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An o8o E nsi no Fu nd am en tal Em pre en de do ris mo | Bru no Pr ad o Ofic ina de Neg ócio s An o8o E nsi no Fu nd am en tal Em pre en de do ris mo | Bru no Pr ad o Ofic ina de Neg ócio s SSE_Oficina_Negocios_8A_001a002.indd 1 14/02/19 13:47 ISBN Aluno: 978-85-7236-038-8 ISBN Professor: 978-85-7236-039-5 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Impresso no Brasil P896s Prado, Bruno Sucesso sistema de ensino : ofi cina de negócios : empreendedo- rismo : 8º ano : ensino fundamental / Bruno Prado ; ilustrações Rafael Silva, Lourdes Saraiva. – 2. ed. – Recife : Edições Pedagógicas, 2019. 64p. : il. 1. EMPREENDEDORISMO – ENSINO FUNDAMENTAL. 2. EM- PREENDEDORISMO – ESTUDO E ENSINO. 3. LIDERANÇA – COM- PORTAMENTO. 4. RESILIÊNCIA (TRAÇO DA PERSONALIDADE). 5. NEGÓCIOS – PLANEJAMENTO. 6. SUCESSO NOS NEGÓCIOS. I. Silva, Rafael, 1989-. II. Saraiva, Lourdes. III. Título. CDU 658 CDD 658.11 PeR – BPE 19-100 O conteúdo deste livro não sofreu alterações em função da BNCC, pois a disciplina não foi incluída no currículo básico proposto pela Resolução nº 2, de 22 de dezembro de 2017, do Ministério da Educação. Ofi cina de Negócios (Empreendedorismo) 8o ano do Ensino Fundamental Bruno Prado Editor Lécio Cordeiro Revisão de texto Departamento Editorial Projeto gráfico, editoração eletrônica, iconografia e infografia Box Design Editorial Ilustrações Lourdes Saraiva Rafael Silva Capa Gabriella Correia/Nathália Sacchelli /Sophia Karla Foto: Mr.Whiskey/shutterstock.com Assessoria pedagógica Suélen Franco Coordenação Editorial Distribuidora de Edições Pedagógicas Ltda. Rua Joana Francisca de Azevedo, 142 – Mustardinha Recife – Pernambuco – CEP: 50760-310 Fone: (81) 3205-3333 CNPJ: 09.960.790/0001-21 – IE: 0016094-67 Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos dos textos contidos neste livro. A Editora pede desculpas se houve alguma omissão e, em edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes. Para fins didáticos, os textos contidos neste livro receberam, sempre que oportuno e sem prejudicar seu sentido original, uma nova pontuação. As palavras destacadas de amarelo ao longo do livro sofreram modifi cações com o Novo Acordo Ortográfi co. SSE_Oficina_Negocios_8A_001a002.indd 2 14/02/19 13:47 Apresentação Querido aluno, vivemos um tempo de mudanças ágeis e desafiadoras que exigem de nós disposição para aprender e nos reinventar constantemente. Esse cenário é um convite à busca de novas soluções, à geração de ideias, à procura de superação e à capacidade de transformar a reali- dade em que vivemos: ou seja, um convite ao empreendedorismo. A ação empreendedora tem sido cada vez mais valorizada, e não falamos apenas da criação de negócios: empreende aquele que busca soluções, assume o protagonismo de seus projetos ou busca exercer um impacto positivo em nossa sociedade. Para isso, precisa- mos nos conhecer, desenvolver nossas habilidades e competências, ter uma atitude positiva e buscar autonomia. Assim, esta obra é um convite para uma jornada empreendedora, que começa agora e pode trazer muitos frutos para a vida adulta. A cada volume, damos um passo novo, adqui- rindo mais maturidade e vivenciando novos desafios. Neste volume, vamos buscar o auto- conhecimento, o desenvolvimento dos nossos pontos fortes e a melhoria dos pontos fracos. Sejamos empreendedores de nós mesmos! Vamos embarcar nessa jornada, abraçar os desafios e construir o futuro que queremos. OdeN_2019_8A_01a64.indd 3 15/02/19 09:09 Sumário Capítulo 1 Capítulo 2 Capítulo 3 Capítulo 4 Plano de negócios 1: a oferta .................. 28 Para início de conversa............................................... 29 Discutindo o conteúdo ............................................... 29 Atividade ..................................................................... 33 Refletindo sobre o capítulo ........................................ 35 Desenvolvendo lideranças ...................... 06 Para início de conversa............................................... 07 Discutindo o conteúdo ............................................... 08 Atividade ..................................................................... 11 Analisando o filme ...................................................... 12 Resiliência: a alma do negócio ................ 13 Para início de conversa............................................... 14 Discutindo o conteúdo ............................................... 15 Atividade ..................................................................... 17 Refletindo sobre o capítulo ........................................ 19 Avaliando os comportamentos empreendedores ................................... 20 Para início de conversa............................................... 21 Discutindo o conteúdo ............................................... 22 Atividade ..................................................................... 26 Refletindo sobre o capítulo ........................................ 27 OdeN_2019_8A_01a64.indd 4 15/02/19 09:09 Capítulo 5 Capítulo 6 Capítulo 7 Plano de negócios 4: a comunicação ........ 54 Para início de conversa............................................... 55 Atividade ..................................................................... 61 Refletindo sobre o capítulo ........................................ 63 Plano de negócios 2: o ambiente ............. 36 Para início de conversa............................................... 37 Discutindo o conteúdo ............................................... 38 Atividade ..................................................................... 41 Refletindo sobre o capítulo ........................................ 44 Plano de negócios 3: o funcionamento .... 45 Para início de conversa............................................... 46 Discutindo o conteúdo ............................................... 46 Atividade ..................................................................... 50 Refletindo sobre o capítulo ........................................ 53 OdeN_2019_8A_01a64.indd 5 15/02/19 09:09 Capítulo 1 Vivemos em grupo nos mais diversos es- paços que ocupamos. Temos equipes de tra- balho na escola, times no esporte, grupos de amigos que se reúnem para se divertir juntos ou mesmo para se ajudar na resolução de um problema, entre outros. Você já percebeu que, nos grupos a que pertencemos, alguns mem- bros demonstram uma tendência a influen- ciar, inspirar ou motivar os demais? Essa ten- dência está ligada a um fenômeno chamado liderança. Não estamos dizendo que alguns colegas devem “mandar” nos demais. É muito comum as pessoas confundirem “liderar” com “impor”, “ordenar” ou “intimidar”, mas a liderança pou- co tem relação com a imposição de alguma ideia por força ou ameaça, mas muito mais com a identificação ou inspiração. Você já re- parou que, ao eleger um representante de tur- ma, os colegas de turma veem nele atributos que inspiram confiança? É pouco provável que alguém escolhesse uma pessoa em quem não confia para representar seus interesses. Muitos fatos históricos são creditados ao surgimento de grandes lideranças, mas não devemos esquecer que o sucesso de ações con- juntas é fruto da ação coordenada de líderes e liderados: isso significa que liderança é um pro- cesso grupal e que tão importante quanto ser um bom líder é reconhecer lideranças e enga- jar-se em ações conjuntas. Neste capítulo,va- mos aprender um pouco sobre liderança, esse fenômeno que fortalece os grupos e os torna mais eficientes. Desenvolvendo lideranças 6 OdeN_2019_8A_01a64.indd 6 15/02/19 09:09 O que é ser um líder? Muitos imaginam que liderança se relaciona com o ato de se exigir algo de alguém, obrigar o outro a agir conforme seus princípios ou mesmo se impor pelo sentimento do medo. Na verdade, um líder não precisa impor algo, muito pelo contrário: faz com que os demais abracem uma causa sem que se faça necessário obrigar ou mesmo impor ações. Muitas lideranças se destacam no mundo atual, e outras tantas se fizeram marcantes ao lon- go de toda a história da humanidade. Para início de conversa Mas a principal é inspirar, não é? Sérgio Luana Paulo Larissa No estudo de empreendedorismo, aprendemos que o empreendedor é aquele que tem a capacidade de criar situações novas e transformar sua realidade em algo promissor, utilizando diversas características positivas, tais como: criatividade, pontualidade, autoconfiança. Uma dessas características é considerada primordial para o sucesso de um empreendedor: a liderança. Em sua opinião, quais seriam os atributos de um bom líder? Ah! São várias coisas. 