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Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki LUCRO PRESUMIDO CAPÍTULO I Introdução à Pessoas Jurídicas 1- Regimes de tributação das pessoas jurídicas....................................................... 1 2- Simples nacional x antigos regimes de tributação................................................ 1 3- Antigos regimes de tributação............................................................................... 1 4- Quanto a escrituração........................................................................................... 2 5- Tributação, segundo a Constituição Federal......................................................... 2 6- Disposições finais.................................................................................................. 2 7- Exemplos............................................................................................................... 3 CAPÍTULO II Regime do Lucro Presumido 1- Introdução.............................................................................................................. 4 2- Definição de receita bruta total.............................................................................. 4 3- Apuração trimestral............................................................................................... 4 4- Percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta........................................... 5 5- Determinação do lucro presumido e do imposto de renda presumido.................. 5 6- Determinação da base de cálculo da contribuição social sobre lucro presumida. 6 7- Empresas que podem optar pelo lucro presumido................................................ 6 8- Empresas impedidas de optar............................................................................... 6 9- Momento da opção................................................................................................ 7 10- Regime de reconhecimento das receitas............................................................. 7 11- Deduções da receita bruta permitida................................................................... 7 12- Quanto à escrituração.......................................................................................... 7 13- Declaração – ECF............................................................................................... 7 14- Distribuição de lucros presumidos ou dividendos – de 2008 a 2013................... 8 15- Distribuição de lucros ou dividendos – a partir de 2014...................................... 8 Exercício para fixação nº 1 (lucro presumido)........................................................... 9 Exercício para fixação nº 2 (lucro presumido)........................................................... 11 Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki CAPÍTULO III Sistema do PIS/PASEP 1- Introdução ao sistema do PIS/PASEP.................................................................. 14 2- PIS/PASEP e COFINS.......................................................................................... 16 Exercício para fixação nº 1 (PIS e COFINS cumulativos).......................................... 25 Exercício para fixação nº 2 (PIS e COFINS cumulativos).......................................... 27 Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 1 CAPÍTULO I INTRODUÇÃO À TRIBUTAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS 1 - REGIMES DE TRIBUTAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS Universo de Empresas . Simples Nacional ME RB ≤ R$ 360.000,00 a.a. EPP RB ≤ R$ 3.600.000,00 a.a. . Antigos Regimes de Tributação LP RT ≤ R$ 78.000.000,00 a.a. LR RT > R$ 78.000.000,00 a.a. LA A empresa que descumprir as obrigações principal e/ou acessória está sujeita ao arbitramento tributário. Onde: . ME = Microempresa . EPP = Empresa de pequeno porte . LP = Lucro Presumido . LR = Lucro Real . LA = Lucro Arbitrado . RB = Receitas Bruta (Receitas da Atividade Fim) . RT = Receitas Total 2 - SIMPLES NACIONAL X ANTIGOS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO 2.1 - SIMPLES NACIONAL A empresa optante do simples nacional deve pagar, mensalmente, os tributos na forma unificada. . Imposto Unificado = Receita Bruta x Alíquota * Estão inclusos no Imposto Unificado: IRPJ, CSL, PIS, Confins, INSS Patronal, IPI, ICMS e ISS. 2.2 - ANTIGOS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO A empresa enquadrada no regime do LP, LR ou LA deve pagar tributos federais na forma individualizada, ou seja, a empresa deve aplicar a Lei específica de cada tributo e recolhê- lo. 1 - Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) 2 - Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) 3 - PIS s/ Faturamento 4 - Confins 5 - INSS Patronal 6 - IPI 7 - ICMS 8 - ISS Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 2 3 - TRIBUTAÇÃO, SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL Conforme a CF/88 e código tributário nacional, o tributo deve ser cobrado na forma progressiva. 4 - QUANTO A ESCRITURAÇÃO A Legislação Tributária exige as seguintes escriturações: a) Simples e Lucro Presumido: Financeira no Livro Caixa (incluso movimentação bancária) Escrituração ou Contábil nos Diário e Razão b) Lucro Real Contábil Diário e Razão Escriturações e Fiscal Livro LALUR (livro de apuração do lucro real) 5 - DISPOSIÇÕES FINAIS Quanto à Escrituração Contábil no Diário: a) Novo Código Civil Conforme o Art. 1.179 e 1.180, o empresário e a sociedade empresária são obrigadas a seguir um sistema de contabilidade no Diário. Exceção: O art. 1.179, § 2º, dispensa da escrituração contábil, no Diário, o pequeno empresário a que se refere o art. 970. NOTA: a LC 123/2006, assim definiu o beneficiário das prerrogativas dos dispositivos citados no vigente Código Civil: Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 da LO 10.406/2002, o empresário individual inscrito no Simples Nacional, a título de Microempreendedor Individual (MEI) na forma desta Lei Complementar e, posteriormente da LC 128/2008, que aufira receita bruta anual de até R$ 60.000,00. b) Legislação Tributária São obrigadas a seguir um sistema de contabilidade, no Diário e no Razão, para prestar contas junto ao fisco, a empresa tributada com base no regime do Lucro Real. Já as demais, tributadas pelo Simples Nacional e Lucro Presumido, somente estão obrigadas caso não escriture o Livro Caixa. LR LP EPP Simples ME Lucro PresumidoProf. Loberto Sasaki 3 6 - EXEMPLOS 6.1 - SIMPLES NACIONAL A apuração é mensal. Jan IU Cálculo Imposto Único = Receita bruta x Alíquota 6.2 - LUCRO PRESUMIDO A apuração é trimestral. Cálculo (+) Receita bruta x Margem de Lucro Presumido (estabelecida por lei) (+) Outras Receitas (=) Lucro Presumido (x) Alíquota: 15% + *10% (=) Imposto de Renda *NOTA: é a alíquota adicional que incide sobre a parcela o Lucro Presumido que exceder a R$ 60.000,00 no trimestre. 6.3 - LUCRO REAL A apuração é, opcionalmente, trimestral ou anual, com antecipação mensal. Segue, abaixo, um exemplo de tributação pelo regime do Lucro Real trimestral. Mínimo: R$ 1.000 Cálculo 1º) Proceder escrituração mercantil, nos Livros Diário e Razão, devendo elaborar a Demonstração de Resultado Trimestral (DRT). D.R.T (+) Receitas Tributáveis.......................................................... 10.000 (+) Receitas Isentas................................................................. 5.000 () Despesas Dedutíveis......................................................... 