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Introduçao e funcionamento do sistema imune

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Imunologia ….
O que é?
Estudo do sistema imunológico que é constituído por uma rede de órgãos, células e moléculas, e
tem por �nalidade manter a homeostase do organismo, combatendo agressões em geral, como
bactérias, vírus,etc.
Termos importantes.
Infecção: é a implantação, crescimento e proliferação de seres agressores no organismo hospedeiro,
acarretando-lhe prejuízo.
In�amação: é a reação de defesa de um tecido em relação a presença de um agente agressor.
É positiva, sinal de que o sistema imune está funcionando.
Patogenicidade: Capacidade que o agente agressor tem de causar doença a partir de alterações na
�siologia do organismo.
Virulência: Capacidade de produzir doença grave ou fatal. Determina o grau de patogenicidade.
Antígenos: é qualquer molécula que possa ser reconhecida como estranha pelo sistema imune.
Determinantes antigênicos/Epítopo: proteínas presentes no antígeno onde os anticorpos se
ligam, sendo a menor estrutura do antígeno capaz de gerar resposta imune.
Quanto mais epítopos diferentes mais anticorpos chegam ao local, logo a destruição do antígeno
será mais rápida. Muitas vezes isso caracteriza a virulência da bactéria, quanto menos epítopos menos
anticorpos são produzidos contra ela.
Mecanismos efetores da imunidade: mecanismos realizados durante a atuação do sistema imune.
- Ligação do anticorpo diretamente ao antígeno
- Ativação do sistema complemento
- Oposição e quimiotaxia, facilitando a fagocitose.
- Reações citotóxicas
Agentes microbianos: Vírus, Bactérias, Fungos e Parasitas.
Outros causadores de danos: Toxinas, Substâncias Inócuas (grão de pólen, pelos, cascas),etc.
Haptenos: pequenas moléculas que só conseguem gerar resposta imunológica quando ligadas a
uma substância carreadora.
ex: bijuteria, libera átomos que ao ter contato com proteínas plasmáticas causa uma alergia-resposta
imune.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
Sistema imune e sua divisão
Sistema responsável por reconhecer o agente estranho, neutralizar, metabolizar, eliminar ou reagir
contra e tornar-se resistente ao agente (memória imunológica que atua em caso de reinfecção),
sendo capaz assim de proteger o nosso organismo.
O sistema imune é dividido em 3 linhas de defesa:
I: Barreiras não imunológicas
II: Imunidade Inata
III: Imunidade Adaptativa
BARREIRAS NÃO IMUNOLÓGICAS - Atuam antes mesmo do sistema imune contra
a instalação do antígeno no organismo. Dessa forma são consideradas nossa primeira linha de
defesa.
Barreiras Estruturais/Físicas: como o próprio nome indica, atua de forma física, como se fossem
uma parede que te impede de entrar em uma local.Como exemplos é possível falar da pele íntegra
que é impermeável a maioria dos agentes infecciosos, além de sofrer descamação diária que ajuda na
remoção de bactérias e outros agentes que possam estar aderidos. A presença dos cílios no epitélio
respiratório também é importante pois ajuda a reter partículas que adentram.
Barreiras Mecânicas: por meio do movimento essas barreiras ajudam a expulsar agentes que
tenham conseguido se aderir em alguma porção do organismo. Temos então o transporte
mucociliar que é realizado por meio dos cílios e da fase gel e sol presente no sistema respiratório,
tosse, espirro, enxágue lacrimal, peristaltismo intestinal que inclusive aumenta sua velocidade
em caso de irritação na mucosa por isso a diarreia por exemplo em casos de infecção alimentar,
descamação da pele, como sendo os mais importantes.
Barreiras Químicas: nesse grupo temos os ácidos graxos liberados no suor que inibem o
crescimento de bactérias que estejam aderidas à pele, assim como a presença de lisozimas no local
que degrada a parede de bactérias (também há lisozimas na lágrima, saliva e secreção nasal).
O baixo PH do suco gástrico também é importante pois previne o crescimento das bactérias.
A presença de muco no sistema respiratório impede que os agentes agressores cheguem até os
pulmões e se instalem no local e os alvéolos pulmonares ainda possuem o líquido surfactante,
produzido pelos pneumócitos II, que é misturada ao muco dos brônquios formando o líquido
bronco-alveolar que facilita a saída dos agentes e a atuação das células fagocitárias.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
Barreiras Biológicas: temos a �ora bacteriana normal da pele, do trato gastrointestinal e do
trato urogenital que pode prevenir a colonização de bactérias patogênicas pela secreção de
substâncias tóxicas, pela competição por nutrientes ou pela ligação à superfície da célula.
IMUNIDADE INATA
Características
- Representa a segunda linha de defesa do organismo.
- Garante uma resposta rápida à agressão, independente de estímulo prévio.
- Composta por células especializadas , porém inespecí�cas, e moléculas solúveis as quais já
nascemos possuindo.
- Atua atacando qualquer agente estranho da mesma forma e por isso se diz que possui baixa
especi�cidade.
- Na grande maioria dos casos é capaz de defender o corpo sozinho, mas quando não consegue se
comunica com a imunidade adaptativa.
- Não é capaz de gerar memória imunológica.
- Suas células possuem receptores do tipo não clonais , ou seja, que são idênticos para todas as
células da mesma linhagem. Seus receptores são chamados de TLRs - Toll Like Receptors ou
PRMs - Receptores para o Reconhecimento de Padrões, que atuam reconhecendo os PAMPs
(padrões moleculares associados a patógenos - nada mais são que componentes que são estranhos ao
corpo e estão presentes em agentes invasores como por exemplo o LPS, lipopolissacarídeo, que é
uma substância encontrada na parede bacteriana) e os DAMPs (padrões moleculares associados ao
dano de células próprias - componentes presentes quando há dano em células do nosso organismo).
Essas células também podem ter os receptores do tipo NLRs - Not Like Receptor, que reconhece
padrões estranhos presentes no meio intracelular (como em células infectadas por vírus, por
exemplo).
- O Sistema Complemento também faz parte da imunidade inata. É um conjunto de cerca de 30
proteínas solúveis inativas que circulam na nossa corrente sanguínea e quando ativadas produzem
uma cascata enzimática que atua na defesa do organismo.
IMUNIDADE ADAPTATIVA
Características
- Representa nossa terceira linha de defesa.
- É um tipo de imunidade que adquirimos conforme exposição a agentes estranhos, por isso sua
atuação é dependente de exposição prévia.
- Torna-se mais e�ciente a cada encontro com o mesmo agressor devido a memória imunológica
que produz já no primeiro contato.
- Possui alta especi�cidade, reagindo com diferentes anticorpos de acordo com o agente agressor.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
- Suas células são altamente especí�cas.
- Suas principais características são: memória, especi�cidade e sensibilidade (mesmo diante de
pequenas quantidade de antígenos suas células desencadeiam uma resposta imune).
- Os receptores das células da imunidade adaptativa estão associados a anticorpos e são clonais. São
chamados de TCR - receptores de superfície.
Componentes e atuação do sistema imune.
As células do sistema imune podem ser chamadas de Glóbulos Brancos ou Leucócitos e podem ser
divididas em:
Granulócitos/Polimorfonucleares: células que possuem grânulos em seu citoplasma.
Ex- Neutró�los, Basó�los e Eosinó�los.
Agranulócitos: células que não possuem grânulos.
Ex- Linfócitos e Monócitos.
Circulantes: presentes na corrente sanguínea, passam por todo o corpo.
