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Resumão de farmacologia - P1

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Fabiana Bilmayer - T2
FARMACOLOGIA
“O objeto da farmacologia é amplo e
compreende o conhecimento de: origem,
propriedades físicas e químicas, composição,
ações fisiológicas, absorção, destino, excreção
e usos terapêuticos dos fármacos. O fármaco
pode ser definido, grosseiramente, como
qualquer substância química que afeta o
protoplasma vivo, sendo poucas as
substâncias excluídas por esta definição.’’ -
Goodman & Gilman.
Princípios da Farmacologia
● VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Fatores que determinam a escolha da via de
administração:
1) Tipo de ação desejada
2) Rapidez de ação desejada
3) Natureza do medicamento
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
TGI: trato gastrointestinal
1) Enterais: no TGI
Oral/bucal
Sublingual
Retal
2) Parenterais: fora do TGI
- Diretas:
Intravenosa
Intramuscular
Subcutânea
Intradérmica
Peridural
- Indiretas
Cutânea
Respiratória
Conjuntival
Geniturinária
1) Via oral/bucal
Mais utilizada
Absorção: 75% ocorre no intestino delgado entre 1
- 3 horas.
Formas de apresentação: cápsulas, comprimidos e
xaropes.
● Vantagens
Comodidade
Baixo custo
Indolor
Não necessita de aparelhagem ou equipe
especializada
● Desvantagens
Interação com alimentos
Suco gástrico
pH
Enzimas
Difícil aceitação por crianças e idosos
Sabor ruim
1) Via sublingual
Administração embaixo da língua
Solúveis a saliva
Forma de apresentação: comprimido.
● Vantagens
Evita metabolização hepática (metabolismo de
primeira passagem)
Efeito rápido e intenso
Ideal para o uso de drogas que são inativadas pelo
suco gástrico
● Desvantagens
Pcte inconsciente
Irritação da mucosa
Sabor ruim
1) Via retal
Administração no reto
Formas de apresentação: supositórios e enemas.
Fabiana Bilmayer - T2
● Vantagens
Produz efeito local (colite ulcerativa)
Produz efeito sistêmico (antiemético)
Alternativa em incapazes de utilizar a VO (vômito e
inconsciência)
● Desvantagens
Níveis plasmáticos inadequados
Pode provocar irritação local
--------------------------------------------------------
2) Via intravenosa (IV) / endovenosa (EV)
Via de urgência
Indicações:
- Emergências e doenças graves
- Grandes volumes
- Substâncias irritantes
● Vantagens
Biodisponibilidade 100%
Controle exato da dose
Níveis séricos elevados
Podem ser ADM grandes volumes
Não sofre ação de enzimas digestivas
● Desvantagens
Requer equipe especializada
Risco de óbito por embolia / choque pirogênico
Custo relativamente elevado
Sobrecarga circulatória
2) Via subcutânea (SC)
Medicações de liberação prolongada
Volumes entre 0,5 - 2ml
Solução aquosa é a mais indicada
Exemplo: Vacinas, insulina e heparina.
● Vantagens
Auto-administração
Absorção lenta/intermediária e completa
● Desvantagens
Local de aplicação deve ser revezado
(úlcera/necrose tecidual)
Dor local (por rica inervação)
Abscessos estéreis
Risco de lesões em nervos e embolias
2) Via intramuscular (IM)
Liberação prolongada
● Vantagens
Podem ser ADM soluções OLEOSAS
Absorção relativamente rápida (10-30min)
● Desvantagens
Técnica asséptica rigorosa
Equipe especializada
Dolorosa e incômoda
Risco de lesões de nervos
Risco de lesões de músculos
FarmacoCinética
Descreve o efeito do organismo sobre os
fármacos.
Corpo → Droga
Processos envolvidos - A D M E
1) Absorção
2) Distribuição
3) Metabolização
4) Excreção
Todas as etapas farmacocinéticas requerem
passagem pela membrana celular.
Passagem do fármaco por membrana:
- Difusão passiva
Ex: álcool e paracetamol.
- Difusão por canal iônico
Ex: lítio.
- Transportador
Ex: glibenclamida.
Fabiana Bilmayer - T2
Características dos fármacos
● Tamanho
- Menores: atravessam facilmente a
membrana plasmática (via oral)
- Maiores: passagem entre células da
mucosa nasal. Impossível de adm por via
oral
● pH do meio
● Solubilidade
- Lipossolúveis: passagem pela membrana
plasmática
- Hidrossolúveis: retenção em
compartimentos
● Carga
- Ionizado: menor permeabilidade
- Não ionizado: maior permeabilidade
BIODISPONIBILIDADE
Quanto do fármaco alcançou a circulação
sistêmica.
Ex: um fármaco de 100 mg, perde 20 mg ao passar
pelo intestino, sua biodisponibilidade é de 80%.
Biodisponibilidade de acordo com a via de
administração:
Intravenosa (IV) 100% por
definição
Intramuscular (IM) 75%-100%
Subcutânea (SC) 75%-100%
Oral (VO) 5%-100%
Retal (VR) 30%-100%
Inalatória 5%-100%
Transdérmica 80%-100%
Volume de distribuição
- Homem de 70kg
Volume plasmático 3L
Volume sanguíneo 5,5L
Volume do LEC 12L
Volume de água corporal total 42L
PARACETAMOL
Propriedades farmacocinéticas
● Absorção
Passagem de substâncias do local de adm para o
sangue.
- Via de adm: Oral
- Quase completamente absorvido no TGI
(INTESTINO DELGADO)
- Por transporte PASSIVO
- Biodisponibilidade: 85% - 95%
Fatores que interferem na absorção
1) Formulação
Ex: digoxina
2) Solubilidade
Líquido (xarope) = mais rápida ação pq a molécula
é menor
Sólido (comprimido) = mais lenta ação
3) Esvaziamento gástrico
Medicamentos que aceleram o esvaziamento
gástrico = pico de concentração mais rápido.