7 OdeN_2019_8A_01a64.indd 7 15/02/19 09:09 Mas como considerar uma pessoa como líder? Quais seriam as situações de liderança exis- tentes em nosso cotidiano? Ser líder é um dom ou qualquer pessoa pode aprender a ter lideran- ça? Essas e outras questões, discutiremos ao longo deste capítulo. Todo grupo possui uma liderança. Pense em seu grupo da escola e no grupo da rua e reflita sobre as principais lideranças existentes neles. Grandes empreendedores são admirados por suas vitórias ao longo de sua trajetória. Mas, para alcançar o sucesso, seja na vida pessoal ou mesmo na profissional, o indivíduo necessita do apoio de outras pessoas. Assim, o poder de persuasão e a confiança repassada aos demais são qualidades de um líder. Além disso, um bom líder costuma motivar, agregar, tranquilizar, elo- giar e cobrar das pessoas que o cercam. Liderança é o processo de influenciar, mo- tivar e conduzir equipes de forma a atingirem Discutindo o conteúdo um objetivo. Ou seja, não implica necessaria- mente ocupar uma hierarquia ou posição de poder, mas ter a habilidade de inspirar. Isso significa que, ao longo da vida, podemos lide- rar em determinadas situações e ser liderados em outras. A liderança deve ser entendida como um processo, e não como uma posição fixa. Isso porque nem sempre o exercício da lideran- ça está atrelado a um cargo ou a uma função formalmente atribuída, às vezes ela desponta 8 OdeN_2019_8A_01a64.indd 8 15/02/19 09:09 de forma espontânea quando estamos empe- nhados em resolver algo em conjunto. Este é o grande “X da questão”: a liderança é um pro- cesso coletivo, ela acontece quando alguém instrui, orienta, conduz um grupo ou mesmo toma decisões em nome dele. E ela é muito im- portante para que os grupos tenham coesão e ajam de maneira mais eficiente. A liderança está muito mais ligada à legiti- midade e à empatia que a uma posição de au- toridade. Existem muitos indivíduos em posi- ção de chefia que não são considerados líderes pelas suas equipes, assim como existem outros que, mesmo não ocupando uma posição de autoridade, conseguem agregar e motivar uma equipe de trabalho. Então, o que faz do indivíduo um líder? Será que nascemos líderes? Durante muitos anos, bus- cou-se investigar a existência de traços de perso- nalidade que tornariam as pessoas mais propen- sas à liderança. Hoje, contudo, as abordagens que reconhecem a liderança como um conjunto de características que podem ser desenvolvidas são mais populares. Além disso, existem estudos que relacionam o papel das situações que viven- ciamos no surgimento de lideranças. Existem algumas características que normalmente são atribuídas a um líder. E o bom disso é que podemos exercitá-las em nossas atividades cotidianas, ajudando-nos a desenvolver a fami- liaridade com práticas de liderança. • Autoconfiança: Esta é uma das mais importantes habilidades de um futuro líder. A autocon- fiança não precisa ser apenas mostrada, ela precisa ser experimentada. O esporte é um bom treino para o desenvolvimento dessa habilidade. Por meio dele, você estimula o sentimento 9 OdeN_2019_8A_01a64.indd 9 15/02/19 09:09 • Habilidade financeira: Saber administrar seu próprio dinheiro é algo fundamental a um líder. Você tem pouco dinheiro? Não importa. O que é necessário nesse momento é saber usá-lo da melhor forma possível. Faça uma planilha de custos e, sempre que comprar ou gastar, anote o quanto utilizou de suas reservas e o dia em que efetuou tal compra ou pa- gamento. Controle seus gastos e pense, sempre antes de comprar algo, se o que está ad- quirindo é realmente necessário. Outro importante treino para você é participar do plane- jamento de sua família com os gastos mensais em sua residência. • Envolvimento e motivação: Envolva-se em situações novas, mas apenas aquelas que você considera corretas. Procure novas experiências, agindo com muita motivação. Não adianta você se propor a ajudar sua mãe nas atividades domésticas se você o faz malfeito de pro- pósito. Procure dar sempre o melhor de si, pois esta é uma importante ferramenta para o sucesso! Estratégia é um caminho ou conjunto de ações elaborado de modo a atingir resultados previamente definidos. Outra importante característica se faz fundamental a um líder: o poder da palavra. Saber se comunicar de forma adequada diante das mais distintas situações pode tirar as pessoas de situações complicadas, além, é claro, de ampliar a rede de amizades e de influência, inclusive no futuro profissional. Tão importante quanto conhecer e buscar desenvolver características de liderança é en- tender que a liderança é um fenômeno que envolve muitas pessoas e só é efetiva quando temos de confiança em si próprio e em seus companheiros de equipe, quando o esporte é coletivo. Respeitar o adversário e aprender a perder fazem parte da autoconfiança, visto que uma der- rota não significa o fracasso, mas, sim, mais motivação para superar adversidades. • Tomada de decisões: Tome decisões, isso é muito importante em seu desenvolvimento enquanto indivíduo e líder. É fundamental fazer suas próprias escolhas sempre que soli- citado e respeitando as normas existentes: dialogue com seus responsáveis sobre roteiro de férias, por exemplo; desenvolva um plano de estudos. Assim, você perceberá que está aprendendo a ter mais responsabilidade. • Resolução de problemas: Saber resolver problemas é importante para um bom líder. Pro- cure entender detalhadamente o problema para, com paciência e agilidade, elaborar uma solução. É importante escutar a opinião de outras pessoas, assim você poderá ampliar seus conhecimentos e ainda dará motivação aos demais a participarem e se engajarem nessas dificuldades. O jogo de xadrez e os instrumentos musicais são excelentes formas de você treinar situações-problemas. • Trabalho em equipe: Sempre precisamos da ajuda de outras pessoas, não é? Para isso, precisamos agradecer sempre essa participação e, principalmente, estarmos disponíveis para auxiliar os demais em suas respectivas solicitações. Comece participando das ativi- dades em sua casa. Ajude seus pais a recolherem os itens da mesa de jantar; divida tarefas domésticas, tais como lavar a louça, recolher o lixo, varrer a casa, etc. Para se alcançar o sucesso, é necessário firmar parcerias. 10 OdeN_2019_8A_01a64.indd 10 15/02/19 09:09 1. O que é liderança? É o processo de influenciar, motivar e conduzir equipes de forma a atingirem um objetivo. 2. Por que dizemos que liderança é um processo, e não uma posição fixa? Porque nem sempre o exercício da liderança está atrelado a um cargo ou a uma função for- malmente atribuída, às vezes ela desponta de forma espontânea quando estamos empenha- dos em resolver algo em conjunto.3. Qual é a importância de uma boa comunicação para o líder? Saber se comunicar de forma adequada nas distintas situações pode tirar as pessoas de si- tuações complicadas e ampliar a rede de amizades e influência, inclusive no futuro. 4. Assinale V para verdadeiro e F para falso. a. F Para ser líder, é preciso ocupar uma posição de autoridade, como uma chefia. b. V Autoconfiança e resolução de problemas são características comuns aos líderes. c. V É possível uma mesma pessoa ser líder em determinada situação e ser liderada em outra. d. F Liderança é uma característica inata: se o indivíduo não nascer com esse dom nunca será um líder. o engajamento dos membros de um grupo. Imagine um grande feito histórico: será mesmo que um líder seria bem-sucedido se não fosse pela energia e o esforço dedicados pelos liderados? É claro que não. Assim, um bom líder é aquele que valoriza sua equipe e procura estimular os membros a descobrirem o melhor de si. Por outro lado, uma boa equipe de trabalho requer senso de cola- boração, envolvimento e respeito às lideranças. Todos nós seremos líderes em determinadas si- tuações e liderados em outras. O importante é que saibamos exercer esses papéis com empenho, respeito pelos membros da equipe e dedicação ao objetivo compartilhado. Atividade 11 OdeN_2019_8A_01a64.indd 11 15/02/19 09:09 Título: Mulan Gênero: animação/aventura Direção: Tony Bancroft, Barry Cook Desesperada diante da convocação de seu pai, doente, para a guerra, a jo- vem Mulan rouba a espada e a armadura do pai e serve ao exército imperial chinês passando-se por ele. Ao lado do exército e fazendo-se passar por homem, Mulan mostrará que a guerra nem sempre é questão de força, mas de inteligência e estratégia. Analisando o filme As sugestões de filmes são oportunidades de estudarmos a liderança em contextos distintos, como no esporte ou na guerra. Também podemos aprender um pouco mais sobre trabalho em equipe, empatia, coragem e estratégia. Título: Invictus Gênero: drama Direção: Clint Eastwood Acreditando no esporte como uma linguagem universal, o líder político Nelson Mandela recorre ao capitão do time de rúgbi da África do Sul para superar a divisão racial que ainda assolava o país após o Apartheid. 5. Faça a correspondência correta entre as características comuns aos líderes e as situações em que elas se manifestam. a. Tomada de decisões. b. Habilidade financeira. c. Autoconfiança. d. Trabalho em equipe. d Valorizar e agradecer a colaboração dos colegas nas atividades, ouvindo o que eles têm a dizer. b Organizar as despesas e receitas, se possível com o auxílio de planilhas para registro. a Fazer escolhas de forma ágil e ponderada, responsabilizando-se pelas consequências de cada uma delas. c Reconhecer e valorizar seu próprio potencial, permitindo-se encarar desafios. 