Ex- Monócitos e Mastócitos.
Residentes: vivem em um tecido especí�co.
Ex- Macrófagos.
Fagócitos: células que realizam fagocitose contra agentes estranhos. Essas são, principalmente,
macrófagos, neutró�los e células dendríticas.
Células auxiliares: células que atuam auxiliando o funcionamento do sistema imune.
Ex- Mastócito (quando ativadas liberam mediadores da in�amação que realizam vasodilatação,
aumento da permeabilidade, chamando mais células imunes para o local) e Plaquetas (relacionada a
coagulação sanguínea).
Origem dos leucócitos
Assim como todas as células sanguíneas, os leucócitos são originados na MedulaÓssea Vermelha
que é um tecido líquido e ativo que ocupa o interior de ossos longos (aqueles cujo comprimento é
maior que a largura e a espessura como Fêmur, Esterno, Costelas, Crista Ilíaca, etc) , nas trabéculas
e epí�ses ósseas.
É um tecido hematopoiético pois contém células tronco pluripotentes ,denominadas
HEMOCITOBLASTOS, que originam células progenitoras que se diferenciam nos elementos
�gurados do sangue. As células progenitoras podem ser Mielóides (originam as células presentes na
imunidade inata,hemáceas, plaquetas,etc) ou Linfóides (originam os linfócitos e as células NK).
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
IMUNIDADE INATA
CÉLULAS
Neutró�los: São granulócitos e circulantes.
- Realizam fagocitose e são as primeiras células a chegarem no local de in�amação tecidual,
representando a primeira linha de defesa celular. Ao chegar no local e fagocitar a célula invasora o
neutró�lo morre.
- Possuem origem mielóide.
- Seus grânulos podem ser primários (contêm mediadores da in�amação), Secundários (apresentam
componentes secretados especi�camente por neutró�los como a lactoferrina - se liga ao ferro que é
uma substância essencial para o crescimento bacteriano) e Terciário (contém enzimas).
- São as células mais abundantes na corrente sanguínea, representando cerca de 70% das células
imunes sanguíneas.
- Pode ser segmentado (célula madura com núcleo dividido em lóbulos) ou em Bastonete (célula
imatura/jovem com núcleo em forma de bastão curvado).
- São continuamente substituídos por terem uma vida curta de 6 a 10 horas.
- Ao morrer são fagocitados por macrófagos; produzem citocinas anti-in�amatórias
- A neutrofilia , aumento no número de neutró�los sanguíneos, é característica de infecção
bacteriana e a presença de desvio à esquerda indica uma infecção bacteriana grave.
- Em caso de uma infecção que perdura por algum tempo, a medula não consegue produzir e
maturar os neutró�los, de forma rápida, para que sejam liberados e por isso nesses casos é comum a
presença de neutró�los imaturos no sangue - promielócitos, mielócitos, meta-mielócitos,
bastonetes. Por isso, quando ao avaliar um hemograma percebe-se um aumento no número de
neutró�los imaturos ,mais que 10% do total de neutró�los, se diz que está ocorrendo um desvio à
esquerda (o que está à esquerda vem antes, logo representa as células imaturas).
Monócitos: São agranulócitos e circulantes.
- São células imaturas que ao chegarem em um tecido amadurecem originando os macrófagos e as
células dendríticas.
- São células fagocitárias.
- Origem mielóide.
- São células de vida longa com função de neutralização, englobamento e destruição de partículas,
incluindo agentes infecciosos, apresentação de antígenos aos linfócitos.
Macrófagos: São Agranulócitos e Residentes.
- Origem Mielóide.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
- São células fagocitárias muito e�cientes que , ao contrário dos neutró�los, podem permanecer nos
tecidos por meses ou anos, atuando como "sentinelas". Além disso, mesmo após realizar fagocitose
continuam atuando.
- Além de seu papel fagocitário na imunidade inata, são APC - células apresentadoras de antígenos ,
importantes para a comunicação com a imunidade adaptativa apresentando antígenos para LB e LT
via MHC.
- Os macrófagos também liberam substâncias com atividade microbicida que destroem as bactérias
mesmo quando as enzimas não conseguem.
- Podem ser macrófagos ativados ( os clássicos que realizam a fagocitose e apresentação de
antígeno), macrófagos de reparo tecidual (estão envolvidos no reparo tecidual estimulando
�broblastos e promovendo a deposição da matriz extracelular) e macrófagos reguladores (
realizam a limpeza do local removendo os restos teciduais, assim ajudam a regular a atividade imune
para que ela cesse quando não for mais necessária).
- Os macrófagos são encontrados em diversos locais como os Macrófagos alveolares (podem
fagocitar partículas que estejam retidas entre os bronquíolos terminais e os alvéolos pulmonares de
forma independente do transporte mucociliar. Caso não consigam digerir formam uma
cápsula-comum em tuberculose), Macrófagos nos linfonodos (responsáveis por �ltrar a linfa antes
que ela retorne para o sangue),Células de Kup�er (são os macrófagos presentes no fígado. Ao
ocorrer a digestão as substâncias são absorvidas no trato gastrointestinal e seguem para o fígado por
meio da veia porta hepática, lá os macrófagos presentes atuam de forma que quase nenhuma
bactéria presente no trato gastrointestinal passa do sangue porta para o sangue da circulação
sistêmica), Osteoclastos (são os macrófagos presentes nos ossos responsáveis pela remodelação do
tecido ósseo), Microgliócito (tipo de célula do sistema nervoso central que atua como macrófago),
etc.
Células Dendríticas: São células residentes.
- Origem Mielóide.
- Possui formato irregular, com prolongamentos citoplasmáticos em forma de dendritos (parece
uma estrela).
- Encontradas em tecidos e órgãos linfóides primários e secundários.
- Realizam a captura e apresentação de antígenos para os linfócitos, ou seja, são fagocitárias e
APC.
- Residem em tecidos periféricos, como pele e fígado, onde capturam os antígenos e se tornam
ativadas, migrando para os linfonodos regionais onde apresentam os antígenos aos linfócitos T.
- Células de Langerhans: células dendríticas presentes na pele.
- Durante sua vida útil essas migram da medula óssea atingindo os tecidos onde se tornam
residentes.
- Essas células orquestram a migração de outros tipos de células imunes dentro dos linfonodos via
secreção de quimiocinas e regulam a diferenciação, maturação e a função de LT de modo
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
contato-dependente e por secreção de fatores solúveis.
- As células dendríticas podem ser do tipo Mieloide (localizadas na pele, sangue e mucosa) e
Plasmocitóides ( localizados principalmente no sangue e em órgãos linfóides, como baço, timo,
medula óssea e linfonodos).
- Em geral as DC imaturas são tolerogênicas enquanto as maduras são imunoestimuladoras.
Eosinó�los: São granulócitos e circulantes.
- Origem mielóide.
- Realiza a destruição de parasitas por meio da liberação de enzimas digestivas presentes em seus
grânulos (enzimas hidrolíticas, formas reativas de oxigênio, etc). Também participa de reações
alérgicas tendo capacidade fagocitária (fagocita o complexo alérgeno-anticorpo > aderem aos
patógenos revestidos por IGE ou IGA).
- Após maturação circulam na corrente sanguínea em pequena quantidade, podendo ser
encontrados em maior número nas regiões de mucosas (trato respiratório, genitourinário e
gastrointestinal).
- O conteúdo de seus grânulos quando liberados podem induzir a degranulação de mastócitos e
basófilos.