Ex: metoclopramida (acelera o esvaziamento
gástrico) + paracetamol
Quanto maior for a superfície de contato das
substâncias reagentes, maior será a velocidade
com que se processará a reação.
4) Metabolismo de primeira passagem
Pode diminuir a eficácia do fármaco.
O efeito da primeira passagem ocorre somente
na via oral e um pouco na retal.
Ou seja, sublingual, inalação nasal, intravenosa,
por exemplo, não possuem efeito de primeira
passagem.
5) Velocidade para atingir circulação
IV > IM > Subcutânea > Oral
6) Velocidade para atingir o SNC
Inalação > Injeção > Ingestão
Por isso que cheirar cocaína causa
mais dependência = cérebro associa mais
rapidamente causa e efeito.
Fabiana Bilmayer - T2
● Distribuição
É a passagem da droga do sangue para o líquido
intersticial, intracelular e tecidos.
Fatores que interferem na distribuição
● Perfusão do órgão: fluxo de sangue
naquele órgão.
● Tamanho/volume/compartimento: órgãos
menores recebem mais rapidamente
(ex:pele demora muito mais tempo para ser
alcançada que o coração).
● Propriedades físico-químicas do
fármaco: os compartimentos mais
gordurosos acumulam moléculas mais
lipofílicas, os hidrofílicos mais moléculas
hidrofílicas.
● Permeabilidade capilar do órgão: no
glomérulo a permeabilidade é maior que na
barreira hematoencefálica (BHE).
● Ligação do fármaco à proteínas
plasmáticas
2 parâmetros fundamentais:
- Volume de distribuição
- Ligação às proteínas plasmáticas
Fatores que interferem na distribuição
1) Fluxo sanguíneo
2) Barreiras naturais (placentária e
hematoencefálica)
3) Sexo, obesidade, idade, ionização,
solubilidade, gestação
LIGAÇÃO À PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
X
FRAÇÃO LIVRE
Proteínas plasmáticas
Fração livre = é a responsável pelo efeito
farmacológico + efeito colateral.
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO
Medicamentos + lipossolúveis = ↑↑↑ volume de
distribuição
Medicamentos + hidrossolúveis = ↓↓↓ volume de
distribuição
--------------------------------------------------------------------
Características de fármacos que penetram mais
facilmente na BHE (barreira hematoencefálica)
● BAIXA IONIZAÇÃO EM pH PLASMÁTICO
→ mantém neutra para passagem.
● BAIXA LIGAÇÃO À PROTEÍNAS
PLASMÁTICAS → forma livre.
● ALTAMENTE LIPOFÍLICAS → passam
pelo membrana plasmática.
● BAIXO PESO MOLECULAR → moléculas
pequenas.
● SOFRE TRANSPORTE ATIVO (INFLUXO)
/ OU NÃO SOFRE EFLUXO → tem
transportador para ela.
Características de fármacos que penetram mais
facilmente a placenta
● ALTAMENTE LIPOFÍLICAS
● NÃO IONIZADAS
● PEQUENO TAMANHO
O roacutan (isotretinoína) é um fármaco utilizado
para tratar acne grave e que não deve ser utilizado
por mulheres grávidas → risco de defeitos
congênitos em 25% → problemas cardíacos,
orelhas pequenas, hidrocefalia.
● Metabolização / biotransformação
Conversão enzimática de uma entidade química
em outra.
É metabolizado principalmente no fígado.
A metabolização envolve 3 principais vias:
1) Conjugação com glucoronídeo
2) Conjugação com sulfato
3) Oxidação através da via enzimática do
sistema citocromo P450.
Fármacos = xenobióticosPROCESSOS METABÓLICOS
Fase I - Oxidação, redução, reações hidrolíticas.
Fase II - Conjugação
Fabiana Bilmayer - T2
● Eliminação
Pela urina principalmente!
METABOLISMO DOS FÁRMACOS
Ocorre predominantemente no FÍGADO e
INTESTINO.
Outros locais que podem acontecer mas em
menores quantidades:
- Cérebro
- Rins
- Pulmões
- Plasma
FASE I - Oxidação, redução e hidrólise
Citocromo P450 - CYP
- Localização: hepatócito.
FASE II - Conjugação
Ocorre adição de grupamentos para tornar o
fármaco mais hidrofílico.
Fatores que interferem na metabolização
- Genéticos
- Fluxo sanguíneo
- Hepatopatia
- Idade: idosos/lactantes/recém nascidos
(RN)
- Interação medicamentosa* (indução ou
inibição enzimática)
INIBIÇÃO OU INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
Fármaco A+B = efeito final de B modificado
● Excreção
Processo que favorece a remoção do fármaco
do organismo. É irreversível!
Principal via: RENAL.
Outras:
- Biliar
- Pulmão
- Leite (amamentação)
Fatores que interferem na excreção
● Características do fármaco
● Características do indivíduo
● Atividade do órgão excretor:
- Atividade enzimática
- Fluxo sanguíneo
- Transportadores
Processos de excreção renal
1. Filtração
2. Reabsorção
3. Secreção
4. Excreção
Parâmetros de excreção
● Depuração (Clearance)
Quantidade do fármaco que é excretado do
organismo EFICIÊNCIA de ELIMINAÇÃO
irreversível do fármaco do corpo.
Fatores individuais que influenciam o
CLEARANCE (Cl)
Patologias
- Problemas cardiovasculares, problemas
renais ou hepáticos
- Idade
Fabiana Bilmayer - T2
Crianças – atividade renal e hepática não estão
maduras.
Idosos – menor atividade renal e hepática.
