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PARTE 2 ~ Júlia Dantas ~ RESUMO MÓDULO DOR 1 2 3 4 SUMÁRIO Cefaleia AINEs Opióides Farmacocinética e farmacodinâmica Cefaleia Características Cefaleia Cefaleia é um dos sintomas médicos mais frequentes Cefaleias primárias: doença cujo sintoma principal são episódios recorrentes de dor de cabeça Cefaleias secundárias: o sintoma de uma doença subjacente, neurológica ou sistêmica - 94% dos homens - 99% das mulheres - Migânea (enxaqueca) - Cefaleia do tipo tensional -Cefaleia em salvas OBS: diagnóstico clínico - Meningite - Dengue - Tumor cerebral OBS: a causa habitualmente deve ser investigada mediante exames subsidiários Avaliação Cefaleia Anamnese: - Início - Frequência - Duração - Local e irradiação - Qualidade - Quantidade - Fatores associados - O que precipita, agrava e alivia - Como já tratou - Qual a sua preocupação Avaliação Cefaleia Exame físico: - Obter PA e pulso - Ouvir sopro no pescoço, olhos e cabeça para sinais clínicos de malformação arteriovenosa - Palpar as regiões da cabeça, pescoço e ombros - Verificar as artérias temporais e cervicais - Examinar os músculos da coluna e do pescoço Red flags Cefaleia Fisiopatologia: alterações intra e extracranianas decorrentes de uma disfunção neuronal primária - Depressão alastrante cortical: onda autopropagante de despolarização neuronal e glial que se espalha pelo córtex cerebral -> ativação dos neurônios aferentes do nervo trigêmio (sistema trigeminovascular) -> alterações inflamatórias nas meninges (substância P, peptídio relacionado ao gene da calcitonina e neurocinina A)-> cefaleia da enxaqueca - Sensibilização: processo no qual os neurônios se tornam cada vez mais responsivos à estimulação nociceptiva e não nociceptiva - Base genética Migrânea Cefaleia Prevalência: 12-15% da população Características: crises recorrentes com até 5 fases Diagnóstico: clínico (mínimo de 5 crises) - Pico de prevalência entre 30 e 50 anos - 17% das mulheres X 6% dos homens - Migrânea sem aura (75% dos casos) X migrânea com aura (25% dos casos) - Sintomas premonitórios (horas ou até dias antes): aumento dos bocejos, irritabilidade, memória e raciocínio lentos, avidez por um tipo de alimento - Aura (5-60 min antes ou durante): distúrbio visual, parestesia unilateral e/ou disfasia - Cefaleia: forte intensidade, latejante/pulsátil, piora com atividade do dia a dia, 4- 72 horas, dor unilateral (geralmente muda de lado de uma crise para outra) - Sintomas associados: náuseas E/OU vômitos, foto E fonofobia - Fase de recuperação: pacientes apresentam exaustão e precisam de repouso para se reestabelecer Migrânea Cefaleia Fatores precipitantes: estresse, menstruação, jejum, vinho, mudanças climática, fumo, entre outros Fatores agravantes da enxaqueca: obesidade, movimentos rápidos da cabeça, espirros, esforço para evacuar, movimento constante, esforço físico Complicações: - Estado migranoso: cefaleia intensa, >72 horas de dor, <12 horas sem dor, náuseas e vômitos por horas seguidas, desidratação, necessidade de internação - Infarto migranoso: ataque IDÊNTICO aos outros episódio, mas SINTOMAS DE AURA DURAM TEMPO >60 MIN e EXAME DE NEUROIMAGEM DEMONSTRA ÁREA DE INFARTO - Migrânea crônica: aumento da frequência das crises até se tornarem quase diárias ou diárias (>15 dias/mês por no mínimo 3 meses) OBS: fatores de risco para cronificação incluem estresse, fatores emocionais, doenças psiquiátricas e abuso de analgésicos Migrânea Cefaleia Tratamento preventivo: indicado em casos de dores de cabeça frequentes ou longas, enxaqueca incapacitante, contra-indicações ou falha de terapias agudas, risco de cefaleia por uso excessivo de medicamentos, enxaqueca menstrual - Pacientes com enxaqueca episódica (<14 dias/mês): 1ª linha: amitripitilina ou venlafaxina ou betabloqueador (metropolol ou propranolol) ou topiramato 2ª linha: antagonistas