Basó�los: São granulócitos e circulantes.
- Seus grânulos contém principalmente Heparina (anticoagulante) e Histamina (vasodilatador).
- Possuem origem Mielóide.
- Possuem muitos sítios ativos para IGE (anticorpo relacionado à alergia).
- Ao chegarem nos tecidos se tornam Mastócitos.
Mastócitos: São células residentes e granulócitos
- Os mastócitos maduros distribuem-se junto a vasos sanguíneos, nervos e sob o epitélio da pele e de
mucosas, sendo abundantes em áreas de contato com o meio ambiente desempenhando um
importante papel nas reações inflamatórias agudas.
- Assim como os basó�los, também possuem grânulos repletos de Histamina e Heparina,
principalmente. Após sofrerem estímulos ocorre a degranulação (liberação do conteúdo presente
nos grânulos) e a liberação de mediadores que induzem a migração de outras células in�amatórias
(neutró�los e macrófagos), aumento da permeabilidade vascular, aumento da secreção de muco, da
motilidade gastrointestinal e broncoconstrição que constituem os sinais e sintomas de alergia e
ana�laxia.
- Apresentam em sua superfície muitos receptores ativados pelo reconhecimento de antígenos
multivalentes pelos IGE.
- Mastócito e Basó�lo desencadeiam reações de Hipersensibilidade tipo I (alergias).
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
Células NK - NaturalKiller: É basicamente um linfócito CITOTÓXICO da imunidade inata
(logo já está pronta para atuar, não necessita de ser ativada).
- Reage a células com baixo MHC1 ou ausência desses, células que não são reconhecidas pelos
LTCD8 Citotóxicos pois eles só percebem alterações de erro.Nesses casos a célula pode ter sido
infectada por vírus, bactéria ou ser neoplásica.
- Células granulócitas.
- Células de origem linfóide encontradas na circulação, tecidos e órgãos linfóides primários e
secundários.
- Secretam substâncias que destroem as células alteradas ou infectadas.
- Impossível distingui-las dos linfócitos em microscópico.
Quando as células FAGOCITÁRIAS do sistema imune inato percebem a presença do antígeno,
realizam fagocitose.
Trata-se de uma ingestão celular do agente agressor que ocorre da seguinte forma:
I: pseudópodes são emitidos a partir do citoplasma e prendem a partícula;
II: posteriormente ocorre uma invaginação no citoplasma englobando a partícula e formando a
vesícula fagocitária/fagossomo a partir da membrana da célula;
III: a vesícula formada se funde ao lisossomo presente dentro da célula formando a vesícula
digestiva;
IV: os lisossomos (possuem muitas enzimas digestivas) destroem os patógenos liberando os restos
por exocitose.
Sistema Complemento
- Atua por meio do MAC - Complexo de Ataque à Membrana, realizando “furos” nas células
infectadas ou nas células de patógenos permitindo a entrada de água que ocasionará o rompimento
das células por lise osmótica, além de potencializar a resposta in�amatória.
- Além de agir pelo MAC realiza opsonização,de maneira inespecí�ca (ao contrário dos
anticorpos que fazem uma opsonização especí�ca) e estimula a reação in�amatória recrutando
leucócitos.
Pode ser ativado por 3 vias:
Via alternativa: é um mecanismo inato e inespecí�co.
- Ocorre na ausência da interação antígeno anticorpo, sendo ativado espontaneamente por uma
clivagem de C3 presente na circulação na presença de algum antígeno.
- Quando não há processo in�amatório o C3 sofre hidrólise sendo depois rapidamente destruído, já
em caso de presença de patógeno o C3 após clivado é ligado ao fator B: C3 é clivado em c3a e c3b e
o Fator B é clivado em Bb e Ba. C3b se associa a Bb formando c3bBb – que é a C3 convertase da via
alternativa e começa a clivar C3 de forma mais e�ciente- enquanto c3a volta para a corrente
sanguínea assim como Ba. O c3bBb se associa a mais um C3b formando a C5 convertase.
A C5 então é convertida em c5a (volta para a corrente sanguínea) e c5b �ca na membrana mas não
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
se associa a outros fragmentos, realizando então quimiotaxia atraindo C6,C7,C8 e fragmentos de
C9 formando o MAC que irá ocasionar a lise da célula.
Via clássica: É um mecanismo de resposta adaptativa e especí�ca.
- Ocorre quando o sistema complemento é ativado por anticorpos ligados na superfície do
patógeno, causando dessa forma uma dupla opsonização (tanto anticorpo quanto sistema
complemento opsonizao o antígeno).
- Se inicia com a proteína C1 clivada gerando fragmentos chamados de c1q, c1s e c1r.
O c1q se liga ao IgM ou IgG o que ativa as moléculas c1r e c1s que começam a clivar outras
proteínas presentes no plasma, mais especi�camente do tipo C2 e C4, liberando c2a, c2b,c4a e c4b
– c2b e c4a retornam para a corrente sanguínea enquanto c2a e c4b se juntam formando a C3
Convertase. A c3 convertase então converte a proteína C3 em c3b (volta para a corrente sanguínea e
realiza opsonização) e c3a (se associa a c2a e c4b formando a C5 Convertase). A C5 então é
convertida em c5a (volta para a corrente sanguínea) e c5b �ca na membrana mas não se associa a
outros fragmentos, realizando então quimiotaxia atraindo C6,C7,C8 e fragmentos de C9
formando o MAC que irá ocasionar a lise da célula.
Via das lectinas: Também corre na ausência da interação antígeno-anticorpo.
- É iniciada pela ligação da lectina ligadora de manose na própria manose , que é um açúcar
encontrado na superfície de fungos e bactérias, assim irá clivar C2 e C4 continuado a reação assim
como na via clássica.
Funções do sistema complemento:
- Opsonização;
- Quimiotaxia;
- Aumento do �uxo sanguíneo no sítio de ativação;
- Aumento da permeabilidade capilar para as moléculas do plasma (retração das células epiteliais);
- Lise celular.
IMUNIDADE ADAPTATIVA
CÉLULAS
Linfócitos: têm origem dos progenitores linfóides na medula óssea.
Os linfócitos podem ser:
TIPO T (LT): Originados na medula óssea, seguem para o Timo onde serão maturados (recebem
seus receptores e passam pelos processos de tolerância).Ao estarem maduros seguem para outros
órgãos linfóides.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
- Realizam a produção de citocinas que fazem quimiotaxia (atração de células para o local da
in�amação) e também atuam como um energizante para as células de defesa.
- Células APCs capturam e processam o antígeno em fragmentos que são acomodados na fendas
das moléculas do MHC que são expressos na superfície celular. Os LT reconhecem o MHC via
TCR e assim são ativados.
- Timócitos são os linfócitos T imaturos.
LTCD4 +: AUXILIARES/HELPERS São ativados a partir dos APC por meio do MHC2
(antígenos extracelular).
- Esses linfócitos se dividem em diversas células , de acordo com as citocinas que produzem, como
em Th1 (atua na imunidade celular auxiliando e ativando outras células como os fagócitos,
atuando inclusive na proliferação de LTCD4, sendo essencial contra patógenos intracelulares) e
Th2 (age na imunidade humoral auxiliando os linfócitos B na divisão, diferenciação e produção
de anticorpos. Além disso auxilia eosinó�los e mastócitos tendo importante papel no combate a
parasitas.Caso ache necessário pode inibir Th1).
