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Introdução ao Marketing e Mix de Marketing

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GESTÃO DE CARREIRA E MARKETING PESSOAL 
Disciplina dos cursos de Pós-Graduação em ILUMINAÇÃO E DESIGN DE INTERIRORES e MASTER EM ARQUITETURA 
 
 
Professor Ênio Padilha - www.eniopadilha.com.br - professor@eniopadilha.com.br 2 
INTRODUÇÃO AO MARKETING 
Apesar de a palavra marketing circular no Brasil de hoje como qualquer termo ligado ao futebol ou músi-
ca o conceito de marketing ainda é muito pouco entendido. Quase todos os chefes, gerentes ou diretores 
de marketing das empresas são, na verdade, chefes, gerentes ou diretores de vendas, publicidade, propa-
ganda ou coisas do gênero. Para a maioria das empresas, investir em marketing significa investir em pro-
paganda, vendas agressivas, relações públicas ou qualquer outro tipo de comunicação com o mercado. 
Evidentemente, o marketing é muito mais do que isso e a única explicação possível para esse desvio de 
significação que ocorre no Brasil (e só no Brasil, é importante frisar) é a deficiência na educação do povo, 
que se manifesta em todos os níveis, o que inclui o empresariado. Muita gente assume comportamentos 
por puro modismo e incorpora significados às palavras por ouvir dizer ou por ter lido uma orelha de livro. 
Poucos são, no país, os que se dispõem a investigar em profundidade qualquer conceito, sendo que a mai-
oria, o que inclui muita gente com formação superior, sucumbe às definições simplistas do senso comum. 
Além disso, o marketing é um conceito relativamente recente. Apesar de ter surgido no início do século 
passado, por volta de 1900, ele ficou, até o início dos anos 50 circunscrito às fronteiras norte-americanas. 
Somente nos primeiros anos da década de 1950 é que ele foi adotado na Europa e no Brasil. E são tam-
bém, dessa época (décadas de 50 e 60), os autores clássicos mais conhecidos como Neil H. Borden, que 
introduziu o conceito de mix de marketing; Jerome E. McCarthy, que sintetizou esse conceito com os ho-
je famosos “4Ps” (Produto, Preço, Promoção e Ponto Comercial) e Philip Kotler que foi responsável pela 
grande divulgação dada a esses conceitos, além de Theodore Levitt, autor do famoso artigo que introduziu 
o conceito de Miopia em Marketing. 
Nesses 100 anos de existência, as interações entre fornecedores e consumidores e entre fornecedores e a 
sociedade sempre foram o ponto central do interesse do marketing. Volta-se, aqui, ao tema inicial desse 
texto: como o marketing é visto pelas pessoas em geral. O marketing é, na verdade, uma coisa muito 
grande. Um conceito muito amplo, que engloba muitas dimensões. Isso, certamente, dificulta a absorção e 
o entendimento das pessoas no Brasil, que foram acostumadas à informação imediata, superficial, simpli-
ficada, direta. Qualquer explicação mais elaborada é logo taxada de “mera filosofia” e descartada sem 
remorsos. Esse comportamento inclui, infelizmente, até as camadas mais educadas da sociedade. Trata-se 
de uma miséria intelectual. 
O fato de as pessoas freqüentemente confundirem marketing com publicidade e propaganda é decorrente, 
também da circunstância nada desprezível de que a propaganda e os seus agentes, os publicitários, consti-
tuem a parte mais glamourosa do marketing. É o lado artístico, criativo, divertido, instigante. Acresce que 
a publicidade aparece mais por um outro motivo: é a parte do marketing que se relaciona com a mídia, 
que é, numa conceituação mais ampla, o conjunto dos veículos de comunicação de massa. Ainda segundo 
Raimar Richers. a mídia brasileira ajuda a promover a falsa noção que associa o marketing à malandra-
gem, vigarice e, sobretudo, do jeito de se autopromover à custa da sociedade, sendo que os principais ato-
res dessa comédia de falsificações são os nossos políticos, ou seja, os homens que ficam mais tempo ex-
postos na mídia e que produzem verdadeiras pérolas de ignorância sobre o assunto. 
Assim, o esforço dos estudiosos do marketing vai no sentido de entendê-lo como um conceito amplo, uma 
tecnologia capaz de orientar a administração de organizações através de pesquisas de marketing, segmen-
tação de mercado, administração do mix de marketing (produto, preço, distribuição e comunicação com o 
mercado) e do plano de marketing. 
O desafio é grande, pois o tema é complexo e muito amplo. A confusão criada em torno do verdadeiro 
significado da palavra marketing é apenas uma das grandes dificuldades dessa tarefa. 
 
GESTÃO DE CARREIRA E MARKETING PESSOAL 
Disciplina dos cursos de Pós-Graduação em ILUMINAÇÃO E DESIGN DE INTERIRORES e MASTER EM ARQUITETURA 
 
 
Professor Ênio Padilha - www.eniopadilha.com.br - professor@eniopadilha.com.br 3 
MARKETING (Administração do Mercado) 
Mix de marketing ou composto mercadológico é uma expressão muito usada em marketing. No entanto, a imensa 
maioria das pessoas não sabe o seu exato significado. Muita gente (talvez até você mesmo), se tiver que responder 
à pergunta “o que é mix de marketing?” vai responder mais ou menos o seguinte: “Mix de marketing é a composi-
ção de canais de comunicação utilizados por uma empresa para se apresentar ao mercado. Por exemplo: 10% 
via televisão, 30% no rádio, 25% em jornais, 15% em outdoors e 20% através de outras mídias alternativas. É, 
em última análise, o conjunto de todos os tipos e meios de publicidade e propaganda utilizados por uma empre-
sa”. 
Resposta errada! Mas porque será que tanta gente pensa assim? 
Simples. Marketing lembra propaganda. E muito pouca gente imagina que marketing seja um assunto complexo, 
tão cheio de interdisciplinaridades. Então é pá-puf: falou marketing, lembrou propaganda. Mix de marketing, ob-
viamente, é mix de propaganda. Não parece lógico? 
Parece. Mas não é. 
E neste capítulo nós vamos tentar esclarecer esse assunto pra você. 
Comecemos pelo começo: Marketing não é, por mais que muita gente pense, APENAS propaganda, publicidade, 
divulgação, comunicação... enfim, um conjunto de coisas que dizem respeito à PROMOÇÃO do produto ou da or-
ganização. É muito, muito mais! 
Esqueça quase tudo o que você “sabe” sobre o assunto. Sem querer ser arrogante ou prepotente posso afirmar, sem 
medo de errar, que mais de 90% de tudo o que se escreve em jornais e revistas sob o título “MARKETING” é, na 
verdade alguma coisa sobre propaganda, publicidade, vendas, comunicação, negociação... 
Quase todos os gerentes, chefes ou diretores de marketing das empresas são, na verdade, gerentes, chefes ou direto-
res de vendas, publicidade, propaganda ou coisa assim. 
Fazer marketing não é, simplesmente, fazer propaganda ou cuidar da divulgação do produto. Fazer marketing é 
administrar TODAS as variáveis que interferem, de forma direta ou indireta, na relação do produto (ou da organi-
zação) com o seu mercado. 
Fazer marketing é estabelecer POLÍTICAS DE MERCADO. Mix de marketing (ou marketing mix, ou composto 
mercadológico) é o conjunto de todos os elementos que constituem a atividade comercial da empresa. É o con-
junto das políticas de mercado que uma empresa estabelece com o objetivo de criar, melhorar ou cristalizar uma 
percepção positiva do mercado (e não apenas dos clientes) em relação ao seu produto. 
Que elementos são esses? Que políticas de mercado são essas ? 
Para simplificar a memorização os americanos criaram os mundialmente conhecidos 4Ps do Marketing. Cada “P” 
indica um desses elementos principais. Uma dessas políticas de mercado. Product (Produto), Price (Preço), Place 
(Praça-Distribuição) e Promotion (Promoção) (*) 
Não adianta ter a melhor propaganda do mundo se o produto é ruim ou se o preço é inadequado ao mercado ao qual 
o produto se destina. Ou se a distribuição do produto (ponto comercial) compromete a possibilidade de ele vir a ser 
comprado. 
 
Na figura 4.1A vemos uma representação, sob a forma de 
gráfico pizza, do mix de marketing de uma empresa qual-
quer. O tamanho de cada fatia da "pizza" representa o grau 
de importância que aquela política de mercado tem nomar-
keting daquela empresa. No caso, todas as políticas têm 
uma importância igual e, portanto, recebem o mesmo inves-
timento de recursos (tempo, dinheiro e energia). 
 