12 OdeN_2019_8A_01a64.indd 12 15/02/19 09:09 Capítulo 2 Você já ouviu falar no termo resiliência? Esta palavra tem sido muito mencionada, e você provavelmente já deve ter ouvido falar nela. Para entender melhor porque esse conceito é tão importante, imagine a seguinte situação. Larissa era uma estudante muito com- prometida e com notas bem altas. Certo dia, seu pai precisou ser transferido de cidade, e ela teve que trocar de escola já com o ano letivo bastante adiantado. Ao chegar à nova cidade e à nova escola, deparou-se com uma série de adversidades: com saudade dos ami- gos queridos e com dificuldade de se entur- mar em uma escola onde os demais colegas já haviam tecido laços de amizade, ela se sentia muito só. Além disso, ela sentia dificuldade de acompanhar o conteúdo programático na nova escola, cujo sistema de ensino era bem diferente. O resultado disso foram notas bem baixas e um grande sentimento de solidão. Seus pais ficaram bastante preocupados com o processo de adaptação dela à nova cidade e com os resultados escolares muito ruins, mas, passado esse impacto, tiveram uma surpresa: após passar alguns dias bem triste, Larissa co- meçou a se enturmar na nova escola. Ela não desanimou por muito tempo e logo foi buscar, nos novos colegas e professores, ajuda para melhorar seus resultados. Não demorou mui- to para ela se adaptar e reverter os primeiros Resiliência: a alma do negócio resultados. Ela foi aprovada, fez novos amigos e matava a saudade dos amigos antigos pelas redes sociais. A história de Larissa é bem comum, e pode ter acontecido até mesmo com você ou alguém próximo. Vamos entender o que ela nos ensina sobre resiliência? O australiano Nicholas Vujicic nasceu sem os braços e as pernas e, apesar das dificuldades, tem viajado muitos países ministrando palestras motivacionais. An to n Gv oz di ko v / S hu tt er st oc k. co m 13 OdeN_2019_8A_01a64.indd 13 15/02/19 09:09 Diante de uma situação de dificuldade na vida, você costuma se abater ou enfrenta o proble- ma com disposição? Essa pergunta pode parecer lógica, mas lembre-se de algum grande proble- ma enfrentado por você em sua vida e recorde quais foram suas atitudes. No decorrer do tempo, você lamentou a nova situação ou saiu mais fortalecido? Se sua resposta for a segunda, podemos dizer que você foi resiliente. Para início de conversa A história de Larissa pode nos trazer diversas lições. Pu- demos perceber que, mesmo sendo uma excelente aluna, ela se deparou com uma si- tuação que escapava a seu controle: a mudança de cida- de e de escola desorganizou um pouco sua rotina e trouxe algumas consequências de- sagradáveis. Essas situações podem afetar tanto nossas emoções quanto nosso com- portamento e nosso desem- penho acadêmico, e foi jus- tamente isso que aconteceu com ela. Contudo, passado o impacto inicial, Larissa con- seguiu retomar sua rotina e seu desempenho escolar, fez novos amigos e aprendeu a Assim como a árvore floresce após as intempéries, a resiliência pode nos fazer mais fortes após as pressões do cotidiano. lidar com a saudade da vida que deixou para trás: Larissa foi resiliente. Na vida escolar, familiar, profissional, sempre haverá situa- ções inevitáveis, e muitas vezes não restará opção a não ser se adaptar e lidar com elas. Essas situações podem gerar pressões ou estresse e afetar muito negativamente nossa vida, por isso é importante aprendermos a lidar com elas e sermos resilientes, como Larissa mostrou ser diante das mudanças bruscas em sua vida escolar. Mas o que significa ser resiliente? Para começar- mos a entender, observe a imagem desta árvore: 14 OdeN_2019_8A_01a64.indd 14 15/02/19 09:09 Resiliência significa a capacidade de algo retornar ao seu estado natural. Portanto, sua aplicação pode depender do contexto. Veja- mos alguns exemplos a seguir: • Quando áreas degradadas conseguem restaurar o equilíbrio, chamamos de re- siliência ambiental. • Quando um material sofre o impacto de uma força e restaura seu estado de ori- gem, chamamos de resiliência física. • No contexto político, quando a democra- cia é atacada e se restabelece, chama- mos de resiliência democrática. • Quando uma pessoa é capaz de lidar com seus próprios problemas, mesmo quando submetida à pressão, chama- mos de resiliência psicológica. Costuma-se atribuir a origem do conceito de resiliência à Física, no contexto da resistên- cia dos materiais. Já no nosso dia a dia, o uso mais comum aproxima-se do conceito utiliza- do na Psicologia. A resiliência trabalhada no ramo da Psico- logia pode ser assimilada como a resiliência do cotidiano, uma vez que atitudes individuais e coletivas levam a pessoa à adaptação ou mes- mo ao crescimento como indivíduo e fortalece sua autoestima diante das mais diversas situa- ções do dia a dia. A resiliência no comportamento humano pode ser caracterizada como sendo a capacida- de de o indivíduo lidar com situações adversas, adaptando-se após experiências negativas ou mesmo transformando as experiências de vida em oportunidades de crescimento. Assim, saber “dara volta por cima” é ser resiliente na vida. Algo que nos ajuda a compreender a resi- liência é uma palavrinha bem conhecida e que Discutindo o conteúdo provavelmente você ou alguém próximo já deve ter usado bastante: estresse. Mas você saberia exatamente o que ela significa? Estresse costu- ma ser definido como um conjunto de reações físicas e emocionais desenvolvidas pelos in- divíduos quando eles são submetidos a situa- ções ameaçadoras ou muito desagradáveis. Ele envolve uma série de reações do nosso corpo para nos adaptar às situações adversas da vida, porém, quando esses esforços de adaptação se tornam muito intensos ou muito frequentes, nosso corpo pode chegar à exaustão, causando mal-estar físico e emocional e tornando difícil a realização de tarefas simples. Os estímulos ca- pazes de causar essas reações são chamadas de estressores e podem ser de natureza diversas, como: acúmulo de excesso de tarefas com prazo apertado, doenças que acometem o indivíduo ou alguém querido, ambiente de trabalho desa- gradável, perda de alguém querido, etc. Qual é a relação entre o estresse e a resi- liência? As situações estressoras, como pres- sões contínuas ou um trauma de grandes pro- porções, estão ligadas à noção de resiliência da seguinte maneira: para alguns pesquisadores, a resiliência é entendida como resistência ao estresse; para outros, ela é entendida como re- cuperação e superação após o estresse. Yu lia G rig or ye va /S hu tt er st oc k. co m 15 OdeN_2019_8A_01a64.indd 15 15/02/19 09:10 A vida escolar muitas vezes nos apresenta situações estressoras, nas quais precisamos de- senvolver a resiliência ao longo da nossa formação. Além disso, nosso desempenho é muitas vezes reflexo de vivências que temos fora do ambiente escolar. O mesmo acontece no merca- do de trabalho. É cada vez mais comum as empresas buscarem, além do conhecimento técnico, profissionais com resiliência. Saber lidar com pressão e saber manter o controle emocional diante das dificuldades são requisitos fundamentais para uma carreira de sucesso. Para alguns, a resiliência é uma característica natural, que o indivíduo pode possuir ou não. Porém, acredita-se que mesmo aqueles que não apresentam tal característica durante sua fase juvenil podem atingir um elevado grau desse traço para sua vida pessoal e profissional futura. Discute-se, inclusive, se a resiliência seria uma característica hereditária ou desenvolvida ao lon- go da vida dos indivíduos, à medida que interagem na vida em sociedade. Além disso, é possível que o indivíduo seja mais resiliente em alguns aspectos da sua vida e menos em outros. Muitos pesquisadores concordam que a resiliência pode resultar de fatores próprios (inter- nos) e de circunstâncias ao longo da vida de um indivíduo (externos), sendo este último um im- portante fator na efetivação dessa característica. O resultado disso é a pessoa desenvolver a re- siliência ou mesmo ampliá-la. Observe vivências que estão ligadas ao desenvolvimento dessa característica: • Encarar os problemas e as dificuldades da vida como oportunidades de crescimento pes- soal e profissional. • Saber lidar com situações adversas e as utilizar de maneira positiva, agregando experiência para a vida pessoal e profissional. • Ter autoconfiança. • Desenvolver sentimento de confiança em suas atitudes e decisões. Assim, o enfrentamento de desafios será feito de maneira mais fácil. 1. Após os ataques de grupos extremistas islâmicos ao World Trade Center, em Nova York, em 11 de setembro de 2001, ocasião em que quase 3 mil pessoas morreram, o então presidente George W. Bush evocou a resiliência como forma de incentivar a população a superar a tragédia, distribuindo inclusive cartilhas que incentivava a superar e retomar a rotina nova-iorquina. 2. Localizada nas proximidades onde ficavam os edifícios do World Trade Center, a Tribute in light é uma homenagem anual em memória aos acontecimentos que marcaram o 11 de setembro de 2001. Sua estrutura conta com 88 holofotes que projetam duas colunas de luz, simbolizando as Torres Gêmeas destruídas durante os atentados. 1 2 Ke n Ta nn en ba um / Sh ut te rs to ck .c om Ev an E l-A m in / Sh ut te rs to ck .c om 16 OdeN_2019_8A_01a64.indd 16 15/02/19 09:10 • Ter bom humor. • Manter o bom humor diante das dificuldades passa tranqui- lidade aos que estão ao seu entorno, demonstrando con- fiança em um resultado positivo. • Ter controle emocional. • Reagir de forma controlada diante das várias situações, sen- do elas positivas ou não. Uma pessoa flexível deve ter cal- ma, mesmo quando a situação aparenta sair do controle. • Ser otimista. • Determinar seus objetivos almejando sempre o sucesso. Ter metas definidas e confiança em seu trabalho. • Autoavaliar-se. • Atitude de buscar avaliar suas próprias decisões ao final de cada atividade. Reconhecer equívocos é uma medida sábia para não se equivocar novamente em situações semelhantes. Atividade 1. No início deste capítulo, você conheceu a história de Larissa. Releia atentamente esta his- tória e complete corretamente as lacunas com as palavras encontradas no caça-palavras conforme o conhecimento que você adquiriu ao longo deste capítulo. A V B A R T O P C N M Q E G I T Y U A W S H J A H Q D R I A K Z G D A T L L U X F S P Y I B E T E S T R E S S E O N A U N Q W R P B Ç I T A S F Ç V Ã O E G B H Z X O Q O Y I J Com o ano letivo avançado, Larissa precisou mudar de ci- dade e, consequentemente, de escola. Na nova escola, a matéria, os professores, os colegas e a dinâmica eram di- ferentes daquilo ao qual ela estava acostumada, então ela precisou passar por um processo de adaptação . Esse processo foi bem doloroso, porque ela não conseguia acompanhar a matéria, sentia saudade dos amigos, não conseguia se enturmar com os novos colegas e teve mau rendimento escolar. Tudo isso provocou estresse em Larissa, deixando-a bastante abatida. No entanto, passada essa fase, Larissa se recuperou e levantou a cabeça, apren- dendo a lidar com a nova realidade. Seus pais se surpreen- deram porque ela se mostrou resiliente . 