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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Execução de formas / SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. – São Paulo : SENAI-SP Editora, 2016 264 p. : il Inclui referências ISBN 978-85-8393-203-1 1. Construção civil 2. Materiais de construção 3. Construção de concreto 4. Madeiras de construção 5. Construção civil - Ferramentas I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial II. Título. CDD 690 Índice para o catálogo sistemático: 1. Construção civil 690 SENAI-SP Editora Avenida Paulista, 1313, 4o andar, 01311 923, São Paulo – SP F. 11 3146.7308 | editora@sesisenaisp.org.br | www.senaispeditora.com.br mailto:editora@sesisenaisp.org.br http://www.senaispeditora.com.br Departamento Regional de São Paulo Presidente Paulo Skaf Diretor Regional Walter Vicioni Gonçalves Diretor Técnico Ricardo Figueiredo Terra Gerente de Educação João Ricardo Santa Rosa Escola SENAI “Orlando Laviero Ferraiuolo” Versão de 2012 Elaboração Célia Regina D. Talavera Luís Henrique Piovezan Marinilzes Moradillo Mello Conteudistas Allando de Mello Teixeira Junior Amilton Bôa Cláudio Rodrigues Romão José Carlos Ranucci Ilustrações Hugo Campos Silva Luís Henrique Piovezan Natan Rizzaro Buso Material didático utilizado nos cursos do SENAI-SP. Apresentação Com a permanente transformação dos processos produtivos e das formas de organização do trabalho, as demandas por educação profissional multiplicam-se e, sobretudo, diversificam-se. Em sintonia com essa realidade, o SENAI-SP valoriza a educação profissional para o primeiro emprego dirigida a jovens. Privilegia também a qualificação de adultos que buscam um diferencial de qualidade para progredir no mercado de trabalho. E incorpora firmemente o conceito de “educação ao longo de toda a vida”, oferecendo modalidades de formação continuada para profissionais já atuantes. Dessa forma, atende às prioridades estratégicas da indústria e às prioridades sociais do mercado de trabalho. A instituição trabalha com cursos de longa duração, como os cursos de Aprendizagem Industrial, os cursos Técnicos e os cursos Superiores de Tecnologia. Oferece também cursos de Formação Inicial e Continuada, com duração variada nas modalidades de Iniciação Profissional, Qualificação Profissional, Especialização Profissional, Aperfeiçoamento Profissional e Pós-Graduação. Com satisfação, apresentamos ao leitor esta publicação, que integra uma série da SENAI-SP Editora especialmente criada para apoiar os alunos das diversas modalidades. Walter Vicioni Gonçalves Diretor Regional do SENAI-SP Sumário 1. Estrutura de concreto armado Introdução Conceituação Características 2. Projeto estrutural Projeto arquitetônico Projeto de instalações Projeto estrutural 3. Elementos estruturais Elementos estruturais da estrutura Arco Casca Escadas 4. Escadas Patamar Dimensionamento de degraus Largura das escadas Tipos de escada 5. Tecnologia do concreto Água de amassamento Agregados Propriedades dos agregados Cimento Cimento portland comum Cimento portland composto Cimento portland de alto-forno Cimento portland pozolânico Cimento portland de alta resistência inicial Cimento portland resistente a sulfatos Classificação dos cimentos Aditivos Produção do concreto Transporte do concreto Concretos especiais Propriedades do concreto 6. Construção de forma para bloco 7. Madeira Idade da madeira Derrubada Cortes Transporte Secagem 8. Medidas comerciais 9. Peças de madeira 10. Madeira transformada Tipos Medidas comerciais 11. Estruturas de madeira Classificação da madeira Propriedades da madeira 12. Recebimento e armazenamento de materiais Formas para estruturas de concreto 13. Formas e armaduras Formas Recomendações para a utilização das formas Retiradas das formas 14. Convencional Racionalizada 15. Elementos Molde Procedimentos 16. Máquinas, ferramentas, instrumentos, dispositivos e procedimentos técnicos para execução de formas de maneira convencional e racionalizada 107 Corte 17. Serra circular portátil Lâminas 18. Serrar madeira com serra circular portátil Processo de execução 19. Serra rotativa de bancada Serra rotativa de bancada Contato com o disco de corte 20. Discos de serra circular 21. Substituir discos de serra Processo de execução 22. Tipos de dentes de serra e de serrote Trava 23. Serrotes Serrote comum Serrote de costa Serrote de faca Serrote de ponta Serra para cortar folhas Serrote de meia esquadria Tipos