8.000 () Despesas Indedutíveis....................................................... 10.000 (=) Prejuízo antes do Imposto de Renda (PAIR).................... 3.000 () Imposto de Renda............................................................. 300 (=) Prejuízo Líquido do Trimestre.......................................... 3.300 2º) Fazer a escrituração fiscal no Livro LALUR (Livro de apuração do Lucro Real), devendo proceder os ajustes ao resultado contábil e apurar o Imposto de Renda devido. Cálculo do Imposto de Renda PAIR................................................................................ (3.000) (+) Despesas indedutíveis....................................................... 10.000 (–) Receitas Isentas................................................................. 5.000 (=) Lucro Real........................................................................ 2.000 (x) Aliquota: 15% + *10%...................................................... 15% (=) Imposto de Renda............................................................. 300 NOTA: é a alíquota adicional que incide sobre a parcela o Lucro Real que exceder a R$ 60.000,00 no trimestre. 31/1 20/2 (Venctº) _) 31/3 30/4 (Venctº) _) Jan Fev Mar Abr Mai Jun 1º Trim. 31/5 30/6 IR ou IR +J +J 31/3 30/4 (Venctº) Jan Fev Mar Abr Mai Jun 1º Trim. IR ou IR +J +J Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 4 CAPÍTULO II REGIME DO LUCRO PRESUMIDO 1 - INTRODUÇÃO Lucro Presumido é uma modalidade simplificada de tributação, cujo o lucro que serve de base de cálculo da Contribuição Social e do Imposto de Renda é obtido por estimativa (presunção) aplicando um percentual sobre a receita da atividade econômica, acrescida dos ganhos de capital, rendimentos de aplicações financeiras e demais receitas. A empresa que optar por esta modalidade de tributação está dispensada da escrituração contábil, desde que providencie a escrituração simplificada (livro caixa) e mantenha a guarda dos respectivos documentos. Pode optar por este regime somente a empresa que teve uma receita total, no ano anterior, não superior () a R$ 78.000.000,00 ou R$ 6.5000.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 meses. NOTA 1: Relativamente ao limite estabelecido acima, receita bruta auferida no ano anterior será considerada segundo o regime de competência ou de caixa, observado o critério adotado pela pessoa jurídica, caso tenha, naquele ano, optado pela tributação com base no lucro presumido. NOTA 2: Fica impedia de optar pelo lucro presumido a empresa que estiver presente na relação das empresas obrigadas ao lucro real. NOTA 3: A opção pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em relação a todo ano-calendário e será manifestada com o pagamento do IRPJ Presumido do primeiro trimestre. Fundamento: Lei nº 12.973/14 – art. 6º, Lei nº 12.814/13 – art. 7º, Lei nº 9.430/96 – arts. 1º, 3º e 57. 2 - DEFINIÇÃO DE RECEITA BRUTA TOTAL Para efeito de enquadramento no limite do lucro presumido, considera-se receita total o somatório: (+) Receita bruta mensal com mercadorias e serviços (sem deduzir o AVP, se houver) (+) Demais receitas e ganhos de capital (+) Rendimentos de renda fixa (+) Ganhos líquidos de renda variável (+) Parcela que exceder ao preço praticado na exportação para pessoa vinculada (Transfer Pricing) (=) Receita Bruta Total Fundamento: Lei nº 12.973/14 – art. 6º, e IN SRF nº 93/97, art. 22 (§ 1º) 3 - APURAÇÃO TRIMESTRAL O IRPJ e CSL devem ser apurados trimestralmente, conforme segue: Mínimo: R$ 1.000 31/3 30/4 Jan Fev Mar Abr J J 1º Trimestre 31/5 30/6 IRPJ ou IRPJ Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 5 Mínimo: R$ 1.000 4 - PERCENTUAIS A SEREM APLICADOS SOBRE A RECEITA BRUTA: RECEITA BRUTA PERCENTUAL 1- Venda de combustíveis adquiridas p/revenda 1,6% 2- Venda de mercadorias e produtos 8% 3- Serviços de transporte de cargas 8% 4- Serviços hospitalares 8% 5- Venda de imóveis das empresas com esse objetivo social 8% 6- Indústrias Gráficas 8% 7- Construção Civil por empreitada com emprego de materiais 8% 8- Serviços de transportes (exceto os de cargas) 16% 9- Demais serviços 32% Fundamento: art. 15 da Lei 9.249/95. 5 - DETERMINAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO E DO IMPOSTO DE RENDA PRESUMIDO: ( + ) % Sobre a Receita Bruta da Atividade ( + ) Ganhos de Capital ( + ) Rendimentos de Aplicações de Renda Fixa ( + ) Ganhos Líquidos de Aplicações de Renda Variável ( + ) Demais Receitas (não oriundas do objeto social) ( = ) Lucro Presumido Base de Cálculo do IRPJ Presumido ( x ) Alíquota do I.R. (geral + adicional, se for o caso) ( = ) IRPJ Presumido ( – ) IRF retido compensável ( – ) IRPJ retido compensável ( = ) IRPJ Presumido a Pagar NOTA 1: estes cálculos devem ser feitos no final de cada trimestre. NOTA 2: a apuração da base de cálculo do LP poderá ser pelo regime de competência ou de caixa. NOTA 3: da receita bruta da atividade, deduz-se as devoluções, as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. NOTA 4: da receita bruta da atividade e das demais receitas, não cabe deduzir o AVP, se houver. NOTA 5: o ganho de capital nas alienações de investimentos, imobilizados e intangíveis corresponderá à diferença positiva entre o valor da alienação e o respectivo valor contábil. Poderão ser considerados no valor contábil, e na proporção deste, os respectivos valores decorrentes dos efeitos do AVP do financiamento correspondente. NOTA 6: os ganhos decorrentes de avaliação de ativo ou passivo com base no valor justo não integrarão a base de cálculo do LP, no momento em que forem apurados. NOTA 7: para fins de base decálculo do LP, os ganhos e perdas decorrentes de avaliação do ativo com base em valor justo não serão considerados como parte integrante do valor contábil. O aqui disposto não se aplica aos ganhos que tenham sido anteriormente computados na base de cálculo do imposto. Fundamento: Lei nº 12.973/14 – art. 6º e IN SRF nº 104/98, e CPCs 12 e 30. CSL ou CSL 31/3 30/4 Jan Fev Mar Abr J J 1º Trimestre 31/5 30/6 Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 6 6 - DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE LUCRO PRESUMIDA (BC e CSL) ( + ) 12% da Receita Bruta da atividade de vendas e 32% da Receita Bruta da atividade de serviços ( + ) Ganho de Capital ( + ) Rendimentos de Aplicações Financeiras Renda Fixa ( + ) Ganhos Líquidos de Aplicações Financeiras Renda Variável ( + ) Demais Receitas (Não oriundas do objeto social) ( = ) Base de Cálculo da Contribuição Social sobre Lucro Presumida ( x ) Alíquota da Contribuição Social sobre Lucro (9%) ( = ) Contribuição Social sobre Lucro Presumida a Pagar NOTA 1: estes cálculos devem ser feitos no final de cada trimestre. NOTA 2: a alíquota para instituições financeiras é de 15%. 