do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) -> erenumab, fremanezumab, galcanezumab, eptinezumab, rimegepant, atogepant OBS 1: Valproato (teratogênico) e topiramato devem ser evitados durante a gravidez OBS 2: toxina botulínica NÃO é recomendada para o tratamento da enxaqueca episódica Medidas de estilo de vida: boa higiene do sono, horário de refeições de rotina, exercícios regulares, gerenciamento de gatilhos da enxaqueca, dessensibilização de gatilhos Migrânea Cefaleia - Pacientes com enxaqueca crônica (>15 dias/mês): 1ª linha: propranolol, amitriptilina, topiramato e valproato 2ª linha: toxina botulínica; antagonistas do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) -> erenumab, fremanezumab, galcanezumab, eptinezumab; venlafaxina; verapamil; outros betabloqueadores -> atenolol, nodolol, metropolol; gabapentina; magnésio; riboflavina; candesartana; outros tricíclicos -> notriptilina e potriptilina OBS 1: Valproato (teratogênico) e topiramato devem ser evitados durante a gravidez 3ª linha: matricária, tizanidina, memantina, pregabalina, ciproheptadina, zonisamida Medidas não farmacológicas: terapia comportamental, fisioterapia e neuroestimulação Migrânea Cefaleia - Pacientes com enxaqueca crônica (>15 dias/mês): 1ª linha: propranolol, amitriptilina, topiramato e valproato 2ª linha: toxina botulínica; antagonistas do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) -> erenumab, fremanezumab, galcanezumab, eptinezumab; venlafaxina; verapamil; outros betabloqueadores -> atenolol, nodolol, metropolol; gabapentina; magnésio; riboflavina; candesartana; outros tricíclicos -> notriptilina e potriptilina OBS 1: Valproato (teratogênico) e topiramato devem ser evitados durante a gravidez 3ª linha: matricária, tizanidina, memantina, pregabalina, ciproheptadina, zonisamida Medidas não farmacológicas: terapia comportamental, fisioterapia e neuroestimulação Migrânea Cefaleia Tratamento abortivo (sintomático): - Pacientes com ataques leves a moderados: AINEs (AAS, ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco, ácido tolfenâmico e dexcetoprofeno) ou acetominofeno ou AINEs+triptano - Pacientes com ataques moderados a graves: triptanos (agonistas serotoninérgicos) ou sumatriptano- naproxeno ou antagonista CGRP ou lasmiditano OBS 1: Todos os triptanos inibem a liberação de peptídeos vasoativos, promovem vasoconstrição e bloqueiam as vias da dor no tronco cerebral. Os triptanos inibem a transmissão no núcleo trigeminal caudal, bloqueando assim a entrada aferente para os neurônios de segunda ordem; este efeito é provavelmente mediado pela redução dos níveis de peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP). - Estado migranoso: cetorolaco ou bloqueador do receptor de dopamina ou valproato e/ou diidroergotamina OBS 2: administração de dexametasona previna recaídas de enxaqueca - Situações de emergência: administração parenteral de sumatriptano, plocorperazina, metoclopramida, clopromazina, diidroergotamina e cetorolaco Migrânea Cefaleia Cefaleia do tipo tensional Cefaleia Mais frequente das cefaleias primárias Pico de prevalência: quarta década Características: Tratamento: - Fraca ou moderada intensidade - Sensação de aperto ou pressão - Bilateral (frontal, occipital ou holocraniana) - Fatores de melhora: atividades físicas - Fatores de piora/gatilhos: entardecer, estresse físico, muscular ou emocional - Orientações de autocuidado: sono regular, evitar bebidas alcoólicas, evitar estresse - Farmacológico: AINEs (ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco, cetoprofeno) ou dipirona ou acetominofeno Cefaleia em salvas Cefaleia Cefaleia trigêmino-autonômica mais frequente Mais prevalente no sexo masculino Início após os 20 anos Salvas: surtos de 1-3 meses de duração (1-8 crises/dia) e períodos de meses ou anos sem crises Características: Tratamento: 10-12 l/min por 20 min de O2 a 100%, em máscara não reinalante - Unilateral - Crises de dor orbital, supraorbitária ou temporal