GESTÃO DE CARREIRA E MARKETING PESSOAL 
Disciplina dos cursos de Pós-Graduação em ILUMINAÇÃO E DESIGN DE INTERIRORES e MASTER EM ARQUITETURA 
 
 
Professor Ênio Padilha - www.eniopadilha.com.br - professor@eniopadilha.com.br 4 
Um salão de beleza, uma joalheria e uma oficina mecânica, por exemplo, podem ter mix de marketing diferentes, 
pois cada uma dessas empresas precisa dar mais ou menos importância a políticas distintas. Veja as figuras 4.2A, B 
e C (*) 
 
Nota: Se você discorda dos valores apresentados em algum desses gráficos, parabéns! É sinal que você já está entendendo “o espírito da 
coisa”. E não se preocupe. Esses gráficos não têm mesmo a pretensão de serem perfeitos. São apenas ilustrativos. 
A definição do marketing como um conjunto de quatro grandes políticas de mercado (Produto, Preço, Ponto Co-
mercial e Promoção), embora conceitualmente correta e atual, acabou por ser ampliada pelo trabalho de inúmeros 
pensadores dessa ciência da Administração de Empresas, de tal maneira que o marketing é, hoje, um conjunto de 
15 políticas fundamentais, agrupadas nestas quatro Macropolíticas (Produto, Preço, Ponto Comercial e Promoção): 
Temos, assim, as políticas de Produto, Pesquisa de Mercado, Pesquisa & Desenvolvimento, Procedimentos, Pesso-
al, Preço, Negociação, Instalações, Disponibilização, Imagem, Comunicação, Propaganda, Vendas, Pós-vendas e 
Parcerias. 
Para cada um desses assuntos (políticas de mercado) é preciso tomar decisões e implementar ações. Todas as coi-
sas que são feitas aí resultam, de alguma forma, em uma alteração na PERCEPÇÃO que o mercado tem do produto 
ou da empresa. 
Ter um bom marketing, portanto, significa administrar com inteligência TODAS essas políticas. Agir em TODAS 
as frentes para que, por onde quer que o produto seja observado, seja percebido como algo bom, interessante e dig-
no de ser adquirido. 
Como se pode ver, a parte que diz respeito à publicidade e propaganda corresponde a apenas um dos Ps. 
Observe que as quinze políticas de mercado estão a-
grupadas por associação com as 4 macropolíticas fun-
damentais (os 4Ps). Assim, por exemplo, a macropo-
lítica de Produto engloba um conjunto de outras polí-
ticas que estão, de forma direta ou indireta, ligadas ao 
mesmo assunto; a macropolítica de Preço divide-se 
em Política de Precificação e Política de Negociação 
de Preços; a macropolítica de Ponto Comercial é 
formada pelas Políticas de Disponibilização e de Ins-
talações que, somadas, representam o ponto comerci-
al; por fim, veja que a macropolítica de Promoção é, 
na verdade, um conjunto de seis políticas (Imagem, 
Comunicação, Propaganda, Vendas, Pós-vendas e 
Parcerias) que dizem respeito à apresentação e divul-
gação da empresa ou do produto. 
 
GESTÃO DE CARREIRA E MARKETING PESSOAL 
Disciplina dos cursos de Pós-Graduação em ILUMINAÇÃO E DESIGN DE INTERIRORES e MASTER EM ARQUITETURA 
 
 
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Afinal, que é e o que não é Marketing? 
Li, certa vez um artigo em que o autor apresentou umas dez maneiras diferentes de definir o que é marketing. 
Evidentemente algumas daquelas definições eram incompletas e até mesmo incorretas em alguns pontos. Mas o que 
o autor queria demonstrar era que “é impossível definir o que é marketing”, completando, triunfante: “Tudo é 
marketing!” “Nada é marketing!”. 
Que pobreza! Não existe nada de complicado em definir o que seja Marketing. E os autores nem precisam se esgoe-
lar com este objetivo. A definição já existe. E é muito boa: 
Em 1985, a American Marketing Association
1
 fez uma revisão de 25 alternativas e apresentou a seguinte defini-
ção: 
"Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, o preço, 
a promoção e a distribuição de idéias, bens e serviços, para criar tro-
cas que satisfaçam os objetivos de indivíduos e organizações"2 
A definição acima pode (e deve) ser analisada minuciosamente para que todas as palavras e expressões utilizadas 
revelem seus significados mais expressivos. 
Por exemplo, o que significa dizer que “marketing é o processo...”? 
Quer dizer, basicamente, que o marketing não pode ser definido por ações isoladas ou pontuais. A idéia de PRO-
CESSO (começo, meio, fim...) é fundamental para o entendimento do marketing. Ao decidir-se pelo marketing 
(como estratégia de conquista e manutenção do mercado) o profissional deve ter claro que haverá investimento (de 
tempo e dinheiro) de forma sistemática e permanente. 
Continuando, a definição diz que o marketing é o processo de “Planejar e Executar”. Há uma ênfase não declara-
da para o “E” que liga os dois verbos: planejar é importante pois garante que os investimentos que serão feitos têm 
alguma razão e motivação. Mas executar é o que dá sentido ao planejamento. Planejar E executar são partes da es-
sência do marketing. Pode-se dizer que planejar e não executar geralmente é perda de tempo e de dinheiro. Por 
outro lado, executar sem planejamento é aventura (e não estratégia empresarial) 
Seguindo, o marketing é o processo de planejar e executar... “a concepção, o preço, a promoção e a distribui-
ção”... 
A Concepção: o escopo do produto que será oferecido ao mercado. Com que nível de qualidade? quais as caracte-
rísticas? O que está ou não incluído no produto? 
O Preço: quanto pode (ou deve) custar o produto, para os potenciais compradores? Como o preço do produto pode 
influenciar a percepção dos stakeholders
3
 sobre a marca, o produto e a empresa? 
A Promoção: como os potenciais compradores serão informados sobre o produto? e como serão estimulados a ad-
quiri-lo? 
E a Distribuição: como esse produto chegará aos potenciais compradores? Onde estará disponível? 
Então... O Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, o preço, a promoção e a distribuição... de i-
déias, bens e serviços 
Idéias e Produtos (que podem ser bens e/ou serviços) constituem o objeto de trabalho do marketing. As idéias são 
coisas que as organizações querem transmitir para um público, com o objetivo de conquistar admiradores, adeptos, 
seguidores e parceiros. E os produtos (bens e/ou serviços) são coisas que a organização produz e disponibiliza para 
realizar trocas comerciais com o mercado. 
 
 
1
 Associação de profissionais e estudiosos de marketing com mais de 40 mil membros. Fundada em 1937 a partir da fusão de duas organiza-
ções anteriores, a Associação Nacional de Professores de Marketing e da Sociedade Americana de Marketing. É responsável pelas mais impor-
tantes publicações sobre o tema e é referência para o desenvolvimento desta área do conhecimento. 
2
 Esta visão havia sido enunciada por Jerome McCarthy 25 anos antes: (MCCARTHY, E. J. Basic Marketing. A Managerial Approach. Home-
wood, Illinois. 1960) 
3
 Este termo utilizado nos estudos de administração e que serve para designar, basicamente, "todo indivíduo (ou grupo de indivíduos) que tem 
com a organização uma relação de propriedade ou de interesse. Pode ser um Stakeholder Primário (sócios, empregados, clientes e fornecedo-
res) ou um Stakeholder Secundário (comunidade, governo e sociedade)." 
 
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Disciplina dos cursos de Pós-Graduação em ILUMINAÇÃO E DESIGN DE INTERIRORES e MASTER EM ARQUITETURA 
 
 
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Concluindo: Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, o preço, a promoção e a distribuição de 
idéias, bens e serviços... para criar trocas que satisfaçam os objetivos de indivíduos e organizações. 
O conceito de TROCA é central no Marketing. E trocas são feitas quando são identificados INTERESSESRECÍ-
PROCOS. 
A satisfação das partes envolvidas deve ser o objetivo principal do marketing. Se, por um lado, devemos identificar 
os desejos, necessidades e anseios dos clientes potenciais, para que eles sejam satisfeitos com o nosso produto, 
também não podemos perder de vista as nossas próprias necessidades e desejos, pois o marketing deve garantir que 
a nossa relação com o cliente seja interessante também para a nossa própria empresa. 
As empresas e profissionais de Engenharia e de Arquitetura devem identificar os interesses dos seus clientes e criar 
(ou modificar) produtos que propiciem as trocas que representem vantagens recíprocas 
Sem perder de vista a definição vista e analisada acima (a qual adotamos como sendo correta) podemos dizer que o 
Marketing é, simplesmente, “o conjunto de todas as políticas de mercado de uma empresa”. E que Política de 
Mercado é qualquer política empresarial que trate de decisões sobre assuntos que produzam impacto sobre a per-
cepção que o mercado tem sobre a organização ou sobre o seu produto. 
Além da falta de conhecimento e respeito à definição do marketing, existem, também, muitos mitos e muitas boba-
gens que são ditas em nome de um suposto conhecimento de marketing. 
Vejamos abaixo algumas afirmações que servirão para fixar o entendimento do conceito visto acima. O que é e o 
que parece ser (mas não é) marketing? 
Mentir sobre um produto ou serviço para torná-lo mais interessante não é Marketing (é mentira). 
Omitir informações relevantes, mas que pesam contra a decisão de compra do cliente não é Marketing (é desonesti-
dade). 
Enganar o cliente não é Marketing (é trapaça). 
Marketing é explorar argumentos de forma inteligente e criativa. 
Marketing é evidenciar as Características, as Vantagens e os Benefícios de um produto (mercadoria ou serviço). 
Marketing á a atividade econômica que mais cresce no mundo. 
Investir em Propaganda e Publicidade sem se preocupar com a qualidade do produto, o seu preço, a distribuição no 
mercado, as pessoas e os processos envolvidos ou o pós-venda...não é marketing (é simplesmente, propaganda!). 
Marketing é uma filosofia gerencial integrada que consiste em atender o mercado e atender as suas necessidades, os 
seus anseios e seus desejos. 
Exagerar ao descrever vantagens e benefícios não é Marketing (é um caminho para a perda da credibilidade). 
Oferecer propina para obter vantagem competitiva não é Marketing (é corrupção, da grossa!). 
Marketing é despertar interesses adormecidos. 
Marketing é uma atividade integrada. Ações isoladas, por mais brilhantes que sejam, não têm grandes efeitos posi-
tivos no mercado. 
Explorar sem piedade uma desgraça ocorrida com o concorrente não é marketing (é manifestação de mau caráter!). 
Falar mal dos concorrentes (mesmo quando se trata da mais pura verdade) não é Marketing (é tolice!). 
Marketing é dominar as tecnologias de informação. Não é apenas conhecer o vocabulário. 
Marketing é conhecer o mercado em que se pretende atuar. Conhecer o mercado significa conhecer os clientes, co-
nhecer os fornecedores e, fundamentalmente, conhecer os concorrentes. 
Marketing é análise do mercado. 
Marketing é Pesquisa de Prospecção de Mercado, Pesquisa de Comportamento do Consumidor, Pesquisa de Satis-
fação do Cliente, Pesquisa, Pesquisa, Pesquisa... 
Fazer chantagem (de qualquer espécie) não é marketing (é estupidez!). 
Marketing não é fazer pressão emocional ou psicológica sobre os clientes. 
Marketing é Criatividade. 
Marketing é Bom Humor. 
Marketing é Assunto sério! Exige muito talento, estudo e experiência profissional. 
 