7 - EMPRESAS QUE PODEM OPTAR PELO LUCRO PRESUMIDO Podem optar pela tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas, não obrigadas à apuração do lucro real, cuja receita bruta total, no ano-calendário imediatamente anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou ao limite proporcional de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicados pelo número de meses de atividades no ano, se inferior a doze (Art. 7º da Lei 12.814/2013). Podem, também, optar pela tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas que iniciarem atividades ou que resultarem de incorporação, fusão ou cisão, desde que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real (Manual de Instruções da DIPJ). Lembramos, ainda, que desde 1º/1/2001, observadas as hipóteses de obrigatoriedade de adoção do regime de tributação com base no lucro real, as sociedades em conta de participação podem optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido, observando-se que (IN SRF nº 31/2001): a) a opção da sociedade em conta de participação pelo regime de tributação com base no lucro presumido não implica a simultânea opção do sócio ostensivo, nem a opção efetuada por este implica a opção daquela; b) o recolhimento dos tributos e contribuições devidos pela sociedade em conta de participação será efetuado mediante a utilização de Darf específico, em nome do sócio ostensivo; c) as sociedades em conta de participação que exerçam as atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis não poderão optar pelo lucro presumido enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado; d) a permissão aqui referida não prejudica a observância das demais normas relativas ao regime de tributação com base no lucro presumido previstas na legislação tributária, inclusive quanto à adoção do regime de caixa. 8 - EMPRESAS IMPEDIDAS DE OPTAR Estão obrigadas à apuração do lucro real, e, por conseguinte, ficam impedidas de optar pelo lucro presumido, as pessoas jurídicas (RIR/1999, art. 246): a) cuja receita total, no ano-calendário anterior, tenha sido superior ao limite tratado no item 7 (R$ 78.000.000,00); b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 7 d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos a isenção ou redução do Imposto de Renda, calculados com base no lucro da exploração; e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do Imposto de Renda pelo regime de estimativa; f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, admi- nistração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). 9 - MOMENTO DA OPÇÃO A opção pela tributação com base no lucro presumido será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário (§1º do art. 26 da Lei 9.430/1996) e será definitiva para todo o ano-calendário (§1º do art. 13 da Lei 9.718/1998). 10 - REGIME DE RECONHECIMENTO DAS RECEITAS O lucro presumido será determinado pelo regime de competência (§2º do art. 36 da IN nº 93, de 24/12/1997) ou, opcionalmente, pelo regime de caixa (IN 104, de 24/8/98). 11 - DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA PERMITIDA Da receita bruta, pode-se deduzir as devoluções de vendas, as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos (art. 15 da Lei 9.249/95). No entanto, da receita bruta da atividade econômica e das demais receitas, não cabe deduzir os ajustes a valor presente (AVP), se houver (art. 6º da Lei 12.973/2014). 12 - QUANTO À ESCRITURAÇÃO A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido deverá manter: I- escrituração contábil nos termos da legislação comercial (Nova Lei das S/As E CPCs); II- Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término do ano-calendário abrangido pelo regime de tributação simplificada; III- em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração obrigatórios por legislação fiscal especifica, bem como os documentos e demais papéis que serviram de base para escrituração comercial e fiscal. NOTA: o disposto no item I acima nãos e aplica à pessoa jurídica que, no decorrer do ano-calendário, mantiver livro Caixa, no qual deverá estar escriturado toda a movimentação financeira, inclusive bancária. Fundamento: Lei nº 8.981/95 – art. 45, e Lei nº 11.638/2007. 13 - DECLARAÇÃO – ECF A partir do ano-calendário 2014, todas as pessoas jurídicas, inclusive equiparadas, deverão apresentar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF). NOTA: A Nova ECF será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira. Fundamento: Lei nº 12.973/14 – art. 1º, Lei nº 9.430/96 – arts. 1º e 25, e IN RFB nº 1.422/13. Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 8 14 - DISTRIBUIÇÃODE LUCROS OU DIVIDENDOS – DE 2008 A 2013 (Lucro Fiscal x Lucro Societário) Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2013 pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, em valores superiores aos apurados com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, não ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido do beneficiário, pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliado no País ou no exterior. 15 - DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS OU DIVIDENDOS – A PARTIR DE 2014 (Lucro Fiscal x Lucro Societário) 15.1 - CONSIDERANDO LUCRO SOCIETÁRIO > LUCRO FISCAL 15.2 - CONSIDERANDO LUCRO SOCIETÁRIO < LUCRO FISCAL Fundamento: Lei nº 12.973/14 – art. 72 e IN RFB nº 1.397/13 (art. 28, na redação dada pela IN RFB nº 1.492/14). Lucro Societário (com CPCs) Parcela Isenta Parcela Tributável Lucro Fiscal (sem CPCs) Lucros Isentos Lucro Fiscal (sem CPCs) Lucro Societário (com CPCs) Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 9 EXERCÍCIO PARA FIXAÇÃO Nº 1 (Lucro Presumido) A Cia Midori é um posto de abastecimento de combustíveis e auferiu as seguintes receitas no 1º trimestre (janeiro, fevereiro e março) de 20X2. a - Vendas de combustíveis....................................................................................... .R$ 600.000 b - Receitas de serviços.............................................................................................. R$ 100.000 c - Outras vendas.........................................................................................................R$ 200.000 d - Venda de um veículo de uso, tendo os seguintes dados: Data da venda: 31/3/X2 Valor da venda.................................................................................... R$ 78.000 Data da aquisição e uso: 1º/4/X0 Valor da aquisição................................................................................R$ 100.000,00 e - Receita de aluguel de um imóvel pertencente ao seu investimento..................... R$ 50.000,00 f - Variações monetárias ativas..................................................................................R$ 5.000,00 g - Variações monetárias passivas..............................................................................R$ 2.000,00 h - Juros obtidos por recebimentos em atraso.............................................................R$ 5.000,00 i - Rendimento bruto de aplicações de renda fixa......................................................R$ 50.000,00 j - Rendimento bruto de aplicações de renda variável................................................R$ 14.000,00 j.1 - Gasto com corretagem...........................................................................................R$ 4.000,00 l - Dados para deduções do IRPJ a pagar: IRF s/ Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa.......(20%)...............R$ 10.000,00 IR s/ Rendimentos de aplicações financeiras de renda variável...(20%)............. R$ 2.000,00 Pede-se: 1 - Determine o Lucro Presumido e o IRPJ Presumido; 2 - Determine a Base de Cálculo Presumida da Contribuição Social sobre Lucro Presumida e a Contribuição Social Presumida. Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 10 MEMÓRIA DE CÁLCULOS Determinação do Lucro Presumido: Determinação do IR devido: Determinação da BC presumida da CSL: Determinação da CSL devida: Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 11 EXERCÍCIO PARA FIXAÇÃO Nº 2 (Lucro Presumido) A Cia Seu Jorge explora as atividades de compra e venda de mercadorias e de representação comercial por conta de terceiros (remuneração baseada em comissões incidentes sobre as vendas), é optante do Regime de Lucro Presumido e obteve no segundo trimestre de 20X1, as seguintes receitas: Receita Bruta de Vendas...................... Receita de Aluguel de Bem do ativo N. C. Investimento...................... Receita de Comissões (1)..................... Receita de Aplicações (2)..................... Receita Financeira – AVP (3).............. Dividendos Recebidos.......................... Ganho de Capital (4)............................ R$ 2.000.000,00 R$ 30.000,00 R$ 250.000,00 R$ 60.000,00 R$ 80.000,00 R$ 100.000,00 R$ 50.000,00 Onde: (1) Receita submetida ao desconto do IRRF no valor de R$ 30.000, (R$ 2.000.000,00 x 1,5%); (2) Receita submetida ao desconto de IRRF de R$ 12.000 (R$ 60.000,00 x 20%); (3) Receita financeira – AVP recorrentes de juros embutidos na receita bruta de vendas segundo trimestre/20X1; (4) Ganho de capital de venda de bens do imobilizado, calculado conforme segue: Valor da Venda..................R$ 80.000,00 (–) Valor Contábil do Bem......R$ 30.000,00 (=) Ganho de Capital...............R$ 50.000,00 Pede-se: a) Determine o IRPJ devido no período; e b) Determine a CSL do período. Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 12 MEMÓRIA DE CÁLCULOS Determinação de Lucro Presumido: Determinação do IRPJ devido: Determinação da Base de Cálculo presumida: Determinação da CSL presumida: Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 13 CAPÍTULO III SISTEMA DO PIS/PASEP Saque: . Casamento ou . Aposentadoria ou . Morte. PODE SER REQUERIDO POR: a) Trabalhador Dispensado sem justa causa; b) Trabalhador com contrato suspenso para participar de curso ou programa de qualificação profissional. c) Pescadores profissionais durante o período em que pesca é proibida (procriação das espécies). a) Valor: Idem b) Idem c) Idem d) Idem a) Valor: 1 Salário Mínimo b) Carência: 5 anos após o cadastramentoc) Ganho: até 2 salários mínimos, em média, no ano anterior. d) Trabalhou no ano anterior, com vinculo empregatício, pelo menos por 30 dias. I- CONTRIBUINTES Empresa Privada Entidade Empresa Pública e Sociedades Economia Mista PJ Tributada pelo Lucro Presumido PJ Tributada pelo Lucro Real Cálculo: Folha de salários (x) Alíquota: 1% (=) PIS Cálculo: Receita Bruta (x) Alíquota: 0,65% (=) PIS CUMULATIVO Cálculo: ENTRADAS SAÍDAS (x) Alíquota: 1,65% (x) Alíquota: 1,65% (=) Créd. de PIS (=) Déb. de PIS () Créd. de PIS (=) PIS a Recolher ou (=) PIS a Recuperar NÃO CUMULATIVO II- ARRECADAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO PIS PASEP Caixa Econômica Federal Banco do Brasil III- BENEFICIÁRIOS PIS PASEP Empregado Servidor Público IV- BENEFÍCIOS Antes da CF/88 A partir da CF/88 Quota Abono Salarial Abono Salarial Seguro Desemprego Prof. Loberto Sasaki Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 14 1 - INTRODUÇÃO AO SISTEMA DO PIS/PASEP 1.1 - O SISTEMA DO PIS/PASEP A Contribuição para o programa de Integração Social – PIS foi instituída pela LC nº 7, de 7/9/70, enquanto que o programa de formação do patrimônio do Servidor Público – PASEP foi instituída pela LC nº 8, de 3/12/70. O objetivo de ambos é promover a integração dos trabalhadores na vida e no desenvolvimento das empresas, viabilizando melhor distribuição da renda por meio dos benefícios abono salarial e seguro desemprego. O PIS é administrado pela Caixa Econômica Federal e é destinado aos empregados do setor privado ao passo que o PASEP é administrado pelo Banco do Brasil e é destinado aos funcionários e servidores públicos. O trabalhador, para ter acesso aos benefícios, deve ser cadastrado pelo empregador no ato da sua primeira admissão, isto é, no seu primeiro emprego, e uma única vez. Ao realizar esse cadastramento, o empregador recebe um cartão com o número da inscrição, e deve entregá-lo ao trabalhador. Sem esse cadastro, o trabalhador não tem acesso aos benefícios como FGTS, ao Seguro-Desemprego e ao Abono Salarial. O trabalhador pode solicitar a segunda via do cartão do PIS junto à Caixa Econômica Federal e do PASEP no Banco do Brasil. Caso ainda não for cadastrado, deve solicitar à empresa onde trabalha que providencie o cadastramento. 1.2 - QUOTAS E RENDIMENTOS Os trabalhadores que foram inscritos no PIS/PASEP até 4/10/1988 (antes da promulgação da Constituição Federal), ao serem cadastrados no programa, receberam cotas do Fundo de Participação PIS/PASEP, que são como ações deste fundo e podem ser resgatados sob determinadas condições. A partir da vigência da Nova Constituição Federal, não houve mais distribuição de quotas aos participantes do PIS/PASEP, ou seja, o trabalhador que foi cadastrado a partir de 5/10/1988 não possui estas cotas. O trabalhador ou seu beneficiário legal (conforme o caso) pode solicitar as quotas do PIS/PASEP em qualquer Agência da Caixa (PIS) ou do Banco do Brasil (PASEP), nas seguintes situações: - Transferência de militar para a reserva remunerada; - Reforma militar/invalidez permanente; - Aposentadoria; - Idade (permitido aos participantes com idade igual ou superior a 70 anos); - Morte do trabalhador (neste caso, é recebido por herdeiros legais); - Portador do vírus HIV (SIDA/AIDES), seja o titular ou seu dependentes; - Neoplasia maligna (câncer) do titular ou de seus dependentes; - Benefício especial à pessoa portadora de deficiência e ao idoso. Vale ressaltar que, diferentemente do abono salarial, os rendimentos do PIS/PASEP não reclamados pelo trabalhador são incorporados ao seu saldo de cotas, ou seja, o trabalhador não perde este valor, podendo sacá-lo juntamente com suas cotas. 1.3 - ABONO SALARIAL O abono salarial é um benefício anual, equivalente a 1 (um) salário mínimo, vigente no ato do pagamento, ao qual tem direito todos os trabalhadores inscritos no programa PIS que se enquadrem nas seguintes condições: a) Estar cadastrado no PIS há pelo menos cinco anos; b) Ter recebido no ano-base de referência uma remuneração média mensal de até dois salários mínimos (soma das remunerações auferidas e informadas por um ou mais empregadores, incluindo 13º salário e abono de férias); c) Ter trabalhado, 30 dias consecutivos, consecutivos ou não, com carteira assinada para empregador contribuinte do PIS (inclusive do Simples Nacional); d) Ter seus dados corretamente informados na relação anual de informações sociais (RAIS) do ano-base considerado. Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 15 Não tem direito ao abono salarial os empregados domésticos, os trabalhadores urbanos ou rurais empregados por pessoas físicas, os menores aprendizes e os diretores sem vinculo empregatício, mesmo que a empresa tenha optado pelo recolhimento do FGTS. Os abonos do PIS/PASEP podem ser recebidos em qualquer agência do Caixa ou do Banco do Brasil, de acordo com um calendário definido pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODEFAT), e divulgado por estes bancos. O abono salarial não pode ser sacado após datas estipuladas a cada ano. Caso o abono não seja sacado até o prazo-limite do ano calendário anual de pagamentos, o trabalhador perde o direito do benefício e o valor é revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Por isto, é importante que o trabalhador esteja atento ao calendário e à média salarial recebida no ano de referência. 