unilateral severa acompanhada - Sintomas autonômicos ipsilaterais: ptose, miose, lacrimejamento, injeção conjuntival, rinorreia, edema periorbital, sudorese facial e congestão nasal - 15-180minutos de duração - Trasitória Cronificação Cefaleia AINEs Resposta fisiológica à uma agressão tecidual Aguda x crônica Sinais cardinais Mediadores inflamatórios - Edema - Rubor - Calor - Dor - Perda de função - Substâncias vasoativas: histamina, bradicinina, neuropeptídeos e PGs - Substâncias quimiotáticas: peoteínas do sistema complemento, leucotrienos -Peptídeos de degradação da fibrina Inflamação AINEs Mecanismo de ação AINEs Inibição seletiva ou não seletiva da enzima ciclooxigenase (COX) Classificação AINEs Para ser considerado um antiinflamatório não esteroidal (AINE), é necessário ter ao mesmo tempo: - Ação analgésica (controle da dor) - Ação antipirética (controle da febre) - Ação antiinlamatória (controle da inflamação) OBS: paracetamol e dipirona não possuem ação antiinflamatória e agem também à nível do SNC Salicilatos AINEs Representante: AAS Inibidores permanentes da COX-1 plaquetária Efeito de antiagregante plaquetário (TXA2) Não administrar em crianças com infecções virais agudas: Síndrome de Reye Não deve ser usado por gestantes Deve ser suspenso 1 semana antes de cirurgias Baixas doses: ação antipirética-analgésica Altas doses: ação antiinflamatória Causa irritação da pele Derivados p-aminofenos AINEs Representante: paracetamol (acetominofeno) Pouca ou nenhuma atividade antiinflamatória Boa atividade analgésica e antipirética Inibição da COX a nível do SNC Risco de hepatotoxicidade Não é irritante para o TGI Alternativo ao AAS em casos de infecções virais agudas em crianças Derivados do ácido acético AINEs Representantes fenilacéticos: diclofenaco, tolmetamina, cetorolaco Representantes indolacéticos: indometacina, sulindaco, etodolaco Efeito antiinflamatório, antipirético e analgésico OBS: não deve usar indometacina para baixar a febre, exceto em casos de febre refratária a outros antipiréticos Derivados do ácido propiônico AINEs Representantes: ibuprofeno, naproxeno, cetoprofenos Doses baixas: efeito antiinflamatório Doses altas: efeito analgésico Menor incidência de efeitos colaterais do que o AAS e a indometacina Fenamatos AINEs Representantes: ácido mefenâmico e meclofenamato Não apresentam vantagens antiinflamatórias sobre os outros AINEs Uso na disminorréia primária e alívio de cólica Derivados do ácido enólico AINEs Representantes: piroxicam, meloxicam Meia-vida longa, permitindo sua aplicação 1x/dia Outros AINEs Derivados da fenoximetanossulfanilida: nimesulida Seletividade para COX-2 semelhante ao celecoxibe Seletivos COX-2 AINEs Representante: celecoxibe Menos efeitos adversos no TGI Relacionados a riscos cardiovasculares Opióides Tipos de receptores Opióides Receptores: mu (principal), delta e kappa Mecanismo de ação Opióides Agem na via descendente do controle da dor Nos neurônios de 1ª ordem: bloqueiam canais de cálcio e de potássio (bloqueio da liberação de neurotransmissores e despolarização neuronal) -> sinal de dor bloqueado ou atenuado Nos neurônios de 2ª ordem: abertura dos canais de potássio (hiperpolarização) - Substância cinzenta periaquedutal e núcleo magno da rafe são estimulados pelos opióides (via serotoninérgica) são estimulados pelos opióides Efeitos colaterais Opióides Atuam nos neurônios do plexo gastrointestinal do intestino grosso: aumento da liberação de serotonina no cólon -> aumento da expressão de aquaporinas -> aumento da reabsorção de água -> fezes mais ressecadas Inibem os neurônios do bulbo responsáveis pelo controle respiratório (Complexo Pré-Bötzinger) Inibição dos neurônios hipotalâmicos: - Constipação - Depressão respiratória - Insuficiência adrenal (doença de Addison) - Hipogonadismo - Ginecomastia e galactorreia Fármacos Opióides Morfina e hidromorfona Oxicodona Tramadol - Padrão-ouro - Reação de