Buscar

CASOS CLÍNICOS - MEDICINA INTERNA 2.0

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CASOS CLÍNICOS
MEDICINA INTERNA 2.0
Tatiana Rodrigues
01
Mulher de 58 anos vai ao consultório depois de quase desmaiar há um dia. Ela estava
jogando tênis quando vomitou e se sentiu tonta. Passou o resto do dia deitada com
dor abdominal difusa leve e náusea, mas não teve febre ou diarreia. Relata fadiga
progressiva há vários meses, dor abdominal leve, intermitente e generalizada, além de
perda de apetite, tendo diminuído seu peso em 5 a 7,5 kg. Ela tem hipotireoidismo,
para o qual toma levotiroxina, mas não toma qualquer outro medicamento. Ao exame,
sua temperatura é de 37,7°C, a frequência cardíaca é de 102 bpm, e a pressão
arterial é de 89/62 mmHg, com frequência respiratória normal. Ela novamente
sente-se tonta; e a frequência cardíaca aumenta para 125 bpm e a pressão sistólica
cai para 70 mmHg quando ela fica de pé. Está alerta, bronzeada e com os sulcos das
mãos hiperpigmentados.
Qual é o diagnóstico mais provável?
Qual deve ser o próximo passo?
Os pulmões estão limpos, e o coração taquicárdico, mas regular. No exame do
abdome, há ruídos hidroaéreos normais e dor difusa leve à palpação, sem defesa. Os
pulsos são rápidos e finos. Não tem edema periférico. Os exames laboratoriais
iniciais mostram níves de Na de 121 mEq/L, de K de 5,8 mEq/L e de HCO3 de 16
mEq/L, além de glicemia de 52 mg/dL e creatinina de 1 mg/dL.
Diagnóstico mais provável: Insuficiência suprarrenal primária.
Próximo passo: Depois de medir o nível de cortisol, administrar imediatamente soro
fisiológico com glicose por via intravenosa e dose de estresse de corticosteroide.
Resumo: Mulher de 58 anos tem hipotensão ortostática, dor abdominal crônica intermitente e
sintomas gerais, como fadiga e perda de peso não intencional. Ela também tem hiponatremia,
hipercalemia, acidose e hipoglicemia. Todas as características clínicas dessa paciente são
indicativas de insuficiência suprarrenal aguda. A causa mais comum de insuficiência suprarrenal
é a destruição autoimune idiopática.
RESPOSTA PARA O CASO 01
CONSIDERAÇÕES
Essa paciente tem febre baixa, que pode ser característica de insuficiência suprarrenal ou
significar infecção, que pode precipitar uma crise suprarrenal ou produzir um quadro
clínico semelhante. É importante diagnosticar e tratar qualquer infecção subjacente. Por
causa da insuficiência suprarrenal e da deficiência de aldosterona, ela tem depleção de
volume e hipotensão. Assim, é fundamental a reposição intravenosa com soro fisiológico.
02
Homem de 57 anos vai à clínica queixando-se de mal-estar há várias semanas. Relata
que não se sente bem há algum tempo, com fadiga e depressão; perdeu apetite e
emagreceu cerca de 10 kg. Além disso, queixa-se de prurido generalizado na pele, para o
qual usou loções hidratantes e cremes, sem obter melhora. Nega febre, dor abdominal,
náusea, vômito ou diarreia, mas acha que as fezes recentemente estão mais claras. Não
tem outra história médica e não toma medicamentos, exceto um polivitamínico. Bebe
álcool ocasionalmente e fuma charuto. 
No exame está afebril, com frequência cardíaca de 68 bpm e pressão arterial de 128/74
mmHg. Ele tem aspecto descuidado e afeto embotado, além de icterícia da pele e das
escleras. Os pulmões estão limpos e o ritmo cardíaco é normal, sem sopros. O abdome
está flácido e indolor, com ruídos hidroaéreos normais, o fígado tem 10 cm e está sem
esplenomegalia ou massas.
Qual é o diagnóstico mais provável?
Qual deve ser o próximo passo?