1.4 - SEGURO DESEMPREGO O seguro desemprego é uma assistência financeira temporária que será prestada pelo estado ao trabalhador que: - Tiver sido dispensado sem justa causa; - Estiver desempregado, quando do requerimento do benefício; - Não possuir renda própria para o seu sustento e de sua família; - Não estiver recebendo benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente do trabalhador. O trabalhador tem do 7º ao 120º dia após a data da dispensa do emprego, para fazer o respectivo requerimento. O seguro-desemprego pode ser requerido nas DRT (Delegacia Regional do Trabalho), no SINE (Sistema Nacional de Emprego) ou nas Agência credenciadas da Caixa, no caso de trabalhador formal. PRIMEIRA SOLICITAÇÃO DO SEGURO DESEMPREGO Para ter direito ao seguro desemprego pela primeira vez, o trabalhador deve comprovar o recebimento de salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada em pelo menos 12 meses, consecutivos ou não, nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data da dispensa. Isso quer dizer que, nos 18 meses anteriores a data da dispensa, o trabalhador tem que ter recebido salários em 12 meses. Só assim, terá direito ao seguro desemprego pela primeira vez. Quanto às parcelas a receber, para ter direito a 4 parcelas, deve comprovar ter trabalhado no mínimo 12 meses e no máximo 23 meses, consecutivos ou não, nos últimos 36 meses. Se comprovar ter trabalhado no mínimo 24 meses, consecutivos ou não, nos últimos 36 meses, o trabalhador terá direito a 5 parcelas. SEGUNDA SOLICITAÇÃO DO SEGURO DESEMPREGOPara ter direito ao seguro desemprego pela segunda vez, o trabalhador deve comprovar o recebimento de salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada em pelo menos 9 meses, consecutivos ou não, nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data da dispensa. Ou seja, nos 12 meses anteriores a data da dispensa, o trabalhador tem que ter recebido salários em 9 meses. Só assim, terá direito ao seguro desemprego pela segunda vez. Quanto às parcelas a receber, para ter direito a 3 parcelas, deve comprovar ter trabalhado no mínimo 9 meses e no máximo 11 meses, consecutivos ou não, nos últimos 36 meses. Para ter direito a 4 parcelas, deve comprovar ter trabalhado no mínimo 12 meses e no máximo 23 meses, consecutivos ou não, nos últimos 36 meses. Para ter direito a 5 parcelas, deve comprovar ter trabalhado no mínimo 24 meses, consecutivos ou não, nos últimos 36 meses. Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 16 DEMAIS SOLICITAÇÕES DO SEGURO DESEMPREGO (A PARTIR DA TERCEIRA SOLICITAÇÃO) Para ter direito ao seguro desemprego a partir da terceira vez, o trabalhador deve comprovar o recebimento de salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada em pelo menos 6 meses imediatamente anteriores à data da dispensa. Ou seja, nos 6 meses anteriores a data da dispensa, o trabalhador tem que ter recebido salários em todos esses 6 meses. Só assim, terá direito ao seguro desemprego a partir da terceira vez. Quanto às parcelas a receber, para ter direito a 3 parcelas, deve comprovar ter trabalhado no mínimo 6 meses e no máximo 11 meses, consecutivos ou não, nos últimos 36 meses. Para ter direito a 4 parcelas, deve comprovar ter trabalhado no mínimo 12 meses e no máximo 23 meses, consecutivos ou não, nos últimos 36 meses. Para ter direito a 5 parcelas, deve comprovar ter trabalhado no mínimo 24 meses, consecutivos ou não, nos últimos 36 meses. COMO FAZER A CONTAGEM DOS SALÁRIOS RECEBIDOS E DOS MESES TRABALHADOS Na contagem dos salários recebidos, para determinar o direito ao seguro desemprego, basta o empregado ter trabalhado 1 dia no mês, para contar como salário recebido. Na contagem dos meses trabalhados, para determinar o direito ao seguro desemprego e estipular a quantidade de parcelas, o empregado tem que ter trabalhado no mínimo 15 dias no mês, para contar como mês trabalhado. Os meses trabalhados que forem contabilizados para uma determinada solicitação do seguro desemprego não podem ser contabilizados para uma nova solicitação. Tanto para a contagem dos salários recebidos, como para a contagem dos meses trabalhados, vale o aviso prévio, trabalhado ou indenizado. 2 - PIS/PASEP E COFINS 2.1 - INTRODUÇÃO A contribuição para o PIS/PASEP é para financiar o programa de Seguro Desemprego e Abono Salarial de empregados e servidores públicos (art. 239 da CF). A contribuição para financiamento da Seguridade Social – COFINS é destinada, primordialmente, para financiar o Sistema Único da Saúde – SUS. 2.2 - CONTRIBUINTES São contribuintes do PIS/PASEP e da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda, inclusive empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, exceto as ME e as EPP submetidas ao regime do SIMPLES NACIONAL. PIS/PASEP E COFINS CUMULATIVOS 2.3 - REGIME CUMULATIVO OU EM “CASCATA” No regime cumulativo, as contribuições para o PIS/PASEP e para a COFINS incidem sobre as receitas (saídas) dos contribuintes (pessoas jurídicas e a elas equiparadas) não podendo compensar (abater) as contribuições que incidiram nas operações anteriores (entradas), ou seja, incidem em “cascata”. Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 17 2.3.1 - CONTRIBUINTES SUJEITOS AO REGIME CUMULATIVO Via de regra, são contribuintes da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP na modalidade cumulativa as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto: a) aquelas sujeitas à modalidade não cumulativa da contribuição; b) as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do Simples Nacional; e c) outras definidas em lei. No que se refere à letra “a”, as Leis nos 10.637/2002 e 10.833/2004 (que instituíram o regime não cumulativo para PIS/PASEP e COFINS, respectivamente) se encarregaram de estabelecer duas situações básicas que impõem ao contribuinte o regime da cumulatividade das contribuições. Uma refere-se a certas características (forma de tributação adotada para o Imposto de Renda, ramo de atividade); a outra, a receitas específicas auferidas. Diante disso, é possível um mesmo contribuinte estar sujeito ao regime não cumulativo, por ser tributado com base no lucro real, por exemplo, e, ao mesmo tempo, estar sujeito ao regime cumulativo em relação à determinada receita auferida. 2.3.2 - CONTRIBUINTES EXPRESSAMENTE INCLUÍDOS NO REGIME CUMULATIVO As Leis nos 10.637/2002 e 10.833/2003 estabelecem que ficam fora do regime não cumulativo, sujeitando-se, assim, ao regime cumulativo, entre outras: a) as pessoas jurídicas tributadas pelo Imposto de Renda com base no lucro presumido ou arbitrado; b) as sociedades cooperativas (exceto as de produção agropecuária e as de consumo); c) as pessoas jurídicas (entidades financeiras e assemelhadas) referidas no artigo 3º, §§ 6º, 8º e 9º, da Lei nº 9.718/1998; d) empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, referidas na Lei nº 7.102/1983. 