hipersensibilidade com uso da morfina (libera histamina) - Abuso frequente -> dependentes começaram a macerar os comprimidos - Melhor penetração no SNC do que a morfina - Agonista opióide fraco e inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina - Pode causar síndrome serotoninérgica (crise causada pelo excesso de serotonina) -> aumenta risco de convulsão Fármacos Opióides Fentanil Petidina ou meperidina Buprenofina Metadona - Bastante útil no manejo da dor aguda e anestesia - Risco aumentado de morte por doses aumentadas -> heroína contaminada com fentanil - Não usada para dor crônica - Maior penetração no SNC -> aumento da possibilidade de causar depressão respiratória - Contraindicada com inibidores da MAO - Efeito euforigênico reduzido - Tratamento da dependência de opióides - Meia-vida bastante longa -> tratamento da dependência de opióides - Cardiotoxicidade Fármacos Opióides Codeína Loperamida Naloxona - Metabolizada em morfina no fígado - Opióide fraco - Antidiarreico -> efeitos de constipação - Antagonista dos receptores de opióides -> usada em casos de overdose e na síndrome do tórax em madeira Escada analgésica da OMS Escada analgésica da OMS Tratamento da dor neuropática O tratamento da dor neuropática é sintomático, não etiológico - 1ª linha: antidepressivos tricíclicos ou duais (inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina) ou gabapentanóides (gabapentina, pregabalina) ou tópicos (lidocaína, capsaicina) - 2ª linha: combinação dos fármacos de 1ª linha ou tramadol - 3ª linha (dor refratária ao tratamento): inibidores da recaptação de serotonina ou terapias intervencionais - 4ª linha: neuromodulação - 5ª linha: baixas doses de opióides Farmacocinética e Farmacodinâmica Definição e pontos-chave Farmacocinética O que Corpo faz com a droga ADME: absorção, distribuição, metabolização e excreção Determina a quantidade de fármaco que chegará ao sítio-alvo Apenas os fármacos que conseguirem se ligar aos receptores específicos terão seus efeitos farmacológicos Barreiras fisiológicas Farmacocinética Dupla camada lipídica Barreira hematoencefálica Barreira placentária - Fármaco atravessa por difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo ou endocitose - Fármacos devem ser suficientemente pequenos e hidrofóbicos - Fármacos devem utilizar proteínas de transporte da BHE - Fármacos devem ser suficientemente hidrofóbicos Absorção Farmacocinética Transferência de um fármaco do seu local de administração até a circulação sanguínea Velocidade depende da via de administração Biodisponibilidade: porção do fármaco que alcança a circulação - Fármaco administrado via endovenosa não sofre absorção, pois já está na circulação sistêmica Distribuição Farmacocinética É a relação entre a quantidade do fármaco presente na circulação sistêmica e a quantidade que ficou retida nos compartimentos corporais (músculos, tecido adiposo) Volume de distribuição: - É alto quando o fármaco alcança tais compartimentos - É baixo quando o fármaco está retido nos vasos sanguíneos - É afetado pela ligação do fármaco com proteínas plasmáticas (ex: albumina) Metabolismo (biotransformação) Farmacocinética Realizado por: rins, TGI, pele, fígado e outros órgãos Citocromo P450: classe com mais de 50 tipos de enzimas que metabolizam 90% dos fármacos (CYP3A4, CYP2D6) Biotransformação: modificação química de um fármaco capaz de ativá-lo ou inativá-lo Fígado metaboliza principalmente fármacos hidrofóbicos, tornando-os mais hidrofílicos para serem eliminados - Ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática Metabolismo (biotransformação) Farmacocinética Reações de fase I: capazes de ativar um profármaco Reações de fase 2: capazes de inativar um fármaco ou aumentar sua solubilidade para potencializar sua excreção - Reações de oxidação / redução - Reações de conjugação / hidrólise Excreção Farmacocinética Realizada por: rins (urina), fígado (bile), pele (suor), pulmões (ar expirado), TGI (fezes) Metabolismos de 1ª e 2ª passagem aumentam a afinidade aquosa dos fármacos hidrofóbicos Aumento do fluxo sanguíneo, taxa de filtração glomerular e diminuição da ligação às proteínasplasmáticas causam excreção mais rápida dos fármacos pelos rins - Ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal Aplicações clínicas Farmacocinética Depuração: diminuição dos níveis de fármacos ativos pelos processos de metabolismo e excreção Meia-vida (t1/2): tempo no qual a concentração plasmática de um fármaco reduz pela metade - Afetado por: envelhecimento, edema/ascite, indução ou inibição do citocromo P450, insuficiência cardíaca, insuficiência hepática e insuficiência renal Aplicações clínicas Farmacocinética Dose terapêutica: proporciona uma concentração plasmática do fármaco abaixo da concentração tóxica e acima da concentração mínima Doses de ataque: doses iniciais altas para se atingir rapidamente níveis tarapêuticos do fármaco Doses de manutenção: doses que repõem a quantidade de fármaco perdida na depuração, uma vez que se tenha atingido concentrações em equilíbrio - Deve-se aumentar a dose de ataque proporcionalmente ao peso em pacientes obesos O que a Droga faz no corpo É o estabelecimento da ligação fármaco-receptor e a obtenção de uma resposta intrínseca ou não na célula Tipos de receptores: - Ligação covalente (irreversível) - Ligação iônica - Pontes de hidrogênio - Forças de van der waals - Canal iônico transmembrana - Receptores ligados à proteína G - Receptores tirosina-quinase - Receptores intracelulares - Enzimas extracelulares Definição e pontos-chave Farmacodinâmica Relação dose-resposta gradual Farmacodinâmica Relação entre dose de um fármaco e a resposta do organismo a ele Potência (EC50): concentração em que o fármaco produz 50% de sua resposta máxima Eficácia (Emáx): resposta máxima produzida pelo fármaco - A resposta a um fármaco é proporcional à concentração de receptores ligados - 100% dos receptores ocupados - Quantidade adicional de fármaco não produzirá nenhuma resposta adicional Relação dose-resposta quantal Farmacodinâmica Concentrações de um fármaco que produzem certos efeitos na população Efetividade (ED50): dose em que 50% dos indivíduos apresentam resposta terapêutica a um fármaco Toxicidade (TD50): dose em que 50% dos indivíduos apresentam resposta tóxica Letalidade (LD50): dose em que 50% dos indivíduos morre Interação fármaco-receptor Farmacodinâmica Agonista: fármaco que se liga ao receptor e gera uma resposta intrínseca, ativando-o ou inativando-o - Agonista total: ativa alvo até seu grau máximo possível - Agonista parcial: produz resposta submáxima - Agonista inverso: produz resposta contrária ao agonista total OBS: Agonistas totais e parciais não devem ser administrados juntos, sob o risco dos agonistas totais agirem como antagonistas competitivos Interação fármaco-receptor Farmacodinâmica Antagonista: fármaco que impede a ativação do receptor pelo agonista - Antagonistas competitivos: podem estabelecer ligações reversíveis ou irreversíveis e bloqueiam diretamente o sítio de ligação de um agonista OBS: interferem na POTÊNCIA do agonista - Agntagonista não-competitivo: ligam- se a outros sítios na molécula do alvo, impedindo a alteração da conformação necessária para ativar o receptor OBS: interferem na EFICÁCIA do agonista Interação fármaco-receptor Farmacodinâmica Interação fármaco-receptor Farmacodinâmica Índice terapêutico e janela terapêutica Farmacodinâmica Janela terapêutica: dose do fármaco que produz resposta terapêutica sem efeitos adversos inaceitáveis Índice terapêutico (IT): fórmula que quantifica a janela terapêutica - Para fármacos que possuem pequena janela terapêutica, é preciso efetuar estreito monitoramento de seus níveis plasmáticos - Um alto valor de IT: janela terapêutica larga - Um IT pequeno: janela terapêutica estreita
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