GESTÃO DE CARREIRA E MARKETING PESSOAL 
Disciplina dos cursos de Pós-Graduação em ILUMINAÇÃO E DESIGN DE INTERIRORES e MASTER EM ARQUITETURA 
 
 
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Marketing é respeitar a dignidade das pessoas e não usar a raça, o sexo, a origem étnica ou qualquer outra caracte-
rística natural como motivo de chacota ou agressão. 
Marketing é o que pode fazer a diferença entre dois produtos ou serviços aparentemente iguais. 
Marketing é tudo o que se faz para colocar o produto (mercadoria ou serviço) certo, no lugar certo e na hora certa. 
Marketing não é o que faz o produto ser vendido. É o que faz o produto ser comprado. 
Arrogância não é marketing (é desvio de comportamento). 
Marketing é sinceridade. 
Fazer qualquer coisa para obter lucro a qualquer preço não é marketing (é mesquinharia!). 
Marketing é pesquisar e estudar o mercado. Planejar as estratégias. Agir com determinação e competência. 
Marketing não é só Teoria. É Ação! O melhor plano de marketing não vale nada se não for concretizado. Não exis-
te marketing se não existem ações concretas. 
Marketing não é coisa de empresa grande. É uma necessidade de qualquer pessoa ou organização, de qualquer ta-
manho, em qualquer área de atuação. 
Marketing é agilidade na percepção do problema. Agilidade na tomada de decisão. Agilidade na Ação.
 
GESTÃO DE CARREIRA E MARKETING PESSOAL 
Disciplina dos cursos de Pós-Graduação em ILUMINAÇÃO E DESIGN DE INTERIRORES e MASTER EM ARQUITETURA 
 
 
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GESTÃO DE CARREIRA 
O conceito de carreira começou a ser analisado com mais profundidade na década de 1970, por um grupo de pes-
quisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) do qual faziam parte nomes como Lotte Bailyn, Dou-
glas Hall, John Van Maanen e Edgar Schein. É de um deles, John Van Maanen (1977, no livro Organizational Ca-
reers: Some New Perspectives), o nosso ponto de partida: “a carreira é um caminho organizado e estruturado no 
tempo e no espaço que pode ser percorrido por alguém”. Antes, em 1976, Douglas Hall já havia afirmado que 
“carreira é uma sequência de atitudes e comportamentos, associada com experiências e atividades relacionadas ao 
trabalho, durante o período de vida de uma pessoa". Daí podemos concluir duas coisas: (1) Carreira é um conceito 
ligado a um indivíduo; (2) é uma sequência de fatos que depende de circunstâncias, oportunidades e, principalmen-
te, escolhas; (3) Carreira inclui as consequências, mas também as suas causas. 
É disso que trataremos neste artigo: de como indivíduos podem analisar as circunstâncias, aproveitar as oportuni-
dades e fazer as melhores escolhas. 
Nos anos 1970, quando se iniciaram os estudos sobre carreira, a análise se dava com o indivíduo ligado a uma or-
ganização. Portanto, a circunstância estava claramente estabelecida, com suas regras e leis internas. Cabia ao indi-
víduo ajustar-se a essa circunstância para garantir seu caminho. Não é demais lembrar que, na língua inglesa, a pa-
lavra carreira (career) originalmente identificava a “estrada para carruagem”. Algo que hoje seria traduzido como 
“trilho”). 
Para os efeitos deste trabalho, vamos assumir que a gestão da carreira, para um profissional de Arquitetu-
ra, consiste em garantir que o seu nome seja uma marca reconhecida e valorizada pela sociedade e pelo 
mercado. Essa conquista, que pouca gente alcança, pode ser obtida por diversos caminhos. Um desses 
caminhos é a utilização dos recursos de marketing pessoal. Mas não esse marketing pessoal que muita 
gente entende como simples autopromoção. É marketing pessoal no sentido amplo, conforme descreve-
remos adiante. 
Para estabelecer uma estratégia de Marketing Pessoal que gere resultados é importante que o indivíduo 
conheça a sua própria escala de valores e que faça dela a sua bússola. Para que a Imagem Pública seja 
verdadeira e a pessoa se sinta bem consigo mesmo, não deve ceder à tentação de permitir o império da É-
tica da Personalidade sobre a Ética do Caráter. Vou tentar esclarecer esse assunto: 
O escritor norte-americano Stephen R. Covey (Os 7 Hábitos das Pessoas Muito Eficientes, publicado em 
1989) descreve o resultado de uma pesquisa em duzentos anos de literatura sobre sucesso.Centenas de 
livros, artigos e ensaios publicados nos Estados Unidos, desde 1776. 
Dessa pesquisa emerge uma realidade no mínimo surpreendente: nos primeiros 150 anos toda a literatura 
sobre o sucesso estava baseada na Ética do Caráter: princípios e valores como Integridade, Humildade, 
Fidelidade, Persistência, Coragem, Diligência, Modéstia e, fundamentalmente, Senso de Justiça (fazer aos 
outros o que desejamos que nos façam). 
Nos últimos 50 anos, no entanto, a Ética do Caráter cedeu lugar para a Ética da Personalidade, baseada 
em valores superficiais onde a forma é mais importante do que o conteúdo. Onde ter uma boa Imagem 
Pública é mais importante do que ter uma boa índole. Parecer é mais importante do que ser. 
Por isso tem tanta gente correndo atrás de receitas fáceis, dicas e truques, soluções imediatas para lubrifi-
car relacionamentos, habilidades e técnicas para fazer amigos e influenciar pessoas, mesmo que essas 
“técnicas” incluam fingir interesse pelos problemas dos outros ou o uso de outros artifícios como o “po-
der do olhar” e outras coisas do gênero. 
O retorno da sociedade aos princípios e valores correspondentes à Ética do Caráter é uma responsabilida-
de de todos. Mas é muito maior para aqueles que têm acesso a algum meio de divulgação de idéias. Quan-
to maior o acesso ao conhecimento e aos meios de comunicação, maior a responsabilidade. Por isso é 
importante que fique muito claro: a Imagem Pública deve ser VERDADEIRA. Não apenas para “Uso 
Público”. Os seus valores devem ser sintonizados com os valores do seu público e a sua imagem deve 
traduzir esses valores. 
 
GESTÃO DE CARREIRA E MARKETING PESSOAL 
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FASES DA CARREIRA 
Max Gehringer
4
 em comentário para a rádio CBN, do dia 06/01/2009 fala das quatro fases da carreira 
profissional. 
1) a fase do Aprendizado (vai dos 18 aos 25 anos); 
2) a fase da Coragem (vai dos 26 aos 34 anos); 
3) a fase da Colheita (vai dos 35 aos 45 anos) e 
4) a fase da Inércia (vai dos 46 anos em diante); começa a busca pela estabilidade. 
Julio Sergio Cardozo
5
, em artigo publicado pela HSM, define cinco fases para a carreira profissional: 
(1) para quem está na faixa etária de 20 a 30 anos, é a fase do trabalho duro, da busca pelo espaço ao sol; 
(2) para quem está na faixa etária de 31 a 40 anos e a fase do trabalho duro mas com aquisição de experi-
ência e testes de teorias e escolhas; 
(3) para quem está na faixa etária de 41 a 50 anos, é a fase em que os cuidados com o dinheiro assumem 
a lista de prioridades; 
(4) entre 45 e 50 anos, “poupar” para eventuais contingências é prioritário. A saúde torna-se a prioridade 
número dois, seguida da família, carreira e da aposentadoria; 
(5) para quem está na faixa etária de 51 a 60 anos a aposentadoria passa a ser a prioridade número 1 por-
que você está na derradeira década da vida profissional e se aproximando do pós-carreira. 
Daí pra frente... é o pós-carreira. 
Já Sílvio Celestino e Vanessa Novais
6
 sustentam que as fases (ou etapas) da carreira são sete: 
(1) Viabilização profissional (até ao redor dos 25 anos) - consiste em formação, seguida por estágio e 
por programas de trainee; 
(2) Consolidação e maturidade (ao redor de 30 anos) - consolidando sua experiência técnica passando 
de profissional júnior para sênior; 
(3) Primeira fase de liderança: líder de pessoas (ao redor dos 35 anos) cargos de gestão como coordena-
ção, supervisão e gerência; 
(4) Segunda fase de liderança: Líder de líderes (ao redor dos 40 anos) - cargos executivos como diretor, 
superintendente e CEO (presidência) 
(5) Terceira fase da liderança: Líder de negócio (ao redor dos 45 anos ou mais) 
(6) Última fase da carreira: Líder responsável pela formação e preparação de substitutos (Acima dos 50 
anos) - consultoria, cargos de gestão e negócio próprio. 
Depois virá a aposentadoria (Após os 65 anos) 
Assim, diversos autores que abordam a carreira profissional o fazem de maneira genérica e com a visão 
da carreira típica de executivos de grandes empresas. O foco, dessa maneira fica na empresa (e na utilida-
de que o indivíduo tem para os interesses da empresa); 
Pode-se dizer que existem alguns pressupostos na análise que esses autores fazem das carreiras profissio-
nais: 
1) Todos estabelecem as fases ou etapas da carreira em função direta da idade da pessoa; 
2) Nenhum considera carreiras que envolvam atividades empreendedoras ou de profissionais liberais; 
 