17 OdeN_2019_8A_01a64.indd 17 15/02/19 09:10 2. Quando falamos da relação entre resiliência e estresse, é possível conceituar de duas manei- ras distintas. Quais são elas? Para alguns, a resiliência é a resistência ao estresse. Para outros, é a capacidade de se recu- perar após sofrer as consequências do estresse. 3. O que é o estresse? É um conjunto de reações físicas e emocionais desenvolvidas pelos indivíduos quando eles são submetidos a situações ameaçadoras ou muito desagradáveis. 4. Faça a correta relação entre a primeira e a segunda colunas. a. Resiliência ambiental. b. Resiliência física. c. Resiliência psicológica. d. Resiliência democrática. d Quando uma democracia é atacada e se restabelece. a Quando áreas degradadas conseguem restaurar o equilíbrio. c Quando uma pessoa é capaz de lidar com seus próprios problemas, mesmo quando sub- metida à pressão. d Quando um material sofre o impacto de uma força e restaura seu estado de origem. 1. Você se considera uma pessoa resiliente? Para verificar seu grau de resiliência, responda ao questionário a seguir, que foi adaptado do teste original do Serviço de Psicologia do Hospital do Coração de São Paulo. Em seguida, some os pontos de acordo com a tabela disponível no final do teste. Resposta pessoal. a. Preocupo-me em excesso com coisas banais? Raramente ou nunca. Ocasionalmente. Muitas vezes. Sempre. Refletindo sobre o capítulo 18 OdeN_2019_8A_01a64.indd 18 15/02/19 09:10 Estabeleça a cada uma das questões os seguintes pontos Raramente ou nunca. 1 ponto Ocasionalmente. 2 pontos Muitas vezes. 3 pontos Sempre. 4 pontos b. Sou exigente comigo mesmo e com quem está em minha volta? Raramente ou nunca. Ocasionalmente. Muitas vezes. Sempre. c. Cobro-me para que todas as atividadesescolares que realizo sejam perfeitas? Raramente ou nunca. Ocasionalmente. Muitas vezes. Sempre. d. Tenho pressa em tudo o que faço? Raramente ou nunca. Ocasionalmente. Muitas vezes. Sempre. e. Irrito-me facilmente na escola? Raramente ou nunca. Ocasionalmente. Muitas vezes. Sempre. f. Tenho dificuldades para expressar as coisas que me aborrecem? Raramente ou nunca. Ocasionalmente. Muitas vezes. Sempre. g. Organizo-me durante as férias e curto as horas de lazer com minha família? Raramente ou nunca. Ocasionalmente. Muitas vezes. Sempre. h. Temo pela segurança dos meus familiares e amigos? Raramente ou nunca. Ocasionalmente. Muitas vezes. Sempre. i. Tenho medo de ser assaltado ou sequestrado? Raramente ou nunca. Ocasionalmente. Muitas vezes. Sempre. j. Tenho dificuldade para lidar com mudanças repentinas? Raramente ou nunca. Ocasionalmente. Muitas vezes. Sempre. 19 OdeN_2019_8A_01a64.indd 19 15/02/19 09:10 Você saberia dizer com clareza quais são seus pontos fortes e seus pontos fracos? Diante de algum desafio escolar, você saberia dizer quais características suas são mais favoráveis e quais dificultam seu desempenho? Conhecer nossos pontos positivos e negativos é fundamental não só para sabermos as reais chances de sucesso nos desafios cotidianos, como também para aprimo- rar aquilo que pode ser melhorado. Durante todo o período escolar, somos avaliados em vários aspectos por profissionais res- ponsáveis por essa tarefa. Mas tão importante quanto ouvir o que essas pessoas têm a dizer é aprendermos a observar nossas características e a avaliar a nós mesmas. Neste capítulo, vamos aprender um pouco mais sobre a importância da autoavaliação, mas, para exercitarmos essa prá- tica, vamos recordar as Características do Comportamento Empreendedor (CCE). Capítulo 3 Autoavaliando os comportamentos empreendedores 20 OdeN_2019_8A_01a64.indd 20 15/02/19 09:10 Todos nós estamos acostumados a ser avaliados ao longo de nossa vida. Na esco- la, por exemplo, recebemos nossas notas ou conceitos, que nos dão indicadores de nosso desempenho. Quando recebemos esses resul- tados, podemos ficar felizes ou tristes, refletir sobre nosso desempenho, pensar naquilo em que progredimos e naquilo em que precisamos melhorar. Esse processo nos acompanha ao longo de toda a nossa jornada escolar, e você já deve estar bastante familiarizado com ele. Mas você já teve a oportunidade de se avaliar? Mais que uma oportunidade, a autoavaliação é uma ta- refa importantíssima, porque compartilhamos a responsabilidade sobre nosso desempenho e nosso progresso. Diversas escolas já separam um momento para que os estudantes avaliem seu desempenho, mas, caso você ainda não tenha experimentado essa vivência, vamos aprender neste capítulo a importância da au- toavaliação. Será mesmo que temos maturidade para nos avaliar? Na verdade, o que devemos nos perguntar é: quanta maturidade adquirimos quando avaliamos a nós mesmos? Se você vol- tar um pouco no tempo (por exemplo, para o início do trabalho com esta coleção), percebe- rá o quanto você aprendeu sobre você mesmo: características pessoais, gostos, atitudes, tare- fas que desenvolve com mais ou menos facili- dade, etc. A ação empreendedora requer a disposi- ção para tomar iniciativas e assumir respon- sabilidades. Por isso, é fundamental termos a prática constante da autoavaliação. Neste capítulo, vamos exercitar a autoavaliação re- cordando um conteúdo muito importante: as Características do Comportamento Empreen- dedor (CCEs). Elas serão nossos parâmetros. Para início de conversa 21 OdeN_2019_8A_01a64.indd 21 15/02/19 09:10 Autoavaliação é a práti- ca de observar criticamente a si mesmo e medir o próprio desempenho em diversos as- pectos, refletindo sobre as pró- prias características de modo a identificar aquelas que mere- cem ser corrigidas ou aprimo- radas e aquelas que merecem ser valorizadas. Ela deve ser um processo contínuo e siste- mático, ou seja, deve ser reali- zada sempre e seguir um con- junto de regras coerente. Para que possamos reali- zar uma autoavaliação, preci- samos contar com parâmetros ou mesmo estabelecê-los. Parâmetros são regras e cri- térios que nos ajudam a rea- lizar comparações e medir o desempenho. Por exemplo: na escola, nossos professores po- dem atribuir notas ou concei- tos ao nosso desempenho. Es- ses conceitos foram definidos previamente, e através deles podemos avaliar se nosso de- sempenho está na média, aci- ma ou abaixo dela. Eles são os parâmetros. É muito importante con- tarmos com critérios claros e coerentes quando vamos nos avaliar. Por isso, quando começamos a exercitar a au- toavaliação, podemos contar com critérios estabelecidos Discutindo o conteúdo pelos nossos professores ou mesmo estabelecer critérios com a ajuda deles. O fundamental é não abrir mão de ter parâmetros, afinal são eles que nos permitem analisar comparativamente e identificar o que precisa ser aprimorado. A autoavaliação está bastante relacionada com outro con- ceito: autocrítica. Primeiro, precisamos deixar de ter medo da palavra crítica. O ato de criticar nada mais é do que julgar cons- cientemente algo, pouco tem a ver com fazer comentários ne- gativos. Pensar criticamente nossos erros e acertos nos ajuda a progredir, e com esse processo aprendemos constantemente. Quando realizamos uma crítica interior, um exame consciente de nós mesmos, realizamos a autocrítica. A prática de avaliação requer autocrítica, precisamos perder o medo de olhar para nós mesmos e reconhecer nossos problemas. Por outro lado, quan- to mais nos avaliamos, mais aprimoramos nossa autocrítica, porque a exercitamos. Neste capítulo, vamos avaliar nossos comportamentos em- preendedores. Eles serão nossos parâmetros e vão nos ajudar bastante nos desafios que descobriremos no nosso capítulo. Que tal começarmos revisando as CCEs? 22 OdeN_2019_8A_01a64.indd 22 15/02/19 09:10 Características do comportamento empreendedor Um programa da Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com pesquisadores de- senvolveu uma metodologia de formação de profissionais em aproximadamente 34 nações com o objetivo de gerar nos interessados características do comportamento empreendedor. Assim, em sua metodologia, são listados dez dos comportamentos mais importantes. Vamos relembrar cada um deles a seguir. Busca de oportunidades e iniciativa: Desenvolve a capacidade de se antecipar aos fatos e de criar oportunidades de negócios com novos produtos e serviços. Um empreendedor com essas características bem trabalhadas: • Age com proatividade, antecipando-se às situações. • Busca a possibilidade de expandir seus negócios. • Aproveita oportunidades incomuns para progredir. Persistência: Desenvolve a habilidade de enfrentar obstáculos para alcançar o sucesso. A pessoa com essa característica: • Não desiste diante de obstáculos. • Reavalia e insiste ou muda seus planos para superar objetivos. • Esforça-se além da média para atingir seus objetivos. Disposição para correr riscos calculados: Envolve a disposição de assumir desafios e responder por eles. O empreendedor com essa característica: • Procura e avalia alternativas para tomar decisões. • Busca reduzir as chances de erro. • Aceita desafios moderados, com boas chances de sucesso. Exigência de qualidade e eficiência: Relaciona-se com a disposição e a inclinação para fazer sempre mais e melhor. Ja co b Lu nd /S hu tt er st oc k. co m 23 OdeN_2019_8A_01a64.indd 23 15/02/19 09:10 Um empreendedor com essa característica: • Melhora continuamente seu negócio ou seus produtos. • Satisfaz e excede as expectativas dos clientes. • Cria procedimentos para cumprir prazos e padrões de qualidade. Comprometimento: Característica que envolve sacrifício pessoal, colaboração com os funcionários e esmero com os clientes. O empreendedorcom essa característica: • Traz para si mesmo as responsabilidades sobre sucesso e fracasso. • Atua em conjunto com a sua equipe para atingir os resultados. • Coloca o relacionamento com os clientes acima das necessidades de curto prazo. Busca de informações: Característica que envolve a atualização constante de dados e informações sobre clientes, fornecedores, concorrentes e sobre o próprio negócio. O empreendedor com essa característica: • Envolve-se pessoalmente na avaliação do seu mercado. • Investiga sempre como oferecer novos produtos e serviços. • Busca a orientação de especialistas para decidir. Estabelecimento de metas: Estabelece objetivos que sejam possíveis para a empresa, tanto em longo como em curto prazo. Assim, o empreendedor: • Persegue objetivos desafiantes e importantes para si mesmo. • Tem clara visão de longo prazo. • Cria objetivos mensuráveis, com indicadores de resultado. 