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TIC – TIREOIDECTOMIA 1- O que orientar a um paciente candidato a uma tireoidectomia total? Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço - SBCCP (2018), algumas orientações devem ser feitas ao paciente candidato a uma tireoidectomia total, são elas: restrição a esforço físico no período pós-operatório, visando diminuir o aparecimento de inchaço e possível sangramento no leito cirúrgico; uso de cálcio, que busca evitar ou tratar os sintomas desagradáveis da hipocalemia, como formigamento e câimbras, são utilizados quase sempre temporariamente, e serão retirados conforme a função das glândulas paratireoides se restabelecem. Ademais, a reposição hormonal dos hormônios tireoidianos, podendo ser administrados alguns dias depois da cirurgia, visto que o nível de levotiroxina demora a cair da circulação sanguínea. Em relação aos hábitos alimentares não há restrições alimentares específicas para a cirurgia da tireóide, no entanto o paciente pode sentir um pouco de doar ao engolir no dia da operação, recomenda-se uma dieta leve (SBCCP, 2018). 2- Quais os riscos que podem ocorrer nessa cirurgia? As complicações observadas nas cirurgias de tireoide são atribuídas, normalmente, às condições do paciente, à natureza da tireopatia, à experiência do cirurgião e ao tipo de cirurgia como reabordagem cirúrgica e esvaziamento cervical. Elas podem ser transitórias, podendo variar de graves ocorrências a leves eventos, ou definitivas, quando os eventos constituem a principal preocupação ao cirurgião. As complicações pós tireoidectomia tem baixa taxa de sequelas, mas quando ocorrem, podem ser incômodas e incapacitantes (LOPES; AMARAL, 2019). As possíveis complicações pós-cirurgia atribuídas à realização de tireoidectomia são hematomas, hemorragias, paralisia das pregas vocais, hipotireoidismo, hipocalcemia e rouquidão fazem parte das complicações mais comuns. A hipocalcemia representa a complicação mais importante e menos desejável, e o hipotireoidismo é um resultado esperado em tireoidectomia total (LOPES; AMARAL, 2019). Uma das complicações é a paralisia das pregas vocais, que pode ser transitória ou permanente, associada com as seguintes causas possíveis: ação direta do cirurgião sobre o nervo laríngeo, lesão térmica através do bisturi elétrico, pressão do nervo pelo fio de sutura. Isso ocorre devido à proximidade da glândula com os nervos responsáveis pelos movimentos das cordas vocais. Estas mudanças na voz podem ser rouquidão, dificuldade em alcançar notas agudas ou cansaço ao falar, que normalmente regridem em algumas semanas, mas que podem perdurar por vários meses. Outra complicação é o hipoparatireoidismo que pode ser causado por lesão, desvascularização ou remoção da glândula (LOPES; AMARAL, 2019). Referências LOPES, F. P. R. A.; AMARAL, M. S. Cuidados de enfermagem na SRPA a pacientes submetidos à tireoidectomia total: uma revisão integrativa. Revista eletrônica graduação/pós-graduação em educação, v. 15, n. 3, 2019. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. O que você precisa saber sobre a tireóide? Dr. Renato de Castro Capuzzo, 2018.
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