4
 (http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/max-gehringer/2009/01/06/AS-QUATRO-FASES-DA-CARREIRA-PROFISSIONAL.htm) 
5
 http://www.hsm.com.br/artigos/5-fases-da-vida-para-construir-carreira 
6
 citados por Diná Sanchotene em artigo publicado na gazeta on line - http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2009/11/560505-
veja+o+que+fazer+nas+sete+etapas+da+sua+carreira.html 
 
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3) Todos consideram uma primeira fase de formação (estudos, estágios ou programas de treinee); 
4) Todos consideram que a carreira deságua na aposentadoria. 
A nossa análise da carreira tem a visão do indivíduo com atividade potencialmente empreendedora e que 
pode atuar tanto em empresas como individualmente ou como sócio em negócio próprio. Exemplos: ar-
quitetos e engenheiros. 
Consideraremos a carreira típica de engenheiros e arquitetos seguindo o exemplo dos autores citados (di-
vidindo a carreira em fases) e fazendo uma pergunta crucial: 
O QUE É UMA CARREIRA PROFISSIONAL BEM-SUCEDIDA? 
(Desafios e conquistas do profissional de Arquitetura/Engenharia nos diversos estágios da sua carreira) 
Como recurso didático, iniciamos nossa análise lançando nosso olhar o mais distante possível: o momento 
da aposentadoria, 50 anos depois da formatura. Vamos considerar este ponto como sendo nosso objetivo 
de projeto e organizar todos os nossos planos pessoais no sentido de alcançar, naquele ponto da vida, os 
objetivos finais da carreira. Daí pra frente, nos anos que ainda restarem (e podem ser muitos) o objetivo é 
uma vida plenamente confortável sem mais nenhuma preocupação material. 
O que o profissional pode (e deve) almejar para quando estiver completando 40 anos pós-formatura 
(aproximadamente 65 anos de idade)? 
• Estar vivo 
• Estar saudável fisicamente 
• Estar saudável mentalmente 
(podemos não nos dar conta, mas a conquista dos três objetivos acima dependem muito de como nos 
comportamos desde os anos em que ainda estamos na faculdade) 
• Total independência financeira 
(observar que independência financeira não é o mesmo que estabilidade financeira. Independência fi-
nanceira significa, basicamente, não precisar mais trabalhar para viver muito confortavelmente) 
• Ser reconhecido pela sua proposta profissional 
• Ter um portifólio de serviços realizados que seja respeitável sob qualquer parâmetro 
• Ter uma reputação profissional consolidada 
• Reconhecimento Profissional (dos seus pares) 
• Ter discipulos / seguidores 
• Cobrar o preço justo pelo serviço 
• Escolher projetos e clientes 
O que faremos, portanto, é um projeto de carreira, baseado em metas e investimentos que conduzam o 
profissional do ponto zero (o início da carreira) até o ponto de conquista final, correspondente aos itens 
acima. 
Neste projeto, a carreira será dividida em cinco fases: 
(1) Formação (vai do primeiro dia da faculdade até cinco anos após a formatura. De 17/20 até 27/30 a-
nos) 
(2) Estruturação (vai da data de formatura até dez anos depois da formatura. De 22/25 até 32/35 anos); 
(3) Especialização(vai de cinco até 15 anos depois da formatura. 27/30 até 37/40 anos) 
(4) Estabilização (vai de 10 até 20 anos depois da formatura. 32/35 até 42/45 anos) 
(5) Investimentos Patrimoniais (vai de 20 até 40 anos depois da formatura. 42/45 até 62/65 anos) 
Daí pra frente... colheita dos investimentos realizados (tanto pessoais quanto patrimoniais) 
 
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Observar que: 
a) as fases se sobrepõem. A fase seguinte pode começar quando a fase anterior ainda não foi completa-
mente vencida; e 
b) A carreira começa não na data da formatura (como reza o senso comum) e sim muito tempo antes: no 
início da graduação. Isto porque, como vimos na definição de carreira (acima), “Carreira inclui as conse-
quências, mas também as suas causas”. Portanto, é preciso observar que tudo o que o indivíduo faz duran-
te a faculdade (suas ações, omissões e escolhas) terá consequências na nossa carreira. 
Sendo assim, o início da faculdade é aquele momento em que a carreira está toda por ser construída. É 
uma folha em branco onde o projeto será realizado. Cabe ao “calouro” iniciar a plantação. Assumir o con-
trole da sua carreira e a consciência de que tudo o que ele fizer (ou deixar de fazer) terá consequências na 
hora da colheita. 
Aqui cabe reproduzir um artigo publicado no nosso website em 2011... 
CARTA A UM CALOURO (DE ARQUITETURA OU DE ENGENHARIA)
7
 
Parabéns! Você acabou de ingressar numa carreira muito bonita, cheia de recursos e alternativas. Sim, sua 
carreira começa agora, no primeiro dia da faculdade e não no dia da formatura, como muita gente pensa. 
Quando analisamos a carreira de um profissional, quaisquer que sejam os critérios ou parâmetros sempre 
chegamos à conclusão de que o que é feito (ou deixado de fazer) durante o curso, ecoa por toda a car-
reira. É impossível desvincular as conquistas e as derrotas, o sucesso e o fracasso de um profissional das 
suas decisões, atitudes e comportamento DURANTE a faculdade. 
Portanto, preste atenção no que você faz ou deixa de fazer agora. A conta NÃO será apresentada daqui a 
cinco ou dez anos. A conta será cobrada daqui a trinta anos, quando você já estiver formado a 25. É aque-
le momento da carreira em que o profissional começa desfrutar dos investimentos pessoais de tempo e 
energia realizados até ali. 
Aqui esbarramos em dois problemas típicos da juventude: você deve ter 17, 18 ou 19 anos e, se você for 
uma pessoa normal, (1) Você não deve ter muita paciência com textos longos e já deve ter corrido o olho 
até lá embaixo e não gostou nada do comprimento dessa conversa; (2) Você nunca pensou em você mes-
mo com 50 anos de idade e, portanto, não considera necessário se preocupar com uma conta que só será 
cobrada daqui a 30 anos. 
Bom, com relação ao tamanho do texto, admito que o poder de síntese é importante... mas, acredite, exis-
tem assuntos que realmente exigem mais de 140 caracteres para serem tratados com o devido res-
peito. A sua carreira profissional é uma delas; Mas você pode abandonar a leitura aqui... 
Quanto ao segundo item a questão é mais complexa. Os jovens tem mesmo grande dificuldade de lidar 
com o futuro. Mas lembre-se de que, quando criança você dificilmente pensava além do próximo fim de 
semana. Na adolescência o futuro era a próxima festa com os amigos; Agora, apesar da dificuldade de vi-
sualizar os seus 50 anos, você já consegue fazer planos para o final do semestre e até mesmo para depois 
da formatura. Ou seja: expandir os horizontes do seu planejamento pessoal é uma questão de amadureci-
mento. E você está amadurecendo. 
Quanto mais maduro você estiver, maior será o seu horizonte de tempo no planejamento pessoal. Exerci-
te-se! Lembre-se que muitos jovens desperdiçam a juventude exatamente por não ter noção de que ela 
NÃO É ETERNA. 
A juventude é um recurso valioso, que você recebe sob a forma de saúde, força, resistência física, refle-
xos, plenitude dos sentidos e muita energia. Este recurso (a juventude) deve ser aproveitado pela pessoa 
para explorar o mundo, crescer, se divertir e desenvolver seus talentos. 
Algumas pessoas fazem a opção de consumir a sua juventude apenas em festas, jogos e outras atividades 
que envolvam APENAS distração e diversão; Você, que acaba de entrar em uma faculdade de Arquitetura 
ou de Engenharia provavelmente não faz parte deste grupo pois, sabemos que o acesso a esse curso, via 
de regra, não é fácil e não está ao alcance de quem optou por (apenas) se divertir durante a adolescência. 
 
7
 http://www.eniopadilha.com.br/artigo/2176 
http://www.eniopadilha.com.br/artigo/2176
 