24 OdeN_2019_8A_01a64.indd 24 15/02/19 09:10 Planejamento e monitoramento sistemáticos: Desenvolve a organização de tarefas de maneira objetiva, com prazos definidos, a fim de que possam ter os resultados medidos e avaliados. O empreendedor com essa característica bem trabalhada: • Enfrenta grandes desafios, agindo por etapas. • Adequa rapidamente seus planos às mudanças e variáveis de mercado. • Acompanha os indicadores financeiros e os leva em consideração no momento de tomada de decisão. Persuasão e rede de contatos: Engloba o uso de estratégia para influenciar e persuadir pessoas e se relacionar com pessoas-chave que possam ajudar a atingir os objetivos do seu negócio. Dessa forma, o empreendedor: • Cria estratégias para conseguir apoio para seus projetos. • Obtém apoio de pessoas-chave para seus objetivos. • Desenvolve redes de contatos e constrói bons relacionamentos comerciais. Independência e autoconfiança: Desenvolve a autonomia para agir e manter sempre a confiança no sucesso. Um empreendedor que possui essa característica: • Confia em suas próprias opiniões. • É otimista e determinado, mesmo diante da oposição. • Transmite confiança na sua própria capacidade. Disponível em: https://goo.gl/69BMSz. Acessado em: 11/01/2019. Ra w pi xe l.c om , F as hi on St oc k. co m e M on ke y Bu si ne ss Im ag es / S hu tt er st oc k. co m 25 OdeN_2019_8A_01a64.indd 25 15/02/19 09:10 1. Vamos agora realizar uma autoavaliação? O objetivo dessa atividade é fazer com que você reflita sobre suas atitudes com relação aos comportamentos empreendedores, conforme es- tudados nas páginas 23, 24 e 25. Assim, você pontuará de 0 a 5. Veja a escala de pontuação a seguir: Resposta pessoal. 0 Não possuo atitude alguma. 1 Possuo pouquíssima atitude. 2 Possuo alguma atitude. 3 Possuo razoável atitude. 4 Possuo boa atitude. 5 Possuo excelente atitude. Busca de oportunidades e iniciativa. Busca de informações. Persistência. Estabelecimento de metas. Correr riscos calculados. Planejamento e monitoramento sistemáticos. Exigência de qualidade e eficiência. Persuasão e rede de contatos. Comprometimento. Independência e autoconfiança. 2. Relacione corretamente as colunas, identificando as características do comportamento em- preendedor descritas em cada caso. a. Correr riscos calculados. b. Persistência. c. Comprometimento. d. Busca de informações. Atividade 26 OdeN_2019_8A_01a64.indd 26 15/02/19 09:10 b Apesar de se deparar com obstáculos, não desiste, busca a melhor maneira de contorná- -los. d Antes de tomar qualquer decisão, pesquisa dados e busca orientação de pessoas capa- citadas quando necessário. c Sacrifica alguns pequenos prazeres para dedicar seu tempo aos seus objetivos. a Assume aqueles desafios que têm chances de sucesso e se responsabiliza por eles. 3. O que são parâmetros? Qual é a importância deles para a avaliação? São regras e critérios que nos ajudam a realizar comparações e medir o desempenho. Eles que nos permitem analisar comparativamente e identificar o que precisa ser aprimorado. 4. O que é autoavaliação? É a prática de observar criticamente a si mesmo e medir o próprio desempenho em diversos aspectos, refletindo sobre as próprias características de modo a identificar aquelas que me- recem ser corrigidas ou aprimoradas e aquelas que merecem ser valorizadas. Agora que você já se avaliou com base nas características do comportamento empreen- dedor, que tal construir junto aos seus cole- gas uma ficha de autoavaliação? Com ajuda do professor, elabore uma lista de critérios de avaliação. Após defini-los, cada membro da equipe deve utilizar a ficha para se avaliar in- dividualmente. Refletindo sobre o capítulo 27 OdeN_2019_8A_01a64.indd 27 15/02/19 09:10 Em nosso dia a dia, estamos rodeados de negócios e precisamos de muitos deles para suprir nossas necessidades: eles oferecem os bens e serviços de que precisamos e, em troca, pagamos uma quantia por essas ofertas. Você já se perguntou como surgiram os negócios que conhecemos? O curso de idiomas, o super- mercado, a loja de brinquedos, a sorveteria, o salão e muitos outros negócios começam antes mesmo de abrir suas portas e iniciar suas ativi- dades: eles são planejados. Nem todo negócio passa por um planeja- Capítulo 4 Plano de negócios 1: a oferta mento formal, alguns deles iniciam suas ativi- dades sem muita estruturação. Mas planejar é um requisito importantíssimo para o sucesso de qualquer projeto, e com a abertura de um negócio não poderia ser diferente. A partir deste capítulo, vamos vivenciar as etapas de planejar um negócio. Neste projeto, vamos pôr em prática tudo que estudamos an- teriormente, exercitar o trabalho em equipe, a tomada de decisão e a criatividade. Então, reú- na-se com sua equipe e mãos à obra! 28 OdeN_2019_8A_01a64.indd 28 15/02/19 09:10 O desenvolvimento do plano de negócios de um empreendimento é uma etapa de grande importância, pois é nela que se faz todo o estudo prévio e o planejamento do negócio a ser im- plantado. A princípio, o novo empreendedor deve pensar em algumas ações antes mesmo de traçar o plano de negócios. Veja o quadro seguinte: Para início de conversa Quando se pergunta... A resposta é... O quê? O objetivo e as metas. Quando? O cronograma para atingir o objetivo e as metas. Onde? Qual será o local e a estrutura utilizada. Por quê? Justificativas para a implantação do negócio. Quem? Responsáveis pelo projeto e pelos respectivos setores. Como? Definição das tarefas e dos processos. Quanto? Definição dos custos e recursos. Com as respostas para as perguntas listadas na tabela acima, o mais novo empreendedor já pode iniciar a elaboração do seu plano de negócios. Como iremos criar um empreendimento fictício, você deverá seguir as orientações passa- das ao longo do capítulo e, em uma equipe formada com o auxílio do professor, você deverá ter atenção a todos os conceitos até aqui estudados, para que assim possa desempenhar da melhor forma possível sua função no negócio que será criado. Discutindo o conteúdo Sabemos que o planejamento é o processo de programar antecipadamente e de forma or- denada as ações necessárias para a realização de algo no futuro. Esse futuro não necessariamen- te é algo distante: podemos planejar para um futuro próximo ou distante. Ao planejar, analisamos a situação e, a partir dessa análise e de nossos objetivos, tomamos decisões sobre que caminhos seguir. O resultado desse processo é um plano, ou seja, um registro organizado das análises feitas e das decisões tomadas. 29 OdeN_2019_8A_01a64.indd 29 15/02/19 09:10 A partir de agora, trabalharemos um tipo específico de plano, o plano de negócios. Esse tipo de documento tem a função de registrar as etapas necessárias à realização de um negócio, de modo a empregar os recursos de maneira mais eficiente e reduzir as chances de insucesso. O plano de negócios pode auxiliar o empreendedor tantono início de seus negócios quanto em processos de ampliação ou inovação. Muitas vezes, o empreendedor tem ótimas ideias para criar ou ampliar seu negócio, mas não dispõe de recursos para financiá-lo. Nessas situações, algumas instituições podem oferecer uma espécie de empréstimo para financiar esse negócio. Para tanto, o plano de negócios é imprescin- dível, pois ajuda a oferecer a essas instituições indicadores de que o negócio tem chances reais de sucesso e que o empreendedor terá como pagar o empréstimo obtido. O plano de negócios que desenvolveremos a partir de agora será estruturado em uma série de passos, agrupadas em quatro grandes blocos: a oferta, o ambiente, o funcionamento e a co- municação. Um plano de negócios não necessariamente se estrutura nessa ordem nem contem- pla exatamente as mesmas etapas, mas essa divisão nos ajuda a exercitar o trabalho em equipe e a aplicar tudo que aprendemos ao longo do trabalho com esta coleção. Com a ajuda do professor, forme sua equipe de negócios. A empresa será fictícia. Neste pri- meiro momento, vamos nos dedicar a pensar na nossa oferta. Para isso, daremos os seguintes passos: Passo 1: Identificar a oportunidade de mercado e definir o tipo de negócio. Passo 2: Definir os produtos e serviços. Passo 3: Definir um nome para seu negócio. Conheceremos cada um desses passos e as ferramentas que podem auxiliar você e sua equi- pe nesse processo. 