- Interações medicamentosas
Alteração da atividade enzimática.
Competição por carreadores.
● Tempo de meia-vida
Tempo gasto para que a concentração do fármaco
presente no sangue seja reduzida a metade (50%).
T½
Independente da concentração da droga
Dependente de Cl e Vd
Fatores individuais que influenciam o T½
- Alterações renais: Fluxo renal diminuído,
problemas renais
- Alterações hepáticas: Mudanças de
metabolismo, problemas hepáticos
- Interações medicamentosas
- Idade
ESTADO DE EQUILÍBRIO
Reflete um valor constante obtido em relação a
taxa de administração e a depuração de um
fármaco após múltiplas doses.
● REVISÃO
Parâmetros de biodisponibilidade
FarmacoDinâmica
Descreve o efeito dos fármacos sobre o organismo.
Droga → Corpo
Receptores ou alvos farmacológicos
Macromolécula com o qual o fármaco interage
para produzir uma resposta celular.
● TIPOS DE RECEPTORES
1. Ionotrópicos (canais iônicos)
2. Metabotrópicos (acoplados a proteína G)
3. Ligados a quinases
4. Nucleares
A interação entre fármaco-receptor é semelhante
à chave-fechadura.
- Os fármacos podem se ligar a mais de um
tipo de receptor e os receptores podem se
ligar a mais de um tipo de fármaco.
INTERAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR
A fração de receptores ocupada pela droga
depende da concentração da droga e da constante
de equilíbrio.
- Concentração do fármaco no local de
ação
- Localização dos receptores
Características da interação fármaco-receptor
- Seletividade/especificidade
Fármacos possuem pontos de ligação específicos
no receptor.
Os fármacos compartilham características para
reconhecimento pelo receptor e ligação = efeito
A seletividade da ligação do fármaco a
determinados receptores estabelece os efeitos
indesejáveis (adversos) de um fármaco.
Quanto mais seletivo
Menos efeitos adversos!
- Afinidade
Atração mútua ou força de ligação entre um
fármaco e o seu objetivo, ou seja, um receptor.
- EFICÁCIA (objetivo)
Efeito biológico que um fármaco pode produzir.
● Agonista
● Antagonista
Fabiana Bilmayer - T2
Mecanismo de ação do fármaco
O fármaco se liga ao receptor, agindo de 2
maneiras possíveis:
1. Aumenta ↑ o efeito produzido pela
substância endógena.
2. Diminui ↓ o efeito produzido pela
substância endógena.
Classificação dos fármacos
● Agonista
Substância que imita (mimetiza) a
substância endógena.
Ex: pcte em parada e é administrado
NORADRENALINA.
● Antagonista
Não tem efeito sozinho!!!
Se liga ao receptor e faz com que a
substância endógena não tenha efeito.
Ex: pcte hipertenso e adm de antagonista de B1
(propranolol)
Fabiana Bilmayer - T2
Exemplo de antagonista competitivo: Flumazenil
em intoxicação por benzodiazepínicos.
Sinvastatina – HMG-CoA
Naloxona em intoxicação por opióides.
Exemplo de antagonista não competitivo:
AAS em COX (plaquetas) - É irreversível.
Antagonismo alostérico
NÃO compete pelo mesmo sítio de ligação (mesmo
receptor)
Quantificação do agonismo
● Potência
● Eficácia
EXEMPLO:
-------------------------------------------------------------------
O isoproterenol provoca uma contração
máxima do músculo cardíaco de modo similar à
epinefrina.
Qual o melhor termo para descrevê-lo?
- AGONISTA TOTAL.
-------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------
10 mg de naproxeno produz a mesma resposta
analgésica que 100 mg de ibuprofeno.
Qual o melhor termo para descrevê-lo?
- O naproxeno é mais potente que o
ibuprofeno.
---------------------------------------------------------------
Onde os fármacos atuam?
- Nos receptores.
Ação do fármaco
Relembrando!
● TIPOS DE RECEPTORES
1. Ionotrópicos (canais iônicos)
2. Metabotrópicos (acoplados a proteína G)
3. Receptor transmembrana
4. Receptor intracelular
Fabiana Bilmayer - T2
Canais iônicos
Importantes para:
- Neurotransmissão
- Função cardíaca
Ex: LIDOCAÍNA (anestésico local)
Mecanismo de ação: bloqueio dos canais de sódio
(Na +).
Receptores acoplados à membrana G.
Ex: Adrenalina e noradrenalina.
Receptores transmembrana
Com domínios citosólicos enzimáticos.
Ex: Insulina.
Receptores intracelulares
Ex: Glicocorticóide.
Enzimas extracelulares
● Captopril: inibe a ECA.
Enzima conversora de angiotensina. Impedindo a
transformação da angiotensina I em
angiotensina II
=
bloqueando a elevação da pressão arterial.
Fármacos que não se enquadram no modelo de
fármaco-receptor.
Ex: Antiácido.
Mecanismo de regulação dos receptores
TAQUIFILAXIA
A administração repetida da mesma dose de um
fármaco resulta na redução do efeito deste fármaco
com o decorrer do tempo.
DESSENSIBILIZAÇÃO
Diminuição da capacidade de um receptor
responder ao estímulo por um fármaco ou ligante.
HOMÓLOGO
Diminuição da resposta a um único tipo de
receptor.
HETERÓLOGA
Diminuição da resposta a dois ou mais tipos de
receptores.
INATIVAÇÃO
Perda da capacidade de um receptor responder à
estímulo por um fármaco ou ligante.
REFRATARIEDADE
Após a estimulação de um receptor, é necessário
um certo período de tempo para que a próxima
interação fármaco-receptor possa produzir um
efeito.