2.3.3 - RECEITAS SUJEITAS AO REGIME CUMULATIVO O art. 10 da Lei 10.833/2003, alterado pelas Leis 10.865/2004 e 10.925/2004, elegeu algumas receitas que estariam fora do regime não cumulativo, ficando, por conseguinte, sujeitas ao regime cumulativo, entre outras, as receitas de: I - venda de álcool para fins carburanes; II - venda de veículos usados, adquiridos para revenda, bem como dos recebidos com parte do preço da venda de veículos novos ou usados, no caso de pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores; III - prestação de serviços de telecomunicações; IV - venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; V - contratos firmados anteriormente a 31/10/2003 (ver art. 10 da Lei 10.833/2003); VI - prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros; VII - serviços prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de fonoaudiologia e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas; VIII - serviços de diálise, raio X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue; IX - serviços e de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e médio e educação superior; Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 18 X - vendas de mercadorias realizadas pelas lojas francasem aeroportos e portos para venda de mercadoria nacional ou estrangeira a passageiros de viagens internacionais, na chegada ou saída do País ou em trânsito (artigo 15 do Decreto- Lei nº 1.455/1976, com redação dada pela Lei nº 11.371/2006); XI - prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros efetuado por empresas regulares de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas de táxi-aéreo; XII - edição de periódicos e de informações neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviços públicos de telefonias; XIII - prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB); XIV - prestação de serviços das empresas de call center, telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral; XV - execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, até 31/12/2010 (artigo 7º da Lei nº 11.434/2006 e Lei nº 11.945/2009); XVI - serviços de hotelaria e de organização de feiras e eventos e as auferidas por parques temáticos, conforme definido; XVII - prestação de serviços postais e telegráficos prestados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (artigo 5º da Lei nº 10.925/2004); XVIII - prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras de rodovias (artigo 5º da Lei nº 10.925/2004); XIX - prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e turismos (artigo 5º da Lei 10.925/2004); XX - as receitas auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de software, compreendidas ainda como softwares as páginas eletrônicas. Não estão compreendias nessas receitas aquelas provenientes de comercialização, licenciamento ou cessão de direito de uso de software importado (artigos 25 e 34, inciso III, da Lei nº 11.051/2004; XXI - as receitas relativas às atividades de revenda de imóveis, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e construção de prédio destinado à venda, quando decorrentes de contratos de longo prazo firmado antes de 31/10/2003 (inciso XXVI da Lei nº 10.833/2003). Torna-se importante ressaltar que o regime cumulativo aqui tratado, vinculado à receita auferida, aplica-se, inclusive, à pessoa jurídica tributada com base no lucro real que, se sujeita ao regime não cumulativo. Se a pessoa jurídica seja tributada com base no lucro real e aufira qualquer das receitas anteriormente listadas concomitantemente com receitas sujeitas ao regime não cumulativo, a contribuição cumulativa e a contribuição não cumulativa recairão sobre as respectivas receitas. 2.3.4 - BASE DE CÁLCULO Inicialmente, o art. 3º da Lei 9.718/1998 determinou que, a base de cálculo das contribuições (COFINS e PIS/PASEP) era a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídicas (inclusive as variações monetárias ativas), sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas. Portanto, o total das receitas compreendia a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica, inclusive receitas financeiras. Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 19 Conceito esse que teve origem com a edição da Lei nº 9.718/1998 e vigorou no período de 1º/2/1999 a 27/5/2009. E a partir de 28/5/2009, com a revogação do parágrafo 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/1998 pelo artigo 79, inciso XII, da Lei nº 11.941/2009, as pessoas jurídicas sujeitas ao regime cumulativo determinam a base de cálculo das contribuições somente sobre a receita da atividade. Essa revogação veio “reconhecer” a decisão do STF de 2005 que decidiu pela inconstitucionalidade do parágrafo 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/1998. O art. 52 da Lei 12.973/2003 estabelece que o faturamento disposto no art. 3º da Lei 9.718/1998 é a receita bruta de venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia. Nas vendas a prazo, o custo do financiamento, contido no valor dos bens ou serviços ou destacado na nota fiscal, integra a receita bruta da venda de bens e serviços, não constituindo, dessa forma, receita financeira. (Solução de Consulta nº 91, de 26 de fevereiro de 2010) 2.3.5 - EXCLUSÕES ADMITIDAS DA BASE DE CÁLCULO Da base de cálculo das contribuições devidas na modalidade cumulativa, serão excluídos, entre outros: I - o IPI, nas empresas contribuintes desse imposto; II - as vendas canceladas e os descontos concedidos incondicionalmente; III - o ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador de serviços na condição de substituto tributário; IV - as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados com receita bruta; V - a receita decorrente da venda de bens do Ativo Não Circulante, classificados no investimento, imobilizado e intangível (MP 627/2013); VI - as receitas decorrentes dos recursos recebidos a título de repasse, oriundos do Orçamento Geral da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pelas empresas públicas e sociedades de economia mista; VII - as receitas da exportação de mercadorias para o exterior; VIII - as receitas dos serviços prestados à pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas; IX - as receitas do fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou consumo de bordo em embarcações e aeronaves em tráfego internacional, quando o pagamento for efetuado em moeda conversível; X - as receitas do transporte internacional de cargas ou passageiros; XI - as receitas auferidas pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção, conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré- registradas no Registro Especial Brasileiro (REB); XII - as receitas do frete de mercadorias importadas entre o País e o exterior pelas embarcações registradas no Registro Especial Brasileiro (REB); XIII - as receitas de vendas realizadas pelo produtor-vendedor às empresas comerciais exportadoras no termos do Decreto-Lei nº 1.248/1972 e alterações posteriores, desde que destinadas ao fim específico de exportação para o exterior; XIV - as receitas de vendas, com o fim específico de exportação para o exterior, a empresas exportadoras, registradas na Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 20 XV - as receitas próprias das seguintes entidades sem finas lucrativos: XV.1- templos de qualquer culto; XV.2- partidos políticos; XV.3- instituições de educação e de assistência social imunes ao Imposto de Renda; XV.4- instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e associações isentas do Imposto de Renda; XV.5- sindicatos, federações e confederações; XV.6- serviços sociais autônomos, criados ou autorizado por lei; XV.7- conselhosde fiscalização de profissões regulamentadas; XV.8- fundações de direito privado e fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público; XV.9- condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e XV.10- Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Organizações Estaduais de Cooperativas, previstas no artigo 105 e seu § 1º da Lei nº 5.764/1971; XVI - nas sociedades cooperativas: XVI.1- os valores repassados aos associados, decorrentes da comercialização de produto por eles entregue à cooperativa; XVI.2- as receitas de venda de bens e mercadorias a associados que sejam vinculados diretamente à atividade econômica desenvolvida pelo associado e que seja objeto da cooperativa; XVI.3- as receitas decorrentes da prestação, aos associados, de serviços especializados, aplicáveis na atividade rural, relativos à assistência técnica, extensão rural, formação profissional e assemelhadas; XVI.4- as