A pele tem algumas escoriações nos braços e no dorso, sem exantema ou
telangiectasias. Foi coletado sangue para análise laboratorial, e os resultados
chegaram no dia seguinte. A albumina sérica é de 3,1 g/dL, a fosfatase alcalina é de
588 UI/L, a bilirrubina total é de 8,5 mg/dL, a bilirrubina direta é de 6 mg/dL, a
ALT é de 175 UI/L, a AST é de 140 UI/L e a hemoglobina é de 13,5 g/dL. O tempo de
protrombina (TP) é de 15 segundos, e o de tromboplastina parcial (TTP) é de 32
segundos.
Diagnóstico mais provável: Obstrução biliar, provavelmente causada por tumor maligno.
Passo passo: Exame de imagem do sistema biliar, ultrassonografia ou tomografia computadorizada
(TC).
Resumo: Homem de 57 anos com prurido, perda de peso, fezes claras e icterícia, com grande aumento
de fosfatase alcalina e hiperbilirrubinemia conjugada. Tudo isso aponta para colestase. As fezes claras
ou acólicas sugerem que a colestase seja causada por obstrução biliar. A ausência de dor abdominal
torna improvável a presença de cálculos biliares.
RESPOSTA PARA O CASO 02
CONSIDERAÇÕES
Em pacientes com icterícia, deve-se tentar distinguir entre doença hepática e biliar. Em
paciente com suspeita de obstrução biliar, sem a dor normalmente associada com cálculos
biliares, deve-se suspeitar de tumor maligno ou de estenose. No presente caso, o quadro
clínico é preocupante quanto à possibilidade de causa maligna para a obstrução biliar, como
câncer pancreático.
03
Observando pacientes de seu preceptor, você tem a oportunidade de conhecer e examinar
uma de suas antigas pacientes, mulher de 52 anos que se apresenta para seu exame físico
anual. Ela está bem e não tem queixas no dia do exame. Ela tem hipertensão limítrofe e
obesidade moderada. No ano passado, seu perfil lipídico foi aceitável para alguém sem
riscos conhecidos de doença arterial coronariana. Sua mãe e seu irmão mais velho têm
diabetes e hipertensão. Nas consultas anteriores, você vê que seu preceptor prescreveu
dieta com baixas calorias, baixos teores de gordura e recomendou que ela iniciasse um
programa de exercícios. No entanto, a paciente diz que não seguiu nenhuma das
recomendações. Com o emprego em tempo integral e três crianças, ela acha difícil fazer
exercícios e admite que sua família come fora frequentemente. Hoje, sua pressão arterial
é de 140/92 mmHg.
Qual é o diagnóstico?
Qual deve ser o próximo passo?
Seu índice de massa corporal (IMC) é de 29 kg/m2. No exame físico, há acantose
nigricans no pescoço, e o restante é normal. É feito um exame de Papanicolaou e
pedida mamografia. A paciente ainda não se alimentou hoje e, com recomendação do
seu preceptor, é solicitada glicemia de jejum, cujo resultado é 140 mg/dL.
Diagnóstico mais provável: Dada a obesidade, a história familiar e o achado de acantose nigricans,
essa paciente mais provavelmente tem diabetes tipo 2. Os critérios diagnósticos para o diabetes
definidos pela American Diabetes Association incluem (1) sintomas de diabetes e (2) glicemia de
jejum ≥ 126 mg/dL.
Próximo passo: Verificar os níveis de hemoglobina A1C.
Resumo: Mulher de 46 anos se apresenta para seu exame anual. Ela tem hipertensão limítrofe e obesidade
moderada, além de história familiar de diabetes e hipertensão. A paciente não fez as mudanças
recomendadas no estilo de vida. Hoje, a pressão arterial é de 140/92 mmHg, e seu IMC é de 27 kg/m2.
No exame físico, verifica-se acantose nigricans no pescoço, sugerindo resistência à insulina. A glicemia de
jejum é de 140 mg/dL, que indica diabetes melito.