Mecanismos relacionados aos eventos que
reduzem a resposta da interação fármaco
receptor:
● Alteração de receptores
● Perda de receptores
● Depleção de mediadores
● Adaptação fisiológica
VARIABILIDADE FARMACODINÂMICA:
FARMACODINÂMICAS INDIVIDUAL E
POPULACIONAL
TIPOS DE RESPOSTAS:
- Efetividade (efeito terapêutico)
- Reações adversas
- Toxicidade (efeito tóxico)
- Letalidade (efeito letal)
EFEITO TERAPÊUTICO (desejado)
Efeito que modifica o organismo de forma a aliviar
os sintomas causados pela doença ou mal-estar do
paciente
É o objetivo de administrar um fármaco.
ADVERSA AO MEDICAMENTO (RAM):
Efeito indesejado, diferente daquele
considerado principal de um fármaco.
“É qualquer resposta a um medicamento que seja
prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses
normalmente utilizadas em seres humanos para
profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças”.
(OMS, 1996)
Ex: diclofenaco = dor de estômago.
EFEITO TÓXICO
Efeitos relacionados à dose maior que a
necessária para desencadear efeito.
Índice terapêutico
A janela terapêutica pode ser quantificada pelo
índice terapêutico (IT).
Fabiana Bilmayer - T2
Definição de janela terapêutica
Refere-se à faixa de concentração no estado de
equilíbrio do fármaco que produz eficácia
terapêutica com efeitos tóxicos mínimos.
- DL50: dose letal mediana
- ED50: dose do fármaconecessária para
produzir determinado efeito em 50% da
população
São consideradas substâncias de baixo índice
terapêutico:
Ácido valpróico; aminofilina; carbamazepina;
ciclosporina; clindamicina; clonidina; clozapina;
colchicina; digitoxina; digoxina; disopiramida;
fenitoína; lítio; minoxidil; oxcarbazepina; prazosina;
primidona; procainamida; quinidina; teofilina;
varfarina; verapamil (Cloridrato).
----------------------------------------------------------------
Farmacologia - Sistema Nervoso Autônomo
● SIMPÁTICO - estado de luta e fuga
- Toracolombar
● PARASSIMPÁTICO - digestão e repouso
- Craniossacral
Origem das fibras nervosas
Tamanho das fibras/Mediadores químicos
● Simpático
Pré-ganglionar = curta
Pós ganglionar = longa
No gânglio:
Acetilcolina e receptor nicotínico
Neurotransmissor: NORADRENALINA
(adrenérgico)
No órgão efetor:
Receptor adrenérgico (alfa 1,2 e beta 1, 2 e 3)
----------------------------------------------------------------
● Parassimpático
Pré-ganglionar = longa
Pós ganglionar = curta
No gânglio:
Acetilcolina e receptor nicotínico
Neurotransmissor: ACETILCOLINA
(colinérgico)
No órgão efetor:
Receptor muscarínico
--------------------------------------------------------------
SIMPÁTICO
● α1 e α2
● β1, β2 e β3
ADRENALINA/EPINEFRINA (ADR)
Fabiana Bilmayer - T2
NORADRENALINA/NOREPINEFRINA (NOR)
DOPAMINA (DA)
Noradrenalina – neurônios pós-ganglionares
simpáticos
Adrenalina - sintetizada na adrenal - liberada na
corrente sanguínea
Dilata a pupila
Inibe a salivação
Relaxa os brônquios
Acelera os batimentos cardíacos
Inibe a atividade do estômago e pâncreas
Estimula liberação de glicose pelo fígado
Estimula produção de adrenalina e
noradrenalina
Relaxa a bexiga
Promove a ejaculação
TABELA IMPORTANTE*
EFEITOS DA NORADRENALINA NO SISTEMA
NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO
● CORAÇÃO
● SISTEMA CARDIOVASCULAR
● BRÔNQUIOS
● RIM
● SISTEMA GASTROINTESTINAL
Fabiana Bilmayer - T2
● TRATO URINÁRIO - BEXIGA
AGONISTAS ADRENÉRGICOS
FÁRMACOS SIMPATICOMIMÉTICOS
(medicações)
AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO
DIRETA: NÃO SELETIVOS
● Agonistas de receptores α e
ADRENALINA
Ações
- Estimulação miocárdica direta
- Aumento da Frequência Cardíaca
- Força de Contração (inotropismo +)
- Frequência Cardíaca (cronotropismo +)
- Débito cardíaco aumentado
- Vasoconstrição em diversos leitos
vasculares
Ações
- Ação na musculatura brônquica
- Broncodilatação
EFEITOS VASCULARES
- Vasoconstrição sistêmica
- Vasoconstrição local
USO: ASSOCIADO A ANESTÉSICOS LOCAIS
- Hemostático tópico
EFEITOS NO METABOLISMO
- Liberação de glicose
EFEITOS ADVERSOS
- Ansiedade, agitação, cefaleia pulsátil
- Taquicardia
- Tremor
- Hiperglicemia
- Palidez
- Graves: hemorragia cerebral e arritmias
cardíacas
FARMACOCINÉTICA
Vias de administração
- IM (coxa anterior)
- EMERGÊNCIA – EV (diluir e adm
lentamente)
- SC (0,3 a 0,5 mg), endotraqueal por
inalação
- Adm. oral não efetiva (enzimas intestino e
fígado)
Metabolização
- Rápida pela MAO e COMT
Excreção
- Metabólitos excretados pela urina
Fabiana Bilmayer - T2
NORADRENALINA
Ações
EFEITOS ADVERSOS
- Menos pronunciados e menos frequentes
- Potente vasoconstritor e pode causar
palidez e descamação na pele ao longo da
veia injetada.
