-
tes desejam, a vida do produto ou serviço vai continuar. Afinal, ainda existirá 
um mercado para o mesmo e pessoas querendo seus produtos e serviços.
No entanto, a manutenção da vida de um produto ou serviço no mer-
cado ainda é impactada por diversos outros fatores, como a cultura de uma 
região que pode destacar ou apagar um produto que não consiga mudar 
um comportamento cultural de um local. Exemplo: quanto tempo os cereais 
matinais, costume muito comum em outros países do mundo, demoraram 
para entrar na rotina de parte dos brasileiros amantes do pão na mantei-
ga? Existem questões culturais que superam outros fatores técnicos para o 
sucesso ou não de um produto. Alguns produtos levam muito tempo para 
romper esta barreira. 
Outro exemplo de produtos que precisaram vencer barreiras culturais 
em nosso país são os seguros de auxílio funeral. Não adianta sabermos que 
um dia todos vamos partir desta vida. Por questões de estilo de vida, cultu-
ral, religioso ou até mesmo descuido, as pessoas não acham esta compra 
algo importante que mereça uma atenção – ou, ao menos, a maioria delas. 
Compramos carro, casa, planejamos viagens etc., mas este tipo de compra? 
Eu, hein! Nem pensar!
Bem, existem produtos que estão muito tempo no mercado e não dão 
nem sinal de começarem a declinar para sair de cena. São poucos em relação 
ao número de produtos lançados mensalmente no mercado. Estes produtos 
que permanecem, em sua maioria, conseguem se reinventar, buscar algum 
tipo de ajuste ou atualização e, assim, continuar a serem desejados pelas 
novas gerações de consumidores.
Por isso, é fundamental que possamos olhar para o nosso empreendi-
mento e avaliarmos se o que entregamos realmente ainda atende ao merca-
do e se os motivos que levaram o mercado a comprar os mesmos produtos 
ainda permanecem. 
Todo empreendimento que entregar ao seu mercado consumidor o que 
ele deseja dele, vai permanecer vendendo produtos e serviços para atendi-
mento de uma demanda, que enxerga no seu empreendimento a capacidade 
de lhes entregar o que o mercado deseja.
Então, devemos ficar muito atentos ao que o mercado deseja em re-
lação ao que o nosso empreendimento entrega a este. Isso é fundamental 
para gerenciarmos o ciclo de vida de nosso empreendimento.
9 OS CLIENTES ESTÃO NO CONTROLE
O cliente tem sempre razão? Esta é uma das perguntas mais comuns 
em um treinamento de vendas. Quando sou perguntado sobre isso, costumo 
dizer que na minha opinião, nem sempre o cliente tem razão! Basta imaginar 
um cliente que age com grosserias ou reivindicando algo que não tem base 
legal ou moral. Muitas vezes, realmente não tem. E devemos tentar esclare-
cer isso para ele.
Agora, se perguntarmos quem manda no nosso negócio, não há dú-
vidas: o cliente. Se você por acaso achar diferente, basta pensar como um 
empreendimento poderia sobreviver se ficasse, digamos, alguns meses sem 
a presença do cliente? Muito dificil, não? 
Então, este cliente, que nem sempre tem razão, mas que é de suma 
importância para a sobrevivência de nosso negócio, está cada vez mais em-
poderado no processo de escolha de sua compra, ou seja, de qual empre-
endimento ele vai decidir comprar os seus produtos ou serviços.
Todo este cenário que coloca o cliente verdadeiramente no controle é 
potencializado por questões como: maior quantidade e qualidade de infor-
mações, que ajudam na avaliação do que mais valorizam, como o preço, a 
qualidade, a variedades ou as garantias. Com o advento da internet e tudo 
que veio embarcado com ela, como aplicativos diversos que entregam uma 
variedade de informações refinadas, acabam por colaborar para fortalecer 
este maior poder de decisão, que posiciona o mercado consumidor no topo 
do processo decisório.
Com muitos empreendimentos oferecendo os mesmos produtos ou 
serviços e com diversos canais de informações para a sua consulta, o mer-
cado consumidor possui, hoje, um poder de barganha como nunca visto. 
Além destas questões fundamentais, todo empreendedor deve entender 
que o mercado em que atua é construído e determinado pelos clientes que criam 
demandas e solicitam soluções aos fornecedores. Com isso, devemos compre-
ender que todo negócio precisa ter o seu mercado consumidor como centro 
de todas as atenções e base das estratégias criadas pelos empreendimentos.
10 ELIMINE O QUE NÃO GERA RESULTADO
Por fim, para que a sua carreira empreendedora seja construida em 
uma base de maior possibilidade de sucesso, existe uma regra considerada 
básica, mas que infelizmente é muito negligenciada por uma boa parte de 
quem escolhe a carreira empreendedora, que é ter foco. 
A falta de foco em seus negócios empreendedores costuma ser um dos 
principais equívocos na gestão de negócios, atrapalhando todo o processo 
de gestão.
FIGURA 12 – FOCO NO NEGÓCIO
FONTE: Adaptada de <pixabay.com>. Acesso em: 24 set. 2021.
Além de focar no que realmente é o negócio da empresa, é preciso investir 
nos principais esforços financeiros e de tempo para que o empreendedor 
possa fazer a diferença.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Vale muito a pena fazer um levantamento em tudo o que o negócio 
pretende entregar ao mercado, o que os clientes realmente valorizam, e no 
que realmente somos diferenciados no mercado. Este deve ser o nosso foco. 
É nisso que devemos focar, nos principais investimentos para a construção 
de uma participação significativa no mercado em que atuamos.
Então, aluno, aqui fica uma dica final: foque no que realmente importa 
para o seu negócio e elimine tudo o que na prática não gera resultado para 
seus clientes, ou seja, para o seu negócio empreendedor. Conseguindo 
colocar em prática grande parte dessas dicas que destacamos ao longo de 
nosso conteúdo, a opção pela carreira empreendedora terá totais condições 
de sucesso.
REFERÊNCIAS 
DOLABELA, F. O Segredo de Luíza. São Paulo: Editora de Cultura, 2006.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em 
negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2014.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P. Empreendedorismo. 5. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2004.
PINCHOT, G. PELLMAN R. Intraempreendedorismo na prática: um guia 
de inovação nos negócios. Tradução de Márcia Nascentes. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2004.

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