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Portanto, boa parte do caminho você mesmo já trilhou. Agora, se me permite, vou dar de graça alguns 
conselhos que eu considero importantes. 
O primeiro conselho que eu dou a um estudante de Engenharia ou de Arquitetura é Estudar Muito. Co-
mo diz o colega Sebastião Lauro Nau, numa entrevista concedida para minha pesquisa (um trecho está 
publicado no nosso site
8
) "Por mais que digam que as suas notas não têm importância e o que importa é 
você se formar e ter o diploma, isso não é bem verdade. Você tem que ser um bom aluno. Tem que adqui-
rir o conhecimento, porque é esse conhecimento adquirido na universidade que vai lhe dar condições de 
continuar a aprender. Vai lhe dar disposição para aprender. Deve ser um bom aluno, ou seja: tirar notas 
boas, sim. Não pensar que isso não é importante. As empresas valorizam quem tem um bom histórico es-
colar." 
Acredite este é o momento na sua vida em que você terá a oportunidade e o acesso a informação e conhe-
cimento num nível superior de profundidade e num volume como você não terá em outras oportunidades. 
Aproveite. Aprenda muito. Não se perca em divagações tolas do tipo "Que utilidade isto terá para o exer-
cício da minha profissão?" Não cabe a você essa discussão e você, infelizmente, não está preparado para 
ter respostas satisfatórias. Então apenas estude. E estude muito! Não se limite a estudar apenas o suficien-
te. Estude muito. Os medíocres estudam o suficiente. Quem quer ser grande estuda muito. 
O segundo conselho que eu dou contraria o senso comum: com certeza alguém já deve ter aconselhado 
você a trabalhar durante a faculdade, para adquirir o conhecimento prático (experiência). Eu digo, NÃO 
FAÇA ISTO! Faculdade não é lugar para se obter experiência e prática profissional. Isso você vai conse-
guir (facilmente) depois de formado. Experiência se obtém muito rapidamente quando se tem uma boa te-
oria. 
Durante a faculdade, preocupe-se (dê prioridade) ao conhecimento teórico. Aprenda a organizar idéias, 
equacionar problemas... Aprenda a pensar. Isso é o que importa! O mercado está cheio de fazedores. Gen-
te que põe a mão na massa. Mas os valorizados são justamente aqueles que conseguem pensar melhor so-
bre o que estão fazendo. 
Acostume-se com o seguinte: nem tudo o que se aprende na faculdade tem aplicação prática (e imediata). 
Isto NÃO DEVE ser encarado como um problema. Arquitetos e Engenheiros são profissionais cujo objeto 
de estudo é o futuro. São profissionais cujo produto (soluções de arquitetura e de engenharia) tem uma 
imensa componente intelectual (e, portanto, teórica). A base teórica de um engenheiro ou arquiteto preci-
sa ser ampla e sólida. O período de faculdade é o período ideal para o desenvolvimento dessas habilida-
des. As habilidades práticas, tão endeusadas por tanta gente, constituem justamente a parte fácil. Não sepreocupe com isso agora. Quando chegar a hora de "botar a mão na massa" você verá que a melhor práti-
ca ainda é aquela sustentada por uma boa teoria. 
Vou repetir aqui pra não deixar dúvidas: experiência e prática são importantes para o exercício profissio-
nal. Mas os estágios curriculares e algumas atividades extra-curriculares são suficientes para que você 
saia da faculdade pronto para enfrentar o mercado. A verdadeira experiência e o domínio da prática pro-
fissional deve ser uma conquista pós-formatura. 
Terceiro conselho: Comece a construir a sua rede de relacionamentos. Mas, preste atenção: rede de rela-
cionamento não é rede de pescar. Não é teia de aranha. Não é rede de contatos pra se dar bem ou para ter 
pra quem pedir coisas, quando precisar. Nada disso! 
Uma rede de relacionamentos é um conjunto de conexões consistentes que o indivíduo estabelece com 
pessoas com as quais ele interage, de forma ativa e generosa. Sim, eu disse GENEROSA! Você precisa se 
doar, ser útil, contribuir para o crescimento dos indivíduos que fazem parte da sua rede de relacionamen-
tos. 
 
8
 http://www.eniopadilha.com.br/artigo/1218 
http://www.eniopadilha.com.br/artigo/1218
 
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Portanto, construir uma rede relacionamentos significa ser alguém para os outros. Significa registrar-se de 
forma positiva na mente dessas pessoas. Significa ser alguém em quem essas pessoas pensarão (de pri-
meira) quando estiverem em busca de alguém que seja capaz de assumir uma responsabilidade, resolver 
um problema ou tocar um projeto qualquer. 
Este período de faculdade (e também os primeiros anos depois de formado) é o tempo certo para construir 
uma sólida rede de relacionamentos, porque é o período em que você terá contato com o maior número de 
pessoas em toda a sua vida: seus colegas de sala de aula, seus colegas de outras turmas da faculdade, es-
tudantes de outros cursos, professores, funcionários da escola, visitantes, parentes, empregados e patrões 
nas empresas onde você fizer estágios, participantes dos fóruns, seminários ou congressos dos quais você 
participe e mesmo a turma das festas e das atividades esportivas... é muita gente! 
Capitalizar esses contatos é uma questão de estratégia e inteligência. O objetivo é simples: ser interessan-
te (ou seja: fazer com que as pessoas se interessem por você e pelos seus objetivos). A estratégia sugerida 
é ser útil. Ninguém se torna interessante se não serve pra nada!. 
Seja útil. Seja disponível. Ajude as pessoas, divida conhecimentos, seja generoso. Não espere recompen-
sas imediatas. O retorno do investimento na Rede de Relacionamento não é pontual. Não se trata de um 
"toma-lá-dá-cá". Investir numa Rede de Relacionamento é construir um universo que conspirará a seu fa-
vor, no futuro! 
Tenho mais conselhos, mas vou parar aqui (por enquanto). Nem sei ainda como esses primeiros serão re-
cebidos... 
Além do mais, sei que já estou abusando do quesito "tamanho do texto" 
ÊNIO PADILHA 
 
MAIS RECOMENDAÇÕES A UM CALOURO (DE ARQUITETURA OU DE ENGENHARIA) 
Além das recomendações constantes do artigo acima, um estudante de arquitetura ou de Engenharia, no início do 
curso deve ter as seguintes preocupações. 
- Começar a montar e organizar a sua biblioteca; 
- Investir tempo e energia no desenvolvimento dos fundamentos da profissão (desenho, expressão gráfica, percep-
ção espacial, matemática, projeto, criatividade) 
O PROFISSIONAL RECÉM-FORMADO 
A segunda fase da carreira (estruturação) começa quando o profissional termina a graduação. Porém, nesse momen-
to a fase anterior (formação) ainda não terminou. Na verdade, encontra-se no meio. 
Portanto o profissional recém-formado precisa se preocupar ainda (e fortemente) em concluir a sua formação e ini-
ciar a sua estruturação. 
Nosso site publicou (em 2003 e 2004) duas CARTAS A UM ENGENHEIRO RECÉM-FORMADO
9
 onde são for-
necidas algumas orientações gerais para enfrentar os primeiros anos de atividade profissional e também um escla-
recimento sobre os pontos-fortes (nem sempre explorados) do profissional recém-formado. 
Ao concluir um curso de Arquitetura ou de Engenharia espera-se que o profissional... 
a) Tenha amadurecimento intelectual suficiente para seguir aprendendo coisas da sua área de atuação (em outras 
palavras, que seja capaz de ler, interpretar e interagir com a literatura técnica especializada; 
b) Tenha o domínio dos fundamentos da sua profissão: Desenho, Expressão gráfica (colagens, montagens, pintu-
ras), Visão (percepção) Espacial (senso de volume), Matemática, Projeto 
c) Tenha uma base teórica (volume de conhecimentos técnicos e científicos) que o permita ser produtivo tão logo 
recebe uma pequena carga de treinamento específico. 
 
 
9
 http://www.eniopadilha.com.br/artigo/25 e http://www.eniopadilha.com.br/artigo/623 
http://www.eniopadilha.com.br/artigo/25
http://www.eniopadilha.com.br/artigo/623
 
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Algumas recomendações aos recém-formados (visando uma carreira bem sucedida) 
1) Elaborar um "Plano de Ensino" para os dois ou três primeiros anos pós-formatura (fase de formação); 
iniciar e concuir essa importante etapa do estudo. 
2) Montar uma boa biblioteca, dando especial atenção aos Classícos. Ler e fazer registro dessa primeira 
leitura. Este exercício será repetido mais tarde (entre 5 e 10 anos após a formatura); 
3) Aprender a fazer pesquisa. Encontrar referências, relacionar conteúdos, referenciar autores; 
4) Incluir no "Plano de Ensino" algumas viagens de estudo e visitas técnicas; 
5) Caso não possua fluência em um segundo idioma, "a hora é agora" 
6) Associar-se à uma entidade de classe e participar ativamente, como "operário" 
7) Aconselhar-se com profissionais veteranos de sua confiança 
8) Entender a sua posição na cadeia produtiva e buscar o conhecimento PROFUNDO sobre outras áreas 
profissionais envolvidas (veja o quadro, abaixo) 
(ESPECIALIDADES TÉCNICAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL: 
Arquitetura 
Urbanismo 
Fundações 
Estrutura 
Concreto 
Metálica 
Alvenaria Estrutural 
Instalações Hidráulicas 
Instalações Elétricas 
Ar Condicionado 
Acessibilidade 
Eficiência Energética 
Automação 
Segurança Predial 
Prevenção de Incêndios 
Paisagismo 
Drenagem 
Terraplenagem 
Pavimentação 
Interiores 
Esquadrias e vidros 
Transporte vertical (elevado-
res) 
Acústica 
Iluminação 
Conforto térmico 
Racionalização energética 
Impermeabilização 
Revestimento externo 
Fechamentos pré-fabricados 
Cozinhas 
Garagens 
Meio Ambiente 
Impacto de Tráfego 
Marketing 
Vendas 
Financeiro
9) Manter a conexão com os professores da faculdade; 
10) Participar de serviços sociais voluntários; 
11) Investir, de forma sólida, na construção da sua rede de relacionamento (itens 2, 5, 6, 7); 
12) Passar boa parte do tempo em obras, dando especial atenção à relação Projeto x Execução; 
13) Definir com critérios e objetivos as estratégias e canais de comunicação profissional; 
14) Obter uma especialização operacional que possa ser utilizada de forma genérica (ex: Administração 
Financeira, Gestão de Tempo, Gestão de Pessoas, etc); 
15) Continuar o investimento na sua Biblioteca; 
16) Experimentar alternativas profissionais 
17) Investir na construção da sua reputação: cumprir prazos, compromissos e contratos 
18) Não criar expectativas exageradas no cliente; 
19) Não ceder a tentação de baixar o seu preço para ganhar um negócio;20) Buscar referências de excelência entre os profissionais do mercado; 
21) Valorizar o conhecimento teórico, buscando colocá-lo em prática no dia-a-dia; 
 
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5 ANOS DEPOIS DA FORMATURA 
Espera-se que o profissional já tenha conquistado o seguinte: 
- Rede de relacionamentos consolidada 
- Biblioteca consolidada e organizada 
- Conhecimento sólido de história, geografia e história econômica 
- domínio do vocabulário profissional (com tradução simultanea). 
- Conhecimentos básicos de Gestão de Negócios 
Dificuldades típicas de um profissional, cinco anos após a formatura 
1) Falta de diferenciais competitivos; 
3) Falta de valorização profissional; 
4) Dificuldade para negociar com clientes; 
5) Dificuldade para cumprir prazos. 
6) dificuldade para administrar a relação com os clientes (melhorar o comportamento dos clientes); 
7) Incapacidade para administrar o tempo! 
8) Dificuldades para a formação da equipe de trabalho. 
9) Definição, concepção de estratégias de mercado. 
10) Estabelecer os primeiros contados com os clientes (abrir as negociações); 
11) Entender as questões de interdisciplinaridades; 
12) Administrar o negócio de maneira eficiente e eficaz. 
10 ANOS DEPOIS DA FORMATURA 
Dificuldades típicas de um profissional, cinco anos após a formatura 
- Definição da atuação profissional 
- Iniciar os investimentos estruturais 
 