- Extravasamento pode causar necrose
- Não administrar em veias periféricas
FARMACOCINÉTICA
Vias de administração
- EV→ acesso central (vasoconstrição)
- SC: pouco absorvida
- Oral: ineficaz (enzimas intestinais e
hepáticas)
Metabolização
- Rápida pela MAO e COMT
Excreção
- Metabólitos excretados pela urina
DOPAMINA
USOS TERAPÊUTICOS
- Insuficiência cardíaca grave (pctes com
oligúria)
- Choque cardiogênico e séptico
FARMACOCINÉTICA
Vias de administração
- EV – veia de grande calibre – bomba de
infusão
Metabolização
- Rapidamente metabolizada pela MAO ou
COMT
AGONISTA ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA
AGONISTAS DE RECEPTORES ΒETA
Fabiana Bilmayer - T2
Ações:
Broncodilatação
↓ Histamina
↓ Leucotrienos (mastócitos)
↑ Função mucociliar
FARMACOCINÉTICA
Vias de administração
INALAÇÃO
- Efeitos iniciam em minutos (resposta
rápida)
- Maior seletividade no tecido pulmonar
- Menor tendência a regulação negativa dos -
receptores (cardíacos)
ORAL
- Efeitos demoram mais para iniciar
UTILIZAÇÃO UTERINA CLÍNICA
AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO
DIRETA AGONISTAS DE RECEPTORES ALFA
Fabiana Bilmayer - T2
AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO
INDIRETA
TIRAMINA
grego tyros = queijo ("amina do queijo“)
Não é um fármaco usado clinicamente
Está presente em alimentos: queijos, cerveja,
vinhos tintos, uva, banana e chocolate.
ANFETAMINAS
- Anfepramona (Inibex , Dualid)
- Fenproporex (Desobesi)
- Metlifenidato (Ritalina)
- Metilenodióximetanfetamina (MDMA,
“Êxtase”)
- Dextroanfetamina
- Metanfetamina
Fabiana Bilmayer - T2
EFEITOS ADVERSOS
--------------------------------------------------------------------
ANTAGONISTAS ADRENÉRGICO =
SIMPATICOLÍTICOS
--------------------------------------------------------------------
FARMACOLOGIA DO SNA PARASSIMPÁTICO =
COLINÉRGICO
● Parassimpático - Repouso e digestão
Contrai a pupila
Estimula a salivação
Reduz os batimentos cardíacos
Contrai os brônquios
Estimula a atividade do estômago e do pâncreas
Estimula a vesícula biliar
Contrai a bexiga
Relembrando!
● Parassimpático
Pré-ganglionar = longa
Pós ganglionar = curta
No gânglio:
Acetilcolina e receptor nicotínico
Neurotransmissor: ACETILCOLINA
(colinérgico)
No órgão efetor:
Receptor muscarínico
RECEPTORES COLINÉRGICOS
- MUSCARINA
‘Amanita muscaria’
Estimulação parassimpática
- NICOTINA
Gânglios autonômicos
Musculatura voluntária
Secreção de ADR (supra renal)
‘Nicotiana tabacum’
Fabiana Bilmayer - T2
FÁRMACOS COLINOMIMÉTICOS
São classificados em:
- Diretos
- Indiretos
-------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------
PILOCARPINA
ACETILCOLINA (SINTÉTICA)
• Uso restrito: rapidamente hidrolizado pela AchE
(5 a 30s)
METACOLINA
• TESTE DO DESAFIO COM METACOLINA
Diagnóstico: hiperreatividade brônquica (asma)
Pacientes com asma: ↑↑ broncoconstrição
CARBACOL
Duração da ação: 30m a 2h
Adm tópica: colírios (↓ absorvido pelo TGI)
Indicação: Reduz pressão interna dos olhos em
cirurgias oftálmicas.
(↓ pressão intraocular = miose)
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Se o oftalmologista desejar DILATAR a pupila
para exame de fundo de olho, qual a classe de
fármaco pode ser útil?
- Antagonista muscarínico.
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Fabiana Bilmayer - T2
BETANECOL
Adm: VO e SC
Resistente à AchE = permite distribuição pelo
organismo
Duração da ação: 30m a 2h
Indicação:
● Distensões abdominais pós-operatória,
atonias e gastroparesia.
● Megacólon congênito.
● Retenção urinária: bexiga hipotônica
(pós-cirúrgico e pós-parto).
Obs.: não relacionadas a obstrução
EFEITOS ADVERSOS
Betanecol, Carbacol e Metacolina
Relacionados com via de adm sistêmica:
- Aumento da secreção glandular: salivação,
sudorese
- Vasodilatação cutânea
- Náuseas, vômitos e diarreia
- Cólicas do TGI
- Broncoconstrição
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Essas medicações vão inibir indiretamente a
ação da enzima acetilcolinesterase fazendo
com que a acetilcolina fique mais disponível na
fenda sináptica.
Agentes ANTI-ChE
INSETICIDAS ORGANOFOSFORADOS
• Tabun, Sarin, Soman
• DFP (Diisopropil fosfofluoridato)
• Paration
• Malation
***********Antídoto: PRALIDOXIMA***********
Mecanismo de ação da pralidoxima
- Com reativação da acetilcolinesterase
PRALIDOXIMA
• Regenera AchE a partir do complexo
organofosforado-AchE
Se o complexo não tiver “envelhecido”
• Não reverte efeitos no SNC
Fabiana Bilmayer - T2
Agentes ANTI-ChE
ATROPINA
• Atropa belladona (midriático)
• Referência de comparação para antagonistas
muscarínicos
EFEITOS ADVERSOS DA ATROPINA
• Xerostomia
• Visão turva, sensação de “areia nos olhos”
• Taquicardia
• Constipação
• Retenção urinária• SNC: intranquilidade, confusão, alucinações e
delírio, podendo evoluir para depressão, colapso
dos sistemas circulatório e respiratório e morte.
