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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC/AFYA - MEDICINA 2º PERÍODO TIC’S: TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO MARIA FERNANDA SANTOS ANDRADE SEMANA 10: Tireoidectomia 1. O que orientar a um paciente candidato a uma tireoidectomia total? A Tireoidectomia é o procedimento em que se faz a remoção cirúrgica da Glândula Tireoide. Normalmente, é realizada sob anestesia geral, em ambiente hospitalar. Pode ser total ou parcial. E é feita para tratar problemas na tireoide, tais como nódulos, aumento exagerado na glândula, câncer e outros. Antes da tireoidectomia, é necessário que o paciente esteja ciente de algumas recomendações importantíssimas para o sucesso da cirurgia. Caso o paciente esteja utilizando medicamentos como AAS, Aspirina, Buferin ou Melhoral, deve haver avaliação dos riscos e programação para suspender o uso destas medicações alguns dias antes do procedimento, porque uso destes remédios aumenta muito o risco de sangramento durante a cirurgia e no pós-operatório. Outro ponto necessário é que o paciente deve ficar em jejum por 8 horas antes do procedimento. Convém pontuar que haverá alteração no estilo de vida após a cirurgia, e que o paciente precisará adotar medidas importantes para o seu bem-estar. Um passo necessário é a reposição dos hormônios tireoidianos, uma vez que estes deixarão de ser produzidos com a retirada da tireoide e são necessários para o bom funcionamento corporal, pois, além de outras funções, regulam o metabolismo. Além disso, na tireoidectomia total, deve ser orientado o uso de cálcio temporariamente, até que das glândulas paratireoides se restabelecerem. Isso é importante para minimizar os sintomas causados pela hipocalcemia, como, por exemplo, o formigamento e a câimbra. O paciente deve estar ciente que no pós-operatório, é comum sentir muita náusea devido a anestesia, além da forte dor e sensação de garganta inflamada (que vem acompanhada de tosse, rouquidão e pus), devido a manipulação da traqueia e por conta da intubação durante a anestesia geral. 2. Quais os riscos que podem ocorrer nesta cirurgia? Durante a operação, a complicação mais comum é a hemorragia, em especial a da artéria tireóidea, que precisa ser controlada rapidamente, para não causar grandes consequências. Já na hemorragia do pós-operatório, o risco não tá ligado apenas pela perda de sangue me si, mas sim pela possibilidade de comprimir a traqueia e asfixiar o paciente, caso este não seja socorrido a tempo. Outro ponto é Hipocalcemia, uma vez que as glândulas paratireoides responsáveis pela produção do hormônio calcitonina que regula o nível de cálcio no sangue. Após uma tireoidectomia, pode haver uma diminuição temporária ou definitiva da função destas glândulas levando a queda dos níveis de cálcio no sangue (hipocalcemia). Uma lesão comum da tireoidectomia é a mudança na qualidade da voz (rouquidão) ou por uma total perda da voz (esta já não é tão recorrente). Isto ocorre devido à proximidade da glândula com os nervos responsáveis pelos movimentos das cordas vocais. Estas mudanças na voz podem ser rouquidão, dificuldade em alcançar notas agudas ou cansaço ao falar. Normalmente regridem em algumas semanas, mas podem perdurar por vários meses. A reabilitação vocal ocorre através da terapia fonoaudiológica. Associado a alterações na voz, temos a lesão do ramo lateral do nervo laríngeo superior. Sua lesão não ocasiona efeitos imediatos, mas pode causar uma transitória ou às vezes permanente baixa da voz. Referências: C APUZZO, Renato de Castro. O que você precisa saber sobre Tireóide?. Sociedade Brasileira de Cabeça e Pescoço, 2018. Disponível em: https://cbccp.org.br/anaisCbccp.pdf. Acesso em: 11 de out. de 2021 LORENZI, Geraldo. Complicações da tireoidectomia. Revista de Medicina, v. 44, n. 1, p. 19-24, 1960.
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