20 ANOS DEPOIS DA FORMATURA 
O que um profissional deve ter conquistado em 25 anos de carreira (20 anos após a formatura) 
- Escritório estruturado 
- Carreira estabilizada 
- Tranquilidade financeira 
- Início de investimentos patrimoniais 
 
 
 
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MARKETING PESSOAL e IMAGEM PÚBLICA 
O que é Imagem Pública? 
É um conjunto de valores atribuídos a uma pessoa pelos outros. É construída a partir da avaliação que os ou-
tros fazem das características, qualidades e defeitos que uma pessoa apresenta. 
A Imagem de uma pessoa deveria ser verdadeira e completa, mas isso quase nunca é verdade. A imagem que 
fazemos de outras pessoas quase sempre é, no mínimo, incompleta. Muitas vezes, errada. 
Se todos os nossos objetivos pessoais dependessem apenas e exclusivamente de nós mesmos isto não seria 
problema. Mas, em praticamente 100% dos casos, nossos interesses se encontram, se sobrepõem ou se cho-
cam com os interesses de outras pessoas cuja opinião (e ação) implica alguma mudança no nosso resultado fi-
nal. 
As pessoas “compram” nossos propósitos se estes preenchem lacunas em suas necessidades. O desafio do 
Marketing Pessoal é identificar as lacunas de relacionamento do público alvo e procurar atendê-lo para assim 
conquistar e manter os seguidores. 
Não podemos nos iludir. Isto não é nada fácil. Não devemos enganar ninguém: é importante saber que uma 
estratégia eficiente de Marketing Pessoal precisa superar muitos obstáculos. Alguns internos (em nós mesmos) 
e muitos externos (nas outras pessoas) 
O que é Marketing Pessoal? 
É o esforço individual de adaptação e mudança na maneira de pensar e agir, com o objetivo de conquistar e 
manter seguidores que contribuam para atingir objetivos pessoais, sociais e profissionais. 
O Marketing Pessoal ganhou importância a partir do momento em que o tempo passou a determinar o destino 
das relações entre as pessoas. O destino de uma conversa ou de uma relação depende muito de como as partes 
se enxergam e o tempo está sempre jogando contra quem tem mais coisas boas para oferecer. O marketing 
pessoal desenvolve instrumentos e técnicas para dominar o tempo e transmitir as mensagens necessárias para a 
fixação da imagem desejada. 
O que é Público? 
Público são os outros. São as pessoas a quem queremos ou precisamos agradar/satisfazer. É o conjunto das 
pessoas cuja opinião interfere, de alguma forma, nos resultados correspondentes aos nossos objetivos pessoais. 
Não significa, necessariamente, uma multidão. Todo indivíduo tem um “público”. Isto não é um privilégio de 
artistas, atletas, políticos ou intelectuais. As técnicas de Marketing Pessoal que funcionam para um grande ar-
tista popular, ou para um grande atleta, funcionam também para pessoas comuns. O que muda é a intensidade 
das ações. Os “princípios ativos” são os mesmos. 
Muita gente acha que por não ter uma atividade pública não precisa se preocupar com Marketing Pessoal ou 
com Imagem Pública. O problema é que não dá para dizer que uma pessoa não tem uma atividade pública, 
quando sabemos que, no seu dia-a-dia, ela se relaciona com 250 a 300, 350 outras pessoas. 
Marketing Pessoal x Autopromoção 
Muitas pessoas pensam que “fazer marketing pessoal” é “aparecer muito”. É estar em evidência, ser visto e ser 
lembrado por todos, o tempo todo. E, pior, pensando que essas práticas, ensinadas em pequenos manuais de 
auto-ajuda, ou em palestras e cursos divertidos, podem ser a solução de todos os problemas, na busca inces-
sante e paranóica pelo sucesso. Mas o tal do marketing pessoal não é só estar permanentemente na vitrine. 
Nem é tão simples. Se fosse só isso, a solução poderia estar em pendurar uma melancia no pescoço (como fa-
zia, no passado, um certo cantor popular) ou invadir eventos esportivos... sem roupas (como fazem vez por ou-
tra, certas mediocridades exibidas). 
Se uma pessoa quer apenas aparecer, pode vestir-se espalhafatosamente, falar alto, agredir as pessoas, provo-
car um tumulto qualquer... Irá chamar atenção, com certeza. Porém, quando todo mundo estiver prestando a-
tenção nela, no que ela faz e no que diz... bom daí pra frente entram em cena outras variáveis como o talento, a 
criatividade, a disciplina, o caráter, os conhecimentos e as habilidades. Quanto maior o barulho que a pessoa 
tiver feito para aparecer, maior será a expectativa criada e maiores serão as cobranças do seu “público”. 
 
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ELEMENTOS QUE COMPÕEM A IMAGEM PÚBLICA 
(e algumas recomendações sobre como lidar com eles)
1 NOME 
● Reduzir (ou ampliar) para 2 palavras para facilitar a memorização pelas outras pessoas 
● Dizer o próprio nome em alto e bom som, quando fizer uma autoapresentação (Reunião, Curso, Semi-
nário...) 
● Deixar o nome visível quando estiver fazendo uma apresentação (Reunião, Curso, Seminário...) 
● Assinar de forma LEGÍVEL. Todas as pessoas famosas fazem isto 
● Trocar (se for o caso) nomes Complicados ou Esquisitos 
2 APARÊNCIA FÍSICA 
● Tornar rotineiro cuidados pessoais que estejam sendo feitos apenas eventualmente; 
● Adequar o guarda-roupa (inclui acessórios) ao visual definido pela “política de aparência física” que 
está ligada aos objetivos pretendidos; 
● Dar atenção à saúde e à forma física; 
3 GESTOS E POSTURAS 
● Não economizar sorriso; 
● Patrulhar a maneira de ficar parado, em pé (evitar de ficar encostado em alguma coisa nem de ficar 
com o corpo desequilibrado). A posição correta é com as duas pernas alinhadas e o corpo erguido; 
● Corrigir a maneira de ficar sentado. 
● Corrigir, através de exercícios (orientado por um profissional) e muita disciplina, eventuais problemas 
de postura; 
● Corrigir (se necessário, com a ajuda de um profissional) problemas de tiques nervosos ou coisa assim; 
● Cumprimentar as pessoas com gestos amáveis, aperto de mão firme e contatos físicos adequados às 
circunstâncias. 
4 VOZ E VOCABULÁRIO 
● “Pause Pedras podem causar ferimentos graves. Mas as palavras podem causar danos irreversíveis” 
(personagem Barry Champlain, no filme Talk Radio, do cineasta Oliver Stone) 
 ● Tom da voz precisa ser adequado ao ambiente e à circunstância. 
 ● Palavrão pode até ser tolerado em certos meios, mas nunca contribui positivamente para a imagem 
pública 
● Palavras Fortes ou Agressivas como “idiota”, “burrice”, “morrer” etc. (cada ambiente tem as suas 
idiossincrasias bem como as suas palavras proibidas) 
● Respostas Secas “sei lá” (em vez de “não sei ainda”) 
● Vícios de Linguagem: “né”, “aí”, “compreende”, “percebe”, “entendeu” 
● Monossilabismo / Prolixidade. Falar de menos, dar respostas muito curtas e, muitas vezes, insuficien-
tes ou falar demais. Usar cinco minutos para dizer o que pode ser dito em 30 segundos 
 ● Livros: a leitura de livros enriquece o vocabulário, com palavras e expressões novas, muito mais do 
que a leitura de periódicos como jornais ou revistas 
 ● Cursos: oratória, Técnicas de respiração, Cuidados com a voz, Inglês 
5 CONHECIMENTOS E HABILIDADES ESPECÍFICAS 
● Certificar-se, permanentemente, de que conhece os conceitos básicos e os procedimentos fundamen-
tais na sua atividade principal; 
 
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● Aprofundar (através de treinamentos e exercícios diários) o seu conhecimento dos conceitos funda-
mentais da sua atividade principal; 
● Ler livros e revistas técnicas sobre a sua atividade profissional; 
6 CONHECIMENTOS E HABILIDADES GERAIS 
● Aprender a cozinhar pratos especiais; 
● Desenvolver habilidade em algum tipo de artesanato; 
● Fazer curso de computação; 
● Aprender a tocar um instrumento musical; 
● Praticar algum esporte; 
● Desenvolver a cultura geral contemporânea, lendo jornais e revistas ou acompanhando a programa-
ção da televisão; 
● Aprender a contar causos, histórias e piadas; 
● Aprender a desenhar charges ou caricaturas; 
7 MARCAS DE PERSONALIDADE 
● Pontualidade - Ser pontual nos seus compromissos do dia-a-dia; 
● Disciplinar-se para concluir sempre as tarefas iniciadas e os compromissos assumidos; 
● Otimismo, Bom Humor 
● Controlar o mau humor eventual. 
● Ter reações otimistas diante das dificuldades; 
● Não reclamar da saúde; da falta de dinheiro; da falta de tempo; do emprego; da profissão; 
● Sorrir sempre (sorrir sempre e não reclamar de nada são duas características raríssimas e são sempre 
encontradas em pessoas de sucesso). 
8 MARCAS DE CARATER 
● Responsabilidade, Confiabilidade - Honrar todos os compromissos assumidos; 
● Inveja, Ciúmes - Controlar as manifestações 
● Generosidade, Altruísmo - Dividir com justiça ou atribuir a quem merecer, os méritos sobre as con-
quistas pessoais 
● impetuosidade, agressividade - Manter um pé no freio em situações potencialmente explosivas. 
9 VISIBILIDADE / DISPONIBILIDADE 
● Fazer contato de congratulações (por fax, bilhete, e-mail, telefonema ou mesmo visita pessoal) com 
amigos que tenham obtido alguma vitória pessoal; 
● Manifestar-se publicamente (através de carta, fax, e-mail ou telefonemas para veículos de imprensa) 
em questões que envolvam suas crenças, valores ou especialidade profissional; 
● Cumprimentar as pessoas com atenção sincera; 
● Recomendar, todos os dias, a um parente ou amigo, pelo menos um livro, um filme, uma peça de te-
atro, um site da internet ou qualquer outra obra de conteúdo construtivo. Isto vai contribuir para que 
você se torne interessante; 
● Dar retorno aos telefonemas atendidos por terceiros ou pela secretária eletrônica; 
● Conectar-se à Internet; 
● Dar retorno aos e-mails recebidos; 
● Participar dos eventos promovidos pela sua entidade de classe, pela escola, ou pela empresa; 
● Dedicar algum tempo para ajudar a sua entidade de classe;
 