ESCOPOLAMINA
• Droga da bruxa – efeitos no SNC (alucinação)
• Adição de estruturas químicas – somente
efeitos periféricos
Tropicamida e Ciclopentolato
Ipratrópio e Tiotrópio
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Atropa belladonna é uma planta que contém
atropina (um antagonista muscarínico).
Qual fármaco pode ser útil no tratamento do
envenenamento com belladonna?
- Fisostigmina
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Fabiana Bilmayer - T2
CONTRAINDICAÇÕES ANTIMUSCARÍNICOS
- Glaucoma
- Hipertrofia prostática
- Idosos
- Crianças
SÍNDROME ANTICOLINÉRGICA
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BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES (BNM)
Sistema nervoso somático
● TOXINA BOTULÍNICA
- Inibe a liberação de Ach na fenda
- Paralisia do músculo esquelético
Uso: estética e hiperidrose
AGONISTAS NICOTÍNICOS
BNM DESPOLARIZANTE:
• Suxametônio (Succinilcolina)
Efeito é dividido em 2 fases.
USOS CLÍNICOS DOS BNM
● Relaxamento cirúrgico
Cirurgia intracavitária - intra-abdominais e
intratorácicos.
● Intubação traqueal
Relaxamento dos músculos da faringe e da laringe
● Tratamento das convulsões
Atenuar as manifestações periféricas (motoras) das
convulsões associadas ao estado de mal epiléptico
● Controle da ventilação
Menor utilização de O2 e melhora a sincronia da
ventilação mecânica.
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ANTIDEPRESSIVOS
- Representa transtorno de humor que
interfere profundamente no
comportamento e pensamento do
indivíduo.
- Pesar, tristeza, decepção, abatimento
moral
Fabiana Bilmayer - T2
Fatores de risco para depressão
- Histórico prévio de depressão
- Histórico familiar
- Sexo feminino
- Idade: < 40 anos
- Puerpério
- Doenças clínicas crônicas
- Eventos estressantes
- Ausência de suporte social
- Abuso ativo de álcool ou drogas
NEUROTRANSMISSORES ENVOLVIDOS NA
REGULAÇÃO E NOS TRANSTORNOS DE
HUMOR
FUNÇÕES DA NORADRENALINA
Regulação da:
- Atenção
- Vigília
- Processos sensoriais
- Humor
- Pressão arterial
- Função sexual
Relacionada com medo, ansiedade e
agressividade
FUNÇÕES DA SEROTONINA (5-HT)
Regulação da:
- Atenção
- Sono (REM)
- Ingestão de alimentos (fome/saciedade)
- Humor
- Temperatura corporal
- Pressão arterial
- Função sexual
A serotonina é produzida a partir do
aminoácido triptofano.
FISIOPATOLOGIA DA DEPRESSÃO
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA
DEPRESSÃO
● Inibidores de MAO
1950
- Iproniazida*
- Fenelzina
- Selegilina
- Tranilcipromina
● Antidepressivos Tricíclico
1958
- Imipramina
- Amitriptilina
- Amoxapina
- Clomipramina
- Desipramina
- Nortriptilina
- Trimipramina
● Inibidores Seletivos de Recaptação de
5HT (ISRS)
1998
- Fluoxetina
- Citalopram
- Escitalopram
- Fluoxetina
- Paroxetina
- Sertralina
● Inibidores da recaptação de NOR e 5HT
- Desvenlafaxina
- Duloxetina
- Venlafaxina
- Levo Milnaciprana
● Antidepressivos atípicos
- Bupropiona
- Mirtazapina
- Trazodona
- Vilazodona
- Vortioxetina
IMAO - INDICAÇÃO
Fabiana Bilmayer - T2
IMAO – EFEITOS ADVERSOS
• Hipotensão postural
• Ganho de peso - excessivo
• Efeitos anticolinérgicos < ADTs
(boca seca, visão turva, disfunção sexual)
• Toxicidade hepática (fenelzina e iproniazida -
raras)
• Excessiva estimulação central pode produzir:
tremores, excitação, insônia.
IMAO - INTERAÇÕES
● REAÇÃO QUEIJO E VINHO:
Alimentos contendo tiramina (~tirosina)
Tiramina: é normalmente metabolizada pela MAO
no fígado e na parede do intestino
Resultado: hipertensão aguda, levando a uma
cefaléia latejante grave, podendo chegar a
hemorragia intracraniana potencialmente fatal
- Aminas simpaticomiméticas de ação
indireta (efedrina e anfetamina) também
podem causar a mesma reação.
● MEDICAMENTOSAS
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (ADT)
Sinais e sintomas relacionados à
superdosagem
Sintomas:
- Depressão do SNC e efeitos
cardiovasculares.
- Morte insuficiência cardíaca, respiratória e
circulatória
Início dos sintomas: 1 a 4h após ingestão do
ADT.
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE
SEROTONINA (ISRS)
Vantagens
- Menos efeitos colaterais
- Menor de efeito nos receptores
colinérgicos, histaminérgicos e -
adrenérgico
- Baixa toxicidade aguda - mais seguros em
superdosagem
- Não apresentam reações com alimentos
como IMAOs
EFEITOS ADVERSOS
- Cefaleia
- Sudorese
- Ansiedade e agitação
- Efeitos gastrintestinais (náuseas, êmese e
diarréia)
- Fraqueza e cansaço
- Disfunções sexuais (perda de libido,
ejaculação retardada e anorgasmia)
Fabiana Bilmayer - T2
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
• ADTs
• Antipsicóticos
• Alguns antiarrítmicos
• β-antagonistas adrenérgicos
Fluoxetina e Paroxetina (são inibidores da
isoenzima CYP450 - CYP2D6)
Inibidores de recaptação de 5-HT e NOR (IRSN)
“ADT de 2a geração”
VENLAFAXINA E DULOXETINA
Efeitos adversos: semelhantes aos ISRS
EFEITOS ADVERSOS
- Náuseas
- Cefaleia
- Insônia
- Constipação
- Disfunções sexuais
ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS
Bupropiona
Sintomas:
- Agitação psicomotora
- Náuseas
- Vômitos
- Convulsões.