receitas decorrentes do beneficiamento, armazenamento e industrialização de produção do associado; XVI.5- as receitas financeiras decorrentes de repasse de empréstimos rurais contraídos com instituições financeiras, até o limite dos encargos a estas devidos; XVI.6- as “Sobras líquidas” apuradas na Demonstração do Resultado do Exercício após a destinação para constituição da Reserva de Assistência Técnica Educacional e Social (RATES) e para o Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social (FATES), efetivamente distribuídas (artigo 2º, IX, da IN SRF nº 145/1999); XVII - o faturamento correspondente a vendas de materiais e equipamentos, assim como a prestação de serviços decorrentes dessas operações, efetuadas diretamente à Itaipu Binacional (AD SRF nº 74, de 10/8/1999); XVIII - os custos agregados ao produto agropecuário dos associados, quando da sua comercialização e os valores dos serviços prestados pelas cooperativas de eletrificação rural a seus associados, sem prejuízos das demais deduções a quem fazem jus (artigo 15 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, e no artigo 1º da Lei nº 10.679/2003; XIX - as receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota O (zero); XX - a receita decorrente da transferência onerosa, a outros contribuintes do ICMS, de créditos de ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1º do artigo 25 da Lei Complementar nº 87/1996 (artigo 3º, § 2º, inciso V, da Lei nº 9.718/1998, com redação dada pelo artigo 15 da Lei nº 11.945/2009. Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 21 Nota: Segundo o parágrafo único do artigo 4º da Lei nº 11.941/2009, não será computada na apuração da base de cálculo das contribuições para o PIS/PASEP e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) a parcela equivalente à redução do valor das multas, juros e encargos legal em decorrência do parcelamento de débitos promovidos pelos artigos 1º, 2º e 3º da referida Lei. 2.3.6 - DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO RESUMIDA (somente com as principais exclusões) Total do faturamento (*) auferido pela Pessoa Jurídica (Vendas e Serviços). ( – ) RECEITAS ANULADAS 01- Descontos incondicionais concedidos; 02- Vendas Canceladas; 03- IPI (quando Receita de Vendas = Total da Nota Fiscal); 04- ICMS, quando cobrado na condição de substituição tributária (idem 03); ( – ) RECEITAS ISENTAS 05- Vendas de mercadorias para o exterior: 06- Serviços prestados para o exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas; 07- Vendas de materiais e serviços prestados diretamente a ITAIPU Binacional; 08- Receita auferida por estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção, conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas no REB (Registro Especial Brasileiro); ( = ) Base de cálculo. *Segundo o Art. 52 da Lei 12.973/2014, a Lei nº 9.718, de 27/11/1998, passa a vigorar com as seguintes alterações: Art. 3º - O faturamento a que se refere o Art. 2º compreende a Receita Bruta de que trata o Art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26/12/1977. Assim, entende-se como faturamento a Receita Bruta decorrente do produto da venda de bens nas operações em conta própria ou alheia e o preço dos serviços prestados. 2.3.7 - ALÍQUOTAS DO REGIME CUMULATIVO a) PIS: 0,65% b) COFINS: 3% Exceção: os bancos e instituições financeiras, também, devem calcular PIS pela alíquota de 0,65%, porém, a alíquota da COFINS é diferenciada, em relação às demais empresas. A partir de 1º/9/2003, a alíquota da COFINS de bancos e instituições assemelhadas passou para 4%, conforme o artigo 18 da Lei nº 10.684/2003. 2.3.8 - PRAZOS PARA RECOLHIMENTOS O PIS/PASEP e a COFINS apurados pelas pessoas jurídicas em geral devem ser recolhidos até do dia 25 do mês seguinte ao mês da ocorrência dos fatos geradores. Já os bancos e as instituições assemelhadas devem recolher até o dia 20 do mês seguinte ao mês da ocorrência dos fatos geradores. Vale ressaltar que caso o dia do vencimento não for dia útil bancário, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil bancário que o anteceder. Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 22 2.3.9 - EMPRESAS COM FILIAIS Nas empresas que tenham filiais, a apuração e o pagamento das contribuições serão efetivados, obrigatoriamente, de forma centralizadas, pelo estabelecimento matriz (art. 15 da Lei 9.779/99). 2.3.10 - CONTABILIZAÇÃO a) Pela Apropriação (no final do mês): D – PIS s/ Faturamento (na DRE, classifica-se como deduções da receita bruta) C – PIS a Recolher (Passivo Circulante) D – COFINS (na DRE, classifica-se como deduções da receita bruta) C – COFINS a Recolher (Passivo Circulante) b) Pela Recolhimento (até dia 25 do mês seguinte) D – PIS a Recolher C – Caixa ou Bancos D – COFINS a Recolher C – Caixa ou Bancos Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 23 2.3.11 - EXEMPLO – CÁLCULO DE PIS E COFINS CUMULATIVOS DADOS CONTÁBEIS 1 – Vendas ..................................................................................................... R$ 100.000,00 2 – Vendas – exportações .............................................................................. R$ 50.000,00 3 – Receitas de serviços ................................................................................. R$ 50.000,00 4 – Receitas de serviços para o exterior, sem ingressos de divisas ............... R$ 150.000,00 5 – Receitas de serviços para o exterior, com ingressos de divisas ............... R$ 100.000,00 6 – Alugueis ativos ........................................................................................ R$ 50.000,00 7 – Descontos obtidos .................................................................................... R$ 10.000,00 8 – Juros ativos .............................................................................................. R$ 20.000,00 9 – Variações monetárias ativas .................................................................... R$ 30.000,00 10 – Receita na alienação de móveis e utensílios............................................ R$ 40.000,00 11 – Receitas de participações societárias ....................................................... R$ 20.000,00 12 – Receitas eventuais por recebimento de duplicatas já baixadas ............... R$ 10.000,00 13 – Reversão de provisão para perdas ........................................................... R$ 10.000,00 14 – Reversão da PECLD ................................................................................ R$ 10.000,00 15 – Descontos incondicionais s/ vendas ........................................................ R$ 20.000,00 16 – Vendas canceladas ................................................................................... R$ 30.000,00 17 – ICMS s/ vendas ....................................................................................... R$ 40.000,00 Pede-se: 1º) Cálculo do PIS e da COFINS na forma da lei; 2º) Cálculo do PIS e da COFNS para fins contábeis; 3º) Contabilização do PIS e da COFINS. CÁLCULOS – NA FORMA DA LEI 1º) Determinação da base de cálculo do PIS e da COFINS: · Total do faturamento: soma dos itens 1 ao 5 ........................................................ (–) (–) (–) (–) __________ (=) Base de cálculo ............................................................................................ 