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Doença de chagas

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7 4° Período B | 2° AF | Microbiologia | MAD II: Mecanismos de Agressão e Defesa 
Maria Diva Costa Alves | @medivou 
Doença de Chagas 
Prof. Thiago Matos | 15.09.2021 
 
 “Menos de 1% das pessoas afetadas pela 
doença têm acesso ao tratamento”. 
 Na América Latina (1 das 4 principais en-
demias); 
 Controle reduziu novos casos em 70%; 
 Eliminação dos vetores; 
 Vigilância dos bancos de sangue; 
 
Agente etiológico: Trypanosoma cruzi. 
Doença: doença de Chagas ou Tripanosso-
míase Americana. 
Local: América Latina. 
 
Agente etiológico: Trypanosoma brucei. 
Doença: doença do sono ou Tripanossomí-
ase Africana. 
Local: África. 
 
TRANSMISSÃO 
 O parasito penetra por solução de conti-
nuidade da pele ou mucosa íntegra; 
 O parasito permanece infectante por cer-
ca de 2 semanas no sangue estocado; 
 Contato do feto com o sangue materno, 
principalmente após o 3° mês (gestação); 
 Acidente em laboratório (manuseio); 
 Mais frequente: coração; 
 Contaminação de alimentos com triatomí-
neos infectados ou suas dejeções; 
 
CARACTERÍSTICAS VETORIAIS 
 
 
 Esse inseto de hábito noturno vive nas fres-
tas das casas de pau-a-pique, casca de 
tronco de árvores e copas das palmeiras 
de açaí; 
 
FORMAS EVOLUTIVAS 
 
Tripamastigota metacíclica: forma encontra-
da nas fezes do triatomíneo. 
 Apresenta flagelo como locomoção; 
 
 
Tripomastigota sanguínea: fase extracelular 
que circula no sangue. 
 Apresenta flagelo como locomoção; 
 
1. Amastigota: fase intracelular, sem organe-
las de locomoção, pouco citoplasma e 
núcleo grande. 
 Está presente na fase crônica da doen-
ça, nas fibras musculares do vertebra-
do. 
2. Epimastigota: é a forma encontrada no tu-
bo digestivo do vetor. 
 Apresenta flagelo como locomoção. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
FASE AGUDA 
 Geralmente apresenta sintomas leves ou 
doença febril inespecífica, com curso clíni-
co variável, dificultando o diagnóstico; 
 Assintomática: 90% a 98%. 
 Sintomática: 2% a 10%. 
 
 
 
8 4° Período B | 2° AF | Microbiologia | MAD II: Mecanismos de Agressão e Defesa 
Maria Diva Costa Alves | @medivou 
FASE CRÔNICA 
 Forma indeterminada: 50% a 69%; 
 Forma cardíaca: 13%; 
 Forma digestiva: 10%; 
 Formas mistas: 8%; 
 
 
Sinal de Romanã: 
 
 
Chagoma de inoculação: 
 
 
“Sintomas importantes durante o diagnóstico 
clínico”. 
 
FIM DA FASE AGUDA: 
 Protozoários que não foram eliminados pe-
la resposta imunológica podem ainda per-
manecer viáveis no interior das células in-
fectadas; 
 A partir daí está caracterizada a fase crô-
nica da doença de Chagas, que pode 
evoluir para manifestações características 
(sintomáticas); 
 
FASE CRÔNICA ASSINTOMÁTICA: 
Forma indeterminada. 
 Após a aguda: longo período assintomáti-
co - 10 a 30 anos, forma latente; 
 Apresentam positividade de exames soro-
lógicos; 
 Ausência de sintomas e/ou sinais; 
 Eletrocardiograma normal; 
 Coração, esôfago e cólon radiológica-
mente normais; 
 
FASE CRÔNICA: 
Depois da fase assintomática, apresentam 
sintomas relacionados: 
- Forma cardíaca: sistema cardiocirculatório. 
 Insuficiência cardíaca congestiva (diminui-
ção da massa muscular e substituição por 
áreas de fibrose e fenômenos tromboem-
bólicos); 
- Forma digestiva: sistema digestivo. 
 Caracterizada pelos megas: megaesôfa-
go e megacólon; 
- Forma cardiodigestiva ou mista: ambos. 
 
SINTOMAS CLÍNICOS 
 Dispneia, fadiga e arritmias; 
 Alterações eletrocardiográficas e ecocar-
diográficas; 
 Aumento do coração; 
 Megaesôfago seguida de magacólon; 
 Aperistalse, devido ao comprometi-
mento do SNA (plexos mioentéricos). 
 Odinofagia, dor retroesternal, tosse, dis-
fagia, ptialismo, retenção de alimentos 
e perda ponderal. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
9 4° Período B | 2° AF | Microbiologia | MAD II: Mecanismos de Agressão e Defesa 
Maria Diva Costa Alves | @medivou 
 
FASE AGUDA: 
 Presença dos sinais de porta de entrada; 
 Febre; 
 Hepatomegalia; 
 Parasitemia elevada; 
 
FASE CRÔNICA: 
 Alterações cardíacas, digestivas e do esô-
fago e cólon; 
 
FARMACOTÉCNICA 
Nifurtimox (Lampit): 
 Não está disponível no Brasil; 
 Apresentação: comprimidos de 120mg; 
 Adultos: 8-10mg/kg/dia, em 3 tomadas 
diárias; 
 Crianças: 15mg/kg/dia, em 3 tomadas 
diárias; 
 Efeitos adversos: anorexia, emagrecimen-
to e dor abdominal; 
 
 Benzonidazol (Rochagam): 
 Apresentação: comprimidos de 100mg; 
 Quadro agudo: 10mg/kg/dia, durante 
60 dias, em 3 tomadas diárias; 
 Quadro crônico: 5mg/kg/dia, durante 
60 dias, em 3 tomadas diárias; 
 
CRITÉRIOS DE CURA 
 
PREVENÇÃO 
 Controle químico de vetores com insetici-
das; 
 Melhorias habitacionais em áreas de alto 
risco; 
 Triagem em bancos de sangue; 
 Identificação de gestantes chagásicas; 
 Cuidados de higiene manual na produ-
ção e manipulação artesanal de alimen-
tos; 
 Utilização de equipamentos de biossegu-
rança; 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 A Doença de Chagas possui como prin-
cipal forma de controle ações de comba-
te químico sistemático aos insetos vetores 
e/ou melhorias habitacionais, comple-
mentadas por rigorosa seleção de doa-
dores de sangue; 
 Não há ainda uma forma de prevenir a 
transmissão do parasito por via congênita, 
sendo consenso que, para esta modali-
dade, a melhor estratégia é a detecção 
precoce do caso e seu pronto tratamen-
to; 
 O tratamento da infecção é efetivo nas 
fases iniciais e muito pouco benéfico nas 
formas crônicas avançadas;

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