Retirada abrupta ou a redução acentuada da
dose do antidepressivo tomado de forma
contínua por pelo um mês.
Fabiana Bilmayer - T2
ANSIOLÍTICOS, HIPNÓTICOS E SEDATIVOS
● Ansiedade
Fisiologia da ansiedade
- Atitude biológica necessária para a
adaptação do organismo a uma nova
situação.
- Mecanismo indispensável para a
manutenção da adaptação à vida,
indispensável à sobrevivência.
Patologia da ansiedade
Interferência com a atividade normal, com
frequentes interrupções nas tarefas e precipitações
nas atitudes.
QUANDO A ANSIEDADE SE TORNA UM
TRANSTORNO?
● Contínuo - apreensão até ataques de
pânico
● Impedimento do comportamento
● Grau de sofrimento
● Frequência
● Intensidade
Sintomas físicos da ansiedade grave
● Taquicardia
● Sudoração
● Tremores
● Palpitações
Classificação dos transtornos de ansiedade
1. TRANSTORNO DA ANSIEDADE
GENERALIZADA (TAG)
Estado contínuo de excessiva ansiedade sem
nenhuma razão ou foco claros.
2. TRANSTORNO DO PÂNICO
3. TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO
(TOC)
4. TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS
TRAUMÁTICO
5. FOBIAS
FISIOPATOLOGIA DA ANSIEDADE
ESTRATÉGIAS FARMACOLÓGICAS
- ANSIOLÍTICOS
- HIPNÓTICOS
- SEDATIVOS
Fabiana Bilmayer - T2
FÁRMACOS PARA TRATAMENTO DE
TRANSTORNOS DA ANSIEDADE
BARBITÚRICOS
- AMOBARBITAL
- PENTOBARBITAL
- SECOBARBITAL
- TIOPENTAL
- FENOBARBITAL*
MECANISMO DE AÇÃO
USOS TERAPÊUTICOS DOS BARBITÚRICOS
FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA
EFEITOS ADVERSOS
- Efeito de ressaca
- Sedação profunda (exceto fenobarbital)
- Privação de sono REM
- Depressão respiratória
- Tolerância e Dependência – com síndrome
de abstinência severa – tremores,
ansiedade, fraqueza, intranquilidade,
náuseas e êmese, convulsões, delírio e
parada cardíaca
- Intoxicação aguda
BENZODIAZEPÍNICOS
MECANISMO DE AÇÃO
Fabiana Bilmayer - T2
USOS TERAPÊUTICOS
VANTAGENS
● Mais seguros que barbitúricos*
● Efeito ansiolítico observado rapidamente
● Pode ser associado a Antidepressivo
EFEITOS ADVERSOS
- Efeito ressaca (BZD ação prolongada)
- Tolerância
- Dependência
- Amnésia anterógrada
- Prejuízos Psicomotores
- Descontinuidade: síndrome de retirada
do medicamento – deve ser retirado
gradualmente
- ↓ eficácia em sintomas de depressão
- Interação medicamentosa: outros
depressores SNC
INTOXICAÇÃO POR BENZODIAZEPÍNICOS
- Sonolento: responde a perguntas.
- Semicomatoso: responde a estímulos.
- Comatoso: depressão respiratória com
cianose e deficiência circulatória.
- Choque: hipotensão severa, falência renal,
óbito.
ANTÍDOTO
Benzodiazepínicos X Barbitúricos
BUSPIRONA
Fabiana Bilmayer - T2
INDICAÇÃO
● Desordem de ansiedade generalizada.
A eficácia ansiolítica é escassa e lenta
(2 semanas após início de tratamento).
EFEITOS
EFEITOS ADVERSOS
- Taquicardia
- Palpitações
- Nervosismo
- Desconforto gastrointestinal
- Parestesia
HIPNÓTICOS
● SONO
Estado de inconsciência, emque o indivíduo pode
ser despertado.
- Privação ou prejuízo na qualidade ou
quantidade de sono → PROBLEMAS
Problemas interferem no sistema imunológico,
funcionamento do SNC, aprendizado e crescimento
celular.
TEMPO MÉDIO DE SONO
● Bebês - 16/18h por dia
● Crianças - 10h por noite
● Adultos - 7/8h por noite
● Idosos - 5/7h por noite
INSÔNIA
Pode ocorrer em diferentes fases:
- Início
- Despertar (terminal)
- Interrupções
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA INSÔNIA
RAMELTEONA
Fabiana Bilmayer - T2
ANTIEPILÉPTICOS
Convulsão X Epilepsia
Convulsão
1. Crise durante a vida ou uma série de crises
num certo espaço de tempo que não se
repetiu mais.
2. Crises na vigência de processos
patológicos em atividade (meningite,
distúrbios metabólicos, fenômenos
hipóxicos) e que desaparecem após a
eliminação dos mesmos.
3. Crises ocasionais em função de certas
situações específicas (hipoglicemia,
convulsões febris).
Epilepsia
Transtorno neurológico crônico caracterizado por
crises súbitas e espontâneas associadas à
descarga anormal, excessiva e transitória de
células nervosas.
O sítio de descarga e sua extensão são fatores
determinantes da sintomatologia clínica.
Varia desde a perda da consciência por poucos
segundos até crises generalizadas prolongadas.
TIPOS DE CRISES EPILÉPTICAS
CRISE PARCIAL
CLASSIFICAÇÃO
1. Crise parcial simples
Sem prejuízo da consciência.