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MARCA PESSOAL 
O que você faz tem tudo a ver com o que você é. 
Uma MARCA PESSOAL é algo que um indivíduo pode construir para usufruir os benefícios (em termos 
de mercado) dos conceitos de Marketing e da Administração inteligente da sua Imagem Pública. A 
MARCA PESSOAL, portanto, tem algumas coisas do marketing e algumas coisas da Administração da 
Imagem Pública. 
MARCA PESSOAL é uma coisa que se aplica para qualquer produto (bens ou serviços) mas é particu-
larmente útil para SERVIÇOS PROFISSIONAIS, especialmente para Prestadores de Serviços que exigem 
formação Superior. É o nome da pessoa elevada à categoria de Marca, produzindo benefícios mercadoló-
gicos. 
Uma MARCA PESSOAL sustenta-se em quatro pilares: Especialização, Atributos Permanentes, Identi-
dade Visual e Visibilidade. 
■ Especialização 
A especialização é essencial para a construção de uma Marca Pessoal. É virtualmente impossível constru-
ir uma Marca Pessoal sem que ela esteja ligada a algum tipo de produto que seja especializado. Para defi-
nir a especialização é preciso responder algumas questões básicas: o que você faz para ganhar dinheiro? 
qual é o seu produto? para quem você quer vender o seu produto? em que área de atuação geográfic seu 
produto será disponibilizado? 
A especialidade de uma Marca Pessoal pode estar ligada ao produto (exemplos: ortopedia, contabilidade 
financeira, advocacia criminal...) ou ao público ao qual o produto se destina (exemplos: pediatria, geria-
tria, educação infantil...) 
■ Atributos Permanentes 
Os Atributos Permanentes são as coisas com as quais uma Marca Pessoal está intrinsecamente compro-
metida. São as características operacionais imediatamente associadas à marca por todas as outras pessoas. 
Representam as Promessas que podem ser cumpridas em 99,9% dos casos (ou seja: uma falha, no máxi-
mo, a cada três anos). Por exemplo, se um prestador de serviços cumpre religiosamente seus prazos 
SEMPRE (com, no máximo, uma falha a cada três anos) pode-se dizer que o cumprimento de prazos é um 
dos atributos permanentes da sua Marca Pessoal; 
■ Identidade Visual 
A identidade visual de uma Marca Pessoal é o conjunto de signos que identificam inequivocamente essa 
marca: o Logotipo, as cores, os símbolos gráficos (ícones) e outros elementos visuais. 
O slogan também compõe a identidade visual da Marca Pessoal. Slogan é uma frase de, no máximo, nove 
palavras que sintetiza os atributos permanentes de uma marca ou produto 
A definição da Identidade Visual de uma Marca Pessoal deve levar em conta todas as possibilidades de 
uso da marca nas diversas mídias disponíveis para comunicação com o mercado. 
■ Visibilidade 
Uma Marca Pessoal, para se tornar importante (e produzir resultados) precisa ser exposta ao seu público 
potencialmente interessado (os clientes potenciais). Existem diversos veículos de comunicação da marca e 
é necessário fazer uma combinação inteligente dessas opções; 
● Cartão de Visitas 
● Folder ou Portifólio 
● website 
● e-mail 
● Publicações Regulares 
● Embalagens (pastas, envelopes, caixas etc) 
 
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TALENTO ORGANIZAÇÃO E DISCIPLINA
1) Talento 
Talento é uma habilidade natural para fazer algo melhor do que a maioria das outras pessoas. Essas 
habilidades podem ser específicas, como jogar basquetebol, correr, cantar, desenhar, esculpir, falar 
em público, pilotar carros de corrida, compor músicas, fazer filmes, para calcular... ou genéricas 
como o talento para as artes plásticas, para os esportes, paraa música ou para línguas ou para a 
ciência. 
O talento é inato. Nasce com a pessoa. E aparece cedo (como que pedindo para ser explorado e de-
senvolvido). 
Não existe maneira de adquirir talento! Por isso é que o termo "Talento Natural" soa como uma re-
dundância, posto que não existe "Talento Artificial" 
Pesquisadores afirmam que mesmo as capacidades que dependem de talentos podem ser desenvol-
vidas caso haja motivação e com a aplicação de técnicas apropriadas. Assim, qualquer pessoa está, 
por exemplo, potencialmente apta a aprender música, desde que tenha vontade e use as técnicas 
apropriadas ao estudo de música. 
É importante dizer que são raríssimas as pessoas desprovidas de qualquer talento. Todos tem algum 
tipo de talento. É preciso identificá-lo e desenvolvê-lo para que se possa capitalizar o seu potencial. 
2) Organização 
O Senso de Organização consiste em ter a capacidade de definir o lugar, o tempo e a maneira de fa-
zer ou guardar coisas. 
O processo de organização define um lugar para cada coisa 
A organização de um escritório ou de uma empresa consiste, simplesmente, em determinar o lugar 
das coisas e de um sistema operacional que permita que o trabalho seja realizado com eficiência e 
eficácia. Mas é a disciplina interna da empresa que faz com que cada coisa esteja sempre no seu 
devido lugar e o trabalho seja realizado como se planejou. 
3) Disciplina 
Aquilo que a maioria das pessoas chama de desorganização tem, em 99% dos casos, outro nome: 
chama-se indisciplina. 
Uma empresa com alto grau de disciplina consegue sobreviver a um sistema de organização que não 
seja excepcional. No entanto, uma empresa com um sistema de organização espetacular não so-
brevive a um único funcionário que não tenha disciplina. 
 
TALENTOS TÍPICOS (DESEJÁVEIS) PARA ARQUITETOS/ENGENHEIROS 
1) Criatividade 
2) Senso de organização 
3) Desenho 
4) Senso estético apurado 
(capacidade de compor objetos de forma elabora-
da produzindo resultados mais bonitos) 
5) Comunicação 
6) Argumentação 
7) Sensibilidade Social 
(capacidade de observar, analisar e concluir sobre 
o comportamento humano) 
8) Senso de Planejamento 
1) Visão Espacial e Abstrata 
2) Criatividade 
3) Expressão gráfica 
4) Matemática 
5) Comunicação escrita 
6) Senso de Planejamento 
 
 
 
 
 
 
 
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Fundamentos da Arquitetura 
Um FUNDAMENTO é algo que sustenta alguma coisa. É o alicerce sobre o qual algo pode ser cons-
truído. O apoio principal. 
Num edifício são as estacas e os pilares. Numa residência, as sapatas de fundação. 
Geralmente os fundamentos não são percebidos a não ser pelos iniciados 
Saque, recepção, ataque e bloqueio são, por exemplo, FUNDAMENTOS do Voleibol. Significa que são 
as primeiras coisas que o jogador deve aprender, quando se inicia na atividade. Depois de formado 
o atleta, essas coisas não serão mais treinadas pois são os fundamentos que servirão de base, de a-
licerce, de suporte principal para o aprendizado das técnicas e táticas do jogo propriamente dito. 
No futebol também existem fundamentos (domínio da bola, passe, condução, chute, cabeceio, dri-
ble). Isso é o que se ensina nas escolinhas para garotos de 7, 8 anos. Depois de crescidos os joga-
dores vão aprimorar a técnica, mas precisam chegar às equipes superiores com os fundamentos 
dominados. 
Nas profissões também existem fundamentos. São as coisas que devem ser desenvolvidos na gra-
duação. São conhecimentos e habilidades que as empresas esperam não ter de ensinar para um re-
cém-contratado. São aquelas características essenciais que todos os profissionais daquela área de-
vem possuir. 
Identifique (abaixo) cinco fundamentos da Arquitetura 
a) _____________________________________________________________________________ 
b) _____________________________________________________________________________ 
c) _____________________________________________________________________________ 
d) _____________________________________________________________________________ 
e) _____________________________________________________________________________ 
 
 
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TESTE: POTENCIAL DE MARKETING PESSOAL 
Para cada uma das questões, marque com um “X”, de acordo com o seguinte critério: 
 100% verdadeiro 
 75% verdadeiro 
 25% verdadeiro 
 0% verdadeiro 
 
1 Seu nome (como você é conhecido) é composto de duas palavras 
2 
Você mantém um padrão na maneira de se vestir; mantém o cabelo sempre bem 
arrumado (mulheres) e os sapatos limpos (homens) 
 
3 
Você tem cuidado com a sua postura física (maneira de sentar, de caminhar, de fi-
car parado) para não parecer desleixado ou preguiçoso 
 
4 
Você não fala palavrão e também evita palavras duras e ofensivas, mesmo quando 
está brigando com alguém. 
 
5 Você lê pelo menos um livro por mês, pelo prazer da leitura. 
6 
Você está atualizado em relação à sua profissão. Leu os últimos lançamentos da li-
teratura profissional. Tem assinatura de pelo menos uma revista técnica e participa, 
todos os anos, de cursos de atualização. 
 