LTCD8 +: CITOTÓXICOS atuam na destruição de células infectadas por vírus, bactérias, etc,
que não são reconhecidas pelos fagócitos. Também reconhecem e destroem células neoplásicas.
- Realiza sua função a partir da veri�cação do MHC1 presente nas células (em células infectadas ou
neoplásicas o MHC1 não é expresso da forma correta - antígenos intracelulares).
- Liberam substâncias que causam a autodestruição da célula.
LTCD8: SUPRESSORES/REGULADORES ativados por APCs em associação ao MHC1.
- Controlam o sistema imune para que a in�amação não persista após a destruição do antígeno, já
que com a morte celular no local mediadores in�amatórios são produzidos.
- Também destroem os linfócitos que são liberados e que reagem contra os antígenos próprios do
corpo.
- Produzem citocinas imunorreguladoras.
TIPO B (LB): Durante a vida fetal são produzidos inicialmente no saco vitelínico e posteriormente
no fígado, passando depois a serem originados na medula óssea.Ao estarem maduros migram para
outros órgãos linfóides.
- Os LB podem ter anticorpos presos em sua membrana ou produzir anticorpos que sejam
liberados no meio.
- Quando reconhecem um determinado antígeno se dividem e diferenciam-se em plasmócitos que
são as células efetoras do LB responsáveis por produzir e secretar as moléculas receptoras solúveis
chamadas de anticorpos e/ou produção de células de memória.
- Podem atuar contra " antígenos T dependentes " (para atuar contra esses depende antes do
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
reconhecimento pelos LT) ou antígenos " T independentes " (não necessita do reconhecimento
prévio pelos LT).
- Também podem atuar como APC.
LINFÓCITOS DE MEMÓRIA: podem ser originados por LB ou LT.
- Essas atuam para que a resposta imunológica em caso de reinfecção ocorra de forma rápida e
efetiva, fazendo com que as células se lembrem daquele antígeno e assim ocorra a produção de
anticorpos adequados.
LINFÓCITOS TNK: diferente de células NK, compõem 0,1% das células imunológicas e tem
pouca atuação.
LINFÓCITOS TREGS: constituem uma subpopulação de LTCD4+ cuja função é suprimir as
respostas imunes e manter a autotolerância.
- As TREGS são geradas principalmente pelo reconhecimento de autoantígenos no timo (TREGS
naturais) e pelo reconhecimento de autoantígenos e antígenos estranhosem órgãos linfóides
periféricos (TREGS adaptativas ou induzidas) - processos de tolerância imunológica que serão
explicados mais à frente.
- Além de suprimir a ativação de células T nos órgãos linfóides também podem suprimir
diretamente a ativação de células B e inibir a proliferação e diferenciação de células NK.
>>> Ao serem ativados pelos antígenos correspondentes aos seus receptores os linfócitos realizam a
SELEÇÃO CLONAL (começam a realizar clones para que a resposta imune seja adequada). Parte
desses clones serão CÉLULAS EFETORAS (irão realmente combater o agressor) e a outra parte
será CÉLULAS DE MEMÓRIA (importantes para que o sistema atue rápido em uma reinfecção
visto que em casos in�amatórios as células efetoras morrem após atuarem, então é necessário ter
"células guardadas com aquela informação").
MHC: Complexo Principal de Histocompatibilidade - Faz parte da IMUNIDADE
ADAPTATIVA.
- É uma molécula de superfície celular que possui função de reconhecimento de tecidos próprios e
não próprios.
- Em humanos também pode ser chamado de HLA - antígeno leucocitário humano.
- O MHC só funciona quando ligado a antígeno protéico, estando presente na superfície apenas
pelo tempo de executarem sua função.
- O MHC pode ser do tipo I (presente em todas as células nucleadas no organismo servindo para
interação com linfócitos) que está relacionado a IDENTIDADE, Tipo II (expressa apenas em
células apresentadoras de antígenos , possui um "pedaço do antígeno" em sua composição que será
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
apresentado aos linfócitos, como se fosse um retrato falado do antígeno) e Tipo III (auxilia no
sistema complemento).
- Ninguém possui um MHC1 igual a de outra pessoa, exceto clones e gêmeos idênticos e é por isso
que os transplantes de órgãos são tão difíceis. As únicas células do corpo que não possuem MHC1
no corpo são as hemácias (pois são anucleadas) e por isso a transfusão sanguínea é fácil.
- Os genes que codi�cam o MHC estão localizados no cromossomo 6 e possuem padrão hereditário
de codominância (herdamos genes para o MHC de ambos os pais formando uma mistura, sem
dominância de um ou outro).
OBS: é chamado de complexo pois vários genes codi�cam as proteínas que juntas formam essa
molécula; e de principal pois não é a única estrutura a realizar essa função.
Anticorpos: também chamados de imunoglobulinas podem atuar revestindo o antígeno para
facilitar sua visualização por outras células de defesa -OPSONIZAÇÃO-, podem atuar em
conjunto com o sistema complemento e podem ainda neutralizar patógenos (ex: ocupam o
receptores virais impedindo que esses infectam outras células).
- São produzidos pelos plasmócitos e cada anticorpo reage especi�camente a apenas um antígeno.
- São compostos por uma porção FAB (porção variável responsável por se ligar ao antígeno de
forma especí�ca) e uma porção FC (presente em todos os anticorpos, se liga a células de defesa
como macrófagos, neutró�los, proteínas do sistema complemento,etc).
IGM:
- É a primeira imunoglobulina a ser produzida.
- Protegem contra vírus que penetram no sangue ou são disseminados por ele.
- A presença aumentada desses em um hemograma indica infecção ativa.
- Atua como receptor de antígeno do linfócito B virgem e como ativador do sistema complemento.
IGG:
- Anticorpo mais abundante em processos infecciosos agudos.
- Único anticorpo capaz de atravessar a barreira placentária e portanto ser passado da mãe para o
feto.
- Protegem contra vírus que penetram no sangue ou são disseminados por ele.
- Realiza opsonização, ativação do sistema complemento,auto inibição do linfócito B.
- A proteção permanente contra doenças virais sistêmicas, como sarampo, caxumba, rubéila e
varicela (catapora), é uma função da resposta secundária de IGG.
IGA:
- Anticorpo presente nas secreções (suor, saliva, lágrimas,leite,etc).
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
- Impede a entrada do patógeno nas células conferindo proteção contra vírus que penetram pela
mucosas, respiratória e gastrointestinal principalmente.
IGD:
- Aumentado nos casos de infecções crônicas.
- Presente na superfície de linfócitos B virgens (antes de serem ativados por algum antígeno), onde
atua como receptor de antígenos.
IGE:
- Presente em casos de alergia e em casos de infecções parasitárias.
- Sua porção FAB se liga aos antígenos (impedindo que esses se liguem em receptores de outras
moléculas ) e sua porção FC se liga a mastócitos,basó�los e eosinó�los , modelando a liberação dos
componentes presentes em seus grânulos.
OBS: IGM negativo com IGG positiva = não existe mais infecção ativa, apenas memória.
Respostas primárias e secundárias de anticorpos:
Resposta primária: O primeiro contato com um antígeno, por exposição natural ou vacinação,
leva à ativação de LB virgens que se diferenciam em plasmócitos produtores de anticorpos e em
células de memória, resultando na produção de anticorpos especí�cos contra o antígeno indutor.
Após o início da resposta, observa-se uma fase de aumento exponencial dos níveis de anticorpos,
seguida por uma fase denominada platô, na qual os níveis não se alteram. Segue-se a última fase da
resposta primária, a fase de declínio, na qual ocorre uma diminuição progressiva dos anticorpos
especí�cos circulantes.