2. Crise parcial complexa
Com prejuízo da consciência.
CRISE GENERALIZADA
1. Tônico-clônica (CTCG) (grande mal)
Perda da consciência, seguida das fases tônica
(de contração contínua) e clônica (de contração e
relaxamento rápidos).
2. Ausência (pequeno mal)
Perda breve, abrupta e autolimitante da
consciência (3 a 5 seg).
3. Clônicas e Mioclônicas
Episódios curtos de contração muscular que
podem recorrer por vários minutos.
4. Tônicas
Aumento do tônus nos músculos extensores,
<60 seg).
5. Atônicas:
Ataques de queda, essas crises se caracterizam
pela perda súbita de tônus muscular.
6. Espasmos infantis
FASE TÔNICA X FASE CLÔNICA
TERAPIA FARMACOLÓGICA NA EPILEPSIA
Objetivos
● Controle das crise
● Garantir adesão ao tratamento
● Qualidade de vida
● Preferencialmente: MONOTERAPIA
Bloqueadores de canais de Na+
- Fenitoína
- Carbamazepina
- Lacosamida
- Lamotrigina*
Fabiana Bilmayer - T2
Fenitoína
Anticonvulsivante não sedativo mais antigo - 1938.
INDICAÇÕES
CTCG, crises parciais.
Variabilidade farmacocinética
A análise da concentração plasmática pode ser
necessária.
EFEITOS ADVERSOS
- Hiperplasia gengival
- Hirsutismo
- Traços faciais grosseiros
- Diplopia e ataxia – diminuir dose
- Osteomalácia (vit D)
- Teratogênese
- Sedação
Carbamazepina
Indutor enzimático.
INDICAÇÕES
CTCG e crises parciais.
EFEITOS ADVERSOS
- Diplopia
- Ataxia
- Hiponatremia
- Teratogênese
- Anemia aplásica e agranulocitose (casos
fatais)
INTOXICAÇÃO AGUDA
- Coma
- Irritabilidade exacerbada
- Convulsões
- Depressão respiratória
LACOSAMIDA
INDICAÇÃO
Adjuvante no tratamento de crises parciais com ou
sem generalização secundária > 16 anos.
EFEITOS ADVERSOS
- Tontura
- Cefaleia
- Náuseas
- Diplopia
Teratogenicidade - Não há estudos adequados em
mulheres
Bloqueadores de canais de Ca+2
- Etossuximida
- Gabapentina
- Pregabalina
- Lamotrigina*
CRISES DE AUSÊNCIA
Fabiana Bilmayer - T2
Etossuximida
INDICAÇÃO
Específico para Crises de Ausência.
EFEITOS ADVERSOS
- Distúrbios do TGI (dor, náuseas e vômito)
- Sedação
- Erupções cutâneas
Gabapentina e Pregabalina
INDICAÇÕES
● Gabapentina
CTCG, crises parciais, crises generalizadas.
● Pregabalina
Crises parciais.
EFEITOS ADVERSOS
- Sonolência
- Tontura
- Ataxia
Lamotrigina
INDICAÇÕES
CTCG, crises generalizadas, crises parciais, crises
de ausência.
MECANISMO DE AÇÃO:
- Inativação de canais de Na+
- Bloqueio de canais de Ca+2
EFEITOS ADVERSOS
- Tontura
- Cefaleia
- Diplopia
- Náuseas
- Sonolência – exantema cutâneo (reduzido
com a introdução lenta do fármaco)
Fármaco que altera SV2A
- Levetiracetam
Interações medicamentosas mínimas
INDICAÇÕES
- Crises parciais com ou sem generalização
>16 anos.
- Adjuvante em crises parciais (> 6 anos),
CTCG (>6 anos), crises mioclônicas (>12
anos)
EFEITOS ADVERSOS
- Nervosismo
- Tontura
- Depressão
- Convulsões
Fabiana Bilmayer - T2
Bloqueadores de receptores de glutamato
TOPIRAMATO
INDICAÇÕES
CTCG, crises parciais, crises generalizadas, crises
de ausência, enxaqueca.
Mecanismo de ação
EFEITOS ADVERSOS
- Tontura, parestesias, nervosismo, distúrbios
cognitivos.
- Miopia aguda e glaucoma (necessária
interrupção).
- Teratogênico em modelos animais.
Fármacos que aumentam GABA
- Fenobarbital
- Benzodiazepínicos
- Vigabatrina
- Tiagabina
- Ácido Valpróico e Valproato*
Fenobarbital (Barbitúrico)
INDICAÇÕES
CTCG, crises parciais, crises mioclônicas, crises
generalizadas, convulsões neonatais, estado de
mal epiléptico.
EFEITOS ADVERSOS
- Sedação*
- Irritabilidade e hiperatividade em
crianças agitação
- Confusão em idosos
Benzodiazepínicos
INDICAÇÕES
Diazepam e lorazepam
Estado de mal epiléptico, crises em salvas.
Clonazepam
Crises de ausência, crises mioclônicas, espasmos
infantis.
Tiagabina
Vigabatrina
INDICAÇÃO
Coadjuvante em crises parciais complexas
refratárias.
Fabiana Bilmayer - T2
EFEITOS ADVERSOS
- Sonolência
- Tontura
- Psicose
- Perda dos campos visuais
Ácido Valpróico e Valproato
INDICAÇÕES
CTCG, crises parciais, crises generalizadas, crises
de ausência, crises mioclônicas.
EFEITOS ADVERSOS
- Náuseas, Vômito, dor abdominal – dose
- Ganho de peso
- Queda de cabelos
- Tremores
- Teratogênese
- Hepatotoxicidade.
Lamotrigina e Levetiracetam têm demonstrado
menor risco de teratogenicidade.

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