2º) 3º) Determinação do PIS: BC .......................................................... (x) Alíquota .................................................. ___________ (=) PIS .......................................................... Determinação da COFINS: BC........................................................... (x) Alíquota .................................................. (=) COFINS .................................................. Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 24 CÁLCULOS – PARA FINS CONTÁBEIS (considere somente as receitas tributáveis) 1) Determinação do PIS incidente sobre a receita bruta: (+) (+) (+) __________ (=) Receitas brutas ........................................................................................... (–) (–) __________ (=) Base de cálculo .......................................................................................... (x) Alíquota .................................................................................................... __________ (=) PIS s/ o faturamento ................................................................................... 1.1) Contabilização 2 (- ) Ded. s/ RB PIS s/ Faturamento Passivo PIS a Recolher 2) Determinação da COFINS incidente sobre a receita bruta: (+) (+) (+) __________ (=) Receitas brutas ........................................................................................... (–) (–) __________ (=) Base de cálculo .......................................................................................... (x) Alíquota ..................................................................................................... __________ (=) COFINS .................................................................................................... 2.1) Contabilização 2 (- ) Ded. s/ RB COFINS Passivo COFINS a recolher Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 25 EXERCÍCIO PARA FIXAÇÃO Nº 1 (PIS e COFINS Cumulativos) 01- A Cia Tatá foi constituída em 10/1/20X1, com capital de R$ 100.000, integralizado, no ato, em moedas correntes do País. No primeiro mês de funcionamento realizou as seguintes operações: 02- Comprou mercadorias, à vista, R$ 50.000,00; 03- Obteve desconto no ato da compra acima de R$ 5.000,00; 04- Obteve abatimento quando do recebimento das mercadorias de R$ 5.000,00; 05- Vendeu 50% do estoque, à vista, R$ 300.000,00; 06- Concedeu desconto na nota fiscal da venda realizada no item 4, R$ 30.000,00; 07- Exportou 50% do saldo de estoque, à vista, por R$ 200.000,00; 08- Prestou serviços à vista no valor de R$ 400.000,00; 09- Prestou serviços à vista a pessoas físicas domiciliadas no exterior, no valor de R$ 200.000,00, dos quais apenas 40% recebeu na sede brasileira; 10- Pagou salários do período, R$ 100.000,00; e 11- Recebeu aluguéis no valor de R$ 50.000,00; Pede-se: a) Determine o PIS; e b) Determine a COFINS. Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 26 1) Determinação da base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS. 2) Determinação do PIS/PASEP. 3) Determinação da COFINS. Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 27 EXERCÍCIO PARA FIXAÇÃO Nº 2 (PIS e COFINS Cumulativos) A Cia Isa é uma indústria que opera no mercado interno e externo e teve os seguintes fluxos de operações em dezembro de 20X1, conforme segue, faltando apurar apenas PIS e COFINS. DRE 01 (+) Vendas de Mercadorias................................................... 3.000.000 02 (+) Receitas de Serviços........................................................ 2.000.000 03 (=) Receitas Brutas................................................................. 5.000.000 04 (–) Descontos Incondicionais............................................... 10.000 05 (–) Abatimentos sobre Vendas............................................. 20.000 06 (–) Devoluções de Vendas.................................................... 40.000 07 (–) ICMS sobre Vendas......................................................... 250.000 08 (–) ISS................................................................................... 60.000 09 (=) Receitas Líquidas............................................................. 4.620.000 10 (–) Custo das Mercadorias Vendidas.................................... 1.200.000 11 (–) Custo dos Serviços Prestados.......................................... 800.000 12 (=) Lucro Bruto.....................................................................2.620.000 13 (–) Despesas Gerais e Administrativas................................ 320.000 14 (+) Receitas de Dividendos Recebidos................................ 80.000 15 (+) Receitas de Equivalência Patrimonial............................. 120.000 16 (=) Lucro antes dada CSL........................................................2.500.000 17 (–) CSL.................................................................................. 18 (=) Lucro antes do Imposto de Renda................................... 19 (–) IR.................................................................................... 20 (=) Lucro após a Dedução do IR........................................... 21 (–) Participações de Terceiros no Lucro............................... R$ ---0--- 22 (=) Lucro Líquido de Operações Continuadas..................... 23 (+) Lucro Líquido de Operações Descontinuadas................. 24 (=) Lucro Líquido do Exercício............................................ Notas Explicativas à DRE 25 (+) Vendas de Mercadorias................................................... 200.000 26 (+) Receitas de Serviços........................................................ 100.000 27 (=) Receitas Brutas................................................................. 300.000 28 (–) Descontos s/ Vendas....................................................... 10.000 29 (–) Abatimentos s/ Vendas................................................... 20.000 30 (–) Devoluções de Vendas.................................................... 30.000 31 (=) Receitas Liquidas............................................................ 240.000 32 (=) Depreciações................................................................... 30.000 34 (+) Receitas de Vendas de Máquinas.................................... 80.000 35 (–) Custo na Baixa de Máquinas.......................................... 60.000 36 (=) Lucro antes da Receitas Financeiras............................... 230.000 37 (+) Receitas de Aplicações Financeiras................................ 70.000 38 (=) Lucro antes da CSL........................................................ 300.000 39 (–) CSL.................................................................................. ________ 40 (=) Lucro antes do Imposto de Renda................................... 41 (–) IR..................................................................................... ________ 42 (=) Lucro Líquido de Operações Descontinuadas ............... Lucro Presumido Prof. Loberto Sasaki 28 Outras informações referentes itens numéricos acima. 01) Há 50% de exportações; 02) Há 40% de serviços prestados para o exterior; 06) 50% refere-se à vendas para o exterior; 25) Há 90% de vendas no mercado externo; 26) Há 50% de serviços prestados no mercado externo; 28) Foi concedido sobre vendas no mercado externo; Pede-se a) Calcule o valor do PIS; b) Calcule o valor da COFINS; c) Calcule o valor do CSL; d) Calcule o valor do IRPJ; e) Proceda os lançamentos de apropriações dos tributos acima; e f) Complete os dados faltantes e encerre a DRE. 1) Determinação da base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS. INDICE - Lucro Presumido - NATA CURSOS LUCRO PRESUMIDO - NATA CURSOS
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