Resposta secundária: Ao entrar em contato com o antígeno pela segunda vez, já existe uma
população de LB capazes de reconhecer esse antígeno devido à expansão clonal e células de memória
geradas na resposta primária. Por isso, a resposta secundária difere da primária nos seguintes
aspectos: a dose de antígeno necessária para induzir a resposta é menor; a fase de latência (fase que
antecede o início da produção de anticorpos) é mais curta e a fase exponencial (fase de produção
dos anticorpos) é mais acentuada; a produção de anticorpos é mais rápida e são atingidos níveis
mais elevados; a fase de platô é alcançada mais rapidamente e é mais duradoura e a fase
de declínio é mais lenta e persistente. A magnitude da resposta secundária depende também do
intervalo de tempo desde o contato inicial. A resposta será menor se o período for muito curto
porque os anticorpos formados ainda estarão presentes e formarão imunocomplexos que serão
rapidamente eliminados, ao passo que se for muito longo é possível que as células de memória
tenham diminuído.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
OBS.Na resposta primária IGM predomina enquanto na resposta secundária IGG predomina,
embora haja produção dos dois tipos de anticorpos.
Linguagem do sistema imune
CITOCINAS - São proteínas solúveis mediadoras da resposta imune, produzidas pelas células do
sistema imune em resposta à antígenos que atuam como um maestro em uma orquestra
musical.São produzidas tanto por células do sistema imune quanto por células infectadas, agentes
infecciosos,etc.
- Podem ser de ação autócrina (na própria célula que secretou), parácrina (nas células vizinhas) ou
endócrina (atua em locais mais distantes por meio da corrente sanguínea).
- Seus efeitos dependem da concentração de citocinas, dos tipos de receptores que elas se ligam e da
meia vida dela.
- Atualmente sabe-se que muitos processos são "organizados" a partir das citocinas, como é o caso
da produção de eritrócitos.
- A secreção das citocinas é algo breve, autolimitado e sem armazenamento. Assim que são
produzidas são secretadas rapidamente.
Características das citocinas:
1: Pleiotropismo: capacidade de atuar em diversos locais do organismo provocando efeitos
diferentes. (efeito sistêmico)
2: Redundância: há citocinas diferentes que conseguem provocar o mesmo efeito.
3: Sinergismo: citocinas atuando juntas provocam um efeito maior.
4: Antagonismo: uma citocina consegue inibir o efeito de outra citocina.
Nomenclatura: tipos de citocinas
1: Interleucinas; produzidas por leucócitos para atuar em outros leucócitos. Há cerca de 18
tipos diferentes de interleucinas (IL1, IL2, IL3...).
2: Interferons; tipo I (alfa e beta ) e tipo II (gama).
3: TNF (fator de necrose tumoral/tecidual).
4: Quimiocinas;citocinas capazes de causar quimiotaxia.
5: Eritropoetina; hormônio produzido pelo rim que estimula a produção de eritrócitos (esse
hormônio é liberado de acordo com a oxigenação sanguínea).
6: Fatores estimuladores de colônia; estimulam a produção de outras células na medula
óssea.
7: Fatores de transformação de crescimento (TGF); relacionado com a maturação das
células.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
As citocinas podem ser de atuação na imunidade inata ou de atuação na imunidade
adaptativa.Ainda assim podem haver citocinas que atuam nas duas imunidades.
Citocinas da Imunidade Inata:
- São citocinas produzidas por fagócitos, principalmente os macrófagos, estimulados por PAMPs
(ex: lipopolissacarídeo presente nas bactérias gram negativas).
- Agem principalmente em células endoteliais (retração das células do endotélio para que a
diapedese ocorra) e leucócitos.
- As principais são: INF-interferon- Tipo I (Alfa e Beta), IL1, IL12 e TNF.
- As citocinas da imunidade inata também podem ser chamadas de citocinas in�amatórias, visto
que controlam a in�amação (processo mais importante da imunidade inata).
TNF alfa : principal mediador da resposta in�amatória contra bactérias gram negativas.
- Possui um pleiotropismo muito exacerbado ( efeitos diferentes em cada local) podendo causar
complicações sistêmicas.
- Induz apoptose em adipócitos (pode levar ao emagrecimento em situações crônicas como o
câncer);
- Sua principal função é o recrutamento de neutró�los e linfócitos para o local da in�amação.
- Macrófagos > realizam fagocitose > são ativados para produzir TNF em baixas quantidades > vai
atuar de forma parácrina realizando a quimiotaxia, atuando em células epiteliais (expressão de
moléculas de adesão onde os neutró�los irão se ligar e retração celular) e provocando diapedese.
Logo ele que propicia a in�amação inicial no local. Também estimula a produção de IL1 e IL2
- Em situações de in�amação contínua a produção de TNF aumenta e começa a provocar efeitos
sistêmicos como a febre , estimulação de produção de proteínas de fase aguda pelo fígado (PCR,
proteínas complemento). Além disso, começa a atuar na medula óssea estimulando a liberação de
leucócitos ("desperdício de neutró�los"/ neutro�lia/desvio à esquerda).
- Se a in�amação se mantém por muito tempo, o excesso de TNF pode causar choque hipovolêmico
(sangue não chega de forma adequada nos órgãos) pela diminuição do débito cardíaco e da PA
(ocorre para tentar diminuir os nutrientes para os patógenos ou células tumorais que estejam
causando o problema), isso diminui a perfusão sanguínea em diversos locais. Também irá causar
bloqueio de glicogenólise no fígado, também para diminuir os nutrientes. Essas situações também
podem ocorrer em casos de câncer.
- Risco de trombose por causa das alterações do endotélio.
- Distúrbios metabólicos graves (pela falta de nutrientes nos órgãos).
IL1: Possui ação semelhante ao TNF alfa.
- Também é considerado um mediador da in�amação.
- É produzida por macrófagos.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
- Secretada em baixa quantidade atua como mediadora da in�amação local (quimiotaxia, alterações
no endotélio, diapedese).
- Em grandes concentrações podem cair na circulação e causar efeitos semelhantes no TNF.
IL12: É o principal mediador da resposta inicial a microorganismos intracelulares (ex:virus).
- Atua como ponte entre a imunidade inata e adaptativa; indutor da imunidade adaptativa.
- Estimula a Célula NK , macrófagos, células dendríticas,estimula a produção de Interferon gama
pelos linfócitos T, além de estimular a transformação de TCD4 em Th1(atua na imunidade célular
auxiliando e ativado outras células como os fagócitos).
Interferon Tipo 1: alfa e beta
- Pode ser produzido por qualquer célula do organismo infectada por vírus, independente se é do
sistema imune ou não.
- A capacidade de produção de interferon é de�nida geneticamente (ou seja, algumas pessoas
produzem muito e outras não).
- Ação parácrina: O IFN1 age em células saudáveis estimulando que essas produzam proteínas
antivirais impedindo que sejam infectadas. (contem a infecção)
- Ação autócrina: estimula a expressao do MHC1 que entrará em contato com células do sistema
imune informando sobre o problema.
IL10 e IL6: são anti-in�amatórias (a in�amação deve ser contida em algum momento).Inibem
macrófagos para conter a in�amação.
- Inibem a produção de MHC2 (expressado nas células apresentadoras de antígeno na presença de
antígeno extracelular)
- IL6 age no hepatócito
IL15 e IL18: ajudam na produção de vários tipos celulares.