7 
Você tem algum desses talentos individuais: sabe cozinhar pratos especiais; faz al-
gum tipo de artesanato; sabe programar computadores; sabe tocar um instrumento 
musical; Pratica algum esporte; sabe contar causos, histórias e piadas; sabe dese-
nhar charges ou caricaturas... 
 
8 Você é pontual e confiável (cumpre suas pequenas promessas). 
9 
Você se considera otimista (sempre vê o lado bom das coisas e as possibilidades 
positivas de qualquer evento) e bem humorado (leva “na boa” as coisas que a mai-
oria das pessoas tomam como provocação) 
 
10 
Você nunca reclama para outras pessoas (da saúde; da falta de dinheiro; da falta 
de tempo; do emprego; da profissão); 
 
11 
Você calmo e controlado (não é intempestivo). Consegue sempre pensar antes de 
tomar uma atitude ou posição que possa levar ao arrependimento. 
 
12 
Você costuma lembrar aniversários dos amigos e outras datas comemorativas (e dá 
um telefonema, manda um e-mail ou faz uma visita...) 
 
13 
Você costuma responder imediatamente os e-mails que recebe dos amigos (exceto, 
claro, as mensagens e correntes) 
 
14 
Você costuma recomendar aos seus amigos os livros que você leu, os filmes que 
você viu (no cinema ou na TV) e os espetáculos que assistiu. 
 
15 
Você tem alguma atividade como voluntário. Atua na sua entidade de classe ou as-
sociação comunitária. 
 
16 
Você participa dos eventos promovidos pela sua entidade de classe ou da organiza-
ção em que trabalha 
 
17 
Você tem uma visão própria sobre a sua profissão e atua no sentido de transmitir 
essa visão aos seus colegas. 
 
18 
Seu vocabulário é rico e sua fluência verbal e capacidade de argumentação geral-
mente é elogiada pelos seus colegas. 
 
19 Sua saúde está bem e você está em boa forma física 
20 
Você tem disciplina (sempre termina o que começa e cumpre integralmente suas ta-
refas) 
 
 
 
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(Artigo 1) IMAGEM PESSOAL E IMAGEM PROFISSIONAL 
Se você é advogado (ou engenheiro, arquiteto, médico, dentista, contador, ou coisa parecida) você 
precisa saber que a imagem pessoal é inseparável da imagem profissional. Não existe essa coisa de 
que “a vida pessoal não interfere nas questões profissionais”. 
Interfere sim senhor. Um advogado pode ter o melhor desempenho técnico. Seu escritório pode fa-
zer o melhor trabalho, seus clientes conseguem sempre os melhores resultados em função de suas 
orientações ou intervenções profissionais. Ele pode até ser amável e simpático com os seus clientes. 
Mas se eles souberem que nos finais de semana este advogado bebe. E que, quando bebe, fica a-
gressivo e bate na mulher e nos filhos... Não tenha dúvida de que a carteira de clientes dele tende a 
diminuir. 
Quem contrata um prestador de serviços está contratando uma pessoa. Está fazendo negócios com 
uma pessoa. É pessoal. Ponto final. Ninguém gosta de fazer negócios com pessoas que não tenham 
valores pessoais positivos. Mesmo que isto não interfira nos resultados do negócio. 
O cuidado com a Imagem Pública (que geralmente as pessoas chamam de Marketing Pessoal) é uma 
disciplina essencial para o exercício comercial das profissões liberais. É uma atividade que concorre 
fortemente (decisivamente) para a aceitação ou não do seu produto no mercado. Isso vale para o 
lado negativo (como o que foi visto acima) mas também vale com as coisas positivas. Muitas ações 
pessoais positivas podem (e devem) ser incorporadas com o objetivo de cristalizar a sua imagem 
pessoal. E os mecanismos de transferência de créditos devem ser utilizados para agregar ao marke-
ting empresarial. A melhor alternativa é investir na administração inteligente da sua Imagem Pública 
e associá-la sempre à imagem do seu trabalho. 
Mas não se pode pensar que “fazer marketing pessoal” é aparecer muito. É estar em evidência. É 
ser visto e ser lembrado por todos, o tempo todo. Nem achar que essas práticas, ensinadas em pe-
quenos manuais de auto-ajuda, ou em palestras e cursos divertidos, podem ser a solução de todos 
os problemas, na busca incessante e paranóica pelo sucesso. O tal do marketing pessoal não é só 
estar permanentemente na vitrine. Nem é tão simples. 
Se você quer apenas aparecer, vista-se espalhafatosamente, fale alto, agrida as pessoas, provoque 
um tumulto qualquer... Você vai chamar atenção, com certeza. E, quando todo mundo estiver pres-
tando atenção em você, no que você faz e no que você diz... bom daí pra frente entram em cena 
outras variáveis como o talento, a criatividade, a disciplina, o caráter, os conhecimentos e as ha-
bilidades. 
Quanto maior o barulho que você tiver feito para aparecer, maior será a expectativa criada e maio-
res serão as cobranças do seu “público”. 
Talvez você nunca tenha se dado conta, mas a primeira impressão não é a que fica. Ainda bem, 
porque, se fosse assim, não haveria estratégia eficiente de marketing pessoal, ou seja lá o que fos-
se, que pudesse consertar uma primeira impressão acidentalmente ruim. 
Olhe em sua volta. Veja quantas pessoas que hoje você gosta e admira e que, no primeiro contato 
causaram uma impressão bem negativa. E veja que o contrário também é verdadeiro. 
Observe que essas pessoas alteraram a percepção que você tem delas com coisas bem mais impor-
tantes do que técnicas de “aparecer”. 
A autopromoção é apenas uma das etapas do marketing pessoal. É uma parte importante do pro-
cesso, não resta dúvida. Mas não pode ser tomada como o objetivo em si. Uma estratégia inteligen-
te de marketing pessoal não pode dispensar os benefícios de uma eficiente carga de autopromoção. 
Mas não se pode achar que apenas aparecer resolve o problema da conquista de espaços ou do su-
cesso. 
Por mais óbvio que pareça, é preciso repetir, pela milésima vez: “não existe marketing eficiente pa-
ra um produto ruim”. Uma forte carga de autopromoção para alguém que não esteja preparado po-
de acelerar e tornar irreversível o seu próprio fracasso. 
Os interessados na mágica do marketing pessoal precisam saber que o milagre do sucesso, mesmo 
para pessoas muito talentosas, é sempre resultado de muito trabalho, disciplina e dedicação. 
Não existem “segredos” no Marketing Pessoal. 
Ênio Padilha 
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(Artigo 2) QUANTO VALE A MARCA “FULANO DE TAL”? 
Você já experimentou fazer a pergunta acima trocando “Fulano de Tal” pelo seu nome? Afinal, quan-
to vale o seu nome? Quanto vale a sua “marca” pessoal? 
Esse negócio de que agora cada indivíduo é dono de uma empresa chamada “Você SA”, acredite, é a 
mais pura verdade. Talvez o termo correto não seja “empresa”. Talvez seja melhor dizer que cada 
pessoa representa uma entidade. Uma grife. Porque, afinal, “empresa” lembra relação comercial e 
(embora muita gente esteja) nem todo mundo está no mundo “à negócio”. Existem muitas pessoas, 
cujos objetivos pessoais passam muito longe das relações de compra-e-venda envolvendo algum ti-
po de dinheiro. 
Mas todo mundo, de uma forma ou de outra, deseja “produzir benefícios” para si ou para os seus. E 
é aí que entra o conceito de Marca Individual. 
Capacidade de “Produzir Benefícios para Terceiros”. Essa parece ser a chave para medir o valor de 
uma marca individual. O pressuposto é que gerando benefícios para os outros você obterá benefícios 
legítimos para você. 
Faça o seguinte exercício mental: digamos que você comece a dizer (para todas as pessoas que 
prestam atenção ao que você diz) qual é o supermercado da sua preferência. 
O que você acha que vai acontecer? Essas pessoas vão considerar a sua sugestão? Na próxima vez 
que forem às compras elas vão pensar no que você disse? E as vendas do tal supermercado, vão 
sentir os efeitos das suas declarações? 
Você já deve ter percebido que o valor da marca “Fulano de Tal” está ligado a, pelo menos, três ca-
racterísticas fundamentais: credibilidade, habilidades de comunicação e acesso a um grande número 
de potenciais seguidores. 
Perceba que o valor de uma pessoa não é, necessariamente, repassado para o valor do seu nome, 
da sua marca. É preciso que as outras pessoas reconheçam as suas qualidades, suas virtudes, seus 
conhecimentos e suas habilidades. 
Ao reconhecerem as suas características positivas as pessoas atribuirão crédito às suas palavras. 
Pronto, você já marcou ponto no quesito Credibilidade. 
Para que as pessoas ouçam e entendam o que você diz (e se tornem seguidoras) é importante que 
você domine os códigos, as técnicas de comunicação, a linguagem de cada veículo e as característi-
cas de cada meio. Isto geralmente requer algum talento natural acrescido de treinamento e exercí-
cios. 
Por fim, um diferencial importantíssimo que distingue uma “grife” pessoal de outras é a quantidade 
de pessoas atingida pelas suas idéias. Mas não se iluda (nem se desespere) pensando que o valor de 
uma marca pessoal é diretamente proporcional ao número de pessoas atingidas. A qualidade (poder 
de decisão, poder aquisitivo, nível cultural, influência...) dessas pessoas é fundamental. De nada a-
dianta ter um público enorme se essas pessoas não são capazes de contribuir para nenhuma trans-
formação positiva. Não produzem benefícios. 
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(Artigo 3) DIGA-ME O QUE REPASSAS... 
Tem gente que

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