de dentes do serrote 24. Lima Formato Picado Tamanho dos dentes e comprimento do corpo 25. Afiar serra e serrote Processo de execução 26. Travadeira Simples Alicate e revólver 27. Travar serrote Travar com travadeira simples Travar com travadeira tipo alicate ou tipo revólver Travar com repuxo e martelo 28. Serrar com serrote comum Processo de execução 29. Martelo Utilidade do martelo Partes do martelo e suas características Uso correto do martelo 30. Prego Medidas de pregos Tipos de pregos Retirada dos pregos 31. Pregar madeira Processo de execução 32. Ferramentas de sujeição e aperto Grampo 33. Prensar com grampo de expansão Processo de execução Pé-de-cabra 34. Despregar Despregar peças unidas sem elementos salientes Despregar peças unidas quando um dos elementos é saliente 35. Serra tico-tico Lâminas de serra 36. Serrar com serra tico-tico Processo de execução 37. Grosa 38. Grosar madeira Processo de execução 39. Compasso de pontas 40. Cintel 41. Traçar com compasso de pontas Processo de execução 42. Furadeiras portáteis Elétrica Manual 43. Broca Tipos de broca Ângulos de ponta Pua 44. Furar com furadeira elétrica e manual Processo de execução 45. Colocar tensores Processo de execução 46. Vocabulário técnico 47. Marreta 48. Machadinha e enxó Machadinha Enxó 49. Cravar estacas Processo de execução 50. Instrumentos de medir Metro e trena 51. Medir com o metro Determinar a distância entre dois pontos Fixar uma medida sobre um objeto 52. Instrumentos para marcar e verificar Lápis Riscador Esquadro Régua 53. Riscar Riscar com lápis e régua Riscar com lápis e esquadro 54. Prumo 214 Prumo de face Prumo de centro 55. Aprumar Com o prumo de face Com nível de bolhas 56. Nível de mangueira Funcionamento Características Conservação 57. Nivelar com mangueira Processo de execução 58. Nível de bolha Característica Funcionamento Conservação 59. Nivelar com o nível de bolha Processo de execução 60. Locar formas Locação de execução Locação de formas sobre lajes 61. Aplicação de sistema de forma para pilares e pilares-parede de seção retangular e circular de concreto Procedimento Aplicação de sistema de formas para vigas e vigas-parede de concreto Aplicação de sistemas de formas para lajes Aplicação de sistema de forma para escadas Aplicação de sistemas de formas para sapatas e/ou bloco sobre estacas Boas práticas para desforma com segurança Causas dos acidentes, prevencionismo e análise preliminar de riscos 1. Estrutura de concreto armado Introdução Conceituação Características Introdução Neste capítulo serão apresentados conceitos de estrutura de concreto armado, seus componentes e as peças da estrutura. Trata-se de informações importantes relativas às características do concreto, às normas, às ferramentas e aos procedimentos adequados à execução, conforme as proposições do projeto a ser seguido pelo carpinteiro de formas. Conceituação Estrutura de concreto armado é um sistema de peças estruturais decorrentes da união do concreto com o aço. O concreto armado é muito utilizado na construção civil de residências, edifícios, pontes, hidrelétricas, entre outras estruturas. Estrutura de concreto armado. Características Uma estrutura de concreto armado caracteriza-se, principalmente, por sua capacidade de suportar as forças de cargas sem se romper. Essas cargas podem decorrer do peso da própria estrutura, de sua utilização e de forças externas, como o vento. O concreto e o aço têm propriedades de resistência diferentes e quandounidos formam o concreto armado. Seu uso correto depende do atendimento às propriedades e aos conceitos de resistência dos materiais, uma vez que a principal característica do concreto armado consiste em sua capacidade de suportar cargas sem se romper. A elasticidade é uma propriedade do concreto armado. Ver a seguir o exemplo de uma ponte de concreto em que tenha ocorrido um acidente com diversos veículos estacionados sobre ela: Na figura, os veículos estão exercendo um esforço sobre a ponte, que se deforma sob a ação do esforço. Trata-se de uma deformação pequena que não pode ser vista a olho nu. Se isso fosse possível, a deformação seria como a exemplificada na figura a seguir. Após a saída dos veículos, a ponte retoma sua forma anterior. Pode-se afirmar, portanto, que a ponte e o elástico têm a propriedade denominada elasticidade. A resistência mecânica é outra propriedade do material para suportar diversos esforços até se romper. Trata-se de uma das