Citocinas da Imunidade Adaptativa:
- Essas são produzidas pelos linfócitos T em resposta ao conhecimento de antígenos.
- Induzem as muitas diferenciações que vemos nas células da imunidade adaptativa (crescimento e
diferenciação dos linfócitos).
- Principais: IL2,IL4,IL5 e IFN gama (tipo 2).
IL2: atua como fator de crescimento para os linfócitos T, sendo produzida pelos TCD4 sendo
liberada quando esse encaixa seu TCR (receptor) em algum MHC2 apresentado pelas APC (células
apresentadoras de antígeno).
- Primeiramente possui ação autócrina para que ocorra expansão clonal (separa em linfócitos TCD4
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
de memória e efetores promovendo a continuação do ciclo celular desses para que sejam produzidos
mais).
- Posteriormente possui ação parácrina promovendo a diferenciação e proliferação de outras células,
como LB e Células NK.
- Também pode induzir a apoptose de células T ativadas por antígenas.
IL4: Citocina anti-in�amatória, faz inibição de macrófagos para conter o processo in�amatório.
- Induz a transformação do LTCD4 em Th2.
- Estimula a produção de IGE e IGG pelo LB.
IFN GAMA: Ativa macrófagos e potencializa sua atividade.
Produzida por células T efetoras.
- Estimula a produção de IGG e IGM pelo LB.
- Aumenta a expressão de MHC2 pelas APC.
- Induz a transformação do LTCD4 em Th1.
Citocinas reguladoras da hematopoiese:
- Eritropoetina;
- Trombopoetina; (estimula a produção de plaquetas)
- Fatores de diferenciação de colônia; (ajuda a medula a diferenciar os tipos de células produzidas)
- IL7, IL3, IL6 e IL5.
Tipos de imunidade
Passiva - tipo de imunidade que já adquirimos pronta , ou seja, recebemos os anticorpos
preparados para a atuação imediata e dessa forma não se formam células de memória.
Pode ser natural (ex: IGA passado para o bebe pela amamentação ou IGG passado por meio da
placenta para o feto) ou artificial (ex: soro antitetânico).
Ativa - adquirimos por meio do contato com antígenos que irá estimular a produção de anticorpos
e de células de memória.
Pode ser natural (ex: infecção bacteriana) ou arti�cial (ex: vacinas)
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
Maturação dos linfócitos .
Na maturação os linfócitos virgens são preparados para o reconhecimento de antígenos,
recebendo os seus receptores de membrana , o que garante a especi�cidade dessas células (receptores
diferentes para antígenos diferentes) e também sofrendo tolerância imunológica para selecionar os
que estão aptos ao funcionamento.
Seleção positiva = os linfócitos que chegam ao timo e expressam a�nidade adequada com
MHC/AG recebem estímulos para sobreviver.
Seleção negativa = os linfócitos imaturo que reagem a antígenos próprios com muita a�nidade
morrem por apoptose.
Morte por negligência = os linfócitos T imaturos que não apresentam a�nidade pelo MHC
próprio sofrem apoptose.
Tolerância imunológica.
Entende-se como tolerância imunológica o fenômeno pelo qual o organismo é capaz de reconhecer
determinados antígenos, porém não desencadeia uma resposta imunológica, sendo essa tolerância
induzida pela exposição prévia a este antígeno.
A tolerância aos auto antígenos, também chamada de autotolerância, é uma propriedade
fundamental do sistema imunológico e de um modo geral, indivíduos que não desempenham bem
esse mecanismo , desenvolvem certas patologias designadas em conjunto como doenças
autoimunes.
- Quando encontram antígenos, os linfócitos especí�cos podemser ativados (induzindo uma
resposta imunológica) ou podem ser inativados ou eliminados (levando à tolerância).
Características da tolerância imunológica
- Objetiva manter o sistema imune em homeostasia;
- As células responsáveis por regular a intolerância imunológica são os chamados linfócitos T
reguladores;
- A seleção negativa do timo (tolerância central dos linfócitos T) e a inativação periférica são
mecanismos importantes para a manutenção da tolerância;
- Os mecanismos de tolerância eliminam ou inativam os linfócitos que expressam receptores de alta
a�nidade para autoantígenos;
- A tolerância é antígeno-especí�ca, resultante do reconhecimento antigênico pelos clones
individuais de linfócitos;
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
- A autotolerância pode ser induzida em linfócitos imaturos autorreativos nos órgãos linfóides
geradores (tolerância central) ou em linfócitos maduros nos sítios periféricos (tolerância periférica)
- Os mecanismos de tolerância periférica são necessários para combater possíveis erros que ocorram
na central em que medula óssea (linfócitos B) e Timo (linfócitos T) permitem a liberação de células
imune que respondam a autoantígenos;
- A tolerância periférica também é mantida pelas células T reguladoras (TREGS) que suprimem a
ativação dos linfócitos especí�cos para antígenos próprios e outros antígenos. Essa supressão ocorre
nos órgãos linfóides secundários e nos tecidos não linfóides.
Mecanismo de tolerância central dos LT:
- A tolerância central ocorre porque, durante a maturação que ocorre nos órgãos linfóides
primários, todos os linfócitos passam por um estágio em que o encontro com o antígeno induz
preferencialmente a tolerância em vez da ativação.
- Deleção clonal ou seleção negativa: morte (apoptose) de células T imaturas que no timo e na
medula reconhecem autoantígenos. Os antígenos presentes no timo incluem muitas proteínas
circulantes e proteínas associadas a células que estão amplamente distribuídas nos tecidos. Dentro
do timo as células epiteliais tímicas produzem os antígenos presentes no corpo sob controle da
AIRE (proteína reguladora autoimune).
- As células T que reagem aos auto antígenos também podem ser transformadas em TREGS
especí�cas para esse antígeno.
Mecanismo de tolerância periférica dos LT:
- Ocorre nos órgãos linfóides secundários com linfócitos que passam pela tolerância central e são
liberados.
- Anergia: as células auto reativas não morrem, apenas se tornam não responsivos.
Diversos mecanismos podem atuar na indução e manutenção do estado anérgico como:
. Transdução de sinal induzida pelo TCR (receptor de células T) é bloqueada em células anérgicas.
. O reconhecimento de autoantígenos pode ativar as ubiquitinas celulares que marcam as proteínas
associadas ao TCR para que ocorra a degradação proteolítica nos proteossomos ou lisossomos.
- Supressão pelas TREGS
- Eliminação/deleção clonal ,morte celular por apoptose.
- Esses mecanismos podem ser responsáveis pela tolerância das células T a autoantígenos que não
são abundantes no timo e na medula, sendo conhecidos como mecanismo de tolerância periférica.
Mecanismo de tolerância central dos LB:
- Ocorre na Medula Óssea, onde os linfócitos B imaturos que reconhecem autoantígenos com alta
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
a�nidade mudam sua especi�cidade ou são deletados.
- Necessária para manter a não responsividade aos auto antígenos timo-independentes, como
polissacarídeos, lipídeos e proteínas.
- Edição dos receptores: ocorre se células B imaturas que reconhecem auto antígenos presentes em
alta concentração na medula. Os receptores dessas células são alterados passando a ter uma nova
especi�cidade.
- Anergia : se células B em desenvolvimento reconhecem autoantígenos fracamente, as células
tornam-se funcionalmente não responsivas e saem da medula óssea nesse estado de não
responsividade.