30 OdeN_2019_8A_01a64.indd 30 15/02/19 09:10 Quando um futuro empreendedor opta por investir seu tempo e seu dinheiro em um negó- cio, o primeiro passo prático é identificar uma oportunidade dentro do mercado. Com essa vi- são, um empreendedor poderá definir o tipo de negócio no qual irá trabalhar. No entanto, é mui- to comum acontecer o contrário: primeiro ele se depara com uma necessidade ou oportunidade e então opta por investir nela. Imagine que você é muito bom na cozinha, e todos os seus amigos elogiam seus doces. Um belo dia, precisando de recursos para realizar uma viagem, você decide vendê-los. Imagine, ainda, que seus doces têm uma enorme demanda e que você precisa ob- ter ajuda de outras pessoas para produzir cada vez mais. Ou seja: muitas vezes, a oportunida- de advém de uma necessidade, para a qual o empreendedor decide destinar seus recursos (como tempo e dinheiro). Mas como fazer para saber quando uma oportunidade é boa ou não? Esta é uma per- gunta das mais difíceis para um indivíduo que deseja se tornar empreendedor ou mesmo uma pessoa que já possui um negócio, mas de- seja mudar de área de atuação. Inicialmente, a pessoa interessada deve observar quais são as necessidades às quais essa oportunidade de negócio busca atender ou quais problemas poderão ser sanados. Isso é o que chamamos de necessidades identifi- cadas. As oportunidades de mercado precisam ser analisadas quanto à probabilidade de ser bem-sucedidas e quanto à sua atratividade. Quanto mais atrativas e propensas ao sucesso, menos risco há em investir nessa oportunida- de. No exemplo lido, imagine que nosso em- preendedor more num local onde há poucas docerias e que seus doces são reconhecida- mente saborosos. Temos um mercado atrativo, pois provavelmente haverá demanda, e com probabilidade de sucesso, uma vez que o pú- Passo 1: Identificar a oportunidade de mercado e definir o tipo de negócio blico aprecia seu produto. Outro ponto de relevância na hora de op- tar por uma área de atuação no mercado é ficar atento ao público-alvo e ao porte de seu em- preendimento. Ou seja, nem sempre as chan- ces de sucesso são maiores quanto maior for a abrangência da clientela. Muitas vezes, ter foco é a melhor estratégia: você pode escolher um segmento de público ou de produto e procurar ser o melhor possível naquela especificidade. Estreitar o foco pode fazer com que você co- nheça melhor as peculiaridades do setor onde atua, aprimorando sua atuação. Criatividade e inovação também são fun- damentais para a definição da área de atuação de seu negócio e para obter vantagem. Você pode se destacar no mercado com produtos e serviços exclusivos, aprimorados, ou mesmo praticando preços abaixo da média. Para compreender todos esses aspectos e tomar decisões, o empreendedor necessita buscar informações e manter-se atualizado. Quanto mais conhecimento ele tiver sobre o mercado, produtos, área, concorrência, públi- co-alvo — assim como questões mais amplas, como política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente e legislações —, menores serão as chances de se cometer equívocos futuros a ponto de comprometer seu negócio. i_ am _z ew s/ Sh ut te rs to ck .c om 31 OdeN_2019_8A_01a64.indd 31 15/02/19 09:10 A próxima etapa do plano de negócio é definir os produtos e serviços com os quais você e sua equipe desejam trabalhar. Assim, sugeriremos alguns produtos ou serviços que você e sua equipe poderão escolher para originar o empreendimento. Veja: • Arranjos com produtos reutilizáveis. • Roupas customizadas. • Brechó de roupas e adereços. • Cadernos, agendas e blocos de notas personalizados ou artesanais. • Doces ou sobremesas. Converse com sua equipe e discutam a complexidade e a viabilidade dos produtos e/ou serviços escolhidos. Não se esqueçam de levar em consideração todos os pontos trabalhados até o momento, como também os levantados na página 29. Pensem que seu mercado consumi- dor será o público de sua escola, incluindo colegas de outras turmas, professores e funcionários em geral. Passo 2: Definir os produtos e serviços Passo 3: Definir um nome para seu negócio Essa etapa pode ser muito prazerosa para um empreendedor, mas ao mesmo tempo desa- fiadora. Optar por um nome para a empresa e uma marca é uma decisão que deve ser tomada com muita cautela e criatividade, visto que essa definição poderá ser um ponto positivo para o sucesso do negócio, como também poderá não ser tão bem-aceita pelos futuros clientes e con- tribuir para o insucesso do empreendimento. O nome da empresa precisa ser memorável, fácil de pronunciar e escrever. Imagine como seria complicado se seu público tivesse dificuldade de lembrar, pronunciar ou escrever o nome. Além disso, precisa ser único e inédito naquele setor, e para isso ele é registrado. Pensado o nome, é chegado o momento de criar uma representação gráfica para seu negó- cio, a marca. Geralmente, a marca é composta da escrita do nome com alguma forma prede- finida (logotipo) e de algum elemento figurati- vo (símbolo). Nem toda marca possui os dois elementos, mas, quando possui, é importante que o símbolo possibilite ao público identificar a marca mesmo quando aparece sozinho, sem o elemento escrito. Google, empresa multinacional de tecnologia da informação, e sua inconfundível sequência de cores nas letras. Natura, empresa brasileira de perfumes e cosméticos, pode ser identificada pelo seu símbolo, mesmo na ausência do nome. 32 OdeN_2019_8A_01a64.indd 32 18/02/19 08:31 1. Dentro da escolha da equipe em relação aos produtos e/ou serviços que pretendem oferecer aos futuros clientes, responda, com sua equipe, ao questionário a seguir para que vocês pos- sam ter uma melhor decisão sobre o empreendimento. a. Quais produtos e/ou serviços sua equipe está pensando em ofertar? Resposta pessoal. b. O mercado consumidor, ou seja, o público ao qual você pretende comercializar, é conside- rável e disposto a adquirir seus produtos e/ou serviços? Resposta pessoal. Muito provavelmente, você conhece as marcas apresentadas nas imagens da página anterior. Isso se deve a variadas estratégias empresariais, dentre elas a promoção e a con- solidação de um produto por meio de sua qua- lidade. Óbvio que a consolidação de uma marca não é tão simples como parece. Não basta criar um nome e uma marca bonita para ser bem-sucedido no negócio. Vimos ao longo de nossos estudos que muitas são as variáveis para o sucesso. Mas saber escolher bem o nome e a marca de sua futura empresa é algo fundamentalpara que se inicie bem um empreendimento. Atividade 33 OdeN_2019_8A_01a64.indd 33 15/02/19 09:10 c. Quais serão os materiais utilizados para a fabricar os produtos oferecidos no negócio? Resposta pessoal. d. Quais técnicas serão utilizadas durante a produção? Resposta pessoal. e. Como funcionará o sistema de vendas de seu empreendimento? Resposta pessoal. O aluno deverá projetar algumas etapas do sistema de vendas e descrever tal processo. f. Calcule o valor que será investido, estipule o preço final e quanto você pretende lucrar em média com a venda de cada um dos produtos comercializados. Resposta pessoal. 2. Chegou a hora de criar um nome e uma marca para seu negócio. Com sua equipe, reúna-se para trocar ideias e esboçar desenhos. Registre as ideias em folhas avulsas e vá aprimorando junto aos seus colegas. Ao final, quando a equipe escolher uma versão definitiva, registre-a em um cartaz usando as cores escolhidas. Resposta pessoal. 3. Ainda reunidos em equipe, discuta com todos os integrantes um nome para a empresa e construam, juntos, uma logo para ela. Para isso, você poderá utilizar o seu caderno escolar para realizar alguns desenhos e apresentá-los aos demais colegas. Ao final, vocês podem votar para a escolha do nome da empresa e da respectiva logo e apresentá-la ao professor. 34 OdeN_2019_8A_01a64.indd 34 15/02/19 09:10 Antes de avançar para as próximas etapas do nosso plano de negócios, que tal avaliar as chances de sucesso da nossa ideia? A melhor maneira de tomar decisões é buscar informações relevantes ao nosso negócio. Quanto mais informações possuímos, menores são os riscos que corremos ao investir nossos recursos em um negócio. Refletindo sobre o capítulo Com a ajuda do pro- fessor, elabore um peque- no questionário para cole- tar dados e compreender o perfil do seu público e aplique-o com os colegas de outras turmas. Ao final da sua atividade, divida seus resultados com as demais equipes. Antes de criar a empresa, é preciso fazer algumas perguntas sobre a atividade que você escolheu e quer desenvolver — em particular sobre a ideia da empresa. Por que essa empresa deve existir? Qual será sua particularidade? Em que as- pecto ela é única? Será competitiva? Quais os seus clientes? Em que sua existência modificará as coisas? [...] Após a definição bem detalhada da ideia de empresa, é preciso estudar seria- mente o mercado. Qual é a importância de testar a ideia que você quer desenvolver? O empreendedor vai avaliar o potencial de sucesso da ideia antes de abrir a empresa e, portanto, antes de gastar muito dinheiro. Fonte: DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. p. 100. 35 OdeN_2019_8A_01a64.indd 35 15/02/19 09:10 Agora que demos os passos iniciais do nosso plano de negócios e desenvolvemos nossa ofer- ta, vamos inserir esse negócio no contexto do mercado. Nenhuma empresa atua isolada: ela pre- cisa lidar com questões físicas (localização, trânsito, proximidade do cliente etc.), conhecer bem o público que pretende atingir (idade, renda, hábitos, gostos etc.) e conhecer os concorrentes (negócios que podem oferecer produtos ou serviços similares). Como sabemos, todo negócio realiza trocas, entregando ofertas àqueles que podem se bene- ficiar delas. Por isso, é muito importante mapear o contexto onde essa troca ocorre, para termos a segurança de que estamos empregando nossos recursos onde efetivamente eles serão deman- dados. Neste capítulo, dando continuidade ao nosso plano de negócios, pensaremos o ambiente onde ele se insere. Para tanto, nossos próximos passos serão: Passo 4: Definir o público-alvo do negócio. Passo 5: Conhecer os concorrentes. Passo 6: Optar por um local adequado para instalação dos negócios. Capítulo 5 Plano de negócios 2: o ambiente Os escritórios da empresa Google se destacam pela modernidade, criatividade e valorização de bons espaços de convívio entre os funcionários, como este em Tel Aviv, Israel. 