RESPOSTA PARA O CASO 03
CONSIDERAÇÕES
Se o diagnóstico de diabetes for confirmado nessa paciente, ela vai necessitar de
orientações específicas, modificação no estilo de vida e tratamento médico para
evitar complicações agudas e crônicas do diabetes. O controle estrito da glicemia
pode diminuir a incidência de complicações microvasculares, como retinopatia e
nefropatia. Além disso, pacientes com diabetes estão entre os de risco mais elevado
para doença cardiovascular, de modo que modificações de fator de risco, como deixar
de fumar e baixar o colesterol, são essenciais. Em pacientes com diabetes, o risco de
eventos coronarianos, como infarto agudo do miocárdio, é o mesmo dos pacientes
com doença arterial coronariana (DAC) estabelecida. Assim, nessa paciente, a
pressão arterial-alvo deve ser < 130/80 mmHg, e o alvo de lipoproteínas de baixa
densidade (LDL) < 100 mg/dL.
04
Jovem de 18 anos é levada à emergência pela mãe porque ficou confusa e está se
comportando estranhamente. Sua mãe relata que ela sempre foi sadia e não tem
história médica significativa,mas perdeu 10 kg de maneira não intencional
recentemente e se queixa de fadiga há 2 ou 3 semanas. A paciente atribuiu a fadiga a
distúrbio do sono, pois ultimamente se levanta várias vezes à noite para urinar. Na
manhã da consulta ela se queixou de dor abdominal e vomitou. Além disso, estava tão
confusa que não sabia que era dia de ir à escola. 
Ao exame, a paciente é magra, e está deitada na maca com os olhos fechados, mas
respondendo às perguntas. Está afebril, a frequência cardíaca é de 118 bpm, a
pressão arterial é de 125/84 mmHg, e ela respira profundamente, com frequência de
24 mpm. Ao ficar de pé, a frequência cardíaca aumenta para 145, e a pressão arterial
cai para 110/80 mmHg.
Qual é o diagnóstico mais provável?
Qual deve ser o próximo passo?
O exame de fundo de olho é normal, a mucosa oral está seca, e as veias do pescoço
estão planas. Os pulmões estão limpos, e o coração é taquicárdico, de ritmo normal e
sem sopros. O abdome está flácido, com ruídos hidroaéreos, e ela sente leve dor
difusa à palpação, sem defesa ou dor à descompressão súbita. O exame neurológico
não mostra déficits focais.
Os exames de laboratório mostram Na de 131 mEq/L, K de 5,3 mEq/L, Cl de 95
mEq/L, CO2 de 9 mEq/L, ureia de 75 mg/dL, creatinina de 1,3 mg/dL e glicemia de
475 mg/dL. A gasometria arterial mostra pH de 7,12 com Pco2 de 24 mmHg e Po2
de 95 mmHg. A pesquisa de drogas e o teste de gravidez na urina são negativos. O
exame de urina não mostra hematúria nem piúria, mas 3+ de glicose e 3+ de cetonas.
As radiografias de tórax e de abdome estão normais. 
Diagnóstico mais provável: Cetoacidose diabética (CAD).
Próximo passo: Hidratação agressiva para melhorar a hipovolemia e tratamento com
insulina para resolver a cetoacidose.
Resumo: Jovem tem perda de peso não intencional, noctúria e poliúria com hiperglicemia
que, provavelmente, representa diabetes melito de tipo 1 recente. Ela está hipovolêmica
por causa da diurese osmótica e tem acidose metabólica com aumento do hiato aniônico,
primariamente causada por cetoacidose. O estado mental e a dor abdominal
provavelmente são manifestações da acidose metabólica e da hiperosmolaridade.
RESPOSTA PARA O CASO 04
CONSIDERAÇÕES
A CAD ocorre como resultado de deficiência grave de insulina e pode ser o quadro clínico
inicial do diabetes melito, como no caso dessa paciente. Em todos os pacientes com CAD,
deve-se estar alerta para fatores precipitantes, como infecção, gravidez ou estresses
fisiológicos intensos, como infarto agudo do miocárdio. O tratamento cuidadoso e a
monitoração intensiva são necessários para correção dos déficits de fluidos e de eletrólitos e
para evitar complicações como hipocalemia e edema cerebral.

Continue navegando