- Deleção: se a edição falhar, as células B imaturas podem morrer por apoptose.
Mecanismo de tolerância periférica dos LB:
- Os mecanismos de tolerância periférica também eliminam clones de células B auto reativos que
podem ser gerados como uma consequência de mutação.
- Anergia Clonal: As células B que reconhecem autoantígenos podem ser impedidas de responder
por meio do acoplamento de vários receptores de inibição.
- Deleção Clonal: morte por apoptose.
OBS: não se sabe se a tolerância a diferentes autoantígenos é mantida por um ou outro mecanismo
ou se todos atuam juntos para prevenir a autoimunidade.
Doenças auto imunes e reações de hipersensibilidade
Doenças autoimunes
São doenças em que há mau funcionamento do sistema imunológico levando o corpo a atacar seus
próprios tecidos.
- Ainda não se sabe ao certo suas causas, mas sabe-se que falhas na tolerância imunológica
podem levar a essas doenças.
- Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da autoimunidade são a suscetibilidade
genética (pode quebrar os mecanismos de autotolerância) e os desencadeadores ambientais, como
infecções e lesão tecidual.
As doenças autoimunes são multifatoriais, sendo portanto causadas por diversos fatores como:
I: Reação cruzada entre moléculas próprias e antígenos - Penetração de substância estranha
semelhante a uma substância natural do organismo fazendo com que acidentalmente ao atacar essa
substância o sistema imune acaba atacando também o que é natural do organismo.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
II: Alterações em substâncias normais do organismos - causadas por radiação, fármacos ou
vírus, por exemplo, pode fazer com que essa substância pareça estranha ao corpo o que ativa o
sistema imune para a defesa.
III: Funcionamento incorreto dos plasmócitos/LB - produzindo anticorpos anômalos que
atacam algumas células próprias.
IV: Falha na tolerância imunológica Central ou periférica - alguns linfócitos podem escapar da
apoptose por não entrarem em contato com quantidades su�cientes de auto-antígenos no timo ou
pode ocorrer falha na anergia, na apoptose ou na supressão.
V: Fatores Genéticos
VI: Fatores relacionados à dieta - uma dieta rica em gorduras que seja pobre em ácidos graxos
insaturados e pobre em vitaminas é um fator de risco associado ao desenvolvimento de doenças
autoimunes.
VII: Fatores Neuroendócrinos - como resultado do estresse tem-se o aumento na produção de
Cortisol ,pela hipó�se, o que causa efeito supressivo sobre a resposta imune, facilitando dessa forma
a manutenção de células imunes defeituosas.
Reações de hipersensibilidade
A hipersensibilidade é uma resposta imunológica exagerada que se desenvolve após a exposição a
um determinado antígeno e que ocorre em indivíduos susceptíveis ou previamente sensibilizados,
podendo levar às Doenças da hipersensibilidade.
Neste caso, o contato com a substância não confere proteção e , sim, aumento de uma resposta
imune patológica causando prejuízos.
Causas da hipersensibilidade:
- Autoimunidade.
- Falhas na autotolerância.
- Reações contra microorganismos de forma excessiva ou com microorganismos persistentes (ex:
formação de granulomas na tuberculose).
- Reações contra antígenos ambientais (ex: pólen,poeira).
OBS: as doenças causadas por hipersensibilidade tendem a ser crônicas pois não há controle
adequado da atuação do sistema imune.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
Tipos de hipersensibilidade
Hipersensibilidade tipo I:
- Também chamada de imediata pois se manifesta minutos após o contato com o antígeno.
- Nesse caso os antígenos são chamados de alérgenos devido a capacidade especí�ca de desencadear
alergias.Por possuírem alta solubilidade em �uidos, os alérgenos se difundem rapidamente pela
mucosa.
- São exemplos de alérgenos: ácaros, fungos, pelos de animais, pólens, pós, etc. (geralmente são
antígenos ambientais)
- É causada pela interação entre o alérgeno e anticorpos do tipo IGE ligados aos receptores de
membrana de mastócitos, basó�los e eosinó�los.
- Primeiro o indivíduo possui contato com o alergénio desencadeando uma resposta imune inata e
posteriormente a apresentaçãode antígenos para os linfócitos T criando a memória
imunológica.Em contatos futuros (pode ser no segundo, no terceiro, quarto...décimo, etc) ocorre a
interação causando a degranulação destas células com a liberação de mediadores in�amatórios como
prostaglandinas, leucotrienos,histaminas, etc.
> Histamina: amina vasoativa que se encontra em grânulos presentes em basó�los e mastócitos. A
histamina leva ao aumento da permeabilidade vascular e consequente edema, além de induzir as
células endoteliais a produzirem substâncias responsáveis pela vasodilatação. Também possui ação
broncoconstritora, também sendo responsável pela hipersecreção, bloqueio e coceira nasal na rinite.
> Prostaglandinas: mediador lipídico oriundo da conversão do ácido araquidônico. Esses relaxam a
musculatura lisa vascular e causa a dilatação das arteríolas, causando eritema (vermelhidão). Além
disso, podem alterar a temperatura corporal causando febre.
OBS:Portadores de alergias são chamados de "Atópicos", termo associado a tendência em
apresentar altas concentrações de IGE.
Hipersensibilidade tipo II:
- Também chamada de Citotóxica ou Mediada por Anticorpos.
- É caracterizada por sintomas que se manifestam mais tardiamente que a tipo 1.
- Ocorrem quando anticorpos do tipo IGG e IGM reagem contra antígenos presentes na superfície
celular, causando citotoxicidade e lise das células.
Ex: reações transfusionais, eritroblastose fetal (causada pela transmissão transplacentária de
anticorpos maternos direcionados às hemácias fetais. Resulta da incompatibilidade entre os grupos
Rh sanguíneos materno e fetal) e anemia hemolítica (condição autoimune na qual os anticorpos do
organismo atacam e destroem os glóbulos vermelhos).
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
Hipersensibilidade tipo III:
- Também chamadas de Hipersensibilidade Mediada por Imunocomplexo.
- Se manifesta de maneira lenta.
- Resulta da deposição de imunocomplexos Ag-Ac (antígeno-anticorpo) circulantes, solúveis em
vasos ou tecido.Com um excesso de anticorpo, os imunocomplexos se precipitam rapidamente
onde o antígeno está localizado (por exemplo, dentro das articulações, na artrite reumatóide) ou são
fagocitados por macrófagos e, desta maneira, não causam nenhum dano.Com um leve excesso de
antígeno, os imunocomplexos tendem a ser mais solúveis e podem causar reações sistêmicas ao
serem depositados em vários tecidos.
- Estes imunocomplexos tendem a ser pequenos e por isso passam despercebidos pelo sistema
imune sendo depositados. Com isso vão crescendo e causando a in�amação.
- Os anticorpos participantes são IGG e IGM.
Ex: Artrite reumatoide, Lúpus, Dengue hemorrágica, Malária, Doença do soro.
Hipersensibilidade tipo IV:
- Também chamada de Hipersensibilidade mediada por células T
- É a mais lenta de todas.
- É mediada por LT que induzem a in�amação
- A maior parte envolve Células T Auxiliares CD4+ (secretam citocinas que promovem in�amação
e ativam leucócitos, principalmente neutró�los e macrófagos) e algumas envolvem Linfócitos T
Citotóxicos que contribuem para a lesão tecidual.
Ex: reação tuberculínica
Inflamação
A in�amação é estimulada por qualquer situação que leve a lesões teciduais por meio de alterações
bioquímicas,�siológicas e morfológicas.