36 OdeN_2019_8A_01a64.indd 36 15/02/19 09:10 Quem precisa do meu produto? A quais necessida- des desse consumidor meu produto atende? Onde esse consumidor está? Será que ele pode encontrar produtos simi- lares ao meu? Por que ele es- colheria o meu produto, e não os outros? Iniciamos mais uma eta- pa do nosso negócio, que exi- ge de nós um olhar atento ao nosso redor. De uma forma geral, negócios estão inseridos em ambientes competitivos, onde eles podem obter recur- sos e vantagens, mas também se deparar com desafios. Esse ambiente é bastante dinâmi- co: populações crescem e en- velhecem, novos concorrentes surgem ou velhos concorren- Para início de conversa Passo 4: Definir o público-alvo Esse tópico se propõe a definir e conhecer o perfil da sua clientela e de potenciais clientes para que você possa destinar seus produtos de maneira mais específica. Assim, busque identificar quais seriam os grupos de pessoas que se interessariam por comprar os produtos de seu negócio, quais são os hábitos dessas pessoas, quais necessidades desse público sua oferta poderia sanar, etc. É fundamental que sua empresa realize uma pesquisa de mercado para saber qual seria seu público-alvo. Com ela, podemos ter ideia da faixa etária que mais se interessaria por seus produ- tos e/ou serviços, perfil socioeconômico, perfil cultural, etc. Por exemplo, se o seu empreendimento fosse um brechó de livros e revistas, assumindo que ele seria destinado inicialmente aos estudantes da sua escola, poderíamos ter conhecimento de que tipo de leitura atrairia cada uma das faixas etárias. Para ampliar as chances de venda, seus produtos precisam estar direcionados às especificidades desse público, por exemplo: literatura infantojuvenil para a clientela do Ensino Fundamental e livros de colorir para a da Educação In- fantil. tes mudam de roupagem, novos hábitos se consolidam, ou seja, os elementos estão em constante mudança. Embora nenhuma empresa possa ter total controle sobre o que acontece ao seu redor, conhecer essa dinâmica é fundamental para ter controle sobre seus recursos e saber lidar com as “surpresas” do mercado. No capítulo anterior, encerramos trabalhando uma ferra- menta importantíssima para tomar decisões: a pesquisa (você deve lembrar que a busca de informações é uma característica do comportamento empreendedor, correto?). Que tal retomar- mos a partir dessa atividade para refletirmos melhor sobre nos- so público-alvo? 37 OdeN_2019_8A_01a64.indd 37 15/02/19 09:10 Que tal descobrirmos qual será o perfil de seu empreendimento? Volte a se reunir em equipe com os demais integrantes de seu negócio e responda: 1. Quais seriam os pontos de destaque dos produtos e/ou serviços que vocês ofertarão aos clientes? Aponte ao menos seis características que vocês consideram como atrativas escre- vendo em cada uma das setas abaixo. Discutindo o conteúdo Resposta pessoal. Espera-se que o aluno identifique qualidades altamente atrativas ao clien- te, tendo em vista a questão da criatividade em seus produtos. 38 OdeN_2019_8A_01a64.indd 38 15/02/19 09:10 A concorrência ocorre quando duas ou mais pessoas ou empresas disputam a esco- lha dos clientes nas vendas, sejam os produtos parecidos ou não. Nem sempre dois concorren- tes atuam no mesmo segmento. Por exemplo, uma loja de brinquedos pode ser concorrente de uma loja de eletrônicos, uma vez que uma criança pode pedir de presente de Natal uma bicicleta ou um smartphone. Como é comum acontecer, duas ou mais pessoas ou empresas podem produzir e vender produtos e/ou serviços parecidos ou mesmo iguais. Essa prática, de certa forma, pode ser considerada extremamente positiva para em- preendimentos que buscam se consolidar no mercado seja por suas qualidades, ao oferecer um atributo extra e diferenciado, seja por algu- ma estratégia que permita reduzir os custos e consequentemente os preços praticados, visto que a concorrência pode estimular a melhoria constantedos produtos oferecidos e dos servi- ços prestados. Imagine se em um bairro só existisse um mercado. Isso seria ruim para os clientes, pois não haveria concorrência, e isso pode- ria resultar em preços elevados ou qualidade precária. No longo prazo, isso pode ser ruim também para o empreendedor: imagine que, após um longo tempo oferecendo produtos de má qualidade ou preços exorbitantes, ou- tro mercado se instale nesse bairro e ofere- ça melhores preços e qualidade superior. O empreendimento dificilmente sobreviverá a essa concorrência se não melhorar as ofertas e a reputação. Então, para sobressair em relação a seus concorrentes ou simplesmente garantir sua fatia de mercado, faz-se necessário ofertar produtos e serviços de qualidade e/ou preços competitivos. Para tanto, conhecê-los é funda- mental para identificar quais os nossos pontos fortes e fracos com relação a eles. Passo 5: Conhecer seus concorrentes Saber realizar um bom atendimento é uma forma de fidelização da clientela. 39 OdeN_2019_8A_01a64.indd 39 15/02/19 09:10 Quando se trabalha com vendas de produtos ou prestação de serviços, é fundamental que se tenha no ponto comercial uma área com boa visibilidade e de grande circulação de pessoas. Além disso, outros pontos devem ser considerados, como: • Verificar a higiene no ponto e de seus arredores. • Observar o perfil do consumidor da área pretendida e adequar a infraestrutura a esse perfil. • Preferir pontos que possuam boa iluminação e sejam arejados. • Buscar localidades que tenham um perfil para o empreendimento que deseja instalar. Temos de pensar, sobretudo, na comodidade do nosso público. Muitos serviços, por exemplo, nem sempre carecem de uma instalação física. Hoje, há inúmeros profissionais que trabalham em regime de home office, ou seja, realizam suas atividades no próprio ambiente doméstico e podem realizar contatos com os clientes via telecomunicações ou visitas para reuniões presenciais. Um web designer, por exemplo, precisará de computadores robustos e muita criatividade para criar seus websites, mas não necessariamente de um ponto comercial: em sua própria casa, poderá organizar um escritório e prestar seus serviços, mesmo a clientes que habitem do outro lado da cidade ou do país. A tecnologia oferece essa facilidade! Saber onde estabelecer seu empreendimento não é uma tarefa simples. Antes de ocupar um ponto, é importante que se realize um levantamento do perfil do consumidor que deseja atingir. Como essa etapa já foi trabalhada no passo 4, fica mais simples de aplicarmos os conhecimentos adquiridos para avaliar esse aspecto. Passo 6: Optar por um local adequado para a instalação de seu negócio O sucesso do negócio também pode depender de sua localização. 40 OdeN_2019_8A_01a64.indd 40 15/02/19 09:10 1. Junto à sua equipe, analise os resultados dos questionários aplicados e organize as informa- ções sobre seu público-alvo em seu caderno utilizando como exemplo esta tabela. Faixa etária. Bairro onde residem. Principais interesses. 2. Quais seriam seus principais concorrentes? Espera-se que o aluno aponte não apenas seus concorrentes formados por empreendimen- tos na própria escola, mas também empresas que atuam profissionalmente no espaço ex- traescolar. 3. Diante do levantamento de seus maiores concorrentes dentro do segmento na qual sua em- presa atuará, busque preencher o quadro a seguir levando em consideração as principais características de cada uma delas. Resposta pessoal. Principais concorrentes Nome da empresa Produtos comercializados Preços do produto Qualidade do produto Atividade É importante conhecer os principais concorrentes de modo a melhorar nossos pontos fracos em relação a eles e investir em nossos pontos fortes. Assim, poderemos absorver novos clientes e fidelizar os que já consomem nossos produtos e/ou serviços. Para a realização da atividade seguinte, reúna-se com a equipe que compõe seu negócio. 41 OdeN_2019_8A_01a64.indd 41 15/02/19 09:10 4. Agora que vocês realizaram um levantamento dos seus principais concorrentes, é hora de buscar estratégias para se diferenciar dos demais e obter vantagem nesse mercado. Preen- cha a tabela a seguir com seus pontos fortes e fracos e os pontos fortes e fracos dos concor- rentes listados. Pontos fortes Pontos fracos Meu negócio Concorrente 1 Concorrente 2 Concorrente 3 Hospital Biblioteca Banco Escola Lanchonete Posto de combustível Padaria Correios Sorveteria Supermercado Analise a imagem abaixo para responder à questão 5. N S LO 42 OdeN_2019_8A_01a64.indd 42 18/02/19 08:33 5. Utilizando-se da planta de um bairro hipotético, é responda coerentemente a cada uma das perguntas a seguir. a. Levando em consideração que há uma escola na porção norte do bairro, qual a justificativa mais coerente de se ter uma sorveteria no outro lado da rua? Espera-se que o aluno reconheça que a presença da sorveteria, assim como da lanchonete que se localiza um pouco mais ao leste, responde a uma clientela de jovens estudantes nos horários em que eles não estão na escola ou estão se deslocando em direção a ela. b. Qual a relação existente entre o supermercado, o banco e a padaria? Justifique sua resposta. Os clientes do supermercado podem necessitar de dinheiro para realizar a compra dos produtos e, portanto, buscar um banco para sacar o necessário. A presença da padaria complementa os serviços do supermercado, podendo oferecer maior variedade de produtos aos clientes, quando estes não os encontrarem no supermercado. No entanto, o aluno pode alegar que, dependendo do porte do supermercado, ele pode conter caixas eletrônicos e padaria em seu interior. c. Levando em consideração a localização dos empreendimentos no mapa e que você dese- jasse abrir, juntamente com seus colegas de equipe, uma loja de roupas, qual seria o local escolhido por vocês? Justifique sua resposta. Resposta pessoal. Dentre as várias opções justificáveis, o aluno poderá optar pelas proximi- dades da escola, de modo a buscar atingir o público que circula frequentemente na região, ou mesmo nas proximidades do banco, onde a elevada circulação de pessoas poderia auxiliar no processo de vendas. d. Desenhe no mapa o local ideal para a instalação de uma farmácia. Em seguida, aponte suas razões. Resposta pessoal. Um local de bom potencial é próximo ao hospital, visto que muitas pessoas buscam medicamentos após consultas e cirurgias. e. E o seu empreendimento, caso desejasse instalar no bairro desse mapa, onde seria locali- zado? Justifique. Resposta pessoal. 