propriedades mais importantes do concreto armado, pois ela lhe permite resistir ao esforço de compressão. Por exemplo, uma viga é sustentada por dois pilares e transfere-lhes uma força, denominada força axial, que também pode ser uma força de compressão à qual o concreto resiste muito bem. A uma ação, corresponde uma reação. A ação do esforço de compressão gera uma reação de deformação, que é uma mudança de forma. Todos os materiais se deformam quando são submetidos a um esforço. Isso é grave no caso de uma construção civil. Por exemplo, o rompimento de um elemento estrutural pode causar sérios danos, como desabamento e mortes. Para evitar essa e outras deformações, usa-se o concreto armado. As forças de compressão, tração, flexão e cisalhamento são sustentadas pelas propriedades do concreto e do aço, que, juntos, formam o concreto armado da estrutura. Com a utilização de adições e aditivos especiais, sua porosidade e permeabilidade são reduzidas. As estruturas feitas com esse tipo de concreto ficam mais resistentes ao ataque de agentes agressivos, como cloretos, sulfatos, dióxido de carbono e maresia. Para a sua especificação, devem ser considerados a agressividade do meio em que o concreto está inserido e o tempo de vida útil requerido para a estrutura. O fator técnico possibilita uma vida útil mínima de 50 anos. Para assegurar a qualidade da estrutura de concreto, a usina de concreto torna- se parceira na obra, mantendo a mistura e o fornecimento de acordo com as normas e a especificação indicadas no projeto estrutural. • • • 2. Projeto estrutural Projeto arquitetônico Projeto de instalações Projeto estrutural Projeto é um estudo detalhado das diversas etapas da construção de uma edificação. O projeto também é composto por cronograma de obras e de plantas que descrevem e especificam os materiais. Há basicamente três tipos de projetos: projeto arquitetônico; projeto de instalações; projeto estrutural. Projeto arquitetônico O projeto arquitetônico é também chamado de planta de arquitetura. Esse tipo de projeto traz as dimensões e os detalhes de terreno onde a edificação vai ser executada; dá as dimensões da edificação e sua localização no terreno; traz as áreas dos pavimentos e os detalhes de acabamento, como tipos de pisos, azulejos, pintura etc. O projeto arquitetônico deve ser aprovado por um órgão oficial. Quem o aprova é o departamento de obras da prefeitura onde a edificação será construída. No projeto arquitetônico está contido também o memorial descritivo. O memorial descritivo é a relação de todos os detalhes da construção, como tipo de fundação, acabamento, cobertura etc. • • Projeto de instalações Os projetos de instalações são basicamente dois: o de instalações hidráulicas e o de instalações elétricas. No projeto de instalações hidráulicas está indicada a localização de todos os compartimentos por onde passa a rede hidráulica. Estão indicados também os diâmetros das tubulações e peças que serão ligadas à rede hidráulica. No projeto de instalações elétricas estão indicadas as posições de caixas, interruptores, circuitos, cargas de tensão e fiação. Projeto estrutural O projeto estrutural é também chamado de cálculo estrutural para executar a fundação e a estrutura da edificação. Na concepção do projeto estrutural são calculadas as cargas atuantes na estrutura lançada no projeto arquitetônico. Nele são representadas graficamente as dimensões e os detalhes para a execução da fundação e da estrutura da edificação. Fazem parte do projeto estrutural as plantas de: fundações; estrutura. Na planta de fundações são especificados os elementos estruturais da fundação da edificação. Especificar um elemento estrutural é dizer de que tipo e material ele deve ser. É dar também as dimensões desse elemento. Os elementos estruturais da fundação são: vigas baldrame, estacas, sapatas, radier, tubulões e blocos sobre estacas. A planta de estrutura especifica os elementos estruturais da edificação. Os elementos estruturais da estrutura são: pilares, vigas, lajes e alvenaria estrutural. 3. Elementos estruturais Elementos estruturais da estrutura Arco Casca Escadas Os elementos estruturais são conhecidos também pelo nome de peças estruturais ou estrutura. Esses elementos têm a função de suportar, transferir cargas e dar estabilidade à edificação. Os elementos estruturais estão presentes em uma edificação desde a fundação até a cobertura. Dentre esses elementos, os que mais contribuem para a estabilidade da edificação são os elementos estruturais da fundação e os da estrutura. Você certamente conhece os elementos estruturais da fundação: viga baldrame (é um tipo de viga), blocos sobre estacas, radiers, sapatas, estacas e tubulões. E os elementos estruturais da estrutura, quais são? Os principais elementos estruturais da estrutura são: lajes, vigas e pilares. Os elementos estruturais podem ser de concreto armado, concreto protendido, madeira, aço e alvenaria estrutural. Podem também ser uma combinação desses materiais. Neste capítulo são estudados os elementos estruturais que fazem parte da estrutura de uma edificação. Elementos estruturais da estrutura Foi visto que elementos estruturais são peças que têm a função de suportar e transmitir cargas. Mas o que são cargas? É comum utilizar a palavra "carga" com o sentido de peso ou carregamento, não é? Muitas vezes essa palavra é utilizada com o sentido de força ou esforço. Observar a figura a seguir. A figura mostra uma laje sustentada por quatro pilares. A laje atua como uma carga sobre os pilares. Diz-se que ela exerce uma força ou esforço sobre os pilares. Fim da amostra deste eBook. Você gostou? 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Madeira Idade da madeira Derrubada Cortes Transporte Secagem 8. Medidas comerciais 9. Peças de madeira 10. Madeira transformada Tipos Medidas comerciais 11. Estruturas de madeira Classificação da madeira Propriedades da madeira 12. Recebimento e armazenamento de materiais Formas para estruturas de concreto 13. Formas e armaduras Formas Recomendaçõespara a utilização das formas Retiradas das formas 14. Convencional Racionalizada 15. Elementos Molde Procedimentos 16. Máquinas, ferramentas, instrumentos, dispositivos e procedimentos técnicos para execução de formas de maneira convencional e racionalizada 107 Corte 17. Serra circular portátil Lâminas 18. Serrar madeira com serra circular portátil Processo de execução 19. Serra rotativa de bancada Serra rotativa de bancada Contato com o disco de corte 20. Discos de serra circular 21. Substituir discos de serra 22. Tipos de dentes de serra e de serrote Trava 23. Serrotes Serrote comum Serrote de costa Serrote de faca Serrote de ponta Serra para cortar folhas Serrote de meia esquadria Tipos de dentes do serrote 24. Lima Formato Picado Tamanho dos dentes e comprimento do corpo 25. Afiar serra e serrote 26. Travadeira Simples Alicate e revólver 27. Travar serrote Travar com travadeira simples Travar com travadeira tipo alicate ou tipo revólver Travar com repuxo e martelo 28. Serrar com serrote comum 29. Martelo Utilidade do martelo Partes do martelo e suas características Uso correto do martelo 30. Prego Medidas de pregos Tipos de pregos Retirada dos pregos 31. Pregar madeira 32. Ferramentas de sujeição e aperto Grampo 33. Prensar com grampo de expansão Pé-de-cabra 34. Despregar Despregar peças unidas sem elementos salientes Despregar peças unidas quando um dos elementos é saliente 35. Serra tico-tico Lâminas de serra 36. Serrar com serra tico-tico 37. Grosa 38. Grosar madeira 39. Compasso de pontas 40. Cintel 41. Traçar com compasso de pontas 42. Furadeiras portáteis Elétrica Manual 43. Broca Tipos de broca Ângulos de ponta Pua 44. Furar com furadeira elétrica e manual 45. Colocar tensores 46. Vocabulário técnico 47. Marreta 48. Machadinha e enxó Machadinha Enxó 49. Cravar estacas 50. Instrumentos de medir Metro e trena 51. Medir com o metro Determinar a distância entre dois pontos Fixar uma medida sobre um objeto 52. Instrumentos para marcar e verificar Lápis Riscador Esquadro Régua 53. Riscar Riscar com lápis e régua Riscar com lápis e esquadro 54. Prumo 214 Prumo de face Prumo de centro 55. Aprumar Com o prumo de face Com nível de bolhas 56. Nível de mangueira Funcionamento Características Conservação 57. Nivelar com mangueira 58. Nível de bolha Característica 59. Nivelar com o nível de bolha 60. Locar formas Locação de execução Locação de formas sobre lajes 61. Aplicação de sistema de forma para pilares e pilares-parede de seção retangular e circular de concreto Procedimento Aplicação de sistema de formas para vigas e vigas-parede de concreto Aplicação de sistemas de formas para lajes Aplicação de sistema de forma para escadas Aplicação de sistemas de formas para sapatas e/ou bloco sobre estacas Boas práticas para desforma com segurança Causas dos acidentes, prevencionismo e análise preliminar de riscos