Os agentes agressores podem ser divididos em:
I: intrínsecos:
- Modi�cações no genoma;
- Hereditariedade;
- Erros metabólicos;
- Envelhecimento;
- Distúrbios imunológicos, nervosos, etc.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
II: extrínsecos:
- Físicos (temperaturas muito baixas ou muito altas, eletricidade,pressão, trauma mecânico,sons,
radiações,etc);
- Químicos (ácidos,toxinas,hormônios,enzimas,veneno,etc);
- Infecciosos (vírus, bactéria,fungos,parasitas,protozoários,etc).
A in�amação vai ocorrer após esses estímulos quando as células que os sofrem não conseguem
realizar ADAPTAÇÃO que ocorre por meio de:
Crescimento:
Hipertro�a: aumento no tamanho das células, consequentemente levando ao aumento do órgão.
Ocorre pela síntese de mais componentes celulares em razão do aumento da demanda (ex: nas
práticas de atividade física os músculos têm uma maior demanda por isso suas células crescem).
Esse aumento de demanda pode ocorrer por processos �siológicos e patológicos.
Hipotro�a: também pode ser chamada de atrofia,é a diminuição no tamanho das células devido a
redução de proteínas celulares. Também pode ser �siológica ou patológica.
Hiperplasia: é o aumento no número de células em um tecido levando ao aumento de seu
tamanho. Pode ser �siológica, compensatória (ex: quando há doação de um órgão) ou patológica.
A hiperplasia pode evoluir para um câncer.
Hipoplasia: é a diminuição no número de células em um tecido. Pode ser �siológica (ex: involução
do timo na puberdade) ou patológica.
Diferenciação:
Metaplasia: alteração reversível onde um tipo de célula adulta (epitelial ou mesenquimal) é
substituída por outro tipo de célula.
TIPOS DE LESÕES TECIDUAIS:
- Reversíveis: quando o estímulo recebido é passageiro. As células são lesionadas porém com o cessar
do estímulo conseguem se recuperar.
- Irreversíveis: quando o estímulo recebido é contínuo e as células não conseguem se recuperar e
voltar a normalidade. Nesse caso, a única saída das células é a morte.
MORTE CELULAR:
Ocorre quando a célula não consegue se adaptar aos estímulos recebidos, quando não consegue se
recuperar da lesão ou quando o estímulo é contínuo.
Apoptose: morte celular programada que pode ocorrer tanto em situações �siológicas quanto em
situações patológicas.
Ocorre em duas fases:
I- Ativação das Caspases (são enzimas presentes no citoplasma celular. Essas são ativadas por
moléculas pró-apoptóticas presentes dentro da mitocôndria celular que podem ser liberadas no
citoplasma ativando as caspases por meio da formação de poros na mitocôndria ou por receptores
de morte presentes em algumas células como macrófagos);
II- Execução das caspases ( após ativadas essas degradam o DNA e os outros componentes
celulares).
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
Necrose: é sempre um processo patológico e se espalha pelo tecido causando morte de várias
células próximas .
Nesse caso a membrana do lisossomo celular é rompida liberando no citoplasma suas enzimas.
Pode ocorrer por falta de nutrientes, falta de oxigênio, infecções,etc.
REAÇÃO INFLAMATÓRIA:
Caso as barreiras não imunológicas falhem em proteger o corpo contra a lesão ,e as células não
consigam se adaptar às mudanças ,o sistema imune atua realizando uma in�amação (mecanismo de
ação protetora natural do corpo).
A in�amação tem o objetivo de eliminar a disseminação do dano e reconstruir os tecidos afetados
(cicatrização completa).
A in�amação é uma resposta não especí�ca, logo é sempre a mesma independente do antígeno
invasor. Ela é o mecanismo efetor da imunidade inata.
É compreendida em 3 eventos:
I: Migração de leucócitos dos capilares para o tecido atraídas por quimiotaxia;
- Ordem de chegada: 1° neutró�los, 2° macrófagos e outras células fagocitárias e auxiliares , 3°
linfócitos.
- Essas células são atraídas pelos Mediadores da Inflamação - produzidos pelo agente invasor, por
células ativadas-células de defesa- e pelo tecido lesionado. Essas substâncias atuam como
quimiotáticas e vasodilatadores.
II: Aumento do suprimento sanguíneo para a área afetada por meio da vasodilatação;
- Essa ocorre no intuito de aumentar a chegada de O2 e nutrientes no local (importantes para
reposição de células perdidas). Além disso, o maior volume no local é importante para diluir
possíveis toxinas que possam estar presentes diminuindo os efeitos que possam causar e também
para aumentar a chegada de �brinogênio no tecido causando o emparedamento da in�amação
(isolamento da área lesada).Os espaços teciduais e vasos linfáticos presentes no local são bloqueados
por coágulos de �brinogênio retardando a disseminação da in�amação.
- Fibrinogênio: proteína presente no sangue que ao chegar no tecido se transforma em �brina que
forma uma capa em torno da in�amação.
III: Aumento da permeabilidadecapilar ocasionando retração das células endoteliais (retração
celular permite que ocorra a diapedese e assim os leucócitos conseguem penetrar no local onde
ocorreu a infecção ou lesão).
Chegada dos neutró�los:
1: Quimiotaxia: os mediadores liberados atraem os neutró�los para o local.
2: Marginação: a neutro�lia causa aumento da expressão de moléculas de aderência na superfície
de células endoteliais ,como as selectinas,que facilitam a adesão do neutró�lo na parede dos vasos.
Os neutró�los fazem o rolamento se ligando a essas moléculas.
3: Diapedese: a vasodilatação realiza o afrouxamento das �xações intercelulares endoteliais
permitindo que os neutró�los penetrem no tecido.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
PUS: formado após células fagocitárias englobarem e digerirem um grande número de bactérias e
tecido necrótico. Esses morrem e formam, junto ao líquido tecidual, o pus que caracteriza o �m do
processo in�amatório.
A in�amação pode ser dividida em AGUDA - resposta imediata contra um agente nocivo. Há um
recrutamento de leucócitos pelos mediadores da in�amação até o tecido lesado. Pode durar horas
ou dias e é acionada pela imunidade inata, sendo neutró�los e macrófagos as células principais
atuantes OU CRÔNICA - classi�cada quando possui duração de pelo menos 6 meses. Ocorre
devido a infecções persistentes, exposição prolongada ao agente agressor e a autoimunidade.É
comum nesse tipo de infecção a presença de Células Multinucleadas formadas pelas junções de
macrófagos,presença de linfócitos - células da imunidade adaptativa-, tendo muitas vezes necrose
tecidual pela intensa agressão.
Sinais cardinais da in�amação: presentes em todo processo in�amatório.
- Rubor;
- Calor;
- Tumor/Edema;
- Dor;
- Perda de função (o tecido lesionado está preocupado em se recuperar da lesão para depois voltar a
exercer suas funções. Isso é um grande problema quando ocorre em órgãos vitais).
Rubor e calor: devido a vasodilatação que aumenta o �uxo sanguíneo no local;
Tumor: devido à exsudação (extravasamento) de líquido nos tecidos;
Dor: pela pressão sobre os nociceptores (neurônios sensoriais encontrados por todo o corpo
humano capazes de enviar sinais que causam a percepção de dor).
REFERÊNCIAS:
Imunologia celular e molecular - Abbas 9a edição.
Microbiologia médica e imunologia - Levinson 10a edição.
Sanar�ix.
Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.

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