43 OdeN_2019_8A_01a64.indd 43 15/02/19 09:10 Vamos relembrar as atividades e os conhe- cimentos que adquirimos juntos neste capítulo. Estudamos e realizamos baterias de ati- vidades práticas e de maneira coletiva sobre o público-alvo do negócio a ser instalado, os principais concorrentes e o local ideal para a abertura do empreendimento. Dessa forma, agimos como empreendedo- res, pois tivemos a oportunidade de executar os passos com o planejamento, a criatividade e o trabalho em equipe. Embora não tenhamos concluído, já per- cebemos que não há sucesso senão por meio de estudo e planejamento do que desejamos realizar. Isso, como bem sabemos, não se en- caixa apenas para a abertura de um negócio, mas para a vida pessoal de cada um de nós. Saber lidar com as diferenças de cada inte- grante de uma equipe é outro grande desafio. Ser tolerante e resiliente são duas caracterís- ticas fundamentais ao empreendedor, portan- to saber respeitar as mais variadas opiniões e expor as nossas sem ser agressivo com as pa- lavras, não as impondo, mas, sim, discutindo- -as, já é um enorme passo para que possamos perceber nossa evolução ao longo do curso de empreendedorismo. Portanto, ao longo dessas seis primeiras etapas, já conseguimos visualizar as principais lideranças, em que aspectos somos criativos, proativos, etc. Nesse caso, faz-se possíveluma breve discussão entre os integrantes de modo que haja um acordo acerca da divisão de tarefas. Passado este capítulo, vamos a mais três passos para o nosso plano de negócios. Ao tra- balho, pessoal! Refletindo sobre o capítulo 44 OdeN_2019_8A_01a64.indd 44 15/02/19 09:10 Agora que já cumprimos duas etapas do nosso plano de negócios, é chegada a hora de fazê- -lo funcionar. Neste momento, vamos exercitar nossas habilidades e competências no sentido de listar as tarefas necessárias ao funcionamento do nosso negócio, pensar a melhor maneira de executá-las, distribuir as atribuições entre os membros da equipe e organizar os recursos dis- poníveis. Tudo isso exigirá de nós bastante diálogo, capacidade de negociação e disposição para firmar e cumprir acordos com nossos colegas, ou seja, o trabalho em equipe. Neste capítulo, vamos nos dedicar ao funcionamento do nosso negócio. Para isso, daremos os seguintes passos: Passo 7: Definir as etapas de produção e as ações para elaboração dos produtos. Passo 8: Organizar e atribuir tarefas aos responsáveis pelos setores do negócio. Passo 9: Realizar um levantamento dos recursos necessários para a implantação do negócio. Que tal começarmos pensando no que cada um de nós sabe fazer de melhor? É hora de nos reunir com nossos colegas, tendo em mente que toda a equipe é movida por um objetivo comum: o sucesso do negócio. Capítulo 6 Plano de negócios 3: o funcionamento 45 OdeN_2019_8A_01a64.indd 45 15/02/19 09:10 Para fazer nosso negócio funcionar, é pre- ciso pensar nas tarefas a serem cumpridas, nas características da equipe de trabalho e nos re- cursos materiais e financeiros a serem empre- gados. Todo empreendedor possui um perfil, ou seja, uma característica para atuar em seus ne- gócios. Alguns são habilidosos em finanças, ou- tros em marketing, outros na produção. Conhe- cer suas principais habilidades e competências pode ajudar o empreendedor no desempenho de sua função dentro das várias áreas que o ne- gócio possui. Muitas vezes, quando o negócio está iniciando, seu idealizador precisa desempe- nhar várias atividades e funções diversas, como elaborar produtos, gerenciar finanças e divulgar. Que tal começarmos a pensar em nosso perfil observando nossa atuação nos trabalhos em equipe? O que geralmente você faz: organi- za agenda e lidera reuniões? Arrecada e destina os recursos materiais? Propõe ideias criativas para apresentar o trabalho? Para início de conversa Discutindo o conteúdo Dentre os grandes segredos de um negócio de sucesso, podemos citar a organização em- preendedora e o espírito de equipe existente na empresa quando esta não é um empreendimento individual. Para que existam esses dois elementos fundamentais, faz-se necessária a definição de etapas de produção e a distribuição das ações para a realização das tarefas de desenvolvimento dos produtos e/ou prestação dos serviços. m av o/ Sh ut te rs to ck .c om 46 OdeN_2019_8A_01a64.indd 46 15/02/19 09:10 Passo 8: Organizar e atribuir tarefas aos responsáveis pelos setores do negócio Quando tratamos da definição das etapas de produção e das ações que serão necessá- rias para o desenvolvimento dos produtos e/ou serviços, consideramos que os empreendedo- res responsáveis pelo negócio devem discutir e planejar a função de cada integrante nessa eta- pa de criação e elaboração dos itens que serão comercializados. Para isso, precisamos pensar num passo a passo para a produção dos itens do empreendi- mento. Portanto, reúna-se com os demais inte- grantes da equipe para a realização desta etapa. O primeiro passo é listar, assim como uma receita para o almoço de fim de semana, o que será necessário ser desenvolvido e, em segui- da, dividir as funções entre cada um dos inte- grantes da equipe, levando em consideração habilidades e competências individuais. Nem sempre é necessário que uma liderança assu- ma sozinha essa divisão de tarefas. É comum, e até mais fácil, que os membros de uma equipe decidam de forma colaborativa como cada um irá contribuir, com qual tarefa possui mais afi- nidade, e assim estabeleçam acordos. Passo 7: Definir as etapas de produção e as ações para a elaboração de seus produtos e/ou serviços Aprendemos, desde o princípio, que o trabalho em coletividade é muito mais fácil quando há uma boa divisão de tarefas do que quando alguns poucos integrantes da equipe ou de uma empresa são sobrecarregados de atribuições. As pessoas formam a força de trabalho de uma empresa e são elas as responsáveis por fazer o negócio dar certo. Assim, podemos dizer que o ser humano é o principal pilar de um empreen- dimento, visto que, dentro da organização, há uma necessária divisão de tarefas ou atribuições. 47 OdeN_2019_8A_01a64.indd 47 15/02/19 09:10 Custos são gastos inerentes ao pro- cesso produtivo, à atividade-fim da em- presa. Assim, energia elétrica e matéria- -prima podem ser consideradas custos. Já as despesas são direcionadas às ativida- des-meio do empreendimento, e não dire- tamente aos produtos/serviços ofertados; como exemplo, podemos citar o investi- mento em publicidade e propaganda. A realização de uma pesquisa de mer- cado para que se tenha ideia de quanto os clientes estão dispostos a pagar por produtos similares também é importante para a determinação do preço dos itens que serão postos à venda. Assim, você po- derá definir um preço justo para seus pro- dutos levando em consideração não só os custos necessários para sua produção e Para que ela seja bem executada, é fundamen- tal a presença de líderes que tenham responsa- bilidade de gerir grupos e equipes de trabalho. O líder ou gestor possui a incumbência de iden- tificar o perfil profissional e as características particulares de cada um dos membros, distri- buindo, assim, as funções por meio das pecu- liaridades de cada uma das pessoas. Quando há uma unidade de trabalho em que cada um executa uma tarefa condizen- te com suas habilidades e competências, os resultados tendem a ser mais eficientes. Isso acontece por algumas razões, como a satisfa- ção pessoal do funcionário e a desenvoltura ao realizar uma tarefa para a qual possui preparo. Outro elemento indispensável para o tra- balho em equipe é o bom relacionamento in- terpessoal, ou seja, com o outro, que cada um deve construir. Discussões e fofocas são co- muns em ambientes coletivos de trabalho, mas devem ser evitados porque são atitudes etica- mente questionáveis. É bastante comum encontrarmos os termos grupo e equipe utilizados como sinônimos. Mas sabia que é ne- cessário diferenciá-los? A diferença diz respeito, sobretudo, ao grau de coesão entre os membros. Um gru- po desempenha tarefas conjunta- mente para atingir objetivos comuns, somando esforços individuais. Já a equipe apresenta um nível de coesão maior, desempenhando um esforço coordenado que resulta num desem- penho superior à soma dos esforços de cada integrante. Toda equipe é um grupo, mas nem todo grupo consegue chegar à coesão de uma equipe. Grupos X equipes Custos X despesas Passo 9: Realizar um levantamento dos recursos necessários para a implantação do negócio É fundamental para a sustentabilidade de um negócio saber lidar com os recursos finan- ceiros disponíveis. Saber calcular os custos e as despesas pode fazer seus produtos serem mais competitivos no mercado. 48 OdeN_2019_8A_01a64.indd 48 15/02/19 09:10 a margem de lucro pretendida, mas tam- bém a reputação do negócio em relação aos concorrentes. De modo a constituir uma tabela de preços para seus produtos, é importante uma análise de preços de seus maiores concorrentes. O grande desafio de um empreende- dor é saber lidar com os custos e as despe- sas de sua empresa, cobri-los com as ven- das e ainda obter um ganho que possibilite reinvestir e retirar uma margem de lucro. Os primeiros anos de uma empresa são marcados por incertezas e grandes